"Então, elas me levaram ao seu quarto. Tinham tubos por todo o seu corpo, saindo do seu peito. Seu rosto estava coberto, mas você podia ver. [...]Eu fiquei parado por um tempo, não sabia o que fazer. Mas o único lugar que eu podia colocar a mão era na sua perna. E eu bati, você sabe, um 'toc, toc, toc'".
‘Take Shelter’ estava na minha lista de ‘quero ver’ há algum tempo, mas resolvi assisti-lo somente agora, quando disponível no Netflix. Gosto muito de filmes que apontam vários ‘caminhos’, de modo com que o público/telespectador decida qual seguir (ou optar em não seguir nenhum rumo), tornando-se condutores da história. Neste, nos é mostrado duas possibilidades: o personagem sofre de algum tipo de transtorno/alucinação ou os acontecimentos seriam pressentimentos/premonições? Seria doença ou algo sobrenatural? O roteiro é tão bem realizado, que nos faz acreditar e desacreditar em várias hipóteses. A atuação magnífica de Michael Shannon e Jessica Chanstain (que bela química há entre os dois) tornam as coisas ainda mais densas/intensas. Vários momentos/cenas me levam a acreditar que se trata de uma doença e da proporção que a mesma atinge, afetando não somente a pessoa que sofre dela, mas a todos do seu convívio. A doença estava lá, no seu passado e no seu presente. Curtis tinha consciência disto, mas ela o queria frágil/vulnerável. Veio de forma sorrateira, como uma tempestade, até que se manifestasse de forma intensa e perversa. Porém, há duas cenas que faz com que eu realmente acredite que se trata de um transtorno:
As cenas do abrigo e a da praia. Curtis construiu o abrigo, temendo a grande tempestade que estava por vir, para proteger a si e sua família. Agora ele estava lá e a tempestade não iria atingi-los. Porém, a tempestade aqui é outra, e não há abrigo físico que possa protegê-lo. Curtis sabe disso, por isso tem medo de abrir a porta: tudo está lá fora, tudo virá novamente. Quando abre a porta do abrigo, ele vê o que realmente temia: ele sofria de uma doença e o abrigo se torna inútil perante ela. Até que, em um revés inesperado, a tempestade realmente acontece...se não fosse mais uma de suas alucinações (ao meu ver, é claro). É novamente a doença vindo sorrateiramente. Porém agora, ele não está sozinho: todos estão envolvidos com sua doença. Todos, por amor, resolvem ‘vivenciar’ suas alucinações. Agora, ele realmente encontrou o verdadeiro abrigo.
Impactante e aterrorizante (não encontro palavras pra descrever este filme, mas talvez estas possam descrever a reação que o mesmo provoca). O longa, que conta a história de Maria - uma adolescente nascida e criada em uma família católica conservadora/fundamentalista - associada ao caminho/trajeto seguido por Jesus em sua morte (via-sacra), é de uma estética primorosa. Sua fotografia (com seus planos, em sua maioria imóveis), roteiro, atuações - destaque aqui para as intérpretes de Maria e sua (assustadora) mãe – são excelentes. Uma história ‘ficcional’ que retrata a linha tênue entre a religiosidade e o fanatismo. Quantas Marias não existem por aí que são privadas de viver por obediência excessiva/literal à religião? Quantas famílias pregam que tudo que excede a vontade de Deus e de doutrinas religiosas (mesmo se aqui for uma música, um livro, um filme, uma paixão...) é maligno e deve ser combatido? O fervor excessivo e irracional (não me refiro aqui somente a religião) nos impede de discernir/refletir sobre determinada coisa. Um filme arrebatador – e totalmente necessário.
Estava muito cansado, tinha certeza que ia pegar no sono se colocasse algum filme pra assistir, mas resolvi assistir mesmo assim. 'Happythankyoumoreplease' estava na lista de 'filmes pra assistir', e como queria um filme bem tranquilo - realmente esperando cair no sono rs - resolvi assisti-lo. E, para minha surpresa, não peguei no sono (mesmo o filme tendo um ritmo um pouco lento). E que sensação gostosa tive ao terminá-lo. Não tem grande pretensão e nem tão pouco conta uma história 'daquelas que te faz pensar'. Muito pelo contrário: é simples, é delicado, é bacana. É uma 'delicinha' rs.
"[...] Então, aqui vai o que eu quero te dizer antes que o bipe me corte: tristeza, vai embora. Vamos ser pessoas que merecem ser amadas. Que valem a pena. Porque valemos a pena! Valemos mesmo! Você me diz isso há anos e agora eu posso dizer de volta. Vá ser amado. É isso".
Eu estava com (muito) medo/receio de assistir este filme e adiei assisti-lo o tanto que pude. Sim, por culpa da inevitável comparação de 'Begin Again' com o maravilhoso 'Once'. Que alívio perceber que foi só estupidez da minha parte.
Um dos critérios que tenho pra definir se um filme é bom (ao meu ver, logicamente rs), é se ele me faz sentir alguma coisa, se me transmite algum sentimento ou me traz algo da qual não imaginava. Fui assistir Cake sem nenhum preconceito, sem nenhuma pretensão. Não levei em conta a opinião/crítica sobre o filme e até esqueci o certo receio de ver Jennifer Aniston (mais conhecida por suas atuações em comédia/comédia romântica) atuando em um filme dramático. O filme se desenrola em um ritmo lento, creio que para refletir a condição em que a personagem se encontra (o sofrimento lento e doloroso de perder o filho e ter que lidar com a situação do luto). Senti que todo o filme foi desenvolvido para refletir o estado da personagem, por isso se torna denso, moroso, depressivo, pessimista. Creio que o foco aqui não é revelar os acontecimentos e sim a dificuldade de lidar com a dor (mais do que física) da morte do filho. Não é nada fácil lidar com a perda de alguém próximo e cada um tem sua maneira de 'encarar' essa - terrível - situação. Há quem permaneça no luto durante muito tempo se tornando uma pessoa pessimista, arrogante, depressiva, assim como Claire (estou evitando relatar partes da história, pois o interessante é se colocar no lugar da personagem na capacidade de compreender o sentimento/reação da mesma). Realmente senti que o enredo deveria ser melhor aproveitado, mas é um bom filme. E analisando (novamente) os meus critérios para definir se um filme é bom, posso dizer que é um ótimo filme. Se fosse de outra forma, (acho que) não seria tão bom.
"Sabe quando dizem aproveite o momento? Não sei, mas acho que é ao contrário. Como se o momento nos aproveitasse"
Estou completamente apaixonado por este filme, queria que não tivesse terminado. Foi como assistir parte da sua vida em um filme. Linklater é mestre em criar histórias tão reais sobre quão a vida é efêmera. Trouxe sentimentos inimagináveis em mim (como se já não bastasse a trilogia 'before').
Lembro que estava em casa sem fazer nada e resolvi ir ao cinema. Fui olhar os filmes/sessões e vi 'Questão de tempo'. Lendo a resenha, associei à um outro filme (péssimo, por sinal) com história semelhante (sobre viagens no tempo), que inclusive é protagonizado pela Rachel McAdams. Bom, como não tinha outra opção, comprei o bilhete deste filme. Aí que veio uma grata surpresa: um filme lindo, comovente, e que, mesmo sem pretensão, me deixou leve (e aos prantos rs) e no término da sessão, foi como se tivesse recebido um abraço. Mordi minha língua (e bem mordida) e gostei do resultado. Um filme simples, que com sua história sobre amor, família, perdas e uma mensagem de 'carpe diem', vai ser um daqueles que verei repetidas vezes e sentirei o mesmo que senti naquela sessão de cinema.
Eu gostei do filme. Achei corajoso e encaixa perfeitamente na situação do país. O filme tem suas falhas (principalmente no roteiro, que se confunde ao longo da trama), mas não deixa de ser um bom filme. O que mais me chamou a atenção foi a direção de arte e a atuação dos três garotos. O filme se torna tenso e prende a atenção no seu ritmo eletrizante. Não me decepcionei, mesmo criando uma expectativa enorme sobre o filme (se bem que Daldry nunca me decepciona rs).
Queria ter comentado sobre o filme na época em que o assisti, porém como criei a conta/perfil recentemente, não poderia deixar de fazê-lo agora rs. Indomável Sonhadora (péssimo título em português para ‘Beasts of the Southern Wild’) retrata a vida de uma população que vive na ‘banheira’ - uma comunidade miserável isolada às margens de um rio. Especificamente, relata a história de amor e devoção entre Hushpuppy (Quvenzhané Wallis), uma menina de 6 anos, e seu pai (Dwight Henry) que encontra-se debilitado e recusa ajuda médica. Após a inundação de toda a comunidade, devido uma forte tempestade, pai e filha precisam lidar com as consequências. Com a ajuda de amigos, o pai vê como única solução explodir a barragem de uma represa próxima à comunidade, que faria com que o volume da água baixasse e a situação voltaria a ser como antes. É impossível não se sentir impressionado com tamanha determinação da população que vive na ‘banheira’ que, mesmo correndo grandes riscos, a comunidade decide não abandonar o local. Um filme lindo e comovente que tem como foco a relação humana, esquecendo todo o mundo materialista. A atuação incrível de Quvenzhané Wallis (que teve que mentir a idade para participar do teste para o papel de protagonista) lhe rendeu a indicação ao Oscar de melhor atriz em 2013.
Nebraska foi uma grata surpresa e me conquistou da melhor forma. O longa, de delicadeza única, conta a história de Woody Grant, um idoso que, acreditando ter ganhado US$ 1 milhão após receber uma propaganda pelo correio, convence seu filho David a acompanhá-lo até o estado de Nebraska em busca do suposto prêmio. A interpretação magistral de Bruce Dern faz com que o público se identifique totalmente com o objetivo de Woody, mesmo sabendo que as expectativas são duras e que a realidade é triste. June Squibb, que interpreta a esposa - sem muita paciência rs - de Woody, também entrega uma performance magnífica - e bem humorada - e rouba as cenas em que aparece. Os personagens são curiosos, envolventes e bem-humorados. O diretor do longa, Alexander Payne, acertou em cheio em ter rodado a história toda em preto e branco, trazendo a sensação de melancolia diante dos cenários 'frios', ao fundo de sua trilha sonora toda instrumental. Nebraska é um filme triste, belo, cativante, melancólico e como disse antes, me conquistou da melhor forma: sendo simples. Eu poderia ficar horas dizendo as sensações que esse filme provocou em mim, porém acho que não encontrarei palavras que possam transmitir tais sentimentos. Perdi meu pai quando completei 17 anos e apesar de amá-lo incondicionalmente, sentia que as vezes não o conhecia (e vice-versa), talvez pelo modo da qual foi criado. E daria tudo por uma oportunidade de fazer uma viagem com ele, mesmo se fosse em busca de um prêmio que não existisse rs
Não vou dizer muito sobre o filme, pois o interessante ao assisti-lo, é não saber nada sobre ele. O filme mescla dois grandes gêneros em sua história: romance e suspense. Seu roteiro, conduzido de forma fragmentada - trazendo duplo sentido às cenas - é surpreendente. Só adianto que você vai iniciar o filme torcendo pela personagem principal, Angélique (que caiu como luva na excelente Audrey Tautou), e talvez, a segunda parte - contada pelo personagem Loïc - faça você 'mudar de time'. O belo e envolvente filme pode ser resumido na frase (dita pela personagem ao seu médico) em seu término:
Filme maravilhoso e intenso! O filme transborda tanto que fica difícil segurar todas as sensações e o choro sai de soluçar rs. O cenário, a simplicidade de como a história (sem grande pretensão) é contada, os diálogos longos....Que filme!!!
Este filme foi uma grande surpresa pra mim (pois não sou muito adepto a assistir filmes do gênero e considero este um dos melhores filmes que assisti). Filme perturbador, chocante, instigante e ao mesmo tempo belo. A forma da qual a história é apresentada, as reviravoltas, as cenas de violência (que são feitas pra 'chocar' - não do modo convencional - e estão carregadas de sentimentos) são de tirar o fôlego. É um daqueles filmes que continuam mesmo após seu término e permanece conosco por um bom tempo.
Bridegroom
4.3 159"Então, elas me levaram ao seu quarto. Tinham tubos por todo o seu corpo, saindo do seu peito. Seu rosto estava coberto, mas você podia ver. [...]Eu fiquei parado por um tempo, não sabia o que fazer. Mas o único lugar que eu podia colocar a mão era na sua perna. E eu bati, você sabe, um 'toc, toc, toc'".
E meu coração caiu em pedaços.
O Abrigo
3.6 720 Assista Agora‘Take Shelter’ estava na minha lista de ‘quero ver’ há algum tempo, mas resolvi assisti-lo somente agora, quando disponível no Netflix.
Gosto muito de filmes que apontam vários ‘caminhos’, de modo com que o público/telespectador decida qual seguir (ou optar em não seguir nenhum rumo), tornando-se condutores da história. Neste, nos é mostrado duas possibilidades: o personagem sofre de algum tipo de transtorno/alucinação ou os acontecimentos seriam pressentimentos/premonições? Seria doença ou algo sobrenatural?
O roteiro é tão bem realizado, que nos faz acreditar e desacreditar em várias hipóteses. A atuação magnífica de Michael Shannon e Jessica Chanstain (que bela química há entre os dois) tornam as coisas ainda mais densas/intensas.
Vários momentos/cenas me levam a acreditar que se trata de uma doença e da proporção que a mesma atinge, afetando não somente a pessoa que sofre dela, mas a todos do seu convívio. A doença estava lá, no seu passado e no seu presente. Curtis tinha consciência disto, mas ela o queria frágil/vulnerável. Veio de forma sorrateira, como uma tempestade, até que se manifestasse de forma intensa e perversa.
Porém, há duas cenas que faz com que eu realmente acredite que se trata de um transtorno:
As cenas do abrigo e a da praia.
Curtis construiu o abrigo, temendo a grande tempestade que estava por vir, para proteger a si e sua família. Agora ele estava lá e a tempestade não iria atingi-los. Porém, a tempestade aqui é outra, e não há abrigo físico que possa protegê-lo. Curtis sabe disso, por isso tem medo de abrir a porta: tudo está lá fora, tudo virá novamente.
Quando abre a porta do abrigo, ele vê o que realmente temia: ele sofria de uma doença e o abrigo se torna inútil perante ela.
Até que, em um revés inesperado, a tempestade realmente acontece...se não fosse mais uma de suas alucinações (ao meu ver, é claro).
É novamente a doença vindo sorrateiramente. Porém agora, ele não está sozinho: todos estão envolvidos com sua doença. Todos, por amor, resolvem ‘vivenciar’ suas alucinações. Agora, ele realmente encontrou o verdadeiro abrigo.
14 Estações de Maria
4.0 77Impactante e aterrorizante (não encontro palavras pra descrever este filme, mas talvez estas possam descrever a reação que o mesmo provoca).
O longa, que conta a história de Maria - uma adolescente nascida e criada em uma família católica conservadora/fundamentalista - associada ao caminho/trajeto seguido por Jesus em sua morte (via-sacra), é de uma estética primorosa. Sua fotografia (com seus planos, em sua maioria imóveis), roteiro, atuações - destaque aqui para as intérpretes de Maria e sua (assustadora) mãe – são excelentes.
Uma história ‘ficcional’ que retrata a linha tênue entre a religiosidade e o fanatismo. Quantas Marias não existem por aí que são privadas de viver por obediência excessiva/literal à religião? Quantas famílias pregam que tudo que excede a vontade de Deus e de doutrinas religiosas (mesmo se aqui for uma música, um livro, um filme, uma paixão...) é maligno e deve ser combatido?
O fervor excessivo e irracional (não me refiro aqui somente a religião) nos impede de discernir/refletir sobre determinada coisa.
Um filme arrebatador – e totalmente necessário.
Tudo Acontece em Nova York
3.6 254Estava muito cansado, tinha certeza que ia pegar no sono se colocasse algum filme pra assistir, mas resolvi assistir mesmo assim. 'Happythankyoumoreplease' estava na lista de 'filmes pra assistir', e como queria um filme bem tranquilo - realmente esperando cair no sono rs - resolvi assisti-lo. E, para minha surpresa, não peguei no sono (mesmo o filme tendo um ritmo um pouco lento). E que sensação gostosa tive ao terminá-lo. Não tem grande pretensão e nem tão pouco conta uma história 'daquelas que te faz pensar'. Muito pelo contrário: é simples, é delicado, é bacana. É uma 'delicinha' rs.
"[...] Então, aqui vai o que eu quero te dizer antes que o bipe me corte: tristeza, vai embora. Vamos ser pessoas que merecem ser amadas. Que valem a pena. Porque valemos a pena! Valemos mesmo! Você me diz isso há anos e agora eu posso dizer de volta. Vá ser amado. É isso".
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraEu estava com (muito) medo/receio de assistir este filme e adiei assisti-lo o tanto que pude. Sim, por culpa da inevitável comparação de 'Begin Again' com o maravilhoso 'Once'. Que alívio perceber que foi só estupidez da minha parte.
Cake - Uma Razão Para Viver
3.4 699 Assista AgoraUm dos critérios que tenho pra definir se um filme é bom (ao meu ver, logicamente rs), é se ele me faz sentir alguma coisa, se me transmite algum sentimento ou me traz algo da qual não imaginava. Fui assistir Cake sem nenhum preconceito, sem nenhuma pretensão. Não levei em conta a opinião/crítica sobre o filme e até esqueci o certo receio de ver Jennifer Aniston (mais conhecida por suas atuações em comédia/comédia romântica) atuando em um filme dramático. O filme se desenrola em um ritmo lento, creio que para refletir a condição em que a personagem se encontra (o sofrimento lento e doloroso de perder o filho e ter que lidar com a situação do luto). Senti que todo o filme foi desenvolvido para refletir o estado da personagem, por isso se torna denso, moroso, depressivo, pessimista. Creio que o foco aqui não é revelar os acontecimentos e sim a dificuldade de lidar com a dor (mais do que física) da morte do filho. Não é nada fácil lidar com a perda de alguém próximo e cada um tem sua maneira de 'encarar' essa - terrível - situação. Há quem permaneça no luto durante muito tempo se tornando uma pessoa pessimista, arrogante, depressiva, assim como Claire (estou evitando relatar partes da história, pois o interessante é se colocar no lugar da personagem na capacidade de compreender o sentimento/reação da mesma). Realmente senti que o enredo deveria ser melhor aproveitado, mas é um bom filme. E analisando (novamente) os meus critérios para definir se um filme é bom, posso dizer que é um ótimo filme. Se fosse de outra forma, (acho que) não seria tão bom.
Boyhood: Da Infância à Juventude
4.0 3,7K Assista Agora"Sabe quando dizem aproveite o momento? Não sei, mas acho que é ao contrário. Como se o momento nos aproveitasse"
Estou completamente apaixonado por este filme, queria que não tivesse terminado. Foi como assistir parte da sua vida em um filme. Linklater é mestre em criar histórias tão reais sobre quão a vida é efêmera. Trouxe sentimentos inimagináveis em mim (como se já não bastasse a trilogia 'before').
Para Sempre Alice
4.1 2,3K Assista AgoraPela entrega em sua atuação, creio que Moore será a Blanchett deste ano.
Questão de Tempo
4.3 4,0K Assista AgoraLembro que estava em casa sem fazer nada e resolvi ir ao cinema. Fui olhar os filmes/sessões e vi 'Questão de tempo'. Lendo a resenha, associei à um outro filme (péssimo, por sinal) com história semelhante (sobre viagens no tempo), que inclusive é protagonizado pela Rachel McAdams. Bom, como não tinha outra opção, comprei o bilhete deste filme. Aí que veio uma grata surpresa: um filme lindo, comovente, e que, mesmo sem pretensão, me deixou leve (e aos prantos rs) e no término da sessão, foi como se tivesse recebido um abraço. Mordi minha língua (e bem mordida) e gostei do resultado. Um filme simples, que com sua história sobre amor, família, perdas e uma mensagem de 'carpe diem', vai ser um daqueles que verei repetidas vezes e sentirei o mesmo que senti naquela sessão de cinema.
Trash: A Esperança Vem do Lixo
3.7 557 Assista AgoraEu gostei do filme. Achei corajoso e encaixa perfeitamente na situação do país. O filme tem suas falhas (principalmente no roteiro, que se confunde ao longo da trama), mas não deixa de ser um bom filme. O que mais me chamou a atenção foi a direção de arte e a atuação dos três garotos. O filme se torna tenso e prende a atenção no seu ritmo eletrizante. Não me decepcionei, mesmo criando uma expectativa enorme sobre o filme (se bem que Daldry nunca me decepciona rs).
Confissões
4.2 855Eu poderia dar um 'ctrl c' + 'ctrl v' do comentário que fiz sobre o filme (coreano) Oldboy. Os filmes asiáticos estão me surpreendendo cada vez mais.
Indomável Sonhadora
3.8 1,2KQueria ter comentado sobre o filme na época em que o assisti, porém como criei a conta/perfil recentemente, não poderia deixar de fazê-lo agora rs. Indomável Sonhadora (péssimo título em português para ‘Beasts of the Southern Wild’) retrata a vida de uma população que vive na ‘banheira’ - uma comunidade miserável isolada às margens de um rio. Especificamente, relata a história de amor e devoção entre Hushpuppy (Quvenzhané Wallis), uma menina de 6 anos, e seu pai (Dwight Henry) que encontra-se debilitado e recusa ajuda médica. Após a inundação de toda a comunidade, devido uma forte tempestade, pai e filha precisam lidar com as consequências. Com a ajuda de amigos, o pai vê como única solução explodir a barragem de uma represa próxima à comunidade, que faria com que o volume da água baixasse e a situação voltaria a ser como antes. É impossível não se sentir impressionado com tamanha determinação da população que vive na ‘banheira’ que, mesmo correndo grandes riscos, a comunidade decide não abandonar o local. Um filme lindo e comovente que tem como foco a relação humana, esquecendo todo o mundo materialista. A atuação incrível de Quvenzhané Wallis (que teve que mentir a idade para participar do teste para o papel de protagonista) lhe rendeu a indicação ao Oscar de melhor atriz em 2013.
Nebraska
4.1 1,0K Assista AgoraNebraska foi uma grata surpresa e me conquistou da melhor forma. O longa, de delicadeza única, conta a história de Woody Grant, um idoso que, acreditando ter ganhado US$ 1 milhão após receber uma propaganda pelo correio, convence seu filho David a acompanhá-lo até o estado de Nebraska em busca do suposto prêmio. A interpretação magistral de Bruce Dern faz com que o público se identifique totalmente com o objetivo de Woody, mesmo sabendo que as expectativas são duras e que a realidade é triste. June Squibb, que interpreta a esposa - sem muita paciência rs - de Woody, também entrega uma performance magnífica - e bem humorada - e rouba as cenas em que aparece. Os personagens são curiosos, envolventes e bem-humorados. O diretor do longa, Alexander Payne, acertou em cheio em ter rodado a história toda em preto e branco, trazendo a sensação de melancolia diante dos cenários 'frios', ao fundo de sua trilha sonora toda instrumental. Nebraska é um filme triste, belo, cativante, melancólico e como disse antes, me conquistou da melhor forma: sendo simples. Eu poderia ficar horas dizendo as sensações que esse filme provocou em mim, porém acho que não encontrarei palavras que possam transmitir tais sentimentos. Perdi meu pai quando completei 17 anos e apesar de amá-lo incondicionalmente, sentia que as vezes não o conhecia (e vice-versa), talvez pelo modo da qual foi criado. E daria tudo por uma oportunidade de fazer uma viagem com ele, mesmo se fosse em busca de um prêmio que não existisse rs
Bem Me Quer, Mal Me Quer
4.0 522Não vou dizer muito sobre o filme, pois o interessante ao assisti-lo, é não saber nada sobre ele. O filme mescla dois grandes gêneros em sua história: romance e suspense. Seu roteiro, conduzido de forma fragmentada - trazendo duplo sentido às cenas - é surpreendente. Só adianto que você vai iniciar o filme torcendo pela personagem principal, Angélique (que caiu como luva na excelente Audrey Tautou), e talvez, a segunda parte - contada pelo personagem Loïc - faça você 'mudar de time'. O belo e envolvente filme pode ser resumido na frase (dita pela personagem ao seu médico) em seu término:
"Todo mundo sonha em viver um grande amor. Eu apenas sonhei mais forte do que os outros".
As Pontes de Madison
4.2 840 Assista AgoraFilme maravilhoso e intenso! O filme transborda tanto que fica difícil segurar todas as sensações e o choro sai de soluçar rs. O cenário, a simplicidade de como a história (sem grande pretensão) é contada, os diálogos longos....Que filme!!!
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraEste filme foi uma grande surpresa pra mim (pois não sou muito adepto a assistir filmes do gênero e considero este um dos melhores filmes que assisti). Filme perturbador, chocante, instigante e ao mesmo tempo belo. A forma da qual a história é apresentada, as reviravoltas, as cenas de violência (que são feitas pra 'chocar' - não do modo convencional - e estão carregadas de sentimentos) são de tirar o fôlego. É um daqueles filmes que continuam mesmo após seu término e permanece conosco por um bom tempo.