estranho isso, mas acho que o que fez o filme não vingar - ou convencer - foi justamente a veia (forçada) da comédia, principalmente porque tudo o que era italiano foi retratado de uma forma exageradamente dramática que, sim, é o clichê italiano, mas não quer dizer que é verdade. a própria monica vitti interpreta de uma forma completamente mais natural quando está em sua "fase londrina", o que me fez perceber isso mais claramente. além de que se constrói todo um discurso que parece que vai ser quebrado quando
ela resolve aceitar o vincenzo de volta, que é restaurado quando ela vai para a balsa mesmo assim, mas que quebra de vez quando ele fica com a palavra final dizendo que ela era putana no início e continuou sendo até o fim.
a única coisa que valeu a pena foi a nórdica lá ter virado vampira e ter sido morta pelo hsi tien-an e a morte, finalmente, oportuna e rápida do drácula (que era péssimo, tanto o "original" quanto o chinês - quem deixou tirarem o christopher lee?), porque, de resto... e os zumbis que ficavam pululando na hora do ataque?
acho que esse é o filme sobre drácula que mais me deu ódio do final. não só por causa das péssimas interpretações (exceto nas simulações de sexo, como o alfredo disse aqui embaixo, que são, é, convincentes), mas porque, mesmo com o exagero, o udo kier me convenceu bastante, como se fosse uma caracterização
do dallesandro, com toda a certeza. eu fiquei pasmo quando ele disse que o drácula vivia se alimentando dos outros, nunca fez bem a ninguém e nunca iria. foi, tipo, autoreferência ou o quê? o pior de tudo é que ele ainda "ganha" a não-mais-virgem-por-causa-dele de 14 anos.
incrível como um documentário feito sobre as gravações das seções de psicoanálise da marilyn, por mais antiético que seja o fato de expô-las, não nos deixa ouvir exatamente o que ela diz nas fitas! indignação-feelings.
acho que o que mais incomoda nele, enquanto filme, é que por uma coisa "pequena", toda essa trama se desenvolve. é como se não fosse algo real, como se várias ações fossem exageradas. mas aí é que está, pelo menos para mim, porque quando a gente se coloca nesse lado de crítico, tudo têm de ser muito simples e lógico, o minimalismo reinando. acontece que não é assim. as coisas não tem uma lógica de funcionamento. e, na verdade, isso é o que mais machuca, principalmente porque a interpretação que se tira disso é "frescura". tirar essas conclusões me remete diretamente à
psiquiatra que finge que vai conversar com ele e, depois de umas três palavras, quando ele começa realmente a se expôr, se retira para poder prescrever o medicamento e atender a criança no telefone.
esse filme pode não ser o mais perfeito em questões técnicas, de roteiro e de compreensão, mas acho que o que qualquer coisa provoca, seja obra de arte ou uma formiga sendo digerida por um fungo (desculpa a aleatoriedade), vale muito mais. é não é para dar ênfase no filme como "aviso à sociedade", mas para se pensar.
esse documentário definitivamente apazígüa uma imagem de completo playboy que é bem provável que se tenha do hefner. confesso que nunca me ative à persona dele, mas esse documentário serviu não só para que eu de fato o conhecesse, tivesse um imenso interesse nas primeiras edições da revista, como também para tirar da cabeça qualquer imagem vaga de velhinho-bem-sucedido-um-tanto-quanto-pervertido. em poucas palavras, hugh hefner é definitivamente mais do que um playboy. entretanto, uma coisa ainda me incomoda: mesmo com a declaração sensacional dele a respeito dessa propagação da mulher-como-objeto, ainda fiquei com uma coceira atrás da orelha, porque, mesmo que a "intenção" dele seja "positiva", como ele bem sabe, nossa sociedade, e principalmente a norte-americana da época dele (e talvez a de ainda hoje, mesmo que mais enfraquecida) é completamente puritana e interpreta as coisas sob pontos de vista bem específicos. é exatamente como o gene simmons disse: "se você vai a um museu e vê um quadro de rubenesque de uma bela mulher nua, isso é arte. mas se vê a mesma arte na playboy, é pornografia. ou, se está na bíblia, então é a palavra de deus."
definitivamente não é um filme fácil e/ou digerível. acho que o grande mérito dele, além da fotografia, é nos induzir às perguntas e não nos dar respostas. ele pode soar, inclusive, como filme "pseudo-intelectual" por apresentar várias imagens e não exatamente discuti-las. é um filme um tanto quanto perturbador, que traz questões contemporâneas (mesmo que isso soe completamente "pseudo-intelectual", ou até mesmo "artístico") e completamente não-convencional, tanto pela sensação que ele deixa quanto pela própria construção. como um quadro que mostra-se interessante de longe, mas que, quando vemos, não exatamente traz conclusões a curto prazo, dependo mais de uma reflexão e, talvez, a reflexão seja esse mesmo vazio que ele deixa em quem assiste. ou talvez não, talvez haja alguma conclusão ou alguma mensagem. ou seja, o tipo de comentário "pseudo-intelectual" que um filme rotulado como "pseudo-intelectual" deve ter exatamente para questionar toda essa coisa de filmes pseudo-artísticos. e sem conclusão alguma. por que, afinal, alguém ainda tá procurando entender a "moral" do filme?
falando como quem leu o livro, achei que o filme foi uma adaptação do tipo 400 páginas em 30 minutos. de verdade, essa coisa toda de suprimir partes da história que, pelo menos para mim, são importantes, é compreensível do ponto de vista cinematográfico, mas o problema está justamente no fato de que essa coisa de um filme acabar rápido de mais nem sempre está ligada ao fato dele fluir, o que, nesse caso, é o não-caso. ele não parece ter trinta minutos porque flui, mas porque tudo foi suprimido e acredito até que deva fazer algum sentido para quem não leu o livro, mas, do ponto de vista de uma pessoa que leu, faltou sentido porque várias das locações e das imagens tinham um significado muito maior do que apenas "o lugar onde eles estavam".
por exemplo, quando eles estão em paris, tudo bem não citar a coisa dos cafés e até inventar partes que não "existiram" (mesmo que elas tenham soado apenas como efeito cinematográfico para deixar o público com cara de "aw, que fofo"). mas quando eles estão de volta a londres, quando estão no pré-café-restaurante, eu identifiquei na hora, mas e quem não leu? certo que pode parecer um detalhe super-suprimível, mas que, acredito eu, fazia parte de um amadurecimento do dexter e dele com a emma enquanto casal.
enfim, fiquei muito decepcionado porque esse é o tipo de história que eu não costumo ler justamente porque é best-seller e porque tem filme adaptado, mas me encantei bastante (exceto o final) e vou atrás do filme pensando ser ou uma adaptação tão boa quanto o livro ou de uma perspectiva diferente, mas também encantadora e... er.
e uma pena (mesmo) que a cena final que o hitch queria não ficou na versão final do filme só porque o cary grant não podia arriscar sua carreira saindo-se como o vilão!
olha, não é um filme ruim. mas tem uma estética "anos 70" que não se parece muito com a assinatura do hitch, a não ser pelos, sei lá, 20 minutos finais que, mesmo assim, não chegam muito perto. não é um filme ruim, mas um que eu assisti com um olhar de estranhamento estranhamente constante.
A Garota com a Pistola
3.9 9estranho isso, mas acho que o que fez o filme não vingar - ou convencer - foi justamente a veia (forçada) da comédia, principalmente porque tudo o que era italiano foi retratado de uma forma exageradamente dramática que, sim, é o clichê italiano, mas não quer dizer que é verdade. a própria monica vitti interpreta de uma forma completamente mais natural quando está em sua "fase londrina", o que me fez perceber isso mais claramente. além de que se constrói todo um discurso que parece que vai ser quebrado quando
ela resolve aceitar o vincenzo de volta, que é restaurado quando ela vai para a balsa mesmo assim, mas que quebra de vez quando ele fica com a palavra final dizendo que ela era putana no início e continuou sendo até o fim.
A Lenda dos Sete Vampiros
3.1 24a única coisa que valeu a pena foi a nórdica lá ter virado vampira e ter sido morta pelo hsi tien-an e a morte, finalmente, oportuna e rápida do drácula (que era péssimo, tanto o "original" quanto o chinês - quem deixou tirarem o christopher lee?), porque, de resto... e os zumbis que ficavam pululando na hora do ataque?
meu deus, que sacrilégio contra o drácula!
Um Lugar ao Sol
3.9 168 Assista Agoradifícil é acreditar que isso também faz parte da realidade brasileira, mesmo que um entrevistado ache que não.
A Estirpe dos Malditos
3.4 18!
Sangue para Drácula
3.4 30acho que esse é o filme sobre drácula que mais me deu ódio do final. não só por causa das péssimas interpretações (exceto nas simulações de sexo, como o alfredo disse aqui embaixo, que são, é, convincentes), mas porque, mesmo com o exagero, o udo kier me convenceu bastante, como se fosse uma caracterização
(exceto os vômitos de sangue, claro).
mas o real vilão foi a personagem
do dallesandro, com toda a certeza. eu fiquei pasmo quando ele disse que o drácula vivia se alimentando dos outros, nunca fez bem a ninguém e nunca iria. foi, tipo, autoreferência ou o quê? o pior de tudo é que ele ainda "ganha" a não-mais-virgem-por-causa-dele de 14 anos.
Nunca Fui Santa
3.4 110guel.
Sylvia - Paixão Além de Palavras
3.4 72mas passa uma imagem de
uma mulher traída com tendências suicidas.
e não é isso.
Marilyn no Divã
3.7 67incrível como um documentário feito sobre as gravações das seções de psicoanálise da marilyn, por mais antiético que seja o fato de expô-las, não nos deixa ouvir exatamente o que ela diz nas fitas!
indignação-feelings.
Devagar, não Corra
3.8 7como o próprio grant disse,
this is the most ridiculous race!
Sala do Suicídio
3.8 275acho que o que mais incomoda nele, enquanto filme, é que por uma coisa "pequena", toda essa trama se desenvolve. é como se não fosse algo real, como se várias ações fossem exageradas. mas aí é que está, pelo menos para mim, porque quando a gente se coloca nesse lado de crítico, tudo têm de ser muito simples e lógico, o minimalismo reinando. acontece que não é assim. as coisas não tem uma lógica de funcionamento. e, na verdade, isso é o que mais machuca, principalmente porque a interpretação que se tira disso é "frescura". tirar essas conclusões me remete diretamente à
psiquiatra que finge que vai conversar com ele e, depois de umas três palavras, quando ele começa realmente a se expôr, se retira para poder prescrever o medicamento e atender a criança no telefone.
esse filme pode não ser o mais perfeito em questões técnicas, de roteiro e de compreensão, mas acho que o que qualquer coisa provoca, seja obra de arte ou uma formiga sendo digerida por um fungo (desculpa a aleatoriedade), vale muito mais. é não é para dar ênfase no filme como "aviso à sociedade", mas para se pensar.
O Buraco
4.0 54até as 1h20 de filme, eu fiquei com um terrível ódio por encanadores.
Harry Potter e as Relíquias da Morte - Parte 2
4.3 5,2K Assista Agoracomo quem não leu o livro (e provavelmente não lerá), achei o filme bastante emocionante e bem maduro em relação aos outros da saga. mas...
que porcaria de final broxante! todo mundo se acabando de chorar, dizendo que harry potter morria e... broxei com esses 19 anos que se passaram.
Hugh Hefner: Playboy, Ativista e Rebelde
4.0 3esse documentário definitivamente apazígüa uma imagem de completo playboy que é bem provável que se tenha do hefner. confesso que nunca me ative à persona dele, mas esse documentário serviu não só para que eu de fato o conhecesse, tivesse um imenso interesse nas primeiras edições da revista, como também para tirar da cabeça qualquer imagem vaga de velhinho-bem-sucedido-um-tanto-quanto-pervertido. em poucas palavras, hugh hefner é definitivamente mais do que um playboy.
entretanto, uma coisa ainda me incomoda: mesmo com a declaração sensacional dele a respeito dessa propagação da mulher-como-objeto, ainda fiquei com uma coceira atrás da orelha, porque, mesmo que a "intenção" dele seja "positiva", como ele bem sabe, nossa sociedade, e principalmente a norte-americana da época dele (e talvez a de ainda hoje, mesmo que mais enfraquecida) é completamente puritana e interpreta as coisas sob pontos de vista bem específicos. é exatamente como o gene simmons disse: "se você vai a um museu e vê um quadro de rubenesque de uma bela mulher nua, isso é arte. mas se vê a mesma arte na playboy, é pornografia. ou, se está na bíblia, então é a palavra de deus."
Indiscreta
3.6 28 Assista Agoraqueria muito ver a cena que anna tinha preparado para se vingar do philip, mesmo sabendo que era quase 100% certo que ele iria pedi-la em casamento.
Beleza Adormecida
2.4 1,2K Assista Agoradefinitivamente não é um filme fácil e/ou digerível. acho que o grande mérito dele, além da fotografia, é nos induzir às perguntas e não nos dar respostas. ele pode soar, inclusive, como filme "pseudo-intelectual" por apresentar várias imagens e não exatamente discuti-las.
é um filme um tanto quanto perturbador, que traz questões contemporâneas (mesmo que isso soe completamente "pseudo-intelectual", ou até mesmo "artístico") e completamente não-convencional, tanto pela sensação que ele deixa quanto pela própria construção. como um quadro que mostra-se interessante de longe, mas que, quando vemos, não exatamente traz conclusões a curto prazo, dependo mais de uma reflexão e, talvez, a reflexão seja esse mesmo vazio que ele deixa em quem assiste. ou talvez não, talvez haja alguma conclusão ou alguma mensagem.
ou seja, o tipo de comentário "pseudo-intelectual" que um filme rotulado como "pseudo-intelectual" deve ter exatamente para questionar toda essa coisa de filmes pseudo-artísticos. e sem conclusão alguma. por que, afinal, alguém ainda tá procurando entender a "moral" do filme?
Um Dia
3.9 3,5K Assista Agorafalando como quem leu o livro, achei que o filme foi uma adaptação do tipo 400 páginas em 30 minutos. de verdade, essa coisa toda de suprimir partes da história que, pelo menos para mim, são importantes, é compreensível do ponto de vista cinematográfico, mas o problema está justamente no fato de que essa coisa de um filme acabar rápido de mais nem sempre está ligada ao fato dele fluir, o que, nesse caso, é o não-caso. ele não parece ter trinta minutos porque flui, mas porque tudo foi suprimido e acredito até que deva fazer algum sentido para quem não leu o livro, mas, do ponto de vista de uma pessoa que leu, faltou sentido porque várias das locações e das imagens tinham um significado muito maior do que apenas "o lugar onde eles estavam".
por exemplo, quando eles estão em paris, tudo bem não citar a coisa dos cafés e até inventar partes que não "existiram" (mesmo que elas tenham soado apenas como efeito cinematográfico para deixar o público com cara de "aw, que fofo"). mas quando eles estão de volta a londres, quando estão no pré-café-restaurante, eu identifiquei na hora, mas e quem não leu? certo que pode parecer um detalhe super-suprimível, mas que, acredito eu, fazia parte de um amadurecimento do dexter e dele com a emma enquanto casal.
enfim, fiquei muito decepcionado porque esse é o tipo de história que eu não costumo ler justamente porque é best-seller e porque tem filme adaptado, mas me encantei bastante (exceto o final) e vou atrás do filme pensando ser ou uma adaptação tão boa quanto o livro ou de uma perspectiva diferente, mas também encantadora e... er.
p.s.: quando a emma morre no filme, eu juro que fiquei com cara de "que cena bosta".
O Pecado Mora ao Lado
3.7 421 Assista Agoraa marilyn linda como sempre, mas a personagem do tom ewell é insuportavelmente chata!
Confissões
4.2 855ca-ra-lho!
e não tem mais nada que eu consiga comentar.
Sexo e Fúria
3.6 34sensacional.
A Origem da Vida
3.7 266o roteiro é bem freaky, mas... "i think being freaky is kinda cool".
e palmas para o pior espanhol que eu já ouvi na vida!
Bem-Vindo à Casa de Bonecas
3.9 228esse filme é muito doloroso.
Potiche - Esposa Troféu
3.5 162cu cu ru cu cu paloma.
Suspeita
3.7 110 Assista Agoramantenho minha suspeita.
e uma pena (mesmo) que a cena final que o hitch queria não ficou na versão final do filme só porque o cary grant não podia arriscar sua carreira saindo-se como o vilão!
Trama Macabra
3.7 147 Assista Agoraolha, não é um filme ruim. mas tem uma estética "anos 70" que não se parece muito com a assinatura do hitch, a não ser pelos, sei lá, 20 minutos finais que, mesmo assim, não chegam muito perto.
não é um filme ruim, mas um que eu assisti com um olhar de estranhamento estranhamente constante.
e, pelo amor de deus, que barbara haris irritante na cena do carro com o freio e o acelerador alterados!