o baxter é tão verborrágico (quase igual ao sherman em 'the seven year itch', que, estranhamente, é do mesmo diretor) que a última frase pronunciada caiu como uma luva! pelo menos a fran kubelik compensa aturar essa falação toda. (e a "sósia" de marilyn é uma vergonha no filme. shame on you, billy wilder.)
primeiro, acho ótimo que o filme seja o mais imparcial possível, o menos romanceado possível para um filme de tv, porque, assim, não deixa se perder muito a idéia de que isso tudo ali é real. e ele tem relativo sucesso no que se propõem, que é apresentar os fatos numa forma um pouquinho mais cronológica, ou mais uma aulinha do que se sabe e do que aconteceu. uma reconstrução televisiva, pronto. mas não passa disso, mesmo.
mas, no que concerne ao caso de verdade, para mim, o problema é que a amanda não detalha direito o que teria realmente acontecido (talvez faça isso no livro dela, vá saber), dando álibis que sejam confirmados e não parece muito preocupada em se provar inocente, mas mais em negar-se culpada (assim como o rafaelle). as provas da acusação possuem muitos defeitos, mas, caramba, o que a defesa faz é apenas apontar para isso, justamente porque não têm outros meios para provar qualquer inocência, o que é bastante duvidoso. além disso, a verdadeira amanda não corroborou/corrobora muito com as atitudes dela, o que não se pode simplesmente justificar dizendo que "esse é o jeito amanda de ser; ela sempre foi diferente", mas, também, não se pode acusar dizendo que ela deveria ter se comportado de determinada forma. uma coisa que não se pode negar, no entanto, é que a verdadeira amanda knox tem uma cara muito mais difícil de decifrar do que a da hayden panettiere consegue fazer no filme (apesar da atuação dela ter sido realmente convincente, apesar de um pouco afetada - mas, aí, também, eu não tenho fundamentos, porque não vi muitos vídeos da amanda). no fundo, no fundo, essa história virou, só para variar um pouquinho as coisas na mídia, mais uma fonte de produtos, com a amanda recebendo milhões para lançar a versão dela em livro e, mais no fundo ainda, uma história itália versus américa do norte, o que será sempre um problema; não por conta da itália - que, é, talvez até possa ser, porque quer se mostrar competente -, mas mais do outro lado, norte americano, que sempre tem de estar certo e perfeitamente angelical, negando as acusações e apontando para os defeitos da perícia, ao invés de tentar provar a inocência. ou seja, parece, mais uma vez, aquela velha birra de não se aceitar estar errado. ainda assim, não é justo falar isso apenas dos e.u.a., porque o sistema judiciário italiano também não é lá essas coisas, levando quase um ano só para proceder com os depoimentos de um julgamento e, claro, o vazamento de informações (a parte do filme em que fingem que a ela tem aids só para que faça uma lista dos homens com quem já se relacionou, sendo verdade ou não, é uma vergonha, realmente). mas, também, eu não me sinto bem dizendo tudo isso, porque, realmente, não existem provas muito concretas. o que eu digo é que, do outro lado, não existem defesas excelentes também, o que complica muito mais a imagem da amanda, pelo menos ao meu ver, algo que deveria ser levado muito mais em conta. as pessoas também acusam ela muito e, realmente, se ela fosse uma, citando comentários abaixo, "vadia louca perturbada mentalmente capaz de qualquer coisa para se dar bem", porque ela deixaria tantas evidências e remexeria na cena do crime e daria telefonemas e envolveria pessoas inocentes, comprometendo a imagem dela? afinal, ela também foi condenada por acusar o patrick injustamente. ela me parece um pouco descuidada demais para premeditar essas coisas ou ser, no mínimo, levemente psicopata. se aconteceu, realmente deve ter sido algo parecido com o que a acusação descreveu, algo envolvendo drogas, o que é ainda mais "comprovado" pelo fato da amanda dizer, a todo momento, que não se lembra direito dos fatos, que está tudo confuso etc. no fim mesmo, a pior parte é que ninguém parece se importar muito com o rudy guédé, que também está envolvido nisso tudo ou, pior, com a família da meredith kercher, que está sofrendo não apenas com a morte da filha, mas com todo esse escândalo internacional.
mas, enfim, a notícia mais recente é que a absolvição da amanda e do rafaelle foi revogada e agora eles estão de novo sob julgamento.
é uma versão realmente fiel ao livro, que é bastante visual, e, talvez por isso mesmo, não seja essa maravilha toda que as pessoas dizem por aí há bastante tempo, como "o grande romance americano" e etc. mas, quanto ao filme, é uma boa adaptação, principalmente porque transforma páginas e páginas de descrições e listas de nomes de pessoas em simples imagens. o problema, porém, como já disseram, é quando uma adaptação se torna mais uma transcrição visual do que uma versão da história. mas, ah, palmas para a mia farrow, que conseguiu ser irritante como a daisy e para o bruce dern, que conseguiu ser nojento como o tom buchanan, além de todos os homens que não usaram maquiagem e tiveram que suar, literalmente.
"they were careless people, tom and daisy - they smashed up things and creatures and then retreated back into their money or their vast carelessness or whatever it was that kept them together, and let other people clean up the mess they had made."
eu assisti esse filme achando que era algum daqueles filmes que ficaram no fundo da memória da pré-adolescência, mas, não é possível, devo ter me enganado. o cartaz e o nome condizem, mas a história é tão apática que só me fez achar ridícula a forma pela qual os franceses foram retratados. completamente mal costurado, não só no roteiro, mas na própria técnica - uns deslizes de cena (literalmente, as cenas deslizando como apresentação de power point) pareciam efeitos de transição do windows movie maker, de verdade. isso sem falar na cena ridícula, ahem, da bolsa voadora.
a história é interessante, bem desenvolvida, mas várias vezes fiquei com a impressão de que foi feito um selecionamento ruim do elenco (exceto a abigail, claro, e o spencer breslin, que, claro, é irmão da abigail) e, aparentemente, faltou dinheiro à produção, porque várias coisas poderiam tornar o filme mais "impactante" ou o que quer que seja "hollywoodiano". ou então sou só eu que não emociono mesmo com comédias românticas...
depois de ler todas essas críticas aqui em baixo, acho que dei uma sorte imensa, porque vi o filme sem nem saber que era do bertolucci (bom, porque eu tenho um ódio imenso daquele filme que ele também "lida" com a heroína, o luna). claro que eu vi o nome dele nos créditos iniciais, mas estava tão mais focado na premissa do filme, que havia que me interessado, que nem me dei conta. e, não só por ser um filme com "temática adolescente", mas por toda essa premissa do se esconder para evitar aborrecimentos, identifiquei-me muito com o filme. digo até que é um excelente filme com "temática adolescente", muito melhor do que esses que tem sido lançados recentemente. mas vejo que o que aborreceu o pessoal fanzinho do diretor foi que ele apenas fez uma menção em tom de brincadeira com os temas tão caros a ele,
como é o caso do incesto hipotético (na hora, eu achei o menino maluco; agora, sabendo quem fez o filme, eu acho graça).
enfim, acho que, considerando como um filme do bertolucci, é um dos mais sem graça mesmo, sem dúvida, mas analisando o filme por si próprio, é um filme excelente, mesmo com as câmeras desnecessariamente tremidas em algumas horas e as cenas externas coladas no filme só para "dar liga".
In La Femme Publique, you have this extraordinarily beautiful, resplendent body and free the way god made her. It’s major, and not to film it would be really a disgrace! So it never occurred to me to put a scrap of something on her you know, as if the Vatican would cover scraps on Michelangelo sculptures, or censor the paintings in the Sistine Chapel. I think that the human body is art when it’s loved and treated with awe, and it shouldn’t be covered. It is what it is and please be happy for it. This girl has it. The woman who wrote the novel that was the basis of the script described some sort of semi-pornographic scenes in the Pigalle district that were so crappy so I thought it better just to put it in front of the camera, just to say: look, this is marvelous, this is a miracle. How can you be as beautiful as that? How can you be as human and at the same time animalistic and how do you say... [Uninhibited] For me it was when we understood that she could do that, I said to my assistant, look, this is the film! Forget the rest, this is it!
sinceramente, não gostei da montagem do filme. toda a estruturação das imagens é interessante, principalmente num filme da década de 60, mas, ainda que eu ache o efeito muito "videoclíptico", não funcionou no filme por causa do desenvolvimento dele, que é bastante arrastado. não que ele deixe de ser interessante, mas a sinopse, por exemplo, aplica-se somente à segunda metade do filme. talvez o maior problema tenha sido o tom de aviso do filme,
explicitado, principalmente, na cena final, quebrando todo um drama que poderia ter sido construído na cena (bem ruinzinha) que o albert se encontra internamente com a sua "faceta estranguladora".
de interessante, fica, além das atuações, o título brasileiro do filme (que a única coisa com a qual pode-se fazer relação é com o fato de terem achado que o estrangulador era homossexual - ou seja, sem muito fundamente, porque uma coisa não tem a ver com a outra). enfim, para mim ficou como um material mal aproveitado e mal construído, mesmo tendo-se baseado em fatos reais.
como já foi dito, mesmo que a premissa pela qual foi vendido seja falsa, não deixa de ser um bom filme dentro de sua proposta, a qual, para mim, é mais uma homenagem ao casal hitchcock do que apenas ao hitch.
acho um pouco injusta a má fama que esse filme tem na filmografia do Hitchcock (aqui no filmow, no mínimo), porque a trama é muito bem construída e, pelo menos para mim, não foi entediante. mas o filme peca não por não conter atuações magníficas, por não tem um clímax muito bem definido (ou vários definidos, para quem já está acostumado com o estilo) ou pelo péssimo final (apesar disso pesar bastante), mas justamente porque é visto sob uma perspectiva comparativa às obras-primas que o Hitch já fez. uma coisa que eu não consigo deixar passar, no entanto, é
o implícito - e explícito, ao mesmo tempo - papel de "boazinha" que a inteligência dos Estados Unidos desempenha no filme, porque a União Soviética, Cuba e inclusive a neutralidade da França (que é desconstruída sagazmente) são pintados de cores de traidores e etc., enquanto que, do outro lado do muro, os Estados Unidos só querem as informações para "se protegerem" contra os mísseis.
acho que o filme se apresenta mais como um "poderia ter sido" do que realmente é. o que quero dizer é que acho que o diretor se deixou levar por uma estética e por uma lógica demasiado hollywoodianesca (o que não posso afimar, já que não sou familiarizado com os filmes do christopher nolan), fazendo com que duas horas e meia de um filme super inteligente se resumisse à uma sessão de cinema onde se soma ficção científica, ação e uma pitada de drama. digo, o filme é muito fechado em si mesmo
e, olhando cruamente de fora, leva uma hora antes de se dar início, de fato, ao enredo do filme, com mais uma hora de desenvolvimento e mais meia do logicamente esperado (e entregue) final feliz.
não sei se isso se deve ao fato de eu ter criado altas expectativas baseado nos comentários e em tantas cinco estrelas dadas aqui no filmow e pela crítica em geral ou por ter visto o "paprika" do satoshi kun antes, mas fiquei com aquela sensação de uma idéia mal plantada, ou seja, mal desenvolvida.
You said, “I will go to another land, I will go to another sea. Another city will be found, better than this. Every effort of mine is condemned by fate; and my heart is - like a corpse - buried. How long in this wasteland will my mind remain, Wherever I turn my eyes, wherever I may look I see the black ruins of my life here where I spent so many years, and ruined and wasted.”
New lands you will not find, you will not find another seas. The city will follow you. You will roam the same streets. And you will age in the same neighbourhoods; in these same houses you will grow gray. Always you will arive in this city. To another land - do not hope - there is not ship for you, there is no road. As you have ruined your life here in this little corner, you have destroyed it in the whole world.”
talvez o grande problema desse filme não tenha sido exatamente a abordagem pseudo-documentário com aquela introdução que foi, considero eu, um tanto quanto desnecessária, mas a forma como a múltipla personalidade foi tratada:
como uma coisa incontrolável pela própria paciente, mas completamente controlável pelo psiquiatra, o que, acredito eu (sem muitos fundamentos teóricos), seja um pouco forçado, pois não tem como escolher qual personalidade irá se mostrar, já que ele pode ser entendido como um mecanismo de defesa contra determinadas situações.
entretanto, a atuação da joanne woodward é impecável, fazendo com que aquelas dores de cabeça e longas pausas surtissem um efeito que de, certa forma, convencia na hora da "transição".
quanto ao final, achei muito raso, como uma proposta bem estilo "precisamos fechar o filme com alguma mensagem", como se a identificação do "trauma causador" e a "morte" das outras personalidades fosse a cura desse distúrbio.
mas, de fato, levando em conta que o caso aconteceu em 1953, que o filme foi feito em 1957 e que o distúrbio em questão não é algo lá muito comum, dá para relevar esses pequenos detalhes e aproveitar um filme muito bem feito.
é mesmo, finalmente um filme de exorcismo com pé e cabeça! e isso o torna, pelo menos para mim, até melhor do que "o exorcista" no que se refere à história e ao desenvolvimento dela, chegando a ser até um pouco errôneo chamar de imitação. mas... os efeitos estilo "chaves" e a atuação dos atores - com a exceção da carla gravina (ippolita) - é realmente péssima.
é bastante fraquinho, sendo que eu até ri quando o irmão dela se jogou da escada (porque, convenhamos, aquela "queda" foi muito mal interpretada). e o que é aquela purificação na cruz? tipo, ok, faz sentido com o milagre lá do começo (super engraçado, preciso ressaltar), mas não é uma cruz gigante de madeira que purifica um corpo possesso. pelo menos não até onde eu sei.
o título do filme, apesar de explicado, fica um pouco perdido, porque
o anticristo seria o filho, que só é realmente mencionado umas duas vezes. e quando o padre fala que ele não ia mais nascer... mesmo? de verdade? porque eu não sabia que era preciso estar possesso para ter o filho de satanás.
enfim, algumas furadas no roteiro que, se pesquisadas e estudadas melhor, poderiam compensar os impagáveis efeitos "chaves".
depois de ter visto 'family plot', eu fiquei com um pé atrás com os filmes setentistas do hitchcock, mas esse aqui já me fez cair na real de que hitchcock é hitchcock. apesar de chegar a ser óbvio em alguns momentos (característica bem contrária aos filmes dele), o jogo de câmera e a própria utilização do som são coisas fantásticas.
primeiro, o que mais incomoda é o fato de a scotland yard se preocupar com o pó da batata na escova, mas não pensar nas impressões digitais e, até mais que isso, o próprio assassino não se preocupar com isso. ok, ele era psicopata... mas, mesmo assim. se ele é 'frio e calculista', ele com certeza se preocuparia com isso. caramba, ele se mete num caminhão em movimento no meio de saco de batatas para pegar um alfinete! tentar me convencer que impressão digital nem passou pela cabeça dele não me convence. depois que a maneira com que o inspetor chega ao assassino é muito broxante. ninguém, absolutamente ninguém iria dar ouvidos aos berros que o richard ficou dando na corte simplesmente porque, quando encontram alguém para ocupar o lugar de assassino, o caso é encerrado e todo mundo vai para casa feliz, mesmo com a mulher preparando sopas de peixe podre e pés de porco marinados (haha, essa foi genial). existem exceções, certo, mas aqui não convenceu. e isso contribuiu bastante para que os minutos finais não me deixassem tão ansioso, coisa que só filme do hitchcock consegue provocar em mim.
mas, enfim, a dosagem de humor negro misturado a suspense caiu como luva. mais um memorável filme do hitchcock.
primeiro pensamento: se perdeu do grupo num país estrangeiro no meio do mato num filme de dario argento com trilha sonora do iron maiden e motörhead? hahaha, se ferrou! último pensamento: inga, te amo,
Se Meu Apartamento Falasse
4.3 422 Assista Agorao baxter é tão verborrágico (quase igual ao sherman em 'the seven year itch', que, estranhamente, é do mesmo diretor) que a última frase pronunciada caiu como uma luva! pelo menos a fran kubelik compensa aturar essa falação toda.
(e a "sósia" de marilyn é uma vergonha no filme. shame on you, billy wilder.)
Amanda Knox: Julgamento na Itália
3.3 66primeiro, acho ótimo que o filme seja o mais imparcial possível, o menos romanceado possível para um filme de tv, porque, assim, não deixa se perder muito a idéia de que isso tudo ali é real. e ele tem relativo sucesso no que se propõem, que é apresentar os fatos numa forma um pouquinho mais cronológica, ou mais uma aulinha do que se sabe e do que aconteceu. uma reconstrução televisiva, pronto. mas não passa disso, mesmo.
mas, no que concerne ao caso de verdade, para mim, o problema é que a amanda não detalha direito o que teria realmente acontecido (talvez faça isso no livro dela, vá saber), dando álibis que sejam confirmados e não parece muito preocupada em se provar inocente, mas mais em negar-se culpada (assim como o rafaelle). as provas da acusação possuem muitos defeitos, mas, caramba, o que a defesa faz é apenas apontar para isso, justamente porque não têm outros meios para provar qualquer inocência, o que é bastante duvidoso. além disso, a verdadeira amanda não corroborou/corrobora muito com as atitudes dela, o que não se pode simplesmente justificar dizendo que "esse é o jeito amanda de ser; ela sempre foi diferente", mas, também, não se pode acusar dizendo que ela deveria ter se comportado de determinada forma. uma coisa que não se pode negar, no entanto, é que a verdadeira amanda knox tem uma cara muito mais difícil de decifrar do que a da hayden panettiere consegue fazer no filme (apesar da atuação dela ter sido realmente convincente, apesar de um pouco afetada - mas, aí, também, eu não tenho fundamentos, porque não vi muitos vídeos da amanda).
no fundo, no fundo, essa história virou, só para variar um pouquinho as coisas na mídia, mais uma fonte de produtos, com a amanda recebendo milhões para lançar a versão dela em livro e, mais no fundo ainda, uma história itália versus américa do norte, o que será sempre um problema; não por conta da itália - que, é, talvez até possa ser, porque quer se mostrar competente -, mas mais do outro lado, norte americano, que sempre tem de estar certo e perfeitamente angelical, negando as acusações e apontando para os defeitos da perícia, ao invés de tentar provar a inocência. ou seja, parece, mais uma vez, aquela velha birra de não se aceitar estar errado. ainda assim, não é justo falar isso apenas dos e.u.a., porque o sistema judiciário italiano também não é lá essas coisas, levando quase um ano só para proceder com os depoimentos de um julgamento e, claro, o vazamento de informações (a parte do filme em que fingem que a ela tem aids só para que faça uma lista dos homens com quem já se relacionou, sendo verdade ou não, é uma vergonha, realmente).
mas, também, eu não me sinto bem dizendo tudo isso, porque, realmente, não existem provas muito concretas. o que eu digo é que, do outro lado, não existem defesas excelentes também, o que complica muito mais a imagem da amanda, pelo menos ao meu ver, algo que deveria ser levado muito mais em conta. as pessoas também acusam ela muito e, realmente, se ela fosse uma, citando comentários abaixo, "vadia louca perturbada mentalmente capaz de qualquer coisa para se dar bem", porque ela deixaria tantas evidências e remexeria na cena do crime e daria telefonemas e envolveria pessoas inocentes, comprometendo a imagem dela? afinal, ela também foi condenada por acusar o patrick injustamente. ela me parece um pouco descuidada demais para premeditar essas coisas ou ser, no mínimo, levemente psicopata. se aconteceu, realmente deve ter sido algo parecido com o que a acusação descreveu, algo envolvendo drogas, o que é ainda mais "comprovado" pelo fato da amanda dizer, a todo momento, que não se lembra direito dos fatos, que está tudo confuso etc.
no fim mesmo, a pior parte é que ninguém parece se importar muito com o rudy guédé, que também está envolvido nisso tudo ou, pior, com a família da meredith kercher, que está sofrendo não apenas com a morte da filha, mas com todo esse escândalo internacional.
mas, enfim, a notícia mais recente é que a absolvição da amanda e do rafaelle foi revogada e agora eles estão de novo sob julgamento.
O Grande Gatsby
3.6 137 Assista Agoraé uma versão realmente fiel ao livro, que é bastante visual, e, talvez por isso mesmo, não seja essa maravilha toda que as pessoas dizem por aí há bastante tempo, como "o grande romance americano" e etc. mas, quanto ao filme, é uma boa adaptação, principalmente porque transforma páginas e páginas de descrições e listas de nomes de pessoas em simples imagens. o problema, porém, como já disseram, é quando uma adaptação se torna mais uma transcrição visual do que uma versão da história. mas, ah, palmas para a mia farrow, que conseguiu ser irritante como a daisy e para o bruce dern, que conseguiu ser nojento como o tom buchanan, além de todos os homens que não usaram maquiagem e tiveram que suar, literalmente.
"they were careless people, tom and daisy - they smashed up things and creatures and then retreated back into their money or their vast carelessness or whatever it was that kept them together, and let other people clean up the mess they had made."
À Francesa
2.2 87eu assisti esse filme achando que era algum daqueles filmes que ficaram no fundo da memória da pré-adolescência, mas, não é possível, devo ter me enganado. o cartaz e o nome condizem, mas a história é tão apática que só me fez achar ridícula a forma pela qual os franceses foram retratados.
completamente mal costurado, não só no roteiro, mas na própria técnica - uns deslizes de cena (literalmente, as cenas deslizando como apresentação de power point) pareciam efeitos de transição do windows movie maker, de verdade. isso sem falar na cena ridícula, ahem, da bolsa voadora.
Um Presente para Helen
3.3 170 Assista Agoraa história é interessante, bem desenvolvida, mas várias vezes fiquei com a impressão de que foi feito um selecionamento ruim do elenco (exceto a abigail, claro, e o spencer breslin, que, claro, é irmão da abigail) e, aparentemente, faltou dinheiro à produção, porque várias coisas poderiam tornar o filme mais "impactante" ou o que quer que seja "hollywoodiano". ou então sou só eu que não emociono mesmo com comédias românticas...
Eu e Você
3.5 190 Assista Agoradepois de ler todas essas críticas aqui em baixo, acho que dei uma sorte imensa, porque vi o filme sem nem saber que era do bertolucci (bom, porque eu tenho um ódio imenso daquele filme que ele também "lida" com a heroína, o luna). claro que eu vi o nome dele nos créditos iniciais, mas estava tão mais focado na premissa do filme, que havia que me interessado, que nem me dei conta. e, não só por ser um filme com "temática adolescente", mas por toda essa premissa do se esconder para evitar aborrecimentos, identifiquei-me muito com o filme. digo até que é um excelente filme com "temática adolescente", muito melhor do que esses que tem sido lançados recentemente. mas vejo que o que aborreceu o pessoal fanzinho do diretor foi que ele apenas fez uma menção em tom de brincadeira com os temas tão caros a ele,
como é o caso do incesto hipotético (na hora, eu achei o menino maluco; agora, sabendo quem fez o filme, eu acho graça).
enfim, acho que, considerando como um filme do bertolucci, é um dos mais sem graça mesmo, sem dúvida, mas analisando o filme por si próprio, é um filme excelente, mesmo com as câmeras desnecessariamente tremidas em algumas horas e as cenas externas coladas no filme só para "dar liga".
Se Don Juan Fosse Mulher
3.4 41... mas, poxa, não custava nada fazer uma misturinha de xarope de milho, água e corante pra cena do suicídio da personagem do robert walker jr., hein?
O Quinto Elemento
3.7 816tiro meia estrela porque foi uma tremenda breguice mostrar o que estava acontecendo atrás das paredes daquela cápsula.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista Agorahttp://www.youtube.com/watch?v=_JERRJIssI8
A Mulher Pública
3.8 20In La Femme Publique, you have this extraordinarily beautiful, resplendent body and free the way god made her. It’s major, and not to film it would be really a disgrace! So it never occurred to me to put a scrap of something on her you know, as if the Vatican would cover scraps on Michelangelo sculptures, or censor the paintings in the Sistine Chapel. I think that the human body is art when it’s loved and treated with awe, and it shouldn’t be covered. It is what it is and please be happy for it. This girl has it. The woman who wrote the novel that was the basis of the script described some sort of semi-pornographic scenes in the Pigalle district that were so crappy so I thought it better just to put it in front of the camera, just to say: look, this is marvelous, this is a miracle. How can you be as beautiful as that? How can you be as human and at the same time animalistic and how do you say... [Uninhibited] For me it was when we understood that she could do that, I said to my assistant, look, this is the film! Forget the rest, this is it!
- Andrzej Żuławski.
O Homem Que Odiava as Mulheres
3.6 27 Assista Agorasinceramente, não gostei da montagem do filme. toda a estruturação das imagens é interessante, principalmente num filme da década de 60, mas, ainda que eu ache o efeito muito "videoclíptico", não funcionou no filme por causa do desenvolvimento dele, que é bastante arrastado. não que ele deixe de ser interessante, mas a sinopse, por exemplo, aplica-se somente à segunda metade do filme. talvez o maior problema tenha sido o tom de aviso do filme,
explicitado, principalmente, na cena final, quebrando todo um drama que poderia ter sido construído na cena (bem ruinzinha) que o albert se encontra internamente com a sua "faceta estranguladora".
de interessante, fica, além das atuações, o título brasileiro do filme (que a única coisa com a qual pode-se fazer relação é com o fato de terem achado que o estrangulador era homossexual - ou seja, sem muito fundamente, porque uma coisa não tem a ver com a outra). enfim, para mim ficou como um material mal aproveitado e mal construído, mesmo tendo-se baseado em fatos reais.
Os Filhos do Medo
3.7 151fiquei mais perturbado com a cena/olhar final da candice do que com os protoplasmas raivosos/justin biebers oxigenados em si.
Hitchcock
3.7 1,1K Assista Agoracomo já foi dito, mesmo que a premissa pela qual foi vendido seja falsa, não deixa de ser um bom filme dentro de sua proposta, a qual, para mim, é mais uma homenagem ao casal hitchcock do que apenas ao hitch.
"hold the cock."
Topázio
3.2 84 Assista Agoraacho um pouco injusta a má fama que esse filme tem na filmografia do Hitchcock (aqui no filmow, no mínimo), porque a trama é muito bem construída e, pelo menos para mim, não foi entediante. mas o filme peca não por não conter atuações magníficas, por não tem um clímax muito bem definido (ou vários definidos, para quem já está acostumado com o estilo) ou pelo péssimo final (apesar disso pesar bastante), mas justamente porque é visto sob uma perspectiva comparativa às obras-primas que o Hitch já fez.
uma coisa que eu não consigo deixar passar, no entanto, é
o implícito - e explícito, ao mesmo tempo - papel de "boazinha" que a inteligência dos Estados Unidos desempenha no filme, porque a União Soviética, Cuba e inclusive a neutralidade da França (que é desconstruída sagazmente) são pintados de cores de traidores e etc., enquanto que, do outro lado do muro, os Estados Unidos só querem as informações para "se protegerem" contra os mísseis.
Torso
3.4 57 Assista Agoraeu consigo perdoar, mas não consigo esquecer a cena
em que a jane (suzy kendall) "pede ajuda" pela janela do casarão e aparece um homem refletido no vidro.
A Origem
4.4 5,9K Assista Agoraacho que o filme se apresenta mais como um "poderia ter sido" do que realmente é. o que quero dizer é que acho que o diretor se deixou levar por uma estética e por uma lógica demasiado hollywoodianesca (o que não posso afimar, já que não sou familiarizado com os filmes do christopher nolan), fazendo com que duas horas e meia de um filme super inteligente se resumisse à uma sessão de cinema onde se soma ficção científica, ação e uma pitada de drama. digo, o filme é muito fechado em si mesmo
e, olhando cruamente de fora, leva uma hora antes de se dar início, de fato, ao enredo do filme, com mais uma hora de desenvolvimento e mais meia do logicamente esperado (e entregue) final feliz.
não sei se isso se deve ao fato de eu ter criado altas expectativas baseado nos comentários e em tantas cinco estrelas dadas aqui no filmow e pela crítica em geral ou por ter visto o "paprika" do satoshi kun antes, mas fiquei com aquela sensação de uma idéia mal plantada, ou seja, mal desenvolvida.
Japão Japão
3.0 3The City
You said, “I will go to another land, I will go to another sea.
Another city will be found, better than this.
Every effort of mine is condemned by fate;
and my heart is - like a corpse - buried.
How long in this wasteland will my mind remain,
Wherever I turn my eyes, wherever I may look
I see the black ruins of my life here
where I spent so many years, and ruined and wasted.”
New lands you will not find, you will not find another seas.
The city will follow you. You will roam the same
streets. And you will age in the same neighbourhoods;
in these same houses you will grow gray.
Always you will arive in this city. To another land - do not hope -
there is not ship for you, there is no road.
As you have ruined your life here
in this little corner, you have destroyed it in the whole world.”
Constantine P. Cavafy (Alexandria, 1910)
Distúrbio: O Terror Tem Uma Nova Face
2.0 198realmente... deveria ter buscado o filme aqui antes de assistir só por conta de umas caras conhecidas de skins.
As Três Máscaras de Eva
3.9 114talvez o grande problema desse filme não tenha sido exatamente a abordagem pseudo-documentário com aquela introdução que foi, considero eu, um tanto quanto desnecessária, mas a forma como a múltipla personalidade foi tratada:
como uma coisa incontrolável pela própria paciente, mas completamente controlável pelo psiquiatra, o que, acredito eu (sem muitos fundamentos teóricos), seja um pouco forçado, pois não tem como escolher qual personalidade irá se mostrar, já que ele pode ser entendido como um mecanismo de defesa contra determinadas situações.
entretanto, a atuação da joanne woodward é impecável, fazendo com que aquelas dores de cabeça e longas pausas surtissem um efeito que de, certa forma, convencia na hora da "transição".
quanto ao final, achei muito raso, como uma proposta bem estilo "precisamos fechar o filme com alguma mensagem", como se a identificação do "trauma causador" e a "morte" das outras personalidades fosse a cura desse distúrbio.
mas, de fato, levando em conta que o caso aconteceu em 1953, que o filme foi feito em 1957 e que o distúrbio em questão não é algo lá muito comum, dá para relevar esses pequenos detalhes e aproveitar um filme muito bem feito.
O Anticristo
3.2 48é mesmo, finalmente um filme de exorcismo com pé e cabeça! e isso o torna, pelo menos para mim, até melhor do que "o exorcista" no que se refere à história e ao desenvolvimento dela, chegando a ser até um pouco errôneo chamar de imitação. mas... os efeitos estilo "chaves" e a atuação dos atores - com a exceção da carla gravina (ippolita) - é realmente péssima.
incomoda muito ver a cara de bunda deles naquela cena do jantar. e a palermice dos padres nos exorcismos.
mas, como não dá para ficar sem comparar (já que tem apenas um ano de diferença entre "o exorcista" e "o anticristo"), o desfecho desse
é bastante fraquinho, sendo que eu até ri quando o irmão dela se jogou da escada (porque, convenhamos, aquela "queda" foi muito mal interpretada). e o que é aquela purificação na cruz? tipo, ok, faz sentido com o milagre lá do começo (super engraçado, preciso ressaltar), mas não é uma cruz gigante de madeira que purifica um corpo possesso. pelo menos não até onde eu sei.
o título do filme, apesar de explicado, fica um pouco perdido, porque
o anticristo seria o filho, que só é realmente mencionado umas duas vezes. e quando o padre fala que ele não ia mais nascer... mesmo? de verdade? porque eu não sabia que era preciso estar possesso para ter o filho de satanás.
enfim, algumas furadas no roteiro que, se pesquisadas e estudadas melhor, poderiam compensar os impagáveis efeitos "chaves".
Chillerama
3.0 24not enough tits.
Um Lobisomem Americano em Londres
3.7 612só eu ri com as felicitações ao casamento da lady di com o príncipe charles nos créditos?
Frenesi
3.9 272 Assista Agoradepois de ter visto 'family plot', eu fiquei com um pé atrás com os filmes setentistas do hitchcock, mas esse aqui já me fez cair na real de que hitchcock é hitchcock. apesar de chegar a ser óbvio em alguns momentos (característica bem contrária aos filmes dele), o jogo de câmera e a própria utilização do som são coisas fantásticas.
a cena em que o rusk mata a babs é completamente óbvia, mas a maneira como a câmera vai descendo as escadas, e em silêncio... é de arrepiar.
entretanto, vários 'descuidos' acabam por deixa a história mais fraca:
primeiro, o que mais incomoda é o fato de a scotland yard se preocupar com o pó da batata na escova, mas não pensar nas impressões digitais e, até mais que isso, o próprio assassino não se preocupar com isso. ok, ele era psicopata... mas, mesmo assim. se ele é 'frio e calculista', ele com certeza se preocuparia com isso. caramba, ele se mete num caminhão em movimento no meio de saco de batatas para pegar um alfinete! tentar me convencer que impressão digital nem passou pela cabeça dele não me convence.
depois que a maneira com que o inspetor chega ao assassino é muito broxante. ninguém, absolutamente ninguém iria dar ouvidos aos berros que o richard ficou dando na corte simplesmente porque, quando encontram alguém para ocupar o lugar de assassino, o caso é encerrado e todo mundo vai para casa feliz, mesmo com a mulher preparando sopas de peixe podre e pés de porco marinados (haha, essa foi genial). existem exceções, certo, mas aqui não convenceu. e isso contribuiu bastante para que os minutos finais não me deixassem tão ansioso, coisa que só filme do hitchcock consegue provocar em mim.
mas, enfim, a dosagem de humor negro misturado a suspense caiu como luva. mais um memorável filme do hitchcock.
Phenomena
3.7 246primeiro pensamento: se perdeu do grupo num país estrangeiro no meio do mato num filme de dario argento com trilha sonora do iron maiden e motörhead? hahaha, se ferrou!
último pensamento: inga, te amo,
mas não abraça essa menina nojenta que caiu num poço de carne humana em putrefação, por favor.