As intenções de 'Sergio' são puras, o filme é até agradável de assistir, ele mescla política, tragédia e romance, a grande questão é que ele não atinge o pico de nenhum desses gêneros deixando a história morna.
O filme não consegue emocionar como ele deveria fazer, mas faz um bom trabalho de pesquisa histórica do personagem. A diversidade do elenco também agrada, além disso, é muito legal assistir dois atores que não são americanos com papéis de destaque numa produção norte-americana.
A atuação de Wagner Moura, às vezes parece rígida e imponente, como se ele considerasse cada respiração, ele não está totalmente horrível, mas faltou mais naturalidade em sua atuação. Moura consegue trazer o modelo brilhante que Sergio foi, mas é muito mais difícil ver o homem por baixo.
Apesar de apoiar em valores familiares sobre a humanidade de Sergio, o filme não consegue emocionar. O filme ficou didático demais faltando emoção, mas ainda sim eu recomendo essa biografia, vale a pena darmos atenção a 'Sergio'.
Mais de 20 anos se passaram desde que Aardman Animations entregou "A Fuga das Galinhas". O primeiro filme continua sendo um clássico do entretenimento familiar, imbatível em sua inventividade, estética distinta e humor deliciosamente absurdo. Decepcionante, mas talvez não surpreendentemente, esta sequência não consegue igualar o original.
"A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets" é um assalto ao estilo "Onze Homens e um Segredo" misturado com "Missão: Impossível", não deixando de lado a brincadeira de parodiar filmes. A sequência deixou de lado o tom terroso do primeiro filme e trouxe um visual sintético de cores fortes.
A sequência não é chata, mas extensa e previsível. O filme não oferece muitas surpresas em termos de enredo, mas é consistentemente divertido. "A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets" poderia ir além da nostalgia e enredo familiar, há pouco para conquistar os amantes do primeiro filme que já estão crescidos.
O espectador passa a maior parte do tempo com um grupo de personagens, reduzidos às suas qualidades. Um é estúpido, um é forte, um é inteligente, um é velho. A maioria de suas piadas são repetidas e as situações são facilmente resolvidas. É uma série repetitiva de perigos percorridos até chegar ao inevitável ponto final.
"A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets" é um prato de frango assado requentado. O filme parece basicamente o mesmo, só que sem o sabor original. O longa-metragem mantém o público interessado no inevitável resgate de Molly, conseguindo apenas piadas e viradas de personagem suficientes para impedir que a maioria dos espectadores da Netflix olhe distraídos para seus celulares.
"A Porta ao Lado" é um filme dirigido por Júlia Rezende e com roteiro de L.G. Bayão, Patrícia Corso e Leonardo Moreira. O longa-metragem nacional é estrelado por Letícia Colin, Bárbara Paz, Dan Ferreira e Tulio Starling. O filme foi gravado inteiramente durante a pandemia de COVID-19.
A diretora Julia Rezende soube fazer um bom convite ao público, para refletir sobre relacionamento e suas diferentes formas e suas definições. "A Porta ao Lado" acompanha a personagem Mari em um momento em que ela é impulsionada por diversos desejos, sejam eles eróticos, de mudança ou de ressignificação.
O tema central de monogamia versus poligamia é clichê e batido, mas ao menos o longa-metragem foge de alguns estereótipos que geralmente caracterizam esses modelos pré-concebidos. Por exemplo, a personagem Mari não parece frustrada no seu relacionamento com Rafa, nem ao menos sexualmente falando. O outro ponto positivo, não há espaço para que o filme entregue soluções fáceis para problemas complexos.
Os seus personagens são contraditórios, possuem camadas e não atendem especificamente àquilo que deveriam ou não fazer de acordo com suas características principais. Há um bom desenvolvimento dos personagens "A Porta ao Lado" não é mérito apenas do roteiro. Os quatro protagonistas entregam atuações precisas e adequadas.
Embora o filme seja sobre as tensões geradas pelo choque entre modos de casamento fundamentalmente distintos. "A Porta ao Lado" peca em querer explorar outros temas mais profundos, que acabam sendo um mero enfeite para a narrativa e deixando o filme mais aceitável de um público mais mainstreaming. O racismo e machismo, por exemplo, são temas jogados na trama com muita superficialidade que deixou o longa-metragem empobrecido.
É importante ressaltar que "A Porta ao Lado" abusa de cenas de intimidade, mas todas são conduzidas com muita delicadeza e atenção por Julia Rezende. Sem expor os atores à nudez desnecessária ou vulgar.
Julia Rezende acerta ao construir uma trama clichê com delicadeza, sem forçar estereótipos dando espaço para os personagens desenvolverem, apesar da diretora atolar o enredo com outros temas mal desenvolvidos, "A Porta ao Lado" não julga, e isso causa uma reflexão profunda no espectador. O longa-metragem é imersivo, porém morno demais.
"A Fuga das Galinhas" é uma animação mágica que parece soar como nenhum outra animação. O longa-metragem usa animais como substitutos para nossas esperanças e medos, enquanto as galinhas correm por uma tentativa de fuga fracassada após a outra, o charme do filme nos conquista.
O filme infantil foi feito com animação em stop motion e produzido pelo estúdio britânico Aardman Animations em parceria com a DreamWorks Animation. "A Fuga das Galinhas" foi dirigido por Peter Lord e Nick Park a partir de um roteiro de Karey Kirkpatrick e de uma história de Lord e Park. O filme conta com as vozes de Julia Sawalha, Mel Gibson, Tony Haygarth, Miranda Richardson, Phil Daniels, Lynn Ferguson, Timothy Spall, Imelda Staunton e Benjamin Whitrow.
"A Fuga das Galinhas" começa como uma paródia de filmes de prisão da Segunda Guerra Mundial, como "A Grande Fuga" e "Stalag 17" (o local mais importante do filme é Hut 17). Enquanto a aventura do filme se desenrola o espectador se depara com uma outra paródia, quando Ginger e Rocky correm pelas entranhas da máquina de torta de frango, em uma sequência de ação parodiando "Indiana Jones e o Templo da Perdição". Essa animação é extremamente divertida.
Como um deleite de verão para as crianças, "A Fuga das Galinhas" é uma aposta muito sólida. O filme é sempre envolvente, cheio de humor brilhante, maravilhoso trabalho em stop-motion, conflito dramático e caracterizações maravilhosamente matizadas. O cenário confinado, semelhante a uma prisão, que raramente é deixado durante o filme, parece ter colocado uma espécie de camisa de força dramática no impulso dos cineastas para viagens laterais bacanas e digressões surpreendentes.
"A Fuga das Galinhas" não se resume em simplesmente mostrar galinhas tentando fugir e uma série de cenas episódicas. Há ousadia e habilidade no plano de fuga, mas também testes de caráter, à medida que os pássaros olham para suas almas e descobrem convicções ocultas. Em um filme infantil mais convencional, a trama prosseguiria no piloto automático.
No seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos, o filme arrecadou US$ 17.506.162 por uma média de US$ 7.027 em 2.491 cinemas. O longa-metragem arrecadou mais de US$ 224 milhões, tornando-se o filme de animação em stop motion com maior bilheteria da história. Até o momento, "A Fuga das Galinhas" é o filme de animação em stop motion com maior bilheteria da história.
O que eu mais gosto de "A Fuga das Galinhas" é que ele não é simplesmente um quebra-cabeça da trama a ser resolvido com uma fuga inteligente no final. É observador da natureza humana (através de galinhas). Este filme sobre galinhas é mais humano do que muitas comédias por aí. O longa-metragem é engraçado, perverso, inteligente, visualmente inventivo, gentil, doce, carinhoso e tocante.
Um assalto ao posto de gasolina fica muito complicado neste promissor, mas indeciso, estudo de suspense e caráter.
Há mais fumaça do que fogo em 'Uma Noite Infernal', um thriller razoavelmente promissor em um único local que nunca se decide sobre o que quer ser. Ele é um suspense, um thriller, tem um pouco de humor negro, um pouco de violência, personagens complexos e por aí vai... Em uma prova de alternativas, o filme é a opção "todas as alternativas acima estão corretas".
O foco principal está nas habilidades instáveis de lidar com Melinda, sob pressão. Mas nem o filme sabe muito bem o que fazer com essa personagem. Não é que a atriz Tilda Cobham-Hervey seja incompetente, é que o filme raramente parece ter certeza de quem ou o que ela é. Isso deixa 'Uma Noite Infernal' com um núcleo instável, incapaz de comprometer-se em saber se o personagem principal em seu núcleo é simplesmente vítima, ou uma personalidade mais desonesta e perversa.
As reviravoltas do roteiro são divertidas e ajudam a deixar a experiência menos pior. A violência do filme evoca um pouco de terror, mas ajuda 'Uma Noite Infernal' a seguir a narrativa do clichê "crimes que deram errado".
O problema é que o primeiro longa-metragem do diretor e roteirista Mike Gan, embora seja tratado com competência, não se compromete o suficiente com nenhuma abordagem. O resultado é um filme fácil de desviar, moderadamente excêntrico, mas também instantaneamente esquecível.
'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' é um conto de fadas de John Schultz, ambientado em um reino pitoresco coberto de neve, com uma cinematográfica focada em um ambiente bem antigo e pouco envolvente.
Embora 'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' ofereça uma masmorra, uma maldição e um roubo chocante, é improvável que este filme faça algum efeito quando se junta a um monte de outros filmes clássicos de natal, então mantenha as suas expectativas baixa e aceite que você precisará de algo melhor para salvar sua noite.
De certa forma 'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' se desvia da fórmula de seus antecessores. Por um lado, Richard e Amber realmente passam muito tempo juntos e parecem realmente se importar, algo que sempre parecia uma reflexão tardia no primeiro e no segundo filme dessa trilogia.
Em algum lugar entre o primeiro e o terceiro filme, Richard passou de príncipe playboy mal-humorado para um pai pateta. Um crescimento de personagem meio estranho, mas vou tolerar, pois existe um crescimento pelo menos. A única funcionalidade dele no filme, é tentar construir um berço.
Na terceira rodada de 'O Príncipe do Natal', todos aqueles personagens médios interpretados por atores médios retornam, isso é bom, se você gostou de vê-los nos dois primeiros filmes, se não gostou... Força...
O filme está cheio de piadas idiotas o tempo todo. Há algumas escolhas preguiçosas para trama; a tradição milenar versus a modernização, enquanto os homens tentam mostrar que serão bons pais, rainha Ming desaprova a ideia de Amber, de que como rainhas devem assinar o antigo tratado ao lado dos reis, nos entregando um clichê de girlpower.
O roubo que move a trama é a coisa que você menos se importará. Não há segurança no palácio, o tratado é facilmente roubado e escondido. E quando se descobre que está faltando, a câmera aproxima drasticamente sem ironia no rosto chocado de todos. Há muitas sequências inúteis de natal, incluindo um jogo de tabuleiro e uma ida à pista de patinação no gelo. Tudo é resolvido no final de uma maneira muito conveniente e todos ficam bem.
'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' é frágil e simples, mas se é o romance real que você deseja, você o encontrou. Honestamente, não há muito o que dizer sobre o filme, ele é festivo e agradável é outra celebração de natal esteticamente agradável com uma trama ruim.
A diretora e roterista Alice Wu se inspirou em sua melhor amizade com um cara hétero quando ela saiu do armário. Ellie e Paul emergem como o par mais atraente de 'Você Nem Imagina'. Sua visão de mundo descomplicada fornece um contrapeso agradável às suas ansiedades internalizadas. A desvantagem de tornar os personagens adolescentes tão inteligentes e mundanos é que os artifícios da trama se tornam mais difíceis de aceitar.
O olhar de Alice Wu para uma bela fotografia está presente ao longo do filme, a câmera da diretora evoca a vida em uma cidade pequena. Uma narração de abertura sobre como os gregos antigos acreditavam que, encontrar a alma gêmea de alguém, era um ato de encontrar a pessoa que literalmente o completou, é refletida em uma cena posterior de dois personagens flutuando juntos em uma piscina local, com o rosto refletido na água abaixo. A iluminação suave e quente lança um brilho outonal em todo o filme.
O que salva o filme é o seu elenco jovem, cujo trio principal faz a maior parte do trabalho pesado. Na maior parte são Lewis, Diemer e Lemire carregando 'Você Nem Imagina' nas costas, e fazem com graça. Não é sempre que os adolescentes nos filmes realmente se sentem adolescentes, mas Leah Lewis captura o constrangimento e a incerteza de um adolescente excepcionalmente bem.
Paul e Ellie são legais de assistir, a amizade se torna facilmente o coração emocional do filme. Enquanto Alexxis Lemire recebe um pouco menos de trabalho, ela traz uma profundidade e um calor necessários para sua personagem unir os temas emocionais do filme.
O clímax do filme se passa na igreja, embora seja difícil imaginar a congregação silenciosamente permitindo que um punhado de adolescentes comande o culto, o cenário fala muito sobre o papel que a fé desempenha nas ações dos personagens. Além disso, considerando todos os níveis de engano que levaram a esse momento, não há realmente nenhuma maneira elegante de Paul e Ellie se esclarecerem sobre o esquema deles.
Então chega o final do filme, e tudo se desfaz de uma maneira incrivelmente decepcionante. As muitas histórias que Alice Wu estava fazendo malabarismos com apenas algumas bobagens, nesse ponto começam a colidir uma com a outra. O novo filme apresenta um desempenho vencedor, uma direção bonita e um roteiro confuso.
Depois de passarmos o primeiro filme deleitando-se com a abundante riqueza de seus protagonistas, o segundo filme inevitavelmente comete o erro de investigar de onde vem o dinheiro, e nada de interessante resulta disso.
'O Príncipe do Natal: O Casamento Real' está tentando justificar sua versão charmosamente de baixo valor de produção da fabulosa riqueza, observando o que a família real está fazendo pelo país que aparentemente serve, o que torna o filme muito mais chato.
Nada neste filme é surpreendente, mas é isso que o torna calmante. Em vez disso, passamos a maior parte do filme com Amber, enquanto ela luta para encontrar uma maneira de assumir suas novas funções como uma rainha, mantendo sua natureza independente e também seu blog.
Não se preocupe, em 'O Príncipe do Natal: O Casamento Real' existe um castelo. Existem luzes de natal. Há uma caricatura quase racista / homofóbica de um planejador de casamento gay indiano. Existem crianças fofas. Há neve, anjos de neve e tobogã na neve.
'O Príncipe do Natal: O Casamento Real' é ruim, mas aconchegante o suficiente para que você sinta que foi envolvido por um cobertor de valores familiares.
A estrutura essencial de 'A Lavanderia', adaptada para a tela de Scott Z. Burns do livro de Jake Burnstein, é confusa. Soderbergh flerta com vários estilos antes de se estabelecer na narrativa episódica conectada por Antonio Banderas e Gary Oldman.
Sempre foi difícil imaginar como um escândalo sombrio envolvendo financiamento global poderia ser transformado em filme, mas a decisão de Soderbergh de nos distrair com participações especiais de celebridades em uma série de vinhetas confusas, simplesmente não funcionou.
Soderbergh e o roteirista Scott Z. Burns tentam pegar conceitos financeiros complicados e dividi-los para um público comum, com atores conversando com a câmera. Apesar de todas as suas boas intenções, 'A Lavanderia' se agita, com um excesso de más ideias que minam a indignação justificável sobre os eventos descritos.
Conversas rápidas são o que Jurgen Mossack e Ramon Fonseca, caras da vida real interpretados respectivamente por Gary Oldman e Antonio Banderas, periodicamente fazem com efeito, um tanto torturado, ao longo do filme. Nos comentários diretos à câmera, eles justificam seu comportamento de uma maneira arrogante, destinada a ser sombria e divertida, mas isso se mostra cada vez mais irritante à medida que as coisas acontecem.
A diretora de elenco Carmen Cuba tem que preencher muitos papéis que têm apenas uma ou duas cenas para causar impacto, o filme tem Sharon Stone, Cristina Alonzo, David Schwimmer e Robert Patrick, nem mesmo Meryl Streep, Antonio Banderas e Gary Oldman conseguem elevar 'A Lavanderia'.
Soderbergh e Burns aparentemente queriam enfatizar a pura indignação do golpe e se divertir um pouco com essa barganha, mas seu objetivo satírico, em última análise, não se compara à nitidez de suas ambições, 'A Lavanderia' é uma exposição confusa.
A trama de 'O Príncipe do Natal' tem vários buracos. Por que o tutor original nunca apareceu? Por que Amber, em sua primeira turnê oficial de imprensa, só levaria um par de tênis? Como Richard consegue rastrear Amber na lanchonete de seu pai em Nova York no final, quando ele nem mesmo sabe que seu pai tem uma lanchonete e que ela estaria lá naquele momento? O filme é recheado de acontecimentos sem noção para fazer a história andar.
Não preciso falar que 'O Príncipe do Natal' é típico clichê natalino. Há cenas de guerra de bola de neve, um baile, uma personagem principal que todos amam e adoram facilmente. É o típico filme bobo que ninguém se importa, mas que assistimos, afinal é Natal. Isso não faz sentido, mas é o que fazemos, por isso esses filmes fazem "sucesso" nessa época do ano.
'O Príncipe do Natal' chega de carência de boas atuações, o que deixa muito a desejar, incluindo o fato de que a maioria dos atores está lutando para simular um sotaque americano. Talvez esse filme da Netflix seja o único filme em que as lindas canções de natal são muito irritantes.
Não importa o quão do mesmo e o quão ruim sejam esses filmes, a Netflix continua a sustentá-los, já que as festas de fim de ano parecem ser a temporada de fantasia e expectativas irreais, que gostamos de consumir apesar dos pesares.
À medida que as horas passam para o Dia D, quatro soldados americanos são deixados para trás das linhas inimigas na França, em uma missão crucial para o sucesso dos desembarques na Normandia. Mas seu objetivo é complicado quando se deparam com um monstruoso experimento nazista em uma igreja fortificada.
O promissor diretor Julius Avery faz um ato de abertura feroz, enquadrando a guerra como um espetáculo de terror por si só. A chegada de Boyce ao campo de batalha é um batismo literal de fogo, arrancado de um turbilhão de chamas quando seu avião é abatido e desce ao chão em uma enxurrada de explosões e tiros. O começo te prepara por algo que nunca chega.
De alguma forma, 'Operação Overlord' começa a desacelerar, mesmo quando o caos aumenta e o momento máximo do filme chega, as coisas começam a evoluir de assustador para cartunista, de conceito para clichê, em um piscar de olhos.
Após um começo de tirar o fôlego, o filme nunca chega à loucura exagerada que precisa atingir. 'Operação Overlord' fica leve e sem graça quando chega na metade. O ritmo paira quando a gangue une forças com a aldeã resistente Chloe (Mathilde Ollivier) para enfrentar um mal.
'Operação Overlord' é um passeio divertido, mas o roteiro não é suficientemente corajoso para atingir o ponto certo, e o desfecho sangrento não evoca carnificina suficiente para mascarar a falta de sustos reais.
Ashworth entrega uma mulher forte, sobrevivendo ao apocalipse na pele de Juliette, que exige um preparo físico também, mas quando ela viaja para o passado em flashbacks, ela é fraca, sua atuação soa como algo não verdadeiro. Há uma fraca conexão entre os personagens centrais de Juliette e seu amante, o que enfraquece o conjunto da obra. A química entre Ashworth e Fitoussi nos flashbacks da história é inexistente.
A estrutura de "Depois do Apocalipse" também tem problemas, ele vai e volta o tempo todo. Essa maneira de contar a trama, serve para nos dar muita história para Juliette, mas também mata o ritmo do filme. O trabalho de maquiagem da criatura interpretada por Botet também é muito bom, remete aos personagens interpretados pelo próprio ator na franquia de horror 'REC'. O filme também tem alguns sustos bem elaborados, um deles em particular é de gelar a medula do espectador.
Os valores de produção são muito bonitos. No apocalipse empoeirado, os locais decadentes eram impressionantes e propriamente. No presente, coisas da cidade grande, parece que nenhuma despesa foi poupada. Apartamentos e casas de luxo e ruas movimentadas da cidade conferem autenticidade e certamente uma visão da vida desses personagens.
Há alguns erros de continuidade notáveis que, quando são óbvios, apresentam uma distração do filme como um todo. A primeira é uma edição que coloca os dois personagens principais em diferentes posições de um ângulo para o outro. E depois, há a colocação da pistola de Juliette em uma cena de luta, que de repente está disponível para a nossa heroína, quando não era fisicamente possível com base em onde a arma acabou.
E aí chegamos ao final do filme, que simplesmente desaponta. Com fortes valores de produção, com uma estrutura narrativa nada agradável, o filme não consegue ser totalmente ruim e nem bom, ele fica morno.
Talvez para desfrutar plenamente da nova versão de 'Mortal Kombat' seja necessário um conhecimento prático do videogame em que se baseia, ou do filme de 1995. Essa nova versão não exige nenhum conhecimento prático de cinema e narrativa, o filme não é muito bom.
Desenvolvimento do personagem? Um enredo coerente? Atuação? Quando se trata de Mortal Kombat, o que importa é lutar, afinal, é isso que realmente importa aqui. Há uma história nominal no filme, mas é tudo apenas uma configuração de papelão usada como desculpa para justificar cenas de luta carregadas de sangue.
O que traz à tona o elemento mais importante de qualquer adaptação de Mortal Kombat são as lutas! A classificação R do filme ganha sua manutenção através dos floreios técnicos do filme. O som perturbador de uma adaga esmagando um osso; a beleza chocante de sangue e chuva misturados nas pétalas e folhas das flores; a grosseira gargalhada de um coração batendo sendo arrancado do peito de alguém, 'Mortal Kombat' é atencioso com isso.
No entanto, algumas lutas não são nada extraordinariamente coreografadas e carregadas com VFX esporádico de sangue coagulado e respingos de sangue digital. Os efeitos digitais não tornaram os filmes mais baratos, mas definitivamente os tornam menos interessantes de se olhar.
O protagonista principal do filme é um personagem totalmente original e eu achei isso positivo para o filme. O recém-chegado à franquia 'Mortal Kombat' é Cole Young (Lewis Tan), que nasceu com o logotipo do Mortal Kombat em seu peito. O maior problema do filme é que, com tantos personagens para acompanhar, a ação é constantemente interrompida por infindáveis lapsos de histórias de fundo.
Os diálogos ruins consistem em bordões dos jogos, nos quais os personagens falam em uma combinação de referências da cultura pop e respostas rápidas. A mistura deste 'Mortal Kombat' consiste de uma severidade descarada, humor blasé e discreto, que o coloca automaticamente junto com os sucessos de bilheteria contemporâneos.
No meio, 'Mortal Kombat' fica um pouco confuso e o ritmo está um pouco fora, o longa é puro produto fanservice. A melhor coisa que pode ser dito sobre o novo 'Mortal Kombat' é como ele pode enganar você a pensar que o passado está presente novamente. O longa é mais amplamente "assistível" do que a versão de 1995, mas é difícil enxergá-lo além de uma simples adaptação de vídeo game enfadonha.
O diretor Dennison Ramalho, apresenta um interessante comentário sobre violência urbana, ele propõe um terror que parte de questões tipicamente periféricas. 'Morto Não Fala' mostra realidades concretas das periferias brasileiras e traz para o lado fantasioso. O filme é orgânico e maduro quando mistura sua crítica ao gênero que ele propõe, nos dando uma mistura gore sensacional.
'Morto Não Fala' tem um roteiro que transita entre o estranho e o macabro, com uma grande facilidade e equilíbrio, mantendo a lógica de sua trama, aqui você não encontrará o clichê famoso "susto do nada sem propósito". 'Morto Não Fala' não é um filme barato recheado de surpresas que já esperávamos.
O elenco é ótimo. Há um pequeno problema com os atores mirins, que transmitem reações atrasadas, mas talvez isso poderia ter sido corrigido na hora da edição e montagem do projeto.
André Faccioli, responsável pela fotografia do filme, trás um trabalho bem feito dentro da trama sombria do filme. Ele trabalha com cores esverdeadas e muita textura, realçando a sensação de estar dentro de uma sala cirúrgica, ou até mesmo dentro do próprio IML. O filme trabalha bastante com ângulos de câmera que ajudam o telespectador a imergir na história, por isso, o sentimento de claustrofobia é sentido do começo ao fim em 'Morto Não Fala'.
O filme investe pesado nas cenas mais gráficas ao representar a rotina de autópsias no IML. Membros decepados, litros de sangue falso, vísceras expostas, estados de putrefação... Tudo isso é bem equilibrado e dosado, trazendo um conjunto visual para o filme.
'Morto Não Fala' sabe construir sua própria mitologia, desenvolve bons personagens e boas situações, mantém uma lógica impecável do começo ao fim, assusta e incomoda, e acima de tudo, diverte. 'Morto Não Fala' é um thriller de fundo moral que inverte as regras do tradicional gênero.
'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos', assim como o longa anterior, é um filme voltado diretamente para o fã hardcore de Mortal Kombat. É repleto de referências irônicas, uma abundância de cenas esmagadoras de violência gratuita e batidas de história que imitam os eventos dos jogos.
Enquanto 'Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion' ainda conseguiu ancorar sua história em torno de Hanzo Hasashi e a trágica história de origem de Scorpion através das lentes do primeiro Torneio Mortal Kombat, essa sequência parece estar em todo lugar. Poderia ter havido quatro filmes de Mortal Kombat Legends, cada um focado em uma única trama secundária, mas em vez disso, eles foram todos misturados em um único filme, como resultado, cada personagem parece vazio.
O filme tem uma pilha de personagens, apesar do grande elenco, 'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos' é bastante focado em Liu Kang enquanto ele abraça seu destino como defensor de Earthrealm para derrotar Shao Khan na batalha. Seu arco é bastante forte. Os outros personagens conseguem seus momentos para brilhar, embora seus arcos não sejam tão elaborados devido ao grande elenco. O longa tenta equilibrar cada história, na maioria das vezes, se sai razoavelmente bem.
Visualmente, 'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos' faz mais sucesso. Os planos de fundo são lindos e reproduzem muito bem a aparência dos locais dos jogos, como o Templo Lin Kuei do MKX e a Kahn's Arena do MK2. Os designs dos personagens são muito mais polarizadores, caracterizados por rostos fortemente angulares.
A animação faz seu trabalho bem o suficiente, com uma divertida coreografia de luta cheia de pequenos acenos e referências ao jogo, embora certamente haja algumas arestas. A ação é bem animada, coreografada e muito sangrenta, pois não foge das fatalidades sangrentas pelas quais os jogos são conhecidos, especialmente em algumas partidas memoráveis de Mortal Kombat. O filme costuma usar a visão de raio-x dos jogos para obter uma visão detalhada dos danos infligidos aos órgãos e ossos de um lutador, assim como fez no primeiro filme.
'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos' é um recurso emocionante e divertido que parece feito sob medida para os fãs de Mortal Kombat. A ação e a animação não conseguem compensar a falta de conteúdo da história, o que resta é um filme vazio que ainda pode ter algum apelo para os fãs hardcore de Mortal Kombat graças à sua violência exagerada e referências aos jogos.
A Netflix foi quase que uma heroína trazendo esse filme ao alcance de qualquer pessoa, uma pena que não vamos conseguir assisti-lo em uma tela de cinema, que é o seu verdadeiro lugar. O suntuoso filme, baseado na própria infância de Cuarón, reverbera não só com a inocência, mas com a terrível intuição de seu colapso.
'Roma' é em preto e branco, e a estrela, Yalitza Aparicio, nunca atuou antes. A maior parte da história se passa em Roma, um subúrbio agradável da Cidade do México, entre 1970 e 1971. O filme anterior custou cem milhões de dólares, 'Roma' supostamente, um décimo dessa soma. Um filme que grita contra o que mais rende aos estúdios de cinema hoje, super caros, cheio de efeitos especiais e por aí vai. 'Roma' venho para nos lembrar o que é fazer arte.
Cuarón mostrou grande versatilidade e visão com seus filmes. Em 'Roma', ele nos dá uma peça profundamente pessoal do período da década de 1970 inspirada em sua própria infância no México, ainda assim há uma universalidade nos personagens e suas histórias, seus triunfos e tragédias. É incrível a rapidez com que conhecemos os principais atores e quão profundamente nos apegamos às suas histórias.
'Roma' move-se em um ritmo deliberado, dando-nos as medidas certas de tempo e espaço para absorver as sutis e não tão sutis diferenças de classe entre a ajuda doméstica e seus empregadores, mas também o laço cada vez mais forte entre Cleo e Sofia. especialmente depois que ambos passam por alguns testes comoventes. São mulheres fortes e engenhosas que se apaixonam por homens fracos e egoístas.
A arte de Cuarón produz um filme com a autenticidade de um documentário, mas também a poesia inebriante e lírica das memórias filtradas através de um sonho perfeito. Às vezes vamos ao cinema e somos recompensados com uma obra-prima, 'Roma' é persuasivo em sua beleza, isso te conquista. 'Roma' é artístico e bonito, mas também um pouco como sentar em um sofá enquanto Cuarón folheia os álbuns de fotos da família, nunca narrando ou exagerando em explicar qualquer momento ou imagem.
A franquia de videogame 'Mortal Kombat' existe desde que eu era criança, muito famoso por trazer brutalidade espirrando sangue que você não consegue em nenhum outro lugar. A série teve seus altos e baixos no que diz respeito às adaptações cinematográficas adequadas, 'Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion' marca o segundo filme de animação da franquia.
Foi uma decisão acertada escolher Scorpion como um dos principais protagonistas deste filme. Ele nunca recebeu tanta atenção no passado, embora ainda seja um dos personagens mais populares do videogame. Não havia fanservice aqui, cada ataque especial dos personagens eram naturais e tinham substância em seu uso, não apenas usados como movimentos aleatórios e isso foi consistente em todo o filme para a maioria dos personagens.
Se é sangue que você quer é sangue que você tem em 'Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion'. A ação tem sangue jorrando e esguichando diretamente para a tela. Parece interessante no início, mas depois se torna irritante. O gotejamento e a pulverização de vísceras na tela são exagerados.
“Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion” é uma mistura de algo novo e algo antigo, algo gostoso de se ver em tela. Porém o roteiro de Adams apenas recria o material com batidas ligeiramente diferentes, o filme não causa um efeito surpreendente e a mudança de foco da narrativa não ajuda muito.
Apesar de passarmos muito tempo com Scorpion no início, ele é relegado à história B pelo resto do filme assim que o torneio Mortal Kombat começar. O maior problema do filme é que ele tenta fazer o arco épico do torneio Mortal Kombat no topo de uma história pessoal. A segunda metade do filme se torna uma série rápida de cenas de luta, participações especiais de personagens e reviravoltas na trama de lógica questionável.
Por causa dessa mudança de foco, os dois pontos da história sofrem dramaticamente e não são capazes de se unir completamente em uma trama coesa enquanto estabelecem todas as regras básicas do referido universo. Quase todos os conflitos da trama são deixados pendurados de forma insatisfatória.
Outro ponto negativo é o diálogo entre os personagens em algumas cenas. Às vezes parece que foi escrito no último minuto, sem nenhum pensamento real de soar significativo ou de ser uma interação realista entre um grupo de pessoas. Era muito simples para levar a sério às vezes.
Embora tudo isso seja compensado no final com o nível de luta brutal e carnificina. “Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion” não é uma obra-prima, mas é uma boa adaptação digna que pelo menos qualquer fã da franquia apreciaria. Embora o filme cumpra os requisitos básicos da franquia, ele não oferece muito mais. Foi uma ideia promissora revisitar a história original de 'Mortal Kombat' do ponto de vista de Scorpion, mas infelizmente foi uma oportunidade perdida oferecendo a nós uma animação mal executada.
Filmes de super-heróis em quadrinhos já são populares há muito tempo, agora os estúdios de Hollywood se voltaram para propriedades menos conhecidas em um esforço para lançar novas franquias em potencial, 'The Old Guard' se enquadra nessa categoria. Baseado na série de quadrinhos de mesmo nome criada por Greg Rucka e Leandro Fernández.
A história de Rucka para 'The Old Guard' segue um formato bastante padrão para o gênero de ficção científica / fantasia. Além disso, o arco de Nilo para se tornar um herói, onde ela é relutante no início e o mentor cansado de Andy, são igualmente familiares para aqueles que estão bem familiarizados com esse tipo de história.
O roteiro de Rucka também usa efetivamente cada pedaço de construção de mundo para desenvolver ainda mais os personagens e adicionar alguma textura emocional às suas vidas como imortais. No entanto, esses momentos silenciosos de exposição e desenvolvimento do personagem tendem a desacelerar muito o filme, puxando o ritmo para baixo.
A coreografia de luta e a direção de Prince-Bythewood são tão fascinantes que é impossível desviar o olhar. O que é talvez ainda mais original é a coreografia do grupo, que é feita de tal forma que Andy, Booker, Joe e Nicky lutam como se fossem quatro partes de uma arma inteira.
O elenco de 'The Old Guard' também trabalha incrivelmente bem em conjunto para dar vida a esses personagens atraentes. Ao todo, o elenco trabalha perfeitamente em conjunto para trazer uma dinâmica divertida e emocional do personagem para a tela.
O efeito visual dos personagens se curando de feridas letais, no estilo Wolverine, parece plástico e pouco convincente. As músicas parecem forçar seu caminho para o filme em momentos difíceis. Um certo desenvolvimento do enredo parece previsível, imerecido e desprovido de impacto, tudo ao mesmo tempo.
No final das contas, 'The Old Guard' oferece muita ação emocionante e batidas divertidas de personagens para manter os espectadores presos mesmo quando a história chega ao fim. É uma excelente fuga para fãs de quadrinhos, filmes de super-heróis e qualquer coisa com cenas de ação.
"Mortal Kombat: A Aniquilação" é o filme que segue a franquia para seu fenomenal e inesperadamente bem-sucedido longa-metragem de 1995, que por si só foi baseado em um videogame extraordinariamente bem-sucedido que também gerou outros inúmeros produtos.
Seria errado reclamar que o enredo é uma bobagem sem sentido, povoada por personagens de papelão e uma escassez de ideias. Apenas Remar oferece algo parecido com uma performance, a maioria dos outros atores parece feliz apenas em flexionar músculos e fazer caretas.
O filme nada mais é do que uma cadeia perpétua de sequências de luta elaboradamente coreografadas que misturam primeiros planos de ação ao vivo com efeitos digitais em camadas complexas e estão ligados pelos mais frágeis e risíveis elementos da trama. Qualquer coisa é motivo para uma sequência de batalha ou um motivo para os personagens saltarem, pularem ou se transformarem.
Não há sangue, ossos quebrados ou hematomas, os fãs do jogo, assim como no primeiro filme, podem ficar um pouco desapontados, pois "Mortal Kombat: A Aniquilação" evita o banho de sangue dos jogos. Mas temos muito barulho, a sequência também pode ser qualificada como o filme musical mais barulhento já feito. A trilha sonora coberta por um techno irritante, que lembra uma serra circular, é bombeada a níveis ensurdecedores durante quase todo o filme.
Seus efeitos especiais fazem seus combatentes girar e voar, girar e voar, o tempo todo socando e chutando uns aos outros como britadeiras, apenas para deixar os espectadores totalmente impassíveis. O diretor estreante John R. Leonetti, filma algumas das cenas de luta em ângulos que tornam impossível ver o que está acontecendo. As sequências de luta são mal editadas, monotonamente coreografadas e aprimoradas com CGI que pareceriam datadas em um vídeo pop dos anos 80.
"Mortal Kombat: A Aniquilação" é um exercício de como fazer filmes para meninos adolescentes; muita luta, mulheres lutando na lama e alguns close-ups na virilha de várias lutadoras, só faltou mesmo levar a sério os fatality. Para uma pessoa obcecada por videogame, o filme pode ser uma grande coisa. "Mortal Kombat: A Aniquilação" é intencionalmente exagerado de uma beleza sombria, porém sem brilho algum. O filme serpenteia quase sem motivo ou razão, até chegar ao final, sem inteligência, sem charme e sem noção.
O roteiro foi adaptado por Huston de uma obra homônima de 1927, escrita B. Traven. Foi um dos primeiros filmes de Hollywood a realizar locações fora dos Estados Unidos; foram feitas externas em Tampico, no México.
A aventura que "O Tesouro de Sierra Madre" propõe não para um fim em si mesmo, mas como um teste para seus personagens. Os personagens são bem construídos e eles oferecem algo, até então, surpreendentemente original. Os bonzinhos morrem e se dão mal, o personagem principal, o herói da trama é um perdedor miserável, enlouquecido pela ganância. Em questão de personagens o filme apresenta algo totalmente fora do normal e isso é ótimo.
O filme tem sua trama servida para o desenvolvimento de seus personagens. Mas isso não faz do filme com um roteiro pobre com uma história sem graça, longe disso. O roteiro do filme é cheio de reviravoltas. Se as atuações te prenderem na história, as surpresas do filme são de se prender na cadeira, você quer ir até o final e descobrir no que tudo vai dar.
Outro coisa surpreendente são as cenas noturnas que foram todas feitas em estúdios, mesmo o filme tendo mais de 70 anos os efeitos especiais são bem feitos a ponto de você não conseguir ter certeza se são efeitos especiais mesmo. A qualidade das cenas noturnas são tão bem produzidas e bem feitas como as cenas externas.
Humphrey Bogart merece um destaque exclusivo. Apesar de todo elenco ser fantástico, Humphrey tinha um desafio em mãos, o seu personagem é complexo. Dobbs (Humphrey Bogart) enlouquece durante o filme e atuação de Humphrey passa por todas as núncia que o personagem exige, ele é convincente.
"O Tesouro de Sierra Madre" é o fim que viaja por gerações em todas elas se consagra como um excelente filme. Com os seus 70 anos de vida, o filme tem um roteiro inovador, personagens bem escritos e desenvolvidos, atuações de tirar o chapéu. Um dos melhores filmes de todos os tempos com certeza.
Os fãs dos videogames que vendeu mais de 10 milhões de cópias, vão adorar o filme por se manter fiel às histórias que servem como desculpa para uma série de duelos devastadores entre lutadores de outro mundo com poderes especiais, mesmo que a taxa de decapitação do filme seja significativamente menor do que a do jogo.
Em termos de personagens e enredo, o diretor Paul Anderson e o escritor Kevin Droney se mantêm muito próximos das escrituras projetadas pelos criadores de 'Mortal Kombat', o artista John Tobias e o designer Ed Boon. É bem óbvio do porquê não mexer nesse produto licenciado, mas o filme poderia ter sido melhor adaptado para linguagem cinematográfica, do que ter levado o videogame ao pé da letra.
O gigante Shokan Príncipe Goro de quatro braços, é um personagem construído com base dos clássicos monstros stop-motion de Ray Harryhausen dos anos 50 e 60. Parecendo ruim ou não, o estilo deu um charme de baixa tecnologia a um empreendimento bem investido em seus efeitos. Os efeitos especiais impressionam quando vemos um panorama de monges budistas alinhados diante de templos exóticos, mas é tosco quando tenta engrossar mais a fantasia e a ficção científica.
Não acontece muita coisa aqui, exceto batalha após batalha. Grande parte da ação está no molde das artes marciais tradicionais e são filmados com vigor. Parte dela acontece nas cavernas iluminadas por velas e nas salas do trono de Outworld, que recria o ambiente do jogo arcade, mascarando as limitações de orçamento do filme; isso também explica o trabalho ocasionalmente frenético da câmera e os exageros sônicos da trilha sonora.
O que há de mais convincente aqui é Robin Shou, que interpreta Liu Kang, um artista de kung-fu que deixou a China em busca de melhores oportunidades na América. Ele carrega o peso da culpa por deixar para trás um irmão mais novo que morreu nas mãos de Shang Tsung. Como o filme reduz o diálogo ao mínimo em um esforço para atrair uma audiência global, Shou tem pouco a dizer, mas com sua presença intensa e graciosos saltos e chutes de kung-fu, ele poderia dar a Bruce Lee uma corrida por seu dinheiro no apelo das telas.
“Mortal Kombat: O Filme" provavelmente irá satisfazer apenas o público já viciado em videogame, mas pode desapontá-los também. Enquanto as versões do jogo de 'Mortal Kombat' foram adotadas por sua carnificina sangrenta e gratuita, o filme é classificado como PG-13, e sua violência é branda. Claramente, as acomodações foram feitas em um esforço para atingir um público mais amplo.
O filme tem tudo que um adolescente poderia desejar: cobras que se projetam das mãos de um vilão, lutas acrobáticas de kung-fu e duas garotas lutando, porém não oferece boas atuações, não tem bons diálogos e os cenários são extravagantes demais, mas no geral consegue atingir notas altas, por não se levar muito a sério. O filme às vezes se salva pelo seu toque de humor maluco, é bobo, mas o mais importante, é muito divertido.
Nenhum dos contos de Coen sobre o Velho Oeste é um fracasso absoluto, mas o filme nunca coincide com a sequência de abertura de mesmo nome, estrelado por Tim Blake Nelson como um caubói cantor de chapéu branco com uma música em seu coração. O resto do filme se esforça para igualar a energia deste pedaço de abertura, mas há delícias a serem descobertas ao longo do caminho.
'A Balada de Buster Scruggs' foi originalmente concebido e filmado como uma série de seis episódios para Netflix. Seus roteiristas-diretores, Joel e Ethan Coen decidiram, em vez disso, compor os episódios (contos míticos violentos, pitorescos e milagrosos do Velho Oeste)em um filme antológico de longa metragem. É nesse momento que conseguimos entender o problema do filme, ele funciona como uma minissérie, não como um filme.
O filme é cheio de imagens majestosas do deserto que surgem na tela, um trabalho de fotografia de cair o queixo. Os episódios estão ligados por uma obsessão escabrosa com a morte que, no final, se soma a algo. Não é algo importante, mas um tema com uma pitada de ressonância. E o elenco é impecável.
Com ótimas atuações e uma bela fotografia, 'A Balada de Buster Scruggs' funcionária sendo lançada como uma série e não como um filme, a escolha foi errada. Mas o filme é uma obra gostosa de ver e vale muito a pena.
Sabe aquele filme que é tão ruim, mas tão ruim que você assiste para poder rir, de tão bizarro que ele é, pois bem, 'O Peregrino' é um desses. Vamos começar com as atuações que são péssimas, sabe aquele trabalho de escola que você chama a tia e os primos para ajudar, esse filme parece isso, os atores não são inexperientes, eles não são atores!
'O Peregrino' é bem fiel ao livro, e isso é problema. Eu não gostei do livro, eu acho ele muito chato e didático, para quem é cristão se diverte lendo-o por causa das referências bíblicas. Esse longa-metragem decidiu adaptar o livro ao pé da letra e trazendo os mesmos problemas dos livros para o filme.
A trama do filme é corrida demais e ficou muito focada na jornada e pouca atenção foi dada aos personagens. O personagem principal é casado e faz amigos, mas o filme retrata isso com tanta superficialidade que você fica até na dúvida se entendeu certo.
Há aqueles típicos efeitos especiais toscos que parecem ter sido feitos no Paint que a gente ama, eles são toscos e são uma das grandes diversões do filme. Bem, não tem muito o que dizer desse filme porque ele é horrível. Ainda bem que a salvação depende da cruz, porque se dependesse da arte estaríamos ferrados.
Uma das melhores e mais belas coisas do mundo é quando você reconhece e conserta os erros cometidos, 'Liga da Justiça de Zack Snyder' vem com a promessa de ajustar o mal feito e acender a chama dos fãs da DC. O filme conserta alguns erros, mas em sua grande parte continua precisando ser refeito. O filme continua sem uma visão, nenhuma linha narrativa convincente ou mesmo coerente.
O filme mostra a primeira batalha da tentativa de invasão de Darkside a Terra. Achei bacana mostrar a guerra por completo, deu um fundo interessante a história, porém CGI está horrível. Falando de Darkside, há outros personagens que aparecem dando um gás ao universo da DC, um exemplo disso é o Caçador de Marte, o Ajax. 'Liga da Justiça de Zack Snyder' faz algumas mudanças e acrescenta alguns elementos que ajudam a nascer uma esperança
Na primeira 'Liga da Justiça' os gráficos de computador eram fracos, muitas faíscas vermelhas por toda parte, esqueletos voadores acompanhando o vilão Lobo da Estepe, que deveria ser imponente e causar medo, mas não passa de uma coisa boba. Em 'Liga da Justiça de Zack Snyder' os efeitos continuam mais ou menos, mas ajustaram o visual do vilão Lobo da Estepe o que deixou com uma atmosfera ameaçadora, essa mudança acrescentou demais no filme.
Outra mudança que eu gostei e que deixou um filme mais legal, foi toda aquela parte do heróis esvaziando a cidade e salvando a população, e com isso, deram espaço a mais lutas e mais ação, também gostei dessa alteração, o filme ficou menos chato. Porém a ação continua ruim, mas um pouco menos confusa.
O roteiro continua desinteressante, falta algum elemento mais rico ou profundo, essa história continua muito simples e enfadonha. Se em 'Liga da Justiça' o filme parece durar uma eternidade, em 'Liga da Justiça de Zack Snyder' temos quatro horas de muita enrolação.
No 'Liga da Justiça' as origens de Aquaman, Flash e Cyborg não foram desenvolvidas, aqui esses personagens tiveram mais espaço, porém continuaram mal desenvolvidos e isso continua sendo um problema em 'Liga da Justiça de Zack Snyder'. O bom dessa nova versão é que temos quatro horas de Gal Gadot como Mulher Maravilha, assim como no primeiro filme ela continua a hipnotizar, foi bom reviver a personagem depois do morno 'Mulher Maravilha 1984'.
'Liga da Justiça de Zack Snyder' traz alguns concertos em seu CGI, mas em sua maioria ele continua sendo um filme ruim. A nova versão continua com suas falhas de roteiro e não consegue ir além do clichê de um grupo de heróis contra o mal. Se a intenção de 'Liga da Justiça de Zack Snyder' era encorajar a esperança no universo da DC, talvez o filme tenha alcançado seu objetivo, se intenção foi entregar algo consertado, o filme não cumpriu os objetivos.
Sérgio
3.2 223As intenções de 'Sergio' são puras, o filme é até agradável de assistir, ele mescla política, tragédia e romance, a grande questão é que ele não atinge o pico de nenhum desses gêneros deixando a história morna.
O filme não consegue emocionar como ele deveria fazer, mas faz um bom trabalho de pesquisa histórica do personagem. A diversidade do elenco também agrada, além disso, é muito legal assistir dois atores que não são americanos com papéis de destaque numa produção norte-americana.
A atuação de Wagner Moura, às vezes parece rígida e imponente, como se ele considerasse cada respiração, ele não está totalmente horrível, mas faltou mais naturalidade em sua atuação. Moura consegue trazer o modelo brilhante que Sergio foi, mas é muito mais difícil ver o homem por baixo.
Apesar de apoiar em valores familiares sobre a humanidade de Sergio, o filme não consegue emocionar. O filme ficou didático demais faltando emoção, mas ainda sim eu recomendo essa biografia, vale a pena darmos atenção a 'Sergio'.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 233 Assista AgoraMais de 20 anos se passaram desde que Aardman Animations entregou "A Fuga das Galinhas". O primeiro filme continua sendo um clássico do entretenimento familiar, imbatível em sua inventividade, estética distinta e humor deliciosamente absurdo. Decepcionante, mas talvez não surpreendentemente, esta sequência não consegue igualar o original.
"A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets" é um assalto ao estilo "Onze Homens e um Segredo" misturado com "Missão: Impossível", não deixando de lado a brincadeira de parodiar filmes. A sequência deixou de lado o tom terroso do primeiro filme e trouxe um visual sintético de cores fortes.
A sequência não é chata, mas extensa e previsível. O filme não oferece muitas surpresas em termos de enredo, mas é consistentemente divertido. "A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets" poderia ir além da nostalgia e enredo familiar, há pouco para conquistar os amantes do primeiro filme que já estão crescidos.
O espectador passa a maior parte do tempo com um grupo de personagens, reduzidos às suas qualidades. Um é estúpido, um é forte, um é inteligente, um é velho. A maioria de suas piadas são repetidas e as situações são facilmente resolvidas. É uma série repetitiva de perigos percorridos até chegar ao inevitável ponto final.
"A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets" é um prato de frango assado requentado. O filme parece basicamente o mesmo, só que sem o sabor original. O longa-metragem mantém o público interessado no inevitável resgate de Molly, conseguindo apenas piadas e viradas de personagem suficientes para impedir que a maioria dos espectadores da Netflix olhe distraídos para seus celulares.
A Porta ao Lado
2.7 9"A Porta ao Lado" é um filme dirigido por Júlia Rezende e com roteiro de L.G. Bayão, Patrícia Corso e Leonardo Moreira. O longa-metragem nacional é estrelado por Letícia Colin, Bárbara Paz, Dan Ferreira e Tulio Starling. O filme foi gravado inteiramente durante a pandemia de COVID-19.
A diretora Julia Rezende soube fazer um bom convite ao público, para refletir sobre relacionamento e suas diferentes formas e suas definições. "A Porta ao Lado" acompanha a personagem Mari em um momento em que ela é impulsionada por diversos desejos, sejam eles eróticos, de mudança ou de ressignificação.
O tema central de monogamia versus poligamia é clichê e batido, mas ao menos o longa-metragem foge de alguns estereótipos que geralmente caracterizam esses modelos pré-concebidos. Por exemplo, a personagem Mari não parece frustrada no seu relacionamento com Rafa, nem ao menos sexualmente falando. O outro ponto positivo, não há espaço para que o filme entregue soluções fáceis para problemas complexos.
Os seus personagens são contraditórios, possuem camadas e não atendem especificamente àquilo que deveriam ou não fazer de acordo com suas características principais. Há um bom desenvolvimento dos personagens "A Porta ao Lado" não é mérito apenas do roteiro. Os quatro protagonistas entregam atuações precisas e adequadas.
Embora o filme seja sobre as tensões geradas pelo choque entre modos de casamento fundamentalmente distintos. "A Porta ao Lado" peca em querer explorar outros temas mais profundos, que acabam sendo um mero enfeite para a narrativa e deixando o filme mais aceitável de um público mais mainstreaming. O racismo e machismo, por exemplo, são temas jogados na trama com muita superficialidade que deixou o longa-metragem empobrecido.
É importante ressaltar que "A Porta ao Lado" abusa de cenas de intimidade, mas todas são conduzidas com muita delicadeza e atenção por Julia Rezende. Sem expor os atores à nudez desnecessária ou vulgar.
Julia Rezende acerta ao construir uma trama clichê com delicadeza, sem forçar estereótipos dando espaço para os personagens desenvolverem, apesar da diretora atolar o enredo com outros temas mal desenvolvidos, "A Porta ao Lado" não julga, e isso causa uma reflexão profunda no espectador. O longa-metragem é imersivo, porém morno demais.
A Fuga das Galinhas
3.4 717 Assista Agora"A Fuga das Galinhas" é uma animação mágica que parece soar como nenhum outra animação. O longa-metragem usa animais como substitutos para nossas esperanças e medos, enquanto as galinhas correm por uma tentativa de fuga fracassada após a outra, o charme do filme nos conquista.
O filme infantil foi feito com animação em stop motion e produzido pelo estúdio britânico Aardman Animations em parceria com a DreamWorks Animation. "A Fuga das Galinhas" foi dirigido por Peter Lord e Nick Park a partir de um roteiro de Karey Kirkpatrick e de uma história de Lord e Park. O filme conta com as vozes de Julia Sawalha, Mel Gibson, Tony Haygarth, Miranda Richardson, Phil Daniels, Lynn Ferguson, Timothy Spall, Imelda Staunton e Benjamin Whitrow.
"A Fuga das Galinhas" começa como uma paródia de filmes de prisão da Segunda Guerra Mundial, como "A Grande Fuga" e "Stalag 17" (o local mais importante do filme é Hut 17). Enquanto a aventura do filme se desenrola o espectador se depara com uma outra paródia, quando Ginger e Rocky correm pelas entranhas da máquina de torta de frango, em uma sequência de ação parodiando "Indiana Jones e o Templo da Perdição". Essa animação é extremamente divertida.
Como um deleite de verão para as crianças, "A Fuga das Galinhas" é uma aposta muito sólida. O filme é sempre envolvente, cheio de humor brilhante, maravilhoso trabalho em stop-motion, conflito dramático e caracterizações maravilhosamente matizadas. O cenário confinado, semelhante a uma prisão, que raramente é deixado durante o filme, parece ter colocado uma espécie de camisa de força dramática no impulso dos cineastas para viagens laterais bacanas e digressões surpreendentes.
"A Fuga das Galinhas" não se resume em simplesmente mostrar galinhas tentando fugir e uma série de cenas episódicas. Há ousadia e habilidade no plano de fuga, mas também testes de caráter, à medida que os pássaros olham para suas almas e descobrem convicções ocultas. Em um filme infantil mais convencional, a trama prosseguiria no piloto automático.
No seu fim de semana de estreia nos Estados Unidos, o filme arrecadou US$ 17.506.162 por uma média de US$ 7.027 em 2.491 cinemas. O longa-metragem arrecadou mais de US$ 224 milhões, tornando-se o filme de animação em stop motion com maior bilheteria da história. Até o momento, "A Fuga das Galinhas" é o filme de animação em stop motion com maior bilheteria da história.
O que eu mais gosto de "A Fuga das Galinhas" é que ele não é simplesmente um quebra-cabeça da trama a ser resolvido com uma fuga inteligente no final. É observador da natureza humana (através de galinhas). Este filme sobre galinhas é mais humano do que muitas comédias por aí. O longa-metragem é engraçado, perverso, inteligente, visualmente inventivo, gentil, doce, carinhoso e tocante.
Uma Noite Infernal
2.5 89 Assista AgoraUm assalto ao posto de gasolina fica muito complicado neste promissor, mas indeciso, estudo de suspense e caráter.
Há mais fumaça do que fogo em 'Uma Noite Infernal', um thriller razoavelmente promissor em um único local que nunca se decide sobre o que quer ser. Ele é um suspense, um thriller, tem um pouco de humor negro, um pouco de violência, personagens complexos e por aí vai... Em uma prova de alternativas, o filme é a opção "todas as alternativas acima estão corretas".
O foco principal está nas habilidades instáveis de lidar com Melinda, sob pressão. Mas nem o filme sabe muito bem o que fazer com essa personagem. Não é que a atriz Tilda Cobham-Hervey seja incompetente, é que o filme raramente parece ter certeza de quem ou o que ela é. Isso deixa 'Uma Noite Infernal' com um núcleo instável, incapaz de comprometer-se em saber se o personagem principal em seu núcleo é simplesmente vítima, ou uma personalidade mais desonesta e perversa.
As reviravoltas do roteiro são divertidas e ajudam a deixar a experiência menos pior. A violência do filme evoca um pouco de terror, mas ajuda 'Uma Noite Infernal' a seguir a narrativa do clichê "crimes que deram errado".
O problema é que o primeiro longa-metragem do diretor e roteirista Mike Gan, embora seja tratado com competência, não se compromete o suficiente com nenhuma abordagem. O resultado é um filme fácil de desviar, moderadamente excêntrico, mas também instantaneamente esquecível.
O Príncipe do Natal: O Bebê Real
2.8 57 Assista Agora'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' é um conto de fadas de John Schultz, ambientado em um reino pitoresco coberto de neve, com uma cinematográfica focada em um ambiente bem antigo e pouco envolvente.
Embora 'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' ofereça uma masmorra, uma maldição e um roubo chocante, é improvável que este filme faça algum efeito quando se junta a um monte de outros filmes clássicos de natal, então mantenha as suas expectativas baixa e aceite que você precisará de algo melhor para salvar sua noite.
De certa forma 'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' se desvia da fórmula de seus antecessores. Por um lado, Richard e Amber realmente passam muito tempo juntos e parecem realmente se importar, algo que sempre parecia uma reflexão tardia no primeiro e no segundo filme dessa trilogia.
Em algum lugar entre o primeiro e o terceiro filme, Richard passou de príncipe playboy mal-humorado para um pai pateta. Um crescimento de personagem meio estranho, mas vou tolerar, pois existe um crescimento pelo menos. A única funcionalidade dele no filme, é tentar construir um berço.
Na terceira rodada de 'O Príncipe do Natal', todos aqueles personagens médios interpretados por atores médios retornam, isso é bom, se você gostou de vê-los nos dois primeiros filmes, se não gostou... Força...
O filme está cheio de piadas idiotas o tempo todo. Há algumas escolhas preguiçosas para trama; a tradição milenar versus a modernização, enquanto os homens tentam mostrar que serão bons pais, rainha Ming desaprova a ideia de Amber, de que como rainhas devem assinar o antigo tratado ao lado dos reis, nos entregando um clichê de girlpower.
O roubo que move a trama é a coisa que você menos se importará. Não há segurança no palácio, o tratado é facilmente roubado e escondido. E quando se descobre que está faltando, a câmera aproxima drasticamente sem ironia no rosto chocado de todos. Há muitas sequências inúteis de natal, incluindo um jogo de tabuleiro e uma ida à pista de patinação no gelo. Tudo é resolvido no final de uma maneira muito conveniente e todos ficam bem.
'O Príncipe do Natal: O Bebê Real' é frágil e simples, mas se é o romance real que você deseja, você o encontrou. Honestamente, não há muito o que dizer sobre o filme, ele é festivo e agradável é outra celebração de natal esteticamente agradável com uma trama ruim.
Você Nem Imagina
3.4 518 Assista AgoraA diretora e roterista Alice Wu se inspirou em sua melhor amizade com um cara hétero quando ela saiu do armário. Ellie e Paul emergem como o par mais atraente de 'Você Nem Imagina'. Sua visão de mundo descomplicada fornece um contrapeso agradável às suas ansiedades internalizadas. A desvantagem de tornar os personagens adolescentes tão inteligentes e mundanos é que os artifícios da trama se tornam mais difíceis de aceitar.
O olhar de Alice Wu para uma bela fotografia está presente ao longo do filme, a câmera da diretora evoca a vida em uma cidade pequena. Uma narração de abertura sobre como os gregos antigos acreditavam que, encontrar a alma gêmea de alguém, era um ato de encontrar a pessoa que literalmente o completou, é refletida em uma cena posterior de dois personagens flutuando juntos em uma piscina local, com o rosto refletido na água abaixo. A iluminação suave e quente lança um brilho outonal em todo o filme.
O que salva o filme é o seu elenco jovem, cujo trio principal faz a maior parte do trabalho pesado. Na maior parte são Lewis, Diemer e Lemire carregando 'Você Nem Imagina' nas costas, e fazem com graça. Não é sempre que os adolescentes nos filmes realmente se sentem adolescentes, mas Leah Lewis captura o constrangimento e a incerteza de um adolescente excepcionalmente bem.
Paul e Ellie são legais de assistir, a amizade se torna facilmente o coração emocional do filme. Enquanto Alexxis Lemire recebe um pouco menos de trabalho, ela traz uma profundidade e um calor necessários para sua personagem unir os temas emocionais do filme.
O clímax do filme se passa na igreja, embora seja difícil imaginar a congregação silenciosamente permitindo que um punhado de adolescentes comande o culto, o cenário fala muito sobre o papel que a fé desempenha nas ações dos personagens. Além disso, considerando todos os níveis de engano que levaram a esse momento, não há realmente nenhuma maneira elegante de Paul e Ellie se esclarecerem sobre o esquema deles.
Então chega o final do filme, e tudo se desfaz de uma maneira incrivelmente decepcionante. As muitas histórias que Alice Wu estava fazendo malabarismos com apenas algumas bobagens, nesse ponto começam a colidir uma com a outra. O novo filme apresenta um desempenho vencedor, uma direção bonita e um roteiro confuso.
O Príncipe do Natal: O Casamento Real
2.8 70Depois de passarmos o primeiro filme deleitando-se com a abundante riqueza de seus protagonistas, o segundo filme inevitavelmente comete o erro de investigar de onde vem o dinheiro, e nada de interessante resulta disso.
'O Príncipe do Natal: O Casamento Real' está tentando justificar sua versão charmosamente de baixo valor de produção da fabulosa riqueza, observando o que a família real está fazendo pelo país que aparentemente serve, o que torna o filme muito mais chato.
Nada neste filme é surpreendente, mas é isso que o torna calmante. Em vez disso, passamos a maior parte do filme com Amber, enquanto ela luta para encontrar uma maneira de assumir suas novas funções como uma rainha, mantendo sua natureza independente e também seu blog.
Não se preocupe, em 'O Príncipe do Natal: O Casamento Real' existe um castelo. Existem luzes de natal. Há uma caricatura quase racista / homofóbica de um planejador de casamento gay indiano. Existem crianças fofas. Há neve, anjos de neve e tobogã na neve.
'O Príncipe do Natal: O Casamento Real' é ruim, mas aconchegante o suficiente para que você sinta que foi envolvido por um cobertor de valores familiares.
A Lavanderia
3.3 246A estrutura essencial de 'A Lavanderia', adaptada para a tela de Scott Z. Burns do livro de Jake Burnstein, é confusa. Soderbergh flerta com vários estilos antes de se estabelecer na narrativa episódica conectada por Antonio Banderas e Gary Oldman.
Sempre foi difícil imaginar como um escândalo sombrio envolvendo financiamento global poderia ser transformado em filme, mas a decisão de Soderbergh de nos distrair com participações especiais de celebridades em uma série de vinhetas confusas, simplesmente não funcionou.
Soderbergh e o roteirista Scott Z. Burns tentam pegar conceitos financeiros complicados e dividi-los para um público comum, com atores conversando com a câmera. Apesar de todas as suas boas intenções, 'A Lavanderia' se agita, com um excesso de más ideias que minam a indignação justificável sobre os eventos descritos.
Conversas rápidas são o que Jurgen Mossack e Ramon Fonseca, caras da vida real interpretados respectivamente por Gary Oldman e Antonio Banderas, periodicamente fazem com efeito, um tanto torturado, ao longo do filme. Nos comentários diretos à câmera, eles justificam seu comportamento de uma maneira arrogante, destinada a ser sombria e divertida, mas isso se mostra cada vez mais irritante à medida que as coisas acontecem.
A diretora de elenco Carmen Cuba tem que preencher muitos papéis que têm apenas uma ou duas cenas para causar impacto, o filme tem Sharon Stone, Cristina Alonzo, David Schwimmer e Robert Patrick, nem mesmo Meryl Streep, Antonio Banderas e Gary Oldman conseguem elevar 'A Lavanderia'.
Soderbergh e Burns aparentemente queriam enfatizar a pura indignação do golpe e se divertir um pouco com essa barganha, mas seu objetivo satírico, em última análise, não se compara à nitidez de suas ambições, 'A Lavanderia' é uma exposição confusa.
O Príncipe do Natal
3.1 181 Assista AgoraA trama de 'O Príncipe do Natal' tem vários buracos. Por que o tutor original nunca apareceu? Por que Amber, em sua primeira turnê oficial de imprensa, só levaria um par de tênis? Como Richard consegue rastrear Amber na lanchonete de seu pai em Nova York no final, quando ele nem mesmo sabe que seu pai tem uma lanchonete e que ela estaria lá naquele momento? O filme é recheado de acontecimentos sem noção para fazer a história andar.
Não preciso falar que 'O Príncipe do Natal' é típico clichê natalino. Há cenas de guerra de bola de neve, um baile, uma personagem principal que todos amam e adoram facilmente. É o típico filme bobo que ninguém se importa, mas que assistimos, afinal é Natal. Isso não faz sentido, mas é o que fazemos, por isso esses filmes fazem "sucesso" nessa época do ano.
'O Príncipe do Natal' chega de carência de boas atuações, o que deixa muito a desejar, incluindo o fato de que a maioria dos atores está lutando para simular um sotaque americano. Talvez esse filme da Netflix seja o único filme em que as lindas canções de natal são muito irritantes.
Não importa o quão do mesmo e o quão ruim sejam esses filmes, a Netflix continua a sustentá-los, já que as festas de fim de ano parecem ser a temporada de fantasia e expectativas irreais, que gostamos de consumir apesar dos pesares.
Operação Overlord
3.3 503 Assista AgoraÀ medida que as horas passam para o Dia D, quatro soldados americanos são deixados para trás das linhas inimigas na França, em uma missão crucial para o sucesso dos desembarques na Normandia. Mas seu objetivo é complicado quando se deparam com um monstruoso experimento nazista em uma igreja fortificada.
O promissor diretor Julius Avery faz um ato de abertura feroz, enquadrando a guerra como um espetáculo de terror por si só. A chegada de Boyce ao campo de batalha é um batismo literal de fogo, arrancado de um turbilhão de chamas quando seu avião é abatido e desce ao chão em uma enxurrada de explosões e tiros. O começo te prepara por algo que nunca chega.
De alguma forma, 'Operação Overlord' começa a desacelerar, mesmo quando o caos aumenta e o momento máximo do filme chega, as coisas começam a evoluir de assustador para cartunista, de conceito para clichê, em um piscar de olhos.
Após um começo de tirar o fôlego, o filme nunca chega à loucura exagerada que precisa atingir. 'Operação Overlord' fica leve e sem graça quando chega na metade. O ritmo paira quando a gangue une forças com a aldeã resistente Chloe (Mathilde Ollivier) para enfrentar um mal.
'Operação Overlord' é um passeio divertido, mas o roteiro não é suficientemente corajoso para atingir o ponto certo, e o desfecho sangrento não evoca carnificina suficiente para mascarar a falta de sustos reais.
Depois do Apocalipse
2.3 115 Assista AgoraAshworth entrega uma mulher forte, sobrevivendo ao apocalipse na pele de Juliette, que exige um preparo físico também, mas quando ela viaja para o passado em flashbacks, ela é fraca, sua atuação soa como algo não verdadeiro. Há uma fraca conexão entre os personagens centrais de Juliette e seu amante, o que enfraquece o conjunto da obra. A química entre Ashworth e Fitoussi nos flashbacks da história é inexistente.
A estrutura de "Depois do Apocalipse" também tem problemas, ele vai e volta o tempo todo. Essa maneira de contar a trama, serve para nos dar muita história para Juliette, mas também mata o ritmo do filme. O trabalho de maquiagem da criatura interpretada por Botet também é muito bom, remete aos personagens interpretados pelo próprio ator na franquia de horror 'REC'. O filme também tem alguns sustos bem elaborados, um deles em particular é de gelar a medula do espectador.
Os valores de produção são muito bonitos. No apocalipse empoeirado, os locais decadentes eram impressionantes e propriamente. No presente, coisas da cidade grande, parece que nenhuma despesa foi poupada. Apartamentos e casas de luxo e ruas movimentadas da cidade conferem autenticidade e certamente uma visão da vida desses personagens.
Há alguns erros de continuidade notáveis que, quando são óbvios, apresentam uma distração do filme como um todo. A primeira é uma edição que coloca os dois personagens principais em diferentes posições de um ângulo para o outro. E depois, há a colocação da pistola de Juliette em uma cena de luta, que de repente está disponível para a nossa heroína, quando não era fisicamente possível com base em onde a arma acabou.
E aí chegamos ao final do filme, que simplesmente desaponta. Com fortes valores de produção, com uma estrutura narrativa nada agradável, o filme não consegue ser totalmente ruim e nem bom, ele fica morno.
Mortal Kombat
2.7 1,0K Assista AgoraTalvez para desfrutar plenamente da nova versão de 'Mortal Kombat' seja necessário um conhecimento prático do videogame em que se baseia, ou do filme de 1995. Essa nova versão não exige nenhum conhecimento prático de cinema e narrativa, o filme não é muito bom.
Desenvolvimento do personagem? Um enredo coerente? Atuação? Quando se trata de Mortal Kombat, o que importa é lutar, afinal, é isso que realmente importa aqui. Há uma história nominal no filme, mas é tudo apenas uma configuração de papelão usada como desculpa para justificar cenas de luta carregadas de sangue.
O que traz à tona o elemento mais importante de qualquer adaptação de Mortal Kombat são as lutas! A classificação R do filme ganha sua manutenção através dos floreios técnicos do filme. O som perturbador de uma adaga esmagando um osso; a beleza chocante de sangue e chuva misturados nas pétalas e folhas das flores; a grosseira gargalhada de um coração batendo sendo arrancado do peito de alguém, 'Mortal Kombat' é atencioso com isso.
No entanto, algumas lutas não são nada extraordinariamente coreografadas e carregadas com VFX esporádico de sangue coagulado e respingos de sangue digital. Os efeitos digitais não tornaram os filmes mais baratos, mas definitivamente os tornam menos interessantes de se olhar.
O protagonista principal do filme é um personagem totalmente original e eu achei isso positivo para o filme. O recém-chegado à franquia 'Mortal Kombat' é Cole Young (Lewis Tan), que nasceu com o logotipo do Mortal Kombat em seu peito. O maior problema do filme é que, com tantos personagens para acompanhar, a ação é constantemente interrompida por infindáveis lapsos de histórias de fundo.
Os diálogos ruins consistem em bordões dos jogos, nos quais os personagens falam em uma combinação de referências da cultura pop e respostas rápidas. A mistura deste 'Mortal Kombat' consiste de uma severidade descarada, humor blasé e discreto, que o coloca automaticamente junto com os sucessos de bilheteria contemporâneos.
No meio, 'Mortal Kombat' fica um pouco confuso e o ritmo está um pouco fora, o longa é puro produto fanservice. A melhor coisa que pode ser dito sobre o novo 'Mortal Kombat' é como ele pode enganar você a pensar que o passado está presente novamente. O longa é mais amplamente "assistível" do que a versão de 1995, mas é difícil enxergá-lo além de uma simples adaptação de vídeo game enfadonha.
Morto Não Fala
3.4 385 Assista AgoraO diretor Dennison Ramalho, apresenta um interessante comentário sobre violência urbana, ele propõe um terror que parte de questões tipicamente periféricas. 'Morto Não Fala' mostra realidades concretas das periferias brasileiras e traz para o lado fantasioso. O filme é orgânico e maduro quando mistura sua crítica ao gênero que ele propõe, nos dando uma mistura gore sensacional.
'Morto Não Fala' tem um roteiro que transita entre o estranho e o macabro, com uma grande facilidade e equilíbrio, mantendo a lógica de sua trama, aqui você não encontrará o clichê famoso "susto do nada sem propósito". 'Morto Não Fala' não é um filme barato recheado de surpresas que já esperávamos.
O elenco é ótimo. Há um pequeno problema com os atores mirins, que transmitem reações atrasadas, mas talvez isso poderia ter sido corrigido na hora da edição e montagem do projeto.
André Faccioli, responsável pela fotografia do filme, trás um trabalho bem feito dentro da trama sombria do filme. Ele trabalha com cores esverdeadas e muita textura, realçando a sensação de estar dentro de uma sala cirúrgica, ou até mesmo dentro do próprio IML. O filme trabalha bastante com ângulos de câmera que ajudam o telespectador a imergir na história, por isso, o sentimento de claustrofobia é sentido do começo ao fim em 'Morto Não Fala'.
O filme investe pesado nas cenas mais gráficas ao representar a rotina de autópsias no IML. Membros decepados, litros de sangue falso, vísceras expostas, estados de putrefação... Tudo isso é bem equilibrado e dosado, trazendo um conjunto visual para o filme.
'Morto Não Fala' sabe construir sua própria mitologia, desenvolve bons personagens e boas situações, mantém uma lógica impecável do começo ao fim, assusta e incomoda, e acima de tudo, diverte. 'Morto Não Fala' é um thriller de fundo moral que inverte as regras do tradicional gênero.
Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos
3.1 67 Assista Agora'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos', assim como o longa anterior, é um filme voltado diretamente para o fã hardcore de Mortal Kombat. É repleto de referências irônicas, uma abundância de cenas esmagadoras de violência gratuita e batidas de história que imitam os eventos dos jogos.
Enquanto 'Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion' ainda conseguiu ancorar sua história em torno de Hanzo Hasashi e a trágica história de origem de Scorpion através das lentes do primeiro Torneio Mortal Kombat, essa sequência parece estar em todo lugar. Poderia ter havido quatro filmes de Mortal Kombat Legends, cada um focado em uma única trama secundária, mas em vez disso, eles foram todos misturados em um único filme, como resultado, cada personagem parece vazio.
O filme tem uma pilha de personagens, apesar do grande elenco, 'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos' é bastante focado em Liu Kang enquanto ele abraça seu destino como defensor de Earthrealm para derrotar Shao Khan na batalha. Seu arco é bastante forte. Os outros personagens conseguem seus momentos para brilhar, embora seus arcos não sejam tão elaborados devido ao grande elenco. O longa tenta equilibrar cada história, na maioria das vezes, se sai razoavelmente bem.
Visualmente, 'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos' faz mais sucesso. Os planos de fundo são lindos e reproduzem muito bem a aparência dos locais dos jogos, como o Templo Lin Kuei do MKX e a Kahn's Arena do MK2. Os designs dos personagens são muito mais polarizadores, caracterizados por rostos fortemente angulares.
A animação faz seu trabalho bem o suficiente, com uma divertida coreografia de luta cheia de pequenos acenos e referências ao jogo, embora certamente haja algumas arestas. A ação é bem animada, coreografada e muito sangrenta, pois não foge das fatalidades sangrentas pelas quais os jogos são conhecidos, especialmente em algumas partidas memoráveis de Mortal Kombat. O filme costuma usar a visão de raio-x dos jogos para obter uma visão detalhada dos danos infligidos aos órgãos e ossos de um lutador, assim como fez no primeiro filme.
'Mortal Kombat Legends: A Batalha dos Reinos' é um recurso emocionante e divertido que parece feito sob medida para os fãs de Mortal Kombat. A ação e a animação não conseguem compensar a falta de conteúdo da história, o que resta é um filme vazio que ainda pode ter algum apelo para os fãs hardcore de Mortal Kombat graças à sua violência exagerada e referências aos jogos.
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraA Netflix foi quase que uma heroína trazendo esse filme ao alcance de qualquer pessoa, uma pena que não vamos conseguir assisti-lo em uma tela de cinema, que é o seu verdadeiro lugar. O suntuoso filme, baseado na própria infância de Cuarón, reverbera não só com a inocência, mas com a terrível intuição de seu colapso.
'Roma' é em preto e branco, e a estrela, Yalitza Aparicio, nunca atuou antes. A maior parte da história se passa em Roma, um subúrbio agradável da Cidade do México, entre 1970 e 1971. O filme anterior custou cem milhões de dólares, 'Roma' supostamente, um décimo dessa soma. Um filme que grita contra o que mais rende aos estúdios de cinema hoje, super caros, cheio de efeitos especiais e por aí vai. 'Roma' venho para nos lembrar o que é fazer arte.
Cuarón mostrou grande versatilidade e visão com seus filmes. Em 'Roma', ele nos dá uma peça profundamente pessoal do período da década de 1970 inspirada em sua própria infância no México, ainda assim há uma universalidade nos personagens e suas histórias, seus triunfos e tragédias. É incrível a rapidez com que conhecemos os principais atores e quão profundamente nos apegamos às suas histórias.
'Roma' move-se em um ritmo deliberado, dando-nos as medidas certas de tempo e espaço para absorver as sutis e não tão sutis diferenças de classe entre a ajuda doméstica e seus empregadores, mas também o laço cada vez mais forte entre Cleo e Sofia. especialmente depois que ambos passam por alguns testes comoventes. São mulheres fortes e engenhosas que se apaixonam por homens fracos e egoístas.
A arte de Cuarón produz um filme com a autenticidade de um documentário, mas também a poesia inebriante e lírica das memórias filtradas através de um sonho perfeito. Às vezes vamos ao cinema e somos recompensados com uma obra-prima, 'Roma' é persuasivo em sua beleza, isso te conquista. 'Roma' é artístico e bonito, mas também um pouco como sentar em um sofá enquanto Cuarón folheia os álbuns de fotos da família, nunca narrando ou exagerando em explicar qualquer momento ou imagem.
Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion
3.7 165 Assista AgoraA franquia de videogame 'Mortal Kombat' existe desde que eu era criança, muito famoso por trazer brutalidade espirrando sangue que você não consegue em nenhum outro lugar. A série teve seus altos e baixos no que diz respeito às adaptações cinematográficas adequadas, 'Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion' marca o segundo filme de animação da franquia.
Foi uma decisão acertada escolher Scorpion como um dos principais protagonistas deste filme. Ele nunca recebeu tanta atenção no passado, embora ainda seja um dos personagens mais populares do videogame. Não havia fanservice aqui, cada ataque especial dos personagens eram naturais e tinham substância em seu uso, não apenas usados como movimentos aleatórios e isso foi consistente em todo o filme para a maioria dos personagens.
Se é sangue que você quer é sangue que você tem em 'Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion'. A ação tem sangue jorrando e esguichando diretamente para a tela. Parece interessante no início, mas depois se torna irritante. O gotejamento e a pulverização de vísceras na tela são exagerados.
“Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion” é uma mistura de algo novo e algo antigo, algo gostoso de se ver em tela. Porém o roteiro de Adams apenas recria o material com batidas ligeiramente diferentes, o filme não causa um efeito surpreendente e a mudança de foco da narrativa não ajuda muito.
Apesar de passarmos muito tempo com Scorpion no início, ele é relegado à história B pelo resto do filme assim que o torneio Mortal Kombat começar. O maior problema do filme é que ele tenta fazer o arco épico do torneio Mortal Kombat no topo de uma história pessoal. A segunda metade do filme se torna uma série rápida de cenas de luta, participações especiais de personagens e reviravoltas na trama de lógica questionável.
Por causa dessa mudança de foco, os dois pontos da história sofrem dramaticamente e não são capazes de se unir completamente em uma trama coesa enquanto estabelecem todas as regras básicas do referido universo. Quase todos os conflitos da trama são deixados pendurados de forma insatisfatória.
Outro ponto negativo é o diálogo entre os personagens em algumas cenas. Às vezes parece que foi escrito no último minuto, sem nenhum pensamento real de soar significativo ou de ser uma interação realista entre um grupo de pessoas. Era muito simples para levar a sério às vezes.
Embora tudo isso seja compensado no final com o nível de luta brutal e carnificina. “Mortal Kombat Legends: A Vingança de Scorpion” não é uma obra-prima, mas é uma boa adaptação digna que pelo menos qualquer fã da franquia apreciaria. Embora o filme cumpra os requisitos básicos da franquia, ele não oferece muito mais. Foi uma ideia promissora revisitar a história original de 'Mortal Kombat' do ponto de vista de Scorpion, mas infelizmente foi uma oportunidade perdida oferecendo a nós uma animação mal executada.
The Old Guard
3.5 663 Assista AgoraFilmes de super-heróis em quadrinhos já são populares há muito tempo, agora os estúdios de Hollywood se voltaram para propriedades menos conhecidas em um esforço para lançar novas franquias em potencial, 'The Old Guard' se enquadra nessa categoria. Baseado na série de quadrinhos de mesmo nome criada por Greg Rucka e Leandro Fernández.
A história de Rucka para 'The Old Guard' segue um formato bastante padrão para o gênero de ficção científica / fantasia. Além disso, o arco de Nilo para se tornar um herói, onde ela é relutante no início e o mentor cansado de Andy, são igualmente familiares para aqueles que estão bem familiarizados com esse tipo de história.
O roteiro de Rucka também usa efetivamente cada pedaço de construção de mundo para desenvolver ainda mais os personagens e adicionar alguma textura emocional às suas vidas como imortais. No entanto, esses momentos silenciosos de exposição e desenvolvimento do personagem tendem a desacelerar muito o filme, puxando o ritmo para baixo.
A coreografia de luta e a direção de Prince-Bythewood são tão fascinantes que é impossível desviar o olhar. O que é talvez ainda mais original é a coreografia do grupo, que é feita de tal forma que Andy, Booker, Joe e Nicky lutam como se fossem quatro partes de uma arma inteira.
O elenco de 'The Old Guard' também trabalha incrivelmente bem em conjunto para dar vida a esses personagens atraentes. Ao todo, o elenco trabalha perfeitamente em conjunto para trazer uma dinâmica divertida e emocional do personagem para a tela.
O efeito visual dos personagens se curando de feridas letais, no estilo Wolverine, parece plástico e pouco convincente. As músicas parecem forçar seu caminho para o filme em momentos difíceis. Um certo desenvolvimento do enredo parece previsível, imerecido e desprovido de impacto, tudo ao mesmo tempo.
No final das contas, 'The Old Guard' oferece muita ação emocionante e batidas divertidas de personagens para manter os espectadores presos mesmo quando a história chega ao fim. É uma excelente fuga para fãs de quadrinhos, filmes de super-heróis e qualquer coisa com cenas de ação.
Mortal Kombat 2: A Aniquilação
2.6 338 Assista Agora"Mortal Kombat: A Aniquilação" é o filme que segue a franquia para seu fenomenal e inesperadamente bem-sucedido longa-metragem de 1995, que por si só foi baseado em um videogame extraordinariamente bem-sucedido que também gerou outros inúmeros produtos.
Seria errado reclamar que o enredo é uma bobagem sem sentido, povoada por personagens de papelão e uma escassez de ideias. Apenas Remar oferece algo parecido com uma performance, a maioria dos outros atores parece feliz apenas em flexionar músculos e fazer caretas.
O filme nada mais é do que uma cadeia perpétua de sequências de luta elaboradamente coreografadas que misturam primeiros planos de ação ao vivo com efeitos digitais em camadas complexas e estão ligados pelos mais frágeis e risíveis elementos da trama. Qualquer coisa é motivo para uma sequência de batalha ou um motivo para os personagens saltarem, pularem ou se transformarem.
Não há sangue, ossos quebrados ou hematomas, os fãs do jogo, assim como no primeiro filme, podem ficar um pouco desapontados, pois "Mortal Kombat: A Aniquilação" evita o banho de sangue dos jogos. Mas temos muito barulho, a sequência também pode ser qualificada como o filme musical mais barulhento já feito. A trilha sonora coberta por um techno irritante, que lembra uma serra circular, é bombeada a níveis ensurdecedores durante quase todo o filme.
Seus efeitos especiais fazem seus combatentes girar e voar, girar e voar, o tempo todo socando e chutando uns aos outros como britadeiras, apenas para deixar os espectadores totalmente impassíveis. O diretor estreante John R. Leonetti, filma algumas das cenas de luta em ângulos que tornam impossível ver o que está acontecendo. As sequências de luta são mal editadas, monotonamente coreografadas e aprimoradas com CGI que pareceriam datadas em um vídeo pop dos anos 80.
"Mortal Kombat: A Aniquilação" é um exercício de como fazer filmes para meninos adolescentes; muita luta, mulheres lutando na lama e alguns close-ups na virilha de várias lutadoras, só faltou mesmo levar a sério os fatality. Para uma pessoa obcecada por videogame, o filme pode ser uma grande coisa. "Mortal Kombat: A Aniquilação" é intencionalmente exagerado de uma beleza sombria, porém sem brilho algum. O filme serpenteia quase sem motivo ou razão, até chegar ao final, sem inteligência, sem charme e sem noção.
O Tesouro de Sierra Madre
4.4 169 Assista AgoraO roteiro foi adaptado por Huston de uma obra homônima de 1927, escrita B. Traven. Foi um dos primeiros filmes de Hollywood a realizar locações fora dos Estados Unidos; foram feitas externas em Tampico, no México.
A aventura que "O Tesouro de Sierra Madre" propõe não para um fim em si mesmo, mas como um teste para seus personagens. Os personagens são bem construídos e eles oferecem algo, até então, surpreendentemente original. Os bonzinhos morrem e se dão mal, o personagem principal, o herói da trama é um perdedor miserável, enlouquecido pela ganância. Em questão de personagens o filme apresenta algo totalmente fora do normal e isso é ótimo.
O filme tem sua trama servida para o desenvolvimento de seus personagens. Mas isso não faz do filme com um roteiro pobre com uma história sem graça, longe disso. O roteiro do filme é cheio de reviravoltas. Se as atuações te prenderem na história, as surpresas do filme são de se prender na cadeira, você quer ir até o final e descobrir no que tudo vai dar.
Outro coisa surpreendente são as cenas noturnas que foram todas feitas em estúdios, mesmo o filme tendo mais de 70 anos os efeitos especiais são bem feitos a ponto de você não conseguir ter certeza se são efeitos especiais mesmo. A qualidade das cenas noturnas são tão bem produzidas e bem feitas como as cenas externas.
Humphrey Bogart merece um destaque exclusivo. Apesar de todo elenco ser fantástico, Humphrey tinha um desafio em mãos, o seu personagem é complexo. Dobbs (Humphrey Bogart) enlouquece durante o filme e atuação de Humphrey passa por todas as núncia que o personagem exige, ele é convincente.
"O Tesouro de Sierra Madre" é o fim que viaja por gerações em todas elas se consagra como um excelente filme. Com os seus 70 anos de vida, o filme tem um roteiro inovador, personagens bem escritos e desenvolvidos, atuações de tirar o chapéu. Um dos melhores filmes de todos os tempos com certeza.
Mortal Kombat
3.0 599 Assista AgoraOs fãs dos videogames que vendeu mais de 10 milhões de cópias, vão adorar o filme por se manter fiel às histórias que servem como desculpa para uma série de duelos devastadores entre lutadores de outro mundo com poderes especiais, mesmo que a taxa de decapitação do filme seja significativamente menor do que a do jogo.
Em termos de personagens e enredo, o diretor Paul Anderson e o escritor Kevin Droney se mantêm muito próximos das escrituras projetadas pelos criadores de 'Mortal Kombat', o artista John Tobias e o designer Ed Boon. É bem óbvio do porquê não mexer nesse produto licenciado, mas o filme poderia ter sido melhor adaptado para linguagem cinematográfica, do que ter levado o videogame ao pé da letra.
O gigante Shokan Príncipe Goro de quatro braços, é um personagem construído com base dos clássicos monstros stop-motion de Ray Harryhausen dos anos 50 e 60. Parecendo ruim ou não, o estilo deu um charme de baixa tecnologia a um empreendimento bem investido em seus efeitos. Os efeitos especiais impressionam quando vemos um panorama de monges budistas alinhados diante de templos exóticos, mas é tosco quando tenta engrossar mais a fantasia e a ficção científica.
Não acontece muita coisa aqui, exceto batalha após batalha. Grande parte da ação está no molde das artes marciais tradicionais e são filmados com vigor. Parte dela acontece nas cavernas iluminadas por velas e nas salas do trono de Outworld, que recria o ambiente do jogo arcade, mascarando as limitações de orçamento do filme; isso também explica o trabalho ocasionalmente frenético da câmera e os exageros sônicos da trilha sonora.
O que há de mais convincente aqui é Robin Shou, que interpreta Liu Kang, um artista de kung-fu que deixou a China em busca de melhores oportunidades na América. Ele carrega o peso da culpa por deixar para trás um irmão mais novo que morreu nas mãos de Shang Tsung. Como o filme reduz o diálogo ao mínimo em um esforço para atrair uma audiência global, Shou tem pouco a dizer, mas com sua presença intensa e graciosos saltos e chutes de kung-fu, ele poderia dar a Bruce Lee uma corrida por seu dinheiro no apelo das telas.
“Mortal Kombat: O Filme" provavelmente irá satisfazer apenas o público já viciado em videogame, mas pode desapontá-los também. Enquanto as versões do jogo de 'Mortal Kombat' foram adotadas por sua carnificina sangrenta e gratuita, o filme é classificado como PG-13, e sua violência é branda. Claramente, as acomodações foram feitas em um esforço para atingir um público mais amplo.
O filme tem tudo que um adolescente poderia desejar: cobras que se projetam das mãos de um vilão, lutas acrobáticas de kung-fu e duas garotas lutando, porém não oferece boas atuações, não tem bons diálogos e os cenários são extravagantes demais, mas no geral consegue atingir notas altas, por não se levar muito a sério. O filme às vezes se salva pelo seu toque de humor maluco, é bobo, mas o mais importante, é muito divertido.
A Balada de Buster Scruggs
3.7 534 Assista AgoraNenhum dos contos de Coen sobre o Velho Oeste é um fracasso absoluto, mas o filme nunca coincide com a sequência de abertura de mesmo nome, estrelado por Tim Blake Nelson como um caubói cantor de chapéu branco com uma música em seu coração. O resto do filme se esforça para igualar a energia deste pedaço de abertura, mas há delícias a serem descobertas ao longo do caminho.
'A Balada de Buster Scruggs' foi originalmente concebido e filmado como uma série de seis episódios para Netflix. Seus roteiristas-diretores, Joel e Ethan Coen decidiram, em vez disso, compor os episódios (contos míticos violentos, pitorescos e milagrosos do Velho Oeste)em um filme antológico de longa metragem. É nesse momento que conseguimos entender o problema do filme, ele funciona como uma minissérie, não como um filme.
O filme é cheio de imagens majestosas do deserto que surgem na tela, um trabalho de fotografia de cair o queixo. Os episódios estão ligados por uma obsessão escabrosa com a morte que, no final, se soma a algo. Não é algo importante, mas um tema com uma pitada de ressonância. E o elenco é impecável.
Com ótimas atuações e uma bela fotografia, 'A Balada de Buster Scruggs' funcionária sendo lançada como uma série e não como um filme, a escolha foi errada. Mas o filme é uma obra gostosa de ver e vale muito a pena.
O Peregrino: Uma Jornada Para o Céu
3.6 87 Assista AgoraSabe aquele filme que é tão ruim, mas tão ruim que você assiste para poder rir, de tão bizarro que ele é, pois bem, 'O Peregrino' é um desses. Vamos começar com as atuações que são péssimas, sabe aquele trabalho de escola que você chama a tia e os primos para ajudar, esse filme parece isso, os atores não são inexperientes, eles não são atores!
'O Peregrino' é bem fiel ao livro, e isso é problema. Eu não gostei do livro, eu acho ele muito chato e didático, para quem é cristão se diverte lendo-o por causa das referências bíblicas. Esse longa-metragem decidiu adaptar o livro ao pé da letra e trazendo os mesmos problemas dos livros para o filme.
A trama do filme é corrida demais e ficou muito focada na jornada e pouca atenção foi dada aos personagens. O personagem principal é casado e faz amigos, mas o filme retrata isso com tanta superficialidade que você fica até na dúvida se entendeu certo.
Há aqueles típicos efeitos especiais toscos que parecem ter sido feitos no Paint que a gente ama, eles são toscos e são uma das grandes diversões do filme. Bem, não tem muito o que dizer desse filme porque ele é horrível. Ainda bem que a salvação depende da cruz, porque se dependesse da arte estaríamos ferrados.
Liga da Justiça de Zack Snyder
4.0 1,3KUma das melhores e mais belas coisas do mundo é quando você reconhece e conserta os erros cometidos, 'Liga da Justiça de Zack Snyder' vem com a promessa de ajustar o mal feito e acender a chama dos fãs da DC. O filme conserta alguns erros, mas em sua grande parte continua precisando ser refeito. O filme continua sem uma visão, nenhuma linha narrativa convincente ou mesmo coerente.
O filme mostra a primeira batalha da tentativa de invasão de Darkside a Terra. Achei bacana mostrar a guerra por completo, deu um fundo interessante a história, porém CGI está horrível. Falando de Darkside, há outros personagens que aparecem dando um gás ao universo da DC, um exemplo disso é o Caçador de Marte, o Ajax. 'Liga da Justiça de Zack Snyder' faz algumas mudanças e acrescenta alguns elementos que ajudam a nascer uma esperança
Na primeira 'Liga da Justiça' os gráficos de computador eram fracos, muitas faíscas vermelhas por toda parte, esqueletos voadores acompanhando o vilão Lobo da Estepe, que deveria ser imponente e causar medo, mas não passa de uma coisa boba. Em 'Liga da Justiça de Zack Snyder' os efeitos continuam mais ou menos, mas ajustaram o visual do vilão Lobo da Estepe o que deixou com uma atmosfera ameaçadora, essa mudança acrescentou demais no filme.
Outra mudança que eu gostei e que deixou um filme mais legal, foi toda aquela parte do heróis esvaziando a cidade e salvando a população, e com isso, deram espaço a mais lutas e mais ação, também gostei dessa alteração, o filme ficou menos chato. Porém a ação continua ruim, mas um pouco menos confusa.
O roteiro continua desinteressante, falta algum elemento mais rico ou profundo, essa história continua muito simples e enfadonha. Se em 'Liga da Justiça' o filme parece durar uma eternidade, em 'Liga da Justiça de Zack Snyder' temos quatro horas de muita enrolação.
No 'Liga da Justiça' as origens de Aquaman, Flash e Cyborg não foram desenvolvidas, aqui esses personagens tiveram mais espaço, porém continuaram mal desenvolvidos e isso continua sendo um problema em 'Liga da Justiça de Zack Snyder'. O bom dessa nova versão é que temos quatro horas de Gal Gadot como Mulher Maravilha, assim como no primeiro filme ela continua a hipnotizar, foi bom reviver a personagem depois do morno 'Mulher Maravilha 1984'.
'Liga da Justiça de Zack Snyder' traz alguns concertos em seu CGI, mas em sua maioria ele continua sendo um filme ruim. A nova versão continua com suas falhas de roteiro e não consegue ir além do clichê de um grupo de heróis contra o mal. Se a intenção de 'Liga da Justiça de Zack Snyder' era encorajar a esperança no universo da DC, talvez o filme tenha alcançado seu objetivo, se intenção foi entregar algo consertado, o filme não cumpriu os objetivos.