É muito bom assistir um filme que tem status de clássico e entender facilmente o porque. Mesmo lançado há quase 50 anos, "A Profecia" tem uma trama que, mesmo simples é envolvente e bem desenvolvida sem perder o ritmo em momento algum. A produção e a trilha também são super cuidadosas. Tudo dá tão certo que você entende porque tantos filmes com crianças malvadas foram lançados ao longo do tempo.
Tem boas cenas mas ao mesmo tempo é um amontoado de clichês do gênero. Longe de ser uma bomba mas pode passar batido tranquilamente que ninguém vai perder nada.
Tava achando o filme bom até certa parte mas também achando que faltava alguma coisa. Aí chegou o final. Tenho a impressão que é um filme que ainda vai subir mais ainda no meu conceito com o tempo.
Pode ser um filme sobre primeiro amor ou um filme sobre uma grande amizade ou sobre descobrimentos. De qualquer forma é bem bonitinho e nem um pouco restrito ao público infantil.
Minha maior crítica é que o ponto de virada com a professora convidando o Jess pro museu me pareceu meio do nada. E ele não chamando a Leslie pra ir junto pareceu bem pouco provável também. Eu entendo que ela não ir com ele era necessário pro que aconteceria a seguir no filme, mas acho que o roteiro devia ter criado um motivo mais convincente pra ausência dela ali - ela ter algum compromisso com os pais por exemplo, e depois sim ter ido pra Terabithia.
Essa é realmente a única parte fora do tom pra mim. Porque especialmente nessa idade quando se tem uma amizade ou um crushzinho igual o Jess tinha com a Leslie você quer ficar muito tempo junto mesmo, até na igreja eles foram.
Inclusive o diálogo sobre deus eu também achei bem legal, é bom despertar questionamentos pras crianças já nessa idade porque em geral com 11 ou 12 anos a nossa cabeça é quase que completamente a dos nossos pais com algumas alterações.
Pessoas são complexas. Crianças são complexas. Ótimo filme.
De quando somos crianças/adolescentes na escola, até a fase jovem adulto na faculdade a gente convive com muita gente parecida pela faixa etária e acaba podendo escolher com quem fazer amizade. Mas depois de adultos a convivência social vai sendo engolida pelo trabalho e a solidão vai tomando conta.
A Mary e o Paul, talvez, dificilmente teriam contato e se aproximariam se não fosse o contexto ali. O Angus talvez nunca tivesse tido contato com realidades tão diferentes da dele. E isso é um pouco a magia desse filme (e de vários outros): colocar juntos personagens tão diferentes mas que no fim das contas são muito humanos, que no fim dos dias só querem o que todos nós queremos: afeto.
Se passar nos anos 70, longe da tecnologia, também dá um charme pra história. No final é um filme que traz uma alegria, um sorriso no final, que te deixa feliz que o cinema exista.
Nas mãos de um roteirista pouco competente seria um filme chatíssimo com infinitas cenas no tribunal, mas os diálogos são tão bem escritos que até partes meio maçantes fluem bem.
Gosto da forma que escolheram contar a história, com uma filmagem quase documental, pouca trilha sonora e poucos recursos super elaborados de direção ou edição. Acho que combinou com a atmosfera realista que vai se desenvolvendo enquanto vamos descobrindo sobre tudo que antecedeu o caso.
Também achei que o tom que escolheram pra mostrar a misoginia no tribunal foi bem certo. Não ficou extremamente didático mas tá tudo ali. Cada hora alguém chega com um argumento mais esquisito contra a protagonista como se essas coisas pudessem torná-la uma assassina. Muito bom.
Tem filmes que a gente planeja por anos a hora que vai assistir, que sabe que é considerado um clássico, que tem um grande elenco ou um grande diretor. E tem filmes que a gente só esbarra por acaso quando quer uma distração antes de dormir e acaba recebendo bem mais do que esperava.
Não tem muito o que falar sobre esse aqui, é simples porém efetivo em tudo que se propõe, e ao mesmo tempo que te faz refletir sobre a sua vida, também te leva pra um lugar distante, pras vidas desses personagens e dessa história como um todo.
Nunca tinha assistido esse, e ver pela primeira vez em 2024 com certeza é uma experiêcia bem diferente de quem viu em 2013.
Talvez as inteligências artificiais ainda sejam meio robóticas justamente por causa desse filme? Apesar de que o ChatGPT provavelmente consegue gerar uma conversa igual a Samantha. Mas mesmo vendo 10 anos depois e mesmo o filme se passando no famoso "futuro incerto porém nem tão distante" ainda tem algumas cenas ali que dão uma forçada de barra nas capacidades das IAs, seja causando uma comédia involuntária ou até uma sensação de filme de terror distópico, talvez se distanciando mais do que devia da proposta inicial do Spike Jonze? Não sei.
Ainda sim belas cores, bela direção, belas atuações (Rooney Mara aparecendo em uma cena e entregando talvez a maior catarse do filme), desenvolvimento muito bom e boas reflexões sobre relacionamentos pra você se identificar com algumas atitudes questionáveis enquanto se torce de vergonha. Gostei bastante. Não é um filme que eu diria que amei mas entendo perfeitamente porque muita gente ama.
É uma bobagem de terror mas uma bobagem com boa direção, gore exagerado (que combina bem com esse tipo de filme) uma premissa que foge um pouco do convencional e alguns momentos de humor um pouco caricato que divertem.
Pra mim o maior ponto negativo são os personagens principais que parecem ter sido criados por inteligência artificial. Nenhum deles tem um pingo de carisma ou identidade ou tempo de tela suficiente pra criar laços com eles. Mesmo que isso pese menos aqui por ser um terror com um pouco de comédia, ainda sim acho que com um desenvolvimento decente dos protagonistas teria um resultado beeeem melhor.
Assisti a versão sem cortes com 85 minutos, aqui está cadastrada uma versão com 78 minutos (devem ter dado uma reduzida nas cenas de sexo).
Não tenho nada contra filmes que retratem o sexo de forma explícita, desde que o roteiro tenha um mínimo de consistência pra não ficar tudo muito solto - que é o que acontece aqui.
A premissa de mostrar a vida sexual das 3 gerações da família é interessante porém mostrada de forma muito rasa. Tem até uns desdobramentos no final que saíram do nada e você até se pergunta se não cochilou em algum pedaço do filme. No fim parecem um monte de cenas desconexas que pegaram em arquivos e foram esticando até ter a duração 'mínima exigida' pra um filme.
Só não posso negar que achei algumas cenas corajosas e também que o filme tem um insight muito específico que eu nunca tinha parado pra pensar mas não vou revelar aqui porque as pessoas precisam ter um mínimo de recompensa por assistir isso aqui.
A única coisa que o filme consegue enganar é na premissa inicial (e olhe lá) porque o resto dá pra sacar tranquilamente o que está acontecendo ali, num ponto que aquele "flashback pra revelar o plot twist" chega a ser até ofensivo. No meio do caminho tem muitas cenas chatas também. As cenas que tentam ser nojentas ou transgressoras não são problema, ou não seriam se estivessem ligadas a um roteiro mais bem feito.
Uma mistura de Talentoso Ripley com Teorema mas sem a consistência de nenhum dos dois.
Todas as possibilidades e todas as angústias que os "E se?" da vida podem causar são sentimentos universais, não importa o quão feliz, triste, estável ou instável você esteja. Vidas Passadas retrata bem esse conflito quando o seu presente encontra um possível passado e todas as certezas de vida que você tinha caem por terra.
Visão muito realista de relações amorosas e afeto na vida adulta.
Parecia que a qualquer momento algum personagem ia virar pra tela e me chamar de 'latino fudido' de tanto estereótipo que colocaram. Além disso acho que toda a história de pessoa comum que ganha poderes e não vai sabendo lidar com eles parece bem cansada em 2023. Não serve nem como diversão pra desligar a cabeça já que nem a história nem os personagens tem carisma. Só se salva a personagem da Bruna Marquezine, graças à sua atuação acima da média do resto do elenco.
Se cortarem umas duas cenas daria pra passar na Sessão da Tarde. Minha reclamação nem é pela falta de violência em si, mas tudo que caracteriza um bom terror FNAF fica devendo: o clima de medo, perseguições, mistérios, uma trilha e direção que contribua pra isso. Nada. Tudo parece raso e o básico de um blockbuster hollywoodiano. Ainda por cima tem uma história secundária que desperta pouco interesse e uns flashbacks que ficam se repetindo a exaustão. Perda de tempo.
Não sei exatamente com qual expectativa o pessoal foi ver esse aqui. Não sei se nunca tinham assistido um found footage ou se esperavam algo nível "A Serbian Film" só pelo filme aparecer em certas listas de longas chocantes. Mas vamos lá.
Assisti sem saber ao certo do que se tratava e sem saber exatamente como a história seria contada. Não sabia quando e nem como a Megan ia desaparecer da forma que o título sugeria. Então achei que tudo foi sendo construído muito bem.
Rapidamente dá pra perceber que não é um filme de espíritos ou assombrações, então pra mim não fazia sentido esperar grandes sustos ou jumpscares na primeira metade do filme. Apesar disso a cena dela conversando com a amiga sobre aquele acontecimento do passado já deu um nó na garganta sem precisar de nenhum elemento de terror na direção/edição.
Quando a Megan desaparece já dá pra ter uma noção do que acontece, mas mesmo assim o filme surpreende por mostrar até bastante pros padrões de um found footage - e o suficiente pra chocar, ainda te deixando com aquele terror interno de pensar que aquilo também acontece no mundo real.
Gosto muito da forma como o filme desenvolve a relação da Megan com a melhor amiga. Caso só a Megan fosse sequestrada eu consigo imaginar algumas pessoas justificando isso com os "comportamentos" da personagem, que ela poderia estar se "oferecendo" demais pra desconhecidos (culpabilização da vítima). Mas o roteiro subverte essa expectativa quando o psicopata também vai atrás da melhor amiga - submetendo ela à provavelmente as mesmas torturas que a Megan passou.
O roteiro tem uma ou outra coisa que me incomoda também, como a cena de reconstituição do crime no jornal que tem uma comédia totalmente fora do tom pra'quele momento do filme, e a forma que o assassino se livra da câmera no final, mas nada que tenha atrapalhado muito a experiência num geral.
No conjunto da obra Megan is Missing é um filmaço e a prova de que a gente não deve se deixar levar pela opinião dos outros.
Tem ideias diferentes pros padrões de um slasher dos anos 80, pena que a partir de certo ponto o filme deixa a insanidade um pouco de lado e chega num lugar comum, perdendo um pouco o impacto e só retomando no final. Um remake hoje em dia nas mãos de gente talentosa com certeza renderia bem.
Dá pra dividir o filme em três partes, cada uma gerando uma emoção diferente em quem assiste. Primeiro tudo começa com a sensualidade natural do cinema do Marco Berger, depois você percebe aos poucos que aquilo não é um romance coming of age comum e o suspense toma conta. Na parte final, quando se entende o que está acontecendo, o único sentimento possível é o asco. Não só por uma pessoa. Mas pra várias e também pra toda a sociedade num geral. Não dá pra elaborar muito sem estragar as revelações da trama, mas dentro do seu estilo - um thriller coming of age homoerotico intimista - se sai bem no que propõe.
Tem uma linha muito tênue entre um filme não explicar com detalhe as coisas porque quer deixar pro público interpretar e não explicar porque não sabe bem como conduzir a história. Borderlands se encaixa no segundo caso. A direção tem alguns acertos, mas a história não se desenvolve direito e algumas coisas ficam pelo meio do caminho.
A primeira metade ainda tem uns jumpscares insuportáveis que não funcionam e só te tiram do clima do filme. Os 15 minutos finais são um bom arroz com feijão do found footage, pena que o encerramento tenta ser edgy demais e chocar pelo choque mesmo sem muito sentido.
Uma grata surpresa, daqueles filmes que você não dá muita bola no princípio mas que vão te conquistando cena a cena.
Quatro histórias envolvendo relações homoafetivas em diferentes fases da vida. Todas tem elementos identificáveis, seja em forma de olhares, toques e pensamentos que deixam muita coisa subentendida ou com as ações diretas dos personagens. As histórias do casal em crise e dos amigos que se reencontram depois de muito tempo tem mais tempo de tela, talvez por serem mais fáceis de serem desenvolvidas, mas a história dos meninos e do autor não ficam pra trás.
Claramente a produção não tem um orçamento muito grande, muitas vezes parece que estamos assistindo um filme feito pra tv, mas a forma delicada que as histórias são contadas compensa a obra como um todo.
Amplia de forma inacreditavelmente boa tudo que o primeiro criou. Desde as sequências de ação até os momentos emocionantes, tudo é feito com excelência. Seriam 5 estrelas fáceis se o último ato não se estendesse um pouco além do necessário. O único sentimento depois de assistir hoje em dia é a tristeza de pensar que o James Cameron vai passar o resto da vida criando continuações de Avatar.
De tudo que eu já tinha ouço falar desse clássico antes de assistir, o que mais me impressionou é o quanto é parecido com um filme de terror. O personagem do Arnold Schwarzenegger é praticamente um Michael Myers do futuro que tem a missão de matar - e de levar morte por onde passa - a qualquer custo. Frio, sem emoções e sem remorso. Alguns efeitos são naturalmente datados mas isso não atrapalha em nada, até dá um charme quase de terror trash em alguns momentos.
Simples e efetivo é fácil entender porque ganhou status de clássico.
Muito mais bem articulado que o segundo, não ousa mas também não erra no que se propõe. Dalton e Chris seguram bem o protagonismo e o Josh, mesmo quase um secundário, também entrega o necessário.
Apesar de vários jump scares previsíveis o clima de tensão nunca te deixa cair no tédio, e também gostei que eles deram uma revitalizada na cor da franquia, ninguém aguentava mais aqueles tons frios cinza estilo crepúsculo.
Só o final que eu achei preguiçoso, de resto me entreteve bem.
Meio bonito e meio esquisito como o típico Coming of Age (?) 90's flick tem que ser. Não gosto de filmes muito longos mas esse aqui eu sinto que precisava de pelo menos +30min pra contar tudo que queria. Muitos personagens interessantes (e moralmente duvidosos) mas pouco tempo de tela.
A Profecia
3.9 585 Assista AgoraÉ muito bom assistir um filme que tem status de clássico e entender facilmente o porque. Mesmo lançado há quase 50 anos, "A Profecia" tem uma trama que, mesmo simples é envolvente e bem desenvolvida sem perder o ritmo em momento algum. A produção e a trilha também são super cuidadosas. Tudo dá tão certo que você entende porque tantos filmes com crianças malvadas foram lançados ao longo do tempo.
Jerusalém
2.2 190 Assista AgoraTem boas cenas mas ao mesmo tempo é um amontoado de clichês do gênero. Longe de ser uma bomba mas pode passar batido tranquilamente que ninguém vai perder nada.
Zona de Interesse
3.6 568 Assista AgoraImpressionante como um filme que usa planos tão abertos deixa a gente tão claustrofóbico.
Alucinações do Passado
3.9 257Tava achando o filme bom até certa parte mas também achando que faltava alguma coisa. Aí chegou o final. Tenho a impressão que é um filme que ainda vai subir mais ainda no meu conceito com o tempo.
Ponte para Terabítia
3.9 1,6KPode ser um filme sobre primeiro amor ou um filme sobre uma grande amizade ou sobre descobrimentos. De qualquer forma é bem bonitinho e nem um pouco restrito ao público infantil.
Minha maior crítica é que o ponto de virada com a professora convidando o Jess pro museu me pareceu meio do nada. E ele não chamando a Leslie pra ir junto pareceu bem pouco provável também. Eu entendo que ela não ir com ele era necessário pro que aconteceria a seguir no filme, mas acho que o roteiro devia ter criado um motivo mais convincente pra ausência dela ali - ela ter algum compromisso com os pais por exemplo, e depois sim ter ido pra Terabithia.
Essa é realmente a única parte fora do tom pra mim. Porque especialmente nessa idade quando se tem uma amizade ou um crushzinho igual o Jess tinha com a Leslie você quer ficar muito tempo junto mesmo, até na igreja eles foram.
Inclusive o diálogo sobre deus eu também achei bem legal, é bom despertar questionamentos pras crianças já nessa idade porque em geral com 11 ou 12 anos a nossa cabeça é quase que completamente a dos nossos pais com algumas alterações.
Pessoas são complexas. Crianças são complexas. Ótimo filme.
Os Rejeitados
4.0 315De quando somos crianças/adolescentes na escola, até a fase jovem adulto na faculdade a gente convive com muita gente parecida pela faixa etária e acaba podendo escolher com quem fazer amizade. Mas depois de adultos a convivência social vai sendo engolida pelo trabalho e a solidão vai tomando conta.
A Mary e o Paul, talvez, dificilmente teriam contato e se aproximariam se não fosse o contexto ali. O Angus talvez nunca tivesse tido contato com realidades tão diferentes da dele. E isso é um pouco a magia desse filme (e de vários outros): colocar juntos personagens tão diferentes mas que no fim das contas são muito humanos, que no fim dos dias só querem o que todos nós queremos: afeto.
Se passar nos anos 70, longe da tecnologia, também dá um charme pra história. No final é um filme que traz uma alegria, um sorriso no final, que te deixa feliz que o cinema exista.
Anatomia de uma Queda
4.0 770 Assista AgoraNas mãos de um roteirista pouco competente seria um filme chatíssimo com infinitas cenas no tribunal, mas os diálogos são tão bem escritos que até partes meio maçantes fluem bem.
Gosto da forma que escolheram contar a história, com uma filmagem quase documental, pouca trilha sonora e poucos recursos super elaborados de direção ou edição. Acho que combinou com a atmosfera realista que vai se desenvolvendo enquanto vamos descobrindo sobre tudo que antecedeu o caso.
Também achei que o tom que escolheram pra mostrar a misoginia no tribunal foi bem certo. Não ficou extremamente didático mas tá tudo ali. Cada hora alguém chega com um argumento mais esquisito contra a protagonista como se essas coisas pudessem torná-la uma assassina. Muito bom.
Cartas Para Julieta
3.5 2,4K Assista AgoraTem filmes que a gente planeja por anos a hora que vai assistir, que sabe que é considerado um clássico, que tem um grande elenco ou um grande diretor. E tem filmes que a gente só esbarra por acaso quando quer uma distração antes de dormir e acaba recebendo bem mais do que esperava.
Não tem muito o que falar sobre esse aqui, é simples porém efetivo em tudo que se propõe, e ao mesmo tempo que te faz refletir sobre a sua vida, também te leva pra um lugar distante, pras vidas desses personagens e dessa história como um todo.
Acho que cinema é sobre isso.
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraNunca tinha assistido esse, e ver pela primeira vez em 2024 com certeza é uma experiêcia bem diferente de quem viu em 2013.
Talvez as inteligências artificiais ainda sejam meio robóticas justamente por causa desse filme? Apesar de que o ChatGPT provavelmente consegue gerar uma conversa igual a Samantha. Mas mesmo vendo 10 anos depois e mesmo o filme se passando no famoso "futuro incerto porém nem tão distante" ainda tem algumas cenas ali que dão uma forçada de barra nas capacidades das IAs, seja causando uma comédia involuntária ou até uma sensação de filme de terror distópico, talvez se distanciando mais do que devia da proposta inicial do Spike Jonze? Não sei.
Ainda sim belas cores, bela direção, belas atuações (Rooney Mara aparecendo em uma cena e entregando talvez a maior catarse do filme), desenvolvimento muito bom e boas reflexões sobre relacionamentos pra você se identificar com algumas atitudes questionáveis enquanto se torce de vergonha. Gostei bastante. Não é um filme que eu diria que amei mas entendo perfeitamente porque muita gente ama.
Feriado Sangrento
3.1 394É uma bobagem de terror mas uma bobagem com boa direção, gore exagerado (que combina bem com esse tipo de filme) uma premissa que foge um pouco do convencional e alguns momentos de humor um pouco caricato que divertem.
Pra mim o maior ponto negativo são os personagens principais que parecem ter sido criados por inteligência artificial. Nenhum deles tem um pingo de carisma ou identidade ou tempo de tela suficiente pra criar laços com eles. Mesmo que isso pese menos aqui por ser um terror com um pouco de comédia, ainda sim acho que com um desenvolvimento decente dos protagonistas teria um resultado beeeem melhor.
Não é um filme imperdível mas é bacaninha.
Crônicas Sexuais de uma Família Francesa
2.7 80Assisti a versão sem cortes com 85 minutos, aqui está cadastrada uma versão com 78 minutos (devem ter dado uma reduzida nas cenas de sexo).
Não tenho nada contra filmes que retratem o sexo de forma explícita, desde que o roteiro tenha um mínimo de consistência pra não ficar tudo muito solto - que é o que acontece aqui.
A premissa de mostrar a vida sexual das 3 gerações da família é interessante porém mostrada de forma muito rasa. Tem até uns desdobramentos no final que saíram do nada e você até se pergunta se não cochilou em algum pedaço do filme. No fim parecem um monte de cenas desconexas que pegaram em arquivos e foram esticando até ter a duração 'mínima exigida' pra um filme.
Só não posso negar que achei algumas cenas corajosas e também que o filme tem um insight muito específico que eu nunca tinha parado pra pensar mas não vou revelar aqui porque as pessoas precisam ter um mínimo de recompensa por assistir isso aqui.
Saltburn
3.5 845A única coisa que o filme consegue enganar é na premissa inicial (e olhe lá) porque o resto dá pra sacar tranquilamente o que está acontecendo ali, num ponto que aquele "flashback pra revelar o plot twist" chega a ser até ofensivo. No meio do caminho tem muitas cenas chatas também. As cenas que tentam ser nojentas ou transgressoras não são problema, ou não seriam se estivessem ligadas a um roteiro mais bem feito.
Uma mistura de Talentoso Ripley com Teorema mas sem a consistência de nenhum dos dois.
Vidas Passadas
4.2 717 Assista AgoraTodas as possibilidades e todas as angústias que os "E se?" da vida podem causar são sentimentos universais, não importa o quão feliz, triste, estável ou instável você esteja. Vidas Passadas retrata bem esse conflito quando o seu presente encontra um possível passado e todas as certezas de vida que você tinha caem por terra.
Visão muito realista de relações amorosas e afeto na vida adulta.
Besouro Azul
3.2 553 Assista AgoraParecia que a qualquer momento algum personagem ia virar pra tela e me chamar de 'latino fudido' de tanto estereótipo que colocaram. Além disso acho que toda a história de pessoa comum que ganha poderes e não vai sabendo lidar com eles parece bem cansada em 2023. Não serve nem como diversão pra desligar a cabeça já que nem a história nem os personagens tem carisma. Só se salva a personagem da Bruna Marquezine, graças à sua atuação acima da média do resto do elenco.
Five Nights At Freddy's: O Pesadelo Sem Fim
2.5 271 Assista AgoraMuito, muito fraco.
Se cortarem umas duas cenas daria pra passar na Sessão da Tarde. Minha reclamação nem é pela falta de violência em si, mas tudo que caracteriza um bom terror FNAF fica devendo: o clima de medo, perseguições, mistérios, uma trilha e direção que contribua pra isso. Nada. Tudo parece raso e o básico de um blockbuster hollywoodiano. Ainda por cima tem uma história secundária que desperta pouco interesse e uns flashbacks que ficam se repetindo a exaustão. Perda de tempo.
Megan is Missing
2.7 302Muito bom!!
Não sei exatamente com qual expectativa o pessoal foi ver esse aqui. Não sei se nunca tinham assistido um found footage ou se esperavam algo nível "A Serbian Film" só pelo filme aparecer em certas listas de longas chocantes. Mas vamos lá.
Assisti sem saber ao certo do que se tratava e sem saber exatamente como a história seria contada. Não sabia quando e nem como a Megan ia desaparecer da forma que o título sugeria. Então achei que tudo foi sendo construído muito bem.
Rapidamente dá pra perceber que não é um filme de espíritos ou assombrações, então pra mim não fazia sentido esperar grandes sustos ou jumpscares na primeira metade do filme. Apesar disso a cena dela conversando com a amiga sobre aquele acontecimento do passado já deu um nó na garganta sem precisar de nenhum elemento de terror na direção/edição.
Quando a Megan desaparece já dá pra ter uma noção do que acontece, mas mesmo assim o filme surpreende por mostrar até bastante pros padrões de um found footage - e o suficiente pra chocar, ainda te deixando com aquele terror interno de pensar que aquilo também acontece no mundo real.
Gosto muito da forma como o filme desenvolve a relação da Megan com a melhor amiga. Caso só a Megan fosse sequestrada eu consigo imaginar algumas pessoas justificando isso com os "comportamentos" da personagem, que ela poderia estar se "oferecendo" demais pra desconhecidos (culpabilização da vítima). Mas o roteiro subverte essa expectativa quando o psicopata também vai atrás da melhor amiga - submetendo ela à provavelmente as mesmas torturas que a Megan passou.
O roteiro tem uma ou outra coisa que me incomoda também, como a cena de reconstituição do crime no jornal que tem uma comédia totalmente fora do tom pra'quele momento do filme, e a forma que o assassino se livra da câmera no final, mas nada que tenha atrapalhado muito a experiência num geral.
No conjunto da obra Megan is Missing é um filmaço e a prova de que a gente não deve se deixar levar pela opinião dos outros.
Alerta Noturno
3.4 19Tem ideias diferentes pros padrões de um slasher dos anos 80, pena que a partir de certo ponto o filme deixa a insanidade um pouco de lado e chega num lugar comum, perdendo um pouco o impacto e só retomando no final. Um remake hoje em dia nas mãos de gente talentosa com certeza renderia bem.
O Caçador
3.0 60 Assista AgoraDá pra dividir o filme em três partes, cada uma gerando uma emoção diferente em quem assiste. Primeiro tudo começa com a sensualidade natural do cinema do Marco Berger, depois você percebe aos poucos que aquilo não é um romance coming of age comum e o suspense toma conta. Na parte final, quando se entende o que está acontecendo, o único sentimento possível é o asco. Não só por uma pessoa. Mas pra várias e também pra toda a sociedade num geral. Não dá pra elaborar muito sem estragar as revelações da trama, mas dentro do seu estilo - um thriller coming of age homoerotico intimista - se sai bem no que propõe.
The Borderlands
2.7 53Tem uma linha muito tênue entre um filme não explicar com detalhe as coisas porque quer deixar pro público interpretar e não explicar porque não sabe bem como conduzir a história. Borderlands se encaixa no segundo caso. A direção tem alguns acertos, mas a história não se desenvolve direito e algumas coisas ficam pelo meio do caminho.
A primeira metade ainda tem uns jumpscares insuportáveis que não funcionam e só te tiram do clima do filme. Os 15 minutos finais são um bom arroz com feijão do found footage, pena que o encerramento tenta ser edgy demais e chocar pelo choque mesmo sem muito sentido.
4 Luas
3.8 286Uma grata surpresa, daqueles filmes que você não dá muita bola no princípio mas que vão te conquistando cena a cena.
Quatro histórias envolvendo relações homoafetivas em diferentes fases da vida. Todas tem elementos identificáveis, seja em forma de olhares, toques e pensamentos que deixam muita coisa subentendida ou com as ações diretas dos personagens. As histórias do casal em crise e dos amigos que se reencontram depois de muito tempo tem mais tempo de tela, talvez por serem mais fáceis de serem desenvolvidas, mas a história dos meninos e do autor não ficam pra trás.
Claramente a produção não tem um orçamento muito grande, muitas vezes parece que estamos assistindo um filme feito pra tv, mas a forma delicada que as histórias são contadas compensa a obra como um todo.
O Exterminador do Futuro 2: O Julgamento Final
4.1 1,1K Assista AgoraAmplia de forma inacreditavelmente boa tudo que o primeiro criou. Desde as sequências de ação até os momentos emocionantes, tudo é feito com excelência. Seriam 5 estrelas fáceis se o último ato não se estendesse um pouco além do necessário. O único sentimento depois de assistir hoje em dia é a tristeza de pensar que o James Cameron vai passar o resto da vida criando continuações de Avatar.
O Exterminador do Futuro
3.8 898 Assista AgoraDe tudo que eu já tinha ouço falar desse clássico antes de assistir, o que mais me impressionou é o quanto é parecido com um filme de terror. O personagem do Arnold Schwarzenegger é praticamente um Michael Myers do futuro que tem a missão de matar - e de levar morte por onde passa - a qualquer custo. Frio, sem emoções e sem remorso. Alguns efeitos são naturalmente datados mas isso não atrapalha em nada, até dá um charme quase de terror trash em alguns momentos.
Simples e efetivo é fácil entender porque ganhou status de clássico.
Sobrenatural: A Porta Vermelha
2.6 311 Assista AgoraMuito mais bem articulado que o segundo, não ousa mas também não erra no que se propõe. Dalton e Chris seguram bem o protagonismo e o Josh, mesmo quase um secundário, também entrega o necessário.
Apesar de vários jump scares previsíveis o clima de tensão nunca te deixa cair no tédio, e também gostei que eles deram uma revitalizada na cor da franquia, ninguém aguentava mais aqueles tons frios cinza estilo crepúsculo.
Só o final que eu achei preguiçoso, de resto me entreteve bem.
Amor e Restos Humanos
3.6 26Meio bonito e meio esquisito como o típico Coming of Age (?) 90's flick tem que ser. Não gosto de filmes muito longos mas esse aqui eu sinto que precisava de pelo menos +30min pra contar tudo que queria. Muitos personagens interessantes (e moralmente duvidosos) mas pouco tempo de tela.