Gostei do filme apesar de acha-lo meio gratuito: a explicação para a realização do jogo não me convenceu e o totalitarismo distópico me suou tão hiperbólico que chegou a ser inverossímil.
Por exemplo, no começo, quando o professor mata a garota com uma faca, achei o cúmulo do absurdo!
Por que os pais aceitariam essa espécie de tratamento e por que a realização de todo esse jogo? Se quisessem se livrar dos jovens não seria mais fácil simplesmente mata-los?
Mas, uma coisa que eu gostei foi que essa disputa mortal, para alguns jovens, apresentou-se como desculpa para cometer atos ignóbeis: alguns alunos os quais tinham desavenças com outros podiam mata-los sem culpa, de maneira libertadora, afinal toda moral foi descontruída: esse é o maior exemplo de que só deixamos de cometer certas atrocidades pois estamos sendo regidos por um código de conduta social, sem isso nos tornamos o que Hobbes chamou de seres em estado natural, selvagens, zoomorfizados! Uma lógica comparação com Jogos Vorazes é-me inevitável e devo admitir que preferi a produção americana, achei o roteiro mais bem construído, os acontecimento mais plausíveis e a crítica social mais certeira e bem fundamentada, porém não quero tirar o crédito da produção japonesa e sua originalidade, pois consegue criar um clima de constante tensão nos fazendo pensar “e se estivéssemos lá, o que faríamos”
Jogos Vorazes é uma superprodução hollywoodiana, mas isso não é ruim, pois o filme vai muito além disso. Não li o livro (pretendo lê-lo), por isso não posso dizer se foi fiel ou não e essa não é minha pretensão. Queria falar de como o filme mexeu comigo, saí mal do cinema, foi um tapa na cara: as pessoas morriam, sofriam e tudo isso era para mim, expectador. É tudo ficção, eu sei. Mas e se não fosse? Acho que não seria tão diferente assim. Senti-me igual àquelas pessoas que se deleitavam e torciam pelos seus favoritos, de alguma forma eu era como elas! Esse filme, para mim, foi provocador, ele zombava de minha cara: “você é como eles, se entretém com o sofrimento alheio, eles são seu alterego!” Somente outro filme conseguiu me despertar o mesmo sentimento: foi Violência Gratuita (muitos vão me crucificar por comparar uma superprodução hollywoodiana com a arte densa de Haneke, mas não vejo porque não o fazer e vou ainda mais além: o conto A Causa Secreta, de Machado de Assis também teve essa mesma proposta: fazer-nos cúmplices masoquistas da dor alheia, das crueldades cometidas e isso tudo por livre e espontânea vontade!).
Outro ponto que eu achei interessante foi como se construiu a dupla principal: em uma visão superficial pode-se dizer que os dois (principalmente ela) eram personagens românticos, maniqueístas, bons e heroicos, mas não, eles não são assim, têm fraquezas e desvios de caráter como todos nós, o dele é visível, o dela um pouco menos explicito mas, se perscrutado com mais atenção, são revelados:
a garota brincou com os sentimentos de seu parceiro, fingiu um amor que não existia somente para ganhar o jogo (não julgo o que ela fez como errado, mas não é algo esperado de um herói linear de histórias épicas). A própria história de amor apresentada foi algo fora do comum: ela é falsa, foi criada para entreter os expectadores (tanto fictícios quanto reais e isso é o mais cruel, mais uma vez ele estava zombando de mim “você não quer um romance para a trama ficar mais interessante e bonita? Está aí o seu romance: falso e oportunistamente trágico!”) não muito diferentes dos romances plásticos criados em reality shows reais.
O filme todo é uma crítica a isso, a como fazemos da vida alheia uma novela (também assistimos reality shows e temos um participante preferido, queremos ver o círculo pegar fogo e, quanto mais barraco melhor, um exemplo disso é o eterno Big Brother!). Enfim, se pudesse descrever um filme em poucas palavras, essas seriam: Panis et Circenses (Pão e Circo!)
O que foi aquela cena do estupro? E a cena do menino na fogueira? Meu coração saiu pela boca, foi angustiante!
O garoto amigo de Eva me lembrou muito os personagens dos Dardenne! Um garoto que cresceu antes do tempo, aprendeu com o meio e com as situações hostis a ser frio e egoísta, mas que, no fundo, ainda resta resquícios de fragilidade e bondade!
é incrível como os tradutores brasileiros adoram colocar "amor" nos títulos que traduzem, mesmo que não esteja no título original! E, na maioria das vezes, isso soa brega!
Cara! Como esse filme mexeu comigo, tive várias sensações diferentes em seu decorrer... me deixou tenso! É um filme cujo questionamento moral e ético é levado ao extremo. Percebemos nossa impotência em relação ao mundo e às pessoas que nos cercam, tentamos ser bons e justos, mas essas duas palavras têm um peso muito maior do que podemos compreender e apreender. Por isso cometemos falhas e erramos em nosso anseio por sermos ouvidos e respeitados! Resumindo: Puta filme bom!!!
Ah! E o garoto que interpretou Christian foi excepcional!
Ótimo filme. Nunca pensei em ver grandes personagens dos maiores romances de Dostoiévski juntos com Nietzsche e personagens bíblicos em um humor sagas e discussões instigantes! Sem contar que eu ria toda vez que o Lázaro aparecia!
Gostei principalmente de Discutamos, Discutamos do Bellocchio e Amor de Godard, se bem que A Sequência da Flor de Papel do Pasolini foi ótimo! Se bem que todos foram ótimos! *____*
Puta! Que filme é esse!!! Cara, deu para sentir a angústia e o ódio das duas personagens como se fosse em mim! Só o Bergman para conseguir fazer uma coisa dessas! o Bergman e a Ullmann, lógico: nunca vi atriz mais visceral do que ela!
é incrível como as pessoas conseguem perverter as coisas; uma amizade tão bonita e inocente entre José e Zeca foi destorcida com a malícia daquele povo corrupto de Bela Vista.
Essas cidadezinhas como Bela Vista, pequenas e afastadas me dão medo! Desde Dogville, eu não confio nesse tipo de lugar não ¬¬....
tem uma proposta bem interessante... me envolveu, pelo menos... algumas partes meio forçadas e outras bem construídas. Em suma é um filme bom, mas poderia ter se aprofundado mais em certar partes. William e Jim foram personagens incríveis... A Hannah nem apareceu muito :(
Alice
4.1 265Donnie Darko aprovaria o coelho desse filme!
O Ódio
4.2 316 Assista AgoraQue final é esse!!! Fiquei sem reação! Estupefato!
Batalha Real
3.6 588 Assista AgoraGostei do filme apesar de acha-lo meio gratuito: a explicação para a realização do jogo não me convenceu e o totalitarismo distópico me suou tão hiperbólico que chegou a ser inverossímil.
Por exemplo, no começo, quando o professor mata a garota com uma faca, achei o cúmulo do absurdo!
Mas, uma coisa que eu gostei foi que essa disputa mortal, para alguns jovens, apresentou-se como desculpa para cometer atos ignóbeis: alguns alunos os quais tinham desavenças com outros podiam mata-los sem culpa, de maneira libertadora, afinal toda moral foi descontruída: esse é o maior exemplo de que só deixamos de cometer certas atrocidades pois estamos sendo regidos por um código de conduta social, sem isso nos tornamos o que Hobbes chamou de seres em estado natural, selvagens, zoomorfizados!
Uma lógica comparação com Jogos Vorazes é-me inevitável e devo admitir que preferi a produção americana, achei o roteiro mais bem construído, os acontecimento mais plausíveis e a crítica social mais certeira e bem fundamentada, porém não quero tirar o crédito da produção japonesa e sua originalidade, pois consegue criar um clima de constante tensão nos fazendo pensar “e se estivéssemos lá, o que faríamos”
inclusive achei a cena do veneno excepcional, todo o clima de desequilíbrio, desconfiança, um pequeno mal entendido pode ser fatal! Excelente!
Ah, e bem que Battle Royale poderia emprestar um pouco de sua violência para a adaptação americana, pois enquanto falta neste, naquele há de sobra!
Jogos Vorazes
3.8 5,0K Assista AgoraJogos Vorazes é uma superprodução hollywoodiana, mas isso não é ruim, pois o filme vai muito além disso. Não li o livro (pretendo lê-lo), por isso não posso dizer se foi fiel ou não e essa não é minha pretensão. Queria falar de como o filme mexeu comigo, saí mal do cinema, foi um tapa na cara: as pessoas morriam, sofriam e tudo isso era para mim, expectador. É tudo ficção, eu sei. Mas e se não fosse? Acho que não seria tão diferente assim. Senti-me igual àquelas pessoas que se deleitavam e torciam pelos seus favoritos, de alguma forma eu era como elas! Esse filme, para mim, foi provocador, ele zombava de minha cara: “você é como eles, se entretém com o sofrimento alheio, eles são seu alterego!” Somente outro filme conseguiu me despertar o mesmo sentimento: foi Violência Gratuita (muitos vão me crucificar por comparar uma superprodução hollywoodiana com a arte densa de Haneke, mas não vejo porque não o fazer e vou ainda mais além: o conto A Causa Secreta, de Machado de Assis também teve essa mesma proposta: fazer-nos cúmplices masoquistas da dor alheia, das crueldades cometidas e isso tudo por livre e espontânea vontade!).
Outro ponto que eu achei interessante foi como se construiu a dupla principal: em uma visão superficial pode-se dizer que os dois (principalmente ela) eram personagens românticos, maniqueístas, bons e heroicos, mas não, eles não são assim, têm fraquezas e desvios de caráter como todos nós, o dele é visível, o dela um pouco menos explicito mas, se perscrutado com mais atenção, são revelados:
a garota brincou com os sentimentos de seu parceiro, fingiu um amor que não existia somente para ganhar o jogo (não julgo o que ela fez como errado, mas não é algo esperado de um herói linear de histórias épicas). A própria história de amor apresentada foi algo fora do comum: ela é falsa, foi criada para entreter os expectadores (tanto fictícios quanto reais e isso é o mais cruel, mais uma vez ele estava zombando de mim “você não quer um romance para a trama ficar mais interessante e bonita? Está aí o seu romance: falso e oportunistamente trágico!”) não muito diferentes dos romances plásticos criados em reality shows reais.
Enfim, se pudesse descrever um filme em poucas palavras, essas seriam: Panis et Circenses (Pão e Circo!)
O Tempo do Lobo
3.6 71Haneke, é por essas e outras que eu sou seu fã!
O que foi aquela cena do estupro? E a cena do menino na fogueira? Meu coração saiu pela boca, foi angustiante!
O garoto amigo de Eva me lembrou muito os personagens dos Dardenne! Um garoto que cresceu antes do tempo, aprendeu com o meio e com as situações hostis a ser frio e egoísta, mas que, no fundo, ainda resta resquícios de fragilidade e bondade!
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraPorra! Que filme maravilhoso! Quase uma tragédia grega!
Precisamos Falar Sobre o Kevin
4.1 4,2K Assista AgoraAs músicas desse filme soam tão irônicas... chegam a ser cruéis.
Achei interessante os líquidos vermelhos que aparecem constantemente no filme, a metáfora para o sangue, foi uma ótima sacada!
Sentidos do Amor
4.1 1,2Ké incrível como os tradutores brasileiros adoram colocar "amor" nos títulos que traduzem, mesmo que não esteja no título original! E, na maioria das vezes, isso soa brega!
O Céu Dividido
2.9 16Um filme tão melancólico, tão intimista... gostei!
Reencontrando a Felicidade
3.5 622Achei o filme tão sincero, tão crível! E a Nicole... bem, é a Nicole né, seria redundância falar que ela é uma ótima atriz!
Em um Mundo Melhor
3.9 317Cara! Como esse filme mexeu comigo, tive várias sensações diferentes em seu decorrer... me deixou tenso!
É um filme cujo questionamento moral e ético é levado ao extremo. Percebemos nossa impotência em relação ao mundo e às pessoas que nos cercam, tentamos ser bons e justos, mas essas duas palavras têm um peso muito maior do que podemos compreender e apreender. Por isso cometemos falhas e erramos em nosso anseio por sermos ouvidos e respeitados! Resumindo: Puta filme bom!!!
Ah! E o garoto que interpretou Christian foi excepcional!
Reino Animal
3.6 172 Assista AgoraA melhor parte do filme é quando o Pope morre! Cara chato pra caralho
É incrível como esse James Frecheville fica com a mesma cara de sonso o filme inteiro!
Sedução
3.6 567Caramba! Filme sensacional! Trilha Sonora, Fotografia e, principalmente, o roteiro! Eva Green estava sensacional!
A Divina Comédia
3.9 5Ótimo filme. Nunca pensei em ver grandes personagens dos maiores romances de Dostoiévski juntos com Nietzsche e personagens bíblicos em um humor sagas e discussões instigantes! Sem contar que eu ria toda vez que o Lázaro aparecia!
O Mar
3.1 16 Assista AgoraFilme perturbador... e que final!
Os Anos de Chumbo
4.1 15Margarethe von Trotta é a Beauvoir do cinema! Filme excepcional!
Eraserhead
3.9 922 Assista Agorase era para me deixar desconfortável... conseguiu.
Rindo à Toa
3.7 290ah, mon dieu...e, finalmente, a americanização dos franceses...o mundo está realmente perdido!!! [2]
O Discreto Charme da Burguesia
4.1 284 Assista Agoraa cena do tiroteio no final me lembrou Tarantino!
Amor e Raiva
3.9 21Gostei principalmente de Discutamos, Discutamos do Bellocchio e Amor de Godard, se bem que A Sequência da Flor de Papel do Pasolini foi ótimo! Se bem que todos foram ótimos! *____*
Sonata de Outono
4.5 492Puta! Que filme é esse!!! Cara, deu para sentir a angústia e o ódio das duas personagens como se fosse em mim! Só o Bergman para conseguir fazer uma coisa dessas! o Bergman e a Ullmann, lógico: nunca vi atriz mais visceral do que ela!
O Menino e o Vento
4.3 62Um filme maravilho, sensível e instigante!
é incrível como as pessoas conseguem perverter as coisas; uma amizade tão bonita e inocente entre José e Zeca foi destorcida com a malícia daquele povo corrupto de Bela Vista.
Essas cidadezinhas como Bela Vista, pequenas e afastadas me dão medo! Desde Dogville, eu não confio nesse tipo de lugar não ¬¬....
Chat: A Sala Negra
3.2 416 Assista Agoratem uma proposta bem interessante... me envolveu, pelo menos... algumas partes meio forçadas e outras bem construídas.
Em suma é um filme bom, mas poderia ter se aprofundado mais em certar partes. William e Jim foram personagens incríveis...
A Hannah nem apareceu muito :(
O Amante de Lady Chatterley
3.5 12 Assista AgoraPra mim, foi só mais um filme de amor... não teve aquele teor crítico e transgressor nem as filosofias presentes no romance de D. H. Lawrence