Incendies (Incendios). Drama/Guerra /Mistério Baseado numa peça homônima, onde o Diretor Denis Villeneuve, deixa o espectador intrigado desde o início, com um mistério que irá ser desvendado somente no final, com um plot twist arrasa quarteirão, pra desgraçar de vez com tudo. Abordando os malefícios do fanatismo religioso, e as consequências das doutrinas impostas, que acabam impactando em varias gerações de uma mesma família. O fato de mencionar somente o Canadá, como ponto de partida da trama, e os demais locais(cidades) serem fictícios, ele tenta exemplificar através de insígnias, e termos como: nacionalistas e refugiados, a guerra entre diferentes pensamentos, que não medem esforços para aniquilarem uns aos outros, para justificarem o que acreditam ser o certo.
Ou seja:" Apenas marionetes de um sistema de ódio e vingança”, que nunca terá fim, mesmo mostrando a vida da protagonista(mãe) com seus horrores da guerra e participado de ambos os lados do conflito, vivendo a dicotomia dos sentimentos na essência, talvez por isso a opção de o filme não ser cronológico em seu formato, o vai e vem dos eventos narrados, perturba e desorienta quem assiste, mas é proposital, acredito que a intenção é tentar passar a angustia que se tornou a vida da protagonista, e dando a entender que seu destino parecia traçado, independente do lado que ela estivesse, e os atos que cometesse. Não se alongando nas cenas mais fortes somente para chocar, e sim para demonstrar a barbárie, mesmo assim o filme traz uma fotografia bem pesada em alguns planos.
O final ,fecha a tragedia Grega /Shakesperiana,algo pouco provável de acontecer, mas a intenção da trama não é essa e sim mostrar o ponto de vista dela(Nawal)de mãe ,com a dualidade de sentimentos, o filho desejado do relacionamento não aprovado pela etnia e religião, acaba virando mais tarde seu torturador/estuprador, e que acaba sem saber, virando o pai dos gêmeos, que seriam os indesejados, e os escolhidos para fecharem o ciclo do mistério, através das cartas do início ,que seriam abertas somente pelo Pai/irmão, ela revela a ele como filho, um sentimento com palavras de amor e angustia pela perda dele, e como pai(estuprador) dos gêmeos, um palavreado mais agressivo, mas com tom de perdão, por ele também ser vitima e ter vivido os horrores da guerra e da intolerância religiosa. Talvez o fato que todos se perguntam, é por que ela Nawal mesmo sabendo que ele Nihad/ Abou Tareq, estava no Canada,após ter avistado ele na piscina, não revelou aos gêmeos e fez eles irem ao país dela onde tudo aconteceu, talvez para saberem por outras pessoas e buscarem a verdade antes de entregarem a ele.
Red Heat(Inferno Vermelho). Filme de Ação/policial, em meio a reabertura da União Soviética aos elementos do Capitalismo, surge uma boa dicotomia no tema, capitalismo vs socialismo, inseridos em diálogos entre os protagonistas. O Fato de o filme ser de ação, mas com boas pitadas de comedia em seus diálogos(sarcasmos), e a figura mais marcante do protagonista Russo, não causou(acredito) boa impressão na época na mídia americana. Na trama temos vários elementos que dão um bom andamento ao filme, um bom antagonista, máfia, perseguições, tiros, além da sonoplastia, que me lembrou (talvez para dar um ar mais heroico e excêntrico ao filme) os jogos do Final fight, na época que tinha assistido, não reparei, mas fica o registro. Com um bom início, e um bom final, o filme peca mais no desenvolvimento do segundo ato que é longo, e poderia explorar mais a ligação do tráfico de droga e o esquema de como seria feito. O Filme consolidou Schwarzenegger, com uma atuação firme em seu personagem, e James Belushi (com sua corridinha característica) no que viriam a seguir em suas carreiras no gênero ação/policial ,com pitadas de comédia.
Deadly Blessing(Benção Mortal). Um terror slasher,com forte influência de De Palma e Argento. Wes Craven mistura bem os estilos,suspense com terror,dando ênfase mais ao mistério da trama,com um roteiro bem bagunçado,principalmente no segundo ato do desenvolvimento da trama,que aborda religião,fanatismo e elementos sobrenaturais. Os bons enquadramentos e a sonoplastia dão um ritmo bom ao filme,que tem estilo mas deixa a desejar no clímax,se arrastando e não dando segmento a proposta inicial,que seria explorar mais o lado da seita,que ao meu ver ficou de lado e pouco explorada,a não ser para dar sentido as tentações de seus integrantes,referenciando o pecado aos desvios de seus membros após sentirem a atração carnal. O Final meio thrash B ,deu um ar mais exótico a película,talvez por tanto falarem durante o filme,no Incubus,tivemos esta revelação meio inesperada,e até forçada ao meu ver. Mas é um bom filme dentro do estilo,que hoje em dia deixa muito a desejar pelas suas produções pouco atrativas e clichês.
Eles Não Usam Black Tie. Filme essencial e didático,os mais politizados e conscientes, vão entender a proposta da narrativa,que faz um paradoxo,e abrange os conceitos da consciência de classe para o futuro do proletariado. Um grande elenco ,afinado nos diálogos e as várias personalidades exibidas no contexto do roteiro,deixam o filme ainda melhor e muito atual . Tião ,de Carneiro a pelego e traidor,"fez escola" e ainda pós graduação ,se pensarmos bem,nem escolha temos hoje em dia. "Os..., são muitos", Já dizia o ditado popular.
Pixote : A lei do Mais Fraco. Um drama/policial,baseado na história do livro "Pixote - Infância dos Mortos" de José Louzeiro ,que mostra a realidade nua crua ,tanto no roteiro como na fotografia ,sem mascarar a sujeira,um retrato da época onde tudo que era antisocial e ilegal,era "escondido" pelas instituições do governo quando o assunto era exclusão social. Hector Babenco mostra toda sua visão,abordando com maestria as mazelas dos excluídos,que vivem e revivem seus traumas durante o decorrer do filme. Marília Pera é um show a parte,e mostra que o cinema nacional tinha adquirido sua identidade(depois se perdeu,com raras excessões) Apesar da repressão e censura da época foram feitos grandes filmes nestas épocas 70/80.
Urban Cawboy (Cawboy do Asfalto). Um Drama/Romance,que captura bem o cotidiano sulista dos EUA ,e a ida de um jovem para cidade grande atrás de oportunidades, diversão,amores,uma vida mais intensa. Bud(John Travolta) e Sissy (Debra Winger) formam um jovem casal,enfrentando os problemas da vida a dois, além de temas relevantes,como:relacionamentos tóxicos,onde a independência da mulher ainda era um tabu,Debra Winger encara bem o papel dessa mulher,inserida em um ambiente extremamente orgulhoso ,machista e conservador. O empoderamento da mulher moderna, e os trabalhos que eram essencialmente ocupados por homens,agora não mais,trazem reflexões a temática do filme, além da maturidade do relacionamento após os reveses da vida,onde realmente nos importamos com os personagens,com um arco do roteiro bem definido e envolvente. Filme com uma excelente trilha sonora,que da um toque especial as cenas do filme.
Macunaíma. Filme extraído do livro Homônimo,adapta bem a história do herói mítico brasileiro,sem caráter, vagabundo e aberto a luxúria e aos prazeres da vida. A essência da cultura,contada através de uma especie de fábula,para quem não leu um pouco a respeito,fica realmente perdido no roteiro,que através de um ritmo de filme cult nonsense,tenta misturar através de alegorias e metáforas, a realidade e a personalidade do brasileiro médio. As frases marcantes,e as interpretações bem feitas dos personagens, dão um charme a mais no filme,e mostra que havia muita inteligência por trás ,que para muitos é só diversão sem sentido,nas entrelinhas é que esta o grande valor desta obra tupiniquim.
St. Elmo's Fire(O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas). Um drama/Romance,numa bela direção de Joel Schumacher,retrata a passagem de um grupo de jovens amigos,enfrentando as obrigações e responsabilidades da vida adulta. Temos várias personalidades exploradas,e o filme consegue dar atenção a todas,algo bem dificil de acontecer nos filmes atuais. Um grande elenco de figurinhas carimbadas em produções dos anos 80,fazem o filme ser agradável,e nos importarmos com o destino dos personagens. St.Elmo's Fire ,faz alusão a um fenômeno,que ocorre durante as tempestades,ou seja a turbulência e energia que temos durante esta etapa da vida,conflitos e decisões que teremos que tomar,amizades e amores perdidos, além de ser o nome do Bar de encontro deles St. Elmo's. O final genial,com uma bela sacada do Diretor,na hora que irão entrar no Bar ,fecha com chave de ouro o filme.
Perfect(Perfeição). Um drama/Romance ,que não satisfaz nenhum nem outro,simplesmente o roteiro não consegue encaixar a trama principal,que seria o foco no lado da busca do corpo perfeito, e segue numa subtrama de reportagem que,vai e volta,ou seja duas tramas,onde não sabemos qual é a principal,e nenhuma vai de encontro a outra,uma bagunça poucas vezes vista. Já o Romance falha ,sem química nenhuma, só o que podemos aproveitar, são as cenas da academia ,Jamie Lee Curtis no auge da forma física,e a trilha sonora,que pelos figurinos, mostra bem como eram os anos 80 e seus exageros de cores e decotes bizarros. Já o final patético e muito forçado,fecha com chave de ouro a coleção de erros do filme.
Nomadland. Um drama estilo documentário,onde temos sobre a perspectiva da protagonista,o desapego do estilo de vida convencional na sociedade. Filme aborda brevemente os motivos que levam pessoas a viverem como nômades nos EUA. Perdas, situação financeira,este em específico após a bolha de 2008,onde levou varias famílias e pessoas a optarem por este estilo de vida. É preciso uma conexão com o propósito do filme,caso contrário não teremos um melhor experiência e entendimento das motivações da personagem,pelo fato do roteiro não ter seus atos definidos. O desapego e a dificuldade de quem viveu a vida toda em sociedade ,em um estilo de vida convencional,derrepente tendo que mudar drasticamente seus hábitos diários,e como é difícil perder a conexão total com o antigo meio de vida,onde é abordado um breve conceito sobre os efeitos do capitalismo selvagem nos mais pobres,que optam pelo contato com a natureza e um retorno as suas origens,para tentarem resgatar sua autoestima , além de acharem um meio de se manterem com algum propósito de vida,para continuarem sua jornada,seja por meios de reuniões entre os que optam por este estilo,ou pelos que não veem mais chances de retorno a sociedade convencional. O fato de dependerem ainda do dinheiro,gerado pelo trabalho temporário entre as diversos lugares, cria uma dualidade e deixa a questão de liberdade total uma incógnita, além de optar pelo clima frio,que remete a tristeza e solidão da jornada da protagonista e a dependência de diversos fatores para a sobrevivência diária ,nunca deixar a conexão com seu passado para trás. Um ótimo filme e muito reflexivo,mas que precisa um engajamento do telespectador para ser devidamente aproveitado.
The Father(Meu pai). Um drama muito bem explorado na perspectiva do protagonista ,o pai interpretado por Anthony Hopkins,que faz aqui seu melhor papel na carreira,simplesmente espetacular,Olivia Colman mostra que não é a toa que ja ganhou o Oscar e merecidamente,agora como coadjuvante da um show. Filme que vai ser lembrado por muitas gerações,e resgata o drama dos grandes filmes do gênero ,sem apelar pro melodrama e para os atalhos dos finais "Bonitinhos",sim ele veio pra ficar, assistam , filmaço essencial pro Gênero.
Lúcio Flávio: O Passageiro da Agonia. Baseado em fatos reais, tirado do livro homônimo,ele segue o estilo policial mais cru e realista,optando por uma narrativa mais romanciada do que a de reportagem documental. Com um elenco de feras ,temos Reginaldo Faria na de Lúcio Flávio em uma das melhores interpretações do cinema nacional,apesar da censura , problemas de edição e do baixo orçamento,o filme não decepciona. Hector Babenco mostra sempre um estilo próprio em suas filmagens, diálogos e cenas que retratam bem a atmosfera da época,a podridão das corporações policiais,o chamado esquadrão da morte(Uma espécie de milícia da atualidade). Optando por mostrar o lado mais sujo e pobre do RJ, em que os bandidos estavam inseridos,em contraponto com o luxo em que alguns policiais envolvidos no esquema ,poderiam desfrutar do esquema dos roubos. O melhor estilo de Cinema nacional é este na minha opinião,tem um pouco da influência da Nova Hollywood dos anos 70,onde o foco era mostrar a realidade nua e crua,sem fantasiar muito,o anti herói como foco,sem se importar em agradar a todos,sem moralismos baratos e apelações melodramaticas para ser classificado como "aceitável" ao grande publico.
The Public Eye(A Testemunha Ocular). Filme que flerta com varios temas, máfia,teoria da conspiração,romance, mas não desenvolve nenhum. A fotografia e ambientação são o que se salvam no filme e a bela Barbara Hershey. Tentando ser um noir sem sucesso, devido ao roteiro ser pouco coeso com as motivações dos personagens, não conseguimos criar nunca uma conexão com a trama, que se dispersa em varios assuntos,e acaba por ter um final previsível e patético,talvez para dar sentido as aspirações do protagonista podemos até aceitar o desfecho,mas é muito pouco para tamanha enrolação de cenas e conflitos que acabaram sendo geradas e não explicadas durante a trama do filme.
Run(Fuja). Um thriler psicológico bem previsível,que entrega uma boa tensão, mas a necessidade de ter um plot twist nestes tipos de trama,acabam forçando a barra demais, além dos furos de roteiro e incoerências da trama, brincam demais com a inteligência do espectador. Fora isso,entrega um andamento bom por ser bem fluida a trama,e na escassez de filmes assistiveis do genero,se torna uma boa pedida.
The Chamber(O Segredo). Um drama de tribunal,com uma boa premissa e um bom elenco,tendo como tema a segregação racial ,mas que acaba virando um melodrama confuso demais. Gene Hackmann até tem um bom começo de filme,na pele de um racista inveterado no corredor da morte em uma penitenciária do Mississipi(EUA),mas depois é engolido pelo fraca direção,Faye Dunaway pouco explorada, só serve como suporte da trama e Chris O Donnell até se sai bem no papel,mas os atalhos , clichês e furos do roteiro,acabam deixando o filme sem direção, não sabemos as reais intenções e motivações,tendo em vista que as revelações,acontecem e aparecem sem explicação, não temos uma construção,um clímax no filme,que se arrasta em varias direções a todo momento. Talvez o fato do protagonista (advogado)querer entender sua origem através do seu avô(condenado) , não justificaria toda mobilização feita para reabrir o caso,tendo em vista que nem ele sabia se era inocente ou culpado,e também soube somente depois que iria para camara de gás. Portanto o filme flerta com um "ode" ao racismo, e ao mesmo tempo repudia através do melodrama,mais pela família do condenado(racista) que acabaram sofrendo com os atos dele,do que propriamente as raças e etnias perseguidas no contexto da história. Portanto uma bagunça,que tem que ter um pouco de paciência ,pra tirar algo coerente do filme.
Hard to Kill(Difícil de Matar),Um bom filme policial,com elementos de máfia e ação,estrelado por Steven Seagal no papel de Manson Storm, além da bela e esposa de Seagal na época, Kelly LeBrock como coadjuvante. Clichês e roteiro furado, não abalam o sentimento de vingança,que é o recheio desse filme,que pode ser até datado e farofa demais hoje em dia,mas tem estilo(Saudosismo aflorado),isso nem um CGI consegue fazer na maioria dos filmes atuais do gênero.
Rawl Deal(Jogo Bruto). Filme de ação Policial,com um roteiro bem exagerado e bagunçado,temos todos ingredientes e clichês do gênero,tiros, explosões,mortes,mafiosos fora de forma e romances mal resolvidos e a vingança como fator principal. Arnold Schwarzenegger se consolidando no gênero após Comando para Matar,bem mais a vontade no papel,apesar das excentricidades de algumas cenas e os vários furos no roteiro,o filme agrada aos mais nostálgicos que curtem o gênero,sem ficar procurando veracidade e coerência nas ações e motivações dos personagens. Trilha sonora dos anos 80, sempre dão um charme a mais ao filme, além dos efeitos práticos muito bem feitos.
A Kiss Before a Dying(Um beijo antes de Morrer) Remake do filme homônimo de 1956,inspirado no romance de Ira Levin(Bebê de Rosemary). Matt Dillon e Sean Young ,estão muito bem nos seus papéis,Um excelente Thriller noir,adaptado ao ano em que foi produzido(91),mas conservando o estilo de filmagem deste gênero policial,que se caracteriza pelo suspense e mistério,onde trama por ser boa ,deixa passar despercebido alguns furos do roteiro,concentrando-se mais no foco da trama,temos o desenrolar das motivações do Psicopata e protagonista vivido por Matt Dillon. Já Sean Young é a cara do noir,vide seu papel em Blade Runner. Temos também a participação do Saudoso Max Von Sydow, que esta muito bem no papel de coadjuvante. Vale apena conferir sem comparações,mesmo já estando datado e não tendo assistido o original de 1956.
Hillbilly Elegy,Era uma vez um sonho,Um drama baseado em fatos reais,temos aqui uma excelente história, que se perde por optar pelo excesso de momentos dramáticos,esquecendo a construção da narrativa,temos muitas indas e vindas durante o desenrolar da história,com saltos temporais,sempre tentando justificar a cena seguinte,faltou desenvolvimento dos personagens,passando a impressão de que sempre faltava algo pra contar . Glen Close e Amy Adams estão muito bem nos seus papéis,pena o roteiro não ajudar,por que certamente com alguns ajustes nos diálogos e o elenco de apoio qué bom ajudando,seriam fortes candidatas ao Oscar.
The Guardian,A arvore da Maldição. Um terror/mistério,que William Friedkin resolveu ligar o F...-se,e fez uma salada de fruta com varios clichês do gênero,o tipo de filme que podemos classificar como thrash cult,que apesar dos inúmeros furos de roteiro e atalhos usados para justificar um roteiro bem non sense,acabamos por gostar da bagunça gerada,optamos pela máxima de quanto pior melhor,temos várias referências a filmes de terror dos anos 80,onde o ponto alto fica com a trilha sonora bem colocada,e até uma menção no início a grafia das letras de O Exorcista,seu clássico filme de terror. O gore e os efeitos práticos são bem feitos, juntamente com o clima sensual e enigmático da vilã,interpretada pela bela Jenny Seagrove.
Sound of Metal(O Som do silêncio),Um drama bem agoniante e imersivo,onde a intenção é sentir juntamente com o protagonista,as mudanças e as perspectivas na vida de quem perde a audição. Após a perda abrupta da audição ,ter que aceitar um novo mundo,com novas pessoas e um silêncio que era o oposto da vida de músico que levava ,em shows onde o som alto era a tônica. O Fato de ser um ex viciado em Heroína,e sua namorada também ,ambos vendo seu futuro ficar incerto após a surdez. Um ponto de vista que tive,sobre o romance do casal,é que pelo fato de serem de mundos diferentes ,ela rica e ele não ,porém mais a frente mostra que ambos precisavam um do outro naquele momento, mais para saírem de um problema maior,que eram as drogas,que não é mostrada no filme apenas citada. Ela (Lou)sente o fardo de ter que enfrentar este problema com ele,o Pai dela aproveita desta situação,para se aproximar e inseri-la no meio mais rico de convivências,que sempre foi sua intenção. Já Rubem, na comunidade de surdos, aprende alem da aceitação da perda auditiva que o filme propõe,um novo conceito de vida ,onde as coisas não devem ser forçadas,e isto após ele sair e reencontrar Lou , não tão animada como antes,faz ele enxergar os ensinamentos que teve antes da operação para o implante de uma prótese auditiva,que o fez ouvir novamente,mas não como antes,os sons não pareciam os mesmos,ou seja terá um mundo a parte só dele por este motivo.
No final a quietude após ele tirar a prótese,revela bem o que o chefe da comunidade queria que ele aprendesse, que seria apreciar e se acostumar com o silêncio ,encarando como uma dádiva,mesmo no meio de tantos sons,sino da igreja tocando ,carros,pessoas falando,ele esta ali não sentindo incomodo com a falta de sons ao seu redor.
They Live(Eles Vivem),uma thrasheira do mestre John Carpenter,que para criar uma crítica ao sistema capitalista, em um filme feito para o público capitalista, portanto teve que abrir conceções e abraçar a ação galhofa dos filmes do gênero,aliado a uma ficção científica bem em alta na época, para chamar a atenção e dar ênfase a crítica ,tudo para alcançar seus objetivos. Na trama temos os estereótipos dos americanos dos anos 80(bem atual nos dias de hoje),patriota e egoísta ,que não quer "enchergar" a manipulação do sistema sobre suas vidas,a competição por migalhas que são deixadas pelos que comandam o "show". As mensagens subliminares,vistas por quem tem o óculos,lentes,posteriormente,criam uma metáfora, de que a verdade é sem "cor" e vista só por aqueles que se dispõem a usar este acessório. Interpretações a parte,o filme não será interessante,para quem se dispor a ver o filme somente como entretenimento descartável,como muitos que vêem o filme e não gostam ,se esta for a proposta inicial ,melhor passar longe deste.
Out of África,um drama/romance,temos aqui uma belo filme, na sua fotografia que remete muito aos planos abertos e a beleza da África e sua exploração feita pelos europeus no começo do século 20,impondo seus costumes as tribos nativas da região,o Imperialismo como solução de desenvolvimento,onde os burgueses e aristocratas,ganhavam terras e mão de obra escrava para desenvolverem seus negócios. Meryl Streep,Robert Redford e Klaus Maria Brandauer, estão magníficos em seus papéis,cada um mostrando suas diferenças ,através de varias visões de mundo,tanto no amor,como no trabalho e no modo de levar suas vidas. A força da mulher e sua determinação ,em romper os obstáculos da época,tendo que tomar decisões que geralmente cabiam aos homens ,tentando quebrar o sistema cultural dos nativos e levando mais humanidade e alfabetização as tribos que trabalhavam em suas terras. Filme pra quem gosta de se conectar com o enredo através dos diálogos e acontecimentos,que vai entregando seu valor aos poucos ,sem apelar para um romance e seus desfechos triviais,e nem para o melodrama,uma obra que emana poesia,a utopia de que podemos mudar o mundo e as pessoas,talvez seja o foco da trama,que acaba passando uma mensagem de que podemos fazer nosso melhor, sem esperar sempre uma retribuição do destino,apenas aceitar e seguir em frente, com as dores e alegrias da vida.
Sleepers,Um drama baseado em eventos reais,que reúne um grande elenco de atores poucas vezes visto. Filme aborda um tema central forte,mas além deste temos outros aspectos bem explorados, como,amizade,lealdade,vingança,trauma e reparação. Filme revisto,e que continua bem depois de mais de 25 anos de seu lançamento,que apesar das 2 horas e meia de rodagem,passam bem rápido,por ter uma narrativa agradável e uma construção de arco dos personagens bem feita. Optando por dividir o filme em infância e vida adulta dos protagonistas,e com alguns usos do flashback mais pro final,pra justificar e acentuar o propósito da trama, que é reparação e vingança.
Incêndios
4.5 1,9K Assista AgoraIncendies (Incendios).
Drama/Guerra /Mistério
Baseado numa peça homônima, onde o Diretor Denis Villeneuve, deixa o espectador intrigado desde o início, com um mistério que irá ser desvendado somente no final, com um plot twist arrasa quarteirão, pra desgraçar de vez com tudo.
Abordando os malefícios do fanatismo religioso, e as consequências das doutrinas impostas, que acabam impactando em varias gerações de uma mesma família.
O fato de mencionar somente o Canadá, como ponto de partida da trama, e os demais locais(cidades) serem fictícios, ele tenta exemplificar através de insígnias, e termos como: nacionalistas e refugiados, a guerra entre diferentes pensamentos, que não medem esforços para aniquilarem uns aos outros, para justificarem o que acreditam ser o certo.
Ou seja:" Apenas marionetes de um sistema de ódio e vingança”, que nunca terá fim, mesmo mostrando a vida da protagonista(mãe) com seus horrores da guerra e participado de ambos os lados do conflito, vivendo a dicotomia dos sentimentos na essência, talvez por isso a opção de o filme não ser cronológico em seu formato, o vai e vem dos eventos narrados, perturba e desorienta quem assiste, mas é proposital, acredito que a intenção é tentar passar a angustia que se tornou a vida da protagonista, e dando a entender que seu destino parecia traçado, independente do lado que ela estivesse, e os atos que cometesse.
Não se alongando nas cenas mais fortes somente para chocar, e sim para demonstrar a barbárie, mesmo assim o filme traz uma fotografia bem pesada em alguns planos.
O final ,fecha a tragedia Grega /Shakesperiana,algo pouco provável de acontecer, mas a intenção da trama não é essa e sim mostrar o ponto de vista dela(Nawal)de mãe ,com a dualidade de sentimentos, o filho desejado do relacionamento não aprovado pela etnia e religião, acaba virando mais tarde seu torturador/estuprador, e que acaba sem saber, virando o pai dos gêmeos, que seriam os indesejados, e os escolhidos para fecharem o ciclo do mistério, através das cartas do início ,que seriam abertas somente pelo Pai/irmão, ela revela a ele como filho, um sentimento com palavras de amor e angustia pela perda dele, e como pai(estuprador) dos gêmeos, um palavreado mais agressivo, mas com tom de perdão, por ele também ser vitima e ter vivido os horrores da guerra e da intolerância religiosa.
Talvez o fato que todos se perguntam, é por que ela Nawal mesmo sabendo que ele Nihad/ Abou Tareq, estava no Canada,após ter avistado ele na piscina, não revelou aos gêmeos e fez eles irem ao país dela onde tudo aconteceu, talvez para saberem por outras pessoas e buscarem a verdade antes de entregarem a ele.
Inferno Vermelho
3.1 133 Assista AgoraRed Heat(Inferno Vermelho).
Filme de Ação/policial, em meio a reabertura da União Soviética aos elementos do Capitalismo, surge uma boa dicotomia no tema, capitalismo vs socialismo, inseridos em diálogos entre os protagonistas.
O Fato de o filme ser de ação, mas com boas pitadas de comedia em seus diálogos(sarcasmos), e a figura mais marcante do protagonista Russo, não causou(acredito) boa impressão na época na mídia americana.
Na trama temos vários elementos que dão um bom andamento ao filme, um bom antagonista, máfia, perseguições, tiros, além da sonoplastia, que me lembrou (talvez para dar um ar mais heroico e excêntrico ao filme) os jogos do Final fight, na época que tinha assistido, não reparei, mas fica o registro.
Com um bom início, e um bom final, o filme peca mais no desenvolvimento do segundo ato que é longo, e poderia explorar mais a ligação do tráfico de droga e o esquema de como seria feito.
O Filme consolidou Schwarzenegger, com uma atuação firme em seu personagem, e James Belushi (com sua corridinha característica) no que viriam a seguir em suas carreiras no gênero ação/policial ,com pitadas de comédia.
Benção Mortal
3.0 82Deadly Blessing(Benção Mortal).
Um terror slasher,com forte influência de De Palma e Argento.
Wes Craven mistura bem os estilos,suspense com terror,dando ênfase mais ao mistério da trama,com um roteiro bem bagunçado,principalmente no segundo ato do desenvolvimento da trama,que aborda religião,fanatismo e elementos sobrenaturais.
Os bons enquadramentos e a sonoplastia dão um ritmo bom ao filme,que tem estilo mas deixa a desejar no clímax,se arrastando e não dando segmento a proposta inicial,que seria explorar mais o lado da seita,que ao meu ver ficou de lado e pouco explorada,a não ser para dar sentido as tentações de seus integrantes,referenciando o pecado aos desvios de seus membros após sentirem a atração carnal.
O Final meio thrash B ,deu um ar mais exótico a película,talvez por tanto falarem durante o filme,no Incubus,tivemos esta revelação meio inesperada,e até forçada ao meu ver.
Mas é um bom filme dentro do estilo,que hoje em dia deixa muito a desejar pelas suas produções pouco atrativas e clichês.
Eles Não Usam Black-Tie
4.3 286Eles Não Usam Black Tie.
Filme essencial e didático,os mais politizados e conscientes, vão entender a proposta da narrativa,que faz um paradoxo,e abrange os conceitos da consciência de classe para o futuro do proletariado.
Um grande elenco ,afinado nos diálogos e as várias personalidades exibidas no contexto do roteiro,deixam o filme ainda melhor e muito atual .
Tião ,de Carneiro a pelego e traidor,"fez escola" e ainda pós graduação ,se pensarmos bem,nem escolha temos hoje em dia.
"Os..., são muitos", Já dizia o ditado popular.
Pixote: A Lei do Mais Fraco
4.0 449Pixote : A lei do Mais Fraco.
Um drama/policial,baseado na história do livro "Pixote - Infância dos Mortos" de José Louzeiro ,que mostra a realidade nua crua ,tanto no roteiro como na fotografia ,sem mascarar a sujeira,um retrato da época onde tudo que era antisocial e ilegal,era "escondido" pelas instituições do governo quando o assunto era exclusão social.
Hector Babenco mostra toda sua visão,abordando com maestria as mazelas dos excluídos,que vivem e revivem seus traumas durante o decorrer do filme.
Marília Pera é um show a parte,e mostra que o cinema nacional tinha adquirido sua identidade(depois se perdeu,com raras excessões)
Apesar da repressão e censura da época foram feitos grandes filmes nestas épocas 70/80.
Cowboy do Asfalto
3.0 21 Assista AgoraUrban Cawboy (Cawboy do Asfalto).
Um Drama/Romance,que captura bem o cotidiano sulista dos EUA ,e a ida de um jovem para cidade grande atrás de oportunidades, diversão,amores,uma vida mais intensa.
Bud(John Travolta) e Sissy (Debra Winger) formam um jovem casal,enfrentando os problemas da vida a dois, além de temas relevantes,como:relacionamentos tóxicos,onde a independência da mulher ainda era um tabu,Debra Winger encara bem o papel dessa mulher,inserida em um ambiente extremamente orgulhoso ,machista e conservador.
O empoderamento da mulher moderna, e os trabalhos que eram essencialmente ocupados por homens,agora não mais,trazem reflexões a temática do filme, além da maturidade do relacionamento após os reveses da vida,onde realmente nos importamos com os personagens,com um arco do roteiro bem definido e envolvente.
Filme com uma excelente trilha sonora,que da um toque especial as cenas do filme.
Macunaíma
3.3 274 Assista AgoraMacunaíma.
Filme extraído do livro Homônimo,adapta bem a história do herói mítico brasileiro,sem caráter, vagabundo e aberto a luxúria e aos prazeres da vida.
A essência da cultura,contada através de uma especie de fábula,para quem não leu um pouco a respeito,fica realmente perdido no roteiro,que através de um ritmo de filme cult nonsense,tenta misturar através de alegorias e metáforas, a realidade e a personalidade do brasileiro médio.
As frases marcantes,e as interpretações bem feitas dos personagens, dão um charme a mais no filme,e mostra que havia muita inteligência por trás ,que para muitos é só diversão sem sentido,nas entrelinhas é que esta o grande valor desta obra tupiniquim.
O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas
3.7 260 Assista AgoraSt. Elmo's Fire(O Primeiro Ano do Resto de Nossas Vidas).
Um drama/Romance,numa bela direção de Joel Schumacher,retrata a passagem de um grupo de jovens amigos,enfrentando as obrigações e responsabilidades da vida adulta.
Temos várias personalidades exploradas,e o filme consegue dar atenção a todas,algo bem dificil de acontecer nos filmes atuais.
Um grande elenco de figurinhas carimbadas em produções dos anos 80,fazem o filme ser agradável,e nos importarmos com o destino dos personagens.
St.Elmo's Fire ,faz alusão a um fenômeno,que ocorre durante as tempestades,ou seja a turbulência e energia que temos durante esta etapa da vida,conflitos e decisões que teremos que tomar,amizades e amores perdidos, além
de ser o nome do Bar de encontro deles St. Elmo's.
O final genial,com uma bela sacada do Diretor,na hora que irão entrar no Bar ,fecha com chave de ouro o filme.
Perfeição
2.6 29Perfect(Perfeição).
Um drama/Romance ,que não satisfaz nenhum nem outro,simplesmente o roteiro não consegue encaixar a trama principal,que seria o foco no lado da busca do corpo perfeito, e segue numa subtrama de reportagem que,vai e volta,ou seja duas tramas,onde não sabemos qual é a principal,e nenhuma vai de encontro a outra,uma bagunça poucas vezes vista.
Já o Romance falha ,sem química nenhuma, só o que podemos aproveitar, são as cenas da academia ,Jamie Lee Curtis no auge da forma física,e a trilha sonora,que pelos figurinos, mostra bem como eram os anos 80 e seus exageros de cores e decotes bizarros.
Já o final patético e muito forçado,fecha com chave de ouro a coleção de erros do filme.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraNomadland.
Um drama estilo documentário,onde temos sobre a perspectiva da protagonista,o desapego do estilo de vida convencional na sociedade.
Filme aborda brevemente os motivos que levam pessoas a viverem como nômades nos EUA.
Perdas, situação financeira,este em específico após a bolha de 2008,onde levou varias famílias e pessoas a optarem por este estilo de vida.
É preciso uma conexão com o propósito do filme,caso contrário não teremos um melhor experiência e entendimento das motivações da personagem,pelo fato do roteiro não ter seus atos definidos.
O desapego e a dificuldade de quem viveu a vida toda em sociedade ,em um estilo de vida convencional,derrepente tendo que mudar drasticamente seus hábitos diários,e como é difícil perder a conexão total com o antigo meio de vida,onde é abordado um breve conceito sobre os efeitos do capitalismo selvagem nos mais pobres,que optam pelo contato com a natureza e um retorno as suas origens,para tentarem resgatar sua autoestima , além de acharem um meio de se manterem com algum propósito de vida,para continuarem sua jornada,seja por meios de reuniões entre os que optam por este estilo,ou pelos que não veem mais chances de retorno a sociedade convencional.
O fato de dependerem ainda do dinheiro,gerado pelo trabalho temporário entre as diversos lugares, cria uma dualidade e deixa a questão de liberdade total uma incógnita, além de optar pelo clima frio,que remete a tristeza e solidão da jornada da protagonista e a dependência de diversos fatores para a sobrevivência diária ,nunca deixar a conexão com seu passado para trás.
Um ótimo filme e muito reflexivo,mas que precisa um engajamento do telespectador para ser devidamente aproveitado.
Meu Pai
4.4 1,2K Assista AgoraThe Father(Meu pai).
Um drama muito bem explorado na perspectiva do protagonista ,o pai interpretado por Anthony Hopkins,que faz aqui seu melhor papel na carreira,simplesmente espetacular,Olivia Colman mostra que não é a toa que ja ganhou o Oscar e merecidamente,agora como coadjuvante da um show.
Filme que vai ser lembrado por muitas gerações,e resgata o drama dos grandes filmes do gênero ,sem apelar pro melodrama e para os atalhos dos finais "Bonitinhos",sim ele veio pra ficar, assistam , filmaço essencial pro Gênero.
Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia
3.7 106Lúcio Flávio: O Passageiro da Agonia.
Baseado em fatos reais, tirado do livro homônimo,ele segue o estilo policial mais cru e realista,optando por uma narrativa mais romanciada do que a de reportagem documental.
Com um elenco de feras ,temos Reginaldo Faria na de Lúcio Flávio em uma das melhores interpretações do cinema nacional,apesar da censura , problemas de edição e do baixo orçamento,o filme não decepciona.
Hector Babenco mostra sempre um estilo próprio em suas filmagens, diálogos e cenas que retratam bem a atmosfera da época,a podridão das corporações policiais,o chamado esquadrão da morte(Uma espécie de milícia da atualidade).
Optando por mostrar o lado mais sujo e pobre do RJ, em que os bandidos estavam inseridos,em contraponto com o luxo em que alguns policiais envolvidos no esquema ,poderiam desfrutar do esquema dos roubos.
O melhor estilo de Cinema nacional é este na minha opinião,tem um pouco da influência da Nova Hollywood dos anos 70,onde o foco era mostrar a realidade nua e crua,sem fantasiar muito,o anti herói como foco,sem se importar em agradar a todos,sem moralismos baratos e apelações melodramaticas para ser classificado como "aceitável" ao grande publico.
A Testemunha Ocular
3.3 16 Assista AgoraThe Public Eye(A Testemunha Ocular).
Filme que flerta com varios temas, máfia,teoria da conspiração,romance, mas não desenvolve nenhum.
A fotografia e ambientação são o que se salvam no filme e a bela Barbara Hershey.
Tentando ser um noir sem sucesso, devido ao roteiro ser pouco coeso com as motivações dos personagens, não conseguimos criar nunca uma conexão com a trama, que se dispersa em varios assuntos,e acaba por ter um final previsível e patético,talvez para dar sentido as aspirações do protagonista podemos até aceitar o desfecho,mas é muito pouco para tamanha enrolação de cenas e conflitos que acabaram sendo geradas e não explicadas durante a trama do filme.
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraRun(Fuja).
Um thriler psicológico bem previsível,que entrega uma boa tensão, mas a necessidade de ter um plot twist nestes tipos de trama,acabam forçando a barra demais, além dos furos de roteiro e incoerências da trama, brincam demais com a inteligência do espectador.
Fora isso,entrega um andamento bom por ser bem fluida a trama,e na escassez de filmes assistiveis do genero,se torna uma boa pedida.
O Segredo
3.1 50The Chamber(O Segredo).
Um drama de tribunal,com uma boa premissa e um bom elenco,tendo como tema a segregação racial ,mas que acaba virando um melodrama confuso demais.
Gene Hackmann até tem um bom começo de filme,na pele de um racista inveterado no corredor da morte em uma penitenciária do Mississipi(EUA),mas depois é engolido pelo fraca direção,Faye Dunaway pouco explorada, só serve como suporte da trama e Chris O Donnell até se sai bem no papel,mas os atalhos , clichês e furos do roteiro,acabam deixando o filme sem direção, não sabemos as reais intenções e motivações,tendo em vista que as revelações,acontecem e aparecem sem explicação, não temos uma construção,um clímax no filme,que se arrasta em varias direções a todo momento.
Talvez o fato do protagonista (advogado)querer entender sua origem através do seu avô(condenado) , não justificaria toda mobilização feita para reabrir o caso,tendo em vista que nem ele sabia se era inocente ou culpado,e também soube somente depois que iria para camara de gás.
Portanto o filme flerta com um "ode" ao racismo, e ao mesmo tempo repudia através do melodrama,mais pela família do condenado(racista) que acabaram sofrendo com os atos dele,do que propriamente as raças e etnias perseguidas no contexto da história.
Portanto uma bagunça,que tem que ter um pouco de paciência ,pra tirar algo coerente do filme.
Difícil de Matar
2.9 125Hard to Kill(Difícil de Matar),Um bom filme policial,com elementos de máfia e ação,estrelado por Steven Seagal no papel de Manson Storm, além da bela e esposa de Seagal na época, Kelly LeBrock como coadjuvante.
Clichês e roteiro furado, não abalam o sentimento de vingança,que é o recheio desse filme,que pode ser até datado e farofa demais hoje em dia,mas tem estilo(Saudosismo aflorado),isso nem um CGI consegue fazer na maioria dos filmes atuais do gênero.
Jogo Bruto
2.9 89 Assista AgoraRawl Deal(Jogo Bruto).
Filme de ação Policial,com um roteiro bem exagerado e bagunçado,temos todos ingredientes e clichês do gênero,tiros, explosões,mortes,mafiosos fora de forma e romances mal resolvidos e a vingança como fator principal.
Arnold Schwarzenegger se consolidando no gênero após Comando para Matar,bem mais a vontade no papel,apesar das excentricidades de algumas cenas e os vários furos no roteiro,o filme agrada aos mais nostálgicos que curtem o gênero,sem ficar procurando veracidade e coerência nas ações e motivações dos personagens.
Trilha sonora dos anos 80, sempre dão um charme a mais ao filme, além dos efeitos práticos muito bem feitos.
Um Beijo Antes de Morrer
3.1 62A Kiss Before a Dying(Um beijo antes de Morrer)
Remake do filme homônimo de 1956,inspirado no romance de Ira Levin(Bebê de Rosemary).
Matt Dillon e Sean Young ,estão muito bem nos seus papéis,Um excelente Thriller noir,adaptado ao ano em que foi produzido(91),mas conservando o estilo de filmagem deste gênero policial,que se caracteriza pelo suspense e mistério,onde trama por ser boa ,deixa passar despercebido alguns furos do roteiro,concentrando-se mais no foco da trama,temos o desenrolar das motivações do Psicopata e protagonista vivido por Matt Dillon.
Já Sean Young é a cara do noir,vide seu papel em Blade Runner.
Temos também a participação do Saudoso Max Von Sydow, que esta muito bem no papel de coadjuvante.
Vale apena conferir sem comparações,mesmo já estando datado e não tendo assistido o original de 1956.
Era Uma Vez um Sonho
3.5 449 Assista AgoraHillbilly Elegy,Era uma vez um sonho,Um drama baseado em fatos reais,temos aqui uma excelente história, que se perde por optar pelo excesso de momentos dramáticos,esquecendo a construção da narrativa,temos muitas indas e vindas durante o desenrolar da história,com saltos temporais,sempre tentando justificar a cena seguinte,faltou desenvolvimento dos personagens,passando a impressão de que sempre faltava algo pra contar .
Glen Close e Amy Adams estão muito bem nos seus papéis,pena o roteiro não ajudar,por que certamente com alguns ajustes nos diálogos e o elenco de apoio qué bom ajudando,seriam fortes candidatas ao Oscar.
A Árvore da Maldição
2.9 158The Guardian,A arvore da Maldição.
Um terror/mistério,que William Friedkin resolveu ligar o F...-se,e fez uma salada de fruta com varios clichês do gênero,o tipo de filme que podemos classificar como thrash cult,que apesar dos inúmeros furos de roteiro e atalhos usados para justificar um roteiro bem non sense,acabamos por gostar da bagunça gerada,optamos pela máxima de quanto pior melhor,temos várias referências a filmes de terror dos anos 80,onde o ponto alto fica com a trilha sonora bem colocada,e até uma menção no início a grafia das letras de O Exorcista,seu clássico filme de terror.
O gore e os efeitos práticos são bem feitos, juntamente com o clima sensual e enigmático da vilã,interpretada pela bela Jenny Seagrove.
O Som do Silêncio
4.1 988 Assista AgoraSound of Metal(O Som do silêncio),Um drama bem agoniante e imersivo,onde a intenção é sentir juntamente com o protagonista,as mudanças e as perspectivas na vida de quem perde a audição.
Após a perda abrupta da audição ,ter que aceitar um novo mundo,com novas pessoas e um silêncio que era o oposto da vida de músico que levava ,em shows onde o som alto era a tônica.
O Fato de ser um ex viciado em Heroína,e sua namorada também ,ambos vendo seu futuro ficar incerto após a surdez.
Um ponto de vista que tive,sobre o romance do casal,é que pelo fato de serem de mundos diferentes ,ela rica e ele não ,porém mais a frente mostra que ambos precisavam um do outro naquele momento, mais para saírem de um problema maior,que eram as drogas,que não é mostrada no filme apenas citada.
Ela (Lou)sente o fardo de ter que enfrentar este problema com ele,o Pai dela aproveita desta situação,para se aproximar e inseri-la no meio mais rico de convivências,que sempre foi sua intenção.
Já Rubem, na comunidade de surdos, aprende alem da aceitação da perda auditiva que o filme propõe,um novo conceito de vida ,onde as coisas não devem ser forçadas,e isto após ele sair e reencontrar Lou , não tão animada como antes,faz ele enxergar os ensinamentos que teve antes da operação para o implante de uma prótese auditiva,que o fez ouvir novamente,mas não como antes,os sons não pareciam os mesmos,ou seja terá um mundo a parte só dele por este motivo.
No final a quietude após ele tirar a prótese,revela bem o que o chefe da comunidade queria que ele aprendesse, que seria apreciar e se acostumar com o silêncio ,encarando como uma dádiva,mesmo no meio de tantos sons,sino da igreja tocando ,carros,pessoas falando,ele esta ali não sentindo incomodo com a falta de sons ao seu redor.
Eles Vivem
3.7 734 Assista AgoraThey Live(Eles Vivem),uma thrasheira do mestre John Carpenter,que para criar uma crítica ao sistema capitalista, em um filme feito para o público capitalista, portanto teve que abrir conceções e abraçar a ação galhofa dos filmes do gênero,aliado a uma ficção científica bem em alta na época, para chamar a atenção e dar ênfase a crítica ,tudo para alcançar seus objetivos.
Na trama temos os estereótipos dos americanos dos anos 80(bem atual nos dias de hoje),patriota e egoísta ,que não quer "enchergar" a manipulação do sistema sobre suas vidas,a competição por migalhas que são deixadas pelos que comandam o "show".
As mensagens subliminares,vistas por quem tem o óculos,lentes,posteriormente,criam uma metáfora, de que a verdade é sem "cor" e vista só por aqueles que se dispõem a usar este acessório.
Interpretações a parte,o filme não será interessante,para quem se dispor a ver o filme somente como entretenimento descartável,como muitos que vêem o filme e não gostam ,se esta for a proposta inicial ,melhor passar longe deste.
Entre Dois Amores
3.7 239 Assista AgoraOut of África,um drama/romance,temos aqui uma belo filme, na sua fotografia que remete muito aos planos abertos e a beleza da África e sua exploração feita pelos europeus no começo do século 20,impondo seus costumes as tribos nativas da região,o Imperialismo como solução de desenvolvimento,onde os burgueses e aristocratas,ganhavam terras e mão de obra escrava para desenvolverem seus negócios.
Meryl Streep,Robert Redford e Klaus Maria Brandauer, estão magníficos em seus papéis,cada um mostrando suas diferenças ,através de varias visões de mundo,tanto no amor,como no trabalho e no modo de levar suas vidas.
A força da mulher e sua determinação ,em romper os obstáculos da época,tendo que tomar decisões que geralmente cabiam aos homens ,tentando quebrar o sistema cultural dos nativos e levando mais humanidade e alfabetização as tribos que trabalhavam em suas terras.
Filme pra quem gosta de se conectar com o enredo através dos diálogos e acontecimentos,que vai entregando seu valor aos poucos ,sem apelar para um romance e seus desfechos triviais,e nem para o melodrama,uma obra que emana poesia,a utopia de que podemos mudar o mundo e as pessoas,talvez seja o foco da trama,que acaba passando uma mensagem de que podemos fazer nosso melhor, sem esperar sempre uma retribuição do destino,apenas aceitar e seguir em frente, com as dores e alegrias da vida.
Sleepers: A Vingança Adormecida
3.9 465 Assista AgoraSleepers,Um drama baseado em eventos reais,que reúne um grande elenco de atores poucas vezes visto.
Filme aborda um tema central forte,mas além deste temos outros aspectos bem explorados, como,amizade,lealdade,vingança,trauma e reparação.
Filme revisto,e que continua bem depois de mais de 25 anos de seu lançamento,que apesar das 2 horas e meia de rodagem,passam bem rápido,por ter uma narrativa agradável e uma construção de arco dos personagens bem feita.
Optando por dividir o filme em infância e vida adulta dos protagonistas,e com alguns usos do flashback mais pro final,pra justificar e acentuar o propósito da trama, que é reparação e vingança.