É bem ingênuo dizer que esse filme é semelhante a 50 tons de cinza, principalmente pelo fato de que Lee gostou do que aconteceu desde o começo, assim como as demais secretárias do Grey.
Para quem é leigo em BDSM pode parecer que ele assediou ela, mas é só ter o mínimo de atenção no filme para perceber que ele a observou desde o primeiro momento antes de tomar uma atitude. E que ainda durante os atos sadomasoquistas ele tomava o cuidado de não ultrapassar os limites dela (como quando ele não transou com ela, mesmo querendo. Ou quando mandou ela embora por se sentir abusando do papel que tinha na vida dela). Não se assemelha em nada com um caso de assédio. Essa é a grande diferença entre sadomaquismo e abuso, concessão e o prazer. Ela tinha prazer em obedecer e se sentia protegida, como nunca antes. Já em 50 tons de cinza (pelo menos no primeiro filme, não li os livros e os demais filmes não saíram ainda) o dominador tenta impor os gostos dele na garota, e ela tenta aceitar por amor, atitude essa que fere as regras BDSM e sujam a imagem do mesmo.
Quem tem o mínimo senso do que é BDSM sabe que a comparação entre os dois filmes é absurda.
Como muitos já disseram aqui, além de ser um filme sobre sadomaquismo, é um filme sobre amor. Amor fora da caixinha do senso comum.
No segundo minuto de filme eu já estava chorando. O primeiro passo para fazer com que seja possível cometer atrocidades com um ser é "desumanizar". Será que se um desses garotos vissem as mulheres como um ser vivo, assim como eles, eles seriam capazes de fazer as coisas que fizeram? "A mulher é o negro do mundo", como disse John Lennon.
Eu adorei o questionamento que ele traz sobre a ausência de democracia nos ambientes de trabalho. Gostando ou não, a maior parte do nosso tempo útil é gasto dentro de uma empresa, consequentemente, nós vivemos a maior parte do tempo em um ambiente onde reina o despotismo. Gostei da forma como esse tema foi abordado, pois foi breve e claro. Acho que todo documentário podia ter sido feito dessa forma. Mas os demais pontos foram abordados em um ritmo meio maçante. Não dá pra negar o sensacionalismo, porém, na minha opinião existem alguns temas que requerem uma dose de sensacionalismo, pois as pessoas estão tão inertes na alienação que só uma boa dose de realidade jogada na cara consegue fazê-las questionar as coisas um pouquinho. Se você disser ''existem judeus sendo torturados" as pessoas ficam "ó, que triste. Uma pena né" e seguem suas vidas. Se você mostra os judeus sendo torturados, se esfrega na cara delas o que está acontecendo, aí elas podem pensar em se mover. Mesmo assim essa lógica deve ser usada com cuidado, não é em qualquer situação que o sensacionalismo cabe (na verdade, em pouquíssimas). Quanto às preferência do diretor citadas aqui abaixo, eu também notei, mas não acho que isso invalide os fatos que ele mostrou, só acho que ele preferiu não mostrar tudo.
Meio difícil se encantar com esse filme já tendo lido o livro. Truffaut conseguiu matar muito do espírito da história graças a suas alterações desnecessárias e que parecem ter sido feitas por puro capricho.
Não gostei da mudança de idade da Clarisse e nem de sua permanência ao longo de toda história, pois acho que ela faz um ótimo personagem no momento de despertar Montag, abrir seus olhos, porém quando se trata de orientar Montag nesse novo mundo que ele agora era capaz de enxergar, acredito que Faber foi muito mais eficiente até por suas experiências de vida - ao contrário da Clarisse do filme. E, ao ler o livro eu senti na Clarisse aquele ar juvenil de quem quer desbravar o mundo, coisa típica de quem está naquela idade. Porém não consegui sentir esse espírito na interpretação de Julie Christie. A morte de Clarisse também teve um papel fundamental no rancor de Montag contra o Estado. Senti também falta da distância entre Montag e Linda (Mildred no livro), que no filme são muito mais próximos do que na estória original. Linda parece se doer muito por entregar Montag, enquanto pra Mildred Montag parecia ser algo substituível. A relação de Linda com as tecnologias da época e com as demais mulheres também pareceu muita vaga, enquanto no livro essas relações parecem muito mais fortes do que o próprio casamento dos dois. O Capitão Beatty do livro soa como um homem extremamente eloquente, daquele tipo de pessoa que parece estar lendo seus pensamentos e conhecer todas suas fraquezas. Truffaut não conseguiu passar isso no capitão do filme. Quanto a ausência de Sabujo, imaginei que Truffaut não quisesse pesar muito na parte tecnológica, até porque os recursos da época não eram os melhores. Porém quando vi aqueles homens flutuando percebi que a ausência do Sabujo também devia ser um capricho do diretor na sua ânsia de mudar desnecessariamente a estória.
Resumindo, o filme foi uma grande decepção. Não acho que os diretores tenham a obrigação de fazer os filmes iguais aos livros quando vão se basear. Porém, se for pra fazer diferente, que seja pra melhor - o que não foi o caso.
Muito tendencioso. Só uma empresa é analisada, e baseado nessa análise o documentário julga toda a indústria da pornografia. O problema não é a pornografia em si, mas sim a falta de fiscalização/regulamentação que faz com que pessoas de má fé possam agir livremente. Isso torna a pornografia (e a prostituição) um meio ''ótimo'' de enganar meninas sonhadoras. Mas isso não significa que toda empresa pornográfica tenha isso como objetivo. A cada dia que passa existem mais empresas no ramo pornográfico que se preocupam com o bem estar dos seus atores, e com romper essa degradação da imagem feminina, é só procurar. Infelizmente o pornô reflete muito do que nossa sociedade é, uma sociedade que gosta de ver a mulher humilhada e dominada. E eu não me refiro ao sadomasoquismo, mas sim ao machismo, que existe não só nesse ramo mas em qualquer outra empresa que você for analisar. Pega uma empresa qualquer e dá uma observada na hierarquia de cargos, de salários, e depois me diz em qual posição as mulheres da empresa estão. Provavelmente nas mais baixas. A pornografia não escaparia disso, e pela falta de regulamentação (repito pela milésima vez) esse mal se agrava.
As repetições são BEM desnecessárias mesmo, como já comentaram aqui. Mas não a ponto de estragar o filme por completo. Acho que ele é mais uma forma de validar o documentário que veio antes dele, O Milagre de Gerson.
Até onde sei, a polícia está aí pra fazer com que as leis sejam cumpridas, não é? Então porque pressionar só as empresas? Senti falta da pressão no governo atrás das justificativas pela falta de fiscalização e punição dos criminosos. As empresas têm grande parte na parcela de culpa, mas não são só elas. A partir do momento que existe uma lei proibindo algo, nós temos a falsa ilusão de que também existem pessoas competentes fazendo essa lei ser cumprida. Onde estão essas pessoas?
A cena na qual um garotinho coloca as mãos atrás da cabeça ao ver um soldado me fez imaginar quantas coisas ruins aquele menino já presenciou em sua curta vida.
O nivelamento do áudio não é o melhor, mas ele cumpre o que promete. Particularmente, eu gostei bastante pois o que importava mesmo para mim, que era o tema, foi bem exposto, incluindo visões positivas e negativas. Num geral, ele é simples e eficaz.
Fica pendendo entre pornô e filme, mas não preenche devidamente nenhum dos gêneros. Mostra pouco demais para ser pornô, e tem história de menos para ser um filme convencional. Porém, creio que essa seja a intenção desse estilo de filme, então não é como se o diretor tivesse fracassado. A fotografia é linda, e shibari mais tatuagem yakuza é de acabar com o coração.
As cenas finais, com aquela música de fundo, deram um tapa na minha cara. É interessante o filme não precisar de muito para nos tocar. O diretor conseguiu captar a profundidade de situações e dilemas cotidianos, a fragilidade da existência. Uma palavra dita pode te tornar tanta coisa.
Fazer um filme é um grande desafio. As vezes você quer que a cena passe determinada sensação, mas devido a um ângulo errado ou qualquer mísero detalhe a cena passa uma sensação completamente diferente. Para mim esse filme é um exemplo disso, pois ele tinha tudo para ser, mas não foi.
O filme arrasta-se lentamente, tornando-se tedioso e repetitivo. Ratifico a opinião já dada aqui por outros de que deveria ser um curta. Pela criatividade contida nas capas da trilogia, esperava que houvesse mais da mesma no filme. Apesar de que não dá para negar que os ângulos fogem do padrão, e isso causa mais agonia do que as cenas em si.
Acho que já fiz uma crítica, mas estava aqui vendo um pedaço do filme de novo e outros pontos vieram a tona. Ao contrário do que a maioria das pessoas enxergam desse filme (e eu a primeira vista enxerguei), ele não é tão supérfluo quanto soa (ou pode até ser, e a profundidade está no meu olhar, não no filme. Decidam por si mesmos). Ela mostra uma filosofia real, há um ar de hedonismo misturado com geração-rede-social. Nós sabemos muito bem que nenhum de nós vive de citações filosóficas no dia-a-dia, ou de frases de impacto. A filosofia do dia-a-dia é a ação e o silêncio escondido detrás de tanta palavras vazias. Homens e mulheres com corpos bronzeados e malhados, sexo sem pudores - quanto mais e mais intenso melhor, drogas diversas, e toda a diversão que o dinheiro e o poder podem te dar dentro da sociedade capitalista. A vida para ostentar um sorriso no rosto, uma selfie de um dia perfeito, uma cama cheia de mulheres... "live life to the fullest". É isso que nos ensinam desde crianças. Que de alguma forma nós devemos chegar ao cume, à vida perfeita. No caso dos personagens do filme, a escolha foi chegar ao topo da maneira que parecia mais viável. Para quem já viveu ou vive em bairros pobres, favelas e derivados, o filme é um retrato perfeito dessa realidade. A 'vida loka' - você morre cedo, mas morre no topo. Você vive uma vida de medo (não admite, mas há medo), de caça, de violência, uma vida efêmera e em troca você consegue sentir o gosto do que seria ter nascido em uma posição privilegiada. Havia um vazio no olhar do Alien (James Franco).
Quando as meninas ricas enxergam tudo que há por trás daquela ostentação, dos dentes de ouro e das roupas de grife, nossa! Essa é definitivamente uma parte substancial do filme. Elas conseguem enxergar o que há detrás do "get rich or die tryin". O poder leva a violência, e o preço a se pagar é alto. Ninguém esperava a morte, afinal, não é isso que se posta no instagram, muito menos se coloca no seu videoclip para passar na MTV.
Provavelmente os fãs das meninas e do James assistiram o filme a procura de algum filme Sessão da Tarde, um lazer, ou então uma filosofia escancarada e grátis. Esse filme não é exatamente isso. Você é quem deve enxergar a filosofia dele, não ficar esperando que o diretor coloque ela de colherzinha na sua boca. P.S.: Achei o filme extremamente excitante - no sentido carnal da palavra. Muito mais que Ninfomaníaca. Mas talvez seja porque eu estava esperando loucamente uma cena de sexo grupal com o James Franco e as meninas.
É, basicamente, um making off do site Kink, mostrando que por trás das câmera tudo ocorre de maneira saudável e consensual. Também expõe alguns dilemas como a visão que as feministas costumam ter do trabalho que eles fazem, e os motivos que levam as mulheres a quererem trabalhar na área.
Por ser considerado um clássico, eu esperei mais dele. Isso não significa que ele é ruim, mas sim que quem for assisti-lo deve aguardar apenas alguns minutos de distração não uma grande filosofia de vida. É um filme leve, e apesar de abordar alguns ''temas pesados'' faz isso de maneira leve, então parece que está sendo abordada qualquer coisa menos o que realmente é. Não é chocante, e também não é muito hilário. Mas, como eu já disse, não é um filme ruim. Divine carrega o filme nas costas com aquele jeito feminino e gracioso.
Não sei nem descrever meu amor por kick-ass. Acho todas piadas tão... reais! Daquele tipo de piada que fala contigo, que tem a ver com a nossa realidade. E os personagens também têm essa característica. Isso está tanto no filme quanto na HQ.
a não ser que o Diabo estivesse mentindo (o que não seria uma surpresa) que eu saiba o Diabo odeia os seres humanos, não o admira ou é humanista. Mas creio que entendi o que o personagem quis dizer.
Quando fiquei sabendo sobre GG Allin pela primeira vez achei ele um completo idiota com uma vida descartável. Mas por trás de toda essa loucura existe lucidez. "Há uma ligação entre a insanidade e a genialidade".
Esse filme deixou uma lacuna enorme em meu peito. É de uma sensibilidade enorme, e o diretor foi bem sucedido ao tentar colocar o espectador na pele de cada personagem. É uma viagem dentro da mente do homem pós-moderno, que busca preencher o vazio que assombra sua existência com coisas efêmera, desde as mais simples até o que podemos considerar a decadência do ser. Quando a bebida, o sexo, e todas as formas de pão e circo parecem não funcionar mais eles buscam na decadência algo que torne-os completos. Em vão. Há também uma belíssima crítica aos sonhos/anseios da sociedade ocidental.
Está na minha lista de ''filmes que te fazem encarar o abismo que existe no seu peito".
Secretária
3.5 296É bem ingênuo dizer que esse filme é semelhante a 50 tons de cinza, principalmente pelo fato de que Lee gostou do que aconteceu desde o começo, assim como as demais secretárias do Grey.
Para quem é leigo em BDSM pode parecer que ele assediou ela, mas é só ter o mínimo de atenção no filme para perceber que ele a observou desde o primeiro momento antes de tomar uma atitude. E que ainda durante os atos sadomasoquistas ele tomava o cuidado de não ultrapassar os limites dela (como quando ele não transou com ela, mesmo querendo. Ou quando mandou ela embora por se sentir abusando do papel que tinha na vida dela). Não se assemelha em nada com um caso de assédio. Essa é a grande diferença entre sadomaquismo e abuso, concessão e o prazer. Ela tinha prazer em obedecer e se sentia protegida, como nunca antes.
Já em 50 tons de cinza (pelo menos no primeiro filme, não li os livros e os demais filmes não saíram ainda) o dominador tenta impor os gostos dele na garota, e ela tenta aceitar por amor, atitude essa que fere as regras BDSM e sujam a imagem do mesmo.
Quem tem o mínimo senso do que é BDSM sabe que a comparação entre os dois filmes é absurda.
Como muitos já disseram aqui, além de ser um filme sobre sadomaquismo, é um filme sobre amor. Amor fora da caixinha do senso comum.
Filha da Índia
4.6 122No segundo minuto de filme eu já estava chorando.
O primeiro passo para fazer com que seja possível cometer atrocidades com um ser é "desumanizar". Será que se um desses garotos vissem as mulheres como um ser vivo, assim como eles, eles seriam capazes de fazer as coisas que fizeram?
"A mulher é o negro do mundo", como disse John Lennon.
Capitalismo: Uma História de Amor
4.0 221Eu adorei o questionamento que ele traz sobre a ausência de democracia nos ambientes de trabalho. Gostando ou não, a maior parte do nosso tempo útil é gasto dentro de uma empresa, consequentemente, nós vivemos a maior parte do tempo em um ambiente onde reina o despotismo. Gostei da forma como esse tema foi abordado, pois foi breve e claro. Acho que todo documentário podia ter sido feito dessa forma. Mas os demais pontos foram abordados em um ritmo meio maçante.
Não dá pra negar o sensacionalismo, porém, na minha opinião existem alguns temas que requerem uma dose de sensacionalismo, pois as pessoas estão tão inertes na alienação que só uma boa dose de realidade jogada na cara consegue fazê-las questionar as coisas um pouquinho. Se você disser ''existem judeus sendo torturados" as pessoas ficam "ó, que triste. Uma pena né" e seguem suas vidas. Se você mostra os judeus sendo torturados, se esfrega na cara delas o que está acontecendo, aí elas podem pensar em se mover. Mesmo assim essa lógica deve ser usada com cuidado, não é em qualquer situação que o sensacionalismo cabe (na verdade, em pouquíssimas).
Quanto às preferência do diretor citadas aqui abaixo, eu também notei, mas não acho que isso invalide os fatos que ele mostrou, só acho que ele preferiu não mostrar tudo.
A Caixa
2.5 2,0KGostei da filosofia de que o bem da humanidade depende da bondade que há em nós, e na nossa capacidade de exercê-la.
Fahrenheit 451
4.2 418Meio difícil se encantar com esse filme já tendo lido o livro. Truffaut conseguiu matar muito do espírito da história graças a suas alterações desnecessárias e que parecem ter sido feitas por puro capricho.
Não gostei da mudança de idade da Clarisse e nem de sua permanência ao longo de toda história, pois acho que ela faz um ótimo personagem no momento de despertar Montag, abrir seus olhos, porém quando se trata de orientar Montag nesse novo mundo que ele agora era capaz de enxergar, acredito que Faber foi muito mais eficiente até por suas experiências de vida - ao contrário da Clarisse do filme. E, ao ler o livro eu senti na Clarisse aquele ar juvenil de quem quer desbravar o mundo, coisa típica de quem está naquela idade. Porém não consegui sentir esse espírito na interpretação de Julie Christie. A morte de Clarisse também teve um papel fundamental no rancor de Montag contra o Estado.
Senti também falta da distância entre Montag e Linda (Mildred no livro), que no filme são muito mais próximos do que na estória original. Linda parece se doer muito por entregar Montag, enquanto pra Mildred Montag parecia ser algo substituível. A relação de Linda com as tecnologias da época e com as demais mulheres também pareceu muita vaga, enquanto no livro essas relações parecem muito mais fortes do que o próprio casamento dos dois.
O Capitão Beatty do livro soa como um homem extremamente eloquente, daquele tipo de pessoa que parece estar lendo seus pensamentos e conhecer todas suas fraquezas. Truffaut não conseguiu passar isso no capitão do filme.
Quanto a ausência de Sabujo, imaginei que Truffaut não quisesse pesar muito na parte tecnológica, até porque os recursos da época não eram os melhores. Porém quando vi aqueles homens flutuando percebi que a ausência do Sabujo também devia ser um capricho do diretor na sua ânsia de mudar desnecessariamente a estória.
Resumindo, o filme foi uma grande decepção.
Não acho que os diretores tenham a obrigação de fazer os filmes iguais aos livros quando vão se basear. Porém, se for pra fazer diferente, que seja pra melhor - o que não foi o caso.
Hot Girls Wanted
3.3 196 Assista AgoraMuito tendencioso. Só uma empresa é analisada, e baseado nessa análise o documentário julga toda a indústria da pornografia. O problema não é a pornografia em si, mas sim a falta de fiscalização/regulamentação que faz com que pessoas de má fé possam agir livremente. Isso torna a pornografia (e a prostituição) um meio ''ótimo'' de enganar meninas sonhadoras. Mas isso não significa que toda empresa pornográfica tenha isso como objetivo. A cada dia que passa existem mais empresas no ramo pornográfico que se preocupam com o bem estar dos seus atores, e com romper essa degradação da imagem feminina, é só procurar.
Infelizmente o pornô reflete muito do que nossa sociedade é, uma sociedade que gosta de ver a mulher humilhada e dominada. E eu não me refiro ao sadomasoquismo, mas sim ao machismo, que existe não só nesse ramo mas em qualquer outra empresa que você for analisar. Pega uma empresa qualquer e dá uma observada na hierarquia de cargos, de salários, e depois me diz em qual posição as mulheres da empresa estão. Provavelmente nas mais baixas. A pornografia não escaparia disso, e pela falta de regulamentação (repito pela milésima vez) esse mal se agrava.
Cristo Rei
2.2 4Se alguém nesse mundo tiver o link dele para download, passem para mim, por gentileza.
Morrendo Por Não Saber
3.9 6As repetições são BEM desnecessárias mesmo, como já comentaram aqui. Mas não a ponto de estragar o filme por completo. Acho que ele é mais uma forma de validar o documentário que veio antes dele, O Milagre de Gerson.
O Lado Negro do Chocolate
3.9 32Até onde sei, a polícia está aí pra fazer com que as leis sejam cumpridas, não é? Então porque pressionar só as empresas? Senti falta da pressão no governo atrás das justificativas pela falta de fiscalização e punição dos criminosos. As empresas têm grande parte na parcela de culpa, mas não são só elas. A partir do momento que existe uma lei proibindo algo, nós temos a falsa ilusão de que também existem pessoas competentes fazendo essa lei ser cumprida. Onde estão essas pessoas?
Celular Manchado de Sangue
4.4 4A cena na qual um garotinho coloca as mãos atrás da cabeça ao ver um soldado me fez imaginar quantas coisas ruins aquele menino já presenciou em sua curta vida.
A Transição
3.7 7O nivelamento do áudio não é o melhor, mas ele cumpre o que promete. Particularmente, eu gostei bastante pois o que importava mesmo para mim, que era o tema, foi bem exposto, incluindo visões positivas e negativas. Num geral, ele é simples e eficaz.
Flower and Snake
3.1 5Fica pendendo entre pornô e filme, mas não preenche devidamente nenhum dos gêneros. Mostra pouco demais para ser pornô, e tem história de menos para ser um filme convencional. Porém, creio que essa seja a intenção desse estilo de filme, então não é como se o diretor tivesse fracassado. A fotografia é linda, e shibari mais tatuagem yakuza é de acabar com o coração.
22 de Maio
3.9 22 Assista AgoraAs cenas finais, com aquela música de fundo, deram um tapa na minha cara. É interessante o filme não precisar de muito para nos tocar. O diretor conseguiu captar a profundidade de situações e dilemas cotidianos, a fragilidade da existência. Uma palavra dita pode te tornar tanta coisa.
Moebius
3.3 100Fazer um filme é um grande desafio. As vezes você quer que a cena passe determinada sensação, mas devido a um ângulo errado ou qualquer mísero detalhe a cena passa uma sensação completamente diferente. Para mim esse filme é um exemplo disso, pois ele tinha tudo para ser, mas não foi.
Slaughtered Vomit Dolls
2.3 55O filme arrasta-se lentamente, tornando-se tedioso e repetitivo. Ratifico a opinião já dada aqui por outros de que deveria ser um curta.
Pela criatividade contida nas capas da trilogia, esperava que houvesse mais da mesma no filme. Apesar de que não dá para negar que os ângulos fogem do padrão, e isso causa mais agonia do que as cenas em si.
Spring Breakers: Garotas Perigosas
2.4 2,0K Assista AgoraAcho que já fiz uma crítica, mas estava aqui vendo um pedaço do filme de novo e outros pontos vieram a tona.
Ao contrário do que a maioria das pessoas enxergam desse filme (e eu a primeira vista enxerguei), ele não é tão supérfluo quanto soa (ou pode até ser, e a profundidade está no meu olhar, não no filme. Decidam por si mesmos).
Ela mostra uma filosofia real, há um ar de hedonismo misturado com geração-rede-social. Nós sabemos muito bem que nenhum de nós vive de citações filosóficas no dia-a-dia, ou de frases de impacto. A filosofia do dia-a-dia é a ação e o silêncio escondido detrás de tanta palavras vazias.
Homens e mulheres com corpos bronzeados e malhados, sexo sem pudores - quanto mais e mais intenso melhor, drogas diversas, e toda a diversão que o dinheiro e o poder podem te dar dentro da sociedade capitalista. A vida para ostentar um sorriso no rosto, uma selfie de um dia perfeito, uma cama cheia de mulheres... "live life to the fullest". É isso que nos ensinam desde crianças. Que de alguma forma nós devemos chegar ao cume, à vida perfeita. No caso dos personagens do filme, a escolha foi chegar ao topo da maneira que parecia mais viável.
Para quem já viveu ou vive em bairros pobres, favelas e derivados, o filme é um retrato perfeito dessa realidade. A 'vida loka' - você morre cedo, mas morre no topo. Você vive uma vida de medo (não admite, mas há medo), de caça, de violência, uma vida efêmera e em troca você consegue sentir o gosto do que seria ter nascido em uma posição privilegiada.
Havia um vazio no olhar do Alien (James Franco).
Quando as meninas ricas enxergam tudo que há por trás daquela ostentação, dos dentes de ouro e das roupas de grife, nossa! Essa é definitivamente uma parte substancial do filme. Elas conseguem enxergar o que há detrás do "get rich or die tryin". O poder leva a violência, e o preço a se pagar é alto. Ninguém esperava a morte, afinal, não é isso que se posta no instagram, muito menos se coloca no seu videoclip para passar na MTV.
Provavelmente os fãs das meninas e do James assistiram o filme a procura de algum filme Sessão da Tarde, um lazer, ou então uma filosofia escancarada e grátis. Esse filme não é exatamente isso. Você é quem deve enxergar a filosofia dele, não ficar esperando que o diretor coloque ela de colherzinha na sua boca.
P.S.: Achei o filme extremamente excitante - no sentido carnal da palavra. Muito mais que Ninfomaníaca. Mas talvez seja porque eu estava esperando loucamente uma cena de sexo grupal com o James Franco e as meninas.
Ayahuasca, Eu e a Serpente
3.7 2Legendado:
https://www.youtube.com/watch?v=qDDNgT9KgLM
Kink
3.5 8É, basicamente, um making off do site Kink, mostrando que por trás das câmera tudo ocorre de maneira saudável e consensual. Também expõe alguns dilemas como a visão que as feministas costumam ter do trabalho que eles fazem, e os motivos que levam as mulheres a quererem trabalhar na área.
Pink Flamingos
3.4 879Por ser considerado um clássico, eu esperei mais dele. Isso não significa que ele é ruim, mas sim que quem for assisti-lo deve aguardar apenas alguns minutos de distração não uma grande filosofia de vida.
É um filme leve, e apesar de abordar alguns ''temas pesados'' faz isso de maneira leve, então parece que está sendo abordada qualquer coisa menos o que realmente é.
Não é chocante, e também não é muito hilário. Mas, como eu já disse, não é um filme ruim. Divine carrega o filme nas costas com aquele jeito feminino e gracioso.
"Mama, that's just egg paranoia"
Oh! Rebuceteio
3.2 104O melhor de tudo é a empolgação do diretor - as frases de incentivo dele e aquele olhar vidrado.
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraNão sei nem descrever meu amor por kick-ass. Acho todas piadas tão... reais! Daquele tipo de piada que fala contigo, que tem a ver com a nossa realidade. E os personagens também têm essa característica. Isso está tanto no filme quanto na HQ.
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraA única 'ponta" que reparei no filme foi:
a não ser que o Diabo estivesse mentindo (o que não seria uma surpresa) que eu saiba o Diabo odeia os seres humanos, não o admira ou é humanista. Mas creio que entendi o que o personagem quis dizer.
Hated: GG Allin and the Murder Junkies
3.7 74Quando fiquei sabendo sobre GG Allin pela primeira vez achei ele um completo idiota com uma vida descartável. Mas por trás de toda essa loucura existe lucidez. "Há uma ligação entre a insanidade e a genialidade".
Um Vazio no Meu Coração
2.8 70Esse filme deixou uma lacuna enorme em meu peito. É de uma sensibilidade enorme, e o diretor foi bem sucedido ao tentar colocar o espectador na pele de cada personagem.
É uma viagem dentro da mente do homem pós-moderno, que busca preencher o vazio que assombra sua existência com coisas efêmera, desde as mais simples até o que podemos considerar a decadência do ser.
Quando a bebida, o sexo, e todas as formas de pão e circo parecem não funcionar mais eles buscam na decadência algo que torne-os completos. Em vão.
Há também uma belíssima crítica aos sonhos/anseios da sociedade ocidental.
Está na minha lista de ''filmes que te fazem encarar o abismo que existe no seu peito".