Nos filmes dessa moça cê tem que estar sem pressa e com leveza nos pés. Alice vai te situando devagarin... Ela manja e gosta de retratar essas pessoas-anjo, né. Imaculadas, incompreendidas, meio enjauladas em si mesmas. Aqui, diferente do Lázaro (de "Feliz como Lázaro"), Marta tem uma fera bruta e maravilhosa dentro dela! Tomara que ela consiga soltar... torcendo por essa kid. Esse filme não me tocou taanto (mesmo que no final tenha ficado com cara de besta sorrindo) mas é bom. Agora vi os 3 filmes da Alice Rohrwacher e deu pra sacar da linguagem dela, eu gosto!! É flutuante
ps: igreja católica é chatinha e mei brega msm em qualquer canto kkkk
Lindo ver como as coisas humanas se encontram umas com as outras no tempo. E aqui o encontro é pela arte, espaço onde o Inconsciente consegue se manifestar sem as amarras da lógica e da linguagem em palavra. A relação de Adelina com sua mãe é uma relação com AS mães. As várias mães mitológicas e seus arquétipos, a figura feminina...
Um novelão, só que com argumentos afetivos-intelectuais muito bem elaborados. Divertidíssimo, brega pra caralh, sem pudor, cruel, texto incrível. Adorei assistir!
"Eu quero envelhecer sozinho, não quero exibir pra ninguém o espetáculo da minha velhice"
Eu não saquei essa nota baixa... gostei bastante desse filme, e é um balde cheio pra várias discussões importantes sobre saúde mental e outras formas de subjetivação no mundo (que não as social e moralmente consideradas 'ok'). E achei super representativo e próximo da realidade o desenvolvimento da questão da personagem.
A 'loucura' tem sua face que faz sofrer, - vide a dificuldade dela de se relacionar mais intensamente com as pessoas etc - Faz sofrer porque é uma avalanche no psiquismo, mas também porque nosso funcionamento social não permite nenhuma manifestação de vida que fuja do que colocamos como "normal". Nesse filme, o que se faz é adentrar a narrativa de delírio e fantasia da personagem, fazendo a gente entender/sentir de onde vem suas simbolizações e como funcionam seus mecanismos. Aqui, há a face da fantasia que tem poder de criar o colapso mas também a que aproxima do divino, a cena
É muito doido que o roteiro é pesado, cheio de mortes, separações e solidão, mas nada fica muito carregado, logo se passa pra outra coisa, e outra, e outra... Vários sofrimentos e no final a impressão é de que a vida é linda, mesmo com tudo isso (e por causa de tudo isso). Achei bom, não estava afim de sofrer kkkk
Sublime, violento, feminino. Do realismo-mágico ao lugar mais cru do amor... Tudo flutua aqui. Boia. E depois afoga. Mas no meio do afogar se aprende a respirar n'água. “Feliz como Lázaro” foi o último filme que me tocou de forma parecida com esse. A vida em seu lugar mais fundo. Porra, como é incrível assistir uma obra que narra numa ótica feminina. Me senti em casa. Senti muita coisa!!!!!!! Sobre a ritualização da vida, sobre o silêncio que o amor faz...
Ver esse filme no cinema foi lindo... Malick cria uma atmosfera silenciosa, densa. A gente entra na intimidade das personagens, das pedras, das nuvens, da água. A natureza é personagem. É o próprio Deus que ali se busca, é redenção, Paraíso vivo. A voz narrativa faz quase sentir o gosto da língua de quem diz, como se escutasse a palavra antes dela se fazer na boca. Os diálogos são filosóficos, mas não rola uma "intelectualização" forçada, é bonito, é verdadeiro. Do Malick, até então, só assisti esse e "A Árvore da Vida", amei os dois, cada imagem é um acontecimento. <3
Na espera da morte, a cena do beijo entre Franz e o colega... meu deus. Foi de lascar. Lembrei de uma fala do filme O Beijo no Asfalto: "é lindo beijar quem tá morrendo".
A solidão dos Homens, devorando suas vísceras e as expondo... mas não muito. O desejo permanece escondido um do outro, choro e medo também. A face mostrada é a da violência. Mas por trás (e por frente) da agressão e do trono está escancarada toda fraqueza e carência.
É muito tempo só, você já nem é mais um ser humano, diz Ephraim ao velho Thomas.
Ou se é inumano, ou se chegou a extremidade do ser gente. Com toda podridão e fedor. Deus e o Diabo na terra da Água. Deus e Homem, Diabo e Homem. As animalidades e humanidades se confundem e se arregaçam. A punheta da angústia. Mas a angústia não se vai com a porra.
A Luz é aquela coisa bela-assustadora-grandiosa-insustentável. O riso desesperado de quem vê a Luz... muito forte essa cena. Aliás, só tem cena forte. O rosto do Dafoe sozinho já é um escândalo, pense...
O filme termina e ficam umas borboletas-fadas-abelhas no estômago. Dá vontade de beber luz. A cena da caverna é belíssima, dois corpos-sombra oníricos dançando, brincando... Essa Alice Rohrwacher aí é massa.
Eu nem curto super heróis/vilões, mas esse filme aqui é sobre uma pessoa. Sobre Arthur. Poderia ser e é alguém por aí. O filme coloca a gente bem perto do personagem - e a atuação siniiiiiiiisssssssstra do Joaquin também produz isso. Essa intimidade com Arthur me fez encarar os assassinatos como um expurgo que gritava pra sair, me senti aliviada. E isso não é romantizar a violência ou justiça com as próprias mãos, vi e senti essas mortes enquanto símbolo, e não um ato em si (o de matar). É um alívio psíquico, o Arthur mata o outro, mas na verdade mata algo dentro de si para que o Coringa tenha seu nascimento. Se tornar Coringa parece ser sua única saída, já que todo o resto lhe foi negado: afeto e cuidado, acesso a um serviço de saúde mental de qualidade...
Fiquei com vontade de fazer um longo trabalho analítico com Arthur.
Muito bom mostrar como a 'loucura' e o mundo social não são entes separados, um é produtor do outro. Claro, existem questões que destroçam a psique em qualquer lugar do mundo, mas há mundos em que a única face da loucura que ganha espaço para existir é a da violência e (auto) destruição. O nosso mundo...
- A cena dele matando o apresentador de TV é beeeeeeeeem foda. - Não curti que o diretor mastigou que a relação com a vizinha era criação do Arthur... já dava pra ter sacado.
que nos primeiros 15 minutos (ou mais) de liberdade do Daesu fiquei achando que era parte da hipnose, que ele ainda estava na cela, na real hahahah aiai... É porque a narrativa tava meio onírica, meio confusa, aí pensei que era por isso. Viajei.
A coisa mais agoniante do filme nem é a cabeça da mulher estourada na pedra, é essa relação da Dani e Christian. QUE SUFOCANTE. Fiquei em agonia todo tempo, querendo intervir de alguma forma. O grupo de amigos é também patético, pouco sensíveis a tudo... não sabem nem viajar direito, reclamam e tem pressa a todo tempo, ave!!! Incômodo a forma que eles chegam na comunidade também.
Muito forte o despertar da Dani, quando passa a enxergar, em vez de só ver. Ela observa com clareza o que a incomoda no namorado. Olha com força. Eu amei as cenas em que ela só olha, e olha... É lindo seu despertar pra virar uma flor dançante e livre. De vítima e mulher com pouca incisividade (essa palavra existe será) ela vai aos poucos mostrando sua esperteza e potência. Eu curto essa lance aí meio doideras coletivas e rituais, então achei bem bonito. Os sumiços e as mortes achei meio óbvio demais... O jeito que a câmera navega é... uau, muito massa. As cenas de cabeça pra baixo são geniais, me senti virada também.
Ps: Ari Aster curte a pala com isso de rostos desfigurados (que palavra é melhor pra descrever? eu num sei). Meirmão, que agonia daquele rosto que parecia costurado por cima de outro... Ps 2: As cenas das alucinações, dela se integrando a natureza e o jeito que a câmera dissolve as coisas, belíssimo.
Meu deus... eu chorei tanto. Cada palavra foi muito, mais de dez. "Você vai chegar. Vai entrar. Vai quebrar o realismo". Uma amiga me indicou esse filme dizendo: 'Sabe quando a gente tá falando uma coisa mas querendo dizer outra, sabe essa coisa por trás, que não estamos dizendo? Então, nesse filme eles só falam essa coisa'. E é mesmo. Eu gostei demais.
Fazer um roteiro massa e denso com esse tema não é fácil não... Essa atriz é muito boa, e me lembra a Sônia Braga. Eu gostei, não é báaaa um espetáculo de filme, mas fiquei com uma sensação pós assistir, o que é bom.
Mostrar a relação terapêutica entre a história foi legal. E caramba, a moça interpretou muito bem mesmo, por hora sentia pena e em outras raiva, dela fazer o que faz consigo mesma e com o outro. O olhar dela tá carregado de um enfrentamento e ao mesmo tempo de uma vítima. Talvez essa coisa da sobrinha ter ficado com o ex-marido dela tenha sido um cadin exagerado...
Ê, Gabriel. Parece que o sonho engoliu a cabeça. As vezes senti que ele queria realizar, chegar a um 'ponto final', mais do que de fato experienciar. Aliás, ele e a namorada, que em alguns momentos chegavam nos lugares e fotografavam antes de viver com olhos... achei eles mei sem noção. Os dialógos entre ele e Cris são chatíssimos, num parecia ter uma base boa aquela relação. Mas sendo uma biografia, esses não são erros de direção/roteiro, né. É pra retratar o que foi...
Fiquei pensando que teria muitas dificuldades de fazer uma viagem dessa sozinha, sendo mulher. Pegando carona e dormindo na casa de homens... infazível, na verdade. Não que seja isso e ponto, tem várias formas de se viajar (sem explorar os lugares de forma turística). Mas é, me veio isso forte durante o filme.
As imagens são lindas, créditos pra África. Vontade de mergulhar em todos os cenários. É bacana o filme, mas não passou disso pra mim.
"Estamos sob efeito de um poderoso psicotrópico e você vai morrer".
Algumas coisas me incomodaram, como as críticas sociais sendo feitas de forma muito direta, a cena dos dois motoqueiros e dos gringos sobre "ser branco". Pelos olhares tudo aquilo já estava dito, talvez não fosse preciso escancarar tanto. No "Som ao Redor" e "Aquarius", apesar de obviamente serem filmes com grande potência crítica, senti elas de forma mais sutil, nas entrelinhas das relações. Mass, ter deixado no não dito talvez tenha sido "óbvio" pra mim, e pra tantos outros não, e a intenção do Kleber pode ter sido essa: assertividade, um corte incisivo. Quanto as figuras gringas, entendo que a ideia é escancarar um esteriótipo, mas em alguns momentos os personagens ficaram muito caricatos, isso me incomoda um pouco. O filme é visualmente lindolindolindo! Aquela primeira cena é de tirar o folêgo. Adoro como Kleber brinca com elementos da fantasia/inconsciente, e como permite que seus personagens apenas surjam, sem grandes explicações, porque não precisa... Me senti assistindo uma fábula violenta de realismo mágico brasileiro. É emocionante!! É o tipo de filme que se assiste mais de uma vez.
Inesperado e lindo. Realismo mágico alá Rússia com essa menina-sereia-pureza! Perdi o fôlego com a beleza de algumas cenas... a ambientação da infância da Alisa é simplesmente apaixonante.
Tem tanta gente interessante nesse mundo! É mais do que um retrato sobre o trabalho, é um retrato sobre o humano. Aquele que se mecaniza e nem percebe - ou percebe -, aquele que tanto olhar o céu já entendeu todo seu movimento, o profeta do cotidiano - que não se diz profeta porque reconhece a própria humanidade. Marcelo imergiu na cidade e trouxe essa bomba realista: é cômico, trágico, denso, raso... é a vida.
Corpo Celeste
3.5 12 Assista AgoraNos filmes dessa moça cê tem que estar sem pressa e com leveza nos pés. Alice vai te situando devagarin... Ela manja e gosta de retratar essas pessoas-anjo, né. Imaculadas, incompreendidas, meio enjauladas em si mesmas. Aqui, diferente do Lázaro (de "Feliz como Lázaro"), Marta tem uma fera bruta e maravilhosa dentro dela! Tomara que ela consiga soltar... torcendo por essa kid. Esse filme não me tocou taanto (mesmo que no final tenha ficado com cara de besta sorrindo) mas é bom. Agora vi os 3 filmes da Alice Rohrwacher e deu pra sacar da linguagem dela, eu gosto!! É flutuante
ps: igreja católica é chatinha e mei brega msm em qualquer canto kkkk
Imagens do Inconsciente - No Reino das Mães
4.5 5 Assista AgoraLindo ver como as coisas humanas se encontram umas com as outras no tempo. E aqui o encontro é pela arte, espaço onde o Inconsciente consegue se manifestar sem as amarras da lógica e da linguagem em palavra. A relação de Adelina com sua mãe é uma relação com AS mães. As várias mães mitológicas e seus arquétipos, a figura feminina...
(18/Agosto/2019)
Separações
3.7 15Um novelão, só que com argumentos afetivos-intelectuais muito bem elaborados. Divertidíssimo, brega pra caralh, sem pudor, cruel, texto incrível. Adorei assistir!
"Eu quero envelhecer sozinho, não quero exibir pra ninguém o espetáculo da minha velhice"
Entre Realidades
2.9 307 Assista AgoraEu não saquei essa nota baixa... gostei bastante desse filme, e é um balde cheio pra várias discussões importantes sobre saúde mental e outras formas de subjetivação no mundo (que não as social e moralmente consideradas 'ok'). E achei super representativo e próximo da realidade o desenvolvimento da questão da personagem.
A 'loucura' tem sua face que faz sofrer, - vide a dificuldade dela de se relacionar mais intensamente com as pessoas etc - Faz sofrer porque é uma avalanche no psiquismo, mas também porque nosso funcionamento social não permite nenhuma manifestação de vida que fuja do que colocamos como "normal". Nesse filme, o que se faz é adentrar a narrativa de delírio e fantasia da personagem, fazendo a gente entender/sentir de onde vem suas simbolizações e como funcionam seus mecanismos. Aqui, há a face da fantasia que tem poder de criar o colapso mas também a que aproxima do divino, a cena
final (belíssima!!) é sobre isso, esse lugar de paz que segue existindo...
Uma Canta, a Outra Não
4.2 45 Assista AgoraNão achei que ia gostar tanto!! Muito lindo. Avante pela felicidade de ser mulher.
É muito doido que o roteiro é pesado, cheio de mortes, separações e solidão, mas nada fica muito carregado, logo se passa pra outra coisa, e outra, e outra... Vários sofrimentos e no final a impressão é de que a vida é linda, mesmo com tudo isso (e por causa de tudo isso). Achei bom, não estava afim de sofrer kkkk
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 901 Assista AgoraSublime, violento, feminino. Do realismo-mágico ao lugar mais cru do amor... Tudo flutua aqui. Boia. E depois afoga. Mas no meio do afogar se aprende a respirar n'água. “Feliz como Lázaro” foi o último filme que me tocou de forma parecida com esse. A vida em seu lugar mais fundo. Porra, como é incrível assistir uma obra que narra numa ótica feminina. Me senti em casa. Senti muita coisa!!!!!!! Sobre a ritualização da vida, sobre o silêncio que o amor faz...
A cena das mulheres cantando em coro... valha-me. Poderosa demais!!!
Mistress America
3.5 210essa cara realmente tem suas dificuldades (e vícios) pra escrever personagens femininas
Uma Vida Oculta
3.9 154Ver esse filme no cinema foi lindo... Malick cria uma atmosfera silenciosa, densa. A gente entra na intimidade das personagens, das pedras, das nuvens, da água. A natureza é personagem. É o próprio Deus que ali se busca, é redenção, Paraíso vivo. A voz narrativa faz quase sentir o gosto da língua de quem diz, como se escutasse a palavra antes dela se fazer na boca. Os diálogos são filosóficos, mas não rola uma "intelectualização" forçada, é bonito, é verdadeiro. Do Malick, até então, só assisti esse e "A Árvore da Vida", amei os dois, cada imagem é um acontecimento. <3
Na espera da morte, a cena do beijo entre Franz e o colega... meu deus. Foi de lascar. Lembrei de uma fala do filme O Beijo no Asfalto: "é lindo beijar quem tá morrendo".
A Montanha Sagrada
4.3 467"Rub your clitoris against the mountain"
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraA solidão dos Homens, devorando suas vísceras e as expondo... mas não muito. O desejo permanece escondido um do outro, choro e medo também. A face mostrada é a da violência. Mas por trás (e por frente) da agressão e do trono está escancarada toda fraqueza e carência.
É muito tempo só, você já nem é mais um ser humano, diz Ephraim ao velho Thomas.
A Luz é aquela coisa bela-assustadora-grandiosa-insustentável. O riso desesperado de quem vê a Luz... muito forte essa cena. Aliás, só tem cena forte. O rosto do Dafoe sozinho já é um escândalo, pense...
As Maravilhas
3.6 45 Assista AgoraO filme termina e ficam umas borboletas-fadas-abelhas no estômago. Dá vontade de beber luz. A cena da caverna é belíssima, dois corpos-sombra oníricos dançando, brincando... Essa Alice Rohrwacher aí é massa.
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraEu nem curto super heróis/vilões, mas esse filme aqui é sobre uma pessoa. Sobre Arthur. Poderia ser e é alguém por aí. O filme coloca a gente bem perto do personagem - e a atuação siniiiiiiiisssssssstra do Joaquin também produz isso. Essa intimidade com Arthur me fez encarar os assassinatos como um expurgo que gritava pra sair, me senti aliviada. E isso não é romantizar a violência ou justiça com as próprias mãos, vi e senti essas mortes enquanto símbolo, e não um ato em si (o de matar). É um alívio psíquico, o Arthur mata o outro, mas na verdade mata algo dentro de si para que o Coringa tenha seu nascimento. Se tornar Coringa parece ser sua única saída, já que todo o resto lhe foi negado: afeto e cuidado, acesso a um serviço de saúde mental de qualidade...
Fiquei com vontade de fazer um longo trabalho analítico com Arthur.
Muito bom mostrar como a 'loucura' e o mundo social não são entes separados, um é produtor do outro. Claro, existem questões que destroçam a psique em qualquer lugar do mundo, mas há mundos em que a única face da loucura que ganha espaço para existir é a da violência e (auto) destruição. O nosso mundo...
- A cena dele matando o apresentador de TV é beeeeeeeeem foda.
- Não curti que o diretor mastigou que a relação com a vizinha era criação do Arthur... já dava pra ter sacado.
Greta
3.5 74 Assista AgoraO curador ferido
Oldboy
4.3 2,3K Assista AgoraGente e eu
que nos primeiros 15 minutos (ou mais) de liberdade do Daesu fiquei achando que era parte da hipnose, que ele ainda estava na cela, na real hahahah aiai... É porque a narrativa tava meio onírica, meio confusa, aí pensei que era por isso. Viajei.
Midsommar: O Mal Não Espera a Noite
3.6 2,8K Assista AgoraAinda tô entendendo o que achei...
A coisa mais agoniante do filme nem é a cabeça da mulher estourada na pedra, é essa relação da Dani e Christian. QUE SUFOCANTE. Fiquei em agonia todo tempo, querendo intervir de alguma forma. O grupo de amigos é também patético, pouco sensíveis a tudo... não sabem nem viajar direito, reclamam e tem pressa a todo tempo, ave!!! Incômodo a forma que eles chegam na comunidade também.
Muito forte o despertar da Dani, quando passa a enxergar, em vez de só ver. Ela observa com clareza o que a incomoda no namorado. Olha com força. Eu amei as cenas em que ela só olha, e olha... É lindo seu despertar pra virar uma flor dançante e livre. De vítima e mulher com pouca incisividade (essa palavra existe será) ela vai aos poucos mostrando sua esperteza e potência. Eu curto essa lance aí meio doideras coletivas e rituais, então achei bem bonito. Os sumiços e as mortes achei meio óbvio demais... O jeito que a câmera navega é... uau, muito massa. As cenas de cabeça pra baixo são geniais, me senti virada também.
Ps: Ari Aster curte a pala com isso de rostos desfigurados (que palavra é melhor pra descrever? eu num sei). Meirmão, que agonia daquele rosto que parecia costurado por cima de outro...
Ps 2: As cenas das alucinações, dela se integrando a natureza e o jeito que a câmera dissolve as coisas, belíssimo.
Eu Sei Que Vou Te Amar
3.6 140Meu deus... eu chorei tanto. Cada palavra foi muito, mais de dez. "Você vai chegar. Vai entrar. Vai quebrar o realismo". Uma amiga me indicou esse filme dizendo: 'Sabe quando a gente tá falando uma coisa mas querendo dizer outra, sabe essa coisa por trás, que não estamos dizendo? Então, nesse filme eles só falam essa coisa'. E é mesmo. Eu gostei demais.
Quem Você Pensa Que Sou
3.9 109 Assista AgoraFazer um roteiro massa e denso com esse tema não é fácil não... Essa atriz é muito boa, e me lembra a Sônia Braga. Eu gostei, não é báaaa um espetáculo de filme, mas fiquei com uma sensação pós assistir, o que é bom.
Mostrar a relação terapêutica entre a história foi legal. E caramba, a moça interpretou muito bem mesmo, por hora sentia pena e em outras raiva, dela fazer o que faz consigo mesma e com o outro. O olhar dela tá carregado de um enfrentamento e ao mesmo tempo de uma vítima. Talvez essa coisa da sobrinha ter ficado com o ex-marido dela tenha sido um cadin exagerado...
Um Banho de Vida
3.9 114Aaaaai que coisa mais lindita!!!! <3 Carinhoso demais esse filme. Dei boas risadas aqui. Adorei ver a amizade masculina sendo retrada assim...
Parasita
4.5 3,6K Assista AgoraBrilhante. Comentário pós filme: tá porra!!
Gabriel e a Montanha
3.7 141 Assista AgoraÊ, Gabriel. Parece que o sonho engoliu a cabeça. As vezes senti que ele queria realizar, chegar a um 'ponto final', mais do que de fato experienciar. Aliás, ele e a namorada, que em alguns momentos chegavam nos lugares e fotografavam antes de viver com olhos... achei eles mei sem noção. Os dialógos entre ele e Cris são chatíssimos, num parecia ter uma base boa aquela relação. Mas sendo uma biografia, esses não são erros de direção/roteiro, né. É pra retratar o que foi...
Fiquei pensando que teria muitas dificuldades de fazer uma viagem dessa sozinha, sendo mulher. Pegando carona e dormindo na casa de homens... infazível, na verdade. Não que seja isso e ponto, tem várias formas de se viajar (sem explorar os lugares de forma turística). Mas é, me veio isso forte durante o filme.
As imagens são lindas, créditos pra África. Vontade de mergulhar em todos os cenários. É bacana o filme, mas não passou disso pra mim.
PS: Gabriel sonhou e fez da melhor forma lhe foi possível naquele momento da sua vida. Que seu corpo e memória descansem em paz, Gabriel!
As Horas
4.2 1,4K"Era a morte, eu escolhi a vida" Isso foi tão grande, tão grande... chega doeu, bateu uma pedra de lucidez na cabeça. Era ir ou não era.
Não recomendo assistir esse filme se cê estiver melancólica kkkk
Bacurau
4.3 2,8K Assista Agora"Estamos sob efeito de um poderoso psicotrópico e você vai morrer".
Algumas coisas me incomodaram, como as críticas sociais sendo feitas de forma muito direta, a cena dos dois motoqueiros e dos gringos sobre "ser branco". Pelos olhares tudo aquilo já estava dito, talvez não fosse preciso escancarar tanto. No "Som ao Redor" e "Aquarius", apesar de obviamente serem filmes com grande potência crítica, senti elas de forma mais sutil, nas entrelinhas das relações. Mass, ter deixado no não dito talvez tenha sido "óbvio" pra mim, e pra tantos outros não, e a intenção do Kleber pode ter sido essa: assertividade, um corte incisivo. Quanto as figuras gringas, entendo que a ideia é escancarar um esteriótipo, mas em alguns momentos os personagens ficaram muito caricatos, isso me incomoda um pouco. O filme é visualmente lindolindolindo! Aquela primeira cena é de tirar o folêgo. Adoro como Kleber brinca com elementos da fantasia/inconsciente, e como permite que seus personagens apenas surjam, sem grandes explicações, porque não precisa... Me senti assistindo uma fábula violenta de realismo mágico brasileiro. É emocionante!! É o tipo de filme que se assiste mais de uma vez.
Sereia
4.0 57Inesperado e lindo. Realismo mágico alá Rússia com essa menina-sereia-pureza! Perdi o fôlego com a beleza de algumas cenas... a ambientação da infância da Alisa é simplesmente apaixonante.
A mãe dela saindo nua das águas é a própria Vênus de Willendorf
Estou Me Guardando Para Quando o Carnaval Chegar
4.3 210Tem tanta gente interessante nesse mundo!
É mais do que um retrato sobre o trabalho, é um retrato sobre o humano. Aquele que se mecaniza e nem percebe - ou percebe -, aquele que tanto olhar o céu já entendeu todo seu movimento, o profeta do cotidiano - que não se diz profeta porque reconhece a própria humanidade. Marcelo imergiu na cidade e trouxe essa bomba realista: é cômico, trágico, denso, raso... é a vida.