Em comemoração dos 40 anos de carreira, o trio canadense Rush realizou um show em junho de 2015, em Toronto/CA, que foi filmado para ser lançado em DVD, intitulado Rush R40 Live.
Como sempre, o concerto tem a vinheta de animação mostrando a trajetória da banda.
O que não falta são os Clássicos que o Rush fez em toda a história. Músicas como Tom Saywer, Close to The Heart, Subdivisions, Headlong Flight, Far Cry, The Spirit of Radio, YYZ e 2112 fazem a festa para os fãs, tanto novos quanto os de velha guarda.
Como não se emocionar e ficar embasbacado com a técnica apurada do saudoso Neil Peart. Seja com um ou dois bumbos, ele foi espetacular.
Sem falar que a dupla Geddy Lee e Alex Liefson são tremendos instrumentistas, além de demonstrarem simpatia.
Desde que o Rock é Rock, misturá-lo com música clássica é um tanto comum. Nós vimos bandas como Metallica, Deep Purple, Scorpions, Dimmu Borgir, Within Temptation, Nightwish, entre outras, que ousaram musicar suas obras.
Outra, que também ajudou a unir erudito com o Heavy Metal é a alemã Accept. Podemos ouvir trechos de clássicos eruditos nas suas músicas, cortesia do guitarrista e fundador Wolf Hoffmann.
Então, eis que a aclamada banda se apresentou no Wacken Open Air, em 2017, para registrar, em DVD/CD o Symphonic Terror. O show teve três partes. A primeira é a banda inteira tocando sons antigos e recentes, desde que voltou em 2010. Destaque para Restless And Wild, Pandemic e Final Journey, com o solo de A Manhã, de Peer Gynt, de Edward Greig.
A segunda parte é o Hoffmann, com sua banda de apoio, e a orquestra tocando clássicos, como Simfonia no. 40, de Mozart, e Romeu e Julieta, de Beethoven. O guitarrista deu uma aula de bom gosto para os Headbangers.
A terceira parte é o Accept com Orquestra tocando os maiores sucessos, como Stalingrad, Metal Heart (com solo de Pour Elise, de Beethoven), Fast As A Shark, Teutonic Terror e Balls to The Wall.
Com certeza, um genuíno registro do bom e másculo Heavy Metal. Pena que esse é o último registro do baixista e co-fundador Peter Baltes, que pediu pra sair.
Em 1972, a banda inglesa Pink Floyd foi até a cidade de Pompeia, para gravar, durante 4 dias, o show que seria lançado em formato de filme documentário Live At Pompeii, em 1973, pelo diretor francês Adrian Maben.
O show, por incrível que pareça, não teve plateia, sendo que também não tinha energia elétrica, na qual tiveram que usar uma fonte em uma igreja local.
A banda estava mais do que inspirada, tocando de forma sublime e espetacular, sem truques de playback ou overdubs de estúdio. Era a banda e a equipe de filmagem.
Enquanto rolava a banda ao vivo, o filme mostrava partes das gravações do disco The Dark Side of The Moon.
Em 2016, David Gilmour fez um show em Pompeia, gravado em DVD, com direito a título de cidadão honorário da cidade.
Em comemoração dos 25 anos de banda, o Motörhead gravou, em 2000, no Brixton Academy, em Londres, o DVD 25 Alive & Boneshaker, lançado um ano depois.
Lemmy e seus comparsas começaram o show com We Are Motörhead, para o circo pegar fogo de vez.
Com participações de gente como Doro Pesch, Paul Inder (filho do Lemmy), "Fast" Eddie Clark, Todd Campbell (filho do Phil Campbell), Whitfield Crane (ex-Ugly Kid Joe) e ninguém menos que Brian May, a banda despejou sons recentes com os clássicos como No Class, Metropolis, The Chase Is Better Than The Catch, Going To Brazil, Killed By Death, Born To Raise Hell, Orgasmatron, Sacrifice, Dead Men Tell No Tales, Damage Case, Iron Fist e a cover de God Save The Queen, dos Sex Pistols.
É claro que teve as obrigatórias Bomber, Ace of Spades e Overkill, com a festa mais que garantida. Pelo jeito, o caminho do Motörhead foi traçado.
Em 2011, o Motörhead vivia seu apogeu, ao lançar seu disco The Wörld Is Yöurs, obtendo posições surpreendentes em diversas publicações musicais.
Com isso, fizeram uma monstruosa turnê divulgando seu trabalho, sendo que se apresentaram no Brasil duas vezes (incluindo sua primeira e única passagem no Rock In Rio).
Para mostrar todo o poder de fogo, a banda lançou seu décimo primeiro registro ao vivo The Wörld Is Öurs Vol. 1, gravado em Santiago, no Chile, produzido pela Banger Films, em formato preto e branco.
Os chilenos estavam eufóricos ao ver Lemmy e seus capangas despejaram o melhor do Rock and Roll. Sons como Iron Fist, Stay Clean, Over The Top, The Chase Is Better Than The Catch, Going To Brazil, Killed By Death, Metropolis e Rock Out se misturaram com as então novas Get Back In Line e I Know How to Die, do TWIY.
Lemmy continuava com sua classe de marechal da guerra, Phil Campbell mantinha sua postura. Mikkey Dee era uma metralhadora ambulante. Essa era a formação perfeita, desde 1992.
O final veio com as obrigatórias Ace of Spades e Overkill, terminando o massacre sonoro que o Motörhead debulhava.
O DVD conta também com pequenas apresentações de Manchester (com participação do Michael Monroe) e Nova York (com Doro Pesch).
No dia 20 de outubro de 1994, a banda Pink Floyd se apresentou no Earls Court Exhibition Centre, Londres, durante a turnê do disco The Division Bell, lançado nesse mesmo ano. Todavia, foi filmado e dirigido pelo renomado diretor David Mallet e foi lançado em VHS e Laserdisc. Em 2006, foi lançado em DVD, com muitos extras.
O show, que durou mais de 2 horas, tem os clássicos como Shine On You Crazy Diamond, Learning to Fly, Another Brick In The Wall e High Hopes. Mas o melhor estava por vir.
Na segunda parte, a banda, ao lados dos músicos de apoio, tocaram, na íntegra, o disco The Dark Side Of The Moon, sem esquecer nenhuma faixa, numa performance sublime, como em todo o show do Pink Floyd.
No bis, tocaram Wish You Were Here e Confortably Numb, no qual David Gilmour encanta a todos com sua técnica ímpar da sua guitarra. Aliás, ele estava impecável com Time e High Hopes.
Uma pena que a banda nunca tenha tocado no Brasil, pois seria divino apreciar a boa música de qualidade, como a feita pela banda inglesa.
Realmente, uma mostra de podridão à sociedade em que vivemos. Ótima banda. Seus mais recentes discos são imperdíveis. Principalmente o Surgical Steel, que é o melhor disco de retorno do Metal.
Considerado como uma continuação do cultuado Trainspotting, de Danny Boyle, Réquiem Para Um Sonho, de 2000, foi dirigido e escrito por Darren Aronofsky (PI, Cisne Negro, Noé e Mãe).
O filme conta a história de quatro personagens: Sarah Goldfarb (Ellen Burstyn), seu filho Harry (Jared Leto), a namorada de Harry, Marion Silver (Jennifer Connelly) e o amigo de Harry, Tyrone Love (Marlon Wayans), com histórias diferentes, porém com uma coisa em comum: o vício de drogas.
Aronofsky foca no filme o número quatro, comparando as quatro estações do ano, envolvendo os personagens. A questão do vício de drogas acompanha, de perto, cada passo em que eles se deterioram. Principalmente a Sarah, que sonha participar em um show de TV, mas que toma remédios pra emagrecer.
É aí que o terror começa. Cada personagem, com a trilha sonora composta por Clint Mansell, vive o pesadelo de quem fica mais no fundo do poço. Se acham que filmes de terror e suspense tem cenas tenebrosas, saibam que os filmes de drama, como Réquiem Para Um Sonho, tem cenas mais assustadoras. As cenas finais são de causar calafrios.
Com certeza, o filme ganhou a atenção da crítica, e se tornou um dos melhores filmes de todos os tempos. Ellen Burstyn foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, mas perdeu para Julia Roberts, em 2001.
Esse ano quero começa a falar do filme que mais marcou a minha vida: Rambo 2 - A Missão. Quando esse filme foi lançado, em 1985, se tornou o fenômeno de bilheteria e, porquê não, um dos maiores exemplos de filmes de Macho dos anos 80.
Quem nunca teve a pachorra de amarrar uma fita vermelha na cabeça, ter uma faca bem afiada e exibir seu peitoral (sem se constranger, aliás era essa a moda dos homens dos anos 80!) pra, quem sabe, xavegar uma garota (que, na época, ficavam de siririca quando veem um homem sarado, como Stallone, Schwarzenegger ou Van Damme). Atira a primeira bala quem nunca fez isso.
Mas, voltando ao filme, é a sequência do primeiro (que teve o nome Brazuka: Programado para Matar, que, nesse filme, ele não matou ninguém). Rambo estava no xilindró, quando recebe a visita do Coronel Trautman, que o solta, avisando que Rambo tem uma missão para investigar prisioneiros americanos presos no Camboja.
Chegando lá, ele se encontra numa base militar, sob comando do tenente Murdock, que não vai com a cara do Rambo, que também não gostou nem um pouco do tenente e nem do lugar. O tenente ordena para o boina verde para tirar somente fotos, e não ter nenhum contato com os prisioneiros.
Até aí, tudo bem. Porém, o que Murdock não sabia é que Rambo vive a Guerra como se fosse a sua casa. Lá na selva, ele se encontra com a agente indígena Co Bal, que acompanha o Rambo a essa jornada.
Numa dessas buscas, ele vai até o local em que estão os prisioneiros, e liberta um deles. Enquanto Rambo tenta obter o resgate, Murdock manda os soldados abortarem a missão.
Os soldados cambojanos prendem Rambo e recebem a visita do exército Russo. Numa das cenas, Rambo é torturado e forçado a entregar a base.
Mas Rambo clama por vingança e parte pro ataque. Ao perder Co Bal, Rambo faz o que não fez no primeiro filme: Matar tudo e todos.
Pelo jeito, o filme fez jus ao que seria O subtítulo Programado para Matar. Só que teve o ponto fraco, ao fazer o discurso nacionalista. Isso fez a crítica americana descer a lenha.
O filme tem as melhores frases de efeito, sob a escrita de James Cameron. Porém, recebeu o Framboesa de Ouro como pior filme de 1985.
Quem é cinéfilo, como eu, sabe da importância de frequentar uma vídeolocadora. Só quem viveu essa época significa muito. Mesmo com o advento dos Streamings, as boas lembranças nunca morrerão. O documentário serviu para matar a saudade.
Nas palavras do Capitão Nascimento: "O cara que nasce pobre e preto não tem muita chance no Brasil". É esse o foco do documentário Racionais - Das Ruas de São Paulo para o Mundo, lançado pela Netflix.
Dirigido pela Juliana Vicente, o documentário faz parte da comemoração dos 30 anos do grupo Racionais MC's, e do mês da Consciência Negra.
Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay falam de suas vidas, tanto na periferia de São Paulo, quanto como a música entrou em suas trajetórias. O filme tem, ao mesmo tempo, imagens de arquivo, de shows, gravações dos discos, da explosão do grupo nos quatro cantos do Brasil, além de fortes imagens da repressão policial, que sempre acompanhou o grupo.
É com esse assunto que o Racionais gravou Sobrevivendo no Inferno, de 1998, que lançou os quatro componentes para a fama nacional, sendo que ganharam prêmios por vendagens de discos.
As músicas foram o real retrato da triste história do nosso país, inclusive a música Diário de um Detento, que é marcante até hoje. Todavia, a violência policial e o racismo sempre acompanharam os shows do Racionais, até mesmo pessoas baleadas. Porém, a consagração definitiva foi o show no Rock in Rio deste ano.
Como diz o Mano Brown: "vamo acordá, nada como um dia, após outro dia".
Em posts anteriores, comentei o livro PEsado, sobre a origem e o reconhecimento do Metal em Pernambuco, escrito por Wilfred Gadêlha. Agora, recentemente, ele disponibilizou no YouTube o documentário PEsado - Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco?, que ele dirigiu, ao lado de Léo Crivellari.
Assim como foi publicado no livro, o filme conta como o estado nordestino se transformou no celeiro do som pesado, distanciando do frevo, forró e Maracatu. Bandas como Herdeiros do Lúcifer, Cruor, Will2Kill, Decomposed God, Devotos do Ódio, entre outras bandas falam de suas carreiras, além de depoimentos de fãs e pessoas da cena, sobre como o Metal entrou nas suas vidas.
Além do show histórico do Sepultura em Caruaru, de 1987, que mudou a vida de muitos fãs pernambucanos. Outro destaque é a mistura do Metal com influências nordestino, como o forró, xote e manguebeat. Novas bandas como Terra Prima, Chaosphere e Cangaço renovam o som pesado cabra da peste.
Veremos muitos registros como PEsado, mostrando que o Metal Brazuka não é só no sul do Brasil.
Antes de tudo, um aviso: se você é fã de O Senhor dos Anéis e O Hobbitt, não assista a esse filme. Mesmo sabendo que é do mesmo Diretor, o Peter Jackson. Então, esqueça as produções milionárias e vencedoras do Oscar, pois o negócio é outro.
Peter era um fanático fã de cinema, quando, num certo momento e de ócio, fez seu primeiro filme, Trash - Náusea Total (1987). Aquele filme foi o começo de sua vitoriosa carreira.
Antes de falar do Fome Animal, gostaria de colocar outros filmes que o Então jovem Jackson fez, como Almas Gêmeas (1994, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de roteiro original), Os Espíritos (1996) e King Kong (2005). Dito isso, vamos ao que interessa.
Baseado em Evil Dead (1981), Fome Animal tem como enredo a história de Lionel, um jovem rapaz tímido que se apaixona por Paquita. Os dois resolvem passear no zoológico. Porém, a mãe do Lionel, Vera, que é controladora ao extremo, segue o casal.
Mas, ela é mordida por uma espécie de rato macaco. Com isso, ela pega um vírus que a transforma em zumbi.
É aí que a vida de Lionel vira um pesadelo, pois a sua mãe acaba mordendo tudo e todos, transformando a população em zumbis. Lionel tenta esconder o fato, mas a coisa virava uma bola de neve.
Pelo jeito, Jackson estava inspirado e com sangue nos olhos. Inclusive, ele fez uma ponta nesse filme. Fome Animal custou US$ 3 milhões para ser produzido, embora a bilheteria tenha sido de US$ 242 mil. O que importa é que o filme virou cult para os cinéfilos de plantão. Além disso, nos anos 90, foi exibido no lendário Cine Trash, do saudoso Zé do Caixão, na Band.
Se você nunca viu, essa é a ótima oportunidade de ver, pegar um disco do Cannibal Corpse e comer um churrasco bem sangrento.
"Os Portais do Inferno Se Abrem! Guerreiros do Satã!"
É com essa frase que eu começo a falar de um dos filmes-documentários mais fiéis do verdadeiro Metal Brazuka. Aliás, a frase inicial dá o nome do filme da banda santista Vulcano.
Dirigido por Rodinei Assunção e Wladymir Cruz, o filme tem como seu personagem principal o fundador, compositor e guitarrista Zhema Rodero, um verdadeiro guerreiro do Metal.
Com depoimentos de gente que acompanhou a banda, como o finado Johnny Hansen, Pepinho Macia, Walcir Chalas e Ricardo Batalha, além dos integrantes e ex-integrantes do Vulcano, o filme conta, em quase três horas de duração sobre como sobreviveram nesse mundo cheio de ganância e desespero, em se tratando de Brasil.
A formação, os primeiros shows, os discos e tudo mais foram o foco do documentário. E também sobre a repercussão lá na Europa, principalmente na Escandinávia, onde vários fãs reverenciavam o Vulcano.
Sendo que o primeiro disco, Live, de 1985, foi (com justiça!) o primeiro registro de Metal Extremo da América Latina. Agora sabemos o porquê do Black Metal Norueguês pegar essas influências...
Como havia dito em posts anteriores, algumas bandas conseguem almejar o sucesso. Outras não e ficam perdidas no meio do caminho. Não é o caso do Vulcano, embora eles NUNCA se venderam ao mainstream, mas conseguiram ser reconhecidos pelo árduo trabalho, em nome do Metal Extremo brasileiro.
O futuro está entre nós. Estamos no século XXI. Mas ainda estamos mais atrasados e despreparados para encarar todas as catástrofes que enfrentamos. As grandes corporações planejam o futuro da Humanidade, e o Meio ambiente corre sérios riscos gravíssimos.
Ridley Scott (Gladiador, Alien o 8º Passageiro, Thelma & Louise, O Gângster) realizou um clássico da ficção científica. Blade Runner é uma adaptação do romance do escritor Philip K. Dick (1928-1982). O policial (Harrison Ford) recebe a tarefa de eliminar os replicantes (androides) que fugiram de uma colônia espacial e querem mudar de vida. Entre eles, Rachael (Sean Young), que tem um tórrido romance com o tira.
Mas quem quer abortar os planos é o vilão (Rutger Hauer) e a Pris (Darryl Hannah), que invadem a casa de Sebastian, um inventor de androides. O que vemos é Los Angeles cinzenta, com arranha-céus imensos, carros voadores (no melhor estilo Os Jetsons) e uma trilha sonora, composta por Vangelis.
Uma curiosidade merece ser citada. durante as filmagens, Harrison Ford passou a maior parte de mau humor, não gostou do roteiro e reclamou quando obrigaram-no a gravar a narração em off. Sorte que a versão que vi não tinha (versão do diretor).
Enfim, é um clássico cult dos anos 80. Uma dedicatória do Philip Dick. Não é a toa que Blade Runner poderia ser um fracasso. o que não aconteceu.
Nas palavras de Francis Ford Coppola: "Este não é um filme sobre o Vietnã. É o próprio Vietnã". À beira da falência, após dirigir O Poderoso Chefão, o célebre cineasta topou o desafio de filmar os horrores da guerra.
Inspirado em um livro chamado o Coração das Trevas, de Joseph Conrad, Apocalypse Now é um retrato ocular sobre a doentia ocupação americana no Vietnã. Ao som de The End, do Doors, helicópteros soltam rajadas de fogos em uma floresta, em uma cena antológica. Que começo.
Capitão Willard (Martin Sheen) é convocado pelo Exército para uma missão: localizar e matar o coronel Kurtz (Marlon Brando), que perdeu o juízo e montou uma milícia vietnamita para exterminar os que rebelam contra a guerra. o que ele não sabia é que sua missão era a mais arriscada que já enfrentou. Junto com sua equipe, Willard cruza o rio até Camboja para encontrar o doentio coronel. É aí que o perigo chega junto.
Em uma das cenas, o tenente Kilgorge (Robert Durvall) ironiza a situação em que se encontra, ao tirar o uniforme para "surfar". Ao sentir o aroma das explosões, ele brada: "adoro o cheiro de napalm pela manhã".
Nas cenas finais, Brando aparece friamente para interrogar Willard. Pra que não mostre sua obesidade, o ator sugeriu aparecer no escuro.
Na época do lançamento, a crítica foi severa. Mas não dá pra ignorar a genialidade de Coppola. Vencedor de dois Oscars (Som e Cinematografia) e Palma de ouro do Cannes, Apocalypse Now tem status de clássico.
Steven Soderbergh fez do Traffic o seu melhor filme, retratando o sombrio mundo do tráfico de drogas, que assola o mundo. O longa possui três histórias paralelas, com o mesmo tema.
1-Benicio Del Toro é um policial honesto que trabalha na fronteira México-EUA no combate ao tráfico. Mesmo sofrendo com a corrupção policial, ele resiste bravamente. Por esse papel, Del Toro faturou o homenzinho dourado.
2-Michael Douglas é um juiz da suprema Corte, que é nomeado chefe do combate às drogas. Porém, descobre que sua filha é viciada.
3-Um barão do tráfico é preso, deixando perplexa sua mulher (Catherine Zeta-Jones), grávida de seis meses, que desconhecia suas atividades.
Além disso, Traffic faturou mais três Oscars de Melhor Direção (Steven), roteiro Adaptado e montagem. Nada mal para quem dirigiu Sexo, Mentiras e Videoteipe!
Imagine você indo para um cinema, deparando-se com um ambiente totalmente moribundo, banheiros fedorentos, bilheteiro septuagenário com um radinho de pilha grudado na orelha, paredes descascando e as salas sinistras cujos acentos estão cheios de ácaros e o telão cheio de gordura. Imaginou? É porque você ainda vai conferir que filme será exibido nessa sessão. Os mesmos de sempre. Todos de terror, repletos de zumbis devoradores de carne humana.
Tudo isso é uma homenagem feita por dois diretores: Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. Cinéfilos assumidos e fanáticos por filmes B, criaram o projeto Grindhouse (aquelas salas citadas acima!). Por imposição do estúdio, foi desmembrado em dois: À Prova de Morte e Planeta Terror.
Este ultimo, dirigido por Rodriguez, começa com um "trailer" do filme Machete (ainda sob previsão de produção!), em que um pistoleiro acorda do coma e caça os assassinos que quase o mataram, com direito a Padre munido a fuzil e motocicleta equipada com metranca.
Voltando ao petardo, é um clichê de dar dó. Um gás vaza em uma base militar, causando em seus soldados e curiosos feridas borbulhantes e um apetite animal por carne humana. Nesse mesmo enredo, temos a dançarina de stripper Cherry Darling, que sai do seu oficio e acaba sendo atacada por zumbis, que arrancam sua perna. Seu namorado, El Wray, equipa em sua amada, uma prótese de metranca no lugar da perna. um casal de médicos que não querem saber de cadáveres na quarta feira. um churrasqueiro que encontra um ingrediente para seu melhor molho de carne. Tudo isso está registrado nesse filme que deveria ter concorrido ao Oscaralho.
A película é até exagerada, com direito a riscos, a fita derretendo no meio (com direito a pedido de desculpas!), mas não podemos levar à serio. No elenco, temos a gostosa Fergie, que acaba virando isca e seu cérebro sugado, Bruce Willis em seu pior papel da sua vida, como um general do exercito, Tarantino fazendo um soldado taradão (reparem na cena em que abaixa as calças!)
Desta vez, o filme foi o primeiro desse, que é um dos gênios da sétima arte: Quentin Tarantino.
Falar da importância desse mestre é desnecessário. Seu primeiro filme veio de uma ideia que teve quando escreveu o roteiro, na época em que trabalhava na locadora. O título Reservoir Dogs é uma referência para um de seus clientes. Mas, por causa disso, ele batizou e fez aquilo o que se tornou sua marca registrada.
O filme começa com um comentário sensacional de Sr. Marrom (Tarantino), ao referir o significado da música Like A Virgin da Madonna, sobre uma garota que namora um cara de P#*& grande. Ao seu lado, estão Sr. Rosa (Steve Buscemi), Sr. Branco (Harvey Keitel), Sr. Louro (Michael Madsen), Sr. Laranja (Tim Roth), Sr. Azul (Edward Bunker) e Jor Cabot (Lawrence Tierney). Todos estão reunidos para assaltar uma joalheria. Porém, algo dá errado quando Sr. Laranja leva um tiro e todos os membros (exceto Sr. Marrom que morreu) ficam sabendo que um deles delatou o grupo para a polícia.
Foi a partir daí que a história começa sobre como eles se conheceram (mesmo que nenhum deles saiba o nome dos outros), apesar do filme ter uma sequencia não-linear, que é uma marca de Tarantino, incluindo sangue, tiros e muitos diálogos super bem escritos.
A cena do Sr. Louro torturando um policial, ao som de Stuck in the middle With You, para depois cortar a orelha entrou para a história.
Uma curiosidade: a produtora Dog Eat dog foi inspirada no livro Cão Come Cão, de Edward Bunker, o Sr Azul. Sim, aquele que passou 18 anos em várias prisões, incluindo as famosas St. Quentin e Folson. Não à toa que ele teve como Tarantino um de seus ídolos.
Esse filme só teve reconhecimento depois que Pulp Fiction ganhou Oscar, mas vale a pena por levar o nome do diretor e cravá-lo na história.
Quentin Tarantino teve a ideia de filmar Bastardos Inglórios, no final dos anos 90, mas resolveu se dedicar as duas partes de Kill Bill e À Prova de Morte. Apesar disso, sua ideia sobre o Nazismo foi posto à prova, quando filmou Bastardos, que foi dividido em 5 capítulos.
Brad Pitt se deu bem ao interpretar o Tenente Aldo Raine, líder dos Bastardos Inglórios, que tem como único objetivo: matar nazistas. Em seu elenco, Eli Roth (diretor de O Albergue e Cabana do Medo) faz o Sargento Donny Donowitz, o Urso Judeu, que bate os alemães com seu taco. Aldo ordena que escalpelem os soldados, arrancando o couro cabeludo e desenhem uma suástica na testa com um facão.
Já na outra parte, Mélanie Laurent faz Shousanna Dreyfus, sobrevivente do massacre numa fazenda da França, liderada pelo implacável coronel Hans Landa (Christoph Waltz), conhecido como Caçador de Judeus.
Para planejar uma vingança contra Hitler (no melhor estilo Pulp fiction e Kill Bill), Shousanna se muda para Paris e assume a identidade de Emmanuelle Mimieux, gerente do cinema. Foi nesse estabelecimento que ela conhece o soldado Fredrick Zoller, atirador de elite, cuja sua história virou filme e será exibida naquele cinema.
É aí que a história de eliminar a corja de nazistas começa. Enquanto Shousanna e seu fiel escudeiro preparam uma destruição no cinema, colocando rolos de fitas de nitrato inflamáveis, o exército de Aldo "Apache" tenta se infiltrar com os alemães para entrar, juntamente com a atriz e agente dupla Bridget von Hammersmark.
O que vocês verão é um banho de sangue, com direito a flashbacks dos soldados, além da genialidade ímpar de Tarantino de colocar seu ponto de vista sobre o SS.
Mas, seu principal mérito é a interpretação de Waltz. A implacável, sarcástica e genial habilidade de compor seu personagem rendeu ao ator austríaco algumas premiações, que merecem ser mencionadas (Oscar, BAFTA, Globo de Ouro, SAG Awards, entre outros, por Melhor Ator Coadjuvante).
Se você não teve a oportunidade de ver, e vibrar quando um soldadinho nazista ser marcado com suástica na testa, pegue e veja.
Rush - R40 LIVE
4.6 2Em comemoração dos 40 anos de carreira, o trio canadense Rush realizou um show em junho de 2015, em Toronto/CA, que foi filmado para ser lançado em DVD, intitulado Rush R40 Live.
Como sempre, o concerto tem a vinheta de animação mostrando a trajetória da banda.
O que não falta são os Clássicos que o Rush fez em toda a história. Músicas como Tom Saywer, Close to The Heart, Subdivisions, Headlong Flight, Far Cry, The Spirit of Radio, YYZ e 2112 fazem a festa para os fãs, tanto novos quanto os de velha guarda.
Como não se emocionar e ficar embasbacado com a técnica apurada do saudoso Neil Peart. Seja com um ou dois bumbos, ele foi espetacular.
Sem falar que a dupla Geddy Lee e Alex Liefson são tremendos instrumentistas, além de demonstrarem simpatia.
Realmente, uma banda que deixa saudades.
Accept - Symphonic Terror: Live at Wacken 2017
4.5 1Desde que o Rock é Rock, misturá-lo com música clássica é um tanto comum. Nós vimos bandas como Metallica, Deep Purple, Scorpions, Dimmu Borgir, Within Temptation, Nightwish, entre outras, que ousaram musicar suas obras.
Outra, que também ajudou a unir erudito com o Heavy Metal é a alemã Accept. Podemos ouvir trechos de clássicos eruditos nas suas músicas, cortesia do guitarrista e fundador Wolf Hoffmann.
Então, eis que a aclamada banda se apresentou no Wacken Open Air, em 2017, para registrar, em DVD/CD o Symphonic Terror. O show teve três partes. A primeira é a banda inteira tocando sons antigos e recentes, desde que voltou em 2010. Destaque para Restless And Wild, Pandemic e Final Journey, com o solo de A Manhã, de Peer Gynt, de Edward Greig.
A segunda parte é o Hoffmann, com sua banda de apoio, e a orquestra tocando clássicos, como Simfonia no. 40, de Mozart, e Romeu e Julieta, de Beethoven. O guitarrista deu uma aula de bom gosto para os Headbangers.
A terceira parte é o Accept com Orquestra tocando os maiores sucessos, como Stalingrad, Metal Heart (com solo de Pour Elise, de Beethoven), Fast As A Shark, Teutonic Terror e Balls to The Wall.
Com certeza, um genuíno registro do bom e másculo Heavy Metal. Pena que esse é o último registro do baixista e co-fundador Peter Baltes, que pediu pra sair.
Pink Floyd: Live at Pompeii
4.8 86Em 1972, a banda inglesa Pink Floyd foi até a cidade de Pompeia, para gravar, durante 4 dias, o show que seria lançado em formato de filme documentário Live At Pompeii, em 1973, pelo diretor francês Adrian Maben.
O show, por incrível que pareça, não teve plateia, sendo que também não tinha energia elétrica, na qual tiveram que usar uma fonte em uma igreja local.
A banda estava mais do que inspirada, tocando de forma sublime e espetacular, sem truques de playback ou overdubs de estúdio. Era a banda e a equipe de filmagem.
Enquanto rolava a banda ao vivo, o filme mostrava partes das gravações do disco The Dark Side of The Moon.
Em 2016, David Gilmour fez um show em Pompeia, gravado em DVD, com direito a título de cidadão honorário da cidade.
Motörhead - 25 & Alive: Boneshaker
4.5 2Em comemoração dos 25 anos de banda, o Motörhead gravou, em 2000, no Brixton Academy, em Londres, o DVD 25 Alive & Boneshaker, lançado um ano depois.
Lemmy e seus comparsas começaram o show com We Are Motörhead, para o circo pegar fogo de vez.
Com participações de gente como Doro Pesch, Paul Inder (filho do Lemmy), "Fast" Eddie Clark, Todd Campbell (filho do Phil Campbell), Whitfield Crane (ex-Ugly Kid Joe) e ninguém menos que Brian May, a banda despejou sons recentes com os clássicos como No Class, Metropolis, The Chase Is Better Than The Catch, Going To Brazil, Killed By Death, Born To Raise Hell, Orgasmatron, Sacrifice, Dead Men Tell No Tales, Damage Case, Iron Fist e a cover de God Save The Queen, dos Sex Pistols.
É claro que teve as obrigatórias Bomber, Ace of Spades e Overkill, com a festa mais que garantida. Pelo jeito, o caminho do Motörhead foi traçado.
Motörhead - The Wörld Is Ours - Vol 1 (Everywhere …
4.6 1Em 2011, o Motörhead vivia seu apogeu, ao lançar seu disco The Wörld Is Yöurs, obtendo posições surpreendentes em diversas publicações musicais.
Com isso, fizeram uma monstruosa turnê divulgando seu trabalho, sendo que se apresentaram no Brasil duas vezes (incluindo sua primeira e única passagem no Rock In Rio).
Para mostrar todo o poder de fogo, a banda lançou seu décimo primeiro registro ao vivo The Wörld Is Öurs Vol. 1, gravado em Santiago, no Chile, produzido pela Banger Films, em formato preto e branco.
Os chilenos estavam eufóricos ao ver Lemmy e seus capangas despejaram o melhor do Rock and Roll. Sons como Iron Fist, Stay Clean, Over The Top, The Chase Is Better Than The Catch, Going To Brazil, Killed By Death, Metropolis e Rock Out se misturaram com as então novas Get Back In Line e I Know How to Die, do TWIY.
Lemmy continuava com sua classe de marechal da guerra, Phil Campbell mantinha sua postura. Mikkey Dee era uma metralhadora ambulante. Essa era a formação perfeita, desde 1992.
O final veio com as obrigatórias Ace of Spades e Overkill, terminando o massacre sonoro que o Motörhead debulhava.
O DVD conta também com pequenas apresentações de Manchester (com participação do Michael Monroe) e Nova York (com Doro Pesch).
Pink Floyd - Pulse
4.8 80No dia 20 de outubro de 1994, a banda Pink Floyd se apresentou no Earls Court Exhibition Centre, Londres, durante a turnê do disco The Division Bell, lançado nesse mesmo ano. Todavia, foi filmado e dirigido pelo renomado diretor David Mallet e foi lançado em VHS e Laserdisc. Em 2006, foi lançado em DVD, com muitos extras.
O show, que durou mais de 2 horas, tem os clássicos como Shine On You Crazy Diamond, Learning to Fly, Another Brick In The Wall e High Hopes. Mas o melhor estava por vir.
Na segunda parte, a banda, ao lados dos músicos de apoio, tocaram, na íntegra, o disco The Dark Side Of The Moon, sem esquecer nenhuma faixa, numa performance sublime, como em todo o show do Pink Floyd.
No bis, tocaram Wish You Were Here e Confortably Numb, no qual David Gilmour encanta a todos com sua técnica ímpar da sua guitarra. Aliás, ele estava impecável com Time e High Hopes.
Uma pena que a banda nunca tenha tocado no Brasil, pois seria divino apreciar a boa música de qualidade, como a feita pela banda inglesa.
Carcass - Wake Up and Smell the Carcass
4.7 3Realmente, uma mostra de podridão à sociedade em que vivemos.
Ótima banda. Seus mais recentes discos são imperdíveis.
Principalmente o Surgical Steel, que é o melhor disco de retorno do Metal.
Réquiem para um Sonho
4.3 4,4K Assista AgoraConsiderado como uma continuação do cultuado Trainspotting, de Danny Boyle, Réquiem Para Um Sonho, de 2000, foi dirigido e escrito por Darren Aronofsky (PI, Cisne Negro, Noé e Mãe).
O filme conta a história de quatro personagens: Sarah Goldfarb (Ellen Burstyn), seu filho Harry (Jared Leto), a namorada de Harry, Marion Silver (Jennifer Connelly) e o amigo de Harry, Tyrone Love (Marlon Wayans), com histórias diferentes, porém com uma coisa em comum: o vício de drogas.
Aronofsky foca no filme o número quatro, comparando as quatro estações do ano, envolvendo os personagens. A questão do vício de drogas acompanha, de perto, cada passo em que eles se deterioram. Principalmente a Sarah, que sonha participar em um show de TV, mas que toma remédios pra emagrecer.
É aí que o terror começa. Cada personagem, com a trilha sonora composta por Clint Mansell, vive o pesadelo de quem fica mais no fundo do poço. Se acham que filmes de terror e suspense tem cenas tenebrosas, saibam que os filmes de drama, como Réquiem Para Um Sonho, tem cenas mais assustadoras. As cenas finais são de causar calafrios.
Com certeza, o filme ganhou a atenção da crítica, e se tornou um dos melhores filmes de todos os tempos. Ellen Burstyn foi indicada ao Oscar de Melhor Atriz, mas perdeu para Julia Roberts, em 2001.
Dio: Dreamers Never Die
4.5 5 Assista AgoraFinalmente um filme digno do maior ícone do Metal.
Dio era divino. E faz muita falta!
Rambo II: A Missão
3.4 329 Assista AgoraEsse ano quero começa a falar do filme que mais marcou a minha vida: Rambo 2 - A Missão. Quando esse filme foi lançado, em 1985, se tornou o fenômeno de bilheteria e, porquê não, um dos maiores exemplos de filmes de Macho dos anos 80.
Quem nunca teve a pachorra de amarrar uma fita vermelha na cabeça, ter uma faca bem afiada e exibir seu peitoral (sem se constranger, aliás era essa a moda dos homens dos anos 80!) pra, quem sabe, xavegar uma garota (que, na época, ficavam de siririca quando veem um homem sarado, como Stallone, Schwarzenegger ou Van Damme). Atira a primeira bala quem nunca fez isso.
Mas, voltando ao filme, é a sequência do primeiro (que teve o nome Brazuka: Programado para Matar, que, nesse filme, ele não matou ninguém). Rambo estava no xilindró, quando recebe a visita do Coronel Trautman, que o solta, avisando que Rambo tem uma missão para investigar prisioneiros americanos presos no Camboja.
Chegando lá, ele se encontra numa base militar, sob comando do tenente Murdock, que não vai com a cara do Rambo, que também não gostou nem um pouco do tenente e nem do lugar. O tenente ordena para o boina verde para tirar somente fotos, e não ter nenhum contato com os prisioneiros.
Até aí, tudo bem. Porém, o que Murdock não sabia é que Rambo vive a Guerra como se fosse a sua casa. Lá na selva, ele se encontra com a agente indígena Co Bal, que acompanha o Rambo a essa jornada.
Numa dessas buscas, ele vai até o local em que estão os prisioneiros, e liberta um deles. Enquanto Rambo tenta obter o resgate, Murdock manda os soldados abortarem a missão.
Os soldados cambojanos prendem Rambo e recebem a visita do exército Russo. Numa das cenas, Rambo é torturado e forçado a entregar a base.
Mas Rambo clama por vingança e parte pro ataque. Ao perder Co Bal, Rambo faz o que não fez no primeiro filme: Matar tudo e todos.
Pelo jeito, o filme fez jus ao que seria O subtítulo Programado para Matar. Só que teve o ponto fraco, ao fazer o discurso nacionalista. Isso fez a crítica americana descer a lenha.
O filme tem as melhores frases de efeito, sob a escrita de James Cameron. Porém, recebeu o Framboesa de Ouro como pior filme de 1985.
Nuclear Assault - Louder Harder Faster
4.7 1Pra Headbanger moshar e pogar como louco.
Contra-indicado para Quem curte Funk, Sertanojo e adjacentes inúteis.
CineMagia - A História das Videolocadoras de São Paulo
4.0 109Quem é cinéfilo, como eu, sabe da importância de frequentar uma vídeolocadora.
Só quem viveu essa época significa muito.
Mesmo com o advento dos Streamings, as boas lembranças nunca morrerão.
O documentário serviu para matar a saudade.
Super Mario Bros.: O Filme
3.9 785Acabei de ver o trailer oficial. E a ansiedade só aumenta.
Racionais: Das Ruas de São Paulo Pro Mundo
4.4 163Nas palavras do Capitão Nascimento: "O cara que nasce pobre e preto não tem muita chance no Brasil". É esse o foco do documentário Racionais - Das Ruas de São Paulo para o Mundo, lançado pela Netflix.
Dirigido pela Juliana Vicente, o documentário faz parte da comemoração dos 30 anos do grupo Racionais MC's, e do mês da Consciência Negra.
Mano Brown, Edi Rock, Ice Blue e KL Jay falam de suas vidas, tanto na periferia de São Paulo, quanto como a música entrou em suas trajetórias. O filme tem, ao mesmo tempo, imagens de arquivo, de shows, gravações dos discos, da explosão do grupo nos quatro cantos do Brasil, além de fortes imagens da repressão policial, que sempre acompanhou o grupo.
É com esse assunto que o Racionais gravou Sobrevivendo no Inferno, de 1998, que lançou os quatro componentes para a fama nacional, sendo que ganharam prêmios por vendagens de discos.
As músicas foram o real retrato da triste história do nosso país, inclusive a música Diário de um Detento, que é marcante até hoje. Todavia, a violência policial e o racismo sempre acompanharam os shows do Racionais, até mesmo pessoas baleadas. Porém, a consagração definitiva foi o show no Rock in Rio deste ano.
Como diz o Mano Brown: "vamo acordá, nada como um dia, após outro dia".
PEsado - Que som é esse que vem de Pernambuco?
4.2 6Em posts anteriores, comentei o livro PEsado, sobre a origem e o reconhecimento do Metal em Pernambuco, escrito por Wilfred Gadêlha. Agora, recentemente, ele disponibilizou no YouTube o documentário PEsado - Que Som É Esse Que Vem de Pernambuco?, que ele dirigiu, ao lado de Léo Crivellari.
Assim como foi publicado no livro, o filme conta como o estado nordestino se transformou no celeiro do som pesado, distanciando do frevo, forró e Maracatu. Bandas como Herdeiros do Lúcifer, Cruor, Will2Kill, Decomposed God, Devotos do Ódio, entre outras bandas falam de suas carreiras, além de depoimentos de fãs e pessoas da cena, sobre como o Metal entrou nas suas vidas.
Além do show histórico do Sepultura em Caruaru, de 1987, que mudou a vida de muitos fãs pernambucanos. Outro destaque é a mistura do Metal com influências nordestino, como o forró, xote e manguebeat. Novas bandas como Terra Prima, Chaosphere e Cangaço renovam o som pesado cabra da peste.
Veremos muitos registros como PEsado, mostrando que o Metal Brazuka não é só no sul do Brasil.
A História do Cinema Negro nos EUA
4.2 13 Assista AgoraNesse mês da Consciência Negra, nada melhor do que ver um doc bem apropriado.
Já vi Coffy, Foxy Brown, Wyllie Dynamile, Shaft, até mesmo o Jackie Brown, do Mestre Tarantino.
Gente de peso, como Samuel L. Jackson, Whoopi Goldberg, Zendaya, Laurence Fishburne, falam da importância de suas carreiras, com o passar dos anos.
Fome Animal
3.9 877Antes de tudo, um aviso: se você é fã de O Senhor dos Anéis e O Hobbitt, não assista a esse filme. Mesmo sabendo que é do mesmo Diretor, o Peter Jackson. Então, esqueça as produções milionárias e vencedoras do Oscar, pois o negócio é outro.
Peter era um fanático fã de cinema, quando, num certo momento e de ócio, fez seu primeiro filme, Trash - Náusea Total (1987). Aquele filme foi o começo de sua vitoriosa carreira.
Antes de falar do Fome Animal, gostaria de colocar outros filmes que o Então jovem Jackson fez, como Almas Gêmeas (1994, que lhe rendeu uma indicação ao Oscar de roteiro original), Os Espíritos (1996) e King Kong (2005). Dito isso, vamos ao que interessa.
Baseado em Evil Dead (1981), Fome Animal tem como enredo a história de Lionel, um jovem rapaz tímido que se apaixona por Paquita. Os dois resolvem passear no zoológico. Porém, a mãe do Lionel, Vera, que é controladora ao extremo, segue o casal.
Mas, ela é mordida por uma espécie de rato macaco. Com isso, ela pega um vírus que a transforma em zumbi.
É aí que a vida de Lionel vira um pesadelo, pois a sua mãe acaba mordendo tudo e todos, transformando a população em zumbis. Lionel tenta esconder o fato, mas a coisa virava uma bola de neve.
Pelo jeito, Jackson estava inspirado e com sangue nos olhos. Inclusive, ele fez uma ponta nesse filme. Fome Animal custou US$ 3 milhões para ser produzido, embora a bilheteria tenha sido de US$ 242 mil. O que importa é que o filme virou cult para os cinéfilos de plantão. Além disso, nos anos 90, foi exibido no lendário Cine Trash, do saudoso Zé do Caixão, na Band.
Se você nunca viu, essa é a ótima oportunidade de ver, pegar um disco do Cannibal Corpse e comer um churrasco bem sangrento.
Os Portais do Inferno se Abrem: A história do Vulcano
4.0 4"Os Portais do Inferno Se Abrem! Guerreiros do Satã!"
É com essa frase que eu começo a falar de um dos filmes-documentários mais fiéis do verdadeiro Metal Brazuka. Aliás, a frase inicial dá o nome do filme da banda santista Vulcano.
Dirigido por Rodinei Assunção e Wladymir Cruz, o filme tem como seu personagem principal o fundador, compositor e guitarrista Zhema Rodero, um verdadeiro guerreiro do Metal.
Com depoimentos de gente que acompanhou a banda, como o finado Johnny Hansen, Pepinho Macia, Walcir Chalas e Ricardo Batalha, além dos integrantes e ex-integrantes do Vulcano, o filme conta, em quase três horas de duração sobre como sobreviveram nesse mundo cheio de ganância e desespero, em se tratando de Brasil.
A formação, os primeiros shows, os discos e tudo mais foram o foco do documentário. E também sobre a repercussão lá na Europa, principalmente na Escandinávia, onde vários fãs reverenciavam o Vulcano.
Sendo que o primeiro disco, Live, de 1985, foi (com justiça!) o primeiro registro de Metal Extremo da América Latina. Agora sabemos o porquê do Black Metal Norueguês pegar essas influências...
Como havia dito em posts anteriores, algumas bandas conseguem almejar o sucesso. Outras não e ficam perdidas no meio do caminho. Não é o caso do Vulcano, embora eles NUNCA se venderam ao mainstream, mas conseguiram ser reconhecidos pelo árduo trabalho, em nome do Metal Extremo brasileiro.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista AgoraO futuro está entre nós. Estamos no século XXI. Mas ainda estamos mais atrasados e despreparados para encarar todas as catástrofes que enfrentamos. As grandes corporações planejam o futuro da Humanidade, e o Meio ambiente corre sérios riscos gravíssimos.
Ridley Scott (Gladiador, Alien o 8º Passageiro, Thelma & Louise, O Gângster) realizou um clássico da ficção científica. Blade Runner é uma adaptação do romance do escritor Philip K. Dick (1928-1982). O policial (Harrison Ford) recebe a tarefa de eliminar os replicantes (androides) que fugiram de uma colônia espacial e querem mudar de vida. Entre eles, Rachael (Sean Young), que tem um tórrido romance com o tira.
Mas quem quer abortar os planos é o vilão (Rutger Hauer) e a Pris (Darryl Hannah), que invadem a casa de Sebastian, um inventor de androides. O que vemos é Los Angeles cinzenta, com arranha-céus imensos, carros voadores (no melhor estilo Os Jetsons) e uma trilha sonora, composta por Vangelis.
Uma curiosidade merece ser citada. durante as filmagens, Harrison Ford passou a maior parte de mau humor, não gostou do roteiro e reclamou quando obrigaram-no a gravar a narração em off. Sorte que a versão que vi não tinha (versão do diretor).
Enfim, é um clássico cult dos anos 80. Uma dedicatória do Philip Dick. Não é a toa que Blade Runner poderia ser um fracasso. o que não aconteceu.
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraNas palavras de Francis Ford Coppola: "Este não é um filme sobre o Vietnã. É o próprio Vietnã". À beira da falência, após dirigir O Poderoso Chefão, o célebre cineasta topou o desafio de filmar os horrores da guerra.
Inspirado em um livro chamado o Coração das Trevas, de Joseph Conrad, Apocalypse Now é um retrato ocular sobre a doentia ocupação americana no Vietnã. Ao som de The End, do Doors, helicópteros soltam rajadas de fogos em uma floresta, em uma cena antológica. Que começo.
Capitão Willard (Martin Sheen) é convocado pelo Exército para uma missão: localizar e matar o coronel Kurtz (Marlon Brando), que perdeu o juízo e montou uma milícia vietnamita para exterminar os que rebelam contra a guerra. o que ele não sabia é que sua missão era a mais arriscada que já enfrentou. Junto com sua equipe, Willard cruza o rio até Camboja para encontrar o doentio coronel. É aí que o perigo chega junto.
Em uma das cenas, o tenente Kilgorge (Robert Durvall) ironiza a situação em que se encontra, ao tirar o uniforme para "surfar". Ao sentir o aroma das explosões, ele brada: "adoro o cheiro de napalm pela manhã".
Nas cenas finais, Brando aparece friamente para interrogar Willard. Pra que não mostre sua obesidade, o ator sugeriu aparecer no escuro.
Na época do lançamento, a crítica foi severa. Mas não dá pra ignorar a genialidade de Coppola. Vencedor de dois Oscars (Som e Cinematografia) e Palma de ouro do Cannes, Apocalypse Now tem status de clássico.
Traffic: Ninguém Sai Limpo
3.7 215 Assista AgoraSteven Soderbergh fez do Traffic o seu melhor filme, retratando o sombrio mundo do tráfico de drogas, que assola o mundo. O longa possui três histórias paralelas, com o mesmo tema.
1-Benicio Del Toro é um policial honesto que trabalha na fronteira México-EUA no combate ao tráfico. Mesmo sofrendo com a corrupção policial, ele resiste bravamente. Por esse papel, Del Toro faturou o homenzinho dourado.
2-Michael Douglas é um juiz da suprema Corte, que é nomeado chefe do combate às drogas. Porém, descobre que sua filha é viciada.
3-Um barão do tráfico é preso, deixando perplexa sua mulher (Catherine Zeta-Jones), grávida de seis meses, que desconhecia suas atividades.
Além disso, Traffic faturou mais três Oscars de Melhor Direção (Steven), roteiro Adaptado e montagem. Nada mal para quem dirigiu Sexo, Mentiras e Videoteipe!
Planeta Terror
3.7 1,1KImagine você indo para um cinema, deparando-se com um ambiente totalmente moribundo, banheiros fedorentos, bilheteiro septuagenário com um radinho de pilha grudado na orelha, paredes descascando e as salas sinistras cujos acentos estão cheios de ácaros e o telão cheio de gordura. Imaginou? É porque você ainda vai conferir que filme será exibido nessa sessão. Os mesmos de sempre. Todos de terror, repletos de zumbis devoradores de carne humana.
Tudo isso é uma homenagem feita por dois diretores: Robert Rodriguez e Quentin Tarantino. Cinéfilos assumidos e fanáticos por filmes B, criaram o projeto Grindhouse (aquelas salas citadas acima!). Por imposição do estúdio, foi desmembrado em dois: À Prova de Morte e Planeta Terror.
Este ultimo, dirigido por Rodriguez, começa com um "trailer" do filme Machete (ainda sob previsão de produção!), em que um pistoleiro acorda do coma e caça os assassinos que quase o mataram, com direito a Padre munido a fuzil e motocicleta equipada com metranca.
Voltando ao petardo, é um clichê de dar dó. Um gás vaza em uma base militar, causando em seus soldados e curiosos feridas borbulhantes e um apetite animal por carne humana. Nesse mesmo enredo, temos a dançarina de stripper Cherry Darling, que sai do seu oficio e acaba sendo atacada por zumbis, que arrancam sua perna. Seu namorado, El Wray, equipa em sua amada, uma prótese de metranca no lugar da perna. um casal de médicos que não querem saber de cadáveres na quarta feira. um churrasqueiro que encontra um ingrediente para seu melhor molho de carne. Tudo isso está registrado nesse filme que deveria ter concorrido ao Oscaralho.
A película é até exagerada, com direito a riscos, a fita derretendo no meio (com direito a pedido de desculpas!), mas não podemos levar à serio. No elenco, temos a gostosa Fergie, que acaba virando isca e seu cérebro sugado, Bruce Willis em seu pior papel da sua vida, como um general do exercito, Tarantino fazendo um soldado taradão (reparem na cena em que abaixa as calças!)
Cães de Aluguel
4.2 1,9K Assista AgoraDesta vez, o filme foi o primeiro desse, que é um dos gênios da sétima arte: Quentin Tarantino.
Falar da importância desse mestre é desnecessário. Seu primeiro filme veio de uma ideia que teve quando escreveu o roteiro, na época em que trabalhava na locadora. O título Reservoir Dogs é uma referência para um de seus clientes. Mas, por causa disso, ele batizou e fez aquilo o que se tornou sua marca registrada.
O filme começa com um comentário sensacional de Sr. Marrom (Tarantino), ao referir o significado da música Like A Virgin da Madonna, sobre uma garota que namora um cara de P#*& grande. Ao seu lado, estão Sr. Rosa (Steve Buscemi), Sr. Branco (Harvey Keitel), Sr. Louro (Michael Madsen), Sr. Laranja (Tim Roth), Sr. Azul (Edward Bunker) e Jor Cabot (Lawrence Tierney). Todos estão reunidos para assaltar uma joalheria. Porém, algo dá errado quando Sr. Laranja leva um tiro e todos os membros (exceto Sr. Marrom que morreu) ficam sabendo que um deles delatou o grupo para a polícia.
Foi a partir daí que a história começa sobre como eles se conheceram (mesmo que nenhum deles saiba o nome dos outros), apesar do filme ter uma sequencia não-linear, que é uma marca de Tarantino, incluindo sangue, tiros e muitos diálogos super bem escritos.
A cena do Sr. Louro torturando um policial, ao som de Stuck in the middle With You, para depois cortar a orelha entrou para a história.
Uma curiosidade: a produtora Dog Eat dog foi inspirada no livro Cão Come Cão, de Edward Bunker, o Sr Azul. Sim, aquele que passou 18 anos em várias prisões, incluindo as famosas St. Quentin e Folson. Não à toa que ele teve como Tarantino um de seus ídolos.
Esse filme só teve reconhecimento depois que Pulp Fiction ganhou Oscar, mas vale a pena por levar o nome do diretor e cravá-lo na história.
Bastardos Inglórios
4.4 4,9K Assista AgoraQuentin Tarantino teve a ideia de filmar Bastardos Inglórios, no final dos anos 90, mas resolveu se dedicar as duas partes de Kill Bill e À Prova de Morte. Apesar disso, sua ideia sobre o Nazismo foi posto à prova, quando filmou Bastardos, que foi dividido em 5 capítulos.
Brad Pitt se deu bem ao interpretar o Tenente Aldo Raine, líder dos Bastardos Inglórios, que tem como único objetivo: matar nazistas. Em seu elenco, Eli Roth (diretor de O Albergue e Cabana do Medo) faz o Sargento Donny Donowitz, o Urso Judeu, que bate os alemães com seu taco. Aldo ordena que escalpelem os soldados, arrancando o couro cabeludo e desenhem uma suástica na testa com um facão.
Já na outra parte, Mélanie Laurent faz Shousanna Dreyfus, sobrevivente do massacre numa fazenda da França, liderada pelo implacável coronel Hans Landa (Christoph Waltz), conhecido como Caçador de Judeus.
Para planejar uma vingança contra Hitler (no melhor estilo Pulp fiction e Kill Bill), Shousanna se muda para Paris e assume a identidade de Emmanuelle Mimieux, gerente do cinema. Foi nesse estabelecimento que ela conhece o soldado Fredrick Zoller, atirador de elite, cuja sua história virou filme e será exibida naquele cinema.
É aí que a história de eliminar a corja de nazistas começa. Enquanto Shousanna e seu fiel escudeiro preparam uma destruição no cinema, colocando rolos de fitas de nitrato inflamáveis, o exército de Aldo "Apache" tenta se infiltrar com os alemães para entrar, juntamente com a atriz e agente dupla Bridget von Hammersmark.
O que vocês verão é um banho de sangue, com direito a flashbacks dos soldados, além da genialidade ímpar de Tarantino de colocar seu ponto de vista sobre o SS.
Mas, seu principal mérito é a interpretação de Waltz. A implacável, sarcástica e genial habilidade de compor seu personagem rendeu ao ator austríaco algumas premiações, que merecem ser mencionadas (Oscar, BAFTA, Globo de Ouro, SAG Awards, entre outros, por Melhor Ator Coadjuvante).
Se você não teve a oportunidade de ver, e vibrar quando um soldadinho nazista ser marcado com suástica na testa, pegue e veja.