A O'Hara simplesmente SUMIU sem mais explicações, achei a única debilidade da temporada. Junkie Jackie é assustadora, sociopata. Ela tocou o louco depois da recaída. Teve o que merecia no final da temporada, mas de um jeito diferente do que eu esperava. Uma pena que essa série não teve o devido reconhecimento, já vou pra última com saudades.
Que delícia descobrir essa série. O melhor é que como tô vendo depois de encerrada, vejo uma temporada atrás da outra, porque quando a série é boa a gente assiste sem parar. Essa vale a pena maratonar.
Inacreditável, a série é tão maravilhosa e subestimada desse jeito só porque já foi encerrada. Pelo filmow dá pra saber que têm pouquíssimas pessoas acompanhando, estão perdendo um entretenimento de qualidade. A temporada foi redondinha, incrível. Super assertiva, focaram mais no drama e em questões pesadas da recuperação de Jackie e o desmantelamento de seu casamento. Acabei rapidinho a temporada. O babaca do Cruz se fodendo é o auge, pena que o preço que ele paga é bem alto e acaba perdendo o filho. Linda sincronia pra fechar o último episódio, como retrata o cotidiano de vários hospitais nesse momento: enquanto tem uma pessoa dando seu último suspiro, outra está começando a dar seu primeiro sopro de vida. Parece clichê essa premissa, mas não deixa de ser bonita. A baila entre a vida e a morte é o que torna uma série simples sobre ambientação hospitalar tão bela, é a síntese das coisas como são. P.s.: por que o Bobby Cannavale só ganha papel de macho escroto, ein? Tudo que vejo com participação dele são personagens canastronas e esteriotipadas de gente boçal ou escrota, impressionante. Soa até como se a arte imitasse a vida desse cara, rs.
O plot final é impagável. Adorando a série, mas às vezes até que dá vontade de ver a Jackie se fudendo depois de manipular em várias situações. Sempre acaba se safando, mas são altos e baixos. Adorando ver a Zoey crescer, mas não sei se vai durar muito porque lembro que nessa mesma época, a atriz fez uma participação em The Walking Dead - aliás, um completo desperdício naquela porcaria. Gostei muito do trabalho dela em "Inacreditável", ela tem potencial. Só tem um deslize, a meu ver, que escapou e achei esquisito: o policial que leva flores pra Zoey já havia aparecido em outro episódio como paciente fugitivo. Fiquei: oi?? Mas enfim, é só um detalhe e a série como um todo proporciona boas risadas, uma dramédia equilibrada.
Enfim um final digníssimo! Agora, precisa encerrar na próxima temporada. A série esgotou os recursos, já se encaminha pra um encerramento da história e dos personagens. Nessa temporada, apesar da guerra reconhecida, o foco mesmo foi no desejo de vingança e reparação da June e de outras mulheres refugiadas no Canadá. O mais coerente, a meu ver, é reconhecer que a vida pacata na espera de recuperar a filha perdida jamais vai acontecer, pelo menos não com o Luke. As mulheres em Gilead são brutalizadas, não dá pra amaciar na dimensão de estrago causado pelo regime. Não existe reparo para o trauma, acho que isso é um ponto interessante abordado pela série como é dito num diálogo no último episódio. Por mais que a June tenha em mãos aqueles que lhe acometeram atrocidades, a justiça nunca será o suficiente, a vida nunca mais será a mesma. Ela teve a vida devassada, o casamento destruído, a filha roubada. Enfim, agora só quero ver ela sendo mentora de outros resgastes e implodindo Gilead pouco a pouco. Talvez seja isso que venha na próxima, mas espero de verdade que a história chegue ao fim para não ir ladeira abaixo no enredo.
Dei uma colher de chá pra Netflix. Quase não tenho mais acompanhado porque no geral tem entregado coisas desinteressantes. Mas me apetece as produções espanholas, e essa minissérie realmente não é meia boca, muito pelo contrário, é um entretenimento de alto nível, com um plot atrás do outro. Gostei bastante desse protagonista não ser tão central na trama, pois o ator tá mais pra Kristen Stewart em expressividade. O núcleo em torno das personagens femininas valeu muito mais a pena, com mais tensões, dramas e suspense genuínos. Pra ficar 100% redonda e ganhar 5 estrelas, eu teria mostrado um porquê daquela coronel da polícia pentelhar e atrapalhar tanto as investigações. Tipo ela protegendo alguém bem influente, como um político, alguém implicado de alguma forma. Mas isso é um mero detalhe, jamais vai rebaixar o todo de qualidade exibido em cada episódio.
É boa? Sim, mas não tudo isso. Personagens inesquecíveis, isso é inegável. Aliás, amei detestar a maior parte deles. Dá saudade, sim, mas não a ponto de eu considerar "a melhor série de todos os tempos" e me fazer assistir de novo. Gostei que o final foi coerente à série: nada épico, um marasmo, família reunida e o protagonista tocando a vida depois de contornar acontecimentos frenéticos. O auge da temporada foram os dois penúltimos episódios, lindos de se ver. O que mais gostei foi do elemento imprevisível, como o desfecho do primeiro episódio. Isso sim me parece algo totalmente inovador pro que se produzia na tv. Fantástico como eles usaram isso de maneira impecável. Pra mim a série já acabou simbolicamente ali nos episódios 19 e 20, o resto só foi firula de muita coisa desnecessária... tipo, 21 episódios? Pra que tudo isso? Me poupe. Teve muita encheção de linguiça. Vito, poc burra... morte previsível. Chris demorou a sumir, tava um saco, insuportável desde a quinta temporada e considerando o estilo de vida que levava, chegou bastante longe na série. Apesar de tudo isso, ainda prefiro Breaking Bad por achar a série mais redonda, ainda que não só ela como tantas outras tenham feito escola em "Sopranos". De fato, essa série ensinou muita coisa do que consideramos a glória em séries de tv. As séries passaram a ser entregues com outra qualidade técnica desde então. Quanto ao final: é incrível, sem palavras. Mas eu NÃO me convenci da morte de Tony Soprano. Agora fico de luto depois de maratonar toda ela em três meses.
Quem ainda em pleno 2021 consegue acompanhar uma bosta dessa? Temporadas absurdamente longas, com mais de 15 episódios enchendo linguiça. Parei na 7a quando aparece o Negan, o personagem até que é interessante mas não me arrependo porque a série é arrastada demais. Seu auge foi até a terceira ou quarta temporada, depois disso foi só ladeira abaixo.
Não vou dizer que foi frustrante ver o desfecho trágico da Adriana, porque eu já tava preparado. Foi o pior episódio de acompanhar, mas fiquei surpreso como isso demorou a acontecer. Não esperava que seria de uma forma tão covarde e cruel, mas era previsível que essa colaboração dela com o FBI não acabaria bem. Nunca idealizei um desfecho melhor, mas achei uma certa enrolação e até um pouco de incompetência pros agentes do FBI evitarem isso. Ela ficar viva seria igualmente trágico, tava sofrível continuar a vê-la naquela relação abusiva e doentia com o noivo. Pra mim foi um alívio esse final de temporada, já tava abusado do Johnny. Aliás, finalmente vou acabar essa série pois não tenho mais estômago pra ver tanto macho seboso ficando por cima. Quero mais é que se fodam um por um nessa temporada final, e que venha o grand finale pro Tony, um completo escroto, canalha mor. É impossível sustentar tanto tempo uma série com personagens tão repugnantes, não dá pra se cativar ou torcer por nenhum deles se vc só espera que o pior aconteça logo.
Achei a temporada mais fraca até agora. Começou fraca, terminou um tédio. O pior: aguentar a atuação sofrível do filho mais novo. E não me conformo de não acontecer nada com o Ralph, um grande embuste insuportável que eu torcia pra que fosse exterminado como o rato que ele é. Carmela gosto de graça, que atriz incrível e competente a Edie Falco. Toda premiação pra ela é pouca. O humor mórbido que dá o tom da série também salvou a temporada. O ponto alto, pra mim, foi o episódio monstruoso com a analista. Gostei muito de jogarem com nosso anseio mais óbvio de valer a Lei de Talião. Apesar de julgarmos (e detestarmos) os feitos de Tony Soprano, achei bem coerente um desfecho sem solução, inclusive porque condiz com o perfil da psicanalista extremamente profissional que mesmo ciente do (mau) caráter do paciente, segue dando sustentação e pra mim, esse processo da psicoterapia do Tony se mostra maravilhoso. Arrisco dizer que vejo mais a série por isso do que pela história em si. Uma trama de mafiosos com os estereótipos desse universo, permeada de machismo, racismo e homofobia parece até datada pros dias de hoje. Mas o desenvolvimento dos personagens é fascinante em Sopranos, nos deixa vidrados pra seguir em outra temporada. Inclusive, vejo a conta gotas pra não acabar rápido porque é viciante. Tento assistir uma temporada por mês, num ritmo bem relax. Amo odiar os personagens dessa série adorável.
Demorei, mas finalmente comecei a ver essa sumidade. Ela é realmente tudo o que dizem, vão sem medo. Agora fez sentido ver como várias séries foram lançados em massa depois dessa produção, porque tudo que ela trouxe de inovação e qualidade é, de fato, um modelo a ser seguido como poucas. Dessa época adorava Arquivo X, já devorei todas as temporadas. Sopranos é daquelas séries que é difícil não rolar amor à primeira vista. Fico até sem querer ver tudo de uma vez. Vi a primeira temporada com um episódio por dia, inclusive tinha dias que eu não conseguia assistir e gostei dessa dinâmica. Virou minha novelinha predileta do momento, e não se enganem: mesmo após esses 21 anos que foi exibida pela primeira vez, é um seriado que oferece muita qualidade em meio a várias patifarias lançadas quase que diariamente por Netflix, Amazon e afins.
Desconfiei d@ assassina@ de cara, mas os flashbacks excessivos atrapalharam mais do que se propunham. Muitas cenas foram dispensáveis também, com diálogos sem profundidade que só reforçavam o estereótipo da mediocridade típica de cidade interiorana e preconceituosa. A série é boa, mas não achei tudo isso, podia ser bem melhor. As atuações e a trilha sonora são impecáveis, mas acho um tanto controverso essa autora sempre forçar ao revelar quem faz a matança de verdade. Me parece que isso dá um ar de ficção, porque contraria completamente as estatísticas de serial killers, majoritariamente homens na realidade.
Eu nunca vou entender o pessoal que comenta aqui. Acho que deviam atentar mais para o título do que foi assistido antes de falar que isso ou aquilo não presta. A série já diz ~no título~ sobre aquilo que não pode ser desfeito. Nesse caso, um crime. Só que em vez de se basear na certeza do ocorrido, a série se propõe a plantar dúvidas sobre porque o crime foi cometido. E nem falo tanto de levantar outras suspeitas porque esse não foi o foco - ainda que houve alguns momentos que fiquei desconfiado com outros personagens. Pra mim, a série é sobre as expectativas e falsas certezas que criamos para acreditar nas pessoas, e é justamente essa dificuldade "humana, demasiado humana" que a gente não se conforma
[/spoiler] com a entrega de um personagem tão incompatível com a suspeita principal, e pior, que esse personagem se mostre um psicopata. Acredito que quando a gente começa a repensar as 'zonas de conforto narrativas', é possível superar as críticas rasas. [spoiler]
A temporada é mais dramática que a primeira, o desfecho não é lá grandes coisas mas achei coerente pra finalizar a série. Muito bonito como a história retrata o enfrentamento do luto e seus efeitos, a ligação ineludível do ser humano com a espiritualidade, o exercício da religião. A relação conflituosa entre igreja e Estado, e a própria organização comunitária das igrejas que também é problemática, são tematizados ao longo da série. Gostei muito, os dinamarqueses produzem coisas de excelente qualidade, e a série me estimulou a acompanhar outros títulos. Aliás, a primeira que vi deles foi a minissérie Borgen desse mesmo produtor, recomendo bastante para quem quiser conhecer outras histórias além do mais do mesmo hollywoodiano.
Ruim que dói! Só valeu a pena por causa do casal de fanchas. Achei sofrido assistir isso, demorei tanto, enrolei mesmo pra terminar... nem parece que foi produzida pelo mesmo diretor de 'hereditário'
Entendi nada desse final. Mesmo assim, a série conseguiu fazer em duas temporadas curtinhas o que Game of Thrones demorou em sete (e ainda fez bem meia boca). Achei excelente! Atuações ótimas, figurinos impecáveis, as paisagens belíssimas... Que venha a terceira temporada.
Entregaram essa série pros fãs de AHS se conformarem, já que não vai ter temporada esse ano devido à pandemia. A série tem seus pontos positivos, apesar do Ryan Murphy tratar desse tema anteriormente em Asylum (muito boa temporada por sinal). Mas acredito que o foco da Mildred devia ser um drama explorando uma personagem diabólica. O roteiro é sem pé, sem cabeça. Incoerente do começo ao fim. A Ratched começa insana e termina "normal". O hospital é invadido de boas, os maluco fogem em paz sem interdição. A antiga enfermeira chefe homofóbica se torna amiga do casal de fanchas (oi!?). Um personagem interessante é morto de forma aleatória... um samba doido que me pareceu um final mais terminado nas coxas do que pensado. Essa fórmula faz sentido nas temporadas de AHS, não acho que funcionou aqui.
Essa série é tão perfeita que é quase um documentário. As atuações, o jogo de câmeras, o realismo visceral... Assisti com o coração na boca. A maior parte foi com a sensação de revolta. Não dá pra subestimar mesmo a dimensão do fanatismo: bárbaro, doentio, repugnante, seja ele qual for. Impossível haver final feliz num tema tão pesado e tão próximo da nossa realidade.
Eu nunca vou me conformar de trocarem a abertura. Deviam ter pelo menos mantido a música da primeira temporada, só fizeram isso no penúltimo episódio. Sei que tudo é bem encaixado, inclusive as letras das músicas que se articulam às cenas. Mas isso não tira o mérito de uma série linda, sublime. Não me vem outras palavras.
Tem um aforismo do Wittgeinstein que me parece perfeito sobre o diálogo final: "daquilo que não se pode falar, deve-se calar". A história da Norah foi pouco convincente? Sim, mas cada um interpreta conforme sua imaginação. E isso torna o final ainda mais fantástico. Não cabia respostas pra um final redondo. A potência dessa série tá nas camadas do não explicado, do silenciado. Das expressões, das epifanias. É uma história sobre perdas, sobre como o ser humano é capaz de seguir em frente. Sobre 'estar de volta pro seu aconchego, trazendo na mala uma grande saudade'. Inclusive, sobre perda de sentido na maior parte dos episódios. E a busca por um sentido. De tornar possível o impossível, de extrair do absurdo algo de palpável e suportável. A gente precisa seguir em frente com o que resta, acho que foi a maior lição da série. Cada caco traumático é precioso, nos reconstrói ao longo da vida. A série também ensina a seguirmos em frente com a narrativa, mesmo sem alguns personagens adoráveis, como os de Liv Tyler, Ann Down, Regina King... (aliás, venero todas). Vibrei quando elas reapareceram, mesmo que cada uma delas apenas numa cena da temporada. Que cabelo triste tava o da Meg no penúltimo episódio, rs Não sei muito o que dizer sobre a série, até falei demais por aqui, mas acho que nem vale a pena ficar muito em elucubrações sobre ela. Teorizar é um esforço trabalhoso, já basta a vida. É uma série feita pra sentir, refletir, repensar, re-existir. Uma experiência e tanto, todo mundo devia se permitir nessa breve existência.
Ontem vi uma menina descrever a série como a história de Xuxa e Marlene Matos (risos), mas ela ficou na crítica rasa sem ir além do superficial e não conseguiu avançar na primeira temporada. A série oferece muito mais, e nessa temporada explorou ainda melhor a questão da emancipação feminina na virada dos anos 50/60, captando com extrema sutileza e inteligência as mudanças culturais e conquistas das mulheres, além do potencial narrativo sobre a segregação racial e toda a hipocrisia ("artistas" de plástico fabricados, como a Sophie Lennon) que permeia o show business. Sério que ainda esperam que reatem Joel e Midge? Se forçar mais, caga. Pra mim, o Joel continua um porre, apesar da babaquice dele ter sido mais 'leve' nessa temporada. Gostei da problemática levantada sobre artistas venerados precisarem ser enrustidos pra manterem a fama, isso ainda ocorria até tempos MUITO recentes (e continua existindo, mas em menor escala hoje em dia).
Vou rever tudo do zero, pois coisas que chegam próximo da perfeição merecem ser vistas incansavelmente. E tudo vai ter mais sentido, sem aquele hiato entre uma temporada e outra que a gente chega a se perder ou esquecer da história. Essa série foi amor à primeira vista como poucas são capazes, desde que foi lançada. Vai deixar muitas saudades, eu sempre esperava ansiosamente pela nova temporada pois sabia que não iria me decepcionar. Minha única ressalva com o fecho do seriado foi o Tyrell sumir de um jeito muito aleatório e quase nada explicado. E a Whiterose foi brilhante desde a primeira aparição, o roteiro foi um encanto de tão cuidadoso pra contar a estória dela. Pena que o desfecho da personagem não foi tão grandioso como se esperava, mas foi bem digno considerando as motivações iniciais da antagonista e sua trajetória pessoal. Recomendem essa série a quem puder, assim ela ganha a popularidade que merece. Tem muita gente perdendo tempo vendo bobagens por falta de boas indicações.
Entregou um final digno pra série, apesar de tudo que aconteceu. A ausência de Maura ocorreu de forma sensata para explicar o afastamento de quem a interpretava, afinal depois que o ator assediou as atrizes trans, o clima deve ter ficado insustentável nas gravações - inclusive esse incidente explica o grande hiato entre a quarta temporada até agora. Apesar desse episódio final ser cheio de devaneios, maneirismos e tom cativante de despedida, o formato de musical não me conquistou, mas isso é só porque não curto musicais mesmo. Ainda assim, devo reconhecer que foi um musical bem feito, que não deixa os da Brodway botarem defeito. É muito lindo ver essa guinada na tv de um público que até então era somente invisibilizado. Transgêneros participando de séries renomadas e sendo reconhecid@s pela atuação, que pode ser tão brilhante quanto atores e atrizes cisgêneros. Transparent vai deixar saudade por incluir esse segmento, mas sei que Pose também tá dando protagonismo às pessoas trans. Que venham tantas outras produções a continuar propondo narrativas protagonizadas por pessoas que sempre foram marginalizadas.
Que marido insuportável! Eu não me conformo que essa temporada teve um final tão paia, apesar que já era um desfecho meio previsível: como vcs esperavam de uma temporada que romantizou por vários episódios a relação da Midge com o ex esposo? Acho que ela continua simbolizando uma mulher progressista e feminista nesse contexto tão reacionário de valores nos anos 50, quando subverte as expectativas da mulher branca de classe média fadada a ser dona de casa. Agora, mostrar o quanto ela sabota a possibilidade de viver outras experiências (inclusive tendo outra alternativa nessa altura), e a própria independência enquanto mulher soou forçado nesse último episódio. Como se num lapso emocional ela anulasse tudo que tava sendo construído, o que parece bastante injusto se considerar que o personagem Joel se mostrou mais do mesmo, um cara problemático e mimado. Espero que corrijam isso na próxima temporada, pois a série ainda tem potencial e é bem gostosa de acompanhar.
Essa temporada foi relativamente inferior em relação às anteriores: narrativa morosa, quase que uma enrolação pra chegar nos finalmentes, com poucas reviravoltas a não ser nos últimos episódios. Gostei de ver a Mira Sorvino em cena. É monstruoso ver como cretinos como o Harvey Weinstein estragaram a carreira de uma atriz tão versátil e com tanto potencial... Agora voltando à Startup, Nick tava insuportável, até que no final teve o que merecia. Estou curioso para ver como a trama se desdobra na quarta temporada, mas uma coisa é certa: a relação de amor e ódio do trio de fundadores da startup é o que dá sustentação à série, para o bem ou para o mal.
Nurse Jackie (6ª Temporada)
4.1 12A O'Hara simplesmente SUMIU sem mais explicações, achei a única debilidade da temporada. Junkie Jackie é assustadora, sociopata. Ela tocou o louco depois da recaída. Teve o que merecia no final da temporada, mas de um jeito diferente do que eu esperava. Uma pena que essa série não teve o devido reconhecimento, já vou pra última com saudades.
Nurse Jackie (5ª Temporada)
4.2 26Que delícia descobrir essa série. O melhor é que como tô vendo depois de encerrada, vejo uma temporada atrás da outra, porque quando a série é boa a gente assiste sem parar. Essa vale a pena maratonar.
Nurse Jackie (4ª Temporada)
4.2 22Inacreditável, a série é tão maravilhosa e subestimada desse jeito só porque já foi encerrada. Pelo filmow dá pra saber que têm pouquíssimas pessoas acompanhando, estão perdendo um entretenimento de qualidade. A temporada foi redondinha, incrível. Super assertiva, focaram mais no drama e em questões pesadas da recuperação de Jackie e o desmantelamento de seu casamento. Acabei rapidinho a temporada. O babaca do Cruz se fodendo é o auge, pena que o preço que ele paga é bem alto e acaba perdendo o filho. Linda sincronia pra fechar o último episódio, como retrata o cotidiano de vários hospitais nesse momento: enquanto tem uma pessoa dando seu último suspiro, outra está começando a dar seu primeiro sopro de vida. Parece clichê essa premissa, mas não deixa de ser bonita. A baila entre a vida e a morte é o que torna uma série simples sobre ambientação hospitalar tão bela, é a síntese das coisas como são.
P.s.: por que o Bobby Cannavale só ganha papel de macho escroto, ein? Tudo que vejo com participação dele são personagens canastronas e esteriotipadas de gente boçal ou escrota, impressionante. Soa até como se a arte imitasse a vida desse cara, rs.
Nurse Jackie (3ª Temporada)
4.0 24O plot final é impagável. Adorando a série, mas às vezes até que dá vontade de ver a Jackie se fudendo depois de manipular em várias situações. Sempre acaba se safando, mas são altos e baixos. Adorando ver a Zoey crescer, mas não sei se vai durar muito porque lembro que nessa mesma época, a atriz fez uma participação em The Walking Dead - aliás, um completo desperdício naquela porcaria. Gostei muito do trabalho dela em "Inacreditável", ela tem potencial. Só tem um deslize, a meu ver, que escapou e achei esquisito: o policial que leva flores pra Zoey já havia aparecido em outro episódio como paciente fugitivo. Fiquei: oi?? Mas enfim, é só um detalhe e a série como um todo proporciona boas risadas, uma dramédia equilibrada.
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista AgoraEnfim um final digníssimo! Agora, precisa encerrar na próxima temporada. A série esgotou os recursos, já se encaminha pra um encerramento da história e dos personagens. Nessa temporada, apesar da guerra reconhecida, o foco mesmo foi no desejo de vingança e reparação da June e de outras mulheres refugiadas no Canadá. O mais coerente, a meu ver, é reconhecer que a vida pacata na espera de recuperar a filha perdida jamais vai acontecer, pelo menos não com o Luke. As mulheres em Gilead são brutalizadas, não dá pra amaciar na dimensão de estrago causado pelo regime. Não existe reparo para o trauma, acho que isso é um ponto interessante abordado pela série como é dito num diálogo no último episódio. Por mais que a June tenha em mãos aqueles que lhe acometeram atrocidades, a justiça nunca será o suficiente, a vida nunca mais será a mesma. Ela teve a vida devassada, o casamento destruído, a filha roubada. Enfim, agora só quero ver ela sendo mentora de outros resgastes e implodindo Gilead pouco a pouco. Talvez seja isso que venha na próxima, mas espero de verdade que a história chegue ao fim para não ir ladeira abaixo no enredo.
O Inocente
4.0 305 Assista AgoraDei uma colher de chá pra Netflix. Quase não tenho mais acompanhado porque no geral tem entregado coisas desinteressantes. Mas me apetece as produções espanholas, e essa minissérie realmente não é meia boca, muito pelo contrário, é um entretenimento de alto nível, com um plot atrás do outro. Gostei bastante desse protagonista não ser tão central na trama, pois o ator tá mais pra Kristen Stewart em expressividade. O núcleo em torno das personagens femininas valeu muito mais a pena, com mais tensões, dramas e suspense genuínos. Pra ficar 100% redonda e ganhar 5 estrelas, eu teria mostrado um porquê daquela coronel da polícia pentelhar e atrapalhar tanto as investigações. Tipo ela protegendo alguém bem influente, como um político, alguém implicado de alguma forma. Mas isso é um mero detalhe, jamais vai rebaixar o todo de qualidade exibido em cada episódio.
Família Soprano (6ª Temporada)
4.7 308 Assista AgoraÉ boa? Sim, mas não tudo isso. Personagens inesquecíveis, isso é inegável. Aliás, amei detestar a maior parte deles. Dá saudade, sim, mas não a ponto de eu considerar "a melhor série de todos os tempos" e me fazer assistir de novo. Gostei que o final foi coerente à série: nada épico, um marasmo, família reunida e o protagonista tocando a vida depois de contornar acontecimentos frenéticos. O auge da temporada foram os dois penúltimos episódios, lindos de se ver. O que mais gostei foi do elemento imprevisível, como o desfecho do primeiro episódio. Isso sim me parece algo totalmente inovador pro que se produzia na tv. Fantástico como eles usaram isso de maneira impecável. Pra mim a série já acabou simbolicamente ali nos episódios 19 e 20, o resto só foi firula de muita coisa desnecessária... tipo, 21 episódios? Pra que tudo isso? Me poupe. Teve muita encheção de linguiça. Vito, poc burra... morte previsível. Chris demorou a sumir, tava um saco, insuportável desde a quinta temporada e considerando o estilo de vida que levava, chegou bastante longe na série. Apesar de tudo isso, ainda prefiro Breaking Bad por achar a série mais redonda, ainda que não só ela como tantas outras tenham feito escola em "Sopranos". De fato, essa série ensinou muita coisa do que consideramos a glória em séries de tv. As séries passaram a ser entregues com outra qualidade técnica desde então. Quanto ao final: é incrível, sem palavras. Mas eu NÃO me convenci da morte de Tony Soprano. Agora fico de luto depois de maratonar toda ela em três meses.
The Walking Dead (10ª Temporada)
3.6 287 Assista AgoraQuem ainda em pleno 2021 consegue acompanhar uma bosta dessa? Temporadas absurdamente longas, com mais de 15 episódios enchendo linguiça. Parei na 7a quando aparece o Negan, o personagem até que é interessante mas não me arrependo porque a série é arrastada demais. Seu auge foi até a terceira ou quarta temporada, depois disso foi só ladeira abaixo.
Família Soprano (5ª Temporada)
4.7 124Não vou dizer que foi frustrante ver o desfecho trágico da Adriana, porque eu já tava preparado. Foi o pior episódio de acompanhar, mas fiquei surpreso como isso demorou a acontecer. Não esperava que seria de uma forma tão covarde e cruel, mas era previsível que essa colaboração dela com o FBI não acabaria bem. Nunca idealizei um desfecho melhor, mas achei uma certa enrolação e até um pouco de incompetência pros agentes do FBI evitarem isso. Ela ficar viva seria igualmente trágico, tava sofrível continuar a vê-la naquela relação abusiva e doentia com o noivo. Pra mim foi um alívio esse final de temporada, já tava abusado do Johnny. Aliás, finalmente vou acabar essa série pois não tenho mais estômago pra ver tanto macho seboso ficando por cima. Quero mais é que se fodam um por um nessa temporada final, e que venha o grand finale pro Tony, um completo escroto, canalha mor. É impossível sustentar tanto tempo uma série com personagens tão repugnantes, não dá pra se cativar ou torcer por nenhum deles se vc só espera que o pior aconteça logo.
Família Soprano (3ª Temporada)
4.6 139 Assista AgoraAchei a temporada mais fraca até agora. Começou fraca, terminou um tédio. O pior: aguentar a atuação sofrível do filho mais novo. E não me conformo de não acontecer nada com o Ralph, um grande embuste insuportável que eu torcia pra que fosse exterminado como o rato que ele é. Carmela gosto de graça, que atriz incrível e competente a Edie Falco. Toda premiação pra ela é pouca. O humor mórbido que dá o tom da série também salvou a temporada. O ponto alto, pra mim, foi o episódio monstruoso com a analista. Gostei muito de jogarem com nosso anseio mais óbvio de valer a Lei de Talião. Apesar de julgarmos (e detestarmos) os feitos de Tony Soprano, achei bem coerente um desfecho sem solução, inclusive porque condiz com o perfil da psicanalista extremamente profissional que mesmo ciente do (mau) caráter do paciente, segue dando sustentação e pra mim, esse processo da psicoterapia do Tony se mostra maravilhoso. Arrisco dizer que vejo mais a série por isso do que pela história em si. Uma trama de mafiosos com os estereótipos desse universo, permeada de machismo, racismo e homofobia parece até datada pros dias de hoje. Mas o desenvolvimento dos personagens é fascinante em Sopranos, nos deixa vidrados pra seguir em outra temporada. Inclusive, vejo a conta gotas pra não acabar rápido porque é viciante. Tento assistir uma temporada por mês, num ritmo bem relax. Amo odiar os personagens dessa série adorável.
Família Soprano (1ª Temporada)
4.5 259 Assista AgoraDemorei, mas finalmente comecei a ver essa sumidade. Ela é realmente tudo o que dizem, vão sem medo. Agora fez sentido ver como várias séries foram lançados em massa depois dessa produção, porque tudo que ela trouxe de inovação e qualidade é, de fato, um modelo a ser seguido como poucas. Dessa época adorava Arquivo X, já devorei todas as temporadas. Sopranos é daquelas séries que é difícil não rolar amor à primeira vista. Fico até sem querer ver tudo de uma vez. Vi a primeira temporada com um episódio por dia, inclusive tinha dias que eu não conseguia assistir e gostei dessa dinâmica. Virou minha novelinha predileta do momento, e não se enganem: mesmo após esses 21 anos que foi exibida pela primeira vez, é um seriado que oferece muita qualidade em meio a várias patifarias lançadas quase que diariamente por Netflix, Amazon e afins.
Objetos Cortantes
4.3 835 Assista AgoraDesconfiei d@ assassina@ de cara, mas os flashbacks excessivos atrapalharam mais do que se propunham. Muitas cenas foram dispensáveis também, com diálogos sem profundidade que só reforçavam o estereótipo da mediocridade típica de cidade interiorana e preconceituosa. A série é boa, mas não achei tudo isso, podia ser bem melhor. As atuações e a trilha sonora são impecáveis, mas acho um tanto controverso essa autora sempre forçar ao revelar quem faz a matança de verdade. Me parece que isso dá um ar de ficção, porque contraria completamente as estatísticas de serial killers, majoritariamente homens na realidade.
[spoiler][/spoiler]
The Undoing
3.7 256 Assista AgoraEu nunca vou entender o pessoal que comenta aqui. Acho que deviam atentar mais para o título do que foi assistido antes de falar que isso ou aquilo não presta. A série já diz ~no título~ sobre aquilo que não pode ser desfeito. Nesse caso, um crime. Só que em vez de se basear na certeza do ocorrido, a série se propõe a plantar dúvidas sobre porque o crime foi cometido. E nem falo tanto de levantar outras suspeitas porque esse não foi o foco - ainda que houve alguns momentos que fiquei desconfiado com outros personagens. Pra mim, a série é sobre as expectativas e falsas certezas que criamos para acreditar nas pessoas, e é justamente essa dificuldade "humana, demasiado humana" que a gente não se conforma
[/spoiler] com a entrega de um personagem tão incompatível com a suspeita principal, e pior, que esse personagem se mostre um psicopata.
Acredito que quando a gente começa a repensar as 'zonas de conforto narrativas', é possível superar as críticas rasas.
[spoiler]
Herrens veje (2ª Temporada)
4.4 6A temporada é mais dramática que a primeira, o desfecho não é lá grandes coisas mas achei coerente pra finalizar a série. Muito bonito como a história retrata o enfrentamento do luto e seus efeitos, a ligação ineludível do ser humano com a espiritualidade, o exercício da religião. A relação conflituosa entre igreja e Estado, e a própria organização comunitária das igrejas que também é problemática, são tematizados ao longo da série. Gostei muito, os dinamarqueses produzem coisas de excelente qualidade, e a série me estimulou a acompanhar outros títulos. Aliás, a primeira que vi deles foi a minissérie Borgen desse mesmo produtor, recomendo bastante para quem quiser conhecer outras histórias além do mais do mesmo hollywoodiano.
A Maldição da Mansão Bly
3.9 924 Assista AgoraRuim que dói! Só valeu a pena por causa do casal de fanchas. Achei sofrido assistir isso, demorei tanto, enrolei mesmo pra terminar... nem parece que foi produzida pelo mesmo diretor de 'hereditário'
Kingdom (2ª Temporada)
4.3 146Entendi nada desse final. Mesmo assim, a série conseguiu fazer em duas temporadas curtinhas o que Game of Thrones demorou em sete (e ainda fez bem meia boca). Achei excelente! Atuações ótimas, figurinos impecáveis, as paisagens belíssimas... Que venha a terceira temporada.
Ratched (1ª Temporada)
3.8 393 Assista AgoraEntregaram essa série pros fãs de AHS se conformarem, já que não vai ter temporada esse ano devido à pandemia. A série tem seus pontos positivos, apesar do Ryan Murphy tratar desse tema anteriormente em Asylum (muito boa temporada por sinal). Mas acredito que o foco da Mildred devia ser um drama explorando uma personagem diabólica. O roteiro é sem pé, sem cabeça. Incoerente do começo ao fim. A Ratched começa insana e termina "normal". O hospital é invadido de boas, os maluco fogem em paz sem interdição. A antiga enfermeira chefe homofóbica se torna amiga do casal de fanchas (oi!?). Um personagem interessante é morto de forma aleatória... um samba doido que me pareceu um final mais terminado nas coxas do que pensado. Essa fórmula faz sentido nas temporadas de AHS, não acho que funcionou aqui.
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Califado (1ª Temporada)
4.5 126 Assista AgoraEssa série é tão perfeita que é quase um documentário. As atuações, o jogo de câmeras, o realismo visceral... Assisti com o coração na boca. A maior parte foi com a sensação de revolta. Não dá pra subestimar mesmo a dimensão do fanatismo: bárbaro, doentio, repugnante, seja ele qual for. Impossível haver final feliz num tema tão pesado e tão próximo da nossa realidade.
The Leftovers (3ª Temporada)
4.5 427 Assista AgoraEu nunca vou me conformar de trocarem a abertura. Deviam ter pelo menos mantido a música da primeira temporada, só fizeram isso no penúltimo episódio. Sei que tudo é bem encaixado, inclusive as letras das músicas que se articulam às cenas. Mas isso não tira o mérito de uma série linda, sublime. Não me vem outras palavras.
Tem um aforismo do Wittgeinstein que me parece perfeito sobre o diálogo final: "daquilo que não se pode falar, deve-se calar". A história da Norah foi pouco convincente? Sim, mas cada um interpreta conforme sua imaginação. E isso torna o final ainda mais fantástico.
Não cabia respostas pra um final redondo. A potência dessa série tá nas camadas do não explicado, do silenciado. Das expressões, das epifanias.
É uma história sobre perdas, sobre como o ser humano é capaz de seguir em frente. Sobre 'estar de volta pro seu aconchego, trazendo na mala uma grande saudade'. Inclusive, sobre perda de sentido na maior parte dos episódios. E a busca por um sentido. De tornar possível o impossível, de extrair do absurdo algo de palpável e suportável. A gente precisa seguir em frente com o que resta, acho que foi a maior lição da série. Cada caco traumático é precioso, nos reconstrói ao longo da vida.
A série também ensina a seguirmos em frente com a narrativa, mesmo sem alguns personagens adoráveis, como os de Liv Tyler, Ann Down, Regina King... (aliás, venero todas). Vibrei quando elas reapareceram, mesmo que cada uma delas apenas numa cena da temporada. Que cabelo triste tava o da Meg no penúltimo episódio, rs
Não sei muito o que dizer sobre a série, até falei demais por aqui, mas acho que nem vale a pena ficar muito em elucubrações sobre ela. Teorizar é um esforço trabalhoso, já basta a vida. É uma série feita pra sentir, refletir, repensar, re-existir. Uma experiência e tanto, todo mundo devia se permitir nessa breve existência.
Maravilhosa Sra. Maisel (3ª Temporada)
4.4 131 Assista AgoraOntem vi uma menina descrever a série como a história de Xuxa e Marlene Matos (risos), mas ela ficou na crítica rasa sem ir além do superficial e não conseguiu avançar na primeira temporada. A série oferece muito mais, e nessa temporada explorou ainda melhor a questão da emancipação feminina na virada dos anos 50/60, captando com extrema sutileza e inteligência as mudanças culturais e conquistas das mulheres, além do potencial narrativo sobre a segregação racial e toda a hipocrisia ("artistas" de plástico fabricados, como a Sophie Lennon) que permeia o show business.
Sério que ainda esperam que reatem Joel e Midge? Se forçar mais, caga. Pra mim, o Joel continua um porre, apesar da babaquice dele ter sido mais 'leve' nessa temporada. Gostei da problemática levantada sobre artistas venerados precisarem ser enrustidos pra manterem a fama, isso ainda ocorria até tempos MUITO recentes (e continua existindo, mas em menor escala hoje em dia).
Mr. Robot (4ª Temporada)
4.6 369Vou rever tudo do zero, pois coisas que chegam próximo da perfeição merecem ser vistas incansavelmente. E tudo vai ter mais sentido, sem aquele hiato entre uma temporada e outra que a gente chega a se perder ou esquecer da história. Essa série foi amor à primeira vista como poucas são capazes, desde que foi lançada. Vai deixar muitas saudades, eu sempre esperava ansiosamente pela nova temporada pois sabia que não iria me decepcionar.
Minha única ressalva com o fecho do seriado foi o Tyrell sumir de um jeito muito aleatório e quase nada explicado. E a Whiterose foi brilhante desde a primeira aparição, o roteiro foi um encanto de tão cuidadoso pra contar a estória dela. Pena que o desfecho da personagem não foi tão grandioso como se esperava, mas foi bem digno considerando as motivações iniciais da antagonista e sua trajetória pessoal.
Recomendem essa série a quem puder, assim ela ganha a popularidade que merece. Tem muita gente perdendo tempo vendo bobagens por falta de boas indicações.
Transparent: O Episódio Final
2.9 28 Assista AgoraEntregou um final digno pra série, apesar de tudo que aconteceu. A ausência de Maura ocorreu de forma sensata para explicar o afastamento de quem a interpretava, afinal depois que o ator assediou as atrizes trans, o clima deve ter ficado insustentável nas gravações - inclusive esse incidente explica o grande hiato entre a quarta temporada até agora. Apesar desse episódio final ser cheio de devaneios, maneirismos e tom cativante de despedida, o formato de musical não me conquistou, mas isso é só porque não curto musicais mesmo. Ainda assim, devo reconhecer que foi um musical bem feito, que não deixa os da Brodway botarem defeito.
É muito lindo ver essa guinada na tv de um público que até então era somente invisibilizado. Transgêneros participando de séries renomadas e sendo reconhecid@s pela atuação, que pode ser tão brilhante quanto atores e atrizes cisgêneros. Transparent vai deixar saudade por incluir esse segmento, mas sei que Pose também tá dando protagonismo às pessoas trans. Que venham tantas outras produções a continuar propondo narrativas protagonizadas por pessoas que sempre foram marginalizadas.
Maravilhosa Sra. Maisel (2ª Temporada)
4.5 150 Assista AgoraQue marido insuportável! Eu não me conformo que essa temporada teve um final tão paia, apesar que já era um desfecho meio previsível: como vcs esperavam de uma temporada que romantizou por vários episódios a relação da Midge com o ex esposo? Acho que ela continua simbolizando uma mulher progressista e feminista nesse contexto tão reacionário de valores nos anos 50, quando subverte as expectativas da mulher branca de classe média fadada a ser dona de casa. Agora, mostrar o quanto ela sabota a possibilidade de viver outras experiências (inclusive tendo outra alternativa nessa altura), e a própria independência enquanto mulher soou forçado nesse último episódio. Como se num lapso emocional ela anulasse tudo que tava sendo construído, o que parece bastante injusto se considerar que o personagem Joel se mostrou mais do mesmo, um cara problemático e mimado. Espero que corrijam isso na próxima temporada, pois a série ainda tem potencial e é bem gostosa de acompanhar.
StartUp (3ª Temporada)
3.5 18Essa temporada foi relativamente inferior em relação às anteriores: narrativa morosa, quase que uma enrolação pra chegar nos finalmentes, com poucas reviravoltas a não ser nos últimos episódios. Gostei de ver a Mira Sorvino em cena. É monstruoso ver como cretinos como o Harvey Weinstein estragaram a carreira de uma atriz tão versátil e com tanto potencial...
Agora voltando à Startup, Nick tava insuportável, até que no final teve o que merecia. Estou curioso para ver como a trama se desdobra na quarta temporada, mas uma coisa é certa: a relação de amor e ódio do trio de fundadores da startup é o que dá sustentação à série, para o bem ou para o mal.