Talvez você precise ser fã de Galileo Galilei pra extrair algo mais da história simples de adolescentes mundanos em uma cidade como outra qualquer. Por isso, para mim, é impossível dissociar a imagem da banda das impressões que o filme causou em mim: as inserções de "Monday7s", "Hello Goodbye" e, claro, "Kanseitou", a música que inspirou o roteiro, no meio do filme, são tocantes.
Percebe-se como a música pode mudar a vida de uma pessoa, mesmo sendo incapaz de mudar o mundo. Não apenas fazer música, mas o simples fato de ouvir já provoca uma transformação grande na existência de qualquer um.
Interessante como o Kakeru, "preso" à cidade pacata do extremo norte do país, e a Mii, fugindo por todo o país, são parecidos por estarem estagnados numa situação que somente no caso dele cessará com a chegada da vida adulta. Mesmo assim, a mensagem de esperança no futuro consegue ser passada perfeitamente.
A grande dificuldade de adaptar um mangá para o cinema é a escolha de atores, na minha opinião. Claro que tem as adaptações com relação ao roteiro e às cenas, mas é difícil encontrar um bom ator. Pra mim, o Miura foi um péssimo Kazehaya. Não é bonito ou carismático e não vi potencial para ser um aluno popular nele. Por outro lado, a Sawako ficou PERFEITA. Conseguiram uma atriz que a personificasse do jeito que (imagino) a Shiina gostaria: não muito bonita, mas não feia, tímida e inconscientemente assustadora (tá, não tanto assim, mas crível). Alguém que muda completamente ao sorrir. Lindo. <3
Adorei o final do filme. Para mim, passa a sensação de que está completo: um casal de estudantes que, sem nem ao mesmo perceber, deseja que seus sentimentos alcancem um ao outro. E alcançaram. Alcançaram a todos, aliás.
PS: Se eu não falar que odiei a escolha do flumpool pra música tema não vou me sentir em paz.
Excelente a escolha da Bae Doona como boneca inflável: ser sul-coreana a torna deslocada com relação aos outros, mesmo para os olhos de um ocidental (sem contar que as leves nuances do sotaque dela são deliciosos de ouvir).
No começo, senti um certo desprezo por todos os personagens: Hideo, a recepcionista, a garota das maçãs, o vestibulando, a viúva... Todos pareciam tão ou mais vazios que a Nozomi mas, com o decorrer do filme, percebi que o vazio de cada um deles encontra-se devidamente preenchido com solidão, o que fez com que eles ganhassem minha simpatia. É como a própria Nozomi divaga: viver é preencher os vazios, com o quer que se consiga.
Enquanto boneca inflável, Nozomi era o centro da vida de Hideo mas, assim que passa a possuir um coração, a substituta é prontamente substituída. Triste, mas mais do que a sensação de inexistência, o filme me passou a ideia de que nunca estamos satisfeitos em um relacionamento, pois estamos sempre projetando nos outros o preenchimento de nossas próprias deficiências.
Liberdade sem propósito não é a mesma coisa que tédio?
Solanin se resume, para mim, em três cenas: a do balão vermelho, logo no comecinho do filme, quando a Meiko decide se demitir; a do "zero com zero resulta no infinito", da Meiko com o Oohashi, quase no fim; e, obviamente, a parte da canção. Achava que a Miyazaki não seria capaz de cantar, e ela realmente não foi, o que deixou o filme ainda mais real. "Eu canto para que isso sirva como uma prova de que você existiu" e "Adeus, não me importo mais. Adeus".
"Mesmo que eu esqueça o céu que vimos juntos, não esquecerei que estávamos juntos" e "Se existe alguém que você quer ver, então há alguém esperando por você".
Doo meu rim por este filme. [2] Sério que existe gente que se espanta com o assim chamado "conformismo" dos personagens? Mas, afinal, não somos todos conformistas, em menor ou maior grau? Apesar de esse ser o pano de fundo, não acho que a história seja sobre ética, medicina ou mesmo amor - é sobre a existência, como bem diz a sinopse do livro.
Preto e branco são, essencialmente, a mesma cor. Assim como o bem e o mal, a verdade e a mentira, o sonho e a realidade, Jin e Ran. O que mais senti do filme foi essa "unidade" de todo o universo. E aquele final desolador e lindo?
Não chega a ser um clichê, mas também não é original. O final aberto à interpretações é muito fraco. Além disso, a bipolaridade da Anna irrita. Quer morrer, quer viver, quer morrer, quer viver... Que tipo de protagonista é essa, sem qualquer carisma?
No entanto, a filosofia "Ushinron" a respeito da vida me fez pensar se algum dos roteiristas conhece RADWIMPS: "Por que morremos?" "Para que a vida tenha valor."
Quando eu assisti esse filme, antes de ter lido o mangá, antes de ser feito o anime (e quando ainda tinha expectativas de que a história teria um final), achei surpreendentemente incrível. Agora, vejo que a animação é boa e tal, mas a história ficou mal contada. Se quer saber mesmo o que é X, faça um favor a sí mesmo e leia o mangá. [2]
A emoção de completar um álbum de figurinhas, a excitação de espiar moças despidas e adquirir um sonho e um motivo para seguir ao frente ao ser pego na euforia ufanista da Copa do Mundo de 1970 - recortes nostálgicos da infância de uma geração da qual não fiz parte, mas que o filme foi capaz de me proporcionar de uma forma delicada.
Primeiramente, sou suspeito para comentar esse filme, visto que tive uma forte identificação com os depoimentos da stalker.
Quanto ao roteiro em si, esperava bem mais, especialmente depois de ter visto a maturidade juvenil de Eu Matei Minha Mãe. O Nico é completamente apagável, tanto em aparência quanto em personalidade. Já o visual vintage da Marie agrada. Aliás, se o tema central fosse puramente heterossexual, nada chamaria a atenção. E onde ficaram "Os Amores Imaginários", afinal de contas? Lembro de uma única cena onde o casal protagonista tem devaneios, enquanto que todo o resto limita-se a troca de olhares que não transmitem muita coisa. O filme começa a se arrastar perto do final razoável (e, comparando novamente com Eu Matei Minha Mãe, o final é terrível). Estou ansioso pelo próximo filme do Xavier, pra ver se o brilhantismo de Eu Matei Minha Mãe foi mais do que um lampejo fugaz.
Os diálogos são razoáveis e as cenas em estilo de game até chegam a ser divertidas. No entanto, passa uma sensação muito "oi, nerds, idolatrem esse filme, por favor". Tudo parece forçado demais. Além disso, o Michael Cera interpreta o mesmo personagem apático e de voz aguda de Juno... Enfim. O que vale o ingresso (meia entrada de uma quarta-feira, por favor) são as cenas com o Wallace. <3
Vi na Mostra. O filme é bem arrastado e poderia ser menor. Além disso, o trio de protagonistas masculinos não é nada carismático (tá, com o Tegoshi é mais preconceito). Como o filme foi baseado num livro de uma norte-americana, já não esperava tanto assim do roteiro, mas o final até que é surpreendente. E esse filme sim tem uma "boa fotografia" (o projeto da Naomi, haha). O que salva o filme é a cena final.
"E, então, ficamos em silêncio. Não um silêncio constrangedor. Era como se houvesse uma melodia, daquelas que você sabe cantarolar de cor e salteado. Uma melodia nostálgica."
Iden & Tity
4.7 2Recomendação do Motohiro Hata com trilha sonora E aprovação do Bob Dylan? Já é um dos meus filmes favoritos, sem dúvida.
5 Centímetros por Segundo
3.9 383A que velocidade devo viver para poder te ver novamente?
Rough Cut
3.9 10 Assista AgoraNão sei mais o que é realidade e o que é ficção.
Control Tower
3.8 7Talvez você precise ser fã de Galileo Galilei pra extrair algo mais da história simples de adolescentes mundanos em uma cidade como outra qualquer. Por isso, para mim, é impossível dissociar a imagem da banda das impressões que o filme causou em mim: as inserções de "Monday7s", "Hello Goodbye" e, claro, "Kanseitou", a música que inspirou o roteiro, no meio do filme, são tocantes.
Percebe-se como a música pode mudar a vida de uma pessoa, mesmo sendo incapaz de mudar o mundo. Não apenas fazer música, mas o simples fato de ouvir já provoca uma transformação grande na existência de qualquer um.
Interessante como o Kakeru, "preso" à cidade pacata do extremo norte do país, e a Mii, fugindo por todo o país, são parecidos por estarem estagnados numa situação que somente no caso dele cessará com a chegada da vida adulta. Mesmo assim, a mensagem de esperança no futuro consegue ser passada perfeitamente.
"Eu espero que sempre possa falar com você sobre o avião de papel que foi lançado naquele dia".
From Me to You
4.0 104A grande dificuldade de adaptar um mangá para o cinema é a escolha de atores, na minha opinião. Claro que tem as adaptações com relação ao roteiro e às cenas, mas é difícil encontrar um bom ator.
Pra mim, o Miura foi um péssimo Kazehaya. Não é bonito ou carismático e não vi potencial para ser um aluno popular nele.
Por outro lado, a Sawako ficou PERFEITA. Conseguiram uma atriz que a personificasse do jeito que (imagino) a Shiina gostaria: não muito bonita, mas não feia, tímida e inconscientemente assustadora (tá, não tanto assim, mas crível). Alguém que muda completamente ao sorrir. Lindo. <3
Adorei o final do filme. Para mim, passa a sensação de que está completo: um casal de estudantes que, sem nem ao mesmo perceber, deseja que seus sentimentos alcancem um ao outro. E alcançaram. Alcançaram a todos, aliás.
PS: Se eu não falar que odiei a escolha do flumpool pra música tema não vou me sentir em paz.
O Ultraje
3.6 45Falácias atingem os mentirosos também.
Boneca Inflável
3.9 192Excelente a escolha da Bae Doona como boneca inflável: ser sul-coreana a torna deslocada com relação aos outros, mesmo para os olhos de um ocidental (sem contar que as leves nuances do sotaque dela são deliciosos de ouvir).
No começo, senti um certo desprezo por todos os personagens: Hideo, a recepcionista, a garota das maçãs, o vestibulando, a viúva... Todos pareciam tão ou mais vazios que a Nozomi mas, com o decorrer do filme, percebi que o vazio de cada um deles encontra-se devidamente preenchido com solidão, o que fez com que eles ganhassem minha simpatia. É como a própria Nozomi divaga: viver é preencher os vazios, com o quer que se consiga.
Enquanto boneca inflável, Nozomi era o centro da vida de Hideo mas, assim que passa a possuir um coração, a substituta é prontamente substituída. Triste, mas mais do que a sensação de inexistência, o filme me passou a ideia de que nunca estamos satisfeitos em um relacionamento, pois estamos sempre projetando nos outros o preenchimento de nossas próprias deficiências.
Solanin
4.1 31Liberdade sem propósito não é a mesma coisa que tédio?
Solanin se resume, para mim, em três cenas: a do balão vermelho, logo no comecinho do filme, quando a Meiko decide se demitir; a do "zero com zero resulta no infinito", da Meiko com o Oohashi, quase no fim; e, obviamente, a parte da canção. Achava que a Miyazaki não seria capaz de cantar, e ela realmente não foi, o que deixou o filme ainda mais real. "Eu canto para que isso sirva como uma prova de que você existiu" e "Adeus, não me importo mais. Adeus".
Aquela Mustang for Meiko nos créditos quebrou o clima, sinto muito.
O Sol Sempre se Põe na Terceira Rua 2
4.1 1"Mesmo que eu esqueça o céu que vimos juntos, não esquecerei que estávamos juntos" e "Se existe alguém que você quer ver, então há alguém esperando por você".
Não Me Abandone Jamais
3.8 2,1K Assista AgoraDoo meu rim por este filme. [2]
Sério que existe gente que se espanta com o assim chamado "conformismo" dos personagens? Mas, afinal, não somos todos conformistas, em menor ou maior grau?
Apesar de esse ser o pano de fundo, não acho que a história seja sobre ética, medicina ou mesmo amor - é sobre a existência, como bem diz a sinopse do livro.
Ninguém nunca faz ideia, e é sempre cedo demais. Somos malditos conformistas.
Dream
3.6 61Preto e branco são, essencialmente, a mesma cor. Assim como o bem e o mal, a verdade e a mentira, o sonho e a realidade, Jin e Ran. O que mais senti do filme foi essa "unidade" de todo o universo. E aquele final desolador e lindo?
Talvez o ato de sonhar não passe de um ensaio para a morte.
Além da Vida
2.9 755Não chega a ser um clichê, mas também não é original. O final aberto à interpretações é muito fraco. Além disso, a bipolaridade da Anna irrita. Quer morrer, quer viver, quer morrer, quer viver... Que tipo de protagonista é essa, sem qualquer carisma?
No entanto, a filosofia "Ushinron" a respeito da vida me fez pensar se algum dos roteiristas conhece RADWIMPS:
"Por que morremos?"
"Para que a vida tenha valor."
A Noiva Síria
3.7 29Quando vistas em um mapa-múndi, as fronteiras entre os países parecem cicatrizes.
No Direction Home
4.4 79What happened to Woody Guthrie, Bobby?
X/1999
3.7 13Quando eu assisti esse filme, antes de ter lido o mangá, antes de ser feito o anime (e quando ainda tinha expectativas de que a história teria um final), achei surpreendentemente incrível.
Agora, vejo que a animação é boa e tal, mas a história ficou mal contada. Se quer saber mesmo o que é X, faça um favor a sí mesmo e leia o mangá. [2]
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
3.7 455A emoção de completar um álbum de figurinhas, a excitação de espiar moças despidas e adquirir um sonho e um motivo para seguir ao frente ao ser pego na euforia ufanista da Copa do Mundo de 1970 - recortes nostálgicos da infância de uma geração da qual não fiz parte, mas que o filme foi capaz de me proporcionar de uma forma delicada.
O estilo selvagem de dança do Mauro choca e conquista toda a pista de dança em um instante - admiração, forte admiração. A melhor cena do filme.
Como na Canção dos Beatles: Norwegian Wood
3.3 136Primeiro must-see de 2011.
Mapa dos Sons de Tokyo
3.6 22Eu li "Mapa dos Sonhos de Tóquio", mas mesmo assim quero ver.
Primavera, Verão, Outono, Inverno e... Primavera
4.3 377Uma prova de que, na maioria das vezes, o silêncio (ou o "não falar") diz absolutamente tudo. Quero fugir para um templo em um lago também.
Amores Imaginários
3.8 1,5KPrimeiramente, sou suspeito para comentar esse filme, visto que tive uma forte identificação com os depoimentos da stalker.
Quanto ao roteiro em si, esperava bem mais, especialmente depois de ter visto a maturidade juvenil de Eu Matei Minha Mãe. O Nico é completamente apagável, tanto em aparência quanto em personalidade. Já o visual vintage da Marie agrada. Aliás, se o tema central fosse puramente heterossexual, nada chamaria a atenção. E onde ficaram "Os Amores Imaginários", afinal de contas? Lembro de uma única cena onde o casal protagonista tem devaneios, enquanto que todo o resto limita-se a troca de olhares que não transmitem muita coisa.
O filme começa a se arrastar perto do final razoável (e, comparando novamente com Eu Matei Minha Mãe, o final é terrível). Estou ansioso pelo próximo filme do Xavier, pra ver se o brilhantismo de Eu Matei Minha Mãe foi mais do que um lampejo fugaz.
O Hospedeiro
3.6 550 Assista AgoraO Hospedeiro transcende qualquer tentativa de rotulação, é uma mistura de gêneros cinematográficos bastante interessante.
E eu pensava que era só um filminho bobo de terror... [2]
Gosto de ver jornadas de amadurecimento, e foi inspirador acompanhar o Gang-Du finalmente virando um pai.
Pena que foi tarde demais...
Scott Pilgrim Contra o Mundo
3.9 3,2K Assista AgoraOs diálogos são razoáveis e as cenas em estilo de game até chegam a ser divertidas. No entanto, passa uma sensação muito "oi, nerds, idolatrem esse filme, por favor". Tudo parece forçado demais. Além disso, o Michael Cera interpreta o mesmo personagem apático e de voz aguda de Juno... Enfim. O que vale o ingresso (meia entrada de uma quarta-feira, por favor) são as cenas com o Wallace. <3
"Ele é vegan". Ou seja, ele é melhor que os outros".
Memórias de uma Adolescente Amnésica
3.3 36Vi na Mostra.
O filme é bem arrastado e poderia ser menor. Além disso, o trio de protagonistas masculinos não é nada carismático (tá, com o Tegoshi é mais preconceito).
Como o filme foi baseado num livro de uma norte-americana, já não esperava tanto assim do roteiro, mas o final até que é surpreendente.
E esse filme sim tem uma "boa fotografia" (o projeto da Naomi, haha).
O que salva o filme é a cena final.
"E, então, ficamos em silêncio. Não um silêncio constrangedor. Era como se houvesse uma melodia, daquelas que você sabe cantarolar de cor e salteado. Uma melodia nostálgica."
Tropical Manila
3.3 26Algumas pessoas deveriam ver o filme antes de critica-lo por causa do nome. [2]
Achei que seria mais perturbador, mas, para mim, chega mais a ser "distorcido".