Acho que criei muita expectativa, talvez por conhecer um pouco o contexto particular que envolve os/as personagens.....Além do mais, não achei a atuação da protagonista convincente e, por fim, pareceu tudo muito superficial....
O "american way of life" virado do avesso, num roteiro que tinha um grande potencial, mas que se tornou inócuo e previsível. Glenn Close, naturalmente, está impecável e "rouba" a cena!
Filme previsível e com uma estrutura no enredo bem ruim. Acho que criei uma expectativa enorme. Nem a atuação de Helena Bonham Carter salva este filminho
Melhor adaptação para o cinema desta obra literária irretocável de Tolstoi, não só porque neste filme de 1967 o cineasta conseguiu imprimir um autêntico "espírito russo" ao ritmo do filme, mas pela atuação soberba de Tatyana Samojlova, a inesquecível protagonista de QUANDO VOAM AS CEGONHAS e A CARTA QUE NÃO SE ENVIOU, obras-primas do Kalatozov!
No roteiro original o desfecho era diferente e melhor, mas naturalmente que não comentarei aqui. Independentemente disso, a atuação de Glenn Close é soberba, uma palhinha do que viria na sequência como uma de suas atuações mais extraordinárias em Ligações Perigosas!
Saí dilacerado do cinema. Uma crítica social feroz mostrada de maneira tão humana e verdadeira que nunca soa panfletário. Com este filme e "Eu, Daniel Blake" Ken Loach se consolida como um dos melhores cineastas dos últimos 30 anos!
Eu fiquei surpreso e gostei bastante. O filme tem alguns clichês presentes em quase TODOS os filmes de suspense, com raríssimas exceções, mas não compromete o roteiro. Isabelle Huppert está extraordinária para variar...
Quando poesia, arte e cinema se encontram temos o prazer de assistir um filme tão sensível e profundo como RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS. Como já foi dito por aqui, eu acho que também "vou me lembrar para sempre dos olhares destas mulheres".
Bem, acho que criei muitas expectativas sobre este filme que não é ruim, mas com um roteiro previsível e uma estrutura que mais parece uma versão sofrível de Bergman (Cenas de um Casamento) e Woody Allen. Gostei das atuações dos dois protagonistas e principalmente da Laura Dern!
Ontem revi essa obra-prima numa sala de cinema absolutamente lotada aqui em Porto Alegre e reafirmei a mim mesmo a grandiosidade desse filme tão complexo. Sob um outro ângulo, talvez, a percepção de um universo profundamente melancólico e inacessível transbordou naquelas imagens, naquelas palavras e compreendi acima de tudo, porque Ingmar Bergman - o outro grande cineasta do século XX - considerava Tarkovski o mais completo de todos!
Quanto tempo as cicatrizes de uma guerra permanecem na alma dos sobreviventes? Talvez a "lentidão" apropriada do filme seja um reflexo dessa percepção dolorosa de quem procura um sentido quando termina uma guerra. Como professor de História eu pensei muito nisso, especialmente quando nos fixamos em uma demarcação sobre o início e o fim de uma guerra, mas e o que vem depois? DYLDA vai lentamente nos apresentando através de uma sequência fotográfica fabulosa esses resíduos perturbadores. Um dos melhores filmes do ano. Com menção honrosa para a atuação das duas protagonistas e da fotografia que é a coisa mais linda que vi nos últimos tempos...
Assisti ontem EM GUERRA (em cartaz nos cinemas) e em resumo eu diria que é um filme poderoso! É o microcosmo da contestação consciente e desesperadora às políticas neoliberais que se impõem no mundo e que catalisam insurreições como as de Santiago no Chile e que logo ocorrerão por aqui.
Uma ficção tão real e explosiva que nos obriga a sair da zona de conforto e tomar partido. Um dos melhores filmes do ano com menção honrosa para a atuação de Vincent Lindon. Super recomendo!
Esse filme primoroso da Agnes Varda foi uma grande surpresa. Varda, talvez tenha sido a cineasta mais subestimada da Nouvelle Vague, mas igualmente talentosa, assim como Truffaut, Malle ou Chabrol. Li algumas críticas aqui e o que mais me chamou a atenção foram os erros de ANACRONISMO. É leviano criticar as músicas ou a reconstituição da época ignorando o contexto que o filme aborda: final dos anos 50 e início dos 60, portanto, anterior ao movimento flower power ou o maio de 1968. Nesse sentido, a narrativa de Agnes Varda é perfeita, pois recupera a importância do empoderamento feminino naquele contexto.
Talvez eu tenha criado uma grande expectativa, mas a verdade é que achei A TABACARIA apenas um bom filme. Fotografia belíssima e atuação (última?) de Bruno Ganz impecáveis, no entanto, com todos os ingredientes disponíveis e utilizando-se de um riquíssimo e trágico contexto histórico, o filme não me encantou. Faltou profundidade num roteiro superficial...
Uma pequena obra-prima que assisti por acaso. Diferentemente dos filmes russos/soviéticos do mesmo período, o enredo está centrado na personagem (professora Kuzmila) e suas angústias e indiretamente uma crítica a padronização imposta pelo modelo soviético da época. Excelente!
Eu ainda me divirto com esse povo que vem aqui dizer que filme x ou y é arrastado hehe....esse povo só deveria assistir filmes de ação com Chuck Norris e cia.
Poucas vezes o título de um documentário foi tão acertado quanto DEMOCRACIA EM VERTIGEM dirigido impecavelmente pela Petra Costa. A narrativa autobiográfica foi um dos aspectos que mais me chamou a atenção, talvez por ter acompanhado de perto as engrenagens do golpe de 2016. Possivelmente o documentário não traga grandes novidades, mas reafirma aquilo que qualquer pessoa lúcida e atenta aos desdobramentos recentes no cenário político deste país sempre soube: a frágil democracia brasileira tem sido conduzida por instituições que historicamente sempre estiveram no poder.
Quanto tempo guardamos conosco o trauma de um abuso sexual na infância?
Para aqueles que são indiferentes, o silêncio da vítima é a sobrevivência da (falsa) zona de conforto que “protege” a sociedade; para as vítimas, o silêncio é doloroso e pode prolongar-se por décadas.
O novo filme do François Ozon nos faz refletir sobre as feridas emocionais de inúmeras testemunhas que decidem formalizar a acusação contra o padre pedófilo que (pasmem) continua cercado de crianças. Num certo sentido, o filme dialoga com SPOTLIGHT (2015). A crítica de Ozon se concentra sobretudo na complexa teia institucional blindada de religiosos que dificilmente são punidos ou excomungados da igreja pelos crimes cometidos. A verdade é que dificilmente ficaremos alheios de uma tomada de posição após ter assistido GRÂCE À DIEU.
Ainda impactado, escrevo sobre aquele que pode ser o melhor filme de 2019: FILHAS DO SOL (Les filles du Soleil, 2019, França), dirigido pela cineasta Eva Husson que narra a trajetória de uma pequeno batalhão de mulheres curdas (ex-prisioneiras que perderam seus filhos, seus companheiros e que foram estupradas, torturadas, etc.).
A dureza nas expressões das duas protagonistas encobre camadas dos horrores de uma guerra interminável: a luta dos curdos contra as ações criminosas do ISIS. Vale lembrar que o Curdistão é a maior nação sem Estado do mundo. Estima-se que 25 milhões de curdos vivem como refugiados no Oriente Médio, situação análoga a de povos como os palestinos.
O resultado desta narrativa poderosa, feminina e libertária é emocionante. ASSISTAM!
Miss Marx
3.3 13Acho que criei muita expectativa, talvez por conhecer um pouco o contexto particular que envolve os/as personagens.....Além do mais, não achei a atuação da protagonista convincente e, por fim, pareceu tudo muito superficial....
Era Uma Vez um Sonho
3.5 448 Assista AgoraO "american way of life" virado do avesso, num roteiro que tinha um grande potencial, mas que se tornou inócuo e previsível. Glenn Close, naturalmente, está impecável e "rouba" a cena!
Enola Holmes
3.5 816 Assista AgoraFilme previsível e com uma estrutura no enredo bem ruim. Acho que criei uma expectativa enorme. Nem a atuação de Helena Bonham Carter salva este filminho
Anna Karenina
4.0 15Melhor adaptação para o cinema desta obra literária irretocável de Tolstoi, não só porque neste filme de 1967 o cineasta conseguiu imprimir um autêntico "espírito russo" ao ritmo do filme, mas pela atuação soberba de Tatyana Samojlova, a inesquecível protagonista de QUANDO VOAM AS CEGONHAS e A CARTA QUE NÃO SE ENVIOU, obras-primas do Kalatozov!
Amarga Sinfonia de Auschwitz
4.0 46Acho que esse foi talvez o 1º filme que assisti sobre o Holocausto e ainda lembro da atuação soberba de Vanessa Redgrave
A História de Qiu Ju
4.0 24 Assista AgoraResumir a personalidade de Qiu Ju em uma palavra: persistência!
Ótimo filme, com destaque para o ambiente chinês retratado no filme!
Atração Fatal
3.6 442 Assista AgoraNo roteiro original o desfecho era diferente e melhor, mas naturalmente que não comentarei aqui. Independentemente disso, a atuação de Glenn Close é soberba, uma palhinha do que viria na sequência como uma de suas atuações mais extraordinárias em Ligações Perigosas!
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista AgoraSaí dilacerado do cinema. Uma crítica social feroz mostrada de maneira tão humana e verdadeira que nunca soa panfletário. Com este filme e "Eu, Daniel Blake" Ken Loach se consolida como um dos melhores cineastas dos últimos 30 anos!
Obsessão
2.9 482 Assista AgoraEu fiquei surpreso e gostei bastante. O filme tem alguns clichês presentes em quase TODOS os filmes de suspense, com raríssimas exceções, mas não compromete o roteiro. Isabelle Huppert está extraordinária para variar...
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraQuando poesia, arte e cinema se encontram temos o prazer de assistir um filme tão sensível e profundo como RETRATO DE UMA JOVEM EM CHAMAS. Como já foi dito por aqui, eu acho que também "vou me lembrar para sempre dos olhares destas mulheres".
História de um Casamento
4.0 1,9K Assista AgoraBem, acho que criei muitas expectativas sobre este filme que não é ruim, mas com um roteiro previsível e uma estrutura que mais parece uma versão sofrível de Bergman (Cenas de um Casamento) e Woody Allen. Gostei das atuações dos dois protagonistas e principalmente da Laura Dern!
Stalker
4.3 501 Assista AgoraOntem revi essa obra-prima numa sala de cinema absolutamente lotada aqui em Porto Alegre e reafirmei a mim mesmo a grandiosidade desse filme tão complexo. Sob um outro ângulo, talvez, a percepção de um universo profundamente melancólico e inacessível transbordou naquelas imagens, naquelas palavras e compreendi acima de tudo, porque Ingmar Bergman - o outro grande cineasta do século XX - considerava Tarkovski o mais completo de todos!
A Rainha da Neve
3.6 11Considerando o ano de lançamento (1957) foi surpreendente assistir essa bela animação russa. Qualidade técnica excelente!
Uma Mulher Alta
3.8 112Quanto tempo as cicatrizes de uma guerra permanecem na alma dos sobreviventes? Talvez a "lentidão" apropriada do filme seja um reflexo dessa percepção dolorosa de quem procura um sentido quando termina uma guerra. Como professor de História eu pensei muito nisso, especialmente quando nos fixamos em uma demarcação sobre o início e o fim de uma guerra, mas e o que vem depois? DYLDA vai lentamente nos apresentando através de uma sequência fotográfica fabulosa esses resíduos perturbadores. Um dos melhores filmes do ano. Com menção honrosa para a atuação das duas protagonistas e da fotografia que é a coisa mais linda que vi nos últimos tempos...
Em Guerra
3.7 14 Assista AgoraAssisti ontem EM GUERRA (em cartaz nos cinemas) e em resumo eu diria que é um filme poderoso! É o microcosmo da contestação consciente e desesperadora às políticas neoliberais que se impõem no mundo e que catalisam insurreições como as de Santiago no Chile e que logo ocorrerão por aqui.
Uma ficção tão real e explosiva que nos obriga a sair da zona de conforto e tomar partido. Um dos melhores filmes do ano com menção honrosa para a atuação de Vincent Lindon. Super recomendo!
Uma Canta, a Outra Não
4.2 44 Assista AgoraEsse filme primoroso da Agnes Varda foi uma grande surpresa. Varda, talvez tenha sido a cineasta mais subestimada da Nouvelle Vague, mas igualmente talentosa, assim como Truffaut, Malle ou Chabrol.
Li algumas críticas aqui e o que mais me chamou a atenção foram os erros de ANACRONISMO. É leviano criticar as músicas ou a reconstituição da época ignorando o contexto que o filme aborda: final dos anos 50 e início dos 60, portanto, anterior ao movimento flower power ou o maio de 1968. Nesse sentido, a narrativa de Agnes Varda é perfeita, pois recupera a importância do empoderamento feminino naquele contexto.
A Tabacaria
3.4 31Talvez eu tenha criado uma grande expectativa, mas a verdade é que achei A TABACARIA apenas um bom filme. Fotografia belíssima e atuação (última?) de Bruno Ganz impecáveis, no entanto, com todos os ingredientes disponíveis e utilizando-se de um riquíssimo e trágico contexto histórico, o filme não me encantou. Faltou profundidade num roteiro superficial...
Sozinha
3.5 2Uma pequena obra-prima que assisti por acaso. Diferentemente dos filmes russos/soviéticos do mesmo período, o enredo está centrado na personagem (professora Kuzmila) e suas angústias e indiretamente uma crítica a padronização imposta pelo modelo soviético da época. Excelente!
Um Corpo que Cai
4.2 1,3K Assista AgoraEu ainda me divirto com esse povo que vem aqui dizer que filme x ou y é arrastado hehe....esse povo só deveria assistir filmes de ação com Chuck Norris e cia.
O Professor Substituto
3.7 70 Assista AgoraEXCELENTE!!! Faz uma ótima reflexão sobre a percepção de um mundo caótico que entregamos as novas gerações. Recomendo!
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KPoucas vezes o título de um documentário foi tão acertado quanto DEMOCRACIA EM VERTIGEM dirigido impecavelmente pela Petra Costa. A narrativa autobiográfica foi um dos aspectos que mais me chamou a atenção, talvez por ter acompanhado de perto as engrenagens do golpe de 2016. Possivelmente o documentário não traga grandes novidades, mas reafirma aquilo que qualquer pessoa lúcida e atenta aos desdobramentos recentes no cenário político deste país sempre soube: a frágil democracia brasileira tem sido conduzida por instituições que historicamente sempre estiveram no poder.
ASSISTAM, ASSISTAM, ASSISTAM!!!
A Noiva
1.9 262Não achei tão ruim, talvez a atuação da protagonista deixe a desejar, mas a construção do filme é bacana!
Graças a Deus
3.8 83 Assista AgoraQuanto tempo guardamos conosco o trauma de um abuso sexual na infância?
Para aqueles que são indiferentes, o silêncio da vítima é a sobrevivência da (falsa) zona de conforto que “protege” a sociedade; para as vítimas, o silêncio é doloroso e pode prolongar-se por décadas.
O novo filme do François Ozon nos faz refletir sobre as feridas emocionais de inúmeras testemunhas que decidem formalizar a acusação contra o padre pedófilo que (pasmem) continua cercado de crianças. Num certo sentido, o filme dialoga com SPOTLIGHT (2015). A crítica de Ozon se concentra sobretudo na complexa teia institucional blindada de religiosos que dificilmente são punidos ou excomungados da igreja pelos crimes cometidos. A verdade é que dificilmente ficaremos alheios de uma tomada de posição após ter assistido GRÂCE À DIEU.
Super recomendo!
Filhas do Sol
4.1 79Ainda impactado, escrevo sobre aquele que pode ser o melhor filme de 2019: FILHAS DO SOL (Les filles du Soleil, 2019, França), dirigido pela cineasta Eva Husson que narra a trajetória de uma pequeno batalhão de mulheres curdas (ex-prisioneiras que perderam seus filhos, seus companheiros e que foram estupradas, torturadas, etc.).
A dureza nas expressões das duas protagonistas encobre camadas dos horrores de uma guerra interminável: a luta dos curdos contra as ações criminosas do ISIS. Vale lembrar que o Curdistão é a maior nação sem Estado do mundo. Estima-se que 25 milhões de curdos vivem como refugiados no Oriente Médio, situação análoga a de povos como os palestinos.
O resultado desta narrativa poderosa, feminina e libertária é emocionante. ASSISTAM!