Menos hermético do que o primoroso Ano Passado em Marienbad, Providence foi uma bela surpresa, especialmente pelas atuações soberbas de Dirk Borgade (o inesquecível e sofrível protagonista de Morte em Veneza) e John Gielgud, além de Ellen Burstyn (O Exorcista e Requiem para um Sonho). Digerir Alain Resnais (o mais inacessível da geração nouvelle vague) é, sobretudo, deixar-se conduzir pelos seus delírios reflexivos e cáusticos.
Premiado como melhor filme no Festival de Cannes (1978) é de fato uma película primorosa que explora a vida simples e rude no campo na Lombardia (Itália) em fins do século XIX. Os inúmeros aspectos cotidianos daquela comunidade se enquadram perfeitamente na concepção de aldeia medieval e a extrema religiosidade é a mais evidente dentre todos. Entretanto, mesmo com toda esse excelente retrato reconstruído, esperei que alguns temas tivessem algum tipo de impacto naquela comunidade: contexto político que em algum momento é referido, mas esvazia-se na narrativa (Unificação da Itália) ou mesmo os dramas familiares como o casamento de um jovem e apático casal e a inserção de um menino da aldeia na escola - algo incomum para eles.
é um filme emocionante que eu só fui assistir ontem. O Holocausto é, talvez, o tema mais referido em filmes históricos, mas em relação aos campos de concentração para homossexuais eu só havia assistido outro filme: BENT (1997). Super recomendo Amor em Tempos de Guerra que traz a tona as consequências das experiências macabras que os nazistas realizaram em suas vítimas como a lobotomia, além das torturas naturalmente!
Zwei Leben é um drama envolvente e cheio de mistérios que nos prende até seu desfecho. Para aqueles que como eu, comoveram-se com A VIDA DOS OUTROS, o fantasma da II Guerra Mundial/Guerra Fria é igualmente o pano de fundo do enredo de ZWEI LEBEN.
O substrato deste filme pode ser encontrado no verso de Mario Quintana: “o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente”. Fiquei realmente surpreso com a qualidade do filme. Super recomendo!
Senti falta de algo na estrutura do filme, mas isso não o torna uma obra menos interessante. A provocação suscitada na sinopse já nos revela o eixo central da narrativa: O que acontece quando as pessoas deixam de agir como deveriam ou, melhor dizendo, o que acontece quando temos que lidar com pequenos desafios cotidianos?
Me identifiquei demais com este filme, recomendo!!!
Entre segredos, mentiras e rancores, Álbum de Família é um filme que gradativamente vai se tornando mais delicioso e ácido com o passar dos minutos. Um ótimo roteiro e mais uma atuação arrebatadora de Meryl Streep.
Um drama no melhor sentido do termo: diálogos ácidos, profundos e ligeiramente perversos. Além do elenco afiadíssimo, destaque para a construção da narrativa que o transformou em filme de tirar o fôlego!
Depois de mais de 20 anos, revejo esse filme e confirmo que trata-se de uma pequena obra-prima conduzida pelo melhor diretor de fotografia de todos os tempos Sven Nykvist o mago dos filmes de Bergman...
“LE PASSÉ” de Ashgar Farhadi (França, 2013) foi uma bela surpresa! Um roteiro extremamente envolvente e imprevisível, fez com que eu sequer piscasse os olhos ou percebesse que durante o filme não teve nem trilha sonora. Poderia ter sido mais uma história qualquer, mas nas mãos habilidosas de Farhadi (do excelente ‘A Separação’) e do ótimo elenco liderado pela vencedora do prêmio de melhor atriz em Cannes este ano, Bérénice Bejo, além do Tahar Rahim (O Profeta), Le Passé entra para minha listinha dos grandes filmes de 2013!
Um filme muito importante! As ideias de Arendt permanecem atualíssimas. Tecnicamente achei a personagem um pouco caricata, mas isso é apenas um detalhe...
P.S.: um comentário desnecessário: nunca vi fumarem tanto num filme...
Se existisse uma sessão da tarde cult, este filme seria um sucesso! "A Avó" é praticamente uma fábula, um conto de fadas, ou melhor, de avós que irradiam alegria com suas incontáveis estórias... Lindo filme!
Não indicaria este filme à hiperativos... Dramas complexos e existencialistas são os meus preferidos, mas este ficou apenas na proposta do diretor. Há uma tensão latente na narrativa que não engrena...
Bem, é um daqueles clássicos imortalizados e faz parte da era de ouro dos musicais. Judy Garland (a lendária Dorothy de O Mágico de Oz) é a estrela incontestável com sua voz encantadora, entretanto, o filme possui todos aqueles clichês cafonas de Hollywood, algo de que eles podem se orgulhar (sic) e isso não é tudo: os números musicais são longos e acabam perdendo o sentido na fluidez de uma narrativa já previsível. A interpretação dela de The Man That Go Away vale o filme!
Mesmo satírico eu esperava bem mais do filme.A fotografia é incrível, mas achei o filme inusitadamente superficial, muito distante do primoroso Morfina!
As interpretações de duas atrizes como Bette Davis e Olivia de Havilland já valem em si o filme, mas talvez tenha criado uma expectativa muito grande, afinal, trata-se da obra posterior a O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, do mesmo diretor Robert Aldrich, Enfim, algumas cenas 'assustadoras' me pareceram bizarras demais para quem como eu já imaginava que perderia o sono...
Se eu conseguisse expressar um sentimento que perpassa a narrativa, eu diria que o amor à terra é algo impressionante. Há inúmeras referências de amor à natureza que nos deixa arrepiados, Além disso é impossível não emocionar-se com Darya (a senhora) e seu olhar triste diante do que acontecia. Há uma frase que ela diz em certo momento que eu achei muito simbólico: “a verdade está na memória, os que não tem memória não tem vida”. Filme emocionante especialmente pela câmera-documentário de enorme sensibilidade de Klimov.
Pelo jeito só eu não gostei desse filme. O fato é que achei irritante especialmente por Julie Delpy querer encarnar Woody Allen e talvez por eu ter criado uma expectativa de que veria uma bela comédia francesa, mas... longe disso!
Providence
4.2 24Menos hermético do que o primoroso Ano Passado em Marienbad, Providence foi uma bela surpresa, especialmente pelas atuações soberbas de Dirk Borgade (o inesquecível e sofrível protagonista de Morte em Veneza) e John Gielgud, além de Ellen Burstyn (O Exorcista e Requiem para um Sonho). Digerir Alain Resnais (o mais inacessível da geração nouvelle vague) é, sobretudo, deixar-se conduzir pelos seus delírios reflexivos e cáusticos.
A Árvore dos Tamancos
4.0 33Premiado como melhor filme no Festival de Cannes (1978) é de fato uma película primorosa que explora a vida simples e rude no campo na Lombardia (Itália) em fins do século XIX. Os inúmeros aspectos cotidianos daquela comunidade se enquadram perfeitamente na concepção de aldeia medieval e a extrema religiosidade é a mais evidente dentre todos. Entretanto, mesmo com toda esse excelente retrato reconstruído, esperei que alguns temas tivessem algum tipo de impacto naquela comunidade: contexto político que em algum momento é referido, mas esvazia-se na narrativa (Unificação da Itália) ou mesmo os dramas familiares como o casamento de um jovem e apático casal e a inserção de um menino da aldeia na escola - algo incomum para eles.
Amor em Tempos de Guerra
4.1 106é um filme emocionante que eu só fui assistir ontem. O Holocausto é, talvez, o tema mais referido em filmes históricos, mas em relação aos campos de concentração para homossexuais eu só havia assistido outro filme: BENT (1997). Super recomendo Amor em Tempos de Guerra que traz a tona as consequências das experiências macabras que os nazistas realizaram em suas vítimas como a lobotomia, além das torturas naturalmente!
A Parede
4.0 43Filme lindíssimo e de uma tristeza singular.
Duas Vidas
3.6 15Zwei Leben é um drama envolvente e cheio de mistérios que nos prende até seu desfecho. Para aqueles que como eu, comoveram-se com A VIDA DOS OUTROS, o fantasma da II Guerra Mundial/Guerra Fria é igualmente o pano de fundo do enredo de ZWEI LEBEN.
O substrato deste filme pode ser encontrado no verso de Mario Quintana: “o passado não reconhece o seu lugar: está sempre presente”. Fiquei realmente surpreso com a qualidade do filme. Super recomendo!
Eu Pertenço
3.6 9Senti falta de algo na estrutura do filme, mas isso não o torna uma obra menos interessante. A provocação suscitada na sinopse já nos revela o eixo central da narrativa: O que acontece quando as pessoas deixam de agir como deveriam ou, melhor dizendo, o que acontece quando temos que lidar com pequenos desafios cotidianos?
Me identifiquei demais com este filme, recomendo!!!
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraEntre segredos, mentiras e rancores, Álbum de Família é um filme que gradativamente vai se tornando mais delicioso e ácido com o passar dos minutos. Um ótimo roteiro e mais uma atuação arrebatadora de Meryl Streep.
Tudo Que Quiseres
4.2 39Puxa, gostei bastante deste filme. Uma bela surpresa!
Queda Livre
3.6 591Gostei bastante! Expõe as surpresas e contradições da vida....
Um Conto de Natal
3.8 22 Assista AgoraUm drama no melhor sentido do termo: diálogos ácidos, profundos e ligeiramente perversos. Além do elenco afiadíssimo, destaque para a construção da narrativa que o transformou em filme de tirar o fôlego!
O Boi
4.0 16Depois de mais de 20 anos, revejo esse filme e confirmo que trata-se de uma pequena obra-prima conduzida pelo melhor diretor de fotografia de todos os tempos Sven Nykvist o mago dos filmes de Bergman...
O Passado
4.0 292 Assista Agora“LE PASSÉ” de Ashgar Farhadi (França, 2013) foi uma bela surpresa! Um roteiro extremamente envolvente e imprevisível, fez com que eu sequer piscasse os olhos ou percebesse que durante o filme não teve nem trilha sonora. Poderia ter sido mais uma história qualquer, mas nas mãos habilidosas de Farhadi (do excelente ‘A Separação’) e do ótimo elenco liderado pela vencedora do prêmio de melhor atriz em Cannes este ano, Bérénice Bejo, além do Tahar Rahim (O Profeta), Le Passé entra para minha listinha dos grandes filmes de 2013!
Hannah Arendt - Ideias Que Chocaram o Mundo
4.0 196Um filme muito importante! As ideias de Arendt permanecem atualíssimas. Tecnicamente achei a personagem um pouco caricata, mas isso é apenas um detalhe...
P.S.: um comentário desnecessário: nunca vi fumarem tanto num filme...
A Avó
4.1 2Se existisse uma sessão da tarde cult, este filme seria um sucesso! "A Avó" é praticamente uma fábula, um conto de fadas, ou melhor, de avós que irradiam alegria com suas incontáveis estórias... Lindo filme!
É Tudo Tão Calmo
3.4 26Não indicaria este filme à hiperativos... Dramas complexos e existencialistas são os meus preferidos, mas este ficou apenas na proposta do diretor. Há uma tensão latente na narrativa que não engrena...
Nasce Uma Estrela
4.0 113 Assista AgoraBem, é um daqueles clássicos imortalizados e faz parte da era de ouro dos musicais. Judy Garland (a lendária Dorothy de O Mágico de Oz) é a estrela incontestável com sua voz encantadora, entretanto, o filme possui todos aqueles clichês cafonas de Hollywood, algo de que eles podem se orgulhar (sic) e isso não é tudo: os números musicais são longos e acabam perdendo o sentido na fluidez de uma narrativa já previsível. A interpretação dela de The Man That Go Away vale o filme!
Eu Também
3.2 9Mesmo satírico eu esperava bem mais do filme.A fotografia é incrível, mas achei o filme inusitadamente superficial, muito distante do primoroso Morfina!
Com a Maldade na Alma
4.1 87 Assista AgoraAs interpretações de duas atrizes como Bette Davis e Olivia de Havilland já valem em si o filme, mas talvez tenha criado uma expectativa muito grande, afinal, trata-se da obra posterior a O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, do mesmo diretor Robert Aldrich, Enfim, algumas cenas 'assustadoras' me pareceram bizarras demais para quem como eu já imaginava que perderia o sono...
Eu Também
3.2 9Puxa que triste, acabo de descobrir que o diretor Balabanov faleceu há dois meses...
Na Neblina
3.6 43Maravilhoso! Já tinha ouvido muitos elogios e, de fato, o filme explora sutilmente as nuances da traição em tempos de guerra.
A Despedida
4.3 16Se eu conseguisse expressar um sentimento que perpassa a narrativa, eu diria que o amor à terra é algo impressionante. Há inúmeras referências de amor à natureza que nos deixa arrepiados, Além disso é impossível não emocionar-se com Darya (a senhora) e seu olhar triste diante do que acontecia. Há uma frase que ela diz em certo momento que eu achei muito simbólico: “a verdade está na memória, os que não tem memória não tem vida”. Filme emocionante especialmente pela câmera-documentário de enorme sensibilidade de Klimov.
O Milagre de Anne Sullivan
4.4 217 Assista AgoraExtraordinário!!! Fiquei verdadeiramente emocionado com essa história. As atuações de Anne Bancroft e Patty Duck são arrepiantes...
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O Mais Belo Dia das Nossas Vidas
4.0 8Gostaria muito de assistir esse filme, mas não o encontro em lugar algum. Se alguém souber, compartilhe...
2 Dias em Paris
3.3 152Pelo jeito só eu não gostei desse filme. O fato é que achei irritante especialmente por Julie Delpy querer encarnar Woody Allen e talvez por eu ter criado uma expectativa de que veria uma bela comédia francesa, mas... longe disso!