conversações deste naipe, ficará martelando em minha filmoteca-afetiva eternamente. Um Sopro de vida Scorseseano que permanece intacto no cinema de seu discípulo, Tarantino. Um dos maiores gritos de gangster movie indie na new Hollywood. Marromeno a spin-off em diálogos e soundtrack rocki'n de Reservoir Dogs.
Johnny Boy: Hey, why don't you lower the jukebox, I can't hear nothin'. 'Clams': Hey, the girls like the music loud. Johnny Boy: Girls. You call those skanks girls? Joey 'Clams' Scala: [to Charlie] Hey, what's a matter with this kid, huh? Johnny Boy: Hey, there ain't nothin' wrong with me my friend, I'm feelin' fine. Charlie: Keep your mouth shut. Johnny Boy: You tell me that in front of this asshole? Joey 'Clams' Scala: Alright, alright, we're not gonna pay. We're not playing. Jimmy: But why? Joey, we just said we were gonna have a drink. Joey 'Clams' Scala: [Joey interupts] We're not payin', because this guy, this guy's a fuckin' mook. Jimmy: But I didn't say nothin'. Joey 'Clams' Scala: And we don't pay mooks. Jimmy: Mook? I'm a mook? Joey 'Clams' Scala: Yeah Jimmy: What's a mook? Johnny Boy: A mook, what's a mook? Tony DeVienazo: I don't know... Johnny Boy: What's a mook? Jimmy: You can't call me a mook! Joey 'Clams' Scala: I can't? Jimmy: No... Joey 'Clams' Scala: [pause] I'll give you mook! [punches Jimmy in the face]
Toda a idiossincrasia do Frankenstein ao pathos é "quebrado" num dos grandes momentos da antologia do cinema e no gênero horror. No momento, em que Boris Karloff com seu imortal Frankenstein, avista o espectro da noiva à primeira em espécie de algo matrimonial. Seqüencia estarrecedora, ensurdecedora... Elsa lanchester em caracterização sinistra desde o "voice e overactinc de birds" aos cabelos egípicio que - sem direito a flerte [risos] -, ao vê-lo ela sente repugnância. Verdadeiros icones do trash gótico.
... Como dito logo acima. Como um bom horror o tempo só transformou-o em uma fita burlesca."
A seqüência do episódio "Be Black, Baby" com uma atmosfera teatral brechiana, arrepia. Comprova a meutter-en-scène depalmaniana. Em totalidade, a verossímilhança histérica do drama em flerte com o teor cômico. O melhor da projeção é esse episódio, um experimento da teoria inter-racial. O white torna-se black.
Frisando que é algo bem primordial. De tudo mesmo. Injeta-se Hitchcock, um tanto quanto inverossímil e um pouco frouxo, mas quem se importa? A pelicula é Verossímil. De Palma, tough guy. Desce a barra de rolagem e verás: De Niro EM PONTO DE PARTIDA DE SUAS PERFORMANCES VIVAZES.
“Crônica de Olphüs à fronteira do amor platônico, a paixão arrebatadora, o autêntico amor desditoso. E no conjunto dessa história cinematográfica.”
Gênero malhado à beça o melodrama, não? Porque? Pelos extensos clichês na duradoura história do cinema, sobre o amor. Quem disse que o amor não é clichê? Todos nós amamos ou amaremos. Contudo, há uma fita de Olphüs que não podem malhar, “Letter From an Unknown Woman”. Um misterpiece em qualquer acepção: Seja artisticamente, ou tecnicamente esquiva-se em qualquer aspecto de defeitos, furos...
A câmera de Max em momentos da adolescência de Lisa – especialmente - é subjetiva. Closes idem. Para compor os longínquos passeios imaginários e fantasiosos no pais das maravilhas dessa paixão idealizada de Lisa. Pura ILUSÂO. Enquanto Stefan tem todas sob redor, Lisa sofre amargamente. A estilografia de Olphüs em sua narrativa: Com flashbacks elegantíssimos é vibrante, é hipnótica, é concisa é muito mais.
A pungente cena da Lisa fantasmagórica atrás daquela “porta-com-efeito-dejà-vu” – mais um dos objetos - dejà-vu dessa trama - estará desde já em nossas filmotecas afetivas. Melodrama por excelência. Uma tristeza sem melô. Um Nó garganta daqueles. A síntese do verdadeiro amor nas mãos de Olphüs.
Scorsese, eu e uma miríade de cinéfilos tem como um dos filmes preferidos.
“Ode ás duas bandas maravilhosas visualmente instigante”
Cliente : Aqui cheira a merda! Lourenço : É do Ralo ali. Cliente : Não é não... Lourenço É?! O cheiro vem do ralo ali. Cliente : O cheiro vem de você! Lourenço : Não amigo, é que tô com um problema no banheiro aqui, oh! Cliente : E quem usa esse banheiro? Lourenço : Eu. Cliente : Quem mais? LOURENÇO : “Só eu.” Cliente : Então... De onde vem o cheiro?!
Lourenço fede. E teme. Pois, literalmente ele é um “king of shit”. Esse tal cheiro do ralo é odor em concomitância de suas ações. Em jargão lacaniano ele esta na categoria mais baixa – cunho anal, diria Freud. Uma persona arrogante, gananciosa, fria e sua ótica de hobby na vida é a metonímia: “Bunda-estranha-sem-nome-que-vale-money”. Um reizinho de merda, que só pelo fato de adquirir para sua loja de artigos usados, itens contendo valores pessoais do povinho – pro Lourenço -, que valem nada mais que míseros merréis. Tudo e todos tornam-se barganha, na cachola de Lourenço. E por pensar que tem ares superiores aos outros profere merda. Só merda – pejorativamente mesmo. Verborragia transformou-se em cheiro de ralo do Lourenço. Ostracismo nele? Não, nós temos um Lourenço em nosso lado obscuro, acredite. Um cara escrotaço de tudo, não? Sim. Todavia, “O Cheiro do ralo” grita em um tom nivelado ao lado das cinematografias Lynchiana. Acerca de, nós meros humanos, com desejos pra lá de insalubres,... Insalubridade essa que contém uma “carga hardcore”, (não diria digna) de Abel Ferrara.
“HUMOR NEGRO DE DHALIA VS. CARGA HARDCORE DE FERRARA E LYNCH”
Em dado momento somos impelidos em uma das cenas mais constrangedoras de nosso cinema nacional. Lourenço vê-se em solidão, e, seus desejos a flor-da-pele, gritando por uma punhetagem com a mulher-diabo - risos. Poderia, com facilidade equiparar-se àquela carga hardcore de Ferrara em “Vicio frenético”, no qual Harvey Keitel em êxtase do inferno em sua vida parte para um “5 a 1”. Onanismo baixo. Contudo, eis uma ‘cena hardcore, sendo atropelado por um humor-negro habitual de Dhalia’. Salva-se Dhalia de baixaria, e, em vez de nos sentirmos coagidos, soltamos sonoras gargalhadas. É aquele antigo e bom jeito de dizer a verdade na brincadeira, no cinema não foge à risca. Ou Melhor, Dhalia não foge a risca.
Lourenço requer um sentido em sua vida, e como um mendaz do nível de Frank Abganale ‘monta’ um pai-pastiche: “O Frankenstein de Lourenço”, com intuito de compreender seus primórdios, esse escroto de mente-ácida pensa que ‘a mentira muitas vezes dita, torna-se verdade’. Tudo pra busca de um sentido em sua vida.
A estética é ode visual, assim como a bunda-sem-nome. Dhalia conhecido por caprichar no audiovisual de suas projeções. Nos oferece uma fotografia com ambiente à lá 70’s, verdadeiro e puro deleite pros olhos. Em pró do naipe cinematográfico da New Hollywood. Tão instigante em sentido visual quanto o que adotaste em "Nina" dos comics. Figurinos invejáveis... Sagacidade nos diálogos dignos dos indies Tarantino e coen’s. Tudo nos eixos. Um tour-de-fource de mise-em-scène do Heitor Dhalia e de nosso cinema. Selton Mello, trafega entre o elegante e o doentio com destreza.
Stop. Coffee? Yeah! ... “A lenda?” Então, diz a lenda que o enredo é similar aos anos dourados de Holywood. Ou seja, bem-classudo. Sabendo disso, fica fácil assimilar a ótica de Mann sob suas fitas de ação - Vide “Miami Vice”, uma projeção com os moldes da nossa era, com a nossa sensibilidade. Enfim, essa lenda diz que Brando e Sinatra antecipa em um dialogo em “Guys and Dolls” o tal encontro entre Pacino e De Niro em “Heat”. E, Essa mesma lenda exprime-se que a Old Hollywood era ostentada por: John Ford, Howard Hawks e Huston, e seus anti-herois tinham as mesmas virtudes que seus mocinhos. Melville, Kubrick e afins entra no rol dessa lenda, onde o estudo da psicologia dos personagens aproveitava-se para dar um tom humano, esmiuçava-os até seus romances passados. Sobejamente falando, sobra até pra De Palma – quem diz que o mestre é plagiador? -, e seu “Carlito’s way”, seja pela tentativa de fuga que resulta em fracasso extremo, ou um romance passado.
A filosofia de ser alguém do anti-herói Neal de De Niro pertence a Frank Costelo. Em “Departed” de Scorsese, em uma espécie de monólogo do gangster Costello, ouvimos: Quando decide ser alguém voçê consegue. Isso não dizem na Igreja. Diziam que podíamos ser policiais ou criminosos. Hoje eu digo o seguinte: “Com uma arma apontada pra você, que diferença faz?”. Daí a intensidade em suas profissões de igual-pra-igual com o policial de Pacino. Policiais e homens-fora-da-lei, tornou-se “deuses”. Até aperto de mão somos compelidos a ver na morte de Neal. Algo, que só poderia ser representado com visceralidade por Al Pacino e De niro.
o Police cai tão bem quanto luva para Al Pacino, Rei do overacting mais verossímil do cinema. Esbanja gestos aleatórios e frases curtas, gesticula, fala demasiadamente em horas inoportunas. Um policial descontrolado. Complicado de moderar suas emoções e tais intuições em cada investigação. Oposto é Robert De Niro, Rei das risadas viscerais. Mestre em equilibrar e conter suas emoções. Cada detalhe é preparado minuciosamente. Mais um sociopata meticuloso em sua filmografia.
Mistepiece de Mann. Somando todas suas cinematografias e as cenas que entram para antologia não daria todas as cenas antológicas de "Heat". Um eletrizante épico criminal as vísceras da "Old Hollywood". Com direito a De Niro e Al Pacino dividindo o mesmo quadro num momento mítico.
What the fuck is that? Jim Sheridan, vergonha alheia.
Sabe aquela velha lei entre os cantores, não imita minha música porque eu tenho direitos autorais. Agora, o campo não é música e sim cinema, foda-se os direitos autorais, lhe mando essa porque estou com inveja, e quero plagiar: "Biografia-nada-assumida-plagiando-meu-amigo-e-seu-8 Mile".
Sob a “ótica” - literalmente – de Bauby, uma persona insolente ao extremo. Sendo assim, Schnabel traduz com primor o que seria o “quadro” de um paciente na desgraça, e ainda por cima com um derrame que o deixa paralisado, onde só se salva a pálpebra esquerda. Ofuscando totalmente a noção de tempo (juntamente com Bauby!), a película de Schnabel nos depara com duas personas: o Bauby arrogante e o Bauby frágil. O Bauby da arrogância é puro “status”, esteve na boemia porque ela representava mais que sua família... E desceu, mais desceu, e caiu na queda onde status e boemia eram palavras que nunca mais representaria mais que sua família. De bonito e idílico, só a imersão com o escafandro ou a tal buterfly, não? Já sabemos que isso era sua fuga da desgraça em que ele vivia.
O trabalho mais meticuloso da tal enfant terrible: o francês Julian Schnabel. E por esse pelliculle, seu nome entra para o hall dos maiores cineastas franceses em atividade. Vai por mim, de olho nesse nome!
"Space Odissey" figura entre as maiores aberturas do cinema: única e possivel. A Aurora humana, o ínicio de tudo. Em seguida um dos cortes mais revolucionário do cinema. Vamos da pré para a pós-história; o osso e a estação espacial e a tal revelação... O homem "transcendendo" e indo ao encontro de si mesmo.
Em outras palavras eu diria o seguinte a essa abertura de Kubrick: "Como Bullets na agulha, para tais explicações da Aurora humana".
Vai ser soberbo assim lá no espaço! Kubrick não tem páreo.
“Blade Runner” emite o cinema minucioso de Kubrick. Cada frame é uma porrada visual, barbariza nossos olhos. E não é só essa tal de identidade visual de Scott, que tem toda uma essência por trás dela, que nos vem a memória ao comentarmos sobre a projeção. Todavia, o hit de Vangelis, com uma soundtrack eletronic de arrepiar, casando com aquela atmosfera High-tech... Estará em nossa mente desde já.
Outro mainstrean das ficções cientificas, um “tech noir” que dá inveja em Cameron e seu também precursor no Tech-noir; “Terminator”. Cada frame de "Blade Runner" é carregado de elementos noir’s. Aquela chuva incessante e um tanto ácida, é um flerte com “Le samourai”. Ou então, o néon futurístico de Scott, quase cruza a mesma via daqueles Scorseseanos. Para complementar o delírio estético temos um toque de Fritz Lang e seu “Metropolis”, as formas dos edifícios, ou seja os cenários um tanto gótico. Culpa de Syd Mead, com uma direção de arte pós-apocaliptica, suprema. O detetive de Ford exala os anos de ouro, onde as personas na tela era comandada por Bogart, Loure, Robinson, Chandler... E por ai segue o seleto. Seu Rick Deckard é Nietzscheniano, permeia a película com o uma curiosidade extrema da tal excessividade/demasia da sociedade não se basta e o super-homem, ou melhor ‘Ulbermensch’ é escalado em sua extrema potência. Por fim, o homem e além do homem comfrontam-se. E quem obter o êxito sobre o outro é relativo. Como dito logo acima; curiosidade extrema, que da uma atmosfera pra lá de “Paranóica’ em “Blade Runner”, pela constante paranóia de Deckard.
Ridley Scott pincela “Blade Runner” como uma critica mordaz sobre nós, a sujidade, as influencias culturais mistas, a decadência social, o high-tech ao alcance de todo e qualquer ser que se move – risos -, repleta de fantasias e simbolismos – sobra até pra Deus e seus seguidores. Sim, Deus, temos até representação subliminar sobre a crucificação. Nos tempos politicamente correto de hoje “Blade Runner” é um “freak” profético. Nunca esteve tão atual!
Um misterpiece dos sci-fi. Um misterpiece de Scott e Cia. A melhor visão de um cineasta sobre uma obra de Philip K. Dick, nas telonas. Uma obra-primassa para qualquer ângulo. Que venha 50 anos!
Isso é Scorsese e com o cinema da maior qualidade! Sua visão é mais estilística em violência que em “Goodfellas”, talvez por isso bebeu da própria fonte. A “Spin-off ” de “Casino” à “Godfellas” é claríssima, e é pra lá de proposital. “Casino” é a obra “imã” de “Goodfellas”. Mas, como mestre dos gangstermovies, ele compõe mais uma faceta. Aqui o neon prevalece, assim como em “Ny, Ny”, contudo, não esqueçam é Las Vegas e não NY, e ainda assim Scorsese ampliou o dicionário dessa Disneylândia, onde cineastas renomados passearam por ela.
Scorsa aumenta MAIS um ângulo do submundo dos gangsters. Tudo apresentado em “Goodfellas” é ampliado em “Casino”, porque? Não, a duração nem fez a mínima, pelo menos pra mim. Soando um tom documental para a visão de Rosthein sob seu redor, ou seja, o seu mundo: o cassino, e suas manias de vasculhar os ambientes para interromper em detalhes que lhe pareça suspeito. Agora vem o porque da ampliação; todo esse tom documental traz Scorsese arquitetando cenas já vistas em “Goodfellas”, porém, não tão esmiuçadas. Scorsese pincela em tela de dimensões incalculáveis “Casino”. Cortes abruptos, Congelamentos, imagens sumindo... Tudo para a visão de Rosthein e sua demasiada elegância, ou melhor, sua superficialidade pura. É isso ai tudo é superficial para Rosthein: Femme Fatale ( até isso é superficial! Mas que soou uma femme fatale soou), Cassino... E nada melhor que Scorsa explorar isso em 3 horas.
Tudo isso com a força da “turma” Scorseseana: Thelma, De Niro e Pesci. Robert De Niro injeta um “Bogart vivaz” em Rosthein. Já Pesci aproveita e conhece melhor seu personagem anterior de “Goodfellas”. A melhor perfomance de Stone está aqui, com sua superficial Femme fatale, ela sai bem até em cena de speedball.
Gangstermovie épico. Sem trocadilhos infames, isso é que eu chamo de “Ás” na mão, para um visionário volátil como Scorsese. Até a soundtrack de “Casino” tem uma nova versão para “Gimme Shelter”...
Scorsa cômpos uma verdadeira “Disneylândia-Babilônica.”
Revi pela trocentésima vez “Apocalipse Now”. Só a “Back+Projection” – se preferir: sobreposição de imagens – na abertura ao som dos Doors, traduz o "boomerang" que Coppola nos concede! Vai do idílico ao “infernal” na velocidade de uma Steadicam; suavemente sórdido. Coppola brinda-nos na abertura. “Ladies and gentlemens welcome to apocalypse.”
Poucos diretores conseguiram esclarecer seu estilo em uma prèmiere. Todavia, “Blood Simple” é a prèmiere que definiu o “naipe dos Coens”. Alcançaram o rol dos alucinados e posteriormente tornaram-se "faixas-preta em subverter gêneros", deixando o espectador com os olhos saltados -, vide o hipotético gangstermovie; “Miller’s Crossing” ou a tragicomédia; “Rasing Arizona” onde bebês não é acéfala... E por ai vai.
“Blood Simple” os Coens subverte todo o molde do policial-noir, onde o papel de gato e rato confundem-se. Aqui está um dos “código Coens”: a "marcação do tempo", em “Miller’s Crossing” é o chapéu. “Barton Fink” o papel de parede despencando progressivamente. E por fim, aqui são os peixes.
Figuras; canastrões e marginais, câmera com movimentos arquitetados em ações mirabolantes, reviravoltas no roteiro, digna das “shit Happens” de Tarantino...Isso é coens e suas megalomanias. Ah, é claro talvez o único final dos Coens junto com “Big Lebowski” em que não contém cliffhangers.
Nem vou falar das tiradas escancaradas de Hitchcock e Peckinpah em “Blood Simple”!
Um filme televisivo, que reside uma personificação conexa da grande Glenn Close (uma das melhores!). Sua personagem é uma versão feminina de “Milk”, pela empatia que os seus atores alcançam. Faltou alguns ajustes, por ressaltar muito os valores da compreensão e talz, e torna-se clichê...Mas na telinha não machuca!
“Mighty Joe Young” é um fíl-mico, mas diverte em certos momentos, sim, a criação do simpático Joe, o irmão mais agradável do King Kong, é ele a alma do filme. Joe é mais, muito mais sincero em sua performance gráfica, que o elenco inteiro. Nem a sempre estonteante Theron salva... E é claro que opinei/critiquei, com os fragmentos que ainda restou em minha filmoteca afetiva desse fil-mico da infância.
Van Sant achando que faria uma réplica de “Psycho”, um dos maiores filmes de hitchcock. Será que Sant pensou que hitch refilmou “O Homem que Sabia Demais”, e porque ele não em “Pyscho”?, é pensou errado... Mestre pode, ou melhor, seu mentor pode.
A começar pelos atores que parecem estar parodiando personagens da mitologia cinéfila. Enfim, Sant cria um festim de clones plagiando o original. E pior, sem nenhum requinte Hitchockiano.
Em um jogo teatral Hitchcock, presenteia-nos com “Rope”. Um naipe quase experimetal se levar em conta seu estilo inovador, visionário, e olho clinico para truques imortais.
Uma atmosfera tensa e psicológica ao extremo, Hitch consegue a façanha de deixar soar: cada fotograma não deve ser deixado as pontas dos fios onde se encontra os tais cortes (por sinal, pouquíssimos). Cada take, ou melhor, é ‘só um take’. Isso é só a cereja no bolo, temos o final, ah! O final...
Em um apartamento próximo ao de Jimmy Stewart em “Janela Indiscreta”, ele cai em outra enrascada (Risos!).
Um dos filmaços de Spike Lee, porque diabos é tão icógnito ao publico?
Bem, digamos, a decisão de perder uma obra saborosissima de ponta a ponta não é minha, temos o Scorsa do Brooklin: Spike Lee, em pós-“Faça a Coisa Certa”, inspiradíssimo.
Claro, é as avessas de “Faça a Coisa Certa”, ou seja, sem polêmicas! Mas isso é o que eu chamo de Spike Lee em sua praia.
Uma total firmeza com a câmera em todas as cenas. Uma trilha pontuando seu típico humor. Alias, os diálogos são tão sagaz e incessante, que é mui prazeroso para nossos ouvidos.
Não é uma obra maior, como Malcon X, mas a sua simplicidade nos ganha a cada microssegundo. Esse é o Spike Lee dos primórdios, sua verdadeira identidade no cinema é essa.
O independente do Singer alcançou o rol dos melhores da década de 90, assim como seu fulgurante final, e acredite, não é o seu maior tour-de-fource em “The Usual Suspects”. É apenas um dos pontos altos.
Um Jogo psicológico Singer compõe. Sua mise-em-scène no ápice, o roteiro é o carro chefe na condução do filme, repleto de diálogos inesquecíveis, assim como os flashback elegantissimos a la “Rashomon” . Atuações pra lá de inspiradas de seu elenco estelar, temos: o fleumático Byrne, o novato promissor Del Toro (simplesmente hilário), um dos irmãos Baldwin: Stephen (fiquem atônitos! Ele está um arraso...), e um ótimo Pollack, e Kevin Spacey, hipnótico. Vale ressaltar o sempre impecável, Postlethwaite.
Em um tom cool, e a trilha sonora com ecos de Bernard Herrmann. “The Usual Suspects”, é o tal do perfeito e instigante quebra-cabeça. O melhor do Singer.
Malick realiza um exercício de guerra poético em “The Thin Red Line”, é uma obra-prima com um tom desacelerado, e mesmo assim não perde sua densidade.
Poucos filmes de guerra consegue ser tão cabeça e delicados. Contudo, “The Thin ...”, tem a proeza de conseguir tal feito. As poucas falas são primorosas, enquanto os pensamentos dos soldados se entrecuzam em total anonimato. É ai que a jogada de Malick é impressa no longa, pela junção da fotografia ideal com a narração pensativa de seus personagens, dando o tom poético. Acredite, a lentidão de Malick é proposital! “Ele é lento por natureza e para a natureza”.
E não vai procurar o final de “The Thin ...”. O final é esse que você imaginou, enquanto Malick revelava e ao mesmo tempo contestava com sua câmera as cenas belíssimas da natureza, em meio a guerra que o próprio homem arruinou.
Atuações inspiradas de Sean Penn ( a parceria foi ótima, bateu saudades e vem ai “A Arvore da Vida” ) e Nick Nolte, acrescenta a intensidade dos personagens ao seus redores como as presenças excelentes; de John Travolta e do sensacional Woody Harrelson!
Se todo filme de guerra fosse assim; desacelerado e concisamente poético eu não cansaria de ver um 1900 da vida.
Em “Show de Truman”, Jim Carrey, entrega uma personificação digna de pelo menos uma indicação ao Oscar, mas, eles não vão com a cara de Carrey mesmo! Não há mais o Jim Carrey que desfila caretas, e sim o mais maduro, que absorve toda a personalidade de seu personagem... (ou seja, alem de um excelente comediante, um ator de primeira). Os embates entre Linney e Carrey, são pra lá de bons. Com a presença de Harris em uma ponta de luxo, está maravilhoso. Enfim, um elenco estelar que completa “O show de Truman”.
Uma obra idílica. Em um tom doentio e inocente. Weir entrega uma direção com maestria. Havendo um cruzamento com a profecia de Orwell em 1984.
Hal Ashby em plena veneração a vida, vide “Harold and Maude”, contudo, “Being There” é talvez, o mais louvável ‘insights sobre a vida’, de sua filmografia. A direção segura é algo muito próximo em certos momentos de Mel L. Brooks em “Terms of Endearment”, aquele toque de tragédia flertando com o cômico, permeia toda a película, deixando soar a melancolia, que de certa agrada -, por esse flerte entre a tragédia e o hilário.
Com olhar inocente, fala suave, Sellers invade a tela com uma performance arrebatadora, eis um ator completo. Sellers consegue a proeza de ser um dos comediantes juntamente com Woody Allen, a ter uma indicação ao Oscar.
“Being There” em dejá-vu a “Forrest Gump”, digo o oposto, porque? Gump parece um irmão de Chance. É alcançar a fama, sem dar a mínima, conhecer pessoas importantes, idem... Será que ele é um gênio igual a Gump, sem “chance”. será, que é só a trajetória delinear, talvez.
Belo. E o tom invernal acrescenta sua grandeza. Afinal, não é sempre que vemos Peter Sellers como um “anjo dos jardins e da vida” alienado a tv !
Hein, Spike Lee, não vai levar ao pé da letra, ok! “Esse pais é só dos brancos”.
Caminhos Perigosos
3.6 255 Assista Agoraconversações deste naipe, ficará martelando em minha filmoteca-afetiva eternamente. Um Sopro de vida Scorseseano que permanece intacto no cinema de seu discípulo, Tarantino. Um dos maiores gritos de gangster movie indie na new Hollywood. Marromeno a spin-off em diálogos e soundtrack rocki'n de Reservoir Dogs.
Johnny Boy: Hey, why don't you lower the jukebox, I can't hear nothin'.
'Clams': Hey, the girls like the music loud.
Johnny Boy: Girls. You call those skanks girls?
Joey 'Clams' Scala: [to Charlie] Hey, what's a matter with this kid, huh?
Johnny Boy: Hey, there ain't nothin' wrong with me my friend, I'm feelin' fine.
Charlie: Keep your mouth shut.
Johnny Boy: You tell me that in front of this asshole?
Joey 'Clams' Scala: Alright, alright, we're not gonna pay. We're not playing.
Jimmy: But why? Joey, we just said we were gonna have a drink.
Joey 'Clams' Scala: [Joey interupts] We're not payin', because this guy, this guy's a fuckin' mook.
Jimmy: But I didn't say nothin'.
Joey 'Clams' Scala: And we don't pay mooks.
Jimmy: Mook? I'm a mook?
Joey 'Clams' Scala: Yeah
Jimmy: What's a mook?
Johnny Boy: A mook, what's a mook?
Tony DeVienazo: I don't know...
Johnny Boy: What's a mook?
Jimmy: You can't call me a mook!
Joey 'Clams' Scala: I can't?
Jimmy: No...
Joey 'Clams' Scala: [pause] I'll give you mook!
[punches Jimmy in the face]
Os Bons Companheiros
4.4 1,2K Assista AgoraWhat the fucking matter with you, Martin?
"Robert De Niro"
A Noiva de Frankenstein
3.9 146"Como um bom vinho só melhora com o tempo...
Toda a idiossincrasia do Frankenstein ao pathos é "quebrado" num dos grandes momentos da antologia do cinema e no gênero horror. No momento, em que Boris Karloff com seu imortal Frankenstein, avista o espectro da noiva à primeira em espécie de algo matrimonial. Seqüencia estarrecedora, ensurdecedora... Elsa lanchester em caracterização sinistra desde o "voice e overactinc de birds" aos cabelos egípicio que - sem direito a flerte [risos] -, ao vê-lo ela sente repugnância. Verdadeiros icones do trash gótico.
... Como dito logo acima. Como um bom horror o tempo só transformou-o em uma fita burlesca."
Karatê Kid 2: A Hora da Verdade Continua
3.2 258 Assista AgoraVi a fita em consideração ao PAT MORITA. Pois, logo veio uma "enxurrada" de continuações.
Olá, Mamãe!
3.4 35 Assista Agora"BE-BLACK-BABY-COMPROVA-O-CINEMA-VÉRITÉ-DEPALMANIANO-E-DAI-QUEM-É-PLAGIADOR-my friends?"
A seqüência do episódio "Be Black, Baby" com uma atmosfera teatral brechiana, arrepia. Comprova a meutter-en-scène depalmaniana. Em totalidade, a verossímilhança histérica do drama em flerte com o teor cômico. O melhor da projeção é esse episódio, um experimento da teoria inter-racial. O white torna-se black.
Frisando que é algo bem primordial. De tudo mesmo. Injeta-se Hitchcock, um tanto quanto inverossímil e um pouco frouxo, mas quem se importa? A pelicula é Verossímil. De Palma, tough guy. Desce a barra de rolagem e verás: De Niro EM PONTO DE PARTIDA DE SUAS PERFORMANCES VIVAZES.
Primordial com prazer.
Carta de uma Desconhecida
4.2 59 Assista Agora“Crônica de Olphüs à fronteira do amor platônico, a paixão arrebatadora, o autêntico amor desditoso. E no conjunto dessa história cinematográfica.”
Gênero malhado à beça o melodrama, não? Porque? Pelos extensos clichês na duradoura história do cinema, sobre o amor. Quem disse que o amor não é clichê? Todos nós amamos ou amaremos. Contudo, há uma fita de Olphüs que não podem malhar, “Letter From an Unknown Woman”. Um misterpiece em qualquer acepção: Seja artisticamente, ou tecnicamente esquiva-se em qualquer aspecto de defeitos, furos...
A câmera de Max em momentos da adolescência de Lisa – especialmente - é subjetiva. Closes idem. Para compor os longínquos passeios imaginários e fantasiosos no pais das maravilhas dessa paixão idealizada de Lisa. Pura ILUSÂO. Enquanto Stefan tem todas sob redor, Lisa sofre amargamente. A estilografia de Olphüs em sua narrativa: Com flashbacks elegantíssimos é vibrante, é hipnótica, é concisa é muito mais.
A pungente cena da Lisa fantasmagórica atrás daquela “porta-com-efeito-dejà-vu” – mais um dos objetos - dejà-vu dessa trama - estará desde já em nossas filmotecas afetivas. Melodrama por excelência. Uma tristeza sem melô. Um Nó garganta daqueles. A síntese do verdadeiro amor nas mãos de Olphüs.
Scorsese, eu e uma miríade de cinéfilos tem como um dos filmes preferidos.
O Cheiro do Ralo
3.7 1,1K Assista Agora“Ode ás duas bandas maravilhosas visualmente instigante”
Cliente : Aqui cheira a merda!
Lourenço : É do Ralo ali.
Cliente : Não é não...
Lourenço É?! O cheiro vem do ralo ali.
Cliente : O cheiro vem de você!
Lourenço : Não amigo, é que tô com um problema no banheiro aqui, oh!
Cliente : E quem usa esse banheiro?
Lourenço : Eu.
Cliente : Quem mais?
LOURENÇO : “Só eu.”
Cliente : Então... De onde vem o cheiro?!
Lourenço fede. E teme. Pois, literalmente ele é um “king of shit”. Esse tal cheiro do ralo é odor em concomitância de suas ações. Em jargão lacaniano ele esta na categoria mais baixa – cunho anal, diria Freud. Uma persona arrogante, gananciosa, fria e sua ótica de hobby na vida é a metonímia: “Bunda-estranha-sem-nome-que-vale-money”. Um reizinho de merda, que só pelo fato de adquirir para sua loja de artigos usados, itens contendo valores pessoais do povinho – pro Lourenço -, que valem nada mais que míseros merréis. Tudo e todos tornam-se barganha, na cachola de Lourenço. E por pensar que tem ares superiores aos outros profere merda. Só merda – pejorativamente mesmo. Verborragia transformou-se em cheiro de ralo do Lourenço. Ostracismo nele? Não, nós temos um Lourenço em nosso lado obscuro, acredite. Um cara escrotaço de tudo, não? Sim. Todavia, “O Cheiro do ralo” grita em um tom nivelado ao lado das cinematografias Lynchiana. Acerca de, nós meros humanos, com desejos pra lá de insalubres,... Insalubridade essa que contém uma “carga hardcore”, (não diria digna) de Abel Ferrara.
“HUMOR NEGRO DE DHALIA VS. CARGA HARDCORE DE FERRARA E LYNCH”
Em dado momento somos impelidos em uma das cenas mais constrangedoras de nosso cinema nacional. Lourenço vê-se em solidão, e, seus desejos a flor-da-pele, gritando por uma punhetagem com a mulher-diabo - risos. Poderia, com facilidade equiparar-se àquela carga hardcore de Ferrara em “Vicio frenético”, no qual Harvey Keitel em êxtase do inferno em sua vida parte para um “5 a 1”. Onanismo baixo. Contudo, eis uma ‘cena hardcore, sendo atropelado por um humor-negro habitual de Dhalia’. Salva-se Dhalia de baixaria, e, em vez de nos sentirmos coagidos, soltamos sonoras gargalhadas. É aquele antigo e bom jeito de dizer a verdade na brincadeira, no cinema não foge à risca. Ou Melhor, Dhalia não foge a risca.
Lourenço requer um sentido em sua vida, e como um mendaz do nível de Frank Abganale ‘monta’ um pai-pastiche: “O Frankenstein de Lourenço”, com intuito de compreender seus primórdios, esse escroto de mente-ácida pensa que ‘a mentira muitas vezes dita, torna-se verdade’. Tudo pra busca de um sentido em sua vida.
A estética é ode visual, assim como a bunda-sem-nome. Dhalia conhecido por caprichar no audiovisual de suas projeções. Nos oferece uma fotografia com ambiente à lá 70’s, verdadeiro e puro deleite pros olhos. Em pró do naipe cinematográfico da New Hollywood. Tão instigante em sentido visual quanto o que adotaste em "Nina" dos comics. Figurinos invejáveis... Sagacidade nos diálogos dignos dos indies Tarantino e coen’s. Tudo nos eixos. Um tour-de-fource de mise-em-scène do Heitor Dhalia e de nosso cinema. Selton Mello, trafega entre o elegante e o doentio com destreza.
9,5
Fogo Contra Fogo
4.0 660 Assista Agora“Coffe and Cigarettes” e os “Godfather’s”
Stop. Coffee? Yeah! ... “A lenda?” Então, diz a lenda que o enredo é similar aos anos dourados de Holywood. Ou seja, bem-classudo. Sabendo disso, fica fácil assimilar a ótica de Mann sob suas fitas de ação - Vide “Miami Vice”, uma projeção com os moldes da nossa era, com a nossa sensibilidade. Enfim, essa lenda diz que Brando e Sinatra antecipa em um dialogo em “Guys and Dolls” o tal encontro entre Pacino e De Niro em “Heat”. E, Essa mesma lenda exprime-se que a Old Hollywood era ostentada por: John Ford, Howard Hawks e Huston, e seus anti-herois tinham as mesmas virtudes que seus mocinhos. Melville, Kubrick e afins entra no rol dessa lenda, onde o estudo da psicologia dos personagens aproveitava-se para dar um tom humano, esmiuçava-os até seus romances passados. Sobejamente falando, sobra até pra De Palma – quem diz que o mestre é plagiador? -, e seu “Carlito’s way”, seja pela tentativa de fuga que resulta em fracasso extremo, ou um romance passado.
A filosofia de ser alguém do anti-herói Neal de De Niro pertence a Frank Costelo. Em “Departed” de Scorsese, em uma espécie de monólogo do gangster Costello, ouvimos: Quando decide ser alguém voçê consegue. Isso não dizem na Igreja. Diziam que podíamos ser policiais ou criminosos. Hoje eu digo o seguinte: “Com uma arma apontada pra você, que diferença faz?”. Daí a intensidade em suas profissões de igual-pra-igual com o policial de Pacino. Policiais e homens-fora-da-lei, tornou-se “deuses”. Até aperto de mão somos compelidos a ver na morte de Neal. Algo, que só poderia ser representado com visceralidade por Al Pacino e De niro.
o Police cai tão bem quanto luva para Al Pacino, Rei do overacting mais verossímil do cinema. Esbanja gestos aleatórios e frases curtas, gesticula, fala demasiadamente em horas inoportunas. Um policial descontrolado. Complicado de moderar suas emoções e tais intuições em cada investigação. Oposto é Robert De Niro, Rei das risadas viscerais. Mestre em equilibrar e conter suas emoções. Cada detalhe é preparado minuciosamente. Mais um sociopata meticuloso em sua filmografia.
Mistepiece de Mann. Somando todas suas cinematografias e as cenas que entram para antologia não daria todas as cenas antológicas de "Heat". Um eletrizante épico criminal as vísceras da "Old Hollywood". Com direito a De Niro e Al Pacino dividindo o mesmo quadro num momento mítico.
9,0
Fique Rico ou Morra Tentando
3.3 218 Assista AgoraWhat the fuck is that? Jim Sheridan, vergonha alheia.
Sabe aquela velha lei entre os cantores, não imita minha música porque eu tenho direitos autorais. Agora, o campo não é música e sim cinema, foda-se os direitos autorais, lhe mando essa porque estou com inveja, e quero plagiar: "Biografia-nada-assumida-plagiando-meu-amigo-e-seu-8 Mile".
Sou mais "8 mile" do que 50 centavos.
O Escafandro e a Borboleta
4.2 1,2KSob a “ótica” - literalmente – de Bauby, uma persona insolente ao extremo. Sendo assim, Schnabel traduz com primor o que seria o “quadro” de um paciente na desgraça, e ainda por cima com um derrame que o deixa paralisado, onde só se salva a pálpebra esquerda. Ofuscando totalmente a noção de tempo (juntamente com Bauby!), a película de Schnabel nos depara com duas personas: o Bauby arrogante e o Bauby frágil. O Bauby da arrogância é puro “status”, esteve na boemia porque ela representava mais que sua família... E desceu, mais desceu, e caiu na queda onde status e boemia eram palavras que nunca mais representaria mais que sua família. De bonito e idílico, só a imersão com o escafandro ou a tal buterfly, não? Já sabemos que isso era sua fuga da desgraça em que ele vivia.
O trabalho mais meticuloso da tal enfant terrible: o francês Julian Schnabel. E por esse pelliculle, seu nome entra para o hall dos maiores cineastas franceses em atividade. Vai por mim, de olho nesse nome!
2001: Uma Odisseia no Espaço
4.2 2,4K Assista Agora"Space Odissey" figura entre as maiores aberturas do cinema: única e possivel. A Aurora humana, o ínicio de tudo. Em seguida um dos cortes mais revolucionário do cinema. Vamos da pré para a pós-história; o osso e a estação espacial e a tal revelação... O homem "transcendendo" e indo ao encontro de si mesmo.
Em outras palavras eu diria o seguinte a essa abertura de Kubrick: "Como Bullets na agulha, para tais explicações da Aurora humana".
Vai ser soberbo assim lá no espaço! Kubrick não tem páreo.
Blade Runner: O Caçador de Andróides
4.1 1,6K Assista Agora“Tech-Noir-de-Scott-no-maior-nível-do-High-tech-é-de-dar-inveja-em-um-tal-de-James-Cameron”
“Blade Runner” emite o cinema minucioso de Kubrick. Cada frame é uma porrada visual, barbariza nossos olhos. E não é só essa tal de identidade visual de Scott, que tem toda uma essência por trás dela, que nos vem a memória ao comentarmos sobre a projeção. Todavia, o hit de Vangelis, com uma soundtrack eletronic de arrepiar, casando com aquela atmosfera High-tech... Estará em nossa mente desde já.
Outro mainstrean das ficções cientificas, um “tech noir” que dá inveja em Cameron e seu também precursor no Tech-noir; “Terminator”. Cada frame de "Blade Runner" é carregado de elementos noir’s. Aquela chuva incessante e um tanto ácida, é um flerte com “Le samourai”. Ou então, o néon futurístico de Scott, quase cruza a mesma via daqueles Scorseseanos. Para complementar o delírio estético temos um toque de Fritz Lang e seu “Metropolis”, as formas dos edifícios, ou seja os cenários um tanto gótico. Culpa de Syd Mead, com uma direção de arte pós-apocaliptica, suprema. O detetive de Ford exala os anos de ouro, onde as personas na tela era comandada por Bogart, Loure, Robinson, Chandler... E por ai segue o seleto. Seu Rick Deckard é Nietzscheniano, permeia a película com o uma curiosidade extrema da tal excessividade/demasia da sociedade não se basta e o super-homem, ou melhor ‘Ulbermensch’ é escalado em sua extrema potência. Por fim, o homem e além do homem comfrontam-se. E quem obter o êxito sobre o outro é relativo. Como dito logo acima; curiosidade extrema, que da uma atmosfera pra lá de “Paranóica’ em “Blade Runner”, pela constante paranóia de Deckard.
Ridley Scott pincela “Blade Runner” como uma critica mordaz sobre nós, a sujidade, as influencias culturais mistas, a decadência social, o high-tech ao alcance de todo e qualquer ser que se move – risos -, repleta de fantasias e simbolismos – sobra até pra Deus e seus seguidores. Sim, Deus, temos até representação subliminar sobre a crucificação. Nos tempos politicamente correto de hoje “Blade Runner” é um “freak” profético. Nunca esteve tão atual!
Um misterpiece dos sci-fi. Um misterpiece de Scott e Cia. A melhor visão de um cineasta sobre uma obra de Philip K. Dick, nas telonas. Uma obra-primassa para qualquer ângulo. Que venha 50 anos!
Cassino
4.2 649 Assista AgoraIsso é Scorsese e com o cinema da maior qualidade! Sua visão é mais estilística em violência que em “Goodfellas”, talvez por isso bebeu da própria fonte. A “Spin-off ” de “Casino” à “Godfellas” é claríssima, e é pra lá de proposital. “Casino” é a obra “imã” de “Goodfellas”. Mas, como mestre dos gangstermovies, ele compõe mais uma faceta. Aqui o neon prevalece, assim como em “Ny, Ny”, contudo, não esqueçam é Las Vegas e não NY, e ainda assim Scorsese ampliou o dicionário dessa Disneylândia, onde cineastas renomados passearam por ela.
Scorsa aumenta MAIS um ângulo do submundo dos gangsters. Tudo apresentado em “Goodfellas” é ampliado em “Casino”, porque? Não, a duração nem fez a mínima, pelo menos pra mim. Soando um tom documental para a visão de Rosthein sob seu redor, ou seja, o seu mundo: o cassino, e suas manias de vasculhar os ambientes para interromper em detalhes que lhe pareça suspeito. Agora vem o porque da ampliação; todo esse tom documental traz Scorsese arquitetando cenas já vistas em “Goodfellas”, porém, não tão esmiuçadas. Scorsese pincela em tela de dimensões incalculáveis “Casino”. Cortes abruptos, Congelamentos, imagens sumindo... Tudo para a visão de Rosthein e sua demasiada elegância, ou melhor, sua superficialidade pura. É isso ai tudo é superficial para Rosthein: Femme Fatale ( até isso é superficial! Mas que soou uma femme fatale soou), Cassino... E nada melhor que Scorsa explorar isso em 3 horas.
Tudo isso com a força da “turma” Scorseseana: Thelma, De Niro e Pesci. Robert De Niro injeta um “Bogart vivaz” em Rosthein. Já Pesci aproveita e conhece melhor seu personagem anterior de “Goodfellas”. A melhor perfomance de Stone está aqui, com sua superficial Femme fatale, ela sai bem até em cena de speedball.
Gangstermovie épico. Sem trocadilhos infames, isso é que eu chamo de “Ás” na mão, para um visionário volátil como Scorsese. Até a soundtrack de “Casino” tem uma nova versão para “Gimme Shelter”...
Scorsa cômpos uma verdadeira “Disneylândia-Babilônica.”
Apocalypse Now
4.3 1,2K Assista AgoraRevi pela trocentésima vez “Apocalipse Now”. Só a “Back+Projection” – se preferir: sobreposição de imagens – na abertura ao som dos Doors, traduz o "boomerang" que Coppola nos concede! Vai do idílico ao “infernal” na velocidade de uma Steadicam; suavemente sórdido. Coppola brinda-nos na abertura. “Ladies and gentlemens welcome to apocalypse.”
Gosto de Sangue
3.9 158 Assista AgoraPoucos diretores conseguiram esclarecer seu estilo em uma prèmiere. Todavia, “Blood Simple” é a prèmiere que definiu o “naipe dos Coens”. Alcançaram o rol dos alucinados e posteriormente tornaram-se "faixas-preta em subverter gêneros", deixando o espectador com os olhos saltados -, vide o hipotético gangstermovie; “Miller’s Crossing” ou a tragicomédia; “Rasing Arizona” onde bebês não é acéfala... E por ai vai.
“Blood Simple” os Coens subverte todo o molde do policial-noir, onde o papel de gato e rato confundem-se. Aqui está um dos “código Coens”: a "marcação do tempo", em “Miller’s Crossing” é o chapéu. “Barton Fink” o papel de parede despencando progressivamente. E por fim, aqui são os peixes.
Figuras; canastrões e marginais, câmera com movimentos arquitetados em ações mirabolantes, reviravoltas no roteiro, digna das “shit Happens” de Tarantino...Isso é coens e suas megalomanias. Ah, é claro talvez o único final dos Coens junto com “Big Lebowski” em que não contém cliffhangers.
Nem vou falar das tiradas escancaradas de Hitchcock e Peckinpah em “Blood Simple”!
Servindo em Silêncio
3.4 20Um filme televisivo, que reside uma personificação conexa da grande Glenn Close (uma das melhores!). Sua personagem é uma versão feminina de “Milk”, pela empatia que os seus atores alcançam. Faltou alguns ajustes, por ressaltar muito os valores da compreensão e talz, e torna-se clichê...Mas na telinha não machuca!
Poderoso Joe
2.6 152 Assista Agora“Mighty Joe Young” é um fíl-mico, mas diverte em certos momentos, sim, a criação do simpático Joe, o irmão mais agradável do King Kong, é ele a alma do filme. Joe é mais, muito mais sincero em sua performance gráfica, que o elenco inteiro. Nem a sempre estonteante Theron salva... E é claro que opinei/critiquei, com os fragmentos que ainda restou em minha filmoteca afetiva desse fil-mico da infância.
Ah! Sem imagens subliminares! É Disney lembram.
Em duas palavras eu defino: correm-léguas.
Psicose
3.1 467 Assista AgoraVan Sant achando que faria uma réplica de “Psycho”, um dos maiores filmes de hitchcock. Será que Sant pensou que hitch refilmou “O Homem que Sabia Demais”, e porque ele não em “Pyscho”?, é pensou errado... Mestre pode, ou melhor, seu mentor pode.
A começar pelos atores que parecem estar parodiando personagens da mitologia cinéfila. Enfim, Sant cria um festim de clones plagiando o original. E pior, sem nenhum requinte Hitchockiano.
Festim Diabólico
4.3 882 Assista AgoraEm um jogo teatral Hitchcock, presenteia-nos com “Rope”. Um naipe quase experimetal se levar em conta seu estilo inovador, visionário, e olho clinico para truques imortais.
Uma atmosfera tensa e psicológica ao extremo, Hitch consegue a façanha de deixar soar: cada fotograma não deve ser deixado as pontas dos fios onde se encontra os tais cortes (por sinal, pouquíssimos). Cada take, ou melhor, é ‘só um take’. Isso é só a cereja no bolo, temos o final, ah! O final...
Em um apartamento próximo ao de Jimmy Stewart em “Janela Indiscreta”, ele cai em outra enrascada (Risos!).
Crooklyn - Uma Família de Pernas pro Ar
3.8 36 Assista AgoraUm dos filmaços de Spike Lee, porque diabos é tão icógnito ao publico?
Bem, digamos, a decisão de perder uma obra saborosissima de ponta a ponta não é minha, temos o Scorsa do Brooklin: Spike Lee, em pós-“Faça a Coisa Certa”, inspiradíssimo.
Claro, é as avessas de “Faça a Coisa Certa”, ou seja, sem polêmicas! Mas isso é o que eu chamo de Spike Lee em sua praia.
Uma total firmeza com a câmera em todas as cenas. Uma trilha pontuando seu típico humor. Alias, os diálogos são tão sagaz e incessante, que é mui prazeroso para nossos ouvidos.
Não é uma obra maior, como Malcon X, mas a sua simplicidade nos ganha a cada microssegundo. Esse é o Spike Lee dos primórdios, sua verdadeira identidade no cinema é essa.
Os Suspeitos
4.1 782 Assista AgoraO independente do Singer alcançou o rol dos melhores da década de 90, assim como seu fulgurante final, e acredite, não é o seu maior tour-de-fource em “The Usual Suspects”. É apenas um dos pontos altos.
Um Jogo psicológico Singer compõe. Sua mise-em-scène no ápice, o roteiro é o carro chefe na condução do filme, repleto de diálogos inesquecíveis, assim como os flashback elegantissimos a la “Rashomon” . Atuações pra lá de inspiradas de seu elenco estelar, temos: o fleumático Byrne, o novato promissor Del Toro (simplesmente hilário), um dos irmãos Baldwin: Stephen (fiquem atônitos! Ele está um arraso...), e um ótimo Pollack, e Kevin Spacey, hipnótico. Vale ressaltar o sempre impecável, Postlethwaite.
Em um tom cool, e a trilha sonora com ecos de Bernard Herrmann. “The Usual Suspects”, é o tal do perfeito e instigante quebra-cabeça. O melhor do Singer.
Além da Linha Vermelha
3.9 382 Assista AgoraMalick realiza um exercício de guerra poético em “The Thin Red Line”, é uma obra-prima com um tom desacelerado, e mesmo assim não perde sua densidade.
Poucos filmes de guerra consegue ser tão cabeça e delicados. Contudo, “The Thin ...”, tem a proeza de conseguir tal feito. As poucas falas são primorosas, enquanto os pensamentos dos soldados se entrecuzam em total anonimato. É ai que a jogada de Malick é impressa no longa, pela junção da fotografia ideal com a narração pensativa de seus personagens, dando o tom poético. Acredite, a lentidão de Malick é proposital! “Ele é lento por natureza e para a natureza”.
E não vai procurar o final de “The Thin ...”. O final é esse que você imaginou, enquanto Malick revelava e ao mesmo tempo contestava com sua câmera as cenas belíssimas da natureza, em meio a guerra que o próprio homem arruinou.
Atuações inspiradas de Sean Penn ( a parceria foi ótima, bateu saudades e vem ai “A Arvore da Vida” ) e Nick Nolte, acrescenta a intensidade dos personagens ao seus redores como as presenças excelentes; de John Travolta e do sensacional Woody Harrelson!
Se todo filme de guerra fosse assim; desacelerado e concisamente poético eu não cansaria de ver um 1900 da vida.
O Show de Truman
4.2 2,6K Assista AgoraEm “Show de Truman”, Jim Carrey, entrega uma personificação digna de pelo menos uma indicação ao Oscar, mas, eles não vão com a cara de Carrey mesmo! Não há mais o Jim Carrey que desfila caretas, e sim o mais maduro, que absorve toda a personalidade de seu personagem... (ou seja, alem de um excelente comediante, um ator de primeira). Os embates entre Linney e Carrey, são pra lá de bons. Com a presença de Harris em uma ponta de luxo, está maravilhoso. Enfim, um elenco estelar que completa “O show de Truman”.
Uma obra idílica. Em um tom doentio e inocente. Weir entrega uma direção com maestria. Havendo um cruzamento com a profecia de Orwell em 1984.
Um dos melhores da década de 90.
Muito Além do Jardim
4.1 267 Assista AgoraHal Ashby em plena veneração a vida, vide “Harold and Maude”, contudo, “Being There” é talvez, o mais louvável ‘insights sobre a vida’, de sua filmografia. A direção segura é algo muito próximo em certos momentos de Mel L. Brooks em “Terms of Endearment”, aquele toque de tragédia flertando com o cômico, permeia toda a película, deixando soar a melancolia, que de certa agrada -, por esse flerte entre a tragédia e o hilário.
Com olhar inocente, fala suave, Sellers invade a tela com uma performance arrebatadora, eis um ator completo. Sellers consegue a proeza de ser um dos comediantes juntamente com Woody Allen, a ter uma indicação ao Oscar.
“Being There” em dejá-vu a “Forrest Gump”, digo o oposto, porque? Gump parece um irmão de Chance. É alcançar a fama, sem dar a mínima, conhecer pessoas importantes, idem... Será que ele é um gênio igual a Gump, sem “chance”. será, que é só a trajetória delinear, talvez.
Belo. E o tom invernal acrescenta sua grandeza. Afinal, não é sempre que vemos Peter Sellers como um “anjo dos jardins e da vida” alienado a tv !
Hein, Spike Lee, não vai levar ao pé da letra, ok! “Esse pais é só dos brancos”.