por mais que o alfredo leone consiga deixar a história do filme mais redondinha e menos confusa, a intenção explícita de entrar na onda do sucesso d"o exorcista" deixa o filme bem meia-boca. por mais engraçadas que sejam as situações presentes nas cenas novas em relação ao "lisa e il diavolo", o excesso do dramalhão do padre
achei melhor que o primeiro da série, em são francisco. não sei dizer se pelo pessoal que resolveu se envolver ou por ter mais tempo pra explorar certas nuances, mas achei que esse berlinense conseguiu passar mais ternura e ser mais natural quanto à intimidade desses homens em seus quartos. mas em algum momento, também, se perdeu, para mim.
não que o filme seja pior que o primeiro (que eu dei quatro estrelas), mas a adição dos gêneros de ação e aventura (ou substituição do terror por esses) acabaram tirando um pouco da graça de assistir aliens pra mim. claro que todo os cenários, os efeitos especiais e, claro, a sigourney weaver são sensacionais, mas a inserção de elementos meio manjados (e um tanto quanto apelativos) - sim, a garotinha que tá ali só pra criar alguma compaixão humana; sim, o proto-romance que tá ali para criar mais um pouco de compaixão humana; sim, a personagem com cara de vilão que, oh, acaba sendo boa - deixaram o filme sendo mais uma daquelas extravagâncias hollywoodianas que são, a meu ver, apenas ok. entretêm, mas não mais que isso.
uma tarantella do italiano doido... não que o filme seja ruim, mas não chega a ser um thriller, muito menos um giallo como é vangloriado por aí. todos os elementos postos não são aproveitados, temas com grande potencial, inclusive (dinheiro, sedução, sexo, poder, deficiência mental...). o cenário da ilha é maravilhoso, a trilha sonora bem característica da época e as beldades (quase-sempre-)semi-nuas edwige fenech e a até então desconhecida por mim rosalba neri (!!!) (e a ingrid thulin também) dão a sensação de que esse filme vai ser sensacional... mas não. não há tensão alguma e todos os plot twists ocorrem nos minutos finais, mas são tão sem graça que parecem não valer a espera. também, as "polêmicas" são praticamente toscas na forma que são abordadas
(sim, edwige fenech e uma cabra num ensaio fotográfico mais que sensual, bissexualismo, podalatria, o tal threesome e até um certo incesto seguido de assassinato).
e aquela passagem bíblica no final, por mais que seja condizente, não causa muito impacto, assim como as cenas que ocorrem antes dela. talvez porque eu tenha criado boas expectativas, acabei achando o filme meio... blah.
legal do cameron trazer isso num documentário, ainda mais da disney. mas talvez aí que esteja o maior erro (ou maior decepção minha, vá): eles focam muito mais nas experiências humanas, no que é "bonitinho" ou "horrível" e em animações especulativas (que beiram o tosco, pra dizer o mínimo) do que em fornecer um pouquinho do pouco que já se sabe. a gente fica vendo mais a cara dos cientistas e do cameron do que o próprio material visto, coletado e analisado. talvez para o grande público seja um doc. legal e interessante, mas pra comunidade científica, ele não traz absolutamente nada de novo além das especulações que vem da relação fundo do mar - espaço sideral.
numa doença desenvolvida por uma mulher que, de tão mimada, não pode ser contrariada
isso à parte, apesar de eu ter achado a atuação da barbara stanwyck extremamente exagerada, ela condiz com o clima da história (apesar de eu achar que alguns momentos mais pareciam drama de novela que de thriller propriamente). enfim, de forma geral, bem feita a adaptação do rádio para a grande tela, mas chamar de crítica à burocracia de serviços como o atendimento policial, por exemplo, daí não, porque
se o fulci tivesse se empenhado um pouco mais no roteiro e na coerência, "l'aldilà" dava pra ser uma obra-prima. porque, por mais que eu não me interesse por (e até ache meio sem graça e bobo) essas de zumbis, a forma como ele constrói o horror, lento, é sensacional. a cena final também.
o filme tem uma essência muito teatral que nem a simone spoladore, que eu considero uma excelente atriz, conseguiu se safar. talvez, de fato, funcionasse melhor numa sala de teatro. mas meu deus, o que é esse texto... que chovam textos do mutarelli em cima de mim, por favor.
meu deus, o que é essa trilha sonora?! quando lançarem, favor me avisar a.s.a.p. mas, gente, pára de confundir filme "devagar", "paradão" e "melancólico" com "metido a cult".
se o próprio tennessee williams considera essa a melhor adaptação de uma peça sua, onde nem a elizabeth taylor foi capaz de salvar o tamanho olha-que-eu-vou-falar-algo-genial-agora... desculpa os fãs, mas vou começar a me distanciar mais e mais das coisas feitas por/com ele.
não entendo esse pessoal reclamando que o filme é longo, arrastado demais. essas quase três horas passaram quase voando pra mim. ok que o filme te metralha com detalhes, deixando qualquer um confuso (a cada nova cena, pensava que o tal do zodíaco era uma pessoa diferente). inconclusivo, então... oi? será que eu vi o filme certo? enfim, o filme é bem conduzido, com bom elenco e tudo, mas...
eu não consigo entender essa obsessão norte-americana por pessoas com problemas psicológicos desses nível, ou, na lata, por serial killers, especialmente aqueles fascinados com essa "sociedade do espetáculo" que lá é e que eles próprios, norte-americanos, fazem assim ser. tudo vira notícia de jornal e, em cima disso, todo mundo quer tirar algum pedaço de fama, seja falseando uma carta ou escrevendo um livro "só pra olhar na cara" do tal zodíaco.
acho um pouco injusto acusar "all the heaven allows" de clichê, porque, por mais que tenha seus toques melodramáticos, nada é tão carregado e novelesco - pelo menos não excessivamente. considerando-se a época, todo o comportamento social é mais do que esperado (inclusivo o machismo presente na idéia de que quem tinha de abdicar de toda sua história era a personagem da jane wyman, a cary scott, uma mulher - o que, inclusive, confesso, me incomodou tremendamente por ter sido tratado como algo obviamente esperado, mesmo tratando-se de uma ambientação nos anos 1950). o grande problema do filme, para mim, é que a relação da cary com o ron não convence, pelo menos não esse amor tão intenso que se forma do nada. deixando isso de lado, o filme é bem construído e tudo o mais. talvez tenha a ver com o fato do casal (e um tanto da história) me lembrar outro filme do douglas sirk, o "magnificent obsession" de 1954, talvez por não gostar/ver grandes coisas na atuação da jane wyman (ela, inclusive, é a que menos convence)... mas nada que faça o filme soar antiqüado ou ruim.
juro que não dava nada pra esse filme - e nem pro livro. mentira, dava meia estrela porque achava que ia ser daquelas de auto-descobrimento, de paisagens "bonitas" dos estados unidos, road trips blá blá blá... e, depois de muita insistência de minha mãe (e da falta do que fazer no carnaval), resolvi assistir porque não tinha nada melhor. e me surpreendi bastante! primeiro que a reese comsuacolher (não tem como não, né?) surpreende muito, arriscando-se num papel completamente fora da sua zona de conforto e se saindo muito bem, conseguindo transmitir uma realidade completamente necessária, a meu ver, pra esse tipo de personagem e história: alguém real, com problemas reais, com fraquezas reais, e que não busca exatamente redenção ou heroicização de si mesmo. não, gente, ela não tava ali pra superar seus demônios, tanto que
a gente começa a acompanhá-la sem saber qualquer motivo. ela simplesmente foi, porque a vida que ela tava levando não tava dando e ela agarrou a primeira coisa que apareceu em sua frente: um almanaque da pacific crest trail.
ou seja, esse filme me encantou justamente por não se utilizar daquelas pieguices de autossuperação com sub-tom (ou supra-tom, né?) de auto-ajuda, com o perigo constante do paulo coelho aparecer no meio do caminho, como disseram aqui por baixo. e isso é até interessante, porque pelo que li, muita gente ficou tirando lições de vida, poesia (e frases para redes sociais) quando o que ela diz, mesmo que seja nos moldes de frases clichês de filmes de autoconhecimento, que
aquilo ali não fez dela uma pessoa melhor, uma pessoa mais feliz, uma pessoa livre de problemas, mas ela compreendeu que tudo isso que aconteceu com ela, que ela fez e deixou fazer, aconteceu para fazer dela quem ela é.
também não traz aquelas de contemplação da natureza (porque que natureza bonita que tem nos estados unidos, hein? não entendo esse pessoal que ama road movie pelas paisagens...), nem dos momentos-de-tensão
(o máximo, é aquilo da unha mesmo). o maior perigo, que me deixou mais alerta, foi sempre que tinha um homem por perto, ou seja, "quando ela vai ser estuprada?" ficava pipocando. todos aqueles momentos de "relying on the kindness of strangers" traziam um aroma ruim junto.
e esse é outro motivo muito bom pra se ver o filme, porque mostra a força dela, enquanto mulher, enquanto ser-humano, não propriamente por
conseguir ultrapassar os homens nessa caminhada, mas conseguir superar obstáculos assim como os homens, mesmo não estando fisicamente (e psicologicamente, né?) preparada.
e... só eu que não gostei dessa ressignificação do título brasileiro? pessoas, ela não ficou "livre" dos seus problemas, pelo amor de deus, ela simplesmente
compreendeu que eles fazem parte dela, de quem ela é.
o "wild" tem relação com o sobrenome "strayed" mil vezes mais do que qualquer liberdade. por isso que um monte de gente foi/vai assistir esperando e tirando essas de "quanta poesia" (a.k.a. auto-ajuda, viva livre, leve e solta). por isso que eu digo: finalmente uma indicação do oscar (que só fui saber pela reclamações daqui de baixo) que faz sentido.
não que seja ruim, mas não empolga e, convenhamos, é bastante previsível, não? tem uns furos meio imperdoáveis, umas motivações meia-bocas, uns segredos sem graça, umas violências só pra chocar... e, gente, agora vai sair um monte de filmes desses de (pseudo-)psicopatas? (here's hoping to john green having a stroke before thinking about writing something on these lines...)
pessoal, como assim vocês não viram nada de errado com esse filme? ele é extremamente racista, preconceituoso, xenófobo, branco-supremacista, religioso e culturalmente intolerante...
desde o começo, todas as personagens não-brancas e não-católicas estão relacionadas ao mal ou à fraqueza tanto espiritual (associados ao que não é cristão, puro, verdadeiro) quanto monetária (digo, de classe mais pobre), tendo, do outro lado desse "embate" os católicos brancos norte-americanos (óbvio) como um alvo mais sólido, mais difícil de se corromper e como maior meta (o sacrifício da criança lá, que, na verdade, a personagem do martin sheen sequer faz idéia de que é a próxima "vítima" até os momentos finais do filme, ou seja, sinopse errada). mas mais do que latinofóbico (que, no filme, relacionam-se a algo ruim, susceptível e errado, mas não ao mal), o afrofobismo é bem mais forte, colocando um único negro como "mago supremo" e "fonte de todo o mal", que corrompeu todo aquele clã (formado exclusivamente por brancos ricos, óbvio) com promessas relacionadas à ganância. talvez seja apenas nesse ponto ele tenha um pouco de verdade (vide a meia-estrela que dou mais porque não posso dar zero do que por qualquer qualidade do filme), mas mais pelo lado da ganância do que pela corrupção intencional. e, pra arrematar tudo isso, ainda associa a figura feminina à fraqueza, pois, apesar do "good ol' christian american patriarch" vencer "o mal", a personagem da namorada (que proporciona a parte mais engraçada/assustadora com aquela ferida no rosto preenchida de insetos), fonte do pecado, deixa-se susceptível à dita-por-eles-falsa-e-errada proteção oferecida pela santería.
como se não fosse o bastante, a tradução ainda consegue piorar tudo, pois associa uma imagem cristã, o diabo, coisa que nada tem a ver com as religiões e o tema "explorados" no filme.
gosto da sinceridade e da realidade do filme, mas confesso que não achei lá essas grandes coisas que o público achou. não que não seja válido ou não mereça sua liberdade de expressão, mas acho esse teatro do escracho uma coisa chata, mais pautado em chocar valores morais (que, para mim, já não fazem sentido de qualquer forma) do que formar e discutir argumentos e opiniões fundamentadas não só numa idéia (infelizmente, irreal) de democracia (porque, convenhamos, a democracia, enquanto ideal, não é aplicada com muita fidelidade) e no "todo mundo tem cu", mas também aliando a isso o histórico e herança cultural da sociedade humana (porque costumes, especialmente esses de uma mentalidade mecânica, praticamente, infelizmente, mais uma vez, não se transformam do dia para a noite). óbvio que isso tudo circunda pobreza, minorias sexuais, direitos humanos, feminismo, discriminação profissional etc., mas tudo de uma forma tão fraca, que a parte mais interessante (ou o que era para ser o tema do longa - a relação de um soldado com um artista) fica de lado, tendo todo o conflito que há ali tangencialmente analisado e mostrado. e, no final, de tanto não agüentar mais aquela música, confesso que vi o resto do filme no mudo.
achei essa "biografia" um grande banho de água fria, pra ser sincero. confesso que não conheço muito da trajetória do buster keaton, mas mesmo assim dá pra perceber que esse filme não conta muitas verdades, pois mais parece uma remodelagem completa, ou uma nova história, inventada nos moldes de roteiros hollywoodianos com um final feliz. tudo muito quadradinho, e muito artificial.
incrível o que o hitchcock consegue fazer com um filme! porque, confesso, esse era um dos filmes dele que eu menos fazia questão de ver... mas estava passando na televisão e aproveitei para assistir. esperava algo monótono (afinal, pessoas num barco balançando ao mover das ondas durante aproximados 100 minutos é praticamento sinônimo de tédio), uma daquelas tentativas quase-sempre falhas de teatro-em-cinema que são muito quadradinhas... mas não é nada disso. hitchcock consegue nos prender numa trama interessante e inteligente.
The House of Exorcism
2.8 6por mais que o alfredo leone consiga deixar a história do filme mais redondinha e menos confusa, a intenção explícita de entrar na onda do sucesso d"o exorcista" deixa o filme bem meia-boca. por mais engraçadas que sejam as situações presentes nas cenas novas em relação ao "lisa e il diavolo", o excesso do dramalhão do padre
(e aquela última cena de exorcização da casa, que pelamorde...)
A Noite em que Evelyn Saiu do Túmulo
3.1 17morte por lingüinha de cobra, haha.
Terror na Ópera
3.6 114 Assista Agoraeu cheguei a aplaudir o argento na parte que
a daria nocolodi leva aquele tiro no olho pelo olho mágico,
dá xabu nos corvos (que, até engatarem, geraram um longo momento de vergonha alheia...),
aquele final à la noviça rebelde ouvindo death metal.
In Their Room: Berlin
3.3 1achei melhor que o primeiro da série, em são francisco. não sei dizer se pelo pessoal que resolveu se envolver ou por ter mais tempo pra explorar certas nuances, mas achei que esse berlinense conseguiu passar mais ternura e ser mais natural quanto à intimidade desses homens em seus quartos. mas em algum momento, também, se perdeu, para mim.
Aliens: O Resgate
4.0 810 Assista Agoranão que o filme seja pior que o primeiro (que eu dei quatro estrelas), mas a adição dos gêneros de ação e aventura (ou substituição do terror por esses) acabaram tirando um pouco da graça de assistir aliens pra mim. claro que todo os cenários, os efeitos especiais e, claro, a sigourney weaver são sensacionais, mas a inserção de elementos meio manjados (e um tanto quanto apelativos) - sim, a garotinha que tá ali só pra criar alguma compaixão humana; sim, o proto-romance que tá ali para criar mais um pouco de compaixão humana; sim, a personagem com cara de vilão que, oh, acaba sendo boa - deixaram o filme sendo mais uma daquelas extravagâncias hollywoodianas que são, a meu ver, apenas ok. entretêm, mas não mais que isso.
Top Sensation
3.4 1uma tarantella do italiano doido...
não que o filme seja ruim, mas não chega a ser um thriller, muito menos um giallo como é vangloriado por aí. todos os elementos postos não são aproveitados, temas com grande potencial, inclusive (dinheiro, sedução, sexo, poder, deficiência mental...).
o cenário da ilha é maravilhoso, a trilha sonora bem característica da época e as beldades (quase-sempre-)semi-nuas edwige fenech e a até então desconhecida por mim rosalba neri (!!!) (e a ingrid thulin também) dão a sensação de que esse filme vai ser sensacional... mas não. não há tensão alguma e todos os plot twists ocorrem nos minutos finais, mas são tão sem graça que parecem não valer a espera.
também, as "polêmicas" são praticamente toscas na forma que são abordadas
(sim, edwige fenech e uma cabra num ensaio fotográfico mais que sensual, bissexualismo, podalatria, o tal threesome e até um certo incesto seguido de assassinato).
talvez porque eu tenha criado boas expectativas, acabei achando o filme meio... blah.
Criaturas das Profundezas
3.2 11 Assista Agoralegal do cameron trazer isso num documentário, ainda mais da disney. mas talvez aí que esteja o maior erro (ou maior decepção minha, vá): eles focam muito mais nas experiências humanas, no que é "bonitinho" ou "horrível" e em animações especulativas (que beiram o tosco, pra dizer o mínimo) do que em fornecer um pouquinho do pouco que já se sabe. a gente fica vendo mais a cara dos cientistas e do cameron do que o próprio material visto, coletado e analisado.
talvez para o grande público seja um doc. legal e interessante, mas pra comunidade científica, ele não traz absolutamente nada de novo além das especulações que vem da relação fundo do mar - espaço sideral.
Uma Vida por um Fio
3.8 41meio difícil simpatizar com uma trama que se baseia
numa doença desenvolvida por uma mulher que, de tão mimada, não pode ser contrariada
enfim, de forma geral, bem feita a adaptação do rádio para a grande tela, mas chamar de crítica à burocracia de serviços como o atendimento policial, por exemplo, daí não, porque
a mulher era uma doida que queria que o mundo parasse para resolver os problemas dela.
Terror nas Trevas
3.6 133se o fulci tivesse se empenhado um pouco mais no roteiro e na coerência, "l'aldilà" dava pra ser uma obra-prima. porque, por mais que eu não me interesse por (e até ache meio sem graça e bobo) essas de zumbis, a forma como ele constrói o horror, lento, é sensacional. a cena final também.
As Lágrimas de Jennifer
3.4 12 Assista Agoradetalhe que as tais estranhas gotas de sangue não estiveram em momento algum sobre o corpo de jennifer, mas do andrea barto. ah, giallos...
Natimorto
3.6 141o filme tem uma essência muito teatral que nem a simone spoladore, que eu considero uma excelente atriz, conseguiu se safar. talvez, de fato, funcionasse melhor numa sala de teatro. mas meu deus, o que é esse texto... que chovam textos do mutarelli em cima de mim, por favor.
Colcha de Retalhos
3.7 166 Assista Agorao filme vem todo se construindo de uma forma excelente
pra no fim vir aquele mamão com açúcar de comédia romântica... uma pena esse fim, só.
Praia do Futuro
3.4 935 Assista Agorameu deus, o que é essa trilha sonora?! quando lançarem, favor me avisar a.s.a.p.
mas, gente, pára de confundir filme "devagar", "paradão" e "melancólico" com "metido a cult".
O Homem Que Veio de Longe
3.1 12se o próprio tennessee williams considera essa a melhor adaptação de uma peça sua, onde nem a elizabeth taylor foi capaz de salvar o tamanho olha-que-eu-vou-falar-algo-genial-agora... desculpa os fãs, mas vou começar a me distanciar mais e mais das coisas feitas por/com ele.
Zodíaco
3.7 1,3K Assista Agoranão entendo esse pessoal reclamando que o filme é longo, arrastado demais. essas quase três horas passaram quase voando pra mim. ok que o filme te metralha com detalhes, deixando qualquer um confuso (a cada nova cena, pensava que o tal do zodíaco era uma pessoa diferente). inconclusivo, então... oi? será que eu vi o filme certo?
enfim, o filme é bem conduzido, com bom elenco e tudo, mas...
eu não consigo entender essa obsessão norte-americana por pessoas com problemas psicológicos desses nível, ou, na lata, por serial killers, especialmente aqueles fascinados com essa "sociedade do espetáculo" que lá é e que eles próprios, norte-americanos, fazem assim ser. tudo vira notícia de jornal e, em cima disso, todo mundo quer tirar algum pedaço de fama, seja falseando uma carta ou escrevendo um livro "só pra olhar na cara" do tal zodíaco.
A Garota Que Sabia Demais
3.8 36"e se fosse tutto un sogno" por conta de um cigarro de maconha? hahaha.
Tudo o Que o Céu Permite
4.0 93acho um pouco injusto acusar "all the heaven allows" de clichê, porque, por mais que tenha seus toques melodramáticos, nada é tão carregado e novelesco - pelo menos não excessivamente. considerando-se a época, todo o comportamento social é mais do que esperado (inclusivo o machismo presente na idéia de que quem tinha de abdicar de toda sua história era a personagem da jane wyman, a cary scott, uma mulher - o que, inclusive, confesso, me incomodou tremendamente por ter sido tratado como algo obviamente esperado, mesmo tratando-se de uma ambientação nos anos 1950).
o grande problema do filme, para mim, é que a relação da cary com o ron não convence, pelo menos não esse amor tão intenso que se forma do nada. deixando isso de lado, o filme é bem construído e tudo o mais. talvez tenha a ver com o fato do casal (e um tanto da história) me lembrar outro filme do douglas sirk, o "magnificent obsession" de 1954, talvez por não gostar/ver grandes coisas na atuação da jane wyman (ela, inclusive, é a que menos convence)... mas nada que faça o filme soar antiqüado ou ruim.
Livre
3.8 1,2K Assista Agorajuro que não dava nada pra esse filme - e nem pro livro.
mentira, dava meia estrela porque achava que ia ser daquelas de auto-descobrimento, de paisagens "bonitas" dos estados unidos, road trips blá blá blá... e, depois de muita insistência de minha mãe (e da falta do que fazer no carnaval), resolvi assistir porque não tinha nada melhor. e me surpreendi bastante!
primeiro que a reese comsuacolher (não tem como não, né?) surpreende muito, arriscando-se num papel completamente fora da sua zona de conforto e se saindo muito bem, conseguindo transmitir uma realidade completamente necessária, a meu ver, pra esse tipo de personagem e história: alguém real, com problemas reais, com fraquezas reais, e que não busca exatamente redenção ou heroicização de si mesmo. não, gente, ela não tava ali pra superar seus demônios, tanto que
a gente começa a acompanhá-la sem saber qualquer motivo. ela simplesmente foi, porque a vida que ela tava levando não tava dando e ela agarrou a primeira coisa que apareceu em sua frente: um almanaque da pacific crest trail.
ou seja, esse filme me encantou justamente por não se utilizar daquelas pieguices de autossuperação com sub-tom (ou supra-tom, né?) de auto-ajuda, com o perigo constante do paulo coelho aparecer no meio do caminho, como disseram aqui por baixo. e isso é até interessante, porque pelo que li, muita gente ficou tirando lições de vida, poesia (e frases para redes sociais) quando o que ela diz, mesmo que seja nos moldes de frases clichês de filmes de autoconhecimento, que
aquilo ali não fez dela uma pessoa melhor, uma pessoa mais feliz, uma pessoa livre de problemas, mas ela compreendeu que tudo isso que aconteceu com ela, que ela fez e deixou fazer, aconteceu para fazer dela quem ela é.
também não traz aquelas de contemplação da natureza (porque que natureza bonita que tem nos estados unidos, hein? não entendo esse pessoal que ama road movie pelas paisagens...), nem dos momentos-de-tensão
(o máximo, é aquilo da unha mesmo). o maior perigo, que me deixou mais alerta, foi sempre que tinha um homem por perto, ou seja, "quando ela vai ser estuprada?" ficava pipocando. todos aqueles momentos de "relying on the kindness of strangers" traziam um aroma ruim junto.
conseguir ultrapassar os homens nessa caminhada, mas conseguir superar obstáculos assim como os homens, mesmo não estando fisicamente (e psicologicamente, né?) preparada.
e... só eu que não gostei dessa ressignificação do título brasileiro? pessoas, ela não ficou "livre" dos seus problemas, pelo amor de deus, ela simplesmente
compreendeu que eles fazem parte dela, de quem ela é.
por isso que eu digo: finalmente uma indicação do oscar (que só fui saber pela reclamações daqui de baixo) que faz sentido.
Antes de Dormir
3.4 763 Assista Agoranão que seja ruim, mas não empolga e, convenhamos, é bastante previsível, não?
tem uns furos meio imperdoáveis, umas motivações meia-bocas, uns segredos sem graça, umas violências só pra chocar...
e, gente, agora vai sair um monte de filmes desses de (pseudo-)psicopatas?
(here's hoping to john green having a stroke before thinking about writing something on these lines...)
Adoradores do Diabo
3.0 47pessoal, como assim vocês não viram nada de errado com esse filme? ele é extremamente racista, preconceituoso, xenófobo, branco-supremacista, religioso e culturalmente intolerante...
desde o começo, todas as personagens não-brancas e não-católicas estão relacionadas ao mal ou à fraqueza tanto espiritual (associados ao que não é cristão, puro, verdadeiro) quanto monetária (digo, de classe mais pobre), tendo, do outro lado desse "embate" os católicos brancos norte-americanos (óbvio) como um alvo mais sólido, mais difícil de se corromper e como maior meta (o sacrifício da criança lá, que, na verdade, a personagem do martin sheen sequer faz idéia de que é a próxima "vítima" até os momentos finais do filme, ou seja, sinopse errada).
mas mais do que latinofóbico (que, no filme, relacionam-se a algo ruim, susceptível e errado, mas não ao mal), o afrofobismo é bem mais forte, colocando um único negro como "mago supremo" e "fonte de todo o mal", que corrompeu todo aquele clã (formado exclusivamente por brancos ricos, óbvio) com promessas relacionadas à ganância. talvez seja apenas nesse ponto ele tenha um pouco de verdade (vide a meia-estrela que dou mais porque não posso dar zero do que por qualquer qualidade do filme), mas mais pelo lado da ganância do que pela corrupção intencional.
e, pra arrematar tudo isso, ainda associa a figura feminina à fraqueza, pois, apesar do "good ol' christian american patriarch" vencer "o mal", a personagem da namorada (que proporciona a parte mais engraçada/assustadora com aquela ferida no rosto preenchida de insetos), fonte do pecado, deixa-se susceptível à dita-por-eles-falsa-e-errada proteção oferecida pela santería.
como se não fosse o bastante, a tradução ainda consegue piorar tudo, pois associa uma imagem cristã, o diabo, coisa que nada tem a ver com as religiões e o tema "explorados" no filme.
Tatuagem
4.2 923(unpopular opinion 3, 2, 1...)
gosto da sinceridade e da realidade do filme, mas confesso que não achei lá essas grandes coisas que o público achou. não que não seja válido ou não mereça sua liberdade de expressão, mas acho esse teatro do escracho uma coisa chata, mais pautado em chocar valores morais (que, para mim, já não fazem sentido de qualquer forma) do que formar e discutir argumentos e opiniões fundamentadas não só numa idéia (infelizmente, irreal) de democracia (porque, convenhamos, a democracia, enquanto ideal, não é aplicada com muita fidelidade) e no "todo mundo tem cu", mas também aliando a isso o histórico e herança cultural da sociedade humana (porque costumes, especialmente esses de uma mentalidade mecânica, praticamente, infelizmente, mais uma vez, não se transformam do dia para a noite).
óbvio que isso tudo circunda pobreza, minorias sexuais, direitos humanos, feminismo, discriminação profissional etc., mas tudo de uma forma tão fraca, que a parte mais interessante (ou o que era para ser o tema do longa - a relação de um soldado com um artista) fica de lado, tendo todo o conflito que há ali tangencialmente analisado e mostrado.
e, no final, de tanto não agüentar mais aquela música, confesso que vi o resto do filme no mudo.
Caro Diário
3.7 38o terceiro capítulo é praticamente uma pérola!
O Palhaço Que Não Ri
3.6 16achei essa "biografia" um grande banho de água fria, pra ser sincero.
confesso que não conheço muito da trajetória do buster keaton, mas mesmo assim dá pra perceber que esse filme não conta muitas verdades, pois mais parece uma remodelagem completa, ou uma nova história, inventada nos moldes de roteiros hollywoodianos com um final feliz. tudo muito quadradinho, e muito artificial.
Um Barco e Nove Destinos
4.0 121incrível o que o hitchcock consegue fazer com um filme! porque, confesso, esse era um dos filmes dele que eu menos fazia questão de ver... mas estava passando na televisão e aproveitei para assistir.
esperava algo monótono (afinal, pessoas num barco balançando ao mover das ondas durante aproximados 100 minutos é praticamento sinônimo de tédio), uma daquelas tentativas quase-sempre falhas de teatro-em-cinema que são muito quadradinhas... mas não é nada disso. hitchcock consegue nos prender numa trama interessante e inteligente.