Nas mãos de um cineasta talentoso e independente, daria um ótimo filme estilo "Ex_Machina", de 2014. Mas preferiram fazer apenas um típico filme de terror comercial, de entretenimento. Não reclamo, pois era exatamente o que eu estava querendo e buscando ao vê-lo. Recomendo a quem procure o mesmo. Já imagino uma sequência ou "spin-off" chamado "Elsie" (quem já assistiu entenderá). Annabelle tem uma nova concorrente, mas aqui em vez de uma boneca possuída temos uma boneca robótica, em que a inteligência artificial adquire vida própria. E é curioso perceber como sua inteligência, que a priori foi desenvolvida para o bem, torna-se má pelo contato com a maldade humana e as contingências que essa relação traz. (Um robô pode até um dia chegar a ter "consciência", mas dificilmente um superego, então apenas reproduzirá o que lhe for ensinado, bem ou mal). Acho que o filme pode levantar algumas questões e fazer pensar um pouquinho também.
Fazia tempo que um filme de suspense não me deixava tão desconfortável. Eu o classificaria como um filme de suspense/terror adulto, não tem os artifícios comuns desse tipo de filme, o que o torna mais realista e talvez por isso mais tenso e angustiante. Eu estou com taquicardia até agora.
Que filme delicioso de se assistir. Reúne várias coisas que gosto numa história, como honra, amizade, bravura e moral, tudo isso num enredo com a dose certa de aventura, drama e romance. Viola Davis é/está maravilhosa. Há muitas cenas de luta e de batalha, inclusive com uso de facões, mas, provavelmente por ter sido dirigido por uma mulher, senti um certo cuidado na direção, de modo a não torná-las tão sangrentas ou apelativas no quesito violência. Tanto que pode até ser visto por pessoas menores, inclusive como um filme educativo pelo seu contexto histórico, baseado em fatos reais (misturados com ficção, claro) da história de uma parte da África, poucas vezes contados no cinema.
Por que filmes sobre música são tão bons? Não sei, mas a maioria dos que vejo é ótima. Este aqui não é diferente. Tenho um pouco de preguiça de ver filmes com mais de duas horas (este tem duas horas e meia), mas resolvi assistir por causa da Cate Blanchett e por causa dela também nem sentimentos o tempo. Um dos melhores filmes do ano, e uma interpretação maravilhosa (Cate chega a falar alemão uma boa parte do filme, que se passa em Berlim), em que atriz faz o papel de uma famosa maestra - Lydia Tár, do título - nos tempos atuais em que as redes sociais e o politicamente correto podem ser os condutores (trocadilho não intencional) da vida e da carreira de uma celebridade. Enquanto a maioria dos filmes desse gênero é focada em histórias de superação rumo ao apogeu, aqui temos um enredo um pouco diferente (que não direi mais para não dar spoiler), o que o torna ainda mais interessante.
O melhor filme de terror do ano. E eu diria também um dos melhores filmes do ano, porque assim como "Psicose", "O Iluminado" e "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?" (que, a propósito, é possível perceber uma influência de todos esses clássicos aqui), conseguem extrapolar o gênero de terror de tão bem feitos. Logo no começo eu tive de parar o filme aos 5 minutos e ir pesquisar pois não estava entendendo: eu sabia que era um prequel do filme "X", também deste ano de 2022 (e, consegue superar o original, diga-se de passagem), mas como é com a mesma atriz de "X", eu achava que era a história da mesma personagem, mas não é. Em "X" Mia Goth faz uma personagem, e em "Pearl" ela faz outra, a versão jovem da personagem da idosa de "X", por isso pode causar uma confusão em quem tiver memória ruim como a minha. E que atuação essa garota entregou aqui, num filme que ela também foi coroteirista e coprodutora. Há uma cena digna de concorrer ao Oscar e que prevejo tornar-se antológica, assim como filme se tornar um cult do gênero. Uma curiosidade, sobre a qual já postei aqui um tempo atrás, esta atriz britânica, Mia Goth, é neta da atriz brasileira Maria Gladys, cresceu aqui no Brasil com a avó antes de se mudar para Inglaterra com a mãe, e fala português perfeita e fluentemente. Adoraria vê-la fazendo um filme nacional. Ela já está se tornando uma musa de filmes independentes e de terror. Uma atriz que me surpreendeu, visto que faz dois papeis completamente diferentes nos dois filmes em questão: no primeiro uma jovem e sensual aspirante a atriz, e no segundo uma garota desajeitada e... bem, não direi mais para não dar spoiler. Assistam ao filme. Vale a pena.
Esperava bem mais, pelo sucesso que está fazendo no cinema. O filme é praticamente um plágio do ótimo (esse sim) "Corrente do Mal" de 2014. Tem a mesma premissa contada de forma diferente. Não entendo porque está sendo tão bem avaliado.
Uma vez, ao falar mal da Netflix, cuja maioria das produções considero "meia-boca", uma pessoa retrucou que ela precisava conseguir dinheiro para fazer coisas boas. Nunca essa lógica fez tanto sentido como hoje. Os dois últimos filmes que eu havia visto, "Não Olhe para Cima" e "Imperdoável", eu achei bem medianos, então fui assistir a "Ataque dos Cães" já preparado para achar o mesmo, e eis que me deparo com o MELHOR filme do ano. Fazia anos que eu sentia falta ou esperava para ver algo assim no cinema. Estou apto a perdoar todos os filmes e séries ruins da Netflix se eles servirem de receita para ela fazer aqui e ali produções como esta.
Quando eu vi que havia um filme novo com a Jennifer Lawrence, que amo e andou sumida, tive que colocar na frente de vários da watchlist. Um produção ambiciosa da Netflix, pelo elenco que conta ainda com Meryl Streep, Leonardo di Caprio e Cate Blanchett. Vale a pena assistir, mas como quase tudo na Netflix deixa um pouco a desejar. É gostoso de ver como o filme critica diversos acontecimentos e personalidades reais dos últimos anos, mas termina com a sensação de que ele faz parte daquilo mesmo (ou uma das coisas) que tenta criticar: a superficialidade e a obsessão por entretenimento atuais.
Não é tão trash assim quanto aparenta pelo enredo, pois é bem realizado tecnicamente, assemelhando-se a outras obras do gênero, com o detalhe original de aqui o "monstro" não ser algum animal mas um objeto. Nesse sentido me remeteu aos filmes da franquia "Brinquedo Assassino", com a diferença de que "Slaxx" além de entregar os elementos de horror e gore desses outros, ainda traz embutido algumas críticas sociais, como exploração do trabalho, consumo e capitalismo, dentre outras coisas, tudo isso sem ser pretensioso, pois é uma grande sátira acima de tudo. Tem toda cara de que terá uma continuação.
Misturada de um monte de outros filmes com histórias parecidas, mas valeu a pena ter visto só pela Charlotte Vega, que me apaixonei em "The Lodgers" (2017), só vi mesmo por ela.
Justin Benson é um jovem cineasta que faz filmes de terror/sci-fi independentes, que eu acompanho desde que vi "Primavera" (2014), que achei incrível; depois veio "O Culto" (2017), que gostei um pouco menos, e agora este "Synchronic" (2019), que parece o mais comercial e o que menos gostei dos três, mas ainda assim vale a pena ver para que gosta de sci-fi, viagem no tempo, essas coisas...
Uma coprodução hispano-francesa. Para quem gosta daqueles filmes intimistas, psicologicamente densos e sensíveis, recomendo. O filme nos envolve completamente desde as primeiras cenas até seu final surpreendente.
[spoiler] Não é apenas sobre relação mãe-filha, mas sobre redenção, sobre a filha que sabe que vai morrer, que nunca teve o amor materno durante a vida, e ao final dela, busca pelo menos a misericórdia, que a mãe que lhe deu a vida seja a mesma que lha retire. Maravilhoso. [/spoier]
Filme com ótimo roteiro, que me pareceu uma mistura do clássico "A Caldeira do Diabo" (1957) com "Três Anúncios para um Crime" (2017)... Infelizmente a direção estilo "NetFlix" (acho que sou capaz de reconhecer uma produção da NetFlix sem saber) não o ajudou muito. Fiquei imaginando esse filme dirigido pelos irmãos Cohen ou mesmo David Fincher, seria um clássico instantâneo. Vale a pena ver a despeito disso. Um filme niilista, sobre o "mundo cão" em que vivemos e no qual, longe de salvá-lo, a religião pode torná-lo ainda pior. Elenco selecionadíssimo, com um Robert Pattinson um pouco "overacting" (gosto dele mas aqui ele está um tanto caricato) e uma ótima atuação do Tom Holland.
Não gosto muito de ler a sinopse antes de ver um filme, e coincidentemente acabei vendo dois filmes seguidos sul-coreanos deste ano sobre zumbis. Esse aqui ainda é um pouco melhor que o "Invasão Zumbi 2", mas também não é grande coisa. Tecnicamente é uma produção que não deixa nada a dever aos americanos, como eu sempre digo aqui sobre os coreanos, mas parece que eles estão recorrendo muito aos clichês daqueles, o que é uma pena, pois o que sempre gostei nas produções do país asiático foi a originalidade. Aqui até tentam dar um verniz de original criando uma linguagem envolvendo as redes socais, mas apenas para encobrir um enredo no geral fraco, sobre um adolescente que precisa sobreviver isolado no seu apartamento depois de uma invasão zumbi. Também não superou "Invasão Zumbi", de 2016, que foi um marco do gênero.
Continuação do ótimo "Invasão Zumbi", de 2016. A história se passa quatro anos depois do primeiro filme, com a Coréia do Sul isolada do resto mundo, habitada apenas por alguns poucos sobreviventes que sonham em fugir da península ou se adaptaram num novo estilo de vida pós-apocalíptico. Infelizmente não chega nem perto de ser tão bom quanto o primeiro, aqui os zumbis são meros coadjuvantes num filme que parece uma mistura de Mad Max com Velozes e Furiosos.
Não foi nada do que eu esperava, esperava que fosse mais "hardcore" ou então mais tosco, mas é apenas um filme bobo, igual a tantos outros do gênero. Eu me senti vendo uma versão fílmica daqueles romances Bianca, Sabrina ou Júlia... Não sei o que é mais preocupante, essas histórias fazerem sucesso ou serem perseguidas, como aconteceu com esse filme que tentaram "cancelar". Se o final fosse diferente talvez ele fosse melhor avaliado, apesar de até a metade ele construir um suspense psicológico interessante, com a tensão sexual entre os personagens, tem um desfecho ruim e final abrupto demais. Contudo já vi piores.
Estava esperando desde a 6a temporada o livro "Os Ventos de Inverno" para ler antes, como cansei de esperar resolvi terminar a série mesmo, maratonado as duas últimas temporadas. Então vão aqui alguns comentários (com spoiler, claro) sobre o tão polêmico final que tantos (a maioria, pelo que percebo) odiaram. Eu achei fantástico! Pode não ter sido escrito pelo George Martin mas ele deve ter indicado por trás o destino que cada personagem deveria ter. Para mim a história terminou fechadinha, como um círculo. A busca de Daenerys pelo trono foi apenas a trama condutora do enredo, mas desde o princípio a personagem nunca foi a protagonista, assim como os Lannister - quem começou lendo os livros percebe claramente que os STARK eram os protagonistas, a história começa com eles, dispersando-se, e ficaria muito estranha se não terminasse com eles também fechando o ciclo. Sem falar que a característica dos livros/série sempre foi frustrar nossos desejos e expectativas e tomar um rumo inesperado (e para alguns, frustrante), por isso não me surpreendi com a morte da Daenerys (se é que ela morreu mesmo, tanta gente ressuscitou nessa história, e vemos apenas seu corpo sendo levado pelo dragão). Outra ponto interessante é que o enredo sempre foi inspirado em lugares geográficos e acontecimentos reais (impossível não ver a Escócia como o norte que decide por independência, até mesmo a Muralha foi inspirada na muralha que havia neste país construída pelo imperador romano Adriano para barrar os bárbaros, ou os selvagens povos livres na ficção), então foi interessante ver Bran (que se não tivesse um final importante deixaria todas as suas desventuras sem sentido) tornando-se o rei, ver Sansa tornando-se a rainha do norte, Arya partindo para descobrir a "América", e Daenerys tornando-se uma espécie de Stalin feminina. Acho que talvez eu seja o único, mas adorei o finale, embora considere as duas últimas temporadas inferiores às anteriores.
Há muito tempo eu não via um filme tão delicado, poético e cheio de sutilizas... Eu como apreciador de pintura vibrei ao ver em diversas cenas referências a quados, que possam ter passado desapercebidas para a maioria mas me fizeram amar ainda mais o filme. Estou aqui ainda com a rosto úmido das lágrimas enquanto escrevo pois acabei de vê-lo. Uma pequena joia cinematográfica.
Esperava mais. Exagera nas emoções, mas estou acostumado com dramas sul-coreanos que costumam carregar a mão nisso e alguns até gosto, mas achei o final confuso e embaralhado, não sei se foi a edição mas não ficou bem a mistura da linha cronológica.
Ainda existem dois remakes dessa história, um turco e um filipino. Ficarei apenas com esse mesmo, o original.
Nos últimos anos tem havido vários filmes fantásticos (no sentido do gênero), de horror com tosques surreais, que funcionam como alegorias para os absurdos da vida cotidiana que não percebemos por estarmos imersos nele. Além do recente "O Poço", esse aqui é mais um exemplo, e que também apreciei. Gosto de filmes assim estranhos desde "Quero Ser John Malkovich", de 1999, e quando são de terror, mesmo que psicológico, melhor ainda.
Tem muitos furos e situações forçadas, só da para apreciar relevando todas essas incongruências e focando apenas na parte do suspense. Mas no geral deixa muito a desejar. Uma mistura de "O Homem sem Sombra" de 2000 com "Dormindo com o Inimigo" de 1991, sendo pior que estes.
M3gan
3.0 799 Assista AgoraNas mãos de um cineasta talentoso e independente, daria um ótimo filme estilo "Ex_Machina", de 2014. Mas preferiram fazer apenas um típico filme de terror comercial, de entretenimento. Não reclamo, pois era exatamente o que eu estava querendo e buscando ao vê-lo. Recomendo a quem procure o mesmo. Já imagino uma sequência ou "spin-off" chamado "Elsie" (quem já assistiu entenderá). Annabelle tem uma nova concorrente, mas aqui em vez de uma boneca possuída temos uma boneca robótica, em que a inteligência artificial adquire vida própria. E é curioso perceber como sua inteligência, que a priori foi desenvolvida para o bem, torna-se má pelo contato com a maldade humana e as contingências que essa relação traz. (Um robô pode até um dia chegar a ter "consciência", mas dificilmente um superego, então apenas reproduzirá o que lhe for ensinado, bem ou mal). Acho que o filme pode levantar algumas questões e fazer pensar um pouquinho também.
Não Fale o Mal
3.6 675Fazia tempo que um filme de suspense não me deixava tão desconfortável. Eu o classificaria como um filme de suspense/terror adulto, não tem os artifícios comuns desse tipo de filme, o que o torna mais realista e talvez por isso mais tenso e angustiante. Eu estou com taquicardia até agora.
A Mulher Rei
4.1 486 Assista AgoraQue filme delicioso de se assistir. Reúne várias coisas que gosto numa história, como honra, amizade, bravura e moral, tudo isso num enredo com a dose certa de aventura, drama e romance. Viola Davis é/está maravilhosa. Há muitas cenas de luta e de batalha, inclusive com uso de facões, mas, provavelmente por ter sido dirigido por uma mulher, senti um certo cuidado na direção, de modo a não torná-las tão sangrentas ou apelativas no quesito violência. Tanto que pode até ser visto por pessoas menores, inclusive como um filme educativo pelo seu contexto histórico, baseado em fatos reais (misturados com ficção, claro) da história de uma parte da África, poucas vezes contados no cinema.
Tár
3.7 394 Assista AgoraPor que filmes sobre música são tão bons? Não sei, mas a maioria dos que vejo é ótima. Este aqui não é diferente. Tenho um pouco de preguiça de ver filmes com mais de duas horas (este tem duas horas e meia), mas resolvi assistir por causa da Cate Blanchett e por causa dela também nem sentimentos o tempo. Um dos melhores filmes do ano, e uma interpretação maravilhosa (Cate chega a falar alemão uma boa parte do filme, que se passa em Berlim), em que atriz faz o papel de uma famosa maestra - Lydia Tár, do título - nos tempos atuais em que as redes sociais e o politicamente correto podem ser os condutores (trocadilho não intencional) da vida e da carreira de uma celebridade. Enquanto a maioria dos filmes desse gênero é focada em histórias de superação rumo ao apogeu, aqui temos um enredo um pouco diferente (que não direi mais para não dar spoiler), o que o torna ainda mais interessante.
Pearl
3.9 989O melhor filme de terror do ano. E eu diria também um dos melhores filmes do ano, porque assim como "Psicose", "O Iluminado" e "O Que Terá Acontecido a Baby Jane?" (que, a propósito, é possível perceber uma influência de todos esses clássicos aqui), conseguem extrapolar o gênero de terror de tão bem feitos. Logo no começo eu tive de parar o filme aos 5 minutos e ir pesquisar pois não estava entendendo: eu sabia que era um prequel do filme "X", também deste ano de 2022 (e, consegue superar o original, diga-se de passagem), mas como é com a mesma atriz de "X", eu achava que era a história da mesma personagem, mas não é. Em "X" Mia Goth faz uma personagem, e em "Pearl" ela faz outra, a versão jovem da personagem da idosa de "X", por isso pode causar uma confusão em quem tiver memória ruim como a minha. E que atuação essa garota entregou aqui, num filme que ela também foi coroteirista e coprodutora. Há uma cena digna de concorrer ao Oscar e que prevejo tornar-se antológica, assim como filme se tornar um cult do gênero. Uma curiosidade, sobre a qual já postei aqui um tempo atrás, esta atriz britânica, Mia Goth, é neta da atriz brasileira Maria Gladys, cresceu aqui no Brasil com a avó antes de se mudar para Inglaterra com a mãe, e fala português perfeita e fluentemente. Adoraria vê-la fazendo um filme nacional. Ela já está se tornando uma musa de filmes independentes e de terror. Uma atriz que me surpreendeu, visto que faz dois papeis completamente diferentes nos dois filmes em questão: no primeiro uma jovem e sensual aspirante a atriz, e no segundo uma garota desajeitada e... bem, não direi mais para não dar spoiler. Assistam ao filme. Vale a pena.
Noites Brutais
3.4 1,0K Assista AgoraSe você relevar algumas coisas inverossímeis do roteiro e apenas se deixar levar, é um bom filme de terror, diferente e original, cheio de surpresas.
Sorria
3.1 845 Assista AgoraEsperava bem mais, pelo sucesso que está fazendo no cinema. O filme é praticamente um plágio do ótimo (esse sim) "Corrente do Mal" de 2014. Tem a mesma premissa contada de forma diferente. Não entendo porque está sendo tão bem avaliado.
Ataque dos Cães
3.7 932Uma vez, ao falar mal da Netflix, cuja maioria das produções considero "meia-boca", uma pessoa retrucou que ela precisava conseguir dinheiro para fazer coisas boas. Nunca essa lógica fez tanto sentido como hoje. Os dois últimos filmes que eu havia visto, "Não Olhe para Cima" e "Imperdoável", eu achei bem medianos, então fui assistir a "Ataque dos Cães" já preparado para achar o mesmo, e eis que me deparo com o MELHOR filme do ano. Fazia anos que eu sentia falta ou esperava para ver algo assim no cinema. Estou apto a perdoar todos os filmes e séries ruins da Netflix se eles servirem de receita para ela fazer aqui e ali produções como esta.
Não Olhe para Cima
3.7 1,9K Assista AgoraQuando eu vi que havia um filme novo com a Jennifer Lawrence, que amo e andou sumida, tive que colocar na frente de vários da watchlist. Um produção ambiciosa da Netflix, pelo elenco que conta ainda com Meryl Streep, Leonardo di Caprio e Cate Blanchett. Vale a pena assistir, mas como quase tudo na Netflix deixa um pouco a desejar. É gostoso de ver como o filme critica diversos acontecimentos e personalidades reais dos últimos anos, mas termina com a sensação de que ele faz parte daquilo mesmo (ou uma das coisas) que tenta criticar: a superficialidade e a obsessão por entretenimento atuais.
Slaxx
2.5 29Não é tão trash assim quanto aparenta pelo enredo, pois é bem realizado tecnicamente, assemelhando-se a outras obras do gênero, com o detalhe original de aqui o "monstro" não ser algum animal mas um objeto. Nesse sentido me remeteu aos filmes da franquia "Brinquedo Assassino", com a diferença de que "Slaxx" além de entregar os elementos de horror e gore desses outros, ainda traz embutido algumas críticas sociais, como exploração do trabalho, consumo e capitalismo, dentre outras coisas, tudo isso sem ser pretensioso, pois é uma grande sátira acima de tudo. Tem toda cara de que terá uma continuação.
Pânico na Floresta: A Fundação
2.7 321Misturada de um monte de outros filmes com histórias parecidas, mas valeu a pena ter visto só pela Charlotte Vega, que me apaixonei em "The Lodgers" (2017), só vi mesmo por ela.
Synchronic
2.7 171 Assista AgoraJustin Benson é um jovem cineasta que faz filmes de terror/sci-fi independentes, que eu acompanho desde que vi "Primavera" (2014), que achei incrível; depois veio "O Culto" (2017), que gostei um pouco menos, e agora este "Synchronic" (2019), que parece o mais comercial e o que menos gostei dos três, mas ainda assim vale a pena ver para que gosta de sci-fi, viagem no tempo, essas coisas...
O Vazio do Domingo
3.7 122 Assista AgoraUma coprodução hispano-francesa. Para quem gosta daqueles filmes intimistas, psicologicamente densos e sensíveis, recomendo. O filme nos envolve completamente desde as primeiras cenas até seu final surpreendente.
[spoiler]
Não é apenas sobre relação mãe-filha, mas sobre redenção, sobre a filha que sabe que vai morrer, que nunca teve o amor materno durante a vida, e ao final dela, busca pelo menos a misericórdia, que a mãe que lhe deu a vida seja a mesma que lha retire. Maravilhoso.
[/spoier]
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraFilme com ótimo roteiro, que me pareceu uma mistura do clássico "A Caldeira do Diabo" (1957) com "Três Anúncios para um Crime" (2017)... Infelizmente a direção estilo "NetFlix" (acho que sou capaz de reconhecer uma produção da NetFlix sem saber) não o ajudou muito. Fiquei imaginando esse filme dirigido pelos irmãos Cohen ou mesmo David Fincher, seria um clássico instantâneo. Vale a pena ver a despeito disso. Um filme niilista, sobre o "mundo cão" em que vivemos e no qual, longe de salvá-lo, a religião pode torná-lo ainda pior. Elenco selecionadíssimo, com um Robert Pattinson um pouco "overacting" (gosto dele mas aqui ele está um tanto caricato) e uma ótima atuação do Tom Holland.
#Alive
3.2 494 Assista AgoraNão gosto muito de ler a sinopse antes de ver um filme, e coincidentemente acabei vendo dois filmes seguidos sul-coreanos deste ano sobre zumbis. Esse aqui ainda é um pouco melhor que o "Invasão Zumbi 2", mas também não é grande coisa. Tecnicamente é uma produção que não deixa nada a dever aos americanos, como eu sempre digo aqui sobre os coreanos, mas parece que eles estão recorrendo muito aos clichês daqueles, o que é uma pena, pois o que sempre gostei nas produções do país asiático foi a originalidade. Aqui até tentam dar um verniz de original criando uma linguagem envolvendo as redes socais, mas apenas para encobrir um enredo no geral fraco, sobre um adolescente que precisa sobreviver isolado no seu apartamento depois de uma invasão zumbi. Também não superou "Invasão Zumbi", de 2016, que foi um marco do gênero.
Invasão Zumbi 2: Península
2.4 390 Assista AgoraContinuação do ótimo "Invasão Zumbi", de 2016. A história se passa quatro anos depois do primeiro filme, com a Coréia do Sul isolada do resto mundo, habitada apenas por alguns poucos sobreviventes que sonham em fugir da península ou se adaptaram num novo estilo de vida pós-apocalíptico. Infelizmente não chega nem perto de ser tão bom quanto o primeiro, aqui os zumbis são meros coadjuvantes num filme que parece uma mistura de Mad Max com Velozes e Furiosos.
365 Dias
1.5 880 Assista AgoraNão foi nada do que eu esperava, esperava que fosse mais "hardcore" ou então mais tosco, mas é apenas um filme bobo, igual a tantos outros do gênero. Eu me senti vendo uma versão fílmica daqueles romances Bianca, Sabrina ou Júlia... Não sei o que é mais preocupante, essas histórias fazerem sucesso ou serem perseguidas, como aconteceu com esse filme que tentaram "cancelar". Se o final fosse diferente talvez ele fosse melhor avaliado, apesar de até a metade ele construir um suspense psicológico interessante, com a tensão sexual entre os personagens, tem um desfecho ruim e final abrupto demais. Contudo já vi piores.
Vigiados
2.6 363 Assista AgoraQue estranho, existe um filme de 2019 com o mesmo título e a mesma sinopse, dirigido por um tal de Tim Connolly, será que o Dave Franco plagiou?
Game of Thrones (8ª Temporada)
3.0 2,2K Assista AgoraEstava esperando desde a 6a temporada o livro "Os Ventos de Inverno" para ler antes, como cansei de esperar resolvi terminar a série mesmo, maratonado as duas últimas temporadas. Então vão aqui alguns comentários (com spoiler, claro) sobre o tão polêmico final que tantos (a maioria, pelo que percebo) odiaram. Eu achei fantástico! Pode não ter sido escrito pelo George Martin mas ele deve ter indicado por trás o destino que cada personagem deveria ter. Para mim a história terminou fechadinha, como um círculo. A busca de Daenerys pelo trono foi apenas a trama condutora do enredo, mas desde o princípio a personagem nunca foi a protagonista, assim como os Lannister - quem começou lendo os livros percebe claramente que os STARK eram os protagonistas, a história começa com eles, dispersando-se, e ficaria muito estranha se não terminasse com eles também fechando o ciclo. Sem falar que a característica dos livros/série sempre foi frustrar nossos desejos e expectativas e tomar um rumo inesperado (e para alguns, frustrante), por isso não me surpreendi com a morte da Daenerys (se é que ela morreu mesmo, tanta gente ressuscitou nessa história, e vemos apenas seu corpo sendo levado pelo dragão). Outra ponto interessante é que o enredo sempre foi inspirado em lugares geográficos e acontecimentos reais (impossível não ver a Escócia como o norte que decide por independência, até mesmo a Muralha foi inspirada na muralha que havia neste país construída pelo imperador romano Adriano para barrar os bárbaros, ou os selvagens povos livres na ficção), então foi interessante ver Bran (que se não tivesse um final importante deixaria todas as suas desventuras sem sentido) tornando-se o rei, ver Sansa tornando-se a rainha do norte, Arya partindo para descobrir a "América", e Daenerys tornando-se uma espécie de Stalin feminina. Acho que talvez eu seja o único, mas adorei o finale, embora considere as duas últimas temporadas inferiores às anteriores.
Você Deveria Ter Partido
2.6 199 Assista AgoraYou should have not seen. Quase durmo.
Retrato de uma Jovem em Chamas
4.4 899 Assista AgoraHá muito tempo eu não via um filme tão delicado, poético e cheio de sutilizas... Eu como apreciador de pintura vibrei ao ver em diversas cenas referências a quados, que possam ter passado desapercebidas para a maioria mas me fizeram amar ainda mais o filme. Estou aqui ainda com a rosto úmido das lágrimas enquanto escrevo pois acabei de vê-lo. Uma pequena joia cinematográfica.
Milagre na Cela 7
4.4 74Esperava mais. Exagera nas emoções, mas estou acostumado com dramas sul-coreanos que costumam carregar a mão nisso e alguns até gosto, mas achei o final confuso e embaralhado, não sei se foi a edição mas não ficou bem a mistura da linha cronológica.
Ainda existem dois remakes dessa história, um turco e um filipino. Ficarei apenas com esse mesmo, o original.
Viveiro
3.2 762 Assista AgoraNos últimos anos tem havido vários filmes fantásticos (no sentido do gênero), de horror com tosques surreais, que funcionam como alegorias para os absurdos da vida cotidiana que não percebemos por estarmos imersos nele. Além do recente "O Poço", esse aqui é mais um exemplo, e que também apreciei. Gosto de filmes assim estranhos desde "Quero Ser John Malkovich", de 1999, e quando são de terror, mesmo que psicológico, melhor ainda.
O Homem Invisível
3.8 2,0K Assista AgoraTem muitos furos e situações forçadas, só da para apreciar relevando todas essas incongruências e focando apenas na parte do suspense. Mas no geral deixa muito a desejar. Uma mistura de "O Homem sem Sombra" de 2000 com "Dormindo com o Inimigo" de 1991, sendo pior que estes.