Admiro imensamente o modo do Bergman unir cinema e psicologia/filosofia (e sou eternamente apaixonada por Persona) mas confesso que Gritos e Sussuros foi uma decepção para mim. Os recorrentes simbolismos são bem explorados e por vezes me peguei pensando na dualidade de alguns gestos; entretanto, realmente não consegui gostar realmente do filme.
Me sinto um pouco destoante em relações às opiniões aqui (acredito que a maioria é verdadeira, já que Bergman realmente provoca esse efeito), mas, sinceramente, o que senti ao ver a película foi decepção.
Maravilhoso! É impossível transpôr para o cinema toda a profundidade inigualável das palavras de Dostoiévski, mas em vários momentos também me senti como se estivesse "vendo o livro". As atuações são extremamente impecáveis, com destaque para Raskólnikov (ótima representação da personalidade dual!), Sônia e Yekaterina (representação fenomenal... dá pra sentir a dor dela!).
Enfim, é realmente incrível como os atores conseguiram dar vida aos personagens de forma tão perfeita. Também senti falta da cena final, mas o filme inteiro é tão bem executado que esta ausência foi perdoada. A cena do realejo e loucura de Yekaterina, uma das que mais me emocionam no livro, foi igualmente emocionante na película.
Belíssima adaptação. De longe, uma das melhores e mais fiéis que já vi. É muito difícil um diretor ter um cuidado tão primoroso ao passar uma obra para o cinema, assim como um elenco com interpretações tão boas.
O filme permanece reminiscente na minha cabeça... assim como o livro ficou, após a leitura.
Extremamente SUBestimado. Extremamente. A quantidade de referências, metáforas e afins que esse filme tem é absurda.Only God Forgives merece MUITO um olhar atento, para que não seja desmerecido.
Se preocuparam em fazer bem os vídeos caseiros, e levaram o resto do filme desleixadamente. Maquiagem ridícula, personagens sobrenaturais totalmente caricatos.
Era melhor que fosse um filme de suspense sobre um serial killer qualquer.
É bem interessante a proposta do Haneke, ao inserir algumas desconstruções dentro do filme. Gostei do sadismo dos garotos, tão bem educados - e igualmente cruéis.
Enfim, é um bom filme. Não creio que seja uma obra-prima ou genial, mas decerto é bastante envolvente e tem boa premissa e execução.
Primeiro contato bem traumático com a obra de Tarkovsky. Solaris começa bem, inclusive com algumas cenas de estética bem interessante como aquela dos túneis, mas pouco depois que Kelvin chega à estação, o filme começa a desandar e a parecer interminável, excessivamente longo e tedioso. Infelizmente, comecei a gostar mais dele apenas no final, quando aparecem alguns diálogos bem interessantes. É uma pena que nesta altura eu já estava saturada de tanto me esforçar pra conseguir vê-lo por completo.
Também acho que a estética de Solaris não é tão bem feita quanto tinha potencial para ser, tomando por exemplo algumas cenas maravilhosas no começo.
Vi o pôster e o nome do filme, e já pensei: Nicholas Sparks. Tenho agonia dessa "fórmula" de fazer romances quase iguais, que posteriormente serão transformados em filmes. Ficou mecanizado demais, acho que agora ele só muda os personagens e o segredo/motivação/whatever.
E sim, eu já li algo dele; é mediano, o que incomoda mesmo é o romance-fórmula.
Aliás, o Nicholas é o exemplo perfeito do conceito de Indústria Cultural aplicado na prática e totalmente escancarado, tanto na literatura como no cinema.
Apesar dos entretantos, respeito quem gosta e eu mesma já me peguei vendo esses filmes, apesar de não gostar da representação da mulher-coitada e homem-sem-defeitos. Só não falemos de criatividade ou talento excepcional.
Achei o filme bem interessante, em especial pela sua estética e pela música sensacional da Björk. No entanto, me incomoda o fato de todas as mulheres sempre serem representadas em roupas minúsculas, quase que reduzidas a "gostosas com armas", embora sejam também corajosas, mas esse não é o foco; enfim, isso me parece reforçar aquele esteriótipo nerd machista que ainda é tão presente. Evidentemente, trata-se de um filme com um público-alvo masculino. Mas acho que não é tão pertinente discutir isso aqui...
Gostei da sacada das múltiplas realidades alternativas e das cenas de batalha, embora às vezes se tornem um tanto cansativas ou mera "firula",excesso. Não reconheci a Emily! Ainda tinha em minha cabeça a menina de Desventuras em Série. É interessante vê-la interpretar esse papel.
Adoro o estilo excêntrico do Wes Anderson, e Moonrise Kingdom continua carregando esta marca, mas com algo ainda mais encantador na "estranheza" das personagens. Gosto de como os elementos interagem, na fotografia, e como o atípico tem lugar.
A premissa é bem interessante, mas foi um tanto mal desenvolvido. Faltou mais sensibilidade ao abordar o tema, e por vezes foi deveras clichê. Por outro lado, é uma boa história e os efeitos/fotografia são muito bonitos.
Não é perda de tempo assisti-lo, embora o final seja um tanto ruim.
Maravilhoso! Filme forte, poderoso e altamente emocionante. Segurei as lágrimas umas mil vezes durante toda a extensão. Montagem, músicas, direção de arte... tudo perfeito. Não sou adeptas de musicais, mas esse realmente me cativou. No entanto, como a película é quase que completamente cantada, alguns podem achar irritante; para mim, não teve problema.
Anne Hathaway foi quem teve a melhor performance musical individual, sem dúvida: sofrimento genuíno em "I dreamed a dream" (e como não lembrar da Susan Boyle no começo? ahaha). A personagem dela, Fantine, também me emocionou profundamente... tão sofredora! :-(
Menção honrosa também para o menininho Gavroche, que protagonizou uma das cenas que mais me emocionou.
Quanto a trilha sonora do filme, Look Down, tema do filme, realmente se destaca. Aquela primeira parte, nos minutos iniciais, é a que mais me chama atenção.
Que documentário maravilhoso! Gostei muito de como um tema tão profundo foi tratado com uma sutileza e fluidez especiais, mas que não beiram ao simplório medíocre. Ao contrário, o filme aborda um sem-número de questões, existenciais ou não, de uma forma tão natural, que é impossível não se "ver" nestes depoimentos. Mas o que é visão, não é?
Maravilhosas palavras e experiências durante toda a película. Altamente reflexivo e especial. Samarago e Wim Wenders roubaram meu coração com suas reflexões, de verdade.
Há também um momento de carinho especial, no final, com a Àgnes, que só por que
Esteticamente maravilhoso! Já havia lido e, apesar de ser amante da literatura russa, o livro não me cativou tanto quanto imaginava. A Anna me soava irritante, e nesse ponto acho que o diretor conseguiu transpôr bem o gênio da personagem, que é um tanto inconstante e às vezes até egoísta. Mas esta última parte fica mais explícita quando se lê a obra.
Meu personagem favorito, Liévin, foi muitíssimo mal aproveitado aqui, embora tenha gostado do ator e da caracterização. Mas não culpo o diretor: era pouco tempo demais, o foco deveria ser mesmo a Anna, que dá nome ao filme e à obra. Só achei que a cena do
pedido definitivo de casamento a Kitty, foi mal aproveitada. Não existiu toda a beleza que havia no livro.
Além disso, Joe Wright pecou no desenvolvimento exageradamente entrecortado da relação Kitty/Liévin. Um pouco mais de detalhe e explicação seria mais agradável e não levaria muito tempo. Sem contar que Liévin é um personagem tão extraordinário para ser desperdiçado...
Ainda assim, creio que foi uma adaptação pertinente, apesar da correria. Os cortes na história foram, de certa forma, bem pensados.
Impliquei com o Vrónsky loiro, mas acabei acostumando.
Apesar desse tipo de filme me deixar um pouco neurótica, gostei bastante. A história é bem envolvente, e mostra alguns tipos de personagem (o jornalista/profeta, o homem de alto escalão, a cientista, o homem comum, a figura importante sequestrada [...]) que seriam figuras clássicas numa situação deste tipo. Gostei da mistura de visões e ângulos numa mesma situação problemática. Também tem algumas cenas que são apontamentos perspicazes a coisas que realmente aconteceriam, como:
Os interesses monetários, a indústria farmacêutica, a influência política como meio de salvação, o oportunista que utiliza o poder midiático para faturar...
o sequestro da infectologista para que as autoridades dessem atenção às crianças chinesas daquele vilarejo. E no fim, o golpe sujo: as vacinas eram placebo. Dói constatar que isso é uma situação bem plausível..
A morte da Kate Winslet também me deixou triste...
Bem construído e angustiante, como um filme de epidemia deve ser. Só acho que a Marion poderia ter sido melhor aproveitada, e nesse ponto, a pluradidade de histórias e ângulos prejudicou um pouco o desenvolvimento de alguns personagens. De qualquer forma, gostei! :-)
Filme bem fraco, e eu não entendo o que um elenco desses está fazendo nele. As reviravoltas são imensamente forçadas, o que dá ao filme um "tosquice" a mais. Tudo é muito raso, ou então em excesso:
O cara louco que descobre que matou as filhas e mulher cinco anos atrás, saiu do hospício e voltou à casa, daí conta com a ajuda da mulher-fantasma pra escapar do marido ciumento da vizinha, cujo assassino contratado para matá-la matou a mulher e filhas de Will/Peter. NÃO DÁ!
Tentou ser original e intrigante, mas foi sem-sal, clichê e forçado.
[Estava sonolenta quando vi, e fiquei mais ainda depois. Logo, preciso revê-lo; mas esta é a minha primeira impressão]
Superestimado é a palavra: não apenas em termos de roteiro, mas também visualmente. Seguradamente, é um filme visualmente bonito, mas não chega a ser minha melhor experiência com 3D ou o filme mais belo que já vi.
No entanto, o que me incomoda de fato é o tom de "auto-ajuda", como já foi mencionado aqui abaixo. O filme tem uma espiritualidade exarcebada, chega a ser irritante; isso acaba limitando o público àqueles que compartilham das mesmas crenças... o que não é o meu caso. Além disso, a duração é excessiva para pouca estória, o que aumenta o caráter maçante da película; para justificar este tempo demasiado, são acrescentadas cenas visualmente bonitas - mas vazias - ou alguma coisa "engraçadinha".
Também falta "humanidade": ou um personagem é excessivamente bom e puro, ou é mal e sanguinário. Ok, eu sei que o
Quem matou o pato? Por que só mostra ele lá, de cabeça cortada. Devem ter sido os meninos, mas fiquei na dúvida, já que a violência mesmo só começa depois
Filme muito interessante, principalmente o final e as consequências nas crianças/profª, que tem uma mudança um tanto assustadora. É como se algo latente e até então, inimaginável, tivesse despertado por causa da experiência.
Não tenho idade suficiente pra tê-lo visto na infância/pré-adolescência, e imagino o quão ele deve ter sido assustador para os que assistiram nessa época. Também me impressionei com o fato disto ter passado na tv aberta, à tarde, já que tem uma dose considerável de violência.
De qualquer forma, é um bom filme e vale a pena assisti-lo.
Mein herz brennt! (E a partir da cena inicial, já sentimos uma espécie de angústia, que nos acompanha pelo resto do filme)
O que me chama a atenção no filme é a marginalidade, presente em cada esquina, em cada pessoa, até mesmo nos supostos amigos. Tudo é podre, frio, sujo. E no meio disso, Lilya e Volodya, que não são santos, mas possuem uma doçura, um sentimento que os diferencia da massa, do lugar hostil que os oprime. Um busca refúgio no outro, pois são duas almas igualmente sofredoras. E é exatamente este desejo de um lugar que não seja tão marginal, tão duro, que é a perdição dos personagens. A cena da despedida com a mãe é de partir o coração.
O filme mostra uma ex-URSS falida, miserável, marginalizada. E isso fica bem claro na cena em que
Lilya e Volodya vão a um lugar totalmente abandonado do qual agora esqueci o nome (rs) e a câmera dá um close na parede com a foto de Lenin, salvo engano, em meio a toda destruição do local, que um dia fora possivelmente majestoso.[spoiler] Outra coisa que fica bem clara é a mentalidade do [spoiler]"sonho americano", com os EUA representando a antítese da pobreza hostil que assola a Rússia/ex-URSS; idéia esta, que depois, é transferido para a Suécia, por causa de Andrei... mas quando Lilya chega e olha para a rua, da janela do apartamento, percebe que tudo é igualmente frio - e depois ela sentirá que a hostilidade e sofrimento aqui também tem vez
Ouriço no Nevoeiro
4.3 17Lindo, lindo, lindo! :')
Malaria
4.7 126Sensacional! A criatividade dos criadores é impressionante. Muito bom ver coisa boa vinda do nosso país ;-)
(PS: Continuem produzindo!)
Gritos e Sussurros
4.3 472Admiro imensamente o modo do Bergman unir cinema e psicologia/filosofia (e sou eternamente apaixonada por Persona) mas confesso que Gritos e Sussuros foi uma decepção para mim. Os recorrentes simbolismos são bem explorados e por vezes me peguei pensando na dualidade de alguns gestos; entretanto, realmente não consegui gostar realmente do filme.
Me sinto um pouco destoante em relações às opiniões aqui (acredito que a maioria é verdadeira, já que Bergman realmente provoca esse efeito), mas, sinceramente, o que senti ao ver a película foi decepção.
O Belo Antônio
4.0 20Mastroianni chorando parte o meu coração. </3
Crime e Castigo
4.2 32Maravilhoso! É impossível transpôr para o cinema toda a profundidade inigualável das palavras de Dostoiévski, mas em vários momentos também me senti como se estivesse "vendo o livro". As atuações são extremamente impecáveis, com destaque para Raskólnikov (ótima representação da personalidade dual!), Sônia e Yekaterina (representação fenomenal... dá pra sentir a dor dela!).
Enfim, é realmente incrível como os atores conseguiram dar vida aos personagens de forma tão perfeita. Também senti falta da cena final, mas o filme inteiro é tão bem executado que esta ausência foi perdoada. A cena do realejo e loucura de Yekaterina, uma das que mais me emocionam no livro, foi igualmente emocionante na película.
Belíssima adaptação. De longe, uma das melhores e mais fiéis que já vi. É muito difícil um diretor ter um cuidado tão primoroso ao passar uma obra para o cinema, assim como um elenco com interpretações tão boas.
O filme permanece reminiscente na minha cabeça... assim como o livro ficou, após a leitura.
A Ira de um Anjo
4.0 281Perturbador. Mas sinto que faltou aprofundamento.
Apenas Deus Perdoa
3.0 632 Assista AgoraExtremamente SUBestimado. Extremamente.
A quantidade de referências, metáforas e afins que esse filme tem é absurda.Only God Forgives merece MUITO um olhar atento, para que não seja desmerecido.
Nada está ali por acaso, nem mesmo o silêncio.
Deixe a Luz Acesa
3.2 275Um comentário cretino: o moço no cartaz é a cara de um dos integrantes da Banda Uó, ahahahaha. Blasfemando.
A Entidade
3.2 2,3K Assista AgoraSe preocuparam em fazer bem os vídeos caseiros, e levaram o resto do filme desleixadamente. Maquiagem ridícula, personagens sobrenaturais totalmente caricatos.
Era melhor que fosse um filme de suspense sobre um serial killer qualquer.
Violência Gratuita
3.4 1,3KÉ bem interessante a proposta do Haneke, ao inserir algumas desconstruções dentro do filme. Gostei do sadismo dos garotos, tão bem educados - e igualmente cruéis.
Enfim, é um bom filme. Não creio que seja uma obra-prima ou genial, mas decerto é bastante envolvente e tem boa premissa e execução.
Solaris
4.2 369 Assista AgoraPrimeiro contato bem traumático com a obra de Tarkovsky. Solaris começa bem, inclusive com algumas cenas de estética bem interessante como aquela dos túneis, mas pouco depois que Kelvin chega à estação, o filme começa a desandar e a parecer interminável, excessivamente longo e tedioso. Infelizmente, comecei a gostar mais dele apenas no final, quando aparecem alguns diálogos bem interessantes. É uma pena que nesta altura eu já estava saturada de tanto me esforçar pra conseguir vê-lo por completo.
Também acho que a estética de Solaris não é tão bem feita quanto tinha potencial para ser, tomando por exemplo algumas cenas maravilhosas no começo.
Um Porto Seguro
3.6 1,1K Assista AgoraVi o pôster e o nome do filme, e já pensei: Nicholas Sparks.
Tenho agonia dessa "fórmula" de fazer romances quase iguais, que posteriormente serão transformados em filmes. Ficou mecanizado demais, acho que agora ele só muda os personagens e o segredo/motivação/whatever.
E sim, eu já li algo dele; é mediano, o que incomoda mesmo é o romance-fórmula.
Aliás, o Nicholas é o exemplo perfeito do conceito de Indústria Cultural aplicado na prática e totalmente escancarado, tanto na literatura como no cinema.
Apesar dos entretantos, respeito quem gosta e eu mesma já me peguei vendo esses filmes, apesar de não gostar da representação da mulher-coitada e homem-sem-defeitos. Só não falemos de criatividade ou talento excepcional.
À beira do caminho está uma árvore dobrada
4.2 1LINK: http://www.youtube.com/watch?v=uZuFrgHAwj4
Sucker Punch: Mundo Surreal
3.4 3,1K Assista AgoraAchei o filme bem interessante, em especial pela sua estética e pela música sensacional da Björk. No entanto, me incomoda o fato de todas as mulheres sempre serem representadas em roupas minúsculas, quase que reduzidas a "gostosas com armas", embora sejam também corajosas, mas esse não é o foco; enfim, isso me parece reforçar aquele esteriótipo nerd machista que ainda é tão presente. Evidentemente, trata-se de um filme com um público-alvo masculino. Mas acho que não é tão pertinente discutir isso aqui...
Gostei da sacada das múltiplas realidades alternativas e das cenas de batalha, embora às vezes se tornem um tanto cansativas ou mera "firula",excesso. Não reconheci a Emily! Ainda tinha em minha cabeça a menina de Desventuras em Série. É interessante vê-la interpretar esse papel.
Ainda me pergunto
o que significa aquele velho, que sempre está presente orientando as meninas
Em síntese, é uma obra interessante e esse visual meio steampunk é esteticamente muito agradável.
Moonrise Kingdom
4.2 2,1K Assista AgoraAdoro o estilo excêntrico do Wes Anderson, e Moonrise Kingdom continua carregando esta marca, mas com algo ainda mais encantador na "estranheza" das personagens. Gosto de como os elementos interagem, na fotografia, e como o atípico tem lugar.
Refúgios
3.5 46A premissa é bem interessante, mas foi um tanto mal desenvolvido. Faltou mais sensibilidade ao abordar o tema, e por vezes foi deveras clichê. Por outro lado, é uma boa história e os efeitos/fotografia são muito bonitos.
Não é perda de tempo assisti-lo, embora o final seja um tanto ruim.
Os Miseráveis
4.1 4,2K Assista AgoraMaravilhoso!
Filme forte, poderoso e altamente emocionante. Segurei as lágrimas umas mil vezes durante toda a extensão. Montagem, músicas, direção de arte... tudo perfeito. Não sou adeptas de musicais, mas esse realmente me cativou. No entanto, como a película é quase que completamente cantada, alguns podem achar irritante; para mim, não teve problema.
Anne Hathaway foi quem teve a melhor performance musical individual, sem dúvida: sofrimento genuíno em "I dreamed a dream" (e como não lembrar da Susan Boyle no começo? ahaha). A personagem dela, Fantine, também me emocionou profundamente... tão sofredora! :-(
Menção honrosa também para o menininho Gavroche, que protagonizou uma das cenas que mais me emocionou.
Quanto a trilha sonora do filme, Look Down, tema do filme, realmente se destaca. Aquela primeira parte, nos minutos iniciais, é a que mais me chama atenção.
Enfim... lindo, lindo!
Janela da Alma
4.3 192 Assista AgoraQue documentário maravilhoso!
Gostei muito de como um tema tão profundo foi tratado com uma sutileza e fluidez especiais, mas que não beiram ao simplório medíocre. Ao contrário, o filme aborda um sem-número de questões, existenciais ou não, de uma forma tão natural, que é impossível não se "ver" nestes depoimentos. Mas o que é visão, não é?
Maravilhosas palavras e experiências durante toda a película. Altamente reflexivo e especial. Samarago e Wim Wenders roubaram meu coração com suas reflexões, de verdade.
Há também um momento de carinho especial, no final, com a Àgnes, que só por que
amava Jacques o filmava ternamente enquanto este punha seu suéter, com grande lentidão.
Anna Karenina
3.7 1,2K Assista AgoraEsteticamente maravilhoso!
Já havia lido e, apesar de ser amante da literatura russa, o livro não me cativou tanto quanto imaginava. A Anna me soava irritante, e nesse ponto acho que o diretor conseguiu transpôr bem o gênio da personagem, que é um tanto inconstante e às vezes até egoísta. Mas esta última parte fica mais explícita quando se lê a obra.
Meu personagem favorito, Liévin, foi muitíssimo mal aproveitado aqui, embora tenha gostado do ator e da caracterização. Mas não culpo o diretor: era pouco tempo demais, o foco deveria ser mesmo a Anna, que dá nome ao filme e à obra. Só achei que a cena do
pedido definitivo de casamento a Kitty, foi mal aproveitada. Não existiu toda a beleza que havia no livro.
Além disso, Joe Wright pecou no desenvolvimento exageradamente entrecortado da relação Kitty/Liévin. Um pouco mais de detalhe e explicação seria mais agradável e não levaria muito tempo. Sem contar que Liévin é um personagem tão extraordinário para ser desperdiçado...
Ainda assim, creio que foi uma adaptação pertinente, apesar da correria. Os cortes na história foram, de certa forma, bem pensados.
Impliquei com o Vrónsky loiro, mas acabei acostumando.
Contágio
3.2 1,8K Assista AgoraApesar desse tipo de filme me deixar um pouco neurótica, gostei bastante. A história é bem envolvente, e mostra alguns tipos de personagem (o jornalista/profeta, o homem de alto escalão, a cientista, o homem comum, a figura importante sequestrada [...]) que seriam figuras clássicas numa situação deste tipo. Gostei da mistura de visões e ângulos numa mesma situação problemática. Também tem algumas cenas que são apontamentos perspicazes a coisas que realmente aconteceriam, como:
Os interesses monetários, a indústria farmacêutica, a influência política como meio de salvação, o oportunista que utiliza o poder midiático para faturar...
Acho que o que mais me chocou foi
o sequestro da infectologista para que as autoridades dessem atenção às crianças chinesas daquele vilarejo. E no fim, o golpe sujo: as vacinas eram placebo. Dói constatar que isso é uma situação bem plausível..
A morte da Kate Winslet também me deixou triste...
Bem construído e angustiante, como um filme de epidemia deve ser. Só acho que a Marion poderia ter sido melhor aproveitada, e nesse ponto, a pluradidade de histórias e ângulos prejudicou um pouco o desenvolvimento de alguns personagens. De qualquer forma, gostei! :-)
A Casa dos Sonhos
3.2 1,4K Assista AgoraFilme bem fraco, e eu não entendo o que um elenco desses está fazendo nele.
As reviravoltas são imensamente forçadas, o que dá ao filme um "tosquice" a mais. Tudo é muito raso, ou então em excesso:
O cara louco que descobre que matou as filhas e mulher cinco anos atrás, saiu do hospício e voltou à casa, daí conta com a ajuda da mulher-fantasma pra escapar do marido ciumento da vizinha, cujo assassino contratado para matá-la matou a mulher e filhas de Will/Peter. NÃO DÁ!
Tentou ser original e intrigante, mas foi sem-sal, clichê e forçado.
As Aventuras de Pi
3.9 4,4K[Estava sonolenta quando vi, e fiquei mais ainda depois. Logo, preciso revê-lo; mas esta é a minha primeira impressão]
Superestimado é a palavra: não apenas em termos de roteiro, mas também visualmente. Seguradamente, é um filme visualmente bonito, mas não chega a ser minha melhor experiência com 3D ou o filme mais belo que já vi.
No entanto, o que me incomoda de fato é o tom de "auto-ajuda", como já foi mencionado aqui abaixo. O filme tem uma espiritualidade exarcebada, chega a ser irritante; isso acaba limitando o público àqueles que compartilham das mesmas crenças... o que não é o meu caso. Além disso, a duração é excessiva para pouca estória, o que aumenta o caráter maçante da película; para justificar este tempo demasiado, são acrescentadas cenas visualmente bonitas - mas vazias - ou alguma coisa "engraçadinha".
Também falta "humanidade": ou um personagem é excessivamente bom e puro, ou é mal e sanguinário. Ok, eu sei que o
tigre representa o dark side do Pi, mas mesmo nisso, a luta contra ele o torna "bonzinho" demais. É algo que não sei explicar.
O que foge aos padrões realmente é
a metáfora com os animais
Também não gostei da forma de narrativa, com
o Pi mais velho em seu apartamento e o escritor. Acho que prejudicou a estética do filme.
Enfim, me pareceu aqueles filmes que são indicados por terapeutas ruins.
A Fortaleza
3.8 424Uma coisa que eu não sei se perdi algo, mas.. fiquei me perguntando:
Quem matou o pato? Por que só mostra ele lá, de cabeça cortada. Devem ter sido os meninos, mas fiquei na dúvida, já que a violência mesmo só começa depois
Filme muito interessante, principalmente o final e as consequências nas crianças/profª, que tem uma mudança um tanto assustadora. É como se algo latente e até então, inimaginável, tivesse despertado por causa da experiência.
Não tenho idade suficiente pra tê-lo visto na infância/pré-adolescência, e imagino o quão ele deve ter sido assustador para os que assistiram nessa época. Também me impressionei com o fato disto ter passado na tv aberta, à tarde, já que tem uma dose considerável de violência.
De qualquer forma, é um bom filme e vale a pena assisti-lo.
Para Sempre Lilya
4.2 868Mein herz brennt! (E a partir da cena inicial, já sentimos uma espécie de angústia, que nos acompanha pelo resto do filme)
O que me chama a atenção no filme é a marginalidade, presente em cada esquina, em cada pessoa, até mesmo nos supostos amigos. Tudo é podre, frio, sujo. E no meio disso, Lilya e Volodya, que não são santos, mas possuem uma doçura, um sentimento que os diferencia da massa, do lugar hostil que os oprime. Um busca refúgio no outro, pois são duas almas igualmente sofredoras. E é exatamente este desejo de um lugar que não seja tão marginal, tão duro, que é a perdição dos personagens. A cena da despedida com a mãe é de partir o coração.
O filme mostra uma ex-URSS falida, miserável, marginalizada. E isso fica bem claro na cena em que
Lilya e Volodya vão a um lugar totalmente abandonado do qual agora esqueci o nome (rs) e a câmera dá um close na parede com a foto de Lenin, salvo engano, em meio a toda destruição do local, que um dia fora possivelmente majestoso.[spoiler] Outra coisa que fica bem clara é a mentalidade do [spoiler]"sonho americano", com os EUA representando a antítese da pobreza hostil que assola a Rússia/ex-URSS; idéia esta, que depois, é transferido para a Suécia, por causa de Andrei... mas quando Lilya chega e olha para a rua, da janela do apartamento, percebe que tudo é igualmente frio - e depois ela sentirá que a hostilidade e sofrimento aqui também tem vez
É maravilhoso também o simbolismo com o quadro e
o fato deles se tornarem anjos, assim como na gravura.
É um filme bonito e interessante. Mas faltou algo para que rendesse 1,5 estrela a mais. De qualquer forma, recomendo.
Só uma dúvida
Lilya foi estuprada na cena em que os babacas invadem seu apartamento dizendo que são a polícia? Outra cena que me doeu bastante.