Ótima sacada, mas para compreender os pormenores de um vídeo tão minimalista desses precisa-se recorrer e saber sobre o texto do Walter Benjamin. O curta é mais engenho na sua ideia do que na confecção que baseia num aviso do FBI. E daí, outra sacada, pode ser pensando que as imagens que poderiam estar no vídeo eram de propriedade intelectual e foram ocultadas pelo aviso.
Documentário interessante, não por mostrar a obra do Hélio de Oiticica, mas para mostrar que hoje em dia o pressuposta daquela sua arte não fora tão bem aceito e muito menos foi revolucionário, aliás, creio que nunca se propôs a ser revolucionário, mas apenas transgressor. O marginal daqueles tempos era derivado do sujeito à margem, e não do banditismo como muitos hoje o entendem.
Enfim, Marx mais ou menos disse que o que interessava para a filosofia não era apenas interpretar o mundo, mas modificá-lo, e a vanguarda que aderiu a isto fora o surrealismo, que se propunha como arte revolucionária, mesmo tendo como papel de fundo um irracionalismo, e a arte do realismo soviético era bem pobre, apenas uma arte de poster político.
Então, onde entra Oiticica nisso? Ele entra, como Zé Celso pontua, numa corrente que pretende um re-encanto do mundo (coisa que o surrealismo queria também), mas a esfera era uma sensorial, individual, experienciada, subjetiva, e pode-se até se colocar, como imersiva, religiosa e mística. Os pressupostos, principalmente os derivados de Nietzsche, e que o descendente de Oiticica diz ser como base anarquista, na verdade nada mais é que o oposto do que pregava toda teoria revolucionária anarco-socialista. Hoje o anarquismo se tornou esta mesquinharia. Não que a arte de Hélio não tenha um valor, tem, mas esse valor é deliberadamente um valor de dar a arte não um poder de mudança social, mas de mudança individual, através de uma experiência sensorial, tal como buscam os místicos através do êxtase ou buscavam os hippies através de drogas.
Posto hoje em dia a arte de Hélio vive apenas nos museus que não foram assim tão deselitizados, ou serve para os grandes capitalistas como acontece lá em Brumadinho naquela lavagem de dinheiro a céu aberto.
Nos padrões de radicalidade e de experiência individual que leva a uma mudança social de fato, creio que certos autores, como Émile Zola souberam de fato reproduzir isso. Mas uma pena que sua obra não tenha assim atingido as massas.
Bom, mas não sei, os do Petrov sempre mereciam o prêmio, salvo o caso em 2008, em que Peter e o Lobo ganhou. Mas não deixa de ser um ótimo curta, por conter toda uma metafora acerca da situação e a simplicidade compõe bem o que a ideia inicial quis passar.
Aquela coisa né, passa-se o tempo e aqueles que são verdadeiras obras de arte se revelam, esse aqui ganhou o Oscar de melhor curta em animação, mas não chega aos pés de Sereia de Petrov, esse sim, uma obra de arte atemporal, confeccionado por um artista, usando técnicas que imortalizam o curto, sem nenhuma superprodução de um estúdio que lucra bilhões ao ano.
Chatinho, não sei como pode ganhar de Strings de Wendy Tilby, que hoje podemos ver, ao passar dos anos, que é bem melhor. O Oscar é o prêmio dito máximo do cinema que sempre nomeia filmes que sequer serão lembrados daqui um tempo.
Impressionante a dimensão que tem bonecos sem vida na mão de cineastas que nos hipnotizam ao dar movimentos a eles. É cativante Pedro, e o elemento central é que o espírito de liberdade habita o garoto que mesmo vendo o lobo como um perigo ainda assim o admira frente àqueles que o consideram mero troféu e adorno grotesco pendurado nas paredes.
Legalzinho, mas nada de demais, a não ser o fato de a história ser se passada num lugar inusitado, de resto é tudo muito clichê. E a técnica da animação e os seus traços são tão comuns que não inovam em nada.
Quem pensaria que depois de algum pouco tempo filmar um filme desses, com algumas cenas dessas, com essas falas, e com esse título iria ser algo quase impossível no Irã que se tornaria uma república islâmica. Às vezes a roda da história anda para trás, e mesmo numa revolução feita pela povo, pode acontecer de ser um regime opressor tão mais pior do que o anterior. Mas fato é que Irã com ou sem Islã os filmes produzidos por lá ou por cineastas de lá são de uma qualidade incrível, palmas para o cinema iraniano!
De todos os curtas este é o que melhor me atraiu, pois não cai no clichê, muito menos num sentimentalismo barato com aquelas notas de piano aqui e ali (como nos muitos da Pixar), e tem todo um processo que parece que está se perdendo nas animações que é a parte mais artesanal, que dá a este trabalho um status de arte, de encantamento, de que não é apenas tecnologia, mas ainda a técnica de habilidade com as mãos.
Os traços desta animação são bem delicados, o roteiro é interessante, pois parte da perspectiva infantil, e não é um mundo que é realista, e daí surge a oportunidade de utilizar daquele surrealismo nalgumas cenas, de adentrar sonhos, pesadelos, pensamentos. Tem a melancolia de se olhar numa janela como que uma visão de um pedaço da vida que se foi, e do protagonista tentar entender o que causou tudo aquilo, quem eram os monstros que povoavam sua infância e que fizeram dela algo não tão bom quanto queria.
Gostei das técnicas utilizadas, tanto quanto da trilha e do uso dessas cores, mas não sei, para mim era uma sensação de "já vi isso em algum lugar. ah! sim, li e vi até filmes, documentários com histórias parecidas"... e o desfecho já sabia de antemão. Mas não deixa de ser, principalmente quando é mostrado a arquitetura da cidade, e aquela cena final da cidade se decompondo, incrível! Talento não falta, acho que um pouco só de criatividade para a história e o roteiro.
Ah não sei, esperava mais, achei legalzinho, mas não tanto ao ponto de me sensibilizar como a maioria das pessoas. Legal porque deriva em partes da vida da autora do curta, mas o tal poeta mesmo, nem sei quem é, não achei nada sobre ele.
Mesmo não tendo uma história linear a ser contada este curta é maravilhoso e envolvente, apreciei o tipo de arte do diretor que descobri a pouco. Seus curtas tem aquele quê de não serem simples animações mas são de fato arte.
Muito bom, não deixa de ser cômico, triste e ao mesmo tempo bem questionador; pois rimos, nos chocamos com a sexualidade explícita e a representação da mulher, a nossa sociedade extremamente machista faz da mulher uma criatura que se tiver qualquer desejo sexual deve ser reprimido pois viola a moralidade, e nesse caso, pode ser que se encaixa uma crítica a isso, já que é uma diretora a do curta.
The Artwork in the Age of its Mechanical Reproducibility by …
3.5 1Ótima sacada, mas para compreender os pormenores de um vídeo tão minimalista desses precisa-se recorrer e saber sobre o texto do Walter Benjamin. O curta é mais engenho na sua ideia do que na confecção que baseia num aviso do FBI. E daí, outra sacada, pode ser pensando que as imagens que poderiam estar no vídeo eram de propriedade intelectual e foram ocultadas pelo aviso.
Hélio Oiticica: Museu é o Mundo
4.1 1Documentário interessante, não por mostrar a obra do Hélio de Oiticica, mas para mostrar que hoje em dia o pressuposta daquela sua arte não fora tão bem aceito e muito menos foi revolucionário, aliás, creio que nunca se propôs a ser revolucionário, mas apenas transgressor. O marginal daqueles tempos era derivado do sujeito à margem, e não do banditismo como muitos hoje o entendem.
Enfim, Marx mais ou menos disse que o que interessava para a filosofia não era apenas interpretar o mundo, mas modificá-lo, e a vanguarda que aderiu a isto fora o surrealismo, que se propunha como arte revolucionária, mesmo tendo como papel de fundo um irracionalismo, e a arte do realismo soviético era bem pobre, apenas uma arte de poster político.
Então, onde entra Oiticica nisso? Ele entra, como Zé Celso pontua, numa corrente que pretende um re-encanto do mundo (coisa que o surrealismo queria também), mas a esfera era uma sensorial, individual, experienciada, subjetiva, e pode-se até se colocar, como imersiva, religiosa e mística. Os pressupostos, principalmente os derivados de Nietzsche, e que o descendente de Oiticica diz ser como base anarquista, na verdade nada mais é que o oposto do que pregava toda teoria revolucionária anarco-socialista. Hoje o anarquismo se tornou esta mesquinharia. Não que a arte de Hélio não tenha um valor, tem, mas esse valor é deliberadamente um valor de dar a arte não um poder de mudança social, mas de mudança individual, através de uma experiência sensorial, tal como buscam os místicos através do êxtase ou buscavam os hippies através de drogas.
Posto hoje em dia a arte de Hélio vive apenas nos museus que não foram assim tão deselitizados, ou serve para os grandes capitalistas como acontece lá em Brumadinho naquela lavagem de dinheiro a céu aberto.
Nos padrões de radicalidade e de experiência individual que leva a uma mudança social de fato, creio que certos autores, como Émile Zola souberam de fato reproduzir isso. Mas uma pena que sua obra não tenha assim atingido as massas.
Mesmo os Otários vão para o Paraíso
3.5 4Não curti, ideia bem boba, mas a execução é boa, mas mesmo assim, nada demais.
Balance
4.2 53Bom, mas não sei, os do Petrov sempre mereciam o prêmio, salvo o caso em 2008, em que Peter e o Lobo ganhou. Mas não deixa de ser um ótimo curta, por conter toda uma metafora acerca da situação e a simplicidade compõe bem o que a ideia inicial quis passar.
O Jogo de Geri
4.3 376Aquela coisa né, passa-se o tempo e aqueles que são verdadeiras obras de arte se revelam, esse aqui ganhou o Oscar de melhor curta em animação, mas não chega aos pés de Sereia de Petrov, esse sim, uma obra de arte atemporal, confeccionado por um artista, usando técnicas que imortalizam o curto, sem nenhuma superprodução de um estúdio que lucra bilhões ao ano.
Blackfly
3.0 2Chatinho, música irritante, que foi escrita 5 décadas antes do curto, ou seja, é um vídeo clip tardio.
Manipulation
3.6 4Chatinho, não sei como pode ganhar de Strings de Wendy Tilby, que hoje podemos ver, ao passar dos anos, que é bem melhor. O Oscar é o prêmio dito máximo do cinema que sempre nomeia filmes que sequer serão lembrados daqui um tempo.
Pedro e o Lobo
3.9 14 Assista AgoraImpressionante a dimensão que tem bonecos sem vida na mão de cineastas que nos hipnotizam ao dar movimentos a eles. É cativante Pedro, e o elemento central é que o espírito de liberdade habita o garoto que mesmo vendo o lobo como um perigo ainda assim o admira frente àqueles que o consideram mero troféu e adorno grotesco pendurado nas paredes.
Misturada Louca
3.9 2Muito nonsense, até porque trocaram o plasma ou de corpo? rs
O Natal de Charlie Brown
4.3 54 Assista AgoraÉ importante por contestar o consumismo do Natal e a perda do significado da data, mas o apelo religioso é piegas demais.
Lavatory / Lovestory
4.0 63Legalzinho, mas nada de demais, a não ser o fato de a história ser se passada num lugar inusitado, de resto é tudo muito clichê. E a técnica da animação e os seus traços são tão comuns que não inovam em nada.
Prazer Amoroso no Irã
3.7 10Quem pensaria que depois de algum pouco tempo filmar um filme desses, com algumas cenas dessas, com essas falas, e com esse título iria ser algo quase impossível no Irã que se tornaria uma república islâmica. Às vezes a roda da história anda para trás, e mesmo numa revolução feita pela povo, pode acontecer de ser um regime opressor tão mais pior do que o anterior. Mas fato é que Irã com ou sem Islã os filmes produzidos por lá ou por cineastas de lá são de uma qualidade incrível, palmas para o cinema iraniano!
Fins de Semana
3.8 31De todos os curtas este é o que melhor me atraiu, pois não cai no clichê, muito menos num sentimentalismo barato com aquelas notas de piano aqui e ali (como nos muitos da Pixar), e tem todo um processo que parece que está se perdendo nas animações que é a parte mais artesanal, que dá a este trabalho um status de arte, de encantamento, de que não é apenas tecnologia, mas ainda a técnica de habilidade com as mãos.
Os traços desta animação são bem delicados, o roteiro é interessante, pois parte da perspectiva infantil, e não é um mundo que é realista, e daí surge a oportunidade de utilizar daquele surrealismo nalgumas cenas, de adentrar sonhos, pesadelos, pensamentos. Tem a melancolia de se olhar numa janela como que uma visão de um pedaço da vida que se foi, e do protagonista tentar entender o que causou tudo aquilo, quem eram os monstros que povoavam sua infância e que fizeram dela algo não tão bom quanto queria.
O Artista Faminto
4.1 1Angustiante, como tudo em Kafka!
Feral
3.4 8Gostei das técnicas utilizadas, tanto quanto da trilha e do uso dessas cores, mas não sei, para mim era uma sensação de "já vi isso em algum lugar. ah! sim, li e vi até filmes, documentários com histórias parecidas"... e o desfecho já sabia de antemão. Mas não deixa de ser, principalmente quando é mostrado a arquitetura da cidade, e aquela cena final da cidade se decompondo, incrível! Talento não falta, acho que um pouco só de criatividade para a história e o roteiro.
O Poeta Dinamarquês
4.3 91Ah não sei, esperava mais, achei legalzinho, mas não tanto ao ponto de me sensibilizar como a maioria das pessoas. Legal porque deriva em partes da vida da autora do curta, mas o tal poeta mesmo, nem sei quem é, não achei nada sobre ele.
Gloria Victoria
3.2 1Incrível! Trilha e imagens primorosas!
The Man Who Waited
3.8 1Inspirado num conto de Kafka, simplesmente é lindo!
Rouxinóis em Dezembro
3.2 1Mesmo não tendo uma história linear a ser contada este curta é maravilhoso e envolvente, apreciei o tipo de arte do diretor que descobri a pouco. Seus curtas tem aquele quê de não serem simples animações mas são de fato arte.
Sonâmbulo
2.8 1Que curta maravilhoso! É hipnótico, alegre, dançante!
Vaysha, A Cega
4.4 46Que obra-prima! Magnífico!
Dia & Noite
4.3 484 Assista AgoraMelhor foi a surpresa da música brasileira tocando...
Tram
4.2 2Muito bom, não deixa de ser cômico, triste e ao mesmo tempo bem questionador; pois rimos, nos chocamos com a sexualidade explícita e a representação da mulher, a nossa sociedade extremamente machista faz da mulher uma criatura que se tiver qualquer desejo sexual deve ser reprimido pois viola a moralidade, e nesse caso, pode ser que se encaixa uma crítica a isso, já que é uma diretora a do curta.
Oh What a Knight
3.2 1Loucura!