Michael Mann transcende o significado de filme de ação, pega o cerne do seriado dos anos 80 e consegue fazer uma roupagem nova. Filme intenso e cheio de urgência iminente. James "Sonny" Crockett (Colin Farrell) e Ricardo Tubbs (Jamie Foxx) fantásticos no papel, e pelos vídeos que temos da série antiga, estão emulando muito bem os personagens clássicos.
Michael Mann nos traz uma câmera grandiosa, que é tremida em momentos de tensão e adrenalina. Com uma filmagem com belas paletas de cores, ressignificando o neon, a vida noturna e os perigos da mesma. Além de Miami, temos grandes cenas externas em outros Países, como Cuba, Colômbia. A trilha sonora também que faz parte do filme só incrementa as cenas e os desenvolvimentos dos personagens, como por exemplo o começo do filme, na cena da boate, quando somos apresentados pelos protagonistas, sem nenhum diálogo, e já sacamos como eles são e como agem nas investigações.
Um filme policial adulto, sério, próximo da realidade. Pois, temos personagens palpáveis, que correm sérios perigos, se infiltram nas quadrilhas, e que também se apaixonam. Aqui não tem aquelas piadinhas de buddy cops e sorrisinhos (apesar que gosto de filme assim também). O ar realistísco está bastante presente aqui.
O romance também funciona por aqui, pelos personagens que tem paixões proibidas por causa do trabalho e das investigações, e que também são motim para o avanço do desenvolvimento da trama. E claro, a violência e tiroteiro são de primeira categoria, gravados com altas doses de adrenalina e cenas de tirar o fôlego.
Niilismo, vazio existencial em virtude da sociedade em que nos cerca, com os males do capitalismo. O diretor nos propõe para uma viagem e debate para o tema. Além de outros vazios existenciais do personagem Charles. O filme é pouco lento e o ritmo agrada poucos, mas tem que fazer uma força para continuar acompanhando.
Os efeitos históricos do que Oppenheimer provocou.
A produção japonesa que todos estavam esperando, finalmente chegou. Um dos queridos e esperados da premiação do Oscar já está entre nós. "Godzilla - Minus One" retoma o roteiro original de sua produção, uma Japão cheio de traumas depois da Segunda Guerra Mundial. Abalado estruturalmente e espiritualmente, pois as bombas nucleares devastaram o País e os fizeram se render na Guerra, e esse assunto de bomba nuclear sempre gera debate sobre o seu uso ético e moral perante a humanidade.
Aqui os tópicos traumáticos são muito bem executados. As mazelas sociais, o caos econômico, e a tentativa de se reerguer como País depois de serem devastados. Mas, o que eles não esperavam é a aparição de uma criatura horrenda que vai fazer ainda mais rastro de destruição no País.
Os dramas familiares e pessoais funcionam bastante aqui. Todos os atores mostram muito bem seus medos e traumas, pela guerra e pela destruição causada pelo Godzilla. Até os momentos de redenção e elaboração do plano de contra ataque ao monstro são fantásticos. O dever moral do protagonista em que não se perdoa em derrotar o monstro por uma vez por todas, e perder sua amiga na destruição. A criança orfã, por perder sua mãe na destruição. E as preocupações, pessoas cabisbaixas, depressivas e atemorizadas por um futuro aonde o monstro não seria derrotado. Mas, em casos extremos, a humanidade se une para derrotar um mal em comum.
Além disso tudo, o que funciona de verdade são os efeitos especiais e os efeitos de som. Foi tudo tão bem feito, com bastante esmero, que deu um ar de naturalidade das coisas, da destruição dos prédios e do caminhar do nosso largatão pelo território japonês. Dando uma tensão imensa e um medo iminente. Um filme poderoso que já é um clássico atual, atualizando o clássico de 1954 e dando uma nova roupagem ao personagem, que já está na cultura pop.
Ryan Gosling é o último romântico da Terra. O diretor David Leitch faz uma homenagem à categoria dele neste filme, pois ele também já trabalhou como dublê em Hollywood. Uma produção para os amantes de cinema, e uma olhar mais centrado para uma categoria bem esquecida em Hollywood.
É um filme divertido, de ação e pipoca. Precisamos disso sempre em Hollywood. A metalinguagem aqui também é relacionada, com referências à outras produções, e os bastidores de como fazer um filme. Mostra como são os efeitos práticos, por exemplo.
Em português, o filme devia se chamar "Duro na Queda". Pois, é baseado na famosa série dos anos 80, que também fez sucesso aqui no Brasil aos domingos. Ryan Gosling faz o dublê, que é convocado para investigar o sumiço do ator principal do filme "Tom Ryder" +, que é interpretado pelo Aaron Taylor-Johnson. Durante essa investigação, ele vai perceber que está num complô bastante perigoso. Por aí que acontece as altas confusões da Sessão da Tarde, com boas cenas de ação e humor, tiroteio e pancadaria são interessantes do filme.
Outra parte que funciona bem é a comédia romântica, com o nosso dublê e a nova diretoria do pedaço "Jody Moreno" , interpretada pela Emily Blunt. Mas, ela não sabe que o filme dela corre perigo com essa investigação paralela.
Um filme de ação bastante divertido, há tempos que não tínhamos, explica como fazer um filme, metalinguagem, e como é dura a vida de um dublê de cinema. Assistir ao filme com um sorriso no rosto e se divertindo bastante.
Não posso falar mais coisa, por causa do spoiler. Mas a música "I Was Made for Lovin' You" da banda Kiss ficou na minha mente e vou ouvir sempre ela. E termino aqui a review com um joinha, igual ao um dublê depois da cena 👍
É considerado o melhor filme ruim da história. Tempos atrás eu vi o filme "Ed Wood" do Tim Burton, e lá também falava dos bastidores deste filme aqui, posterguei bastante e agora estou vendo esse clássico.
Com o passar dos anos, Ed Wood foi massacrado pela crítica pelos seus filmes de baixo orçamento, roteiro ruins e outras qualidades duvidosas. Porém, não podemos negar que ele foi um apaixonado pela Sétima Arte e contribuiu de sua forma para o Cinema! Hoje em dia, seus filmes são marcados como cult, e são válidos para assistir pela diversão.
Esse filme é um grande injustiçado. Com um roteiro bem bobo, misturado e ingênuo, pois foi uma tentativa de fazer um filme de terror. Cenários simples, discos voadores que dão para ver suas linhas em cima dele. Tem partes que são até divertidas e agradáveis de se assistir. Já vimos vários filmes com orçamento bastante alto que são bem piores do que esse.
Um grande acerto da produção, foi escalar o grande Bela Lugosi para fazer uma participação, nesta época ele já estava de idade e no ostracismo em Hollywood.
Infelizmente este quarto é horrível. Não tem base de continuar a franquia, se o motivo principal da existência dela não existe mais: A franquia era viva por que existia os astros dos anos 80 na ação. E agora, a franquia ficando nas mãos de Jason Sthatam e Megan Fox é sacanagem. Acho que Stallone cansou de suas franquias, pois sempre seus personagens estão falecendo ou aposentando.
Mais um filme da infância reassistido e continua muito divertido e simpático. Na infância, não pegava muito no contexto político em que o filme relata. E também nem sabia quem era Woody Allen como protagonista, e é por isso que a Formiga Z fala pelos cotovelos haha
O design da animação fica meio estranho, para hoje em dia, pois a tecnologia avançou bastante. Porém, o roteiro e os personagens são bastante construídos e ficamos empolgantes com a história.
Um roteiro que fala sobre rotina de trabalho, consciência de classe, militarismo e totalitarismo. E tudo isso passava para nós criança de tarde hehehe
Fun Fact: No meu aniversário de 10 anos, em 2005, eu pedi que o tema fosse da Formiguinha Z. Mas, minha tia que é doceira, não sabia nada de filmes, e fez o aniversário da Formiga azul de "Vida de Inseto" hahaha. Porém, foi meu melhor aniversário de todos os tempos, vários presentes maneiros, e teve uma "pichorra" adatpada, um balão gigante que furei e caiu vários doces e farinha ao mesmo tempo.
"Pai Piedoso. Desperdicei meus dias com planos de muitas coisas. Isto não estava incluído, mas neste momento, só peço para viver bem os próximos minutos."
1999 não trouxe apenas pedradas, mas sim Saraivas de Fogo. Cada filme poderoso e essencial, um melhor que o outro. Direção de John McTiernan, que nos anos 80 nos trouxe "Predador" e "Duro de Matar", o roteiro é de Michael Crichton, o mesmo que escreveu "Jurassic Park".
Temos o protagonismo de Antonio Banderas e a presença ilustre de Omar Sharif. Um árabe é expulso de suas terras, e acaba vagando nas terras nórdicas. Ele é capturado pelos nativos, porém uma vidente revela que este forasteiro é o 13º guerreiro, que seria estrangeiro, e ajudaria os vikings à lutar contra monstros demoníacos que se aparecem com animais ferozes.
Uma produção belíssimas, com ótimas imagens capturadas, ambientação fantásticas. Pois, temos atores nórdicos no filme e textos com mais variadas línguas. Além de boas cenas de lutas, entre espadas, escudos e facas. Antonio Banderas se sai muito bem, temos diálogos muito marcantes. É um filme válido para assistir pela seu valor histórico e cultural.
O auge dos filmes besteróis e das sátiras, no passado sempre brincavam com os filmes de sucesso de anos anteriores, agora essa comédia fica zuando e imitando os terror adolescentes. Aqui imitando os grandes filmes do fim dos anos 90, como "Pânico", "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado", "Bruxa de Blair", etc. Confesso que tem piadas que o politicamente correto irá odiar, e por isso, filmes assim não serão mais feitos hoje em dia. Porém, tem outras piadas sensacionais e impossíveis de segurar o riso. Mesmo apelando para piadas sexuais, o jeito que elas são feitas, são sensacionais e hilárias. Os irmãos Wayans sempre com o time certo do humor, boas sacadas e carisma que atrai gerações em seus filmes.
O que Marlon Brando faz aqui é sacanagem, ele emula e transcende a arte da atuação. Um filme com um roteiro bem corajoso, por mostrar à corrupção da máfia por estivadores no Porto de Nova York. O roteiro também é quase um self insert do diretor, pois o mesmo ficou marcado por delatar comunistas durante o macarthismo, prejudicando colegas de trabalho do show business, fazendo-os entrar na lista negra de Hollywood.
Dilemas morais, caráter e arrependimentos para lutar contra um sistema corrupto são os que fazem esse roteiro fantástico. Pois, temos um ex-pugilista famoso, que agora tem emprego por estivador no Porto, porém tem rabo preso com poderosos locais, mas se vê numa enrascada, quando testemunha um assassinato, se apaixona pela irmã do falecido, e decide lutar contra aquele sistema podre do sindicato.
O que destaco aqui são os grandes diálogos e o jeito de Marlon Brando atuar e se portar em cena, há um momento em que a luva da atriz cai da mão dela, sem querer, e ele simplesmente se abaixa e pega para ela, e segue o diálogo na maior naturalidade do mundo. Ele limpa a luva, que caiu no chão, e calça as mesmas. Um reflexo de um boxeador, que sempre se acostumou com as luvas nas mãos, e um ato de conexão e intimidade com a personagem de Eva Marie Saint.
Também outro personagem fantástico é o Padre Barry interpretado pelo Karl Malden, um homem que enfrenta de peito aberto o sistema corrupto, mesmo não esquecendo da sua fé em Deus, e tendo convicção que estava sendo protegido por Ele e fazendo a coisa certa.
Um Thriller de sobrevivência com bastante gore e violência, quase um "Esqueceram de Mim" para adultos. O diferencial foi, para mim, escalar o humorista Kevin James para o papel dramático e ainda por cima de vilão, ele sobressaiu com esse papel. E a pequena Lulu Wilson foi uma bela protagonista e final girl, conseguiu lutar muito bem para sobreviver.
Quando o Brasil quer fazer filme bom, ele consegue facilmente ...
Uma produção que ficou desconhecida por alguns meses, mas agora entrou no catalogo da Netflix, e todos podemos apreciar esta obra. Que relata sobre luta de classes, consciência sobre o trabalho, e posse de terra. A velha luta entre o burguês rico empregador, e o trabalho humilde. O estilo da produção bebe um pouco de "Bacurau" também, com aquele suspense catártico que te faz preso à história.
Malu Galli entrega tudo aqui, com suas ansiedades, medos e instinto de sobrevivência, pois os trabalhadores estão reativos com aquelas notícias que receberam no começo do filme. E o segundo ato entrega uma adrenalina fantástica, que só mantêm a qualidade da obra.
O problema social e econômico do País não é recente, e o Brasil é uma bomba-relógio, só esperando o estopim certo para explodir. Será que não dá para reverter isso?
🎵 Psycho Killer / Qu'est-ce que c'est? Fa-fa-fa-fa, fa-fa-fa-fa-fa-fa, better Run, run, run, run, run, run, run away, oh-oh-oh 🎶
David Byrne tem um parafuso a menos ou estava bastante elétrico nestes dias de gravações, gostei demais. O diretor Jonathan Demme imortaliza as músicas, e fez história em gravar um concerto musical, com câmeras espalhadas especialmente para os cantores se sentirem a vontade, luzes especiais no palco, e claro as músicas e carisma dos artistas fazem o resto.
Não ouvia muito a banda, e só sabia da música mais famosa, que é para mim, Psycho Killer. E a produção é mais uma oportunidade em aumentar o repertório da playlist. A banda tem grandes músicas, com a vibe lá em cima e ótimas composições.
Produção com um drama fantástico, bastante adulto e angustiante. O trio de protagonistas simplesmente fazem absurdos aqui na interpretação, porém, Tobey Maguire transcende tudo no que é quesito atuação e drama.
Uma obra que fala sobre os males da guerra, não só na mente do soldado, que vai para a mesma como herói, mas as cicatrizes são para sempre, mas também abala psicologicamente a vida dos familiares. Uma obra aonde você precisa assistir em um dia tranquilo e só apenas sentir o peso das atuações de todos os atores deste elenco.
Um filme bem anos 80, com aquele clima adorável e nostálgico de sempre. Diane Keaton está fantástica, e conta uma história sobre uma mulher empoderada e no mercado de trabalho, e tudo isso vai mudar com a chegada inesperada de um bebê (!!). E ela vai transformar sua rotina, que já era agitada.
O novo terror da atualidade, foge bastante do que estava sendo feito nos últimos anos e consegue se sobressair sobre essas últimas levas de filmes de terror. Somos transportados para a efervescente década de 1970 nos EUA, aonde a nossa cultura estava sendo moldada, guerras acontecendo, pessoas mexendo com o sobrenatural e alguns cultos satanistas.
Entramos um contexto de um talk show dos anos 70, bem famoso na época, porém sempre estava na segunda colocação da audiência, mas anos depois entrou em ostracismo. Para tentar voltar para o páreo e para a liderança, os produtores resolveram criar um episódio especial de Halloween. Neste programa, irão ser entrevistados paranormais, pessoas céticas e uma menina que tem possessão demoníaca.
E do jeito que o diabo gosta, vemos a fita demo deste episódio especial. Com as entrevistas mais insanas do que pode acontecer numa noite. O que gostei nesta produção é a fotografia envelhecida, para mostrar que é um programa antigo, além do formato da tela estar em 4:3. E ainda por cima, o clima inteiro de talk show e seu formato já formulaico, e aqui no Brasil já estamos acostumados desde do "Programa do Jô".
David Dastmalchian sempre fazia papéis secundários, mas agora ganhou o seu protagonismo de destaque e se saiu muito bem por aqui. Grande estreia dos diretores e roteiristas australianos Cameron Cairnes e Colin Cairnes
Assistir a este filme num contexto político como o nosso de 2024, dá uma tensão diferente.
A disputa de egos e submissão dos comandantes.
O diretor Tony Scott conseguia nos proporcionar grandes filmes de ação, com cenas frenéticas e que nos causam tensão iminente. E aqui não é diferente, e isso aumenta num cenário claustrofóbico que é dentro de um submarino. Dentro de um contexto de guerra fria e de atentados com mísseis, os egos, submissões e conflitos de opiniões devem ser levados em conta, se não uma guerra nuclear seria iminente. Quem daria o braço a torcer para que uma guerra não seja iniciada?
Temos o grande protagonismo de Gene Hackman e Denzel Washington, além de apoio de grandes atores, como Viggo Mortensen, George Dzundza, James Gandolfini.
Um filme simples, mas muito belo e singelo. Cheio de significados e que nos remontam à uma infância inocente, aonde temos só a obrigação de estudar, mas estamos descobrimos novos sentimentos, como a amizade e um dever moral de ajudar um colega próximo.
Temos o olhar doce e ingênuo das crianças, contra a mentalidade adulta, aonde não ouve os pequenos, ignoram os mesmos e seguem suas rotinas de trabalho. Temos um contexto também de crianças que ajudam seus pais no trabalho, e chegam atrasado ao colégio, tal realidade também era bastante vista aqui no Brasil dos nossos pais, hoje em dia tem pouco, mas mesmo assim existe esse contexto.
O pequeno Ahmad pegou o caderno de seu colega, por engano, pois os dois são de capas iguais. E decide devolver esse caderno, pois o colega também precisa fazer o dever de casa, se não vai tomar suspensão da escola e sofrer castigo de seu professor durão. Ele decide fazer uma jornada entre a cidade, e procurar aonde o seu amigo mora e devolver o seu caderno.
Temos aqui um cinema humanista, que com técnicas cinematográficas, com ótimas paisagens, ambientações e takes, nos mostra a verdadeira rotina de uma sociedade. Adultos cansados e cada vez mais individualistas com suas rotinas de trabalhos, e crianças inocentes e ingênuas, só querendo ajudar o colega próximo.
Essa sequência desvirtuou o que foi o primeiro filme, que foi um dos expoentes do gênero de terror slasher, cultuado até aos dias de hoje. Mesmo assim, esse segundo filme não é de todo ruim, dá para assistir e se divertir. Tiraram aquele clima bastante sério e desesperador, para um terror "normalzinho" e com toques de humor.
Temos a própria direção de Tobe Hooper, o diretor de bons filmes de terror e do próprio primeiro filme da saga. Os efeitos práticos e de maquiagem de Tom Savini, um artista que sabe fazer efeitos especiais com o gore como ninguém, reinou bastante nos terror dos anos 80. E claro, que este filme é puro suco dos anos 80, pois as produtoras são nada menos que Cannon Films dos irmãos Golan Globus, locais aonde produziram grandes clássicos na década.
Temos agora a história de uma DJ de uma rádio, que recebe um trote de telefonema de dois playboys que não tem mais nada do que fazer, porém para eles o Leatherface aparece e lhe fazem uma surpresa, tudo ao vivo na ligação com a DJ. A mesma irá investigar o fato, contando com a ajuda do xerife, interpretado pelo Dennis Hopper. Aqui tem mais gore, gritaria, porém tem mais também tons de humor, que fazem ser um bom filme de entretenimento. Também aparece a família disfuncional do Leatherface, a mais entranha do planeta.
O que eu mais gostei também foi dos textos do personagem "The Cook", cada texto com crítica socioeconômicas e políticas hahaha. Parecia um comentarista político de TV paga kkkkk
Um filme bem subestimado do Martin Scorsese, está fora da maioria dos Tops do diretor, mas isso não quer dizer que o filme seja ruim. Temos Nicolas Cage atuando muito bem, ele é um ator canastrão, mas multifacetado, quando ele quer entregar um grande trabalho, ele consegue facilmente.
O filme é uma analogia ao estresse ao trabalho, no caso aqui, ele é um socorrista noturno, que vaga pelas noites de Nova York, tentando salvar a maioria de pessoas que encontrar pela frente. Ele está frustrado com o seu trabalho, esgotado mentalmente e à beira de um colapso nervoso. Um filme que funciona até aos dias de hoje, com cargas de trabalhos excessivas, síndrome de burnout, o uso de drogas para tentar se acalmar e dormir para descansar da labuta.
Mais uma vez, as noites de Nova York são revisitadas pelo diretor Martin Scorsese, ele consegue como poucos retratar as esquinas e bairros da cidade, com seus problemas e mazelas.
Um fato é que o cinema também é sensorial, histórias reais retratadas que conectam com as pessoas que assistem. Também queria me conectar com a história, porém essa jornada da vida foi bem lenta para mim, chata e maçante. Boas cenas, takes e desenvolvimento durante a direção do filme também moldam o mesmo. Dá para fazer um Lo-fi só com eles dirigindo facilmente.
Única ideia que gostei é o Yūsuke sendo o diretor da peça de teatro, as partes dos ensaios são as que eu mais gostei e me reconectei com o filme. Além da cena do teatro e da inclusão que a peça teve. Porém, as partes na estrada e algumas outras eu achei bem desinteressantes, com cenas extensas e cansativas.
Temos aqui um slasher gay (?). Um filme bem à frente do seu tempo, polêmico e que mostra o submundo das boates gays e dos sadomasoquistas. O personagem de Al Pacino é um policial, que se infiltra neste sumbmundo para descobrir um serial killer que anda matando homossexuais toda noite.
Nos anos 80, o preconceito com os homossexuais ainda muito mais pesado e evidente, só com um ator do alto cacife de Al Pacino, para fazer esse papel e não ser muito criticado. A direção também é do grandioso William Friedkin, diretor de nada menos que "O Exorcista" e "Operação França".
Recentemente me liguei que esses clipes do Daft Punk são um filme. Está completo no Youtube. Uma experiência fantástica esse filme, com uma animação cativante, personagens bem detalhados e pelos clipes dá para saber seus contextos e anseios. O filme todo é direcionado pela trilha sonora do Daft Punk, sem ter nenhum diálogo, mas as músicas nos acompanham e nos ajudam a entender a história.
Gosto muito de música eletrônica, e o Daft Punk são um grupo que gosto bastante. Nesta playlist que o filme toca, gosto de duas músicas: "One More Time", e "Harder, Better, Faster, Stronger".
Cada vez que a gente amadurece com as produções cinematográficas, descobrimos obras fanstásticas que nos fazem pensar, sentir, se angustiar e sofrer de uma forma intensa. Esta produção é um exemplo, cheio de cenas chocantes e angustiantes. Talvez, essas cenas são para retratar o contexto de um casamento falido, a dor da separação com o divórcio e os males que isso causa para a família.
Sam Neil vê sua esposa distante como esposa e negligencia os cuidados do filho, ele está desconfiado que esta´levando galha. Descobre que isso é verdade, que existe um caso extraconjugal com um canastrão mais velho, porém ele descobre mais coisas sobre a vida dela, e que existe um poder mais influente em sua vida.
Andrzej Żuławski nos traz um terror que tem várias camadas, desde fé, família, Deus, vários assuntos que dão um debate fantástico. Vários significados estão neste filme, cada um propõe sua visão, filme bom é assim. Talvez seria a luta do casal para manter um relacionamento de fachada, mas monstros externos aparecem para atrapalhar. Também funciona como um drama familiar bastante expressionista e um terror bastante visceral, com um carga gráfica bem chocante.
Isabelle Adjani e Sam Neill estão fantásticos, com grandes diálogos sobre relacionamento, e vão até para a atuação física com cenas insanas que só você assistir para sentir. Mais uma linha aqui para elogiar o trabalho magnífico de Isabelle Adjani, a cena do metrô é inesquecível. Li por aí, que ela ficou dodói da cabeça depois do filme, não era por menos.
Miami Vice
3.1 207 Assista AgoraMichael Mann transcende o significado de filme de ação, pega o cerne do seriado dos anos 80 e consegue fazer uma roupagem nova.
Filme intenso e cheio de urgência iminente. James "Sonny" Crockett (Colin Farrell) e Ricardo Tubbs (Jamie Foxx) fantásticos no papel, e pelos vídeos que temos da série antiga, estão emulando muito bem os personagens clássicos.
Michael Mann nos traz uma câmera grandiosa, que é tremida em momentos de tensão e adrenalina. Com uma filmagem com belas paletas de cores, ressignificando o neon, a vida noturna e os perigos da mesma. Além de Miami, temos grandes cenas externas em outros Países, como Cuba, Colômbia. A trilha sonora também que faz parte do filme só incrementa as cenas e os desenvolvimentos dos personagens, como por exemplo o começo do filme, na cena da boate, quando somos apresentados pelos protagonistas, sem nenhum diálogo, e já sacamos como eles são e como agem nas investigações.
Um filme policial adulto, sério, próximo da realidade. Pois, temos personagens palpáveis, que correm sérios perigos, se infiltram nas quadrilhas, e que também se apaixonam. Aqui não tem aquelas piadinhas de buddy cops e sorrisinhos (apesar que gosto de filme assim também). O ar realistísco está bastante presente aqui.
O romance também funciona por aqui, pelos personagens que tem paixões proibidas por causa do trabalho e das investigações, e que também são motim para o avanço do desenvolvimento da trama. E claro, a violência e tiroteiro são de primeira categoria, gravados com altas doses de adrenalina e cenas de tirar o fôlego.
O Diabo, Provavelmente
3.7 45Niilismo, vazio existencial em virtude da sociedade em que nos cerca, com os males do capitalismo. O diretor nos propõe para uma viagem e debate para o tema. Além de outros vazios existenciais do personagem Charles. O filme é pouco lento e o ritmo agrada poucos, mas tem que fazer uma força para continuar acompanhando.
Godzilla: Minus One
4.1 279Os efeitos históricos do que Oppenheimer provocou.
A produção japonesa que todos estavam esperando, finalmente chegou. Um dos queridos e esperados da premiação do Oscar já está entre nós. "Godzilla - Minus One" retoma o roteiro original de sua produção, uma Japão cheio de traumas depois da Segunda Guerra Mundial. Abalado estruturalmente e espiritualmente, pois as bombas nucleares devastaram o País e os fizeram se render na Guerra, e esse assunto de bomba nuclear sempre gera debate sobre o seu uso ético e moral perante a humanidade.
Aqui os tópicos traumáticos são muito bem executados. As mazelas sociais, o caos econômico, e a tentativa de se reerguer como País depois de serem devastados. Mas, o que eles não esperavam é a aparição de uma criatura horrenda que vai fazer ainda mais rastro de destruição no País.
Os dramas familiares e pessoais funcionam bastante aqui. Todos os atores mostram muito bem seus medos e traumas, pela guerra e pela destruição causada pelo Godzilla. Até os momentos de redenção e elaboração do plano de contra ataque ao monstro são fantásticos. O dever moral do protagonista em que não se perdoa em derrotar o monstro por uma vez por todas, e perder sua amiga na destruição. A criança orfã, por perder sua mãe na destruição. E as preocupações, pessoas cabisbaixas, depressivas e atemorizadas por um futuro aonde o monstro não seria derrotado. Mas, em casos extremos, a humanidade se une para derrotar um mal em comum.
Além disso tudo, o que funciona de verdade são os efeitos especiais e os efeitos de som. Foi tudo tão bem feito, com bastante esmero, que deu um ar de naturalidade das coisas, da destruição dos prédios e do caminhar do nosso largatão pelo território japonês. Dando uma tensão imensa e um medo iminente. Um filme poderoso que já é um clássico atual, atualizando o clássico de 1954 e dando uma nova roupagem ao personagem, que já está na cultura pop.
O Dublê
3.7 62"Você é duro na queda, Colt"
Ryan Gosling é o último romântico da Terra. O diretor David Leitch faz uma homenagem à categoria dele neste filme, pois ele também já trabalhou como dublê em Hollywood. Uma produção para os amantes de cinema, e uma olhar mais centrado para uma categoria bem esquecida em Hollywood.
É um filme divertido, de ação e pipoca. Precisamos disso sempre em Hollywood. A metalinguagem aqui também é relacionada, com referências à outras produções, e os bastidores de como fazer um filme. Mostra como são os efeitos práticos, por exemplo.
Em português, o filme devia se chamar "Duro na Queda". Pois, é baseado na famosa série dos anos 80, que também fez sucesso aqui no Brasil aos domingos. Ryan Gosling faz o dublê, que é convocado para investigar o sumiço do ator principal do filme "Tom Ryder" +, que é interpretado pelo Aaron Taylor-Johnson. Durante essa investigação, ele vai perceber que está num complô bastante perigoso. Por aí que acontece as altas confusões da Sessão da Tarde, com boas cenas de ação e humor, tiroteio e pancadaria são interessantes do filme.
Outra parte que funciona bem é a comédia romântica, com o nosso dublê e a nova diretoria do pedaço "Jody Moreno" , interpretada pela Emily Blunt. Mas, ela não sabe que o filme dela corre perigo com essa investigação paralela.
Um filme de ação bastante divertido, há tempos que não tínhamos, explica como fazer um filme, metalinguagem, e como é dura a vida de um dublê de cinema. Assistir ao filme com um sorriso no rosto e se divertindo bastante.
Não posso falar mais coisa, por causa do spoiler. Mas a música "I Was Made for Lovin' You" da banda Kiss ficou na minha mente e vou ouvir sempre ela. E termino aqui a review com um joinha, igual ao um dublê depois da cena 👍
Plano 9 do Espaço Sideral
3.1 227 Assista AgoraÉ considerado o melhor filme ruim da história. Tempos atrás eu vi o filme "Ed Wood" do Tim Burton, e lá também falava dos bastidores deste filme aqui, posterguei bastante e agora estou vendo esse clássico.
Com o passar dos anos, Ed Wood foi massacrado pela crítica pelos seus filmes de baixo orçamento, roteiro ruins e outras qualidades duvidosas. Porém, não podemos negar que ele foi um apaixonado pela Sétima Arte e contribuiu de sua forma para o Cinema! Hoje em dia, seus filmes são marcados como cult, e são válidos para assistir pela diversão.
Esse filme é um grande injustiçado. Com um roteiro bem bobo, misturado e ingênuo, pois foi uma tentativa de fazer um filme de terror. Cenários simples, discos voadores que dão para ver suas linhas em cima dele. Tem partes que são até divertidas e agradáveis de se assistir. Já vimos vários filmes com orçamento bastante alto que são bem piores do que esse.
Um grande acerto da produção, foi escalar o grande Bela Lugosi para fazer uma participação, nesta época ele já estava de idade e no ostracismo em Hollywood.
Os Mercenários 4
2.4 150 Assista AgoraInfelizmente este quarto é horrível. Não tem base de continuar a franquia, se o motivo principal da existência dela não existe mais: A franquia era viva por que existia os astros dos anos 80 na ação. E agora, a franquia ficando nas mãos de Jason Sthatam e Megan Fox é sacanagem. Acho que Stallone cansou de suas franquias, pois sempre seus personagens estão falecendo ou aposentando.
Formiguinhaz
3.2 331 Assista AgoraMais um filme da infância reassistido e continua muito divertido e simpático. Na infância, não pegava muito no contexto político em que o filme relata. E também nem sabia quem era Woody Allen como protagonista, e é por isso que a Formiga Z fala pelos cotovelos haha
O design da animação fica meio estranho, para hoje em dia, pois a tecnologia avançou bastante. Porém, o roteiro e os personagens são bastante construídos e ficamos empolgantes com a história.
Um roteiro que fala sobre rotina de trabalho, consciência de classe, militarismo e totalitarismo. E tudo isso passava para nós criança de tarde hehehe
Fun Fact: No meu aniversário de 10 anos, em 2005, eu pedi que o tema fosse da Formiguinha Z. Mas, minha tia que é doceira, não sabia nada de filmes, e fez o aniversário da Formiga azul de "Vida de Inseto" hahaha. Porém, foi meu melhor aniversário de todos os tempos, vários presentes maneiros, e teve uma "pichorra" adatpada, um balão gigante que furei e caiu vários doces e farinha ao mesmo tempo.
O 13º Guerreiro
3.4 128 Assista Agora"Pai Piedoso. Desperdicei meus dias com planos de muitas coisas. Isto não estava incluído, mas neste momento, só peço para viver bem os próximos minutos."
1999 não trouxe apenas pedradas, mas sim Saraivas de Fogo. Cada filme poderoso e essencial, um melhor que o outro. Direção de John McTiernan, que nos anos 80 nos trouxe "Predador" e "Duro de Matar", o roteiro é de Michael Crichton, o mesmo que escreveu "Jurassic Park".
Temos o protagonismo de Antonio Banderas e a presença ilustre de Omar Sharif. Um árabe é expulso de suas terras, e acaba vagando nas terras nórdicas. Ele é capturado pelos nativos, porém uma vidente revela que este forasteiro é o 13º guerreiro, que seria estrangeiro, e ajudaria os vikings à lutar contra monstros demoníacos que se aparecem com animais ferozes.
Uma produção belíssimas, com ótimas imagens capturadas, ambientação fantásticas. Pois, temos atores nórdicos no filme e textos com mais variadas línguas. Além de boas cenas de lutas, entre espadas, escudos e facas. Antonio Banderas se sai muito bem, temos diálogos muito marcantes. É um filme válido para assistir pela seu valor histórico e cultural.
Todo Mundo em Pânico
3.3 1,2K Assista AgoraQualéééé!!!
O auge dos filmes besteróis e das sátiras, no passado sempre brincavam com os filmes de sucesso de anos anteriores, agora essa comédia fica zuando e imitando os terror adolescentes. Aqui imitando os grandes filmes do fim dos anos 90, como "Pânico", "Eu Sei o Que Vocês Fizeram no Verão Passado", "Bruxa de Blair", etc. Confesso que tem piadas que o politicamente correto irá odiar, e por isso, filmes assim não serão mais feitos hoje em dia. Porém, tem outras piadas sensacionais e impossíveis de segurar o riso. Mesmo apelando para piadas sexuais, o jeito que elas são feitas, são sensacionais e hilárias. Os irmãos Wayans sempre com o time certo do humor, boas sacadas e carisma que atrai gerações em seus filmes.
Sindicato de Ladrões
4.2 295 Assista AgoraO que Marlon Brando faz aqui é sacanagem, ele emula e transcende a arte da atuação. Um filme com um roteiro bem corajoso, por mostrar à corrupção da máfia por estivadores no Porto de Nova York. O roteiro também é quase um self insert do diretor, pois o mesmo ficou marcado por delatar comunistas durante o macarthismo, prejudicando colegas de trabalho do show business, fazendo-os entrar na lista negra de Hollywood.
Dilemas morais, caráter e arrependimentos para lutar contra um sistema corrupto são os que fazem esse roteiro fantástico. Pois, temos um ex-pugilista famoso, que agora tem emprego por estivador no Porto, porém tem rabo preso com poderosos locais, mas se vê numa enrascada, quando testemunha um assassinato, se apaixona pela irmã do falecido, e decide lutar contra aquele sistema podre do sindicato.
O que destaco aqui são os grandes diálogos e o jeito de Marlon Brando atuar e se portar em cena, há um momento em que a luva da atriz cai da mão dela, sem querer, e ele simplesmente se abaixa e pega para ela, e segue o diálogo na maior naturalidade do mundo. Ele limpa a luva, que caiu no chão, e calça as mesmas. Um reflexo de um boxeador, que sempre se acostumou com as luvas nas mãos, e um ato de conexão e intimidade com a personagem de Eva Marie Saint.
Também outro personagem fantástico é o Padre Barry interpretado pelo Karl Malden, um homem que enfrenta de peito aberto o sistema corrupto, mesmo não esquecendo da sua fé em Deus, e tendo convicção que estava sendo protegido por Ele e fazendo a coisa certa.
Becky
3.0 175Um Thriller de sobrevivência com bastante gore e violência, quase um "Esqueceram de Mim" para adultos. O diferencial foi, para mim, escalar o humorista Kevin James para o papel dramático e ainda por cima de vilão, ele sobressaiu com esse papel. E a pequena Lulu Wilson foi uma bela protagonista e final girl, conseguiu lutar muito bem para sobreviver.
Propriedade
3.7 82 Assista AgoraQuando o Brasil quer fazer filme bom, ele consegue facilmente ...
Uma produção que ficou desconhecida por alguns meses, mas agora entrou no catalogo da Netflix, e todos podemos apreciar esta obra. Que relata sobre luta de classes, consciência sobre o trabalho, e posse de terra. A velha luta entre o burguês rico empregador, e o trabalho humilde. O estilo da produção bebe um pouco de "Bacurau" também, com aquele suspense catártico que te faz preso à história.
Malu Galli entrega tudo aqui, com suas ansiedades, medos e instinto de sobrevivência, pois os trabalhadores estão reativos com aquelas notícias que receberam no começo do filme. E o segundo ato entrega uma adrenalina fantástica, que só mantêm a qualidade da obra.
O problema social e econômico do País não é recente, e o Brasil é uma bomba-relógio, só esperando o estopim certo para explodir. Será que não dá para reverter isso?
Stop Making Sense
4.7 35🎵 Psycho Killer / Qu'est-ce que c'est?
Fa-fa-fa-fa, fa-fa-fa-fa-fa-fa, better
Run, run, run, run, run, run, run away, oh-oh-oh 🎶
David Byrne tem um parafuso a menos ou estava bastante elétrico nestes dias de gravações, gostei demais. O diretor Jonathan Demme imortaliza as músicas, e fez história em gravar um concerto musical, com câmeras espalhadas especialmente para os cantores se sentirem a vontade, luzes especiais no palco, e claro as músicas e carisma dos artistas fazem o resto.
Não ouvia muito a banda, e só sabia da música mais famosa, que é para mim, Psycho Killer. E a produção é mais uma oportunidade em aumentar o repertório da playlist. A banda tem grandes músicas, com a vibe lá em cima e ótimas composições.
Entre Irmãos
3.6 966 Assista AgoraEu vi o final da guerra ...
Produção com um drama fantástico, bastante adulto e angustiante. O trio de protagonistas simplesmente fazem absurdos aqui na interpretação, porém, Tobey Maguire transcende tudo no que é quesito atuação e drama.
Uma obra que fala sobre os males da guerra, não só na mente do soldado, que vai para a mesma como herói, mas as cicatrizes são para sempre, mas também abala psicologicamente a vida dos familiares. Uma obra aonde você precisa assistir em um dia tranquilo e só apenas sentir o peso das atuações de todos os atores deste elenco.
Presente de Grego
3.4 71 Assista AgoraUm filme bem anos 80, com aquele clima adorável e nostálgico de sempre. Diane Keaton está fantástica, e conta uma história sobre uma mulher empoderada e no mercado de trabalho, e tudo isso vai mudar com a chegada inesperada de um bebê (!!). E ela vai transformar sua rotina, que já era agitada.
Tarde da Noite Com o Diabo
3.5 285A televisão documenta o caos
O novo terror da atualidade, foge bastante do que estava sendo feito nos últimos anos e consegue se sobressair sobre essas últimas levas de filmes de terror. Somos transportados para a efervescente década de 1970 nos EUA, aonde a nossa cultura estava sendo moldada, guerras acontecendo, pessoas mexendo com o sobrenatural e alguns cultos satanistas.
Entramos um contexto de um talk show dos anos 70, bem famoso na época, porém sempre estava na segunda colocação da audiência, mas anos depois entrou em ostracismo. Para tentar voltar para o páreo e para a liderança, os produtores resolveram criar um episódio especial de Halloween. Neste programa, irão ser entrevistados paranormais, pessoas céticas e uma menina que tem possessão demoníaca.
E do jeito que o diabo gosta, vemos a fita demo deste episódio especial. Com as entrevistas mais insanas do que pode acontecer numa noite. O que gostei nesta produção é a fotografia envelhecida, para mostrar que é um programa antigo, além do formato da tela estar em 4:3. E ainda por cima, o clima inteiro de talk show e seu formato já formulaico, e aqui no Brasil já estamos acostumados desde do "Programa do Jô".
David Dastmalchian sempre fazia papéis secundários, mas agora ganhou o seu protagonismo de destaque e se saiu muito bem por aqui. Grande estreia dos diretores e roteiristas australianos Cameron Cairnes e Colin Cairnes
Maré Vermelha
3.5 81 Assista AgoraAssistir a este filme num contexto político como o nosso de 2024, dá uma tensão diferente.
A disputa de egos e submissão dos comandantes.
O diretor Tony Scott conseguia nos proporcionar grandes filmes de ação, com cenas frenéticas e que nos causam tensão iminente. E aqui não é diferente, e isso aumenta num cenário claustrofóbico que é dentro de um submarino. Dentro de um contexto de guerra fria e de atentados com mísseis, os egos, submissões e conflitos de opiniões devem ser levados em conta, se não uma guerra nuclear seria iminente. Quem daria o braço a torcer para que uma guerra não seja iniciada?
Temos o grande protagonismo de Gene Hackman e Denzel Washington, além de apoio de grandes atores, como Viggo Mortensen, George Dzundza, James Gandolfini.
Onde Fica a Casa do Meu Amigo?
4.2 145 Assista AgoraUm filme simples, mas muito belo e singelo. Cheio de significados e que nos remontam à uma infância inocente, aonde temos só a obrigação de estudar, mas estamos descobrimos novos sentimentos, como a amizade e um dever moral de ajudar um colega próximo.
Temos o olhar doce e ingênuo das crianças, contra a mentalidade adulta, aonde não ouve os pequenos, ignoram os mesmos e seguem suas rotinas de trabalho. Temos um contexto também de crianças que ajudam seus pais no trabalho, e chegam atrasado ao colégio, tal realidade também era bastante vista aqui no Brasil dos nossos pais, hoje em dia tem pouco, mas mesmo assim existe esse contexto.
O pequeno Ahmad pegou o caderno de seu colega, por engano, pois os dois são de capas iguais. E decide devolver esse caderno, pois o colega também precisa fazer o dever de casa, se não vai tomar suspensão da escola e sofrer castigo de seu professor durão. Ele decide fazer uma jornada entre a cidade, e procurar aonde o seu amigo mora e devolver o seu caderno.
Temos aqui um cinema humanista, que com técnicas cinematográficas, com ótimas paisagens, ambientações e takes, nos mostra a verdadeira rotina de uma sociedade. Adultos cansados e cada vez mais individualistas com suas rotinas de trabalhos, e crianças inocentes e ingênuas, só querendo ajudar o colega próximo.
O Massacre da Serra Elétrica 2
2.8 346Essa sequência desvirtuou o que foi o primeiro filme, que foi um dos expoentes do gênero de terror slasher, cultuado até aos dias de hoje. Mesmo assim, esse segundo filme não é de todo ruim, dá para assistir e se divertir. Tiraram aquele clima bastante sério e desesperador, para um terror "normalzinho" e com toques de humor.
Temos a própria direção de Tobe Hooper, o diretor de bons filmes de terror e do próprio primeiro filme da saga. Os efeitos práticos e de maquiagem de Tom Savini, um artista que sabe fazer efeitos especiais com o gore como ninguém, reinou bastante nos terror dos anos 80. E claro, que este filme é puro suco dos anos 80, pois as produtoras são nada menos que Cannon Films dos irmãos Golan Globus, locais aonde produziram grandes clássicos na década.
Temos agora a história de uma DJ de uma rádio, que recebe um trote de telefonema de dois playboys que não tem mais nada do que fazer, porém para eles o Leatherface aparece e lhe fazem uma surpresa, tudo ao vivo na ligação com a DJ. A mesma irá investigar o fato, contando com a ajuda do xerife, interpretado pelo Dennis Hopper. Aqui tem mais gore, gritaria, porém tem mais também tons de humor, que fazem ser um bom filme de entretenimento. Também aparece a família disfuncional do Leatherface, a mais entranha do planeta.
O que eu mais gostei também foi dos textos do personagem "The Cook", cada texto com crítica socioeconômicas e políticas hahaha. Parecia um comentarista político de TV paga kkkkk
Vivendo no Limite
3.4 163 Assista AgoraUm filme bem subestimado do Martin Scorsese, está fora da maioria dos Tops do diretor, mas isso não quer dizer que o filme seja ruim. Temos Nicolas Cage atuando muito bem, ele é um ator canastrão, mas multifacetado, quando ele quer entregar um grande trabalho, ele consegue facilmente.
O filme é uma analogia ao estresse ao trabalho, no caso aqui, ele é um socorrista noturno, que vaga pelas noites de Nova York, tentando salvar a maioria de pessoas que encontrar pela frente. Ele está frustrado com o seu trabalho, esgotado mentalmente e à beira de um colapso nervoso. Um filme que funciona até aos dias de hoje, com cargas de trabalhos excessivas, síndrome de burnout, o uso de drogas para tentar se acalmar e dormir para descansar da labuta.
Mais uma vez, as noites de Nova York são revisitadas pelo diretor Martin Scorsese, ele consegue como poucos retratar as esquinas e bairros da cidade, com seus problemas e mazelas.
Drive My Car
3.8 382 Assista AgoraUm corno andando de Uber por aí
Um fato é que o cinema também é sensorial, histórias reais retratadas que conectam com as pessoas que assistem. Também queria me conectar com a história, porém essa jornada da vida foi bem lenta para mim, chata e maçante. Boas cenas, takes e desenvolvimento durante a direção do filme também moldam o mesmo. Dá para fazer um Lo-fi só com eles dirigindo facilmente.
Única ideia que gostei é o Yūsuke sendo o diretor da peça de teatro, as partes dos ensaios são as que eu mais gostei e me reconectei com o filme. Além da cena do teatro e da inclusão que a peça teve. Porém, as partes na estrada e algumas outras eu achei bem desinteressantes, com cenas extensas e cansativas.
Parceiros da Noite
3.5 184 Assista AgoraSó faltou tocar a música do Bar Ostra Azul hehe
Temos aqui um slasher gay (?). Um filme bem à frente do seu tempo, polêmico e que mostra o submundo das boates gays e dos sadomasoquistas. O personagem de Al Pacino é um policial, que se infiltra neste sumbmundo para descobrir um serial killer que anda matando homossexuais toda noite.
Nos anos 80, o preconceito com os homossexuais ainda muito mais pesado e evidente, só com um ator do alto cacife de Al Pacino, para fazer esse papel e não ser muito criticado. A direção também é do grandioso William Friedkin, diretor de nada menos que "O Exorcista" e "Operação França".
Interstella 5555
4.4 126♫ Daft Punk - One More Time ♫
Recentemente me liguei que esses clipes do Daft Punk são um filme. Está completo no Youtube. Uma experiência fantástica esse filme, com uma animação cativante, personagens bem detalhados e pelos clipes dá para saber seus contextos e anseios. O filme todo é direcionado pela trilha sonora do Daft Punk, sem ter nenhum diálogo, mas as músicas nos acompanham e nos ajudam a entender a história.
Gosto muito de música eletrônica, e o Daft Punk são um grupo que gosto bastante. Nesta playlist que o filme toca, gosto de duas músicas: "One More Time", e "Harder, Better, Faster, Stronger".
Possessão
3.9 587Não tem ninguém puro aqui neste filme
Cada vez que a gente amadurece com as produções cinematográficas, descobrimos obras fanstásticas que nos fazem pensar, sentir, se angustiar e sofrer de uma forma intensa. Esta produção é um exemplo, cheio de cenas chocantes e angustiantes. Talvez, essas cenas são para retratar o contexto de um casamento falido, a dor da separação com o divórcio e os males que isso causa para a família.
Sam Neil vê sua esposa distante como esposa e negligencia os cuidados do filho, ele está desconfiado que esta´levando galha. Descobre que isso é verdade, que existe um caso extraconjugal com um canastrão mais velho, porém ele descobre mais coisas sobre a vida dela, e que existe um poder mais influente em sua vida.
Andrzej Żuławski nos traz um terror que tem várias camadas, desde fé, família, Deus, vários assuntos que dão um debate fantástico. Vários significados estão neste filme, cada um propõe sua visão, filme bom é assim. Talvez seria a luta do casal para manter um relacionamento de fachada, mas monstros externos aparecem para atrapalhar. Também funciona como um drama familiar bastante expressionista e um terror bastante visceral, com um carga gráfica bem chocante.
Isabelle Adjani e Sam Neill estão fantásticos, com grandes diálogos sobre relacionamento, e vão até para a atuação física com cenas insanas que só você assistir para sentir. Mais uma linha aqui para elogiar o trabalho magnífico de Isabelle Adjani, a cena do metrô é inesquecível. Li por aí, que ela ficou dodói da cabeça depois do filme, não era por menos.