Parece que ninguém consegue ficar indiferente diante do documentário: ou adoram; ou odeiam. Em termos de produção cinematográfica, isso é bom. Nesse sentido, não se pode dizer que o documentário seja ruim; pode-se dizer, no máximo, que não é imparcial. Na verdade, essa sensação decorre da forma como ele foi construído: a despeito de parecer retratar o PT como vítima, na prática, ela não faz isso - mas parece... Por narrar a história mostrando uma sucessão de fatos que parecem fazer parte de um grande plano para derrubar o PT e por fazer críticas muito modestas à atuação do partido, fica parecendo que ela vitimiza o PT. Na verdade é uma crítica a um sistema político falido, mas, por conta de uma narrativa excessivamente benevolente com o PT, acaba parecendo uma peça publicitária para quem é antipático ao partido. De toda forma, o documentário mostra muitas coisas interessantes (e negligencia tantas outras). É uma obra interessante e que serve para provocar reflexão, mas não pode ser classificado como um retrato imparcial da recente história brasileira.
Excelente filme. Não é o primeiro a mostrar essa abordagem sobre o tema, mas o faz muito bem e a trama tem um clima de suspense, que prende a atenção do início ao fim. Para quem curte o tema, recomendo Coherence, outro filme na mesma linha.
Filme bom pra caramba! Não se intimidem com as críticas! É um filme sobre escolhas, sobre decisões - e as consequências. Muito bem feito, filme para pensar, para refletir. Aprovadíssimo.
Muito fraco. A trama gira muito mais em torno dos motivos de os satélites estarem fora de controle do que em torno dos desastres naturais em si. Para quem curte cinema catástrofe vai ser uma decepção. Para quem curte boas histórias de suspense, com tramas bem boladas e desfechos surpreendes, vai ser uma decepção também...
Ok. O filme é bem feito e rende bons sustos. A história é boa, o elenco é bom, os efeitos visuais são bons. Se vale 5 estrelas? Não, não vale. O novo palhaço mais parece a Rainha Cabeçuda e boa parte do clima original foi perdido. Não é um remake e nem é a parte 1 da história, mas algo entre essas duas coisas. Valeu o ingresso, sem dúvida, mas vou tomar a liberdade de dizer que prefiro o original, que também não é um filme 5 estrelas. Pra quem curtiu, sugiro que assistam ao original, para poder fazer uma comparação. 3 estrelas para esse, 3,5 para o original e 5 estrelas para o genial Stephen King, que foi mais bem sucedido em A Tempestade do Século e adaptações como O iluminado e Conta Comigo, esses, sim, produções 5 estrelas.
Bem, se não fosse "exagerado", não seria francês, né? Como é típico de uma vertente do cinema europeu, tudo tem um quê teatral, meio overreaction, meio nonsense. A história, na verdade, é muito boa e o seu ponto alto são as atuações impecáveis de todo o elenco. A fotografia também é excelente. O problema é que é tudo muito surreal: as atitudes, os diálogos, as reações, tudo é muito alegórico, conceitual. Os personagens dizem coisas, fazem coisas e tomam decisões que não têm verossimilhança, que não são críveis no mundo real. O bacana é que o filme é assim do começo ao fim, ou seja, é um exercício imaginativo, tudo muito platônico. Uma das coisas de que mais gostei foi da construção dos personagens e da evolução do clima, tudo num timing perfeito. Mas esse filme quase poderia ser enquadrado na categoria ficção fantástica: quase tudo nele é "atípico". É filme para deixar a mente viajar, num clima de fantasia mesmo. É uma abordagem diferente e interessante, mas que parece ter ficado restrita a um pequeno público, o que é uma pena, já que o filme vale cada minuto. É filme para cinéfilo mesmo. Destaque para as hot scenes surpreendentemente ousadas.
O melhor Kong de todos! Efeitos visuais perfeitos, roteiro ágil e já com a deixa para virar uma franquia de sucesso. Muita ação, bons sustos e sem aquela bobagem de amor romântico símio-humano. Realmente muito bom.
Aff... pra quem gostou dos predecessores, esse certamente será uma grande decepção. Os efeitos visuais são legais, mas não salvam o roteiro ridículo. Para quem curte sci-fi, Interestelar, A chegada e até mesmo Passageiros são pedidas muito melhores. Só assista Covenant em caso de emergência.
Filme de baixo orçamento, então não espere muito dos efeitos especiais. Infelizmente, o roteiro e as interpretações também não ajudam, mas vale como paliativo para os amantes de cinema-catástrofe, enquanto a gente espera algum filme que faça frente aos clássicos "O dia depois de amanhã", "A estrada", "Impacto profundo" e "Os últimos na Terra" - esse último totalmente introspectivo e nada consensual, mas eu gostei bastante.
Ideia pretensiosa, que acabou sendo comprometida por um roteiro fraco e interpretações medíocres. Para quem curte o tema, filmes como Coherence, Linha Mortal ou até mesmo About Time conseguiram resultados bem melhores. Parece que algum C.O. da Netflix curte tanatologia, porque investiram em muitas produções do tipo ultimamente: The OA, Glitch, The returned e este aqui, para citar algumas. Considerando que a parte "científica" é bastante fantasiosa, penso que teriam tido um resultado melhor se tivessem se concentrado na parte filosófica, nas questões que envolvem morte e vida e seus percalços. Espero que no futuro façam um remake mais caprichado. Vale apenas como curiosidade.
O roteirista só podia estar drogado quando escreveu isso... Tinha tudo para ser um filme bacana e vira uma história surreal, sem pé e sem cabeça. Na prática, pegaram umas 4 ou 5 ideias diferentes e tentaram juntar tudo numa história só... O resultado não poderia ser outro: uma colcha de retalhos que sai do nada e chega a lugar nenhum. Só não é um desastre completo por causa das excelentes atuações. Pra quem curte a temática sobre a morte, há opções muito melhores, como Minha Vida Sem Mim, Inquietos, A Cura e tantos outros.
Não apenas a trama, mas também os próprios personagens são claramente inspirados na icônica série Queer as Folk... chega a beirar o plágio... O bacana é que a fórmula funciona e a produção foi bem feita, com boas atuações. Pra quem era fã da série, funciona como uma sessão revival. Curioso mostrar que as amizades podem ser relações parasitárias e o que parece ser apoio mútuo pode ser, no fundo, interdependência. As cenas no apartamento lembram muito o clima de Os Sonhadores. Apesar da falta de originalidade, o filme aborda questões profundas e de forma sutil, sem ser pretensioso, o que é muito legal. Na prática, eles vivem uma espécie de Síndrome de Peter Pan, mas que mal há em querer continuar vivendo como uma eterna criança? Talvez a gente se convença de que o tempo nos faz melhores simplesmente porque sabemos que não podemos pará-lo. Mas... e se pudéssemos?
Leva um tempo para o filme encontrar seu rumo, começa parecendo que vai ser mais um filme sobre homossexuais afetados, mas, aos poucos, as coisas tomam um rumo inesperado e o filme se revela extremamente pungente, daqueles que faz a gente realmente se sentir impactado. A história e a trama são simples, mas o discreto uso de flashbacks adicionou sensibilidade ao personagem e seu drama pessoal. Os diálogos são pretensamente profundos, mas nada que realmente convença. O destaque fica mesmo por conta do aspecto dramático e da interpretação dos protagonistas.
Muito bom. Apesar das críticas negativas, o fato é que o filme tem um pouco de tudo: romance, comédia, ficção científica, drama e ação. Para os puristas, acredito que possa ser realmente decepcionante, mas para quem procura entretenimento de boa qualidade, com efeitos visuais caprichados e sacadas que podem render um bom papo, é um prato cheio. E garanto que é não "romance água-com-açúcar", como alguns têm dito. O filme é bem feito e coloca o drama e o romance apenas na medida certa. Entretanto, para quem é fã sci-fi, sem dúvidas, vai ficar parecendo que falta algo, mas vale a pena assistir.
Uma grata surpresa! Filme barato e muito interessante. E pra quem presta atenção nos detalhes, matou a charada uns 20 ou 30 minutos antes (eu enxerguei apenas 2 evidências:
o copo que aparecia quebrado na mesa e depois aparecia inteiro na pia; e a pergunta sobre a plantinha, que já tinha sido feita antes,
mas deve ter havido outras que eu não vi...). Pra quem curte The Big Bang Theory, a trama remeteu a um dos episódios mais icônicos da SitCom, quando Sheldon explica para Penny sobre
1) O cometa não criou novas realidades; ele apenas abriu uma porta que conectou infinitas realidades que sempre existiram em paralelo;
2) Na verdade, os personagens não "saíam" de uma realidade para outra, mas iam criando novas realidades. Esse é o conceito de "infinitas infinitudes". Imaginem o seguinte: se eu existo em 2 realidades diferentes e, em algum momento, eu saio da minha realidade original e vou para a segunda realidade, agora não existem mais apenas 2 realidades, mas 4: a realidade 1, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter saído dela; a realidade 2, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter sido visitado por mim mesmo; a realidade 3, da qual eu saí e deixei de existir; e a realidade 4, onde, agora, existem 2 de mim...kkkk. É um conceito e tanto!
3) Curiosamente, por causa do conceito de infinitas infinitudes, os personagens, uma vez que tivessem deixado suas realidades originais, jamais conseguiriam voltar para elas. Mesmo que voltassem, como existem infinitas realidades, sempre haveria infinitas realidades para as quais eles jamais voltaram. Cada pequena mudança numa realidade, acaba criando infinitas novas realidades. Se não entendeu, pense da seguinte forma: quantos números existem na mega sena? 60. E quantas combinações de 6 números são possíveis entre eles? 50 milhões! É um número bem maior, né? Mas e se os números da mega sena fossem infinitos, quantas combinações seriam possíveis? Ora, infinitas combinações, mas... o número de combinações é sempre maior do que o número de elementos combinados... Então, o número de infinitas combinações possíveis é mais infinito do que o número de infinitos elementos! Bem doido isso, né?
E se existisse um filme que fosse capaz de retratar a própria vida, como ele deveria ser?
Ele deveria ser uma linha ascendente, uma constante, uma linha descendente? Ele deveria contar uma história que tem começo, meio e fim? Ele deveria colocar os acontecimentos numa ordem lógica?
Ou ele deveria intercalar momentos de riso com momentos de lágrimas, vitórias e fracassos, acolhimento e rejeição?
Bem, esse filme existe: chama-se "O primeiro da classe", certamente um dos filmes mais sensacionais a que eu já assisti. Eu nunca tinha assistido a um filme que tivesse a capacidade, de uma forma tão natural, de intercalar risos e lágrimas no expectador, do começo ao fim, tal como a própria vida.
Desde o boom do gênero comédia romântica, surgiram inúmeros filmes que contam histórias engraçadinhas e que terminam com um final apoteótico e emocionante, que leva o público às lagrimas, como se a vida fosse uma trajetória retilínea em direção ao sucesso. Mas a vida não é assim - e este filme também não.
Este filme pegou um tema que tinha tudo para ser abordado sob a ótica do besteirol e o apresentou de maneira incrivelmente sensível, equilibrando perfeitamente os altos e baixos da vida. No início, pode parecer algo bobo, mas viver com um distúrbio desses deve ser uma verdadeira tortura.
Imaginem não poder fazer, com normalidade, mesmo as coisas mais simples. Não poder estar num espaço coletivo, não poder ir ao cinema, a um restaurante, ao velório de um amigo... não poder nem mesmo fazer uma entrevista de emprego.
Nem por isso o transformaram num dramalhão, como se a vida fosse feita só de desgraças. É um filme inspirador, engraçado, triste e edificante, tudo ao mesmo tempo. Uma verdadeira obra-prima, que vale cada segundo.
Fraquinho. Funciona como thriller, prende a atenção e é bem movimentado, mas é apenas mais do mesmo. Pra quem espera um filme provocador e que levante grandes questões como em O Código Da Vinci, certamente vai ser uma decepção, pois Inferno está mais para cine pipoca mesmo.
Para quem curte personagens ricamente construídos, esse filme é um prato cheio. A história em si não tem nada de muito impressionante, embora tenha uma montagem interessante. Filme para quem curte grandes interpretações e personagens complexos.
- e ela existe mesmo, inclusive, com estudos de campo. Foi uma abordagem bem diferente e muito criativa. Como se não bastasse, o filme ainda provoca muitas reflexões existenciais e nos faz pensar em como agiríamos "se". É genialidade pura mesmo! Pra quem gosta de esquadrinhar as hipóteses propostas pela Sci-Fi, vão surgir lacunas, como sempre. Basicamente, o principal furo da história é:
como eu poderia me valer do resultado de uma coisa que eu não fiz para poder usar essa informação para fazer a coisa pela primeira vez? Em outras palavras: a boa e velha hipótese do avô.
Mas isso não desmerece o filme, que é filme pra ver quietinho, prestando atenção em tudo, em versão legendada, de preferência, sozinho. Piscou os olhos, já não vai entender direito... Filme TOP.
QUASE. Embora a maioria do pessoal tenha dado destaque para a relação entre as irmãs (que, de fato, é um ponto positivo do filme), o que achei mais interessante foi o fato de chamar a atenção para o quanto somos dependentes da tecnologia para sobreviver e o quão são frágeis as bases que mantêm nossa sociedade razoavelmente organizada. É uma proposta crível de apocalipse, algo que poderia realmente acontecer e sem os apelos típicos desse tipo de produção. Entretanto, o filme peca pelo ritmo arrastado demais e por ficar nesse limbo entre drama e filme de sobrevivência. Quem curte filmes catástrofe fica num estado nervoso ao ver a série de decisões estúpidas que elas tomam. Destaque para a chocante cena de violência contra a mulher, mas, poderia ter entregado muito ao expectador, porque a ideia é realmente muito boa, o desenvolvimento é que não foi lá essas coisas.
Para quem espera ver uma Emilia Clarke triunfante, é melhor baixar as expectativas... Foi uma escolha infeliz para uma atriz que tem muito potencial e recebeu uma personagem boba com a qual ela não soube direito o que fazer. Atuação pouco convincente, com uma personagem igualmente improvável. Sam Claflin rouba a cena interpretando Will, embora o personagem seja apenas mais um cara amargurado pelos reveses da vida, tema já exaustivamente explorado pelo cinema. Vale como passatempo e até tem alguns pontos altos, mas a única coisa que justifica tanto alvoroço em torno do filme é o nome de Emilia Clarke nos cartazes. Não foi dessa vez que se livrou de Daenerys. Aliás, poucos atores se libertam de personagens tão grandiosos (ao contrário do elenco da saga Crepúsculo, que se saiu tão mal a ponto de que todos os seus trabalhos posteriores foram melhores do que aquele...kkkk).
Pra quem curte efeitos especiais, esse filme é um prato cheio. É uma espécie de mistura entre A Múmia e Transformers... Em termos de conteúdo histórico e mitologia faz um sarapatel danado, que mais se aproxima de Alienígenas do Passado do que de qualquer outra coisa. Ainda assim, vale muito como entretenimento e é visualmente muito, muito caprichado mesmo. Destaque para a imponente figura de Anúbis. Vale lembrar que nem todo filme precisa ser cult para ser bom.
Democracia em Vertigem
4.1 1,3KParece que ninguém consegue ficar indiferente diante do documentário: ou adoram; ou odeiam. Em termos de produção cinematográfica, isso é bom. Nesse sentido, não se pode dizer que o documentário seja ruim; pode-se dizer, no máximo, que não é imparcial. Na verdade, essa sensação decorre da forma como ele foi construído: a despeito de parecer retratar o PT como vítima, na prática, ela não faz isso - mas parece... Por narrar a história mostrando uma sucessão de fatos que parecem fazer parte de um grande plano para derrubar o PT e por fazer críticas muito modestas à atuação do partido, fica parecendo que ela vitimiza o PT. Na verdade é uma crítica a um sistema político falido, mas, por conta de uma narrativa excessivamente benevolente com o PT, acaba parecendo uma peça publicitária para quem é antipático ao partido. De toda forma, o documentário mostra muitas coisas interessantes (e negligencia tantas outras). É uma obra interessante e que serve para provocar reflexão, mas não pode ser classificado como um retrato imparcial da recente história brasileira.
Durante a Tormenta
4.0 901 Assista AgoraExcelente filme. Não é o primeiro a mostrar essa abordagem sobre o tema, mas o faz muito bem e a trama tem um clima de suspense, que prende a atenção do início ao fim. Para quem curte o tema, recomendo Coherence, outro filme
na mesma linha.
Vírus
2.6 693Filme bom pra caramba! Não se intimidem com as críticas! É um filme sobre escolhas, sobre decisões - e as consequências. Muito bem feito, filme para pensar, para refletir. Aprovadíssimo.
Tempestade: Planeta em Fúria
2.7 596 Assista AgoraMuito fraco. A trama gira muito mais em torno dos motivos de os satélites estarem fora de controle do que em torno dos desastres naturais em si. Para quem curte cinema catástrofe vai ser uma decepção. Para quem curte boas histórias de suspense, com tramas bem boladas e desfechos surpreendes, vai ser uma decepção também...
It: A Coisa
3.9 3,0K Assista AgoraOk. O filme é bem feito e rende bons sustos. A história é boa, o elenco é bom, os efeitos visuais são bons. Se vale 5 estrelas? Não, não vale. O novo palhaço mais parece a Rainha Cabeçuda e boa parte do clima original foi perdido. Não é um remake e nem é a parte 1 da história, mas algo entre essas duas coisas. Valeu o ingresso, sem dúvida, mas vou tomar a liberdade de dizer que prefiro o original, que também não é um filme 5 estrelas. Pra quem curtiu, sugiro que assistam ao original, para poder fazer uma comparação. 3 estrelas para esse, 3,5 para o original e 5 estrelas para o genial Stephen King, que foi mais bem sucedido em A Tempestade do Século e adaptações como O iluminado e Conta Comigo, esses, sim, produções 5 estrelas.
Quando Se Tem 17 Anos
3.8 72Bem, se não fosse "exagerado", não seria francês, né? Como é típico de uma vertente do cinema europeu, tudo tem um quê teatral, meio overreaction, meio nonsense. A história, na verdade, é muito boa e o seu ponto alto são as atuações impecáveis de todo o elenco. A fotografia também é excelente. O problema é que é tudo muito surreal: as atitudes, os diálogos, as reações, tudo é muito alegórico, conceitual. Os personagens dizem coisas, fazem coisas e tomam decisões que não têm verossimilhança, que não são críveis no mundo real. O bacana é que o filme é assim do começo ao fim, ou seja, é um exercício imaginativo, tudo muito platônico. Uma das coisas de que mais gostei foi da construção dos personagens e da evolução do clima, tudo num timing perfeito. Mas esse filme quase poderia ser enquadrado na categoria ficção fantástica: quase tudo nele é "atípico". É filme para deixar a mente viajar, num clima de fantasia mesmo. É uma abordagem diferente e interessante, mas que parece ter ficado restrita a um pequeno público, o que é uma pena, já que o filme vale cada minuto. É filme para cinéfilo mesmo. Destaque para as hot scenes surpreendentemente ousadas.
Kong: A Ilha da Caveira
3.3 1,2K Assista AgoraO melhor Kong de todos! Efeitos visuais perfeitos, roteiro ágil e já com a deixa para virar uma franquia de sucesso. Muita ação, bons sustos e sem aquela bobagem de amor romântico símio-humano. Realmente muito bom.
Alien: Covenant
3.0 1,2K Assista AgoraAff... pra quem gostou dos predecessores, esse certamente será uma grande decepção. Os efeitos visuais são legais, mas não salvam o roteiro ridículo. Para quem curte sci-fi, Interestelar, A chegada e até mesmo Passageiros são pedidas muito melhores. Só assista Covenant em caso de emergência.
Zona Fria
2.0 18Filme de baixo orçamento, então não espere muito dos efeitos especiais. Infelizmente, o roteiro e as interpretações também não ajudam, mas vale como paliativo para os amantes de cinema-catástrofe, enquanto a gente espera algum filme que faça frente aos clássicos "O dia depois de amanhã", "A estrada", "Impacto profundo" e "Os últimos na Terra" - esse último totalmente introspectivo e nada consensual, mas eu gostei bastante.
A Grande Muralha
2.9 583 Assista AgoraVale como entretenimento.
Cinquenta Tons Mais Escuros
2.5 763 Assista AgoraAssisti por achar que não pudesse ser pior do que o primeiro. E não é. Mas é tão ruim quanto. Não perca seu tempo.
A Descoberta
3.3 385 Assista AgoraIdeia pretensiosa, que acabou sendo comprometida por um roteiro fraco e interpretações medíocres. Para quem curte o tema, filmes como Coherence, Linha Mortal ou até mesmo About Time conseguiram resultados bem melhores. Parece que algum C.O. da Netflix curte tanatologia, porque investiram em muitas produções do tipo ultimamente: The OA, Glitch, The returned e este aqui, para citar algumas. Considerando que a parte "científica" é bastante fantasiosa, penso que teriam tido um resultado melhor se tivessem se concentrado na parte filosófica, nas questões que envolvem morte e vida e seus percalços. Espero que no futuro façam um remake mais caprichado. Vale apenas como curiosidade.
Beleza Oculta
3.7 887 Assista AgoraO roteirista só podia estar drogado quando escreveu isso... Tinha tudo para ser um filme bacana e vira uma história surreal, sem pé e sem cabeça. Na prática, pegaram umas 4 ou 5 ideias diferentes e tentaram juntar tudo numa história só... O resultado não poderia ser outro: uma colcha de retalhos que sai do nada e chega a lugar nenhum. Só não é um desastre completo por causa das excelentes atuações. Pra quem curte a temática sobre a morte, há opções muito melhores, como Minha Vida Sem Mim, Inquietos, A Cura e tantos outros.
Those People
3.3 179Não apenas a trama, mas também os próprios personagens são claramente inspirados na icônica série Queer as Folk... chega a beirar o plágio... O bacana é que a fórmula funciona e a produção foi bem feita, com boas atuações. Pra quem era fã da série, funciona como uma sessão revival. Curioso mostrar que as amizades podem ser relações parasitárias e o que parece ser apoio mútuo pode ser, no fundo, interdependência. As cenas no apartamento lembram muito o clima de Os Sonhadores. Apesar da falta de originalidade, o filme aborda questões profundas e de forma sutil, sem ser pretensioso, o que é muito legal. Na prática, eles vivem uma espécie de Síndrome de Peter Pan, mas que mal há em querer continuar vivendo como uma eterna criança? Talvez a gente se convença de que o tempo nos faz melhores simplesmente porque sabemos que não podemos pará-lo. Mas... e se pudéssemos?
House of Boys
3.8 20Leva um tempo para o filme encontrar seu rumo, começa parecendo que vai ser mais um filme sobre homossexuais afetados, mas, aos poucos, as coisas tomam um rumo inesperado e o filme se revela extremamente pungente, daqueles que faz a gente realmente se sentir impactado. A história e a trama são simples, mas o discreto uso de flashbacks adicionou sensibilidade ao personagem e seu drama pessoal. Os diálogos são pretensamente profundos, mas nada que realmente convença. O destaque fica mesmo por conta do aspecto dramático e da interpretação dos protagonistas.
Passageiros
3.3 1,5K Assista AgoraMuito bom. Apesar das críticas negativas, o fato é que o filme tem um pouco de tudo: romance, comédia, ficção científica, drama e ação. Para os puristas, acredito que possa ser realmente decepcionante, mas para quem procura entretenimento de boa qualidade, com efeitos visuais caprichados e sacadas que podem render um bom papo, é um prato cheio. E garanto que é não "romance água-com-açúcar", como alguns têm dito. O filme é bem feito e coloca o drama e o romance apenas na medida certa. Entretanto, para quem é fã sci-fi, sem dúvidas, vai ficar parecendo que falta algo, mas vale a pena assistir.
Coerência
4.1 1,3K Assista AgoraUma grata surpresa! Filme barato e muito interessante. E pra quem presta atenção nos detalhes, matou a charada uns 20 ou 30 minutos antes (eu enxerguei apenas 2 evidências:
o copo que aparecia quebrado na mesa e depois aparecia inteiro na pia; e a pergunta sobre a plantinha, que já tinha sido feita antes,
o gato de Schrödinger...
Alguns aspectos interessantes para quem gosta de esquadrinhar a ficção científica:
1) O cometa não criou novas realidades; ele apenas abriu uma porta que conectou infinitas realidades que sempre existiram em paralelo;
2) Na verdade, os personagens não "saíam" de uma realidade para outra, mas iam criando novas realidades. Esse é o conceito de "infinitas infinitudes". Imaginem o seguinte: se eu existo em 2 realidades diferentes e, em algum momento, eu saio da minha realidade original e vou para a segunda realidade, agora não existem mais apenas 2 realidades, mas 4: a realidade 1, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter saído dela; a realidade 2, onde eu já existia e continuo existindo, sem nunca ter sido visitado por mim mesmo; a realidade 3, da qual eu saí e deixei de existir; e a realidade 4, onde, agora, existem 2 de mim...kkkk. É um conceito e tanto!
3) Curiosamente, por causa do conceito de infinitas infinitudes, os personagens, uma vez que tivessem deixado suas realidades originais, jamais conseguiriam voltar para elas. Mesmo que voltassem, como existem infinitas realidades, sempre haveria infinitas realidades para as quais eles jamais voltaram. Cada pequena mudança numa realidade, acaba criando infinitas novas realidades. Se não entendeu, pense da seguinte forma: quantos números existem na mega sena? 60. E quantas combinações de 6 números são possíveis entre eles? 50 milhões! É um número bem maior, né? Mas e se os números da mega sena fossem infinitos, quantas combinações seriam possíveis? Ora, infinitas combinações, mas... o número de combinações é sempre maior do que o número de elementos combinados... Então, o número de infinitas combinações possíveis é mais infinito do que o número de infinitos elementos! Bem doido isso, né?
Primeiro da Classe
4.3 391E se existisse um filme que fosse capaz de retratar a própria vida, como ele deveria ser?
Ele deveria ser uma linha ascendente, uma constante, uma linha descendente? Ele deveria contar uma história que tem começo, meio e fim? Ele deveria colocar os acontecimentos numa ordem lógica?
Ou ele deveria intercalar momentos de riso com momentos de lágrimas, vitórias e fracassos, acolhimento e rejeição?
Bem, esse filme existe: chama-se "O primeiro da classe", certamente um dos filmes mais sensacionais a que eu já assisti. Eu nunca tinha assistido a um filme que tivesse a capacidade, de uma forma tão natural, de intercalar risos e lágrimas no expectador, do começo ao fim, tal como a própria vida.
Desde o boom do gênero comédia romântica, surgiram inúmeros filmes que contam histórias engraçadinhas e que terminam com um final apoteótico e emocionante, que leva o público às lagrimas, como se a vida fosse uma trajetória retilínea em direção ao sucesso. Mas a vida não é assim - e este filme também não.
Este filme pegou um tema que tinha tudo para ser abordado sob a ótica do besteirol e o apresentou de maneira incrivelmente sensível, equilibrando perfeitamente os altos e baixos da vida. No início, pode parecer algo bobo, mas viver com um distúrbio desses deve ser uma verdadeira tortura.
Imaginem não poder fazer, com normalidade, mesmo as coisas mais simples. Não poder estar num espaço coletivo, não poder ir ao cinema, a um restaurante, ao velório de um amigo... não poder nem mesmo fazer uma entrevista de emprego.
Nem por isso o transformaram num dramalhão, como se a vida fosse feita só de desgraças. É um filme inspirador, engraçado, triste e edificante, tudo ao mesmo tempo. Uma verdadeira obra-prima, que vale cada segundo.
Inferno
3.2 831 Assista AgoraFraquinho. Funciona como thriller, prende a atenção e é bem movimentado, mas é apenas mais do mesmo. Pra quem espera um filme provocador e que levante grandes questões como em O Código Da Vinci, certamente vai ser uma decepção, pois Inferno está mais para cine pipoca mesmo.
Filth: O Nome da Ambição
3.7 487 Assista AgoraPara quem curte personagens ricamente construídos, esse filme é um prato cheio. A história em si não tem nada de muito impressionante, embora tenha uma montagem interessante. Filme para quem curte grandes interpretações e personagens complexos.
A Chegada
4.2 3,4K Assista AgoraPra mim, o melhor filme de 2016. Nunca tinha visto ficção científica com essa abordagem. A proposta de que
o que não pode ser dito não pode ser pensado
se eu pudesse dizer coisas que não sei dizer, conseguiria pensar em coisas que não consigo pensar
"Hipótese de Sapir-Whorf"
como eu poderia me valer do resultado de uma coisa que eu não fiz para poder usar essa informação para fazer a coisa pela primeira vez? Em outras palavras: a boa e velha hipótese do avô.
No Escuro da Floresta
3.1 191 Assista AgoraQUASE. Embora a maioria do pessoal tenha dado destaque para a relação entre as irmãs (que, de fato, é um ponto positivo do filme), o que achei mais interessante foi o fato de chamar a atenção para o quanto somos dependentes da tecnologia para sobreviver e o quão são frágeis as bases que mantêm nossa sociedade razoavelmente organizada. É uma proposta crível de apocalipse, algo que poderia realmente acontecer e sem os apelos típicos desse tipo de produção. Entretanto, o filme peca pelo ritmo arrastado demais e por ficar nesse limbo entre drama e filme de sobrevivência. Quem curte filmes catástrofe fica num estado nervoso ao ver a série de decisões estúpidas que elas tomam. Destaque para a chocante cena de violência contra a mulher, mas, poderia ter entregado muito ao expectador, porque a ideia é realmente muito boa, o desenvolvimento é que não foi lá essas coisas.
Como Eu Era Antes de Você
3.7 2,3K Assista AgoraPara quem espera ver uma Emilia Clarke triunfante, é melhor baixar as expectativas... Foi uma escolha infeliz para uma atriz que tem muito potencial e recebeu uma personagem boba com a qual ela não soube direito o que fazer. Atuação pouco convincente, com uma personagem igualmente improvável. Sam Claflin rouba a cena interpretando Will, embora o personagem seja apenas mais um cara amargurado pelos reveses da vida, tema já exaustivamente explorado pelo cinema. Vale como passatempo e até tem alguns pontos altos, mas a única coisa que justifica tanto alvoroço em torno do filme é o nome de Emilia Clarke nos cartazes. Não foi dessa vez que se livrou de Daenerys. Aliás, poucos atores se libertam de personagens tão grandiosos (ao contrário do elenco da saga Crepúsculo, que se saiu tão mal a ponto de que todos os seus trabalhos posteriores foram melhores do que aquele...kkkk).
Deuses do Egito
2.6 719 Assista AgoraPra quem curte efeitos especiais, esse filme é um prato cheio. É uma espécie de mistura entre A Múmia e Transformers... Em termos de conteúdo histórico e mitologia faz um sarapatel danado, que mais se aproxima de Alienígenas do Passado do que de qualquer outra coisa. Ainda assim, vale muito como entretenimento e é visualmente muito, muito caprichado mesmo. Destaque para a imponente figura de Anúbis. Vale lembrar que nem todo filme precisa ser cult para ser bom.