Foi menos pior do que eu esperava, mas, ainda assim, bem medíocre. O que realmente salva é o carisma e a química do casal principal - e amei que o Nicholas não está com cara de dor de barriga quando é emotivo, como foi no filme Vermelho... blá blá. Ambos estão muito bons em seus respectivos papeis. Para a maior boy band do mundo, essa bandinha é bem xexelenta. Quem vai se apresentar de casaco de moletom? Não tem coreografia, não tem uma música animada. As músicas não foram terríveis, mas eles nunca passaram a vibe de boy band, como Red com seu 4*Town, por exemplo. O próprio filme trata boy bands como um tipo inferior de artistas, o que é bem idiota. Achei todo o dilema do casal tolo e irrealista. Claro que a mídia e as fãs adolescentes histéricas iriam fazer um inferno, mas... pais adultos, com emprego e contas pra pagar? Eu não sou ligada em nenhum tabloide e tô pouco me fodendo pra vida de famosos, mas não sei se ia chegar a ser do jeito que foi. Além disso, quem olharia para a Anne Hathaway e a chamaria de velha e a diminuiriam? Essa mulher tá melhor do que eu com meus 28. Sendo uma leitora ávida de romances, não consigo mais me conectar com filmes de romance, já que tudo é muito instantâneo. Gosto dos detalhes, de saber como eles chegaram de um ponto a outro. Coisa que esse filme não mostra. Do nada ele brota interessado nela, do nada ela se abre sobre sua vida, do nada estão viajando juntos e estão apaixonados. Não consegui comprar. E no fim das contas é um romance mais triste do que satisfatório.
A mulher decide abrir mão do relacionamento pela filha, o que fez sentido na narrativa. Porém, a mulher, que já é tratada como uma velha decrépita solitária e infeliz, deixa as críticas lhe afetarem e a deixarem miserável como se ela estivesse cometendo um crime. Devia era botar um "She Wolf" da Shakira e esfregar o novinho na cara de todo mundo, sem medo nem vergonha de ser feliz.
Baseado no livro “Erasure” de 2001, “American Fiction” é ainda mais atual hoje do que nos anos 2000. Ele apresenta uma crítica franca e nada sutil à sociedade, especialmente à elite cultural e acadêmica, que tende a enaltecer e idolatrar uma representação estereotipada do negro. Esta representação limitada abraça apenas o negro sofredor, pobre, inculto e ligado ao crime. Qualquer desvio dessa narrativa é reconhecido como não sendo “negro o bastante". Seria maravilhoso dizer que isso faz parte apenas da cultura americana, mas o Brasil, que adora reproduzir o que há de pior dos EUA, não está muito atrás. Aliás, a elite carioca ama lançar filmes nacionais que glorificam nossa miséria, nossas favelas, nossa criminalidade, perpetuando uma imagem distorcida do Brasil para o mundo. Essas representações não refletem verdadeiramente quem somos, mas são amplamente disseminadas, moldando percepções equivocadas sobre o país. Foi inevitável não criar esse paralelo. O longa, que está concorrendo ao Oscar, satiriza a própria premiação enquanto expõe a hipocrisia da academia, que tende a lembrar-se de obras com protagonistas negros apenas quando estas seguem um padrão predefinido. Bastar lembrar do caso de “Moonlight”, que retrata um homem negro, gay e pobre que se envolve no crime por falta de alternativas, sendo oprimido pela polícia. Ou seja, a narrativa perfeita para ganhar como o Melhor Filme e provar que a academia não é preconceituosa. A obra em si é perfeita quanto toca no ponto principal. É visível quem o filme está buscando criticar. É só lembrar quem costuma trata os negros como seres adestrados, taxando-os de “capitães do mato” ou desqualificando-os com frases como “você não é negro de verdade” quando se opõem as expectativas sobre como um negro deve se comportar, agir ou falar. Entretanto, a trama acaba vagando sem rumo no restante do tempo, abordando muitos temas sem se aprofundar em nenhum deles, o que é uma tendência que venho observando em muitos filmes recentes e que me incomoda. Também esperei pelo grande momento do Sterling K. Brown, que tem sido ostensivamente elogiado, mas não vi nada memorável. Nem gostei muito de seu personagem. Tenho aversão àqueles que mentem e traem, independentemente de qual seja a razão, e ele me pareceu egoísta e displicente. “American Fiction” é uma carta aberta contra o preconceito disfarçado de representatividade que permeia a mídia, a política, o entretenimento geral e a mente de pessoas racistas que constantemente fingem se importar com a causa negra, mas não querem, de fato, ouvir qualquer discordância de um negro. Isso é exemplificado em vários momentos, como na guria do cabelo colorido reclamando na sala de aula ou no grupo de críticos que juram querer dar voz aos negros enquanto ignoram as opiniões dos únicos negros na sala. Porém, ele não é raso ao ponto de se limitar a criticar apenas os brancos, mas também os negros que compactuam e fomentam esse tipo de modelo apreciado por “Senhoritas Morello” ao redor do mundo. Apesar de não ser perfeito, abre um ótimo espaço para o debate.
P.S.: Uma crítica sobre o tema pode ser vista, por exemplo, na comédia de 2003, “Sequestro em Malibu”. Lá, dois atores negros reclamam da falta de oportunidade para testes em papeis que não envolvessem negros analfabetos e de gangue. E isso me lembrou também de um youtuber falando que achou “curioso” um homem negro dono de uma mansão, afirmando não ser algo plausível (em um filme com gente que voa).
Seu ponto mais forte é o fato da Netflix ter dado espaço para um filme do gênero coexistir em meio às suas produções com vieses bastante óbvios. Porém, como filme, achei o roteiro um tanto bagunçado, querendo fazer muitas críticas e sendo muito raso em todas. Como comédia, peca muito. Eu esperei bastante depois de ver alguns trechos no YouTube, mas o humor é muito diluído, não sei se por ser mal escrito ou por reclamar do politicamente correto de forma muito amena. Ele trás pontos muito bons, e acho positivo criticar tanto os mimizentos quanto os tiozões que chamam tudo de mimimi. Entretanto, ele poderia pegar mais pesado, tocar mesmo na ferida e cuspir uns fatos. Mas se acovarda.
O final é meio broxante, mas gostei da evolução do protagonista. Só acho que os outros dois mereciam ter suas histórias contadas de forma mais aprofundada. Principalmente o cara que vai ser pai por acidente. Seu dilema e comportamentos ficaram muito avulsos.
No geral, vale a pena pelo fato de ser algo um tanto diferente diante de um cinema tão homogêneo quanto o de Hollywood. Mas, infelizmente, é bem esquecível.
Apesar de amar as animações da DreamWorks, só tive a curiosidade de assisti-lo agora. É uma animação muito bem feita (como sempre), com uma boa história sobre superar as expectativas e ir atrás dos sonhos. Porém, comparado a outros clássicos, como Shrek ou Megamente, ele é só okay. Tem um bom protagonista, mas o vilão é fraquíssimo (apesar de sua cena fugindo da prisão ser incrível) e os coadjuvantes não são memoráveis. Valeu assistir, mas não me marcou.
P.S.: Eu não fazia ideia da quantidade de gente foda que dubla originalmente, com exceção do Jack Black. E a versão do CeeLo Gree do Kung Fu Fighting tá bem gostosinha de ouvir.
Eu lembrava que o Dennis do filme era mais chato do que o da série animada, mas revendo hoje... Coitado do Sr. Wilson. Não é a toa que o título original é "Dennis: A Ameaça".
O filme é produzido e escrito pelo John Hughes, que também produz e roteiriza Esqueceram de Mim. Porém, enquanto no filme de 1990 conseguimos sentir simpatia por Kevin, é impossível sentir o mesmo pelo Dennis. O Dennis da animação é uma criança encrenqueira mas bem intencionada. O Dennis do filme é insuportável e faz merda por necessidade. O menino não consegue aquietar a bunda em um banco sem ter um surto. Inclusive isso é enfatizado com diversos momentos onde o guri está com a mão coçando para fazer besteira. Sua ingenuidade pode muito ser confundida com pura estupidez, mas outras vezes soa como puro sadismo. E não dá para não morrer de dó do pobre Sr. Wilson que não tem um segundo de paz. Quando criança já tinha pena do velho. Hoje, velha igual, minha simpatia é ainda maior. O personagem do Lloyd acaba sendo bem avulso na trama, porém, serve para termos o único momento de utilidade do Dennis. Dennis que é mais competente do que a polícia, aparentemente.
Mesmo sendo um clássico da Sessão da Tarde reprisado tantas vezes quanto A Lagoa Azul, nunca havia parado para assisti-lo. Resolvi ver ontem e foi uma experiência divertida. É um filme datado, bem cara de anos 90, mas com uma trama divertida que vai além das armadilhas engenhosas de uma criança contra uma dupla de criminosos.
P.S.: Coitado do Kevin. Vivia sendo ofendido e maltratado de graça. Com uma família dessa, eu também ia querer ficar sozinha.
O todo é divertidinho, mas acabou sendo mais fraco e menos ousado do que eu esperava, me rendendo uma ou duas risadinhas. A trama parece um tanto picotada, às vezes trazendo algo meio do nada ou apressando situações, como se houvesse uma parte que estava faltando e não vimos.
Um bom exemplo é o fato do Percy, isolado e meio romântico, aceitar ir à uma festa e, em questão de minutos, já estar na cama, seminu, com uma garota. As coisas soam rápidas demais, e a cena da Maddie entrando parece que deveria ser maior para dar tempo dessa situação fazer mais sentido. É como se uma parte bem maior tivesse sido descartada na edição.
O roteiro também começa com umas piadas e não finaliza, dando em nada no final, como os jovens meio que tentando cancelar a Maddie ou a posterior confusão que rolou, foi gravada, mas não teve consequência.
Acho que nas mãos dos roteiristas de Superbad, por exemplo, poderia render uma comédia melhor. Entretanto, foi um bom passatempo que esquecerei em menos de uma semana.
P.S.: A Jennifer Lawrence está lindíssima, e adorei cada modelito que ela usou. P.S. 2: Por mais "chocante" que seja a cena da praia, ela foi legalzinha, mas poderia ter sido mais engraçada.
Os primeiros minutos foram definitivos para resumir o que é este filme. O casal começa falando mal um do outro sem qualquer introdução anterior deles e por pura picuinha injustificada. Logo depois, os dois protagonizam uma cena breguíssima e sem graça envolvendo um bolo gigante. E então vamos aos créditos com o clichê "Bad Reputation" da Joan Jett. Um romance de quase 400 páginas foi resumido em 2h de uma trama corrida e, ao mesmo tempo, com nada acontecendo. Alex e Henry não têm uma boa razão para se "detestarem", e isso é simplesmente jogado. A amizade é igualmente mal desenvolvida com ambos trocando mensagens e telefonemas rasos e tolos. Em menos de 1h os dois já estão apaixonados e fazendo sexo. Não há tempo o bastante para explorar o relação dos dois ou me fazer comprar o romance. Não houve interação suficiente para o amor deles se tornar plausível. A trama é muito corrida; o romance e todo o roteiro é raso; o fato de Alex ser um cara simples, filho de operários, que do nada tem uma mãe na presidência não é crível; os conflitos são tolos e rapidamente resolvidos; nenhum personagem secundário é relevante ou memorável; há CGI vagabundo demais o tempo todo; e eu não parava de checar quanto faltava para acabar, pois estava morrendo de tédio das piadas sem graça e da cara de constipação que o Galitzine fazia quando tentava ser emotivo. Para não dizer que só houveram coisas negativas, apesar de muito rápida, a cena de interação dos dois por telefone foi minimamente criativa, e a Zahra é uma personagem que visivelmente tinha muito potencial e foi subaproveitada. É legal que quem curta romances queer tenha opções no cinema, mas rasgar seda só por ser gay e representativo, sem se importar com a qualidade, é pedir por mais obras medíocres como essa no mercado.
Resumo: Mas um entre 3.84.293.868.765.857 de filmes banais baseado em livros.
Mais tosco e bobo que o anterior. Rende bem como comédia, pois é intankavel ver tanto adulto morrendo (mortes tosquíssimas) para um boneco. São tantas chances de fugir, tantas oportunidades perdidas de dar uma bicuda.
O maior problema é retomar uma trama que já tinha sido trazida no primeiro, tendo praticamente a mesma história.
Já havia sido estabelecido que existia um prazo para o Chuck precisar fazer o tal ritual. Prazo que já passou no primeiro longa. "Há, mas ele foi refeito, então virou um novo boneco". Então, por essa lógica, o Andy não seria mais o primeiro para quem ele se mostrou, o que torna toda a caçada ao Andy inútil.
Além disso, visivelmente ele tem mais benefícios sendo boneco do que humano: ele mata e passa despercebido; ele é rápido, pequeno e, ainda assim, forte; é imortal; e não envelhece.
A premissa de um relacionamento abusivo e de codependência entre Renfield e Drácula é muito boa. O problema é todo o resto. A parte da máfia burra e da policial exagerada não foram muito divertidas e parecia deslocada com a trama inicial. Se o foco fosse no Drácula e em sua relação de patrão x empregado com Renfield seria muito mais divertido e traria uma visão completamente nova sobre esses dois personagens. Sem contar que o Hoult e o Cage estavam bons demais para terem tão pouca interação.
De positivo, além da dupla principal, o gore e as cenas de ação estão muito boas. Tirando o fato de jorrar 15L de sangue de CGI de um corpo e os personagens saírem limpinhos.
Trama rápida, simples demais e boba demais para marcar. Uma pena, pois tinha muito potencial.
Só por ter apenas 95 minutos já o torna incrível. Mas, mesmo com nenhuma expectativa, acabou sendo só bem ok. Não ofende, mas também não marca. O que é uma tragédia diante de uma premissa tão absurda.
Os personagens são completamente estúpidos e nenhum deles dá muito interesse de se acompanhar ou torcer (tirando o detetive, pois ele cria um carinho muito fofo com a cachorrinha). As mortes não são tão legais, apesar de ter um gore bem feito, e no humor ele também não me fez rir. Para quem busca algo bem despretensioso vale a pena. Porém, não chega a ser nenhum "é tão ruim que fica bom".
Reassistindo essa belezinha que fez parte de minha adolescência e que vi e revi diversas vezes, sendo tanto fã do filme quanto do dificílimo jogo, fica mais do que claro o quão mágico ele é. Mesmo após 29 anos e já em minha velhice.
A trama é bem acelerada, nos mostrando através de diálogos e canções expositivas quem é o vilão e qual seu plano maléfico, qual o maior defeito do Simba, como tais personagens se sentem etc. Ele não dá muito tempo para desenvolver os personagens, como Timão e Pumba que aparecem do nada ou romance de Simba e Nala. PORÉM... A história permanece muito cativante. E sendo ela uma animação infantil, faz sentido de ter esse ritmo (e hoje em dia as crianças têm ainda menos paciência para filmes longos do que antes, assim como os adultos). O ritmo não prejudica em nada na narrativa ou no apego aos personagens. A animação em si é linda, com cenas marcantes que são obras de arte. O cinema na mais pura essência. As canções, todas elas, são incríveis e memoráveis. Não há nenhuma cena feita para preencher tempo, nenhuma que possa ser vista como descartável. A história é simples, mas emocionante e muito envolvente. E Mufasa é um paizão da porra! (só um desabafo).
Nunca parei para ver nenhum filme indiano por achá-los exagerados e toscos demais para serem levados a sério e por detestar musicais, mas posso dizer que gostei bastante de RRR. Ele é a epítome do cinema de Bollywood, mas nem de longe isso é algo pejorativo.
Apesar de ser muito irrealista, apesar das músicas que me tiravam da história o tempo todo (inclusive em momentos que poderiam me arrancar uma lágrima ou duas), e, acima de tudo, apesar da inexistência da física, RRR, mesmo com suas 3 horas de duração, consegue prender, divertir e emocionar. Os personagens são muito interessantes, a história é bem triste e um retrato de um passado nada distante vivido pelos países que antes eram colônias. Foi linda a amizade que se forma entre a dupla aparentemente oposta, suas lutas e suas crenças. Mesmo a animada canção ganhadora do Oscar, Naatu Naatu, mostra a luta desse povo. É legal ver que um negro acaba sendo um aliado na canção por seu povo também ter sido oprimido pelos britânicos.
Realmente foi um filme que assisti por esperar cenas toscas o bastante para me fazerem rir, mas acabei ficando apreensiva e torcendo pela dupla principal. Além de todas as qualidades já ditas, tenho que dizer que achei alguns takes muito interessantes e bonitos, mesmo com os exageros. Alguns chegam a ser épicos. A direção acerta muito também no slow motion, que nas mãos de certos diretores poderiam soar presunçosos e desnecessários, mas aqui são belos e funcionais para a narrativa.
P.S.: E esse Ram Charan, hem...? Mesmo quando ele parecia um cuzão, eu não parava de achá-lo lindo. Nem aquele bigondin estraga.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo é o filme que mais hypei desde Ultimato. Por conta disso, esperei todo frisson da estreia passar, esperei os canais pararem de falar sobre, e agora, com seu aparecimento no Prime Video, resolvi finalmente assistir. Ele tem a cara dos tipos de filmes que adoro. Filmes insanos, filmes nonsense, filmes exagerados. Porém, não sei se o hype foi a causa da minha experiência não ter sido tão divertida.
Não entendi o porquê do ódio gratuito que ele está recebendo agora. Não vejo qualquer sentido em alguém levar o Oscar a sério depois de filmes como Shakespeare Apaixonado ou CODA. Mas, falando do que realmente importa, por mais que eu tenha gostado do todo, ele não deixa de soar meio pretensioso demais. Tem o multiverso e a maioria das coisas é confusa demais para fazer sentido vendo-o pela primeira vez. Isso faz muita gente já amar de graça. Mas, no cerne da trama, tudo é muito básico e formulaico.
A mãe não está satisfeita com sua vida e acaba fazendo marido e filha infelizes junto com ela. E toda a motivação da vilã é o fato de não se sentir aceita, então busca afeto e aceitação. Quando encontra, tudo acaba.
É tão... blé. Tem suas nojeiras, tem seus exageros, tem suas bizarrices, tem ótimas atuações, personagens carismáticos (principalmente meu pobre Waymond), tem boas cenas de ação, tem muita falta de sentido, mas senti que faltava algo.
Gostei, mas infelizmente não dei nota máxima e favoritei como esperava. Creio que daqui a um tempo nem lembrarei mais dele.
É do Mike Flanagan, o que me surpreendeu, já que ele geralmente trás uns filminhos até bacanas de se ver, além de bem dirigidos. Mas Ouija é o genérico do genérico. A coisa mais assustadora é a qualidade podre do CGI. Mesmo os mais covardes podem sair do filme toda vez que algum (d)efeito "especial" entra em cena. Sem contar na trama chinfrim e o final que mais causa risos do que tensão. Se busca algo tosco (mas não do tão tosco que diverte), pode ir sem medo. Minha nota só não foi pior pelo fato de não ter me feito querer dormir.
O primeiro ainda era divertido, mas esse só foi estúpido. Um morre e não morre, um roteiro cheio de conveniências e duas versões completamente diferentes do mesmo filme (e eu não faço ideia de qual seja a oficial ou qual consegue ser pior).
Na primeira versão que vi, dublada e com um início duramente entediante,
Claire (vulgo, A Órfã) é a criadora das escape rooms. Ela fica trancafiada enquanto seu pai a obriga a criar as salas e Sonya era sua mãe. Claire acaba pedindo ajuda da Zoey para resolver o puzzle de sua "cela", mas o ""grande"" plot twist é que ela é uma psicopata que quer fazer as rooms sozinha. Já a Minos quer matar a Zoey por ela tentar os expor.
Amanda está viva e Sonya é sua filha. Cada escape room foi feito pela própria Amanda que se viu obrigada a fazer parte da Minos após sequestrarem sua filha. Por alguma razão inexplicável essa mega organização maligna mata a maioria, mas quer obrigar outros sobreviventes a fazerem parte da equipe, e agora eles querem a Zoey.
O que muda é o início e o final, mas é uma baita mudança. A única coisa que se mantém é o fato da chata da Zoey ter um complexo de mártir e o gado do Ben ficar atrás dela como um cachorro. Sua única e exclusiva motivação para continuar nesse segundo filme é que ele está a fim dela e, portanto, Ben se jogaria em mais uma sala mortal por ela. Não há nenhum personagem interessante ou que valha a pena se torcer. As escape rooms são mais ou menos, mas não se comparam a do anterior. Mesmo o primeiro sendo repleto de personagens estereotipados e com um roteiro que é uma imitação chinfrim de Jogos Mortais, ele ainda é bem melhor e bem menos viajado. Essa continuação, para mim, não vale a pena.
P.S.: Seria deveras interessante um escape room só com influencers...
Reassistido após quase 9 anos, continua tão divertido quanto na primeira vez. O longa não se leva à sério em nenhum momento; a dupla principal é carismática e tem muita química; o humor funciona em grande parte do tempo; as cenas de humor e ação são muito bem dirigidas e equilibradas; a nova dinâmica dos personagens invertendo os papéis na escola rende uma boa trama... Ou seja, só alegria! Se você curte algo no estilo Superbad, vai gostar.
P.S.: Que curioso ver a Brie Larson sorridente e fofa antes de se tornar esse ser insuportável que é hoje.
Aquele tipo de filme que não existe propósito algum para ter continuação. O primeiro é infinitamente mais fofo, mais divertido e interessante. Esse chega a ser meio esquizofrênico de tão absurdo, enquanto o primeiro nos fazia crer que tudo fazia parte da imaginação fértil do Tim (Tim que continua tão infantil adulto quanto como era quando criança). Além de ser muito cansativo. É aquele tipo de história tão ruim que parece não ter fim. "Assisti" sem conseguir me prender nem por um instante na trama.
Quando procuro ver esse tipo de longa, não busco nada além de entretenimento fácil. M3gan trás exatamente isso. Não é terror, não é suspense, não é comédia. É só um bagulho mainstream curioso e divertido. Me lembrou o mais recente filme do Chucky, só que com menos mortes. A boneca M3gan ficou muito boa, ela é aquele tipo de boneca que faria sentido fazer sucesso e ser comprada (diferente da horrenda Annabelle) e acredito que vai demorar para ficar datada.
Mais um filme para a coleção fetichista de bonecos do James Wan.
Não me recordo do primeiro, porém, me diverti muito com esse segundo até os minutos finais. Não sei se ele é tão divertido no áudio original, mas a dublagem nacional está de parabéns. As piadas adaptadas funcionam sem parecerem forçadas, incluindo até muito sotaque e personalidade aos personagens. O Dennis é um show de fofura, e a relação super amorosa entre ele e o vô Drácula é o ponto alto do filme. Entretanto, todavia... A animação passa 79 minutos transmitindo uma mensagem que acaba sendo meio que jogada no lixo nos 10 minutos finais.
Drácula tem certeza de que Dennis é vampiro e só precisa de um empurrãozinho (ou simplesmente arremessar ele a vários metros de distância do chão) para suas presas apontarem. Dennis sofre bullying e se sente inferior entre os humanos imbecis por não ser um monstro, enquanto sua mãe se sente deslocada fora da Transilvânia. No final, Drácula aceita que seu neto é humano e desiste de tentar mudá-lo. E Mavis descobre que seu lugar e o de seu filho é ao lado de seres que o aceitam e o amam como ele é, mesmo que não seja um monstro, certo? Errado! O que a faz decidir continuar na Transilvânia é o fato de que Dennis É um vampiro afinal. Foda-se a história da aceitação! Dennis se mostra um vampiro prodígio ultramegapower foderoso, rola lutinha final em família... Esse final estragou o filme completamente para mim.
The Voyeurs é um show de absurdos, no melhor estilo. Uma simples olhada para o apartamento vizinho se transforma em uma trama cheia de "eita atrás de eita". Pippa é a personagem mais asquerosa do longa e seu final é enfurecedor.
Por mais que eu achasse exagerada a atitude do Thomas de terminar apenas por ela ter contado sobre a "traição" (afinal, "não atire no mensageiro"), Pippa foi até o fim com sua obsessão por Sebastian, mesmo crendo que a mulher estava morta. Foi nojento. E nem após a morte de seu namorado ela deixa de correr atrás do suposto viúvo. E ela ainda paga de coitada no final? Isso foi absurdamente patético, errado e passa a mensagem de que está okay você ser um FDP de vez em quando (ela estava solteira afinal! Tem todo o direito de fazer merda). O único inocente foi o único que realmente se fodeu.
A trama é intrigante e envolvente, isso é inegável. Os plot twists não me surpreenderam, pois já esperava algo absurdo.
Exceto pela morte do Thomas. Aquilo foi imprevisível para mim.
Portanto, o que realmente me fez não apreciá-lo tanto foi seu final que, além de viajado, transforma Pippa em uma vítima. Mas foi um ótimo entretenimento barato, com certeza.
Aftersun é o resgate de memórias de uma filha sobre seu pai. Memórias de uma jovem Sophie anos mais tarde tentando decifrar os sinais que estavam lá, mas que ela não viu. Tentando reconhecê-lo e desvendá-lo com um olhar agora maduro e experiente.
As atuações e a química entre a dupla principal é simplesmente fantástica. A relação entre pai e filha é singela, honesta, descontraída, envolvente.
Acredito que esse filme também tenha uma das melhores representações da depressão.
Paul Mescal está sensacional nos momentos mais alegre, mas, especialmente, quando ele precisa dizer muito sem palavras. Nos momentos de maior angustia e vazio de seu personagem. Ambos atores merecem destaque e muitos prêmios por suas atuações.
Apesar de parecer muito simples, a diretora e também roteirista fez um trabalho intimista e ao mesmo tempo grandioso. Não o considero perfeito, mas é longe de ser um tempo desperdiçado.
Uma Ideia de Você
3.2 274 Assista AgoraFoi menos pior do que eu esperava, mas, ainda assim, bem medíocre. O que realmente salva é o carisma e a química do casal principal - e amei que o Nicholas não está com cara de dor de barriga quando é emotivo, como foi no filme Vermelho... blá blá. Ambos estão muito bons em seus respectivos papeis.
Para a maior boy band do mundo, essa bandinha é bem xexelenta. Quem vai se apresentar de casaco de moletom? Não tem coreografia, não tem uma música animada. As músicas não foram terríveis, mas eles nunca passaram a vibe de boy band, como Red com seu 4*Town, por exemplo. O próprio filme trata boy bands como um tipo inferior de artistas, o que é bem idiota.
Achei todo o dilema do casal tolo e irrealista. Claro que a mídia e as fãs adolescentes histéricas iriam fazer um inferno, mas... pais adultos, com emprego e contas pra pagar? Eu não sou ligada em nenhum tabloide e tô pouco me fodendo pra vida de famosos, mas não sei se ia chegar a ser do jeito que foi. Além disso, quem olharia para a Anne Hathaway e a chamaria de velha e a diminuiriam? Essa mulher tá melhor do que eu com meus 28.
Sendo uma leitora ávida de romances, não consigo mais me conectar com filmes de romance, já que tudo é muito instantâneo. Gosto dos detalhes, de saber como eles chegaram de um ponto a outro. Coisa que esse filme não mostra. Do nada ele brota interessado nela, do nada ela se abre sobre sua vida, do nada estão viajando juntos e estão apaixonados. Não consegui comprar. E no fim das contas é um romance mais triste do que satisfatório.
A mulher decide abrir mão do relacionamento pela filha, o que fez sentido na narrativa. Porém, a mulher, que já é tratada como uma velha decrépita solitária e infeliz, deixa as críticas lhe afetarem e a deixarem miserável como se ela estivesse cometendo um crime. Devia era botar um "She Wolf" da Shakira e esfregar o novinho na cara de todo mundo, sem medo nem vergonha de ser feliz.
Bom, fico feliz de não ter pegado o livro.
Madame Teia
2.1 239 Assista AgoraSe nem quem participou quer assistir ou defender, quem sou eu para fazer o contrário?
Ficção Americana
3.8 375 Assista AgoraBaseado no livro “Erasure” de 2001, “American Fiction” é ainda mais atual hoje do que nos anos 2000. Ele apresenta uma crítica franca e nada sutil à sociedade, especialmente à elite cultural e acadêmica, que tende a enaltecer e idolatrar uma representação estereotipada do negro. Esta representação limitada abraça apenas o negro sofredor, pobre, inculto e ligado ao crime. Qualquer desvio dessa narrativa é reconhecido como não sendo “negro o bastante".
Seria maravilhoso dizer que isso faz parte apenas da cultura americana, mas o Brasil, que adora reproduzir o que há de pior dos EUA, não está muito atrás. Aliás, a elite carioca ama lançar filmes nacionais que glorificam nossa miséria, nossas favelas, nossa criminalidade, perpetuando uma imagem distorcida do Brasil para o mundo. Essas representações não refletem verdadeiramente quem somos, mas são amplamente disseminadas, moldando percepções equivocadas sobre o país. Foi inevitável não criar esse paralelo.
O longa, que está concorrendo ao Oscar, satiriza a própria premiação enquanto expõe a hipocrisia da academia, que tende a lembrar-se de obras com protagonistas negros apenas quando estas seguem um padrão predefinido. Bastar lembrar do caso de “Moonlight”, que retrata um homem negro, gay e pobre que se envolve no crime por falta de alternativas, sendo oprimido pela polícia. Ou seja, a narrativa perfeita para ganhar como o Melhor Filme e provar que a academia não é preconceituosa.
A obra em si é perfeita quanto toca no ponto principal. É visível quem o filme está buscando criticar. É só lembrar quem costuma trata os negros como seres adestrados, taxando-os de “capitães do mato” ou desqualificando-os com frases como “você não é negro de verdade” quando se opõem as expectativas sobre como um negro deve se comportar, agir ou falar. Entretanto, a trama acaba vagando sem rumo no restante do tempo, abordando muitos temas sem se aprofundar em nenhum deles, o que é uma tendência que venho observando em muitos filmes recentes e que me incomoda. Também esperei pelo grande momento do Sterling K. Brown, que tem sido ostensivamente elogiado, mas não vi nada memorável. Nem gostei muito de seu personagem. Tenho aversão àqueles que mentem e traem, independentemente de qual seja a razão, e ele me pareceu egoísta e displicente.
“American Fiction” é uma carta aberta contra o preconceito disfarçado de representatividade que permeia a mídia, a política, o entretenimento geral e a mente de pessoas racistas que constantemente fingem se importar com a causa negra, mas não querem, de fato, ouvir qualquer discordância de um negro. Isso é exemplificado em vários momentos, como na guria do cabelo colorido reclamando na sala de aula ou no grupo de críticos que juram querer dar voz aos negros enquanto ignoram as opiniões dos únicos negros na sala. Porém, ele não é raso ao ponto de se limitar a criticar apenas os brancos, mas também os negros que compactuam e fomentam esse tipo de modelo apreciado por “Senhoritas Morello” ao redor do mundo. Apesar de não ser perfeito, abre um ótimo espaço para o debate.
P.S.: Uma crítica sobre o tema pode ser vista, por exemplo, na comédia de 2003, “Sequestro em Malibu”. Lá, dois atores negros reclamam da falta de oportunidade para testes em papeis que não envolvessem negros analfabetos e de gangue. E isso me lembrou também de um youtuber falando que achou “curioso” um homem negro dono de uma mansão, afirmando não ser algo plausível (em um filme com gente que voa).
Tiozões
2.9 61 Assista AgoraSeu ponto mais forte é o fato da Netflix ter dado espaço para um filme do gênero coexistir em meio às suas produções com vieses bastante óbvios. Porém, como filme, achei o roteiro um tanto bagunçado, querendo fazer muitas críticas e sendo muito raso em todas.
Como comédia, peca muito. Eu esperei bastante depois de ver alguns trechos no YouTube, mas o humor é muito diluído, não sei se por ser mal escrito ou por reclamar do politicamente correto de forma muito amena. Ele trás pontos muito bons, e acho positivo criticar tanto os mimizentos quanto os tiozões que chamam tudo de mimimi. Entretanto, ele poderia pegar mais pesado, tocar mesmo na ferida e cuspir uns fatos. Mas se acovarda.
O final é meio broxante, mas gostei da evolução do protagonista. Só acho que os outros dois mereciam ter suas histórias contadas de forma mais aprofundada. Principalmente o cara que vai ser pai por acidente. Seu dilema e comportamentos ficaram muito avulsos.
No geral, vale a pena pelo fato de ser algo um tanto diferente diante de um cinema tão homogêneo quanto o de Hollywood. Mas, infelizmente, é bem esquecível.
Kung Fu Panda
3.5 804 Assista AgoraApesar de amar as animações da DreamWorks, só tive a curiosidade de assisti-lo agora. É uma animação muito bem feita (como sempre), com uma boa história sobre superar as expectativas e ir atrás dos sonhos. Porém, comparado a outros clássicos, como Shrek ou Megamente, ele é só okay. Tem um bom protagonista, mas o vilão é fraquíssimo (apesar de sua cena fugindo da prisão ser incrível) e os coadjuvantes não são memoráveis. Valeu assistir, mas não me marcou.
P.S.: Eu não fazia ideia da quantidade de gente foda que dubla originalmente, com exceção do Jack Black. E a versão do CeeLo Gree do Kung Fu Fighting tá bem gostosinha de ouvir.
Dennis: O Pimentinha
2.7 439Eu lembrava que o Dennis do filme era mais chato do que o da série animada, mas revendo hoje... Coitado do Sr. Wilson. Não é a toa que o título original é "Dennis: A Ameaça".
O filme é produzido e escrito pelo John Hughes, que também produz e roteiriza Esqueceram de Mim. Porém, enquanto no filme de 1990 conseguimos sentir simpatia por Kevin, é impossível sentir o mesmo pelo Dennis. O Dennis da animação é uma criança encrenqueira mas bem intencionada. O Dennis do filme é insuportável e faz merda por necessidade. O menino não consegue aquietar a bunda em um banco sem ter um surto. Inclusive isso é enfatizado com diversos momentos onde o guri está com a mão coçando para fazer besteira. Sua ingenuidade pode muito ser confundida com pura estupidez, mas outras vezes soa como puro sadismo. E não dá para não morrer de dó do pobre Sr. Wilson que não tem um segundo de paz. Quando criança já tinha pena do velho. Hoje, velha igual, minha simpatia é ainda maior.
O personagem do Lloyd acaba sendo bem avulso na trama, porém, serve para termos o único momento de utilidade do Dennis. Dennis que é mais competente do que a polícia, aparentemente.
Esqueceram de Mim
3.5 1,3K Assista AgoraMesmo sendo um clássico da Sessão da Tarde reprisado tantas vezes quanto A Lagoa Azul, nunca havia parado para assisti-lo. Resolvi ver ontem e foi uma experiência divertida. É um filme datado, bem cara de anos 90, mas com uma trama divertida que vai além das armadilhas engenhosas de uma criança contra uma dupla de criminosos.
P.S.: Coitado do Kevin. Vivia sendo ofendido e maltratado de graça. Com uma família dessa, eu também ia querer ficar sozinha.
Que Horas Eu Te Pego?
3.3 494O todo é divertidinho, mas acabou sendo mais fraco e menos ousado do que eu esperava, me rendendo uma ou duas risadinhas. A trama parece um tanto picotada, às vezes trazendo algo meio do nada ou apressando situações, como se houvesse uma parte que estava faltando e não vimos.
Um bom exemplo é o fato do Percy, isolado e meio romântico, aceitar ir à uma festa e, em questão de minutos, já estar na cama, seminu, com uma garota. As coisas soam rápidas demais, e a cena da Maddie entrando parece que deveria ser maior para dar tempo dessa situação fazer mais sentido. É como se uma parte bem maior tivesse sido descartada na edição.
O roteiro também começa com umas piadas e não finaliza, dando em nada no final, como os jovens meio que tentando cancelar a Maddie ou a posterior confusão que rolou, foi gravada, mas não teve consequência.
Acho que nas mãos dos roteiristas de Superbad, por exemplo, poderia render uma comédia melhor. Entretanto, foi um bom passatempo que esquecerei em menos de uma semana.
P.S.: A Jennifer Lawrence está lindíssima, e adorei cada modelito que ela usou.
P.S. 2: Por mais "chocante" que seja a cena da praia, ela foi legalzinha, mas poderia ter sido mais engraçada.
É óbvio que a Jennifer não iria se rebaixar para aparecer peladona em um filme desse naipe, mas o choque foi o que fez essa situação ser memorável.
Vermelho, Branco e Sangue Azul
3.6 301 Assista AgoraOs primeiros minutos foram definitivos para resumir o que é este filme. O casal começa falando mal um do outro sem qualquer introdução anterior deles e por pura picuinha injustificada. Logo depois, os dois protagonizam uma cena breguíssima e sem graça envolvendo um bolo gigante. E então vamos aos créditos com o clichê "Bad Reputation" da Joan Jett.
Um romance de quase 400 páginas foi resumido em 2h de uma trama corrida e, ao mesmo tempo, com nada acontecendo. Alex e Henry não têm uma boa razão para se "detestarem", e isso é simplesmente jogado. A amizade é igualmente mal desenvolvida com ambos trocando mensagens e telefonemas rasos e tolos. Em menos de 1h os dois já estão apaixonados e fazendo sexo. Não há tempo o bastante para explorar o relação dos dois ou me fazer comprar o romance. Não houve interação suficiente para o amor deles se tornar plausível.
A trama é muito corrida; o romance e todo o roteiro é raso; o fato de Alex ser um cara simples, filho de operários, que do nada tem uma mãe na presidência não é crível; os conflitos são tolos e rapidamente resolvidos; nenhum personagem secundário é relevante ou memorável; há CGI vagabundo demais o tempo todo; e eu não parava de checar quanto faltava para acabar, pois estava morrendo de tédio das piadas sem graça e da cara de constipação que o Galitzine fazia quando tentava ser emotivo.
Para não dizer que só houveram coisas negativas, apesar de muito rápida, a cena de interação dos dois por telefone foi minimamente criativa, e a Zahra é uma personagem que visivelmente tinha muito potencial e foi subaproveitada. É legal que quem curta romances queer tenha opções no cinema, mas rasgar seda só por ser gay e representativo, sem se importar com a qualidade, é pedir por mais obras medíocres como essa no mercado.
Resumo: Mas um entre 3.84.293.868.765.857 de filmes banais baseado em livros.
Brinquedo Assassino 2
3.1 456 Assista AgoraMais tosco e bobo que o anterior. Rende bem como comédia, pois é intankavel ver tanto adulto morrendo (mortes tosquíssimas) para um boneco. São tantas chances de fugir, tantas oportunidades perdidas de dar uma bicuda.
O maior problema é retomar uma trama que já tinha sido trazida no primeiro, tendo praticamente a mesma história.
Já havia sido estabelecido que existia um prazo para o Chuck precisar fazer o tal ritual. Prazo que já passou no primeiro longa. "Há, mas ele foi refeito, então virou um novo boneco". Então, por essa lógica, o Andy não seria mais o primeiro para quem ele se mostrou, o que torna toda a caçada ao Andy inútil.
Além disso, visivelmente ele tem mais benefícios sendo boneco do que humano: ele mata e passa despercebido; ele é rápido, pequeno e, ainda assim, forte; é imortal; e não envelhece.
Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes
3.7 345 Assista AgoraVish. (Praticamente) todo mundo odiou o livro. Aposto que teremos mais uma bomba para estragar uma franquia que só tinha filme bom.
Renfield - Dando o Sangue Pelo Chefe
3.2 251 Assista AgoraA premissa de um relacionamento abusivo e de codependência entre Renfield e Drácula é muito boa. O problema é todo o resto. A parte da máfia burra e da policial exagerada não foram muito divertidas e parecia deslocada com a trama inicial. Se o foco fosse no Drácula e em sua relação de patrão x empregado com Renfield seria muito mais divertido e traria uma visão completamente nova sobre esses dois personagens. Sem contar que o Hoult e o Cage estavam bons demais para terem tão pouca interação.
De positivo, além da dupla principal, o gore e as cenas de ação estão muito boas. Tirando o fato de jorrar 15L de sangue de CGI de um corpo e os personagens saírem limpinhos.
Trama rápida, simples demais e boba demais para marcar. Uma pena, pois tinha muito potencial.
O Urso do Pó Branco
2.9 332 Assista AgoraSó por ter apenas 95 minutos já o torna incrível. Mas, mesmo com nenhuma expectativa, acabou sendo só bem ok. Não ofende, mas também não marca. O que é uma tragédia diante de uma premissa tão absurda.
Os personagens são completamente estúpidos e nenhum deles dá muito interesse de se acompanhar ou torcer (tirando o detetive, pois ele cria um carinho muito fofo com a cachorrinha). As mortes não são tão legais, apesar de ter um gore bem feito, e no humor ele também não me fez rir.
Para quem busca algo bem despretensioso vale a pena. Porém, não chega a ser nenhum "é tão ruim que fica bom".
O Rei Leão
4.5 2,7K Assista AgoraReassistindo essa belezinha que fez parte de minha adolescência e que vi e revi diversas vezes, sendo tanto fã do filme quanto do dificílimo jogo, fica mais do que claro o quão mágico ele é. Mesmo após 29 anos e já em minha velhice.
A trama é bem acelerada, nos mostrando através de diálogos e canções expositivas quem é o vilão e qual seu plano maléfico, qual o maior defeito do Simba, como tais personagens se sentem etc. Ele não dá muito tempo para desenvolver os personagens, como Timão e Pumba que aparecem do nada ou romance de Simba e Nala. PORÉM... A história permanece muito cativante. E sendo ela uma animação infantil, faz sentido de ter esse ritmo (e hoje em dia as crianças têm ainda menos paciência para filmes longos do que antes, assim como os adultos). O ritmo não prejudica em nada na narrativa ou no apego aos personagens. A animação em si é linda, com cenas marcantes que são obras de arte. O cinema na mais pura essência. As canções, todas elas, são incríveis e memoráveis. Não há nenhuma cena feita para preencher tempo, nenhuma que possa ser vista como descartável. A história é simples, mas emocionante e muito envolvente. E Mufasa é um paizão da porra! (só um desabafo).
Obrigatório para adultos e crianças.
RRR: Revolta, Rebelião, Revolução
4.1 322 Assista AgoraNunca parei para ver nenhum filme indiano por achá-los exagerados e toscos demais para serem levados a sério e por detestar musicais, mas posso dizer que gostei bastante de RRR. Ele é a epítome do cinema de Bollywood, mas nem de longe isso é algo pejorativo.
Apesar de ser muito irrealista, apesar das músicas que me tiravam da história o tempo todo (inclusive em momentos que poderiam me arrancar uma lágrima ou duas), e, acima de tudo, apesar da inexistência da física, RRR, mesmo com suas 3 horas de duração, consegue prender, divertir e emocionar. Os personagens são muito interessantes, a história é bem triste e um retrato de um passado nada distante vivido pelos países que antes eram colônias. Foi linda a amizade que se forma entre a dupla aparentemente oposta, suas lutas e suas crenças. Mesmo a animada canção ganhadora do Oscar, Naatu Naatu, mostra a luta desse povo. É legal ver que um negro acaba sendo um aliado na canção por seu povo também ter sido oprimido pelos britânicos.
Realmente foi um filme que assisti por esperar cenas toscas o bastante para me fazerem rir, mas acabei ficando apreensiva e torcendo pela dupla principal. Além de todas as qualidades já ditas, tenho que dizer que achei alguns takes muito interessantes e bonitos, mesmo com os exageros. Alguns chegam a ser épicos. A direção acerta muito também no slow motion, que nas mãos de certos diretores poderiam soar presunçosos e desnecessários, mas aqui são belos e funcionais para a narrativa.
P.S.: E esse Ram Charan, hem...? Mesmo quando ele parecia um cuzão, eu não parava de achá-lo lindo. Nem aquele bigondin estraga.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraTudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo é o filme que mais hypei desde Ultimato. Por conta disso, esperei todo frisson da estreia passar, esperei os canais pararem de falar sobre, e agora, com seu aparecimento no Prime Video, resolvi finalmente assistir. Ele tem a cara dos tipos de filmes que adoro. Filmes insanos, filmes nonsense, filmes exagerados. Porém, não sei se o hype foi a causa da minha experiência não ter sido tão divertida.
Não entendi o porquê do ódio gratuito que ele está recebendo agora. Não vejo qualquer sentido em alguém levar o Oscar a sério depois de filmes como Shakespeare Apaixonado ou CODA. Mas, falando do que realmente importa, por mais que eu tenha gostado do todo, ele não deixa de soar meio pretensioso demais. Tem o multiverso e a maioria das coisas é confusa demais para fazer sentido vendo-o pela primeira vez. Isso faz muita gente já amar de graça. Mas, no cerne da trama, tudo é muito básico e formulaico.
A mãe não está satisfeita com sua vida e acaba fazendo marido e filha infelizes junto com ela. E toda a motivação da vilã é o fato de não se sentir aceita, então busca afeto e aceitação. Quando encontra, tudo acaba.
Gostei, mas infelizmente não dei nota máxima e favoritei como esperava. Creio que daqui a um tempo nem lembrarei mais dele.
P.S.:
Só em filme mesmo para o poder do amor e da gentileza vencer alguma coisa. Entenda Waymond, bonzinho só se fode.
Ouija: Origem do Mal
2.8 476 Assista AgoraÉ do Mike Flanagan, o que me surpreendeu, já que ele geralmente trás uns filminhos até bacanas de se ver, além de bem dirigidos. Mas Ouija é o genérico do genérico. A coisa mais assustadora é a qualidade podre do CGI. Mesmo os mais covardes podem sair do filme toda vez que algum (d)efeito "especial" entra em cena. Sem contar na trama chinfrim e o final que mais causa risos do que tensão.
Se busca algo tosco (mas não do tão tosco que diverte), pode ir sem medo. Minha nota só não foi pior pelo fato de não ter me feito querer dormir.
Escape Room 2: Tensão Máxima
2.8 357O roteiro desse foi para o cacete.
O primeiro ainda era divertido, mas esse só foi estúpido. Um morre e não morre, um roteiro cheio de conveniências e duas versões completamente diferentes do mesmo filme (e eu não faço ideia de qual seja a oficial ou qual consegue ser pior).
Na primeira versão que vi, dublada e com um início duramente entediante,
Claire (vulgo, A Órfã) é a criadora das escape rooms. Ela fica trancafiada enquanto seu pai a obriga a criar as salas e Sonya era sua mãe. Claire acaba pedindo ajuda da Zoey para resolver o puzzle de sua "cela", mas o ""grande"" plot twist é que ela é uma psicopata que quer fazer as rooms sozinha. Já a Minos quer matar a Zoey por ela tentar os expor.
Na segunda versão, legendada,
Amanda está viva e Sonya é sua filha. Cada escape room foi feito pela própria Amanda que se viu obrigada a fazer parte da Minos após sequestrarem sua filha. Por alguma razão inexplicável essa mega organização maligna mata a maioria, mas quer obrigar outros sobreviventes a fazerem parte da equipe, e agora eles querem a Zoey.
O que muda é o início e o final, mas é uma baita mudança. A única coisa que se mantém é o fato da chata da Zoey ter um complexo de mártir e o gado do Ben ficar atrás dela como um cachorro. Sua única e exclusiva motivação para continuar nesse segundo filme é que ele está a fim dela e, portanto, Ben se jogaria em mais uma sala mortal por ela.
Não há nenhum personagem interessante ou que valha a pena se torcer. As escape rooms são mais ou menos, mas não se comparam a do anterior. Mesmo o primeiro sendo repleto de personagens estereotipados e com um roteiro que é uma imitação chinfrim de Jogos Mortais, ele ainda é bem melhor e bem menos viajado. Essa continuação, para mim, não vale a pena.
P.S.: Seria deveras interessante um escape room só com influencers...
Anjos da Lei
3.6 1,4K Assista AgoraReassistido após quase 9 anos, continua tão divertido quanto na primeira vez.
O longa não se leva à sério em nenhum momento; a dupla principal é carismática e tem muita química; o humor funciona em grande parte do tempo; as cenas de humor e ação são muito bem dirigidas e equilibradas; a nova dinâmica dos personagens invertendo os papéis na escola rende uma boa trama... Ou seja, só alegria!
Se você curte algo no estilo Superbad, vai gostar.
P.S.: Que curioso ver a Brie Larson sorridente e fofa antes de se tornar esse ser insuportável que é hoje.
O Poderoso Chefinho 2: Negócios da Família
3.2 48 Assista AgoraAquele tipo de filme que não existe propósito algum para ter continuação. O primeiro é infinitamente mais fofo, mais divertido e interessante. Esse chega a ser meio esquizofrênico de tão absurdo, enquanto o primeiro nos fazia crer que tudo fazia parte da imaginação fértil do Tim (Tim que continua tão infantil adulto quanto como era quando criança). Além de ser muito cansativo. É aquele tipo de história tão ruim que parece não ter fim. "Assisti" sem conseguir me prender nem por um instante na trama.
M3gan
3.0 799 Assista AgoraQuando procuro ver esse tipo de longa, não busco nada além de entretenimento fácil. M3gan trás exatamente isso. Não é terror, não é suspense, não é comédia. É só um bagulho mainstream curioso e divertido. Me lembrou o mais recente filme do Chucky, só que com menos mortes. A boneca M3gan ficou muito boa, ela é aquele tipo de boneca que faria sentido fazer sucesso e ser comprada (diferente da horrenda Annabelle) e acredito que vai demorar para ficar datada.
Mais um filme para a coleção fetichista de bonecos do James Wan.
Hotel Transilvânia 2
3.6 427 Assista AgoraNão me recordo do primeiro, porém, me diverti muito com esse segundo até os minutos finais.
Não sei se ele é tão divertido no áudio original, mas a dublagem nacional está de parabéns. As piadas adaptadas funcionam sem parecerem forçadas, incluindo até muito sotaque e personalidade aos personagens. O Dennis é um show de fofura, e a relação super amorosa entre ele e o vô Drácula é o ponto alto do filme. Entretanto, todavia... A animação passa 79 minutos transmitindo uma mensagem que acaba sendo meio que jogada no lixo nos 10 minutos finais.
Drácula tem certeza de que Dennis é vampiro e só precisa de um empurrãozinho (ou simplesmente arremessar ele a vários metros de distância do chão) para suas presas apontarem. Dennis sofre bullying e se sente inferior entre os humanos imbecis por não ser um monstro, enquanto sua mãe se sente deslocada fora da Transilvânia. No final, Drácula aceita que seu neto é humano e desiste de tentar mudá-lo. E Mavis descobre que seu lugar e o de seu filho é ao lado de seres que o aceitam e o amam como ele é, mesmo que não seja um monstro, certo? Errado! O que a faz decidir continuar na Transilvânia é o fato de que Dennis É um vampiro afinal. Foda-se a história da aceitação! Dennis se mostra um vampiro prodígio ultramegapower foderoso, rola lutinha final em família... Esse final estragou o filme completamente para mim.
Observadores
3.0 416 Assista AgoraQue final idiota! hahaha
The Voyeurs é um show de absurdos, no melhor estilo. Uma simples olhada para o apartamento vizinho se transforma em uma trama cheia de "eita atrás de eita".
Pippa é a personagem mais asquerosa do longa e seu final é enfurecedor.
Por mais que eu achasse exagerada a atitude do Thomas de terminar apenas por ela ter contado sobre a "traição" (afinal, "não atire no mensageiro"), Pippa foi até o fim com sua obsessão por Sebastian, mesmo crendo que a mulher estava morta. Foi nojento. E nem após a morte de seu namorado ela deixa de correr atrás do suposto viúvo. E ela ainda paga de coitada no final? Isso foi absurdamente patético, errado e passa a mensagem de que está okay você ser um FDP de vez em quando (ela estava solteira afinal! Tem todo o direito de fazer merda). O único inocente foi o único que realmente se fodeu.
A trama é intrigante e envolvente, isso é inegável. Os plot twists não me surpreenderam, pois já esperava algo absurdo.
Exceto pela morte do Thomas. Aquilo foi imprevisível para mim.
Portanto, o que realmente me fez não apreciá-lo tanto foi seu final que, além de viajado, transforma Pippa em uma vítima. Mas foi um ótimo entretenimento barato, com certeza.
Aftersun
4.1 707Aftersun é o resgate de memórias de uma filha sobre seu pai. Memórias de uma jovem Sophie anos mais tarde tentando decifrar os sinais que estavam lá, mas que ela não viu. Tentando reconhecê-lo e desvendá-lo com um olhar agora maduro e experiente.
As atuações e a química entre a dupla principal é simplesmente fantástica. A relação entre pai e filha é singela, honesta, descontraída, envolvente.
Acredito que esse filme também tenha uma das melhores representações da depressão.
Apesar de parecer muito simples, a diretora e também roteirista fez um trabalho intimista e ao mesmo tempo grandioso. Não o considero perfeito, mas é longe de ser um tempo desperdiçado.