A série começou muito bem, interessante mesmo, mas foi perdendo o fôlego e terminou como uma telenovela convencional do Agnaldo Silva. Casamento e velório no final. A notícia foi perdendo cada vez mais espaço para a vida das personagens. Não ficou ruim, mas não era mais o The Newsroom da primeira temporada, que trazia uma proposta mais agressiva. Ainda bem que acabou com poucos episódios esta terceira temporada, porque não se sustentaria mais, exceto se passássemos a nos divertir com as tiradas da Sloam, que ganhou mais espaço para segurar uma parte da trama. (In)felizmente, acabou!
De um filme que tenha um elenco deste nível se espera, no mínimo, uma obra prima do gênero, mas Midway não consegue atender às expectativas. Primeiramente, trata-se de um filme que não conseguiu resistir ao tempo e suas fragilidades tornaram-se mais visíveis. O roteiro é fraco e tem dificuldades para trabalhar com aspectos técnicos e transformá-los em elementos dramáticos. Assim, temos uma trama romântica "boba" que talvez buscasse fazer uma crítica à forma de os estadunidenses agirem contra os descendes de japoneses, mas é tão superficial e alheia à trama principal que torna-se um elemento estranho a tudo. As cena reais (acredito que isso seja mencionado no início do filme) poderiam trazer mais impacto ao filme e mesmo imprimir um caráter documental, mas não ajudam. A tecnologia da década de 1970 também envelheceu muito e certos efeitos parecem trash nos dias de hoje. Os pilotos durante os voos são meio infantilizados e a qualidade as tomadas, pobres demais. Outra coisa que cada vez mais fica difícil de aceitar é ouvir japoneses falando inglês durante a guerra. Evidente que devido ao caráter comercial do filme, dificilmente fariam como Clint Eastwood, um filme em japonês, dessa maneira fica muito superficial. Além do mais, os diálogos dos japoneses, em certa medida, parecem artificiais. Por último, se é um filme que tem tantos problemas de roteiro, a direção tenta resolver tudo com as batalhas aéreas, mas são demasiadas e cansativas... o filme ficou longo demais para o conteúdo que oferecia. Um filme que envelheceu sem a dignidade que se espera de uma obra com tantos grandes atores.
Uma ode estúpida ao intervencionismo estadunidense. A velha estratégia de exaltar soldados que invadem um país e atuam sem qualquer limites. Um filme maniqueísta e superficial. Tentativa de construir atos de heroísmo a partir de uma premissa que já é imoral. Durante o filme há a tentativa de conduzir o espectador a torcer para que aqueles soldados se salvem... mas por que estão ali? Alguns poderiam alegar que o objetivo era matar o "terrorista" que assassinou 20 soldados estadunidenses. Ok, mas por que ele teria matado? Para que fosse um filme honesto, haveria a necessidade de aprofundar nesta questão e não simplesmente retratar a caçada de soldados pela floresta como se fossem pobres coitados. E o título em português é uma lástima que somente reforça esta construção distorcida sobre heroísmo. E para piorar, no final do filme há uma versão da música Heroes. Uma forçação de barra demasiada. Não há heróis neste filme, e se houver, com certeza não será nenhum soldado estadunidense que está envolvido em uma guerra há quase 15 anos. Fora este aspecto simplório e manipulador do filme, na traz nada de novo. Personagens pobres e unidimensionais (que saudade de Platoon e Apocalypse Now!) e cenas de ação que não inovam em nada no gênero. Cansativo, repetitivo, patético e deve servir única e exclusivamente para exaltar a ação dos estadunidenses no Afeganistão.
Comédia romântica já não é exatamente um gênero que goste devido à sua previsibilidade, contudo, algumas são bem feitinhas e dá para chegar até o final... quando são muito boas, dá até para um sorriso... Mas acredito que encontrei algo que os alemães não saibam fazer. Esta comédia romântica é patética. Horrível. Péssima, uma das piores que já assisti. Nada é interessante e nem mesmo a presença de crianças - algo que deixa um filme quase impossíveis de ser no mínimo simpático - fez com que se tornasse "assistível". Enfim, melhor fugir de comédias românticas alemãs e arriscar nos certos, os bons dramas.
A primeira parte do filme é muito boa, a sacada da estrutura narrativa não é original, mas se adequou muito bem à proposta. Ver um fato a partir de perspectivas distintas sempre causa uma sensação maior de cumplicidade e isenção narrativa e, neste caso, funcionou perfeitamente bem. Depois disso a trama segue em uma narrativa linear e tudo é muito convencional. O que faz o filme ser acima da média é a trilha sonora e a interpretação dos protagonistas. Ainda melhor está Knightley, com um misto de "namoradinha" e "talentosa star". Assim, consegue cativar o espectador e a cumplicidade é criada, em grande medida, devido à trilha sonora. Mais do que as falas e diálogos, as letras das músicas têm um espaço fundamental nesta trama. São bem românticas e pop, mas agradáveis. Infelizmente, depois daquele início perfeito, a trama perde um pouco o fôlego e no final faz algumas concessões que o comprometem. Evidentemente que o roteirista teria inúmeras possibilidades de final,
mas quando reata a relação do personagem de Ruffalo com sua ex-esposa e cria uma casal feliz ouvindo música num mesmo player, perde a credibilidade.
Por outro lado, o final proposto para a personagem de Knightley é coerente com sua trajetória no filme. Enfim, um filme agradável, mas uma comédia romântica que tem como destaque a trilha sonora!
Simplesmente um lixo! Produção de baixa qualidade, os personagens são unidimensionais e maniqueístas. Trata o espectador como um idiota que não raciocina e que precisa ser conduzido sem qualquer espírito crítico! A questão da religião, ou mesmo da existência, ou não, de Deus acaba sendo um elemento acessório, pois o roteiro é tão pobre que muitas vezes provoca gargalhadas. Não está se discutindo a existência de Deus, como um debate filosófico propõe (e o que eu esperava), apenas temos evangelização barata e de baixa qualidade. Os personagens são miseravelmente mal construídos, as situações propostas pelo roteiro são tão previsíveis e pobres dramaturgicamente que da vergonha. A forma com que propõe a evangelização das pessoas (outros personagens), trazendo uma pseudo-crítica aos ateus, faz com que o espectador se sinta em um zoológico de aberrações (os personagens criados por este roteirista e vividos por estes atores que não tiveram vergonha de passar por uma situação tão constrangedora como essa). Personagens, como o professor, a muçulmana, o chinês, a namorada, dentre outros, são tão caricatos que só existem num mundo pautado pela simplificação do "bem e o mal". Fora desse universo, não cabe este tipo de gente. Fazia muito tempo que não assistia a um filme tão porcaria, tão desqualificado. Seja para defender o que for, é necessário contratar um bom roteirista e construir uma trama que gere interesse e não repúdio. As cenas são piores do que de novelas mexicanas, e, quando parece que não será possível superar a cena anterior,
A série, sem dúvida, tem todos os elementos que poderiam classificá-la como uma das melhores na categoria ação/suspense. As personagens são bem construídas e a forma com que o roteiro é construído não tira a tensão dos episódios. Sempre há algo a ser revelado, o que mantém a temporada interessante... inclusive com destaque o final. Contudo, se abstrairmos todos estes aspectos técnicos e nos apegarmos ao conteúdo da série, é notória a proposta de estigmatizar os muçulmanos e vincular o terrorismo a eles. Uma propaganda da política externa estadunidense.
Fotografia inquestionável, de beleza ímpar... as cenas de luta são primorosas, mas o roteiro não consegue envolver. Parece uma premissa simples, mas as reviravoltas constantes (e em certo ponto simplórias) acabam enfraquecendo o roteiro. Também, há uma violência deduzida e nunca explicitada, o que em certos momentos parece fake. Em várias cenas caóticas, não vemos mortes objetivas, talvez algo subentendido... Por fim, acaba tendo uma beleza estética, mas não o transforma em um grande filme.
Acompanhar a trajetória de pessoas com doenças terminais é uma maneira quase garantida de envolver o espectador. E, quanto mais jovem, maior é a probabilidade de que as lágrimas cheguem mais cedo. Ainda, se você acompanha uma protagonista bonitinha, simpática e que não se resigna, é praticamente garantido que as pessoas vão chorar! Esta receita já é muito conhecida dos roteiristas e volta e meia somos expostos à fórmula requentada. A diferença neste tipo de filme se dá quando o espectador é pego de surpresa por algum elemento da narrativa e daí, ponto para o diretor, pois o envolvimento é garantido e ninguém contém as lágrimas. Acredito que não seja o caso deste filme, pois não inova em nada e aposta no carisma do casal. É até um casal bonzinho, faz tudo corretamente, mas isso só serve para que possamos acompanhar a trama e nada mais. Não há grande cenas, tampouco algo que possa surpreender. Assim, em duas horas de filme somente acompanhamos a trajetória de uma menina que, infelizmente, foi diagnosticada com câncer. Talvez a maior aposta tenha sido em mostrar que a "vida continua", independentemente das dificuldades expostas. Pouco... Enfim, cansou bem e há outros filmes neste gênero que provocam emoções muito mais latentes, como Uma Prova de Amor...
Abstraindo a análise política acerca do filme, é inegável sua qualidade... E neste sentido, a interpretação dos atores se destaca. Sejam os "somalis" ou mesmo de Hanks. Mas se Hanks conseguiu construir um personagem contido e seguro durante todo o filme, a cena final,
quando ele é examinado pela médica, mereceria um Oscar. Simplesmente é algo que transcende e somente grande atores conseguem fazer o que Hanks fez. Brilhante. A cena é curta, mas seu simbolismo é inominável.
Fraco demais. O roteiro, por si, já pode ser considerado um dos piores da história. Nunca se viu uma trama tão estúpida, mas levada a sério. Caine tenta construir um personagem sério e consistente, contudo, suas cenas de assassinato são patéticas. Poderia descrever o quão mal-feitas foram as cenas, mas acho melhor nem se perder tempo com isso. Não da para acreditar na construção da trama que o roteiro propõe, mesmo que abstenhamos de tudo... Um filme infeliz com tudo de má qualidade. O resultado é um filme pavoroso com uma dificuldade incrível para se chegar até o final. Melhor não perder tempo... e o próprio título original já é uma infelicidade!
De uma simplicidade comovente. Tudo é simples, mas as emoções estão na iminência de aflorarem... e o mais interessante é que não temos certeza para onde irão. O casal representa os vários aspectos dos relacionamentos afetivos e as canções são perfeitas ao ponto de o filme quase não necessitar de diálogos. Não tem uma grande fotografia, a direção é convencional, mas a sensibilidade aflora, daí, temos um grande filme que diz tudo e deixa todas as possibilidades abertas em apenas 86 minutos! Belo!
Um filme que se presta ao fim que foi feito, ou seja, mostrar a degradação do México quanto ao seu sistema prisional. É bem certo que não vai à raiz dos fatos e acaba utilizando os mesmos recursos que outros filmes também lançam mão, mostrar a corrupção por si. Esteticamente é um filme bastante interessante. Lembra algumas tomadas de Cidade de Deus e Tropa de Elite, até porque, o ambiente de pobreza é muito semelhante. Gilson faz um personagem que vem do nada e cai numa situação difícil de resolver, algo comum e de certo modo, simplório. É o "durão que se vira em qualquer ambiente"... clichê. Mas tem um ritmo que não deixa o filme se tornar cansativo e da para chegar até o final, mas sem esperar muita coisa. Diversão para assistir e esquecer na sequência.
Uma aula de interpretação. Absolutamente, um show!!! O roteiro também é algo estupendo. Quanto mais se assiste, mais há para se descobrir. É um filme construído aos detalhes e todos os personagens são de importância ímpar. Um filme "rodriguiano" e que expõe as mazelas de todas as famílias...
Uma besteira requentada e cheia de clichês. A trama é boba e com tudo que já se viu em filmes de tribunal. A personagem é fraca e Nolte não faz muita força para fazer um personagem sem brilho. Muita volta e perda de tempo para algo que não vale a pena. Bobeira mesmo!
Um filme "de ator". O roteiro é muito bem feito, envolvente, conciso e tudo mais, mas a interpretação é um caso à parte. A história é muito simples e o suspense proposto não é no intuito de fazer o espectador tentar adivinhar o que vai acontecer, mas como aqueles personagens reagirão ao fato. Daí a importância de atores. E estes atores conseguiram construir personagens densos. A fotografia também é um show a parte, mas por mais bela que seja, não rouba a cena e as transforma em qualidade e intensidade. Um filme como poucos!
Fraco, arrastado e cansativo. A temática, sem dúvida, é de importância ímpar, no entanto, a proposta deste documentário torna tudo muito enfadonho. A direção é equivocada e perde tempo com coisas que não contribuem para uma discussão mais profunda sobre o tema. A escolha das personagens que ditam a narrativa do documentário talvez seja equivocada, se considerarmos o tempo que são expostas e a ausência de fatos relevantes que tragam novidades à discussão. Por vezes a direção lança mão de uma trilha sonora melodramática para tentar fortalecer o sentimento de exclusão que as crianças vivem ou os pais de algumas vítimas. Não é um recurso proibido, mas utilizado quando algo não está como deveria, e, neste caso, a dramaticidade é pouca. Enfim, um documentário que deixa muito a desejar e tem certas peculiaridades que tiram a universalidade do tema abordado. Tecnicamente fraco!
Simplesmente uma das maiores porcarias que já assisti. Começa com uma proposta construtivista e até certo ponto arrogante, mas consegue, sequer, mantê-la. Os personagens são caricatos e unidimensionais, o roteiro é maniqueísta e a direção não sabe exatamente que tipo de filme está fazendo. O roteiro se esvazia por si, uma vez que não define o que propõe de modo que envolva o espectador. Os atores são muito fracos e optam por "fazer caras e bocas" ao invés de construir personagens. Em muitos momentos parece a Oficina da Globo quando lança os atores para sua primeira temporada em Malhação. Os efeitos especiais são tocos e os cenários construídos lembram filmes da década de 50 ou 60, quando ainda não havia tanta tecnologia. Mas não exatamente pela precariedade dos efeitos, mas por sua pobreza. Neste filme é perceptível que os efeitos digitais estão presentes, mas não há interatividade com os personagens. Os cenários parece que foram criados apenas para serem admirados, como se fossem uma pintura ou fotografia. Então, perdem a razão de existir. Bom, mas quando se espera que nada pode piorar, a saída para tudo aquilo que estava acontecendo com os jovens formandos parece uma piada estúpida e sem graça. Acredito que o roteirista tenha ficado cansado de pensar e disse: "Vou escrever qualquer coisa para só terminar o filme." E o pior é que ficou "qualquer coisa" mesmo, e a pior e mais idiota "coisa" que poderiam escolher. É vergonhoso ver a cena entre o professor e a aluna. Não vou me estender para não trazer spoilers, mas este foi dos filmes mais difíceis de chegar ao final que me lembro. Pura perda de tempo... até o título em português é uma enganação!!! Fica o aviso!
De beleza sem igual... triste e melancólico. Solidão pós-moderna! Phoenix conseguiu encontrar a dose certa para criar seu personagem... uma relação sem igual com um S.O. parece ser a coisa mais normal do mundo graças ao roteiro muito bem elaborado e denso em emoções. Trilha sonora impecável e fotografia bela pela simplicidade... Emocionante e simples!
Clima trash, mas até este gênero pode ser sem qualidade... este é um exemplo. Tudo é muito fake e prejudica o desenvolvimento da trama. Uma promessa que não se concretiza... somente o tom erótico que tem alguma qualidade, mas pouca....
Uma grande besteira com boas intenções. Fotografia e direção de arte impecáveis, mas a história é tão frágil que incomoda. Um romance que não envolve e uma trama que chega a ser banal. Não há um romance, de fato. Pode-se até dizer que há uma analogia entre as relações sociais, mas mesmo assim é muito fraco no filme. Sem um bom roteiro, apenas uma ideia interessante, a direção teve de optar por fazer uma das fotografia mais belas que já vi. Bons atores, mas sem condições para desenvolverem papeis interessantes... um casal que não inspira a paixão que deveria. Não é um filme nem para fãs.
Uma Bela da Tarde teen... fazer esta relação é inevitável, seja pelo cenário parisiense ou mesmo pela beleza das duas atrizes em fases distintas da vida. Neste Jeune et Joli, Vacth consegue impor uma beleza enigmática e sedutora... às vezes um tanto triste, mas excitante assim mesmo. Os personagens coadjuvantes são muito bons e conseguem construir o mundo "perfeito" de Isabelle, que não a satisfaz e, por isso, a prostituição acaba sendo uma válvula de escape. Muito parecido com a Bela da Tarde mesmo, mas inferior... Em alguns momentos, que poderiam transformar o filme em uma lição de moral, a direção consegue reverter a situação e propõe uma abordagem mais interessante. Seja na relação entre os irmãos ou mesmo entre os amigos, o roteiro propõe uma perspectiva distinta e até certo ponto fugindo de um moralismo... Tecnicamente é um filme correto, sem aposta em fotografia, mas dando forte ênfase à trilha sonora. Vale muito à pena assistir!
The Newsroom (3ª Temporada)
4.5 53 Assista AgoraA série começou muito bem, interessante mesmo, mas foi perdendo o fôlego e terminou como uma telenovela convencional do Agnaldo Silva. Casamento e velório no final. A notícia foi perdendo cada vez mais espaço para a vida das personagens. Não ficou ruim, mas não era mais o The Newsroom da primeira temporada, que trazia uma proposta mais agressiva. Ainda bem que acabou com poucos episódios esta terceira temporada, porque não se sustentaria mais, exceto se passássemos a nos divertir com as tiradas da Sloam, que ganhou mais espaço para segurar uma parte da trama. (In)felizmente, acabou!
A Batalha de Midway
3.5 24 Assista AgoraDe um filme que tenha um elenco deste nível se espera, no mínimo, uma obra prima do gênero, mas Midway não consegue atender às expectativas. Primeiramente, trata-se de um filme que não conseguiu resistir ao tempo e suas fragilidades tornaram-se mais visíveis. O roteiro é fraco e tem dificuldades para trabalhar com aspectos técnicos e transformá-los em elementos dramáticos. Assim, temos uma trama romântica "boba" que talvez buscasse fazer uma crítica à forma de os estadunidenses agirem contra os descendes de japoneses, mas é tão superficial e alheia à trama principal que torna-se um elemento estranho a tudo. As cena reais (acredito que isso seja mencionado no início do filme) poderiam trazer mais impacto ao filme e mesmo imprimir um caráter documental, mas não ajudam. A tecnologia da década de 1970 também envelheceu muito e certos efeitos parecem trash nos dias de hoje. Os pilotos durante os voos são meio infantilizados e a qualidade as tomadas, pobres demais. Outra coisa que cada vez mais fica difícil de aceitar é ouvir japoneses falando inglês durante a guerra. Evidente que devido ao caráter comercial do filme, dificilmente fariam como Clint Eastwood, um filme em japonês, dessa maneira fica muito superficial. Além do mais, os diálogos dos japoneses, em certa medida, parecem artificiais. Por último, se é um filme que tem tantos problemas de roteiro, a direção tenta resolver tudo com as batalhas aéreas, mas são demasiadas e cansativas... o filme ficou longo demais para o conteúdo que oferecia. Um filme que envelheceu sem a dignidade que se espera de uma obra com tantos grandes atores.
O Grande Herói
3.8 471 Assista AgoraUma ode estúpida ao intervencionismo estadunidense. A velha estratégia de exaltar soldados que invadem um país e atuam sem qualquer limites. Um filme maniqueísta e superficial. Tentativa de construir atos de heroísmo a partir de uma premissa que já é imoral. Durante o filme há a tentativa de conduzir o espectador a torcer para que aqueles soldados se salvem... mas por que estão ali? Alguns poderiam alegar que o objetivo era matar o "terrorista" que assassinou 20 soldados estadunidenses. Ok, mas por que ele teria matado? Para que fosse um filme honesto, haveria a necessidade de aprofundar nesta questão e não simplesmente retratar a caçada de soldados pela floresta como se fossem pobres coitados. E o título em português é uma lástima que somente reforça esta construção distorcida sobre heroísmo. E para piorar, no final do filme há uma versão da música Heroes. Uma forçação de barra demasiada. Não há heróis neste filme, e se houver, com certeza não será nenhum soldado estadunidense que está envolvido em uma guerra há quase 15 anos. Fora este aspecto simplório e manipulador do filme, na traz nada de novo. Personagens pobres e unidimensionais (que saudade de Platoon e Apocalypse Now!) e cenas de ação que não inovam em nada no gênero. Cansativo, repetitivo, patético e deve servir única e exclusivamente para exaltar a ação dos estadunidenses no Afeganistão.
Invasão do Mundo: Batalha de Los Angeles
2.8 1,1K Assista AgoraUma porcaria desnecessária. Nada vale a pena ali. Perda de tempo!
Um Pai Quase Perfeito
3.0 12 Assista AgoraComédia romântica já não é exatamente um gênero que goste devido à sua previsibilidade, contudo, algumas são bem feitinhas e dá para chegar até o final... quando são muito boas, dá até para um sorriso... Mas acredito que encontrei algo que os alemães não saibam fazer. Esta comédia romântica é patética. Horrível. Péssima, uma das piores que já assisti. Nada é interessante e nem mesmo a presença de crianças - algo que deixa um filme quase impossíveis de ser no mínimo simpático - fez com que se tornasse "assistível". Enfim, melhor fugir de comédias românticas alemãs e arriscar nos certos, os bons dramas.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraA primeira parte do filme é muito boa, a sacada da estrutura narrativa não é original, mas se adequou muito bem à proposta. Ver um fato a partir de perspectivas distintas sempre causa uma sensação maior de cumplicidade e isenção narrativa e, neste caso, funcionou perfeitamente bem. Depois disso a trama segue em uma narrativa linear e tudo é muito convencional. O que faz o filme ser acima da média é a trilha sonora e a interpretação dos protagonistas. Ainda melhor está Knightley, com um misto de "namoradinha" e "talentosa star". Assim, consegue cativar o espectador e a cumplicidade é criada, em grande medida, devido à trilha sonora. Mais do que as falas e diálogos, as letras das músicas têm um espaço fundamental nesta trama. São bem românticas e pop, mas agradáveis. Infelizmente, depois daquele início perfeito, a trama perde um pouco o fôlego e no final faz algumas concessões que o comprometem. Evidentemente que o roteirista teria inúmeras possibilidades de final,
mas quando reata a relação do personagem de Ruffalo com sua ex-esposa e cria uma casal feliz ouvindo música num mesmo player, perde a credibilidade.
Deus Não Está Morto
2.8 1,4K Assista AgoraSimplesmente um lixo! Produção de baixa qualidade, os personagens são unidimensionais e maniqueístas. Trata o espectador como um idiota que não raciocina e que precisa ser conduzido sem qualquer espírito crítico! A questão da religião, ou mesmo da existência, ou não, de Deus acaba sendo um elemento acessório, pois o roteiro é tão pobre que muitas vezes provoca gargalhadas. Não está se discutindo a existência de Deus, como um debate filosófico propõe (e o que eu esperava), apenas temos evangelização barata e de baixa qualidade. Os personagens são miseravelmente mal construídos, as situações propostas pelo roteiro são tão previsíveis e pobres dramaturgicamente que da vergonha. A forma com que propõe a evangelização das pessoas (outros personagens), trazendo uma pseudo-crítica aos ateus, faz com que o espectador se sinta em um zoológico de aberrações (os personagens criados por este roteirista e vividos por estes atores que não tiveram vergonha de passar por uma situação tão constrangedora como essa). Personagens, como o professor, a muçulmana, o chinês, a namorada, dentre outros, são tão caricatos que só existem num mundo pautado pela simplificação do "bem e o mal". Fora desse universo, não cabe este tipo de gente. Fazia muito tempo que não assistia a um filme tão porcaria, tão desqualificado. Seja para defender o que for, é necessário contratar um bom roteirista e construir uma trama que gere interesse e não repúdio. As cenas são piores do que de novelas mexicanas, e, quando parece que não será possível superar a cena anterior,
vem a cena do atropelamento...
Homeland: Segurança Nacional (2ª Temporada)
4.5 525 Assista AgoraA série, sem dúvida, tem todos os elementos que poderiam classificá-la como uma das melhores na categoria ação/suspense. As personagens são bem construídas e a forma com que o roteiro é construído não tira a tensão dos episódios. Sempre há algo a ser revelado, o que mantém a temporada interessante... inclusive com destaque o final. Contudo, se abstrairmos todos estes aspectos técnicos e nos apegarmos ao conteúdo da série, é notória a proposta de estigmatizar os muçulmanos e vincular o terrorismo a eles. Uma propaganda da política externa estadunidense.
Final Fantasy VII: Advent Children
4.0 256 Assista AgoraFotografia inquestionável, de beleza ímpar... as cenas de luta são primorosas, mas o roteiro não consegue envolver. Parece uma premissa simples, mas as reviravoltas constantes (e em certo ponto simplórias) acabam enfraquecendo o roteiro. Também, há uma violência deduzida e nunca explicitada, o que em certos momentos parece fake. Em várias cenas caóticas, não vemos mortes objetivas, talvez algo subentendido... Por fim, acaba tendo uma beleza estética, mas não o transforma em um grande filme.
A Culpa é das Estrelas
3.7 4,0K Assista AgoraAcompanhar a trajetória de pessoas com doenças terminais é uma maneira quase garantida de envolver o espectador. E, quanto mais jovem, maior é a probabilidade de que as lágrimas cheguem mais cedo. Ainda, se você acompanha uma protagonista bonitinha, simpática e que não se resigna, é praticamente garantido que as pessoas vão chorar! Esta receita já é muito conhecida dos roteiristas e volta e meia somos expostos à fórmula requentada. A diferença neste tipo de filme se dá quando o espectador é pego de surpresa por algum elemento da narrativa e daí, ponto para o diretor, pois o envolvimento é garantido e ninguém contém as lágrimas. Acredito que não seja o caso deste filme, pois não inova em nada e aposta no carisma do casal. É até um casal bonzinho, faz tudo corretamente, mas isso só serve para que possamos acompanhar a trama e nada mais. Não há grande cenas, tampouco algo que possa surpreender. Assim, em duas horas de filme somente acompanhamos a trajetória de uma menina que, infelizmente, foi diagnosticada com câncer. Talvez a maior aposta tenha sido em mostrar que a "vida continua", independentemente das dificuldades expostas. Pouco... Enfim, cansou bem e há outros filmes neste gênero que provocam emoções muito mais latentes, como Uma Prova de Amor...
Capitão Phillips
4.0 1,6K Assista AgoraAbstraindo a análise política acerca do filme, é inegável sua qualidade... E neste sentido, a interpretação dos atores se destaca. Sejam os "somalis" ou mesmo de Hanks. Mas se Hanks conseguiu construir um personagem contido e seguro durante todo o filme, a cena final,
quando ele é examinado pela médica, mereceria um Oscar. Simplesmente é algo que transcende e somente grande atores conseguem fazer o que Hanks fez. Brilhante. A cena é curta, mas seu simbolismo é inominável.
A Sombra de um Assassino
2.0 3Fraco demais. O roteiro, por si, já pode ser considerado um dos piores da história. Nunca se viu uma trama tão estúpida, mas levada a sério. Caine tenta construir um personagem sério e consistente, contudo, suas cenas de assassinato são patéticas. Poderia descrever o quão mal-feitas foram as cenas, mas acho melhor nem se perder tempo com isso. Não da para acreditar na construção da trama que o roteiro propõe, mesmo que abstenhamos de tudo... Um filme infeliz com tudo de má qualidade. O resultado é um filme pavoroso com uma dificuldade incrível para se chegar até o final. Melhor não perder tempo... e o próprio título original já é uma infelicidade!
Apenas Uma Vez
4.0 1,4K Assista AgoraDe uma simplicidade comovente. Tudo é simples, mas as emoções estão na iminência de aflorarem... e o mais interessante é que não temos certeza para onde irão. O casal representa os vários aspectos dos relacionamentos afetivos e as canções são perfeitas ao ponto de o filme quase não necessitar de diálogos. Não tem uma grande fotografia, a direção é convencional, mas a sensibilidade aflora, daí, temos um grande filme que diz tudo e deixa todas as possibilidades abertas em apenas 86 minutos! Belo!
Plano de Fuga
3.3 441 Assista AgoraUm filme que se presta ao fim que foi feito, ou seja, mostrar a degradação do México quanto ao seu sistema prisional. É bem certo que não vai à raiz dos fatos e acaba utilizando os mesmos recursos que outros filmes também lançam mão, mostrar a corrupção por si. Esteticamente é um filme bastante interessante. Lembra algumas tomadas de Cidade de Deus e Tropa de Elite, até porque, o ambiente de pobreza é muito semelhante. Gilson faz um personagem que vem do nada e cai numa situação difícil de resolver, algo comum e de certo modo, simplório. É o "durão que se vira em qualquer ambiente"... clichê. Mas tem um ritmo que não deixa o filme se tornar cansativo e da para chegar até o final, mas sem esperar muita coisa. Diversão para assistir e esquecer na sequência.
Álbum de Família
3.9 1,4K Assista AgoraUma aula de interpretação. Absolutamente, um show!!! O roteiro também é algo estupendo. Quanto mais se assiste, mais há para se descobrir. É um filme construído aos detalhes e todos os personagens são de importância ímpar. Um filme "rodriguiano" e que expõe as mazelas de todas as famílias...
Teia de Mentiras
3.1 2Uma besteira requentada e cheia de clichês. A trama é boba e com tudo que já se viu em filmes de tribunal. A personagem é fraca e Nolte não faz muita força para fazer um personagem sem brilho. Muita volta e perda de tempo para algo que não vale a pena. Bobeira mesmo!
Entre Nós
3.6 617 Assista AgoraUm filme "de ator". O roteiro é muito bem feito, envolvente, conciso e tudo mais, mas a interpretação é um caso à parte. A história é muito simples e o suspense proposto não é no intuito de fazer o espectador tentar adivinhar o que vai acontecer, mas como aqueles personagens reagirão ao fato. Daí a importância de atores. E estes atores conseguiram construir personagens densos. A fotografia também é um show a parte, mas por mais bela que seja, não rouba a cena e as transforma em qualidade e intensidade. Um filme como poucos!
Bullying
4.2 112Fraco, arrastado e cansativo. A temática, sem dúvida, é de importância ímpar, no entanto, a proposta deste documentário torna tudo muito enfadonho. A direção é equivocada e perde tempo com coisas que não contribuem para uma discussão mais profunda sobre o tema. A escolha das personagens que ditam a narrativa do documentário talvez seja equivocada, se considerarmos o tempo que são expostas e a ausência de fatos relevantes que tragam novidades à discussão. Por vezes a direção lança mão de uma trilha sonora melodramática para tentar fortalecer o sentimento de exclusão que as crianças vivem ou os pais de algumas vítimas. Não é um recurso proibido, mas utilizado quando algo não está como deveria, e, neste caso, a dramaticidade é pouca. Enfim, um documentário que deixa muito a desejar e tem certas peculiaridades que tiram a universalidade do tema abordado. Tecnicamente fraco!
Jogos do Apocalipse
3.1 208 Assista AgoraSimplesmente uma das maiores porcarias que já assisti. Começa com uma proposta construtivista e até certo ponto arrogante, mas consegue, sequer, mantê-la. Os personagens são caricatos e unidimensionais, o roteiro é maniqueísta e a direção não sabe exatamente que tipo de filme está fazendo. O roteiro se esvazia por si, uma vez que não define o que propõe de modo que envolva o espectador. Os atores são muito fracos e optam por "fazer caras e bocas" ao invés de construir personagens. Em muitos momentos parece a Oficina da Globo quando lança os atores para sua primeira temporada em Malhação. Os efeitos especiais são tocos e os cenários construídos lembram filmes da década de 50 ou 60, quando ainda não havia tanta tecnologia. Mas não exatamente pela precariedade dos efeitos, mas por sua pobreza. Neste filme é perceptível que os efeitos digitais estão presentes, mas não há interatividade com os personagens. Os cenários parece que foram criados apenas para serem admirados, como se fossem uma pintura ou fotografia. Então, perdem a razão de existir. Bom, mas quando se espera que nada pode piorar, a saída para tudo aquilo que estava acontecendo com os jovens formandos parece uma piada estúpida e sem graça. Acredito que o roteirista tenha ficado cansado de pensar e disse: "Vou escrever qualquer coisa para só terminar o filme." E o pior é que ficou "qualquer coisa" mesmo, e a pior e mais idiota "coisa" que poderiam escolher. É vergonhoso ver a cena entre o professor e a aluna. Não vou me estender para não trazer spoilers, mas este foi dos filmes mais difíceis de chegar ao final que me lembro. Pura perda de tempo... até o título em português é uma enganação!!! Fica o aviso!
Ela
4.2 5,8K Assista AgoraDe beleza sem igual... triste e melancólico. Solidão pós-moderna! Phoenix conseguiu encontrar a dose certa para criar seu personagem... uma relação sem igual com um S.O. parece ser a coisa mais normal do mundo graças ao roteiro muito bem elaborado e denso em emoções. Trilha sonora impecável e fotografia bela pela simplicidade... Emocionante e simples!
A Enfermeira Assassina
2.5 209 Assista AgoraClima trash, mas até este gênero pode ser sem qualidade... este é um exemplo. Tudo é muito fake e prejudica o desenvolvimento da trama. Uma promessa que não se concretiza... somente o tom erótico que tem alguma qualidade, mas pouca....
Trem Noturno para Lisboa
3.7 259 Assista AgoraBelo, tocante e com tudo que uma vida precisa ter para ter valido à pena! Um roteiro perfeito e interpretações irretocáveis!!!
Mundos Opostos
3.4 611 Assista AgoraUma grande besteira com boas intenções. Fotografia e direção de arte impecáveis, mas a história é tão frágil que incomoda. Um romance que não envolve e uma trama que chega a ser banal. Não há um romance, de fato. Pode-se até dizer que há uma analogia entre as relações sociais, mas mesmo assim é muito fraco no filme. Sem um bom roteiro, apenas uma ideia interessante, a direção teve de optar por fazer uma das fotografia mais belas que já vi. Bons atores, mas sem condições para desenvolverem papeis interessantes... um casal que não inspira a paixão que deveria. Não é um filme nem para fãs.
Jovem e Bela
3.4 477 Assista AgoraUma Bela da Tarde teen... fazer esta relação é inevitável, seja pelo cenário parisiense ou mesmo pela beleza das duas atrizes em fases distintas da vida. Neste Jeune et Joli, Vacth consegue impor uma beleza enigmática e sedutora... às vezes um tanto triste, mas excitante assim mesmo. Os personagens coadjuvantes são muito bons e conseguem construir o mundo "perfeito" de Isabelle, que não a satisfaz e, por isso, a prostituição acaba sendo uma válvula de escape. Muito parecido com a Bela da Tarde mesmo, mas inferior... Em alguns momentos, que poderiam transformar o filme em uma lição de moral, a direção consegue reverter a situação e propõe uma abordagem mais interessante. Seja na relação entre os irmãos ou mesmo entre os amigos, o roteiro propõe uma perspectiva distinta e até certo ponto fugindo de um moralismo... Tecnicamente é um filme correto, sem aposta em fotografia, mas dando forte ênfase à trilha sonora. Vale muito à pena assistir!