Interessante, um filme ao estilo Oliver Stone, mas sem grandes polêmicas. Bela fotografia e muito boas interpretações. É um filme que acaba se tornando hermético para quem não conhece bem a história brasileira, pois não há a preocupação didática (e isso é muito bom) em explicar determinadas situações. O roteiro é bem construído, pois apesar de todos saberem como o filme vai acabar, consegue manter a tensão. Ao centrar a trama em Vargas, mais do que ocorria politicamente fora do palácio, acabamos tendo uma visão mais do homem do que do presidente. Belo filme, mas que proporciona um amplo debate sobre cada aspecto mostrado!
Boa interpretação, mas a linguagem televisiva enfraquece o filme. Tem um ritmo que prejudica a narrativa e perde a dramaticidade. O que poderia ser um grande filme acaba sendo algo que mistura novela com seriado. Uma personalidade como Giuliani poderia ter tido um filme de qualidade!
Emocionante. Os personagens são incrivelmente bem construídos e fazem com que nos envolvamos completamente. O filme não tem nada de novo e tecnicamente é de uma simplicidade sem igual, mas os personagens são tão cativantes que não há necessidade de mais nada. Um dos grandes personagens de Depp.
Filme de ação policial sem novidade e com personagens convencionais. Trama mais do que banal, uma vez que não traz nada de novo e mesmo as cenas de ação são repetidas. Filme médio para passar o tempo.
Muito melhor que o anterior, com um roteiro mais consistente e o elenco mais à vontade. Um belo filme da franquia com a tecnologia trabalhando a favor da trama.
Bonito, tocante e angustiante. Ao mesmo tempo em que as coisas que Estamira diz são hipnotizantes, a situação que ela vive é deprimente. Conforme aprofundamos em sua trajetória de vida, mas angustiante o documentário fica. Uma fotografia que alterna p&b e cor e imprime uma beleza distinta à narrativa. Talvez o "único problema" seja o tempo, a narrativa não alterna muito e em alguns momentos torna-se repetitiva, então, se fosse mais curto seria ideal. Mas vale a pena assistir e refletir sobre esta Estamira.
Muito bonito... sensível e tocante. Um elenco bastante inspirado com personagens consistentes e densos. A trama é angustiante. Um romance completamente fora do contexto, mas que ganha uma intensidade envolvente. Uma fotografia simples, mas que consegue transmitir as fases do relacionamento do casal. Vale assistir este filme e depois Um Método Perigoso...
Meio cansativo e quase "com lição de moral". A estrutura narrativa do filme poderia ser interessante, mas parece que a edição não consegue dar ritmo à trama. O ator que faz o professor paquistanês é muito fraco e cansativo, quase inexpressivo. Os coadjuvantes estão bem, mas um tanto caricatos. Enfim, um roteiro previsível e cansativo. Uma direção sem criatividade.
Um filme "bem feitinho", mas que lembra a fórmula de A Dama de Ferro. Watts consegue fazer uma Diana contida e bela. Roteiro e direção preferem optar por contar a história sem inovar. Não é um filme marcante, mas uma cinebio bonitinha...
Muito fraco, fraco mesmo. Roteiro extremamente pobre que se esconde nos efeitos da linguagem virtual. Muitas tramas superficiais que se transformam em algo sem profundidade e interesse. Tecnicamente bonitinho, mas perda de tempo... infelizmente, pois a série era muito bom e tinha tramas com densidade. Melhor que quiser fazer filmes para adolescentes assistir As Melhores Coisas do Mundo, esse sim, perfeito!
Um filme tradicional, com uma narrativa linear, mas de beleza ímpar! Uma direção muito cuidadosa e que prima pelos detalhes de produção na reconstituição de época, seja nos EUA ou na Rússia. Também consegue transformar um tema bastante delicado para os EUA numa trama acessível, interessante e agradável. De certo modo, é possível perceber as dificuldades que o pensamento socialista teve para se difundir nos EUA, principalmente depois da Revolução Russa. Beatty também interpreta com grande maestria, talvez somente menor do que sua direção. É um filme logo, mas que todos os momentos são justificáveis pela necessidade de entender os meandros do poder na URSS e nos sindicatos que surgiam na época, os EUA, tentando se alinhar ao pensamento socialista. Um filme necessário!
Um filme de Luhrmann, sem dúvida. Como pouco diretores, ele tem um estilo muito particular e quando tem em mãos um roteiro que lhe dá possibilidades, o transforma num grande show. Mas isso não é reducionismo do estilo deste diretor, pois já dirigiu belos filmes, no entanto, em Gatsby o show ficou maior que a trama. Parece que a direção se encantou com as possibilidades e quando percebeu estava criando um show. Alguns poderiam dizer que a casa de Gatsby requeria este show e o que Luhrmann fez foi apenas potencializar o sentimento que ele detinha Daisy... é possível, mas ganha uma dimensão incrível no filme. Mas temos outra característica de Luhrmann que é imbatível, o aspecto visual de seus filmes... a fotografia de Gatsby é uma obra de arte, tudo é belo e encantador. Mas quem acaba roubando a cena é Tobey Maguire. Ele consegue construir um personagem denso e ao mesmo tempo envolvido pelo que Gatsby representa. Dá coerência a ele e se transforma no fio condutor da trama, conforme o roteiro propõe. É um filme esteticamente impecável, contudo, que esconde um roteiro enfraquecido...
Este me parece ser o filme do gênero "simpático". O roteiro é simples e aposta parte nos gêneros roadmovie e drama. A premissa trágica também está presente em qualquer telefilme, mas de repente temos a entrada do personagem de Keitel que transforma tudo. Não é sua interpretação mais importante, mas neste filme ele impõe tanta "verdade" em seu Elvis que somos questionados a todos momento sobre quem é este homem. Mérito para a direção que consegue preservar este clima e o revive quando a trama está entrando para o caminho da convencionalidade. Fonda traz apenas sua beleza... o que de fato não é "apenas", pois ela é linda e ainda mais como Marylin, o mito que todo homem gostaria de beijar, como ela mesma diz! Schaech não ajuda muito, mas a direção consegue fazer com que ele não comprometa a trama. Por fim, mesmo para os não-fãs de Elvis o filme se torna um grande atrativo!
Romantismos à parte, o filme proporciona um recorte dos momentos finais da dominação estadunidense a Cuba. A Havana Pollack encontra a velha burguesia local que estava totalmente ligada aos interesses estadunidenses e aceitava a corrupção como uma instituição nacional e, ao mesmo tempo, revolucionários que gradualmente conquistavam o poder. O recorte temporal de Pollack é perfeito e, para problematizar este momento, o personagem de Redford entra com cinismo e sem qualquer idealismo. O caráter do personagem de Redford serve exatamente para que a ilha seja apresentada ao espectador durante este processo. Ao mesmo tempo em que os turistas buscam todo o tipo de prazeres, há uma população politizada que se articula para fazer a revolução. O filme não chega a ser didático, pois Pollack tem o cuidado de compor muito bem as cenas. Também não se posiciona objetivamente, apesar de apresentar a crítica sobre a atuação estadunidense no país. Um filme interessante!
Temos um típico filme "datado". E não é apenas pela proposta do roteiro, que aprofunda na discussão do sindicalismo de modo bastante interessante, mas porque sua fotografia é típica de quando foi produzido. Não temos grandes imagens, tampouco cenas marcantes, trata-se de um filme que pretende discutir um tema e ir a fundo neste processo. É quase uma discussão sociológica, mas com a necessidade de não se aprofundar tanto porque pretende ser rentável. Temos um atriz que se sai muito bem como a líder sindicalista conscientizada. Também muitas das vertentes do sindicalismo são apresentadas no transcorrer da trama, daí ser "didático". Falta um roteiro mais interessante e que provoque o espectador além de tentar ensiná-lo. Por isso acaba perdendo a força com o transcorrer do tempo, mas tem a qualidade de trazer o debate para o grande cinema!
Não é o gênero de filme de Costa-Gravas que prefiro, acredito que suas obras com teor político são infinitamente maiores. Apesar de encontrarmos uma crítica político-econômica neste filme, sua característica melhor está na ruptura com a linguagem figurada e transformação dela em fato. Muitas vezes o mundo corporativo utiliza uma linguagem de guerra - inclusive adaptando "O Príncipe" e a "A Arte da Guerra" para esta área - no sentido figurado, mas ela é travada realmente. O que Costa-Gravas fez foi levar isso ao limite... e funcionou. Mas o filme é longo e acaba se tornando cansativo a partir do momento em que não traz novidades para a trama. Evidentemente que esta é uma falha de roteiro. Mas o restante não tem a genialidade dese diretor, é tudo muito burocrático e a ironia da situação poucas vezes consegue empolga o espectador. Acaba sendo um bom filme como experimento, mas nada mais do que isso!
Para falar sobre Kubrick, nada menos do que um documentário de altíssima qualidade. Trata-se de um documentário com uma linguagem bem tradicional, mas que consegue apresentar Kubrick para quem não conhece sua obra e chamar a atenção dos fãs para alguns elementos que o transformaram no gênio que foi. Muito boas entrevistas e inserção de seus filmes. Correto e necessário, são dos adjetivos que expressam muito bem o que representa este documentário!
Este é o típico filme que precisamos rever constantemente para fugir de visões pré-concebidas. Quando assisti pela primeira vez, talvez devido a algum tipo de similaridade de vida, achei que era apenas um filminho romântico. Simples sem qualquer pretensão e que por isso se tornava simpático. Alguns anos depois voltei a assisti-lo e percebi que não era apenas um romancezinho, havia algo mais escondido naquela simplicidade, algo que muitas vezes o cinema não consegue captar, porque tem a ver com expor sentimentos que não podem ser verbalizados sob o risco de se tornarem banais. O filme ganhou muito em qualidade... agora revendo novamente, e conhecendo suas continuações, este encontro dos dois sob aquela circunstância ganha uma dimensão incrível. A simplicidade do roteiro e o modo com que foi dirigido, simplesmente conseguem expressar sentimentos com imagens e diálogos coloquiais... Belo filme...
Agora é apenas um filme muito bom, não mais gera aquele impacto do primeiro. Tampouco o charme da Hit-Girl é repetido. É um filme correto e que respeita o original, mas não tem o mesmo atrativo. A cenas de ação não se comparam ao primeiro e a menina cresceu, o que era fundamental para fugir do politicamente correto. Aqui, Hit-Girl adolescente é interessante, inclusive com dilemas que chamam à atenção... mas não é a mesma coisa. Kick-Ass perdeu muito o espaço na trama e a única coisa boa foi não ter Cage no elenco, pois se transformou num canastrão! Tomara que não haja 3, pois pode ser que não sobre muita coisa!
Acredito que o aspecto mais importante neste filme seja a técnica. As cenas são construídas com uma perfeição ímpar. A fotografia é impecável e às vezes rouba a cena. O roteiro não é excepcional e talvez seja até um tanto longo demais, mas consegue construir bem a trajetória de Lyndon. O'Neal, que nem é grande ator, consegue crescer frente à lente de Kubrick, talvez seja seu melhor filme... exceto para quem gosta de chorar com Love Story! Mas acaba sendo um filme necessário para compreender como se faz um filme mesmo que o roteiro não seja fantástico e o transforma em algo melhor. Todos os recursos nas mãos de um grande diretor como Kubrick suprem as falhas existentes.
Que porcaria!!! Uma perda de tempo absoluta. Não é um filme, trata-se de uma colagem de esquetes que buscam criar alguma situação engraçada, mas que não ocorrem. Gustavo grita tanto que pensa estar no palco de algum teatro, os coadjuvantes são caricatos e sem qualquer interesse. Típica produção que a Rio Filme investe seu dinheiro no intuito de ganhar fácil e subestimar a inteligência do espectador!!! Isso não é cinema, mas um amontoado de situações estúpidas...talvez funcione no teatro porque no cinema dá vergonha!!!
Ainda bem que Dhalia voltou para o cinema nacional, onde tinha feito verdadeiras obras-primas até então... melhor esquecer GONE e tirar de sua cinebio. Serra Pelada é um filme que foge do estilo dos anteriores, inclusive no que tange à densidade dramática, aqui, parece que o aspecto documentarial ganha mais espaço. É importante que o espectador conheça melhor do que está se falando para que o interesse seja ampliado. E, nesse sentido, a produção foi muito feliz. Reconstruir Serra Pelada a transformou no ator principal do filme, se sobrepondo aos protagonistas e coadjuvantes. Há cenas memoráveis, como dos cantores cantando a mesma música... deprimente e que não precisava de mais nada. Temos alguns elementos para trazer ação para a trama e torná-la mais palatável, algo que Dhalia não precisava em seus filmes anteriores, ms aqui é uma grande produção. Ah, tem uma narrativa que lembra bastante Tropa de Elite e que não seria necessária... mas... Valeu Dhalia, um bom filme!
Que filme bonito! O primeiro aspecto chama a atenção é sua concepção visual, pois tem uma fotografia que se destaca demais! Mas tecnicamente também é muito bom e isso vai envolvendo o espectador gradativamente. A trama consegue fazer uma viagem por séculos, mas mantendo sua integridade e coerência. O romantismo acaba caindo muito bem neste caso. Quase no final o roteiro parece que vai perdendo a força e acaba forçando um final que deixa um tanto a desejar, mas isso não o desqualifica. Muito bom ver a qualidade desta animação nacional.
Memorial Day - Lembranças de Uma Guerra
3.2 21Propaganda melodramática sem muito valor. Nada de novo, tudo de novo outra vez!
Getúlio
3.1 383 Assista AgoraInteressante, um filme ao estilo Oliver Stone, mas sem grandes polêmicas. Bela fotografia e muito boas interpretações. É um filme que acaba se tornando hermético para quem não conhece bem a história brasileira, pois não há a preocupação didática (e isso é muito bom) em explicar determinadas situações. O roteiro é bem construído, pois apesar de todos saberem como o filme vai acabar, consegue manter a tensão. Ao centrar a trama em Vargas, mais do que ocorria politicamente fora do palácio, acabamos tendo uma visão mais do homem do que do presidente. Belo filme, mas que proporciona um amplo debate sobre cada aspecto mostrado!
Rudy - A História de Rudolph Giuliani
3.0 2Boa interpretação, mas a linguagem televisiva enfraquece o filme. Tem um ritmo que prejudica a narrativa e perde a dramaticidade. O que poderia ser um grande filme acaba sendo algo que mistura novela com seriado. Uma personalidade como Giuliani poderia ter tido um filme de qualidade!
Benny & Joon: Corações em Conflito
4.2 318 Assista AgoraEmocionante. Os personagens são incrivelmente bem construídos e fazem com que nos envolvamos completamente. O filme não tem nada de novo e tecnicamente é de uma simplicidade sem igual, mas os personagens são tão cativantes que não há necessidade de mais nada. Um dos grandes personagens de Depp.
A Sombra do Inimigo
2.7 238 Assista AgoraFilme de ação policial sem novidade e com personagens convencionais. Trama mais do que banal, uma vez que não traz nada de novo e mesmo as cenas de ação são repetidas. Filme médio para passar o tempo.
Além da Escuridão: Star Trek
4.0 1,4K Assista AgoraMuito melhor que o anterior, com um roteiro mais consistente e o elenco mais à vontade. Um belo filme da franquia com a tecnologia trabalhando a favor da trama.
Estamira
4.3 375 Assista AgoraBonito, tocante e angustiante. Ao mesmo tempo em que as coisas que Estamira diz são hipnotizantes, a situação que ela vive é deprimente. Conforme aprofundamos em sua trajetória de vida, mas angustiante o documentário fica. Uma fotografia que alterna p&b e cor e imprime uma beleza distinta à narrativa. Talvez o "único problema" seja o tempo, a narrativa não alterna muito e em alguns momentos torna-se repetitiva, então, se fosse mais curto seria ideal. Mas vale a pena assistir e refletir sobre esta Estamira.
Jornada da Alma
3.9 105Muito bonito... sensível e tocante. Um elenco bastante inspirado com personagens consistentes e densos. A trama é angustiante. Um romance completamente fora do contexto, mas que ganha uma intensidade envolvente. Uma fotografia simples, mas que consegue transmitir as fases do relacionamento do casal. Vale assistir este filme e depois Um Método Perigoso...
O Relutante Fundamentalista
3.6 32 Assista AgoraMeio cansativo e quase "com lição de moral". A estrutura narrativa do filme poderia ser interessante, mas parece que a edição não consegue dar ritmo à trama. O ator que faz o professor paquistanês é muito fraco e cansativo, quase inexpressivo. Os coadjuvantes estão bem, mas um tanto caricatos. Enfim, um roteiro previsível e cansativo. Uma direção sem criatividade.
Diana
3.0 346 Assista AgoraUm filme "bem feitinho", mas que lembra a fórmula de A Dama de Ferro. Watts consegue fazer uma Diana contida e bela. Roteiro e direção preferem optar por contar a história sem inovar. Não é um filme marcante, mas uma cinebio bonitinha...
Confissões de Adolescente
3.3 652Muito fraco, fraco mesmo. Roteiro extremamente pobre que se esconde nos efeitos da linguagem virtual. Muitas tramas superficiais que se transformam em algo sem profundidade e interesse. Tecnicamente bonitinho, mas perda de tempo... infelizmente, pois a série era muito bom e tinha tramas com densidade. Melhor que quiser fazer filmes para adolescentes assistir As Melhores Coisas do Mundo, esse sim, perfeito!
Reds
3.9 77Um filme tradicional, com uma narrativa linear, mas de beleza ímpar! Uma direção muito cuidadosa e que prima pelos detalhes de produção na reconstituição de época, seja nos EUA ou na Rússia. Também consegue transformar um tema bastante delicado para os EUA numa trama acessível, interessante e agradável. De certo modo, é possível perceber as dificuldades que o pensamento socialista teve para se difundir nos EUA, principalmente depois da Revolução Russa. Beatty também interpreta com grande maestria, talvez somente menor do que sua direção. É um filme logo, mas que todos os momentos são justificáveis pela necessidade de entender os meandros do poder na URSS e nos sindicatos que surgiam na época, os EUA, tentando se alinhar ao pensamento socialista. Um filme necessário!
O Grande Gatsby
3.9 2,7K Assista AgoraUm filme de Luhrmann, sem dúvida. Como pouco diretores, ele tem um estilo muito particular e quando tem em mãos um roteiro que lhe dá possibilidades, o transforma num grande show. Mas isso não é reducionismo do estilo deste diretor, pois já dirigiu belos filmes, no entanto, em Gatsby o show ficou maior que a trama. Parece que a direção se encantou com as possibilidades e quando percebeu estava criando um show. Alguns poderiam dizer que a casa de Gatsby requeria este show e o que Luhrmann fez foi apenas potencializar o sentimento que ele detinha Daisy... é possível, mas ganha uma dimensão incrível no filme. Mas temos outra característica de Luhrmann que é imbatível, o aspecto visual de seus filmes... a fotografia de Gatsby é uma obra de arte, tudo é belo e encantador. Mas quem acaba roubando a cena é Tobey Maguire. Ele consegue construir um personagem denso e ao mesmo tempo envolvido pelo que Gatsby representa. Dá coerência a ele e se transforma no fio condutor da trama, conforme o roteiro propõe. É um filme esteticamente impecável, contudo, que esconde um roteiro enfraquecido...
Um Estranho Chamado Elvis
3.5 22Este me parece ser o filme do gênero "simpático". O roteiro é simples e aposta parte nos gêneros roadmovie e drama. A premissa trágica também está presente em qualquer telefilme, mas de repente temos a entrada do personagem de Keitel que transforma tudo. Não é sua interpretação mais importante, mas neste filme ele impõe tanta "verdade" em seu Elvis que somos questionados a todos momento sobre quem é este homem. Mérito para a direção que consegue preservar este clima e o revive quando a trama está entrando para o caminho da convencionalidade. Fonda traz apenas sua beleza... o que de fato não é "apenas", pois ela é linda e ainda mais como Marylin, o mito que todo homem gostaria de beijar, como ela mesma diz! Schaech não ajuda muito, mas a direção consegue fazer com que ele não comprometa a trama. Por fim, mesmo para os não-fãs de Elvis o filme se torna um grande atrativo!
Havana
3.1 12Romantismos à parte, o filme proporciona um recorte dos momentos finais da dominação estadunidense a Cuba. A Havana Pollack encontra a velha burguesia local que estava totalmente ligada aos interesses estadunidenses e aceitava a corrupção como uma instituição nacional e, ao mesmo tempo, revolucionários que gradualmente conquistavam o poder. O recorte temporal de Pollack é perfeito e, para problematizar este momento, o personagem de Redford entra com cinismo e sem qualquer idealismo. O caráter do personagem de Redford serve exatamente para que a ilha seja apresentada ao espectador durante este processo. Ao mesmo tempo em que os turistas buscam todo o tipo de prazeres, há uma população politizada que se articula para fazer a revolução. O filme não chega a ser didático, pois Pollack tem o cuidado de compor muito bem as cenas. Também não se posiciona objetivamente, apesar de apresentar a crítica sobre a atuação estadunidense no país. Um filme interessante!
Norma Rae
3.7 50Temos um típico filme "datado". E não é apenas pela proposta do roteiro, que aprofunda na discussão do sindicalismo de modo bastante interessante, mas porque sua fotografia é típica de quando foi produzido. Não temos grandes imagens, tampouco cenas marcantes, trata-se de um filme que pretende discutir um tema e ir a fundo neste processo. É quase uma discussão sociológica, mas com a necessidade de não se aprofundar tanto porque pretende ser rentável. Temos um atriz que se sai muito bem como a líder sindicalista conscientizada. Também muitas das vertentes do sindicalismo são apresentadas no transcorrer da trama, daí ser "didático". Falta um roteiro mais interessante e que provoque o espectador além de tentar ensiná-lo. Por isso acaba perdendo a força com o transcorrer do tempo, mas tem a qualidade de trazer o debate para o grande cinema!
O Corte
3.9 129Não é o gênero de filme de Costa-Gravas que prefiro, acredito que suas obras com teor político são infinitamente maiores. Apesar de encontrarmos uma crítica político-econômica neste filme, sua característica melhor está na ruptura com a linguagem figurada e transformação dela em fato. Muitas vezes o mundo corporativo utiliza uma linguagem de guerra - inclusive adaptando "O Príncipe" e a "A Arte da Guerra" para esta área - no sentido figurado, mas ela é travada realmente. O que Costa-Gravas fez foi levar isso ao limite... e funcionou. Mas o filme é longo e acaba se tornando cansativo a partir do momento em que não traz novidades para a trama. Evidentemente que esta é uma falha de roteiro. Mas o restante não tem a genialidade dese diretor, é tudo muito burocrático e a ironia da situação poucas vezes consegue empolga o espectador. Acaba sendo um bom filme como experimento, mas nada mais do que isso!
Stanley Kubrick: Imagens de uma Vida
4.3 78 Assista AgoraPara falar sobre Kubrick, nada menos do que um documentário de altíssima qualidade. Trata-se de um documentário com uma linguagem bem tradicional, mas que consegue apresentar Kubrick para quem não conhece sua obra e chamar a atenção dos fãs para alguns elementos que o transformaram no gênio que foi. Muito boas entrevistas e inserção de seus filmes. Correto e necessário, são dos adjetivos que expressam muito bem o que representa este documentário!
Antes do Amanhecer
4.3 1,9K Assista AgoraEste é o típico filme que precisamos rever constantemente para fugir de visões pré-concebidas. Quando assisti pela primeira vez, talvez devido a algum tipo de similaridade de vida, achei que era apenas um filminho romântico. Simples sem qualquer pretensão e que por isso se tornava simpático. Alguns anos depois voltei a assisti-lo e percebi que não era apenas um romancezinho, havia algo mais escondido naquela simplicidade, algo que muitas vezes o cinema não consegue captar, porque tem a ver com expor sentimentos que não podem ser verbalizados sob o risco de se tornarem banais. O filme ganhou muito em qualidade... agora revendo novamente, e conhecendo suas continuações, este encontro dos dois sob aquela circunstância ganha uma dimensão incrível. A simplicidade do roteiro e o modo com que foi dirigido, simplesmente conseguem expressar sentimentos com imagens e diálogos coloquiais... Belo filme...
Kick-Ass 2
3.6 1,8K Assista AgoraAgora é apenas um filme muito bom, não mais gera aquele impacto do primeiro. Tampouco o charme da Hit-Girl é repetido. É um filme correto e que respeita o original, mas não tem o mesmo atrativo. A cenas de ação não se comparam ao primeiro e a menina cresceu, o que era fundamental para fugir do politicamente correto. Aqui, Hit-Girl adolescente é interessante, inclusive com dilemas que chamam à atenção... mas não é a mesma coisa. Kick-Ass perdeu muito o espaço na trama e a única coisa boa foi não ter Cage no elenco, pois se transformou num canastrão! Tomara que não haja 3, pois pode ser que não sobre muita coisa!
Barry Lyndon
4.2 400 Assista AgoraAcredito que o aspecto mais importante neste filme seja a técnica. As cenas são construídas com uma perfeição ímpar. A fotografia é impecável e às vezes rouba a cena. O roteiro não é excepcional e talvez seja até um tanto longo demais, mas consegue construir bem a trajetória de Lyndon. O'Neal, que nem é grande ator, consegue crescer frente à lente de Kubrick, talvez seja seu melhor filme... exceto para quem gosta de chorar com Love Story! Mas acaba sendo um filme necessário para compreender como se faz um filme mesmo que o roteiro não seja fantástico e o transforma em algo melhor. Todos os recursos nas mãos de um grande diretor como Kubrick suprem as falhas existentes.
Minha Mãe é Uma Peça: O Filme
3.7 2,6K Assista AgoraQue porcaria!!! Uma perda de tempo absoluta. Não é um filme, trata-se de uma colagem de esquetes que buscam criar alguma situação engraçada, mas que não ocorrem. Gustavo grita tanto que pensa estar no palco de algum teatro, os coadjuvantes são caricatos e sem qualquer interesse. Típica produção que a Rio Filme investe seu dinheiro no intuito de ganhar fácil e subestimar a inteligência do espectador!!! Isso não é cinema, mas um amontoado de situações estúpidas...talvez funcione no teatro porque no cinema dá vergonha!!!
Serra Pelada
3.6 353 Assista AgoraAinda bem que Dhalia voltou para o cinema nacional, onde tinha feito verdadeiras obras-primas até então... melhor esquecer GONE e tirar de sua cinebio. Serra Pelada é um filme que foge do estilo dos anteriores, inclusive no que tange à densidade dramática, aqui, parece que o aspecto documentarial ganha mais espaço. É importante que o espectador conheça melhor do que está se falando para que o interesse seja ampliado. E, nesse sentido, a produção foi muito feliz. Reconstruir Serra Pelada a transformou no ator principal do filme, se sobrepondo aos protagonistas e coadjuvantes. Há cenas memoráveis, como dos cantores cantando a mesma música... deprimente e que não precisava de mais nada. Temos alguns elementos para trazer ação para a trama e torná-la mais palatável, algo que Dhalia não precisava em seus filmes anteriores, ms aqui é uma grande produção. Ah, tem uma narrativa que lembra bastante Tropa de Elite e que não seria necessária... mas... Valeu Dhalia, um bom filme!
Uma História de Amor e Fúria
4.0 657Que filme bonito! O primeiro aspecto chama a atenção é sua concepção visual, pois tem uma fotografia que se destaca demais! Mas tecnicamente também é muito bom e isso vai envolvendo o espectador gradativamente. A trama consegue fazer uma viagem por séculos, mas mantendo sua integridade e coerência. O romantismo acaba caindo muito bem neste caso. Quase no final o roteiro parece que vai perdendo a força e acaba forçando um final que deixa um tanto a desejar, mas isso não o desqualifica. Muito bom ver a qualidade desta animação nacional.