Premissa inusitada e inovadora, acredito que poucos filmes se ousaram a experimentar algo assim na época, no entanto, nem por isso deve escapar da crítica, já que a ideia possa ser boa e em alguns momentos ela é bem sucedida na fita, mas geralmente muito mal executada. Em vários momentos parece que o filme se perde, tornando-se bastante confuso e enfadonho, tanto foi, que aquela linda dramatização envolvendo a mãe da personagem principal pouco importa durante aquela frenética bizarra que o espectador é "obrigado" a acompanhar. Destaque para o elenco todo feminino e para a "Kung-Fu", que é maravilhosa. O pior que o filme não conseguiu ser terror e nem comédia. No mais, não gostei, só o que tenho a dizer no momento.
Fui eu e mais umas três pessoas que assistiram este filme no cinema, imagino que causaria uma perturbação caso o local estivesse com muitas pessoas, se as mesmas tivessem certa maturidade ocorreria numa boa, mas bem sabemos que maturidade não se simpatiza com multidão. Enfim, um filme difícil e luxurioso, corajoso e contundente, todavia, vazio, sem história e significado, parece ser feito apenas para causar sensações instintivas no expectador, não há uma profundidade (e nem tenta isso) com o tema tratado. O interessante que o filme se chama "O Império dos Sentidos", entretanto, tão desprovido de significado. Pela coragem e maturidade à abordagem do sexo explícito, 3 estrelas.
Mais uma animação que assisto que tinha os elementos fundamentais para fazer parte de meus favoritos, como o valor da amizade, ser leal a quem se gosta, Japão feudal, etc. Porém, a obra prefere trocar a nobreza pela superficialidade de uma aventurinha pra lá de maçante e clichê, junto com uma trilha sonora que parecia uma mesclagem de oriente com gaita escocesa ao ritmo de Braveheart, que apesar de boa, fica chatinha de tão repetitiva no anime. Roteiro fraco e tentativa de emocionar fraca também.
Primeiramente foi muito bom assistir algo dos anos 90, que considero a época de ouro dos animes aqui no Brasil. O traço, os efeitos sonoros nos momentos de ação são bem característicos, davam uma sensação mais expressiva comparados com alguns animes apáticos que temos hoje em dia. A história é interessante no começo, entretanto, achei que perde muita força em seu desenrolar, do quinto episódio em diante ocorre uma bruta mudança de perspectiva, isso me incomodou um pouco, tanto foi que a protagonista (Yakumo) não retornou ao seu objetivo principal que foi muito bem trabalhado no segundo episódio. A melhor qualidade do anime é a sua trilha sonora, passa todo aquele clima de serenidade de uma viagem a lugares exóticos e aventurescos.
Acredito que quem viu o filme ao pé da letra não o compreendeu, “Besouro” é essencialmente mitológico e espiritualista, sua intenção foi narrar os acontecimentos com magia, porém, sem abandonar a realidade. Aliás, essa foi a melhor sacada da obra, preparar a nossa mente racional e crítica com fábulas e crenças do Candomblé, com experiências psicodélicas envolvendo entidades da religião africana, onde a capoeira tem sua origem, tudo de forma harmoniosa, para que pudéssemos, sem travas, voar junto com Besouro. Os efeitos de luta foram os dos mais belos, não perdem nada para “O Tigre e o Dragão”, até mesmo o jeito de jogar capoeira das antigas foi conservado, assim como o toque do berimbau. Só fiquei um pouco perdido com o final, esperava melhores explicações e também achei que o filme terminou muito rápido, entretanto, compreendi sua temática sendo contada como um conto, como uma parábola, vinculada a sua profundidade religiosa
A ideia do filme é grandiosa, ficção científica de primeira linha, de que a mente é que manda em tudo mesmo, que as capacidades psíquicas ficam em dúvida se são uma benção ou uma maldição. Essas impressões são bem legais em obras como essa, ou melhor, em obras que conseguem passar essas impressões. O suspense das mortes causa medo pela imprevisibilidade, inclusive até personagens que dão a entender que durarão muito mais na fita, e falando mais, algumas delas são bem sucedidas em enojar o espectador, bem longe de “The Fly”, porém, o diretor deixa sua marca mais uma vez.
Estava achando que “O Riso dos Outros” seria um documentário mais voltado para o Bullying, tanto nas escolas, redes sociais e entre outros meios. Bem, rir da tragédia alheia também já é uma caracterização de Bullying, mas nem sempre de forma tão direta. Esse filme é puramente isto: O limite do humor, até onde uma piada é válida. Cabe ao espectador definir o seu ponto de vista, uns acham que tudo é relativo e depende sempre das circunstâncias, ficam em cima do muro e não emitem alguma opinião, sendo ela de direita ou de esquerda. Esclarecendo que a piada sempre tem um alvo, seja uma pessoa, ideologia, cultura, política e que exige de nós a capacidade de não se compadecer da tragédia, do constrangedor, nem que seja temporariamente, para sentirmos a graça da coisa. “O Riso dos Outros” aborda de forma excelente esses aspectos, aprendi muito e abriu em mim muitas reflexões que estavam adormecidas. Recomendado!
Assistir Ip Man não é só se deslumbrar com as fantásticas cenas de luta, mas a visualização patente do que ser um grande mestre. Ip Man se diferencia dos demais mestres de sua região, todos são vaidosos, buscam status, reconhecimento e têm a ambição de estar no auge da modalidade. Talvez no começo Ip Man tenha sido mesmo assim, mas a sua iluminação lhe ensinou que nada disso faz sentido, tudo isso está fadado à destruição, e o que de fato importa é o amor das pessoas ao redor. Aprendemos com Ip Man que nos momentos mais duros da vida não adianta reclamar ou abaixar a cabeça, o que só podemos fazer é viver com dignidade até os últimos instantes, que não importa o quão mestres podemos ser em algo, pois a vida sempre será a maior mestra que temos.
Eh, deu uma boa melhorada em relação ao primeiro filme, embora não tenha conseguido sentir ainda alguns personagens. Reconheço que pode ser um papo chato ficar comparando o mangá/anime com a adaptação, sei disso porque às vezes critico os leitores de Game of Thrones e The Walking Dead, mas em alguns casos não dá mesmo para ficar calado e aceitar tudo numa boa. Yahiko, por exemplo. Meus Deus! Qual foi a razão de terem escolhido um ator mirim tão ruim com cara de retardado para interpretar o enérgico e determinado Yahiko? E outra, no mangá e anime, o Yahiko é fanático por Kenshin, querendo ser como ele, seguir os passos dele, nesses filmes aí ele malmente fala com o Battousai. Não dá, não dá mesmo, esse Yahiko aí não convence nem mesmo uma formiga. Sanosuke ainda continua péssimo, embora evoluiu na parte do reencontro com o Kenshin, dando-lhe um soco e dizendo que queria ajudar, nos originais o Sano fica puto mesmo com o Himura, porém, aqueles chiliques que o ator fez foram ridículos demais, ainda mais ridículo ao pensar que estava se aproximando do jeitão do Sanosuke. Para, para, já está demais! Tudo, tudo, nesses filmes o Sano dá um grito, dá um esparro; alto lá, Sano tem uma personalidade forte, só que também tem seus momentos de serenidade, talvez ele melhore no terceiro filme. Destaque para o Soujirou Seta, que em minha opinião ficou muito bem adaptado, não está com a fisionomia tão inocente como nos originais, entretanto, ainda assim ficou excelente, modo de lutar, tonalidade de voz, sempre sorridente, tudo muito bom. Outro que ficou muito legal foi o Cho, membro da Juppongatana, até a piscada de olho o ator introduziu, marca registrada da personagem. Okina sério demais, em nenhum momento ele fez uma gracinha, mas tudo bem. A luta dele com o Aoshi foi espetacular, o velhote ali representou. Até da Misao eu gostei, quem diria, sendo que eu achava a personagem mais difícil de interpretar, não tá lá aquela Misao frenética, no entanto, ficou boa. Por incrível que pareça, a galera vai achar que sou muito chato (to nem aí, he,he), não estava conseguindo sentir o Kenshin durante o filme inteiro até a parte em que ele fica desesperado tentando salvar a Kaoru, ali o Kenshin mostrou a sua verdadeira essência de sempre querer o melhor para as pessoas, porque o Himura Battousai é totalmente humanitário. Tudo tem boas condições de só melhorar com o terceiro filme com a chegada do Seijuro Hiko, nem vou criticar o ator porque realmente é IM-POS-SÍ-VEL um ser humano normal interpretar o Hiko, talvez um espadachim bem malhadão. ^_^
Devo ter sido um dos poucos que não conseguiu apreciar essa adaptação de Rurouni Kenshin. Fui com muitas esperanças, o trailer me animou bastante com as cenas de lutas dinâmicas, porém, inseridas dentro da continuidade da fita, me pareceu que elas não se encaixaram tão bem. Também não gostei das atuações, ninguém conseguiu me marcar com a presença dos incomparáveis personagens do clássico mangá e anime, vi um Kenshin meio que sem “vida”, em minha opinião o ator não conseguiu passar a ternura e o carisma do protagonista, embora tenha caprichado nas movimentações de combate, mas ainda assim elas não lembravam muito o estilo Hiten Mitsurugi, as lutas pareciam mais de filmes de Kung-Fu usando espadas, ou seja, de modo flexível e variado demais. Hajime Saitou nem se fala, nem de longe lembrou a altivez do personagem, assim como Sanosuke Sagara ficou ridículo, Kaoru sem expressão alguma e um Yahiko débil demais. Possa ser que eu esteja sendo exigente demais e que realmente é impossível imitar de maneira perfeita as personagens marcantes de Samurai X, entretanto, poderia ser melhor, ou dizendo, poderia ser menos pior. Juro que tentei gostar, tentei mesmo, porque adoro o mangá e o anime, mas não deu, infelizmente.
Apesar das duras críticas que "Somos Tão Jovens" recebeu, por tratar a trama com notável superficialidade, atuações vergonhosas (nesse setor, destaque para o ator que fez o pai do Renato, ruim demais) e ritmo um tanto que "atropelado"; admito que mesmo assim gostei do filme. Um pouco da essência do que foi Renato, com certeza está nele. Um jovem bastante enérgico, com grandes ideias, inteligência inata, mesmo muito novo já era professor de inglês e tinha uma fluência invejável no idioma, até o lado "chatinho" do Renato era algo interessante de se ver. Acredito que todos nós que curtimos a banda gostaríamos de ver o Renato de perto em seu cotidiano. com suas nerdices delirantes, rs. Digo também que o filme teve um toque bastante pessoal para mim, que não cabe bem entrar em detalhes, me fazendo refletir sobre minha própria vida e o que de melhor posso fazer para melhorá-la, assim como a de meus semelhantes e dessemelhantes. Há também momentos bem fofos, emocionantes, envolvendo a sensibilidade do Renato, como a partida de seu amigo gringo, a morte de John Lennon e principalmente o problema que teve com sua amiga Aninha. É verdade que o filme poderia ser bem melhor, porém, ainda assim compensa bem.
Detalhe: fiquei sabendo que o ator que fez o Renato (Thiago Mendonça) cantou sem fazer uso de Playback durante o filme inteiro. Um fato como esse não pode passar em branco, né? É impressionante! Ator é um bicho macaco imitador mesmo, viu! Parece um Uchiha usando o Sharingan (não esquente se não entendeu o que quis dizer na última parte, rs).
Uma obra-prima com um impacto de sensações visuais tão marcantes, tudo nessa animação é sensacional. A história, a técnica, a criatividade, o surrealismo, a trilha sonora, a dura crítica ao comportamento humano de querer dominar tudo, inclusive aos seres da própria espécie: “Eles mesmos destruíram a própria civilização, duvidamos que eles sejam mesmo inteligentes!”. É um filme que se difere de qualquer outro pela audácia em explorar o estranho e transformar tudo em beleza. Canaliza, invade o ancestral dentro de nós. Sem palavras.
O filme todo parece ser apenas uma longa extensão de mais um episódio filler da série animada, inclusive o tal Shigere Takami teve uma participação na série oficial, porém, não consegui identificar em qual episódio exatamente. Não chega a ser excelente, mas é um bom filme de Samurai X, a trama é interessante ao ponto de nos deixar aflito sobre a culpa oculta do Kenshin em todo o incidente, fazendo o Himura se lembrar mais uma vez entre tantas de que suas ações passadas como o lendário Hitokiri Battousai sempre trarão consequências para a sua vida e sua era. Lembrando do OVA Seisouhen ficamos ainda mais tristes por saber a tragédia que tudo isso irá gerar. Enfim, esses OVA's e filmes só fazem mesmo sentido para quem conhece a série ou o mangá, portanto, recomendo que passem pela origem primeiro.
Um documentário denso, veemente, bastante íntimo sobre a personalidade perturbada, dócil e sensível de Kurt Cobain. Conseguimos vislumbrar o quanto ele era mentalmente agitado com potencial enorme para as artes e importantes projetos. No entanto, como erro de percurso, por problemas familiares, ele acaba se perdendo dentro de sua própria hiperatividade. De um extremo ao outro, vai se definhando paulatinamente, se drogando cada vez mais, até bater o súbito desespero de que nunca mais conseguirá ser o que sempre quis. Com isso o desfecho trágico: Melhor queimar do que se apagar aos poucos. Adeus!
Oh meu Deus! Finalmente encontrei! Juro que tinha séculos que buscava esse filme e nada, existe um take junto com uma trilha sonora super fofa que marcou demais meu subconsciente, sempre lembrava dessa cena com muita emoção. Também vi esse filme mais de umas 5 vezes na Band, sessão Kickboxer.
Existem mais uns 3 filmes que ainda procuro, mas que eu saiba eles não passavam na Band. Um foi em VHS em que começava com dois lutadores se encarando a distância, em um lugar cheio de gente, parecendo uma feira, só que na China. Um era mais musculoso enquanto outro era mais magro. Quando eles ficaram na proximidade certa, começaram a lutar. Lutas muito bem feitas. Nesse filme mais para adiante, também tinha ninjas com uniforme de variadas cores, uns vestindo verde, azul, preto. Isso na minha infância era um deleite.
Só dei a descrição de um que estou na busca, os outros vou deixar para depois. Quem souber mais ou menos do filme que tento me referir, por favor, me avise.
Achei esse filme uma grande idiotice. Não sou de odiar filmes, porém, esse passou dos limites pra mim. Fotografia perfeita, belíssimos movimentos de câmera, estética exuberante, mas e daí? Só isso não faz um bom filme. Se quero ver sublimes quadros, acho mais proveitoso baixar as obras de arte do Thomas Kinkade. Nossa, "Hotel Budapeste" é chato demais, não consegui ver excelência nenhuma na história para ser indicado ao Oscar como melhor filme, está mais para Framboesa. Que coisa robótica, que coisa vazia e enfadonha.
Admito que fui pego na inocente impressão de que se trataria de um blockbuster a lá Christopher Nolan e que o único destaque seria o Michael Keaton em sua atuação, mas fui enganado (ou me deixei enganar), pois trata-se de um filme bem diferente que a publicidade o fez parecer. À verdade é que achei o filme completo, com uma metalinguagem de cair o queixo, principalmente a analogia da carreira do Keaton e seu clássico Batman com a do Riggan e seu Birdman. De toda forma, ainda tenho o Eddie Redmayne como o meu favorito para levar o Oscar de melhor ator, não tem como algum outro ator tirar a coroa dele, sem dúvidas que foi a atuação mais encarnada, mais difícil. Entretanto, não ficaria surpreso de “Birdman” levar o de Melhor Filme, mormente pelo um dos finais mais bizarros e matadores, pois mata de curiosidade.
“Whiplash” é monstruosamente visceral, eis a palavra que define muito bem. O dinamismo do filme se apresenta logo no início, sem perder tempo, sem frescuras, dando as suas primeiras de muitas aplicações de adrenalina no meio da espinha do espectador. Neiman e Fletcher, os principais personagens, foram trabalhados de forma assustadora, de modo que eles não param de colocar lenha na fogueira e não deixam a ardente chama perder luz por nenhum segundo durante a película inteira. Essa coisa flamejante continua conosco após a sessão e quem sabe para a vida inteira. “Whiplash – Em Busca da Perfeição” (lindo título nacional) é um filme inesquecível, difícil achar um com uma presença tão marcante. Pregos no doloroso coração.
Stephen Hawking fala sobre "A Teoria de Tudo": http://hypescience.com/stephen-hawking-ataca-de-critico-de-cinema-e-fala-sobre-teoria-de-tudo-e-interstellar/
É um ótimo filme e homenageou bem o Stephen Hawking. Errou um pouco em acelerar no romance e a condução foi clichê, deixou aquela sensação se o acontecido foi mesmo real ou era só coisa de cinema, mas a fita consegue resolver isso de sua maneira. O resultado é satisfatório.
Impressionante mesmo foi a super e mega performance do ator que fez o Hawking, incrível como ele incorporou, a semelhança era absurdamente perfeita. Chocante! A atuação dele foi tão potente quanto à do Daniel Day-Lewis em “Meu Pé Esquerdo”. Se ganhar o Oscar vai ser mais do que merecido.
A inteligência da Amy é tão fascinante que se não estivermos bem embasados em nossa autocrítica corremos um perigoso risco de acharmos tudo o que ela fez muito bonito. A engenhosidade, de toda forma, sempre é bela; agora para onde ela é usada abre espaço para polêmicas.
Porém “Gone Girl” tem argumentos bem notáveis que o tiram da reta da acusação de apologia aos psicopatas, embora impressões fortes de construir uma personagem imbatível, com ninguém ao nível de desafiá-la de igual para igual, sem dúvidas que fazem dela algo perto de uma “entidade”, maligna e perturbada. Seria uma esposa ideal para Hannibal? Antes que me esqueça, a Amy também me lembrou da Brenda de “Six Feet Under” nos primeiros episódios, uma garota genial que tem a sua infância transformada em “arte lucrativa”. Diferente da Brenda, o filme não foca muito se a “infância vendida” deixou a Amy transtornada, apenas confia na tese de que um QI muito alto pode ser um problema para ela os demais envolventes, se algo em seu mundo emocional não estiver bem resolvido.
Com toda certeza que o filme é de muita qualidade, tem muito que contar e discutir além de seu primoroso “Plot Twist” e personagem marcante. Destaca-se igualmente o sensacionalismo da mídia e como ela é manipuladora na opinião pública, assim como alguém bem entendido do mecanismo do sistema pode facilmente manipulá-lo. O final é de impacto, pode cair no positivo ou negativo dependendo do julgamento de cada um, porque não desempata aquela surreal jogada. Este final equilibrado e aberto, em minha opinião, foi uma escolha bem sábia.
Ótimo, complexo, profundo, investigativo, encantador, também divertido e sombrio. Todas essas qualidades mescladas em uma hora e meia de longa. É um trabalho que exige raciocínio e bastante atenção, muitos tópicos podem passar despercebidos se a pessoa não estiver “preparada”, geralmente pegando uma animação como essa achando que vai ser mais uma como qualquer outra. Para quem assistiu, é impossível não se lembrar do filme “A Origem”, ambos tem bastantes semelhanças, porém o desenrolar é completamente diferente. “Inception” parece ser mais fragmentado, bem dividido e mais “explicado” (embora mesmo assim continue muito complicado, rs). “Paprika” meio que universaliza a coisa toda, os sonhos se aproximam mais da ilógica que conhecemos, seguindo caminhos mais aleatórios, embora haja aquela conspiração que manipula conscientemente o subconsciente, pelo menos até perder o dito controle. Um dos poucos problemas da obra do Satoshi Kon é que não explica direito como o mini capturador de sonhos (DC-mini) acabou contagiando o mundo inteiro além dos pesquisadores envolvidos no projeto (pelo menos eu não entendi bem essa parte, ou talvez até outras, se alguém puder dá uma ajuda, de toda forma, acho que vou ter que rever esse anime algumas vezes para poder absorver melhor os detalhes. Esses detalhes dizem muito). Será que todos foram expostos através de alguma técnica (sejam ondas alfa ou sei lá o quê) que a película não enfatiza? Enfim, de toda forma é uma animação genial, faz jus ao autor.
Meu despretensioso Blog de Cinema: http://diariofilmes.blogspot.com.br/
Hausu
3.7 241Premissa inusitada e inovadora, acredito que poucos filmes se ousaram a experimentar algo assim na época, no entanto, nem por isso deve escapar da crítica, já que a ideia possa ser boa e em alguns momentos ela é bem sucedida na fita, mas geralmente muito mal executada. Em vários momentos parece que o filme se perde, tornando-se bastante confuso e enfadonho, tanto foi, que aquela linda dramatização envolvendo a mãe da personagem principal pouco importa durante aquela frenética bizarra que o espectador é "obrigado" a acompanhar. Destaque para o elenco todo feminino e para a "Kung-Fu", que é maravilhosa. O pior que o filme não conseguiu ser terror e nem comédia. No mais, não gostei, só o que tenho a dizer no momento.
O Império dos Sentidos
3.3 307 Assista AgoraFui eu e mais umas três pessoas que assistiram este filme no cinema, imagino que causaria uma perturbação caso o local estivesse com muitas pessoas, se as mesmas tivessem certa maturidade ocorreria numa boa, mas bem sabemos que maturidade não se simpatiza com multidão. Enfim, um filme difícil e luxurioso, corajoso e contundente, todavia, vazio, sem história e significado, parece ser feito apenas para causar sensações instintivas no expectador, não há uma profundidade (e nem tenta isso) com o tema tratado. O interessante que o filme se chama "O Império dos Sentidos", entretanto, tão desprovido de significado. Pela coragem e maturidade à abordagem do sexo explícito, 3 estrelas.
Sword of the Stranger
4.2 69 Assista AgoraMais uma animação que assisto que tinha os elementos fundamentais para fazer parte de meus favoritos, como o valor da amizade, ser leal a quem se gosta, Japão feudal, etc. Porém, a obra prefere trocar a nobreza pela superficialidade de uma aventurinha pra lá de maçante e clichê, junto com uma trilha sonora que parecia uma mesclagem de oriente com gaita escocesa ao ritmo de Braveheart, que apesar de boa, fica chatinha de tão repetitiva no anime. Roteiro fraco e tentativa de emocionar fraca também.
3×3 Eyes
3.6 4Primeiramente foi muito bom assistir algo dos anos 90, que considero a época de ouro dos animes aqui no Brasil. O traço, os efeitos sonoros nos momentos de ação são bem característicos, davam uma sensação mais expressiva comparados com alguns animes apáticos que temos hoje em dia. A história é interessante no começo, entretanto, achei que perde muita força em seu desenrolar, do quinto episódio em diante ocorre uma bruta mudança de perspectiva, isso me incomodou um pouco, tanto foi que a protagonista (Yakumo) não retornou ao seu objetivo principal que foi muito bem trabalhado no segundo episódio. A melhor qualidade do anime é a sua trilha sonora, passa todo aquele clima de serenidade de uma viagem a lugares exóticos e aventurescos.
Besouro
3.1 551Acredito que quem viu o filme ao pé da letra não o compreendeu, “Besouro” é essencialmente mitológico e espiritualista, sua intenção foi narrar os acontecimentos com magia, porém, sem abandonar a realidade. Aliás, essa foi a melhor sacada da obra, preparar a nossa mente racional e crítica com fábulas e crenças do Candomblé, com experiências psicodélicas envolvendo entidades da religião africana, onde a capoeira tem sua origem, tudo de forma harmoniosa, para que pudéssemos, sem travas, voar junto com Besouro. Os efeitos de luta foram os dos mais belos, não perdem nada para “O Tigre e o Dragão”, até mesmo o jeito de jogar capoeira das antigas foi conservado, assim como o toque do berimbau. Só fiquei um pouco perdido com o final, esperava melhores explicações e também achei que o filme terminou muito rápido, entretanto, compreendi sua temática sendo contada como um conto, como uma parábola, vinculada a sua profundidade religiosa
Scanners: Sua Mente Pode Destruir
3.5 251A ideia do filme é grandiosa, ficção científica de primeira linha, de que a mente é que manda em tudo mesmo, que as capacidades psíquicas ficam em dúvida se são uma benção ou uma maldição. Essas impressões são bem legais em obras como essa, ou melhor, em obras que conseguem passar essas impressões. O suspense das mortes causa medo pela imprevisibilidade, inclusive até personagens que dão a entender que durarão muito mais na fita, e falando mais, algumas delas são bem sucedidas em enojar o espectador, bem longe de “The Fly”, porém, o diretor deixa sua marca mais uma vez.
O Riso dos Outros
4.2 152Estava achando que “O Riso dos Outros” seria um documentário mais voltado para o Bullying, tanto nas escolas, redes sociais e entre outros meios. Bem, rir da tragédia alheia também já é uma caracterização de Bullying, mas nem sempre de forma tão direta. Esse filme é puramente isto: O limite do humor, até onde uma piada é válida. Cabe ao espectador definir o seu ponto de vista, uns acham que tudo é relativo e depende sempre das circunstâncias, ficam em cima do muro e não emitem alguma opinião, sendo ela de direita ou de esquerda. Esclarecendo que a piada sempre tem um alvo, seja uma pessoa, ideologia, cultura, política e que exige de nós a capacidade de não se compadecer da tragédia, do constrangedor, nem que seja temporariamente, para sentirmos a graça da coisa. “O Riso dos Outros” aborda de forma excelente esses aspectos, aprendi muito e abriu em mim muitas reflexões que estavam adormecidas. Recomendado!
Sweeney Todd: The Demon Barber of Fleet Street
3.8 3E eu achando que o do Burton era o original, que nada, Burton copiou até as músicas.
O Grande Mestre 3
3.7 155 Assista AgoraAssistir Ip Man não é só se deslumbrar com as fantásticas cenas de luta, mas a visualização patente do que ser um grande mestre. Ip Man se diferencia dos demais mestres de sua região, todos são vaidosos, buscam status, reconhecimento e têm a ambição de estar no auge da modalidade. Talvez no começo Ip Man tenha sido mesmo assim, mas a sua iluminação lhe ensinou que nada disso faz sentido, tudo isso está fadado à destruição, e o que de fato importa é o amor das pessoas ao redor. Aprendemos com Ip Man que nos momentos mais duros da vida não adianta reclamar ou abaixar a cabeça, o que só podemos fazer é viver com dignidade até os últimos instantes, que não importa o quão mestres podemos ser em algo, pois a vida sempre será a maior mestra que temos.
Samurai X: Inferno de Kyoto
4.1 176 Assista AgoraEh, deu uma boa melhorada em relação ao primeiro filme, embora não tenha conseguido sentir ainda alguns personagens. Reconheço que pode ser um papo chato ficar comparando o mangá/anime com a adaptação, sei disso porque às vezes critico os leitores de Game of Thrones e The Walking Dead, mas em alguns casos não dá mesmo para ficar calado e aceitar tudo numa boa. Yahiko, por exemplo. Meus Deus! Qual foi a razão de terem escolhido um ator mirim tão ruim com cara de retardado para interpretar o enérgico e determinado Yahiko? E outra, no mangá e anime, o Yahiko é fanático por Kenshin, querendo ser como ele, seguir os passos dele, nesses filmes aí ele malmente fala com o Battousai. Não dá, não dá mesmo, esse Yahiko aí não convence nem mesmo uma formiga. Sanosuke ainda continua péssimo, embora evoluiu na parte do reencontro com o Kenshin, dando-lhe um soco e dizendo que queria ajudar, nos originais o Sano fica puto mesmo com o Himura, porém, aqueles chiliques que o ator fez foram ridículos demais, ainda mais ridículo ao pensar que estava se aproximando do jeitão do Sanosuke. Para, para, já está demais! Tudo, tudo, nesses filmes o Sano dá um grito, dá um esparro; alto lá, Sano tem uma personalidade forte, só que também tem seus momentos de serenidade, talvez ele melhore no terceiro filme. Destaque para o Soujirou Seta, que em minha opinião ficou muito bem adaptado, não está com a fisionomia tão inocente como nos originais, entretanto, ainda assim ficou excelente, modo de lutar, tonalidade de voz, sempre sorridente, tudo muito bom. Outro que ficou muito legal foi o Cho, membro da Juppongatana, até a piscada de olho o ator introduziu, marca registrada da personagem. Okina sério demais, em nenhum momento ele fez uma gracinha, mas tudo bem. A luta dele com o Aoshi foi espetacular, o velhote ali representou. Até da Misao eu gostei, quem diria, sendo que eu achava a personagem mais difícil de interpretar, não tá lá aquela Misao frenética, no entanto, ficou boa. Por incrível que pareça, a galera vai achar que sou muito chato (to nem aí, he,he), não estava conseguindo sentir o Kenshin durante o filme inteiro até a parte em que ele fica desesperado tentando salvar a Kaoru, ali o Kenshin mostrou a sua verdadeira essência de sempre querer o melhor para as pessoas, porque o Himura Battousai é totalmente humanitário. Tudo tem boas condições de só melhorar com o terceiro filme com a chegada do Seijuro Hiko, nem vou criticar o ator porque realmente é IM-POS-SÍ-VEL um ser humano normal interpretar o Hiko, talvez um espadachim bem malhadão. ^_^
Samurai X: O Filme
4.0 611 Assista AgoraDevo ter sido um dos poucos que não conseguiu apreciar essa adaptação de Rurouni Kenshin. Fui com muitas esperanças, o trailer me animou bastante com as cenas de lutas dinâmicas, porém, inseridas dentro da continuidade da fita, me pareceu que elas não se encaixaram tão bem. Também não gostei das atuações, ninguém conseguiu me marcar com a presença dos incomparáveis personagens do clássico mangá e anime, vi um Kenshin meio que sem “vida”, em minha opinião o ator não conseguiu passar a ternura e o carisma do protagonista, embora tenha caprichado nas movimentações de combate, mas ainda assim elas não lembravam muito o estilo Hiten Mitsurugi, as lutas pareciam mais de filmes de Kung-Fu usando espadas, ou seja, de modo flexível e variado demais. Hajime Saitou nem se fala, nem de longe lembrou a altivez do personagem, assim como Sanosuke Sagara ficou ridículo, Kaoru sem expressão alguma e um Yahiko débil demais. Possa ser que eu esteja sendo exigente demais e que realmente é impossível imitar de maneira perfeita as personagens marcantes de Samurai X, entretanto, poderia ser melhor, ou dizendo, poderia ser menos pior. Juro que tentei gostar, tentei mesmo, porque adoro o mangá e o anime, mas não deu, infelizmente.
Somos Tão Jovens
3.3 2,0KApesar das duras críticas que "Somos Tão Jovens" recebeu, por tratar a trama com notável superficialidade, atuações vergonhosas (nesse setor, destaque para o ator que fez o pai do Renato, ruim demais) e ritmo um tanto que "atropelado"; admito que mesmo assim gostei do filme. Um pouco da essência do que foi Renato, com certeza está nele. Um jovem bastante enérgico, com grandes ideias, inteligência inata, mesmo muito novo já era professor de inglês e tinha uma fluência invejável no idioma, até o lado "chatinho" do Renato era algo interessante de se ver. Acredito que todos nós que curtimos a banda gostaríamos de ver o Renato de perto em seu cotidiano. com suas nerdices delirantes, rs. Digo também que o filme teve um toque bastante pessoal para mim, que não cabe bem entrar em detalhes, me fazendo refletir sobre minha própria vida e o que de melhor posso fazer para melhorá-la, assim como a de meus semelhantes e dessemelhantes. Há também momentos bem fofos, emocionantes, envolvendo a sensibilidade do Renato, como a partida de seu amigo gringo, a morte de John Lennon e principalmente o problema que teve com sua amiga Aninha. É verdade que o filme poderia ser bem melhor, porém, ainda assim compensa bem.
Detalhe: fiquei sabendo que o ator que fez o Renato (Thiago Mendonça) cantou sem fazer uso de Playback durante o filme inteiro. Um fato como esse não pode passar em branco, né? É impressionante! Ator é um bicho macaco imitador mesmo, viu! Parece um Uchiha usando o Sharingan (não esquente se não entendeu o que quis dizer na última parte, rs).
Planeta Fantástico
4.3 319Uma obra-prima com um impacto de sensações visuais tão marcantes, tudo nessa animação é sensacional. A história, a técnica, a criatividade, o surrealismo, a trilha sonora, a dura crítica ao comportamento humano de querer dominar tudo, inclusive aos seres da própria espécie: “Eles mesmos destruíram a própria civilização, duvidamos que eles sejam mesmo inteligentes!”. É um filme que se difere de qualquer outro pela audácia em explorar o estranho e transformar tudo em beleza. Canaliza, invade o ancestral dentro de nós. Sem palavras.
Samurai X - O Filme
3.9 13O filme todo parece ser apenas uma longa extensão de mais um episódio filler da série animada, inclusive o tal Shigere Takami teve uma participação na série oficial, porém, não consegui identificar em qual episódio exatamente. Não chega a ser excelente, mas é um bom filme de Samurai X, a trama é interessante ao ponto de nos deixar aflito sobre a culpa oculta do Kenshin em todo o incidente, fazendo o Himura se lembrar mais uma vez entre tantas de que suas ações passadas como o lendário Hitokiri Battousai sempre trarão consequências para a sua vida e sua era. Lembrando do OVA Seisouhen ficamos ainda mais tristes por saber a tragédia que tudo isso irá gerar.
Enfim, esses OVA's e filmes só fazem mesmo sentido para quem conhece a série ou o mangá, portanto, recomendo que passem pela origem primeiro.
Cobain: Montage of Heck
4.2 344 Assista AgoraUm documentário denso, veemente, bastante íntimo sobre a personalidade perturbada, dócil e sensível de Kurt Cobain. Conseguimos vislumbrar o quanto ele era mentalmente agitado com potencial enorme para as artes e importantes projetos. No entanto, como erro de percurso, por problemas familiares, ele acaba se perdendo dentro de sua própria hiperatividade. De um extremo ao outro, vai se definhando paulatinamente, se drogando cada vez mais, até bater o súbito desespero de que nunca mais conseguirá ser o que sempre quis. Com isso o desfecho trágico: Melhor queimar do que se apagar aos poucos. Adeus!
A Espada Selvagem
3.5 9Oh meu Deus! Finalmente encontrei!
Juro que tinha séculos que buscava esse filme e nada, existe um take junto com uma trilha sonora super fofa que marcou demais meu subconsciente, sempre lembrava dessa cena com muita emoção.
Também vi esse filme mais de umas 5 vezes na Band, sessão Kickboxer.
Existem mais uns 3 filmes que ainda procuro, mas que eu saiba eles não passavam na Band. Um foi em VHS em que começava com dois lutadores se encarando a distância, em um lugar cheio de gente, parecendo uma feira, só que na China. Um era mais musculoso enquanto outro era mais magro. Quando eles ficaram na proximidade certa, começaram a lutar. Lutas muito bem feitas. Nesse filme mais para adiante, também tinha ninjas com uniforme de variadas cores, uns vestindo verde, azul, preto. Isso na minha infância era um deleite.
Só dei a descrição de um que estou na busca, os outros vou deixar para depois. Quem souber mais ou menos do filme que tento me referir, por favor, me avise.
Kingsman: Serviço Secreto
4.0 2,2K Assista AgoraDavid Beckham, Elton John, Lady Gaga? UAU, só por esse elenco inusitado já merece uma conferida.
O Grande Hotel Budapeste
4.2 3,0KAchei esse filme uma grande idiotice. Não sou de odiar filmes, porém, esse passou dos limites pra mim. Fotografia perfeita, belíssimos movimentos de câmera, estética exuberante, mas e daí? Só isso não faz um bom filme. Se quero ver sublimes quadros, acho mais proveitoso baixar as obras de arte do Thomas Kinkade. Nossa, "Hotel Budapeste" é chato demais, não consegui ver excelência nenhuma na história para ser indicado ao Oscar como melhor filme, está mais para Framboesa. Que coisa robótica, que coisa vazia e enfadonha.
Birdman ou (A Inesperada Virtude da Ignorância)
3.8 3,4K Assista AgoraAdmito que fui pego na inocente impressão de que se trataria de um blockbuster a lá Christopher Nolan e que o único destaque seria o Michael Keaton em sua atuação, mas fui enganado (ou me deixei enganar), pois trata-se de um filme bem diferente que a publicidade o fez parecer. À verdade é que achei o filme completo, com uma metalinguagem de cair o queixo, principalmente a analogia da carreira do Keaton e seu clássico Batman com a do Riggan e seu Birdman. De toda forma, ainda tenho o Eddie Redmayne como o meu favorito para levar o Oscar de melhor ator, não tem como algum outro ator tirar a coroa dele, sem dúvidas que foi a atuação mais encarnada, mais difícil. Entretanto, não ficaria surpreso de “Birdman” levar o de Melhor Filme, mormente pelo um dos finais mais bizarros e matadores, pois mata de curiosidade.
Whiplash: Em Busca da Perfeição
4.4 4,1K Assista Agora“Whiplash” é monstruosamente visceral, eis a palavra que define muito bem. O dinamismo do filme se apresenta logo no início, sem perder tempo, sem frescuras, dando as suas primeiras de muitas aplicações de adrenalina no meio da espinha do espectador. Neiman e Fletcher, os principais personagens, foram trabalhados de forma assustadora, de modo que eles não param de colocar lenha na fogueira e não deixam a ardente chama perder luz por nenhum segundo durante a película inteira. Essa coisa flamejante continua conosco após a sessão e quem sabe para a vida inteira. “Whiplash – Em Busca da Perfeição” (lindo título nacional) é um filme inesquecível, difícil achar um com uma presença tão marcante. Pregos no doloroso coração.
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraStephen Hawking fala sobre "A Teoria de Tudo": http://hypescience.com/stephen-hawking-ataca-de-critico-de-cinema-e-fala-sobre-teoria-de-tudo-e-interstellar/
A Teoria de Tudo
4.1 3,4K Assista AgoraÉ um ótimo filme e homenageou bem o Stephen Hawking.
Errou um pouco em acelerar no romance e a condução foi clichê, deixou aquela sensação se o acontecido foi mesmo real ou era só coisa de cinema, mas a fita consegue resolver isso de sua maneira. O resultado é satisfatório.
Impressionante mesmo foi a super e mega performance do ator que fez o Hawking, incrível como ele incorporou, a semelhança era absurdamente perfeita. Chocante! A atuação dele foi tão potente quanto à do Daniel Day-Lewis em “Meu Pé Esquerdo”. Se ganhar o Oscar vai ser mais do que merecido.
Garota Exemplar
4.2 5,0K Assista AgoraA inteligência da Amy é tão fascinante que se não estivermos bem embasados em nossa autocrítica corremos um perigoso risco de acharmos tudo o que ela fez muito bonito. A engenhosidade, de toda forma, sempre é bela; agora para onde ela é usada abre espaço para polêmicas.
Porém “Gone Girl” tem argumentos bem notáveis que o tiram da reta da acusação de apologia aos psicopatas, embora impressões fortes de construir uma personagem imbatível, com ninguém ao nível de desafiá-la de igual para igual, sem dúvidas que fazem dela algo perto de uma “entidade”, maligna e perturbada. Seria uma esposa ideal para Hannibal? Antes que me esqueça, a Amy também me lembrou da Brenda de “Six Feet Under” nos primeiros episódios, uma garota genial que tem a sua infância transformada em “arte lucrativa”. Diferente da Brenda, o filme não foca muito se a “infância vendida” deixou a Amy transtornada, apenas confia na tese de que um QI muito alto pode ser um problema para ela os demais envolventes, se algo em seu mundo emocional não estiver bem resolvido.
Com toda certeza que o filme é de muita qualidade, tem muito que contar e discutir além de seu primoroso “Plot Twist” e personagem marcante. Destaca-se igualmente o sensacionalismo da mídia e como ela é manipuladora na opinião pública, assim como alguém bem entendido do mecanismo do sistema pode facilmente manipulá-lo. O final é de impacto, pode cair no positivo ou negativo dependendo do julgamento de cada um, porque não desempata aquela surreal jogada. Este final equilibrado e aberto, em minha opinião, foi uma escolha bem sábia.
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Paprika
4.2 504 Assista AgoraÓtimo, complexo, profundo, investigativo, encantador, também divertido e sombrio. Todas essas qualidades mescladas em uma hora e meia de longa. É um trabalho que exige raciocínio e bastante atenção, muitos tópicos podem passar despercebidos se a pessoa não estiver “preparada”, geralmente pegando uma animação como essa achando que vai ser mais uma como qualquer outra. Para quem assistiu, é impossível não se lembrar do filme “A Origem”, ambos tem bastantes semelhanças, porém o desenrolar é completamente diferente. “Inception” parece ser mais fragmentado, bem dividido e mais “explicado” (embora mesmo assim continue muito complicado, rs). “Paprika” meio que universaliza a coisa toda, os sonhos se aproximam mais da ilógica que conhecemos, seguindo caminhos mais aleatórios, embora haja aquela conspiração que manipula conscientemente o subconsciente, pelo menos até perder o dito controle. Um dos poucos problemas da obra do Satoshi Kon é que não explica direito como o mini capturador de sonhos (DC-mini) acabou contagiando o mundo inteiro além dos pesquisadores envolvidos no projeto (pelo menos eu não entendi bem essa parte, ou talvez até outras, se alguém puder dá uma ajuda, de toda forma, acho que vou ter que rever esse anime algumas vezes para poder absorver melhor os detalhes. Esses detalhes dizem muito). Será que todos foram expostos através de alguma técnica (sejam ondas alfa ou sei lá o quê) que a película não enfatiza? Enfim, de toda forma é uma animação genial, faz jus ao autor.
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