Jogos Mortais X poderia ser facilmente um reboot da franquia continuando somente o original que ficaria perfeito, não entendo porquê ainda insistem tanto em forçar continuidade com o restante da franquia sendo que os próprios produtores assumem que terem matado Jigsaw no terceiro filme foi o maior erro que cometeram e ao meu ver, esse foi o menor dos problemas que esses caras criaram nessa franquia.
Enfim, depois de tanta pataquada que fizeram com essa saga, esse filme apesar de não ser perfeito, é bom graças a sua simplicidade - sem aquela subtrama insuportável de investigação policial que convenhamos, era a parte mais sonolenta das outras sequências - sem aquela forçada de barra pra criar conexão com histórias do passado dos personagens - e por fim, sem um jogo focado somente no gore sem conteúdo. O jogo desse filme é interessante e ganha pontos por não ser apenas um espetáculo de tripas vazio.
E finalmente deram a oportunidade de Tobin Bell explorar suas camadas como ator, aqui Jigsaw ganha um destaque que absolutamente nenhum filme anterior fez, tornou ele muito mais que apenas um vilão com uma motivação superficial como as continuações fizeram parecer. E pelo fato das novas vítimas do jogo serem pessoas naturalmente terríveis, cria-se uma discussão interessante sobre o que é certo e errado.
Quanto ao desfecho do filme também foi bem diferente do que eu tava acostumado a ver nessa série, quando eu achei que estava prevendo como tudo ia acabar de tal forma, o filme só tava começando. E a Amanda tava uma fofura nesse filme, apesar de não terem conseguido disfarçar a velhice da atriz. E a cena pós-crédito foi bem nostálgica!
Por fim, de gore o filme está cheio, conseguiu ser mais brutal que o anterior Espiral, a melhor armadilha é da mina que teve que cortar suas coxas para conseguir impedir uma máquina com um fio cortante de cortar sua cabeça. Uma das características da franquia sempre foi a violência, que só tem o original mesmo de filme que polpou no sangue.
Apesar de bom filme, eu não vejo mais pra onde Jogos Mortais deve ir, já fizeram tudo o que queriam fazer, não tem mais como explorar isso aqui sem ficar repetitivo e genérico, mas dificilmente vão parar por aqui. Quem viver, verá.
Meu ranking da franquia, do pior para o melhor: 10 - Jogos Mortais 5. 9 - Jogos Mortais: Jigsaw. 8 - Jogos Mortais - O Final. 7 - Jogos Mortais 4. 6 - Jogos Mortais 3. 5 - Espiral - O Legado de Jogos Mortais. 4 - Jogos Mortais 6. 3 - Jogos Mortais 2. 2 - Jogos Mortais X. 1 - Jogos Mortais.
Berserker é aquele slasher que seria do caralho se tivesse uma direção melhor que não tivesse medo de orçamento baixo e apostar no gore.
Infelizmente, é só mais uma tranqueira ruim dos anos 80 com um assassino com uma idéia até que interessante e inovadora mas pessimamente executada, uma pena, pois Jefferson Richard até mostra um cuidado com a direção mesmo ter literalmente filmado o filme sem roteiro e em questão de poucos dias, até a trilha sonora do filme é sinistra. Se o projeto tivesse nas mãos de um diretor mais criativo, seria uma trasheira digna de fazer parte da coleção de qualquer fã de slasher.
No entanto, as mortes que deveriam ser um dos grandes atrativos do filme é tudo muito mal feito, picotado e com um dos piores trabalhos de maquiagem que eu já vi em um filme dessa década, de atrativo mesmo é somente as cenas de putaria entre os jovens na mata que fizeram o filme entrar na lista dos Videos Nasties, mas disso o cine privê da Band entrega de sobra e até melhor.
Pânico 5 conseguiu reviver uma franquia que quase ninguém mais lembrava que existia, eu que nunca fui fã assisti e gostei do filme, mas não fiquei muito animado com a ideia de fazerem mais uma caralhada de sequências até ninguém mais aguentar.
E foi com muito desânimo que fui assistir esse Pânico 6 que foi escrito e filmado literalmente às pressas pra suprir a ganância do estúdio e achei bem inferior ao anterior, diria que o diferencial do filme é a violência que é maior, o Ghostface aqui tá mais carniceiro - consequência do efeito Terrifier no cinema de terror, agora que os estúdios viram que gore faz sucesso, todas essas franquias de horror que sofriam com censura vão ter filmes mais violentos. Isso é bom, o problema é só os roteiros que vão ficando cada vez mais fracos.
Pânico 6 trás tudo aquilo que já vimos antes, é o mais e maior, e mais exagerado - personagens são gravemente feridos mas se curam milagrosamente para aparecerem no próximo filme. Outra coisa é que agora se apoiaram mesmo na idéia de exterminar todos os personagens "legados" da franquia como uma personagem chega a comentar em uma cena. Senti falta da Sidney nesse filme, mas agora que entendi qual é a idéia real dos produtores para os personagens raiz da franquia, não sei mais se quero que ela retorne, ela merece um descanso.
Quanto ao novo elenco, são todos desinteressantes e genéricos, até a personagem da Jenna Ortega ficou insuportável, difícil acreditar que mesmo depois de tudo que ela passou junto da irmã no filme anterior, ela continue sendo uma adolescente mimada e inconsequente. Faltou dedo de Wes Craven nesse roteiro sinceramente.
E o filme até tenta surprender no final, mas achei a reviravolta tão forçada e ridícula, sério, perderam completamente a criatividade pra criar um vilão na série. O Ghostface começa como uma puta ameaça foda que parece sempre estar um passo a frente de todos, mas quando nos é revelado os rostos por trás das máscaras, parece que a inteligência dos vilões vai embora junto e viram só psicopatas idiotas com motivação tosca que morrem de um jeito ridículo.
Apesar de tantos problemas, ainda é um passatempo divertido e curti a trilha sonora, mas nem de longe é um dos melhores da franquia e nem mesmo um dos melhores filmes de terror do ano, é só mais uma sequência episódica que repete absolutamente tudo que deu certo nos outros filmes e não sinto mais firmeza depois de saber que contrataram um dos diretores mais medíocres do gênero pra dirigir Pânico 7 que só de saber em que época o filme vai se passar já vejo a pataquada que vai ser, os caras já tem até data pra iniciar as filmagens sem dar tempo para escreverem um bom roteiro.
Infelizmente, Pânico é mais uma das franquias que está literalmente se tornando uma caricatura de si mesma ao cometer exatamente os mesmos erros e clichês de outras sagas que tanto critica durante os diálogos metalinguísticos.
A idéia do protagonista criar sua própria lista do que fazer antes de virar zumbi é inovadora para o gênero, trás uma vibe meio Zumbilândia, principalmente, pela pegada de humor descontraído. Mas lá no outro filme, o protagonista vive de acordo com suas regras que ele mesmo criou para sobreviver. Aqui já é diferente, o protagonista vive com a certeza de que não sabe o dia de amanhã, então ele quer fazer tudo o que quiser antes de morrer.
No entanto, o anime é bem melhor e mais contido, o filme exagera demais em muita coisa e se alonga mais do que deveria para um filme de zumbi com uma trama tão simples, chegou em um momento que eu não esperava a hora de terminar de tão arrastado tava e a cena do Tubarão zumbi é ridícula e exagerada, poderiam ter focado só na ameaça dos zumbis que seria um desfecho mais interessante.
E por falar nos zumbis, eles são fracos e não representam muita ameaça, fica difícil acreditar que eles conseguiram dominar o país em menos de algumas horas.
Enfim, um filme legalzinho com boas idéias mas execuções não muito boas, se focassem só no humor negro à lá Zumbilândia seria uma obra mais divertida e digna de se tornar uma das favoritas dos fãs de zumbis, mas é só um filminho legal de zumbis que rapidamente será esquecido.
Agente Oculto é aquele genericão de ação que faria total sucesso nas locadoras nos anos 90, a trama é tão previsível que você já sabe exatamente pra onde o filme vai seguir, mas até que diverte, não é esse lixo todo que andam espalhando por aí. Os irmãos Russo sabem fazer um filme de ação empolgante mesmo com um roteiro super clichê.
Ryan Gosling vive aquele clássico protagonista fodão do cinema de ação que vai enfrentar as ameaças sem medo de nada e tem sempre uma carta na manga pra escapar de qualquer perigo e Chris Evans soltou a franga, dando vida ao clássico vilão canastrão psicopata que vai perseguir o herói até não querer mais. É caricato e genérico, porém, um bom entretenimento, se houver sequência, espero que melhorem a qualidade.
Uma verdadeira bomba atômica! Consegue ser pior que absolutamente todas as sequências da franquia, uma cópia descarada e muito mais mal feita de Crepúsculo pra surfar na modinha adolescente dos anos 2000.
Não resta dúvidas, o filme original é o melhor da franquia, o segundo não é lá essas coisas, mas é uma trasheira divertida e o quarto é péssimo, só vale pela linda cena de transformação de lobisomem no final, o restante é tudo de ruim para insuportável.
Baseado na perturbadora HQ "Crossed", escrita pelo lendário Garth Ennis, o criador de The Boys e que também já trabalhou na editora Marvel escrevendo o Justiceiro, Motoqueiro Fantasma e alguns quadrinhos de X-Men. A história de Crossed trás uma ideia diferente de epidemia, ao invés de zumbis canibais putrefatos, temos um vírus bizarro que invade o sistema nervoso das suas vítimas e faz elas se tornarem violentos maníacos homicidas, estupradores, pedófilos, canibais, torturadores e todo tipo de crueldade hedionda que você possa imaginar, quem sofre são as pessoas não infectadas pelo vírus que são perseguidas até a exaustão pelos maníacos.
Um detalhe interessante é que o filme já começa mostrando um cenário de pandemia aonde uma estranha gripe já havia se espalhado por toda Taiwan mas acaba sendo ignorada pelos políticos que só estavam de olho na época de eleição, o tempo passa e o vírus acaba evoluindo para uma variante da raiva causando um efeito bizarro nos infectados iniciando um verdadeiro banho de sangue no país, os sobreviventes acabam sendo caçados um a um sempre sem dó nem piedade e os ataques são realmente brutais, é preciso estômago pra conseguir curtir a sanguinolencia e crueldade. Minhas únicas ressalvas é mesmo em algumas mortes do filme que deveriam ser super perturbadoras, mas a violência se torna tão exagerada que ficam cômicas e galhofas, perdendo parte do impacto assustador que deveriam causar.
A cena mais assustadora do filme pra mim rola logo no começo com a velha infectada atacando o pobre rapaz na lanchonete e espalhando a doença pro restante. Asiáticos normais em filmes de terror já metem medo, imagine uma coroa asiática zumbi de olhos completamente escuros e um sorriso macabro. Sai pra lá capeta, tacava fogo na hora. A dublê mandou bem, conseguiu ser mais assustadora que muita assombração de franquia de terror por aí.
E claro, a cena mais sangrenta do filme é a do Metrô aonde nasce o "grande" vilão do filme, o careca tarado consumidor da azulzinha que estampa um dos pôsteres do filme.
The Sadness é bem fiel na caracterização da epidemia embora com algumas diferenças, nas HQs os infectados ganham uma cicatriz em forma de cruz no rosto antes de se submeterem completamente aos desejos insaciáveis por violência e crueldade - dando sentido ao nome que os sobreviventes se referem a eles "Os Cruzados", já no filme, o primeiro sinal de transformação dos infectados são as lágrimas que caem dos seus olhos como um último sinal do seu subconsciente tendo em mente que os atos que o portador irá cometer serão desumanos, por isso o nome "A Tristeza", referido a doença causada pelo vírus Alvin.
E o final do filme é bem pessimista pra quem prestou atenção, indicando que a humanidade toda poderia sentir o horror do vírus Alvin.
Muitos se falavam que o filme era inovador no gênero de terror zumbi, mas essa idéia de infectados inteligentes homicidas não é tão nova quanto o povo anda espalhando aí, assistam o filme "A Epidemia", de 2009 que tem uma premissa literalmente semelhante e provavelmente se inspirou bastante em Crossed.
De qualquer forma, eu gostei do filme, um entretenimento gore bem divertido, apesar de um ou outro momento exagerado demais. A idéia é assustadora por si só e não estamos totalmente livres de uma realidade como essa, se considerarmos o tanto de epidemias bizarras que andam surgindo nos últimos anos deixando a humanidade em alerta.
Menos medíocre que o primeiro e até mais divertido! A Freira 2 tenta ser mais interessante e o filme inova num detalhe que até então esse Invocaverso vinha devendo, que era o demônio vir matar geral, não só ficar dando sustinho. Eu não aguentava mais ver esses filmes da franquia e absolutamente ninguém sair ferido por causa do estúdio ter medo de bilheteria baixa por classificação indicativa alta, mas aqui finalmente tiveram coragem pra mostrar que o mal sobrenatural vem mesmo pra causar mortes, dor e destruição completa, não só ficar rondando becos escuros.
A direção de Michael Chaves não é tão ruim quanto nos filmes anteriores, ele até cria uns enquadramentos de câmera bacana, sempre tentando seguir o estilo de James Wan, embora ainda totalmente longe de chegar ao nível de eficiência dele, mas o importante é que ele está tentando melhorar e ser mais que um cineasta medíocre. Só achei que poderiam ter caprichado mais no final do filme que pareceu muito corrido e cheio de conveniências.
Não é um filme ruim, é genérico? É. Mas é bem divertido e não chega a ser uma porcaria arrastada e desinteressante como o colega Exorcista: O Devoto que lançou um tempinho depois.
Esse Perseguição 3 consegue ser ainda mais fraco que o segundo filme, vale somente pelas mortes, já que você não se importa com nenhum personagem e a trama ficou muito mais genericona, e o vilão virou um Jason da vida sem nenhuma razão específica.
Não dava pra esperar coisa decente vindo do péssimo Declan O'Brien, sim, o mesmo cara que estragou Pânico na Floresta dirigiu esse filme aqui após ser chutado pelos produtores da outra franquia. O cara até tem boas idéias, mas a maneira que ele executa são deploráveis.
Um dos filmes que fazem parte da fase de decadência do belga Jean-Claude Van Damme, mas aqui ele tentou surfar no gênero da comédia e ele quase nem aparece no filme, só quando é conveniente.
Quanto aos outros personagens que tomam tempo de tela, todos insuportáveis e sem carisma, o humor é forçado e sem graça, seria um filme bem melhor com um roteiro bem escrito e com o Van Damme no protagonismo, mas ele só se meteu nessa pra pagar as contas da casa.
Uma sequência mais fraca e problemática que o filme original, mas não achei um lixo completo, ainda consegue divertir e trazer umas mortes bacanas e violentas. Um passatempo digno do Cine Trash!
A ressalva mesmo são os novos personagens totalmente sem carisma e mais desinteressantes que os protagonistas do original e claro, as cenas ridículas que os caras usaram literalmente frames reciclados do Crocodilo do primeiro filme, chega a ser ridículo de tão perceptível.
Após o sucesso de Tubarão, de 75, do mestre Spielberg, surgiu uma onda de filmes de terror focados na ameaça de animais comedores de homens. Esse Alligator é uma dessas produções que ao invés de um tubarão branco, temos literalmente um jacaré mutante gigante que sai dos esgotos matando quem encontra pelo caminho.
Convenhamos, o filme é bem divertido e tem uma direção criativa de Lewis Teague que não polpa nas mortes gore e efeitos práticos, o monstrengo foi feito literalmente a mão naquele velho estilo animatronico de se fazer um criatura memorável. É impossível não gostar!
Apesar de problemas com ritmo arrastado, péssimas atuações e um roteiro furado e sem sentido. Alligator continua sendo um clássico trash de primeira da Tv Aberta e merece ser apreciado pelos fãs desse subgênero de horror ecológico.
"Eu acredito que o que não nos mata, só nos torna mais... Estranhos!!!"
"Por que está tão sério?"
"As pessoas são boas enquanto o mundo as permite ser. Quando chegar a hora, essas pessoas civilizadas, vão comer umas às outras."
"Se você é bom numa coisa, nunca faça de graça!"
"A loucura, como você sabe... É como a gravidade. Só precisa de um empurrãozinho."
"Sabe, em seus momentos derradeiros, as pessoas mostram quem são de verdade."
"Quer saber por que eu uso uma faca? Armas são rápidas demais, você não consegue saborear as pequenas emoções!"
The Dark Knight é aquele filme que a cada assistida você ama mais ainda!
É um dos melhores filmes de super heróis e ação já feitos, um marco na carreira de Christopher Nolan, um verdadeiro visionário, por mais que os últimos filmes dele como os medíocres Dunkirk e Tenet não tenham sido tão bons como os primeiros de carreira.
Quase todo o elenco está bem, incluindo Bale que surge como um Batman experiente que luta para acabar com a criminalidade e corrupção em Gotham. O que Begins apresentou, essa continuação apenas segue o desenvolvimento da jornada deste Batman, e fica bem evidente que houve um bom avanço de tempo entre um filme e outro. Mas o adversário da vez seria um desafio totalmente diferente de tudo que Bruce já havia enfrentado até então. É quando somos apresentados a um dos maiores vilões da cultura pop, Coringa, aqui vivido de forma brilhante e assustadora por Heath Ledger que chegou a passar meses trancado num quarto antes das filmagens sem interagir com o elenco, só lendo algumas HQs focadas no Coringa para construir uma interpretação intensa do personagem para as telas.
Não é atoa que esse Coringa é tão adorado pelos fãs da DC nos cinemas, não é uma atuação caricata e galhofa nível aqueles filmes genéricos de roteiros clichês da Marvel - Ledger se entregou ao papel de uma maneira que pouco víamos em filmes desse gênero na época. Aqui temos um antagonista ameaçador que não busca poder, riqueza ou domínio total do mundo, ele quer é causar caos, tocar nas feridas da sociedade, colocar irmão contra irmão, pai contra filho, amigo contra amigo, população contra político e autoridades, ele vem acender o fósforo para o circo pegar fogo e assistir de camarote a queda de todo um sistema. Não foge absolutamente nada dos dilemas originais do personagem nos quadrinhos, muito pelo contrário, Nolan simplesmente conseguiu intensificar tudo isso em um só filme e desenvolver um personagem sem precisarmos conhecer o seu passado pra entendermos suas motivações, sua insanidade e prazer em causar o caos. Afinal, até podemos deduzir parte do passado deste Coringa de acordo com alguns comentários do personagem em algumas cenas sem precisarmos que o filme jogue na nossa cara mil flashbacks sobre as origens dele. A decisão de Nolan e os roteiristas David S. Goyer e Jonathan Nolan de que o personagem já chegaria pronto como a oposição absoluta do protagonista foi uma escolha inteligente. Quem amou Thanos por ele ter chegado em Guerra Infinita já pronto causando tanta desgraça, foi aqui aonde essa premissa do vilão preparado surgiu, mas diferente do Thanos, não sabíamos nada sobre o Coringa de Ledger, isso só o tornava ainda mais assustador, interessante e imprevisível.
A motivação dele é clara, ele não quer nada, ele não quer ser reconhecido, ele não quer lucro, nem adoradores, ele só quer desestabilizar uma população inteira apenas usando sua genialidade e criatividade. Por isso ele é tão perigoso, ele não é uma bomba relógio, ele é uma ogiva nuclear que depois de ativada com destino entrelaçado se torna uma ameaça sem controle. Sem dúvidas, a melhor atuação de Heath Ledger, sua morte prematura foi uma perda e tanto para o cinema em geral.
E quando falo que Nolan foi visionário nesse filme, não é pra pouco, em Begins ele ainda estava aprendendo a fazer ação, em Dark Knight ele mostra que amadureceu como diretor, criando um verdadeiro espetáculo pirotécnico sem cortes bruscos que deixam o espectador confuso sem entender nada que acontece em tela - aqui é efeitos práticos com direito a explosões, perseguições, e um caminhão virando literalmente do avesso sem CGI numa avenida - é um espetáculo digno de se ver numa tela na melhor resolução possível, com a computação gráfica só sendo usada mesmo só pra compor algumas lacunas e você nem percebe quando foi usada.
E o que eu posso dizer da trilha sonora composta por Hans Zimmer e James Newton Howard? Uma obra prima da mais divina arte já desenvolvida no cinema. É empolgante, é grandiosa, é marcante!
Se existe defeitos nesse filme, diria as coreografias de luta do Batman que continuam bem esquisitas mesmo e não conseguem convencer o espectador de que Bruce realmente passou meses treinando artes marciais com a Liga das Sombras no primeiro filme. Outro ponto também é o Salvatore Marone interpretado pelo Eric Roberts que quase nem aparece no filme e só diz algumas falas, tinha potencial pra ser outro grande vilão no futuro da trilogia mas não é aproveitado assim como o Falcone e por fim, a Rachel Dowes que no anterior era vivida pela Katie Holmes e aqui é interpretada pela Maggie Gyllenhaal - irmã do Jake Gyllenhaal - a personagem acaba perdendo parte do seu carisma do filme anterior pela mudança de atriz e vira apenas uma coadjuvante que só serve mesmo para desenvolver o segundo vilão do filme, o Duas Caras que é bem melhor construído.
E quase ninguém fala do Duas Caras nesse filme que é um baita vilão também, que apesar de ficar mais em segundo plano e só surgir de vez já no terceiro ato do filme, Aaron Eckhart manda muito bem e cria uma figura ameaçadora. Harvey é o que Batman seria se ele perdesse o controle, de um homem focado na luta contra o crime - bastou ele perder aquilo que amava e sofrer uma lavagem cerebral pelo Coringa que ele se tornou um justiceiro fanático com uma visão distorcida do que é a justiça, não mais se importando com inocentes ou não, e atrapalhando o foco da verdadeira batalha que deveria ser a luta contra o Coringa. Ele não morreu herói, ele viveu o bastante para se tornar o vilão. Nunca uma frase foi tão coesa em um filme.
O desfecho desse filme também é épico e marcante, mas talvez, só talvez, a luta final entre Batman e Coringa poderia ter sido melhor aproveitada, fica a sensação que foi bem qualquer coisa e rápida demais, no entanto, é exatamente o epílogo com Duas Caras complementando o fim do arco do Coringa que torna esse desfecho ainda mais grandioso em termos de história. Quando tudo parecia estar perdido, e Gotham perderia completamente a sua esperança, Batman decide sacrificar a sua vida de herói respeitado para assumir o manto de culpado por tudo que Coringa causou. E tudo se encerra com Gordon dizendo àquelas palavras, indicando que a partir dali, tudo seria diferente e nada mais seria como antes, mas o morcego um dia iria ressurgir quando Gotham precisasse, pois ele era um guardião silencioso, um protetor cuidadoso, um cavaleiro das trevas... Simplesmente foda! Ainda é um dos melhores finais de filmes de super heróis que eu já vi, não tem pontas soltas, personagens reciclados e nem conflitos mal resolvidos só pra arrastar tudo para outra sequência. Existe um gancho, mas não é forçado, é bem escrito, conclusivo para com essa história aqui contada e indica uma conclusão definitiva para a trilogia que só viria em 2012, mas sem mais Ledger que nos deixou em pouco tempo antes do lançamento desse filme em 2008, ele até ganhou o Óscar, mas não pôde estar presente para receber. No entanto, seu legado como Coringa permanece eterno e na memória dos amantes da arte e cultura pop.
O Cavaleiro das Trevas permanece sendo o melhor filme da trilogia do Batman e também o melhor longa metragem do homem morcego, foi o auge da carreira de Christopher Nolan que começou de forma inexperiente e mais tímida em Batman Begins e chegou ao nível de uma qualidade quase irretocável aqui. É uma pena que Ressurge não tenha chegado nem perto de superar esse filme, afinal, superar o que foi feito aqui seria bem difícil de qualquer forma.
Seria melhor se parassem de forçar tantas sequências desconexas e tentassem rebootar a franquia dando continuidade somente a partir do final do original, sendo que os caras simplesmente não conseguem mais criar nada de novo, já que o Jigsaw é literalmente a cara da franquia e querem manter ele vivo mesmo depois de morto - uma sequência direta do original em uma nova linha do tempo seria bem mais interessante, daria pra criar um arco mais bem escrito e menos dependente de referências com outras sequências.
Ainda é uma comédia de humor negro bem divertida de assistir, mas não é tão genial quanto eu me lembrava, o diferencial do filme está mesmo na atmosfera de filme road movie, os personagens bem cativantes e o protagonista Columbus vivido pelo esquisitão do Jesse Eisenberg que sobrevive graças as suas regras de sobrevivência em um apocalipse zumbi e no personagem Tallahasse interpretado pelo brabo Woody Harrelson que rouba a cena quando aparece.
Os zumbis são aqueles clássicos modernos velocistas infectados aqui com uma variante da doença da vaca louca que sofreu mutação gerando esse apocalipse todo. E gore é o que não falta no filme, tem zumbi com pedaços de carne na boca espumando sangue e visceras, zumbi se alimentando de gente aleatória, tudo com aquela pitada de humor negro.
E claro, toca "For Whom The Bell Tolls", do Metallica logo nos criativos créditos iniciais do filme, não tinha como não gostar.
Não achei esse Megatubarão 2 tão ruim quanto o povo espalhou por aí, mas ele é bem inferior ao primeiro.
Claro, os efeitos especiais continuam impecáveis e expandiram mais o universo da franquia apresentando novos monstros além dos tubarões gigantes, não vai me surpreender se no terceiro filme trazerem um Mosassauro gigante pra enfrentar um dos Tubarões.
O filme também é bem mais exagerado que o anterior, muita coisa sem nexo aqui que uma pessoa mais enjoada revira os olhos, como os personagens fazendo acrobacias bizarras que na realidade selariam o destino de todos e andando tranquilamente no mar profundo aonde a pressão implodiria qualquer coisa antes de chegar no fundo com armaduras à lá Transformers como se tivessem na lua, mas ok, pra quem tá acostumado com essas mentiradas à lá Velozes e Furiosos como eu, esse tipo de coisa não incomoda, até achei divertido, nem todo filme precisa ter fidelidade com realismo e quem se incomoda com isso, só lamento.
Mas não gostei muito do arco dos vilões do filme, muito genéricos e caricatos, tomou grande parte da primeira metade do filme, mas quando o filme volta a focar nos monstros causando estrago a diversão é garantida e não polpam no caos.
Pra quem gosta de blockbusters de monstros gigantes sem querer se importar com roteiro genial, vai se divertir bacana e Megatubarão 2 se pagou de certa forma, o terceiro filme já tá confirmado. Statham ainda vai ter muitos monstros marinhos pra enfrentar!
Sempre ouvi falar de Jackass como uma das comédias mais hilárias já feitas, mas não achei isso tudo não. Achei tão sem graça as trollagens, só uma ou duas me fizeram dar uns risos, o resto é só ridículo e forçado mesmo, pouca coisa se salva, é uma produção bem vazia e menos criativa quanto achei que seria, quer uma comédia desse estilo realmente boa, genial e engraçada? Assista o primeiro Borat que é mil vezes melhor.
Depois de assistir Guardiões 3, só concluo meu pensamento que a falta que um cineasta como o James Gunn fará no UCM é gigantesca. Que filme cativante, divertido, um desfecho bem construído e fechadinho!
A espera quase interminável pelo filme valeu a pena, no começo tive receio, a produção estava muito conturbada por pandemia, o fator James Gunn, a DC começando a se interessar pelo cara e por último, mudanças de cronograma de calendário da Marvel e a julgar pelo rumo medíocre que as produções atuais da franquia começaram a seguir, o medo de que um terceiro filme dos Guardiões fosse uma tremenda porcaria era gigante. Mas agora falo sem medo que fiquei super satisfeito com tudo que vi.
Quase tudo no filme é perfeito, roteiro, efeitos especiais, cenas de ação com uma escala épica, uma em particular reservada para o final do filme com um plano sequência maravilhoso. E o que tornou esse terceiro capítulo ainda mais interessante foi simplesmente Gunn ter dado foco ao Rocket explorando suas origens dando coesão às atitudes e frases do personagem durante toda jornada. Mas ele não esquece de trabalhar a dinâmica dos outros personagens que mudou e muito depois de tudo que já passaram, o trauma causado por Thanos e a Ordem Negra ganhou peso e alterou parte da dinâmica do grupo, se formos comparar a equipe do primeiro filme com essa que vimos aqui, tem muita diferença - em Guardiões 3 o grupo de mercenários intergalácticos está rachado, não existe mais aquela química perfeita de antes, eles possuem dificuldade de se entender, aquele humor de antes está fragilizado. Outra coisa que achei positiva é que o filme não é tão piadista quanto os anteriores, claro, tem sim piadas mas muito bem dosadas, mas a carga dramática é maior e Gunn consegue equilibrar tudo perfeitamente aqui, tornando o mais sério da trilogia.
E finalmente, chegamos no vilão do filme que consegue superar os anteriores da saga no quesito crueldade, o Alto Revolucionário. Ronan, o Acusador era um merdinha mimado genocida querendo se provar melhor que Thanos enquanto Ego era um pai desgraçado e egoísta que causou grande parte da dor do próprio filho e nem sequer enxergava que estava errado, mas o Alto Revolucionário chega em um nível de maldade pura injustificável, o cara fazia experiências terríveis em animais indefesos querendo brincar de Deus e não sentia absolutamente nada em relação a isso e a maneira que Gunn explora essa vilania dele é "grotesca" e impacta pela idéia. E isso realmente está acontecendo, animais são usados todos os dias para experiências genéticas impiedosas para cientistas descobrirem como alongar a vida do homem. Os animais também sentem dor, emoções e ficam desesperados quando percebem que sua vida está em risco. Pra mim, uma pessoa que não sente quaisquer empatia machucando animais e crianças é literalmente um monstro que precisa ser combatido o quanto antes e Gunn me fez sentir um pouco mais desse ódio com o Alto Revolucionário - e a atuação do Chukwudi Iwuji é brilhante, consegue meter mais medo que o Kang flopado do Jonathan Majors que até agora não disse a que veio.
E como em todos os filmes da trilogia, esse aqui também possui uma puta trilha sonora, mas dando mais ênfase à músicas dos anos 2000, destaco "Creep", do "Radiohead" logo no início - Só isso já foi o suficiente pra conquistar completamente meu coração de garoto dos anos 2000, e a canção "Dogs Days Are Over", da banda britânica de Indie Rock "Florence The Machine" que encerra o filme com uma cena simplesmente impecável e de certa forma, emocionante.
E agora, chegamos ao único problema do filme pra mim, o Adam Arlock que prometia ser uma grande ameaça para os Guardiões é só um bobalhão ridículo com poderes de Superman que sobra no filme o tempo todo, tinha momentos que eu nem lembrava mais da existência dele e o infeliz reaparecia só pra sumir de novo. Ao menos, deram um fim ao arco dos malucos dourados do segundo filme que já tava enjoativo.
Apesar desse fator negativo, a experiência que esse filme me entregou foi demais agradável. Eu me diverti como a um tempinho eu não me divertia com um filme da Marvel, me fez esquecer um pouco o desgosto que aquela porcaria de Homem Formiga 3 me deixou, e me prendeu na trama como não vinha acontecendo nas produções recentes, e chegou ao ponto de me emocionar com o desfecho. Guardiões 3 é um final magnífico pra melhor trilogia da Marvel, e ao meu ver, a história deles acabou aqui, se empurrarem um quarto filme, dificilmente assistirei se for feito por um diretor medíocre que não saiba como inovar e construir uma boa história. De qualquer forma, fico feliz com o que foi feito aqui. Eles finalmente encontraram um pouco de paz, alguns seguiram seu caminho, outros ficaram pra continuar protegendo a galáxia. Para o bem ou para o mal, os dias de cão finalmente acabaram para eles. Bola pra frente, não só para os Guardiões e James Gunn como para a Marvel que têm mostrado dificuldade de seguir em frente depois de Ultimato! Mas filmes como Guardiões da Galáxia: Vol 3 me fazem ainda ter um pouco de esperança que essa franquia volte a me causar hype.
Não acho justo fazer um ranking, ao meu ver, os três filmes estão no mesmo nível de qualidade.
A Lionsgate está com tudo nos últimos anos criando filmaços de ação seguindo a moda John Wick, Sisu é mais um deles. Filme bem simples e curto até, o protagonista da vez só diz umas palavras nos últimos segundos de filme, maior parte do tempo o cara é caladão e conseguem criar uma atmosfera de terror em volta dele. E eu curti a motivação dele, se em "John Wick", a razão da matança é apenas a morte de um cachorrinho - enquanto em "Anônimo", o herói se envolve na confusão só porquê estava entediado com sua vida rotineira - em "Sisu", o que faz o herói ter um surto de ódio é a única oportunidade que ele tem de finalmente viver a vida que ele queria ter ser tirada dele. O cara simplesmente bota pra fora a fera enjaulada por anos de tanta revolta e gruda nos vilões parecendo o Jason Voorhees e não polpa nenhum.
A ação do filme é bem feita, brutal e sangrenta, e a melhor parte, é que temos nazistas sendo estraçalhados como todos eles merecem, nada mais satisfatório que isso.
Se Sisu falha em algo, diria que é somente no roteiro, não temos desenvolvimento de personagens e nem uma trama complexa, nada parecido com isso, apenas uma desculpa pra colocar o protagonista na matança, mas não creio que isso incomode quem realmente ama um filme de ação simples e porradeiro.
Resgate 2 é um filmaço de ação, Sam Hargrave consegue criar um verdadeiro espetáculo de pancadaria, explosões e visceralidade. A sequência na prisão se tornou literalmente uma das melhores cenas de adrenalina já feitas em um filme de ação.
Outra coisa que eu curti foi também terem dado mais foco aos colegas do Tyler que no filme anterior eram apenas coadjuvantes que só apareciam aqui e ali, mas aqui eles puderam brilhar mais na ação junto com o protagonista do Chris Hemsworth.
Os únicos pontos baixos do filme são justamente a família que Tyler e sua equipe precisam proteger o filme inteiro, são todos insuportáveis e ao invés de ajudarem a facilitar mais o empenho da missão, eles só atrapalham muitas vezes - e o vilão é bem genérico.
O herói porradeiro do Chris Hemsworth continua um protagonista bem interessante de acompanhar, e Chris se entrega nas cenas de ação e no drama também, fico feliz de ver que ele está aos poucos abandonando a imagem de Thor bobalhão que a Marvel fez ele se consagrar. Espero que ele receba mais papéis em filmes de ação após Resgate 3, outrora confirmado pela Netflix que tem tudo pra ser um desfecho épico da trilogia.
Lembro da primeira vez que assisti "Christine, O Carro Assassino" com seis anos nos vindouros anos 2000 quando o SBT fez a reprise desse filme no Cinema em Casa - época que o Sílvio Santos não tinha filtro algum pra censura dos programas na Tv e nem para os filmes exibidos em horários com criança acordada - lembro-me de ter me divertido a bessa assistindo, era novidade pra mim um filme de terror focado em um carro possuído pelo capeta, reassistindo agora, consigo apreciar bem mais ele além do fator diversão. É um terrorzão digno da década de 80- a melhor época para o gênero, aonde as ideias eram aos montes e a criatividade tamanha - não esperava menos do mestre John Carpenter que sempre foi especialista em construir uma boa atmosfera de horror com poucos recursos, vide Halloween e o Enigma do Outro Mundo que ele já havia dirigido anos antes.
E o que ele consegue construir de tensão, ele também sabe de desenvolver um bom vilão, falo do pobre Arnie que começa a trama sendo um garoto nerd, meio solitário, gentil e tímido mas é só o cara entrar em contato com o bendito carro desgraçado que ele vai se transformando aos poucos em um babaca psicopata, arrogante e egocêntrico. Se a gente começa o filme simpatizando por ele, chega em um ponto que deixamos de apoiar totalmente ele quando o carro ameaça ferir pessoas que não mereciam e apoiavam Arnie em todo caso e ele passa a passar pano pra ela a todo custo. Christine é o verdadeiro mal encarnado, depois que o cara olha pra ela, a coisa seduz o homem, o transforma em um marionete cega que obedece e protege ela de tudo. O confronto final é icônico, diria que é uma das cenas mais memoráveis da história dos filmes de terror.
E a Christine foi uma novidade para os fãs de terror tanto quanto foi pra mim na infância, naquela época só tínhamos assassinos slashers de acampamento fazendo mingual de adolescentes retardados com fogo no rabo. Nada parecido com isso, e a idéia em si tinha tudo pra dar errado e resultar numa trasheira boba, mas o saldo foi positivo, a premissa é demais criativa, o público da época tava acostumado a ter medo de tudo, menos de uma coisa que usamos tanto no nosso cotidiano. Que loucura seria um automóvel serial killer que liga sozinho e anda por aí como assombração matando quem quisesse. Provavelmente, muitas crianças que assistiram esse filme na época ficaram com medo de entrar num carro outra vez.
Outro detalhe interessante é que a origem do carro é um mistério no filme, não sei se a obra original escrita por Stephen King explica algum detalhe sobre a entidade Christine, pois não li o livro, mas achei um baita acerto manterem esse suspense em torno da origem da criatura. Se não sabemos o que de fato o inimigo é, dificulta a luta pra deter essa ameaça.
"Christine, O Carro Assassino" talvez só tenha um defeito (que eu nem considero totalmente um defeito), o filme às vezes sofre com um ritmo meio lento, demora para as coisas começarem a acontecer, e para o público atual, dificilmente pode se prender a essa narrativa, mas pra quem gosta de uma boa construção de atmosfera de terror antes do espetáculo, vai apreciar esse produção. Christine é um filmaço de horror, daqueles que te fazem ter medo de duas luzes brilhantes com ronco de motor numa rua escura.
Vale citar umas curiosidades interessantes sobre: 1 - Kevin Bacon chegou a receber uma proposta para o filme, mas recusou para estrelar Footloose - Ritmo Louco (1984);
2 - Brooke Shields e Scott Baio estiveram cotados para interpretar Leigh Cabot e Arnie Cunningham, respectivamente. Entretanto, os produtores originais deixaram o projeto e os novos resolveram escalar apenas nomes pouco conhecidos no elenco.
3 - Richard Kobritz, que havia produzido Salem's Lot (1979), telefilme baseado em livro homônimo de Stephen King, recebeu do escritor manuscritos de Christine, o Carro Assassino e de Cujo, para que avaliasse qual deles seria sua próxima adaptação para o cinema. Kobritz escolheu Christine, por considerar a história de Cujo muito simplória. Posteriormente ela foi lançada nos cinemas, em 1983.
4 - A popularidade de Stephen King na época era tamanha que a produção de Christine, o Carro Assassino teve início antes mesmo da publicação do livro. O cara tava em ascensão na literatura de horror.
5 - As filmagens ocorreram entre fevereiro e 22 de abril de 1983.
6 - Caroline Paul, irmã gêmea de Alexandra Paul, gravou algumas cenas no lugar da irmã.
7 - Nos créditos iniciais o motor de Christine pode ser ouvido quando o título do filme surge na tela.
8 - A cena de abertura, que mostra o "nascimento" de Christine em Detroit, foi escrita para o filme. Ela não está presente no livro de Stephen King.
9 - Cerca de 13 carros "representando" Christine foram destruídos durante as filmagens. Ao todo 25 modelos foram usados.
10 - O livro de Stephen King diz que Christine tem quatro portas, mas no filme o personagem tem apenas duas. O motivo é que jamais foi produzido um modelo do 1958 Plymouth Fury com quatro portas.
11 - O detetive Rudolph Junkins, antagonista de Arnie Cunningham, também dirige um Plymouth Fury. A diferença é que o modelo do carro é de 1977 ou 1978.
12 - O sucesso do filme fez com que o 1958 Plymouth Fury, modelo de Christine, ficasse bastante popular e desejado.
13 - O filme exibido no drive-in é Até que Enfim é Sexta-feira (1978).
14 - O roteirista Bill Phillips declarou que, tecnicamente, o filme não tinha violência o suficiente para justificar uma classificação R. Entretanto, os produtores temiam que, caso recebesse classificação PG, as pessoas não o assistiriam por achar de antemão que o filme era muito leve. Desta forma foram incluídas no roteiro algumas falas usando a palavra "fuck" e seus derivados, de forma a garantir a classificação mais alta.
15 - Bill Phillips e o roqueiro George Thorogood gravaram uma participação especial, na qual pressionavam Christine. Entretanto, ela foi retirada na versão final, já que ambos eram péssimos atuando.
16 - Foi Bill Phillips quem sugeriu que "Bad to the Bone", de George Thorogood, fosse a música tema do filme.
17 - A edição especial lançada em DVD contém 20 cenas extras.
Jogos Mortais X
3.4 485 Assista AgoraJogos Mortais X poderia ser facilmente um reboot da franquia continuando somente o original que ficaria perfeito, não entendo porquê ainda insistem tanto em forçar continuidade com o restante da franquia sendo que os próprios produtores assumem que terem matado Jigsaw no terceiro filme foi o maior erro que cometeram e ao meu ver, esse foi o menor dos problemas que esses caras criaram nessa franquia.
Enfim, depois de tanta pataquada que fizeram com essa saga, esse filme apesar de não ser perfeito, é bom graças a sua simplicidade - sem aquela subtrama insuportável de investigação policial que convenhamos, era a parte mais sonolenta das outras sequências - sem aquela forçada de barra pra criar conexão com histórias do passado dos personagens - e por fim, sem um jogo focado somente no gore sem conteúdo. O jogo desse filme é interessante e ganha pontos por não ser apenas um espetáculo de tripas vazio.
E finalmente deram a oportunidade de Tobin Bell explorar suas camadas como ator, aqui Jigsaw ganha um destaque que absolutamente nenhum filme anterior fez, tornou ele muito mais que apenas um vilão com uma motivação superficial como as continuações fizeram parecer. E pelo fato das novas vítimas do jogo serem pessoas naturalmente terríveis, cria-se uma discussão interessante sobre o que é certo e errado.
Quanto ao desfecho do filme também foi bem diferente do que eu tava acostumado a ver nessa série, quando eu achei que estava prevendo como tudo ia acabar de tal forma, o filme só tava começando. E a Amanda tava uma fofura nesse filme, apesar de não terem conseguido disfarçar a velhice da atriz.
E a cena pós-crédito foi bem nostálgica!
Por fim, de gore o filme está cheio, conseguiu ser mais brutal que o anterior Espiral, a melhor armadilha é da mina que teve que cortar suas coxas para conseguir impedir uma máquina com um fio cortante de cortar sua cabeça. Uma das características da franquia sempre foi a violência, que só tem o original mesmo de filme que polpou no sangue.
Apesar de bom filme, eu não vejo mais pra onde Jogos Mortais deve ir, já fizeram tudo o que queriam fazer, não tem mais como explorar isso aqui sem ficar repetitivo e genérico, mas dificilmente vão parar por aqui. Quem viver, verá.
Meu ranking da franquia, do pior para o melhor:
10 - Jogos Mortais 5.
9 - Jogos Mortais: Jigsaw.
8 - Jogos Mortais - O Final.
7 - Jogos Mortais 4.
6 - Jogos Mortais 3.
5 - Espiral - O Legado de Jogos Mortais.
4 - Jogos Mortais 6.
3 - Jogos Mortais 2.
2 - Jogos Mortais X.
1 - Jogos Mortais.
O Vale Assassino
2.3 8Berserker é aquele slasher que seria do caralho se tivesse uma direção melhor que não tivesse medo de orçamento baixo e apostar no gore.
Infelizmente, é só mais uma tranqueira ruim dos anos 80 com um assassino com uma idéia até que interessante e inovadora mas pessimamente executada, uma pena, pois Jefferson Richard até mostra um cuidado com a direção mesmo ter literalmente filmado o filme sem roteiro e em questão de poucos dias, até a trilha sonora do filme é sinistra. Se o projeto tivesse nas mãos de um diretor mais criativo, seria uma trasheira digna de fazer parte da coleção de qualquer fã de slasher.
No entanto, as mortes que deveriam ser um dos grandes atrativos do filme é tudo muito mal feito, picotado e com um dos piores trabalhos de maquiagem que eu já vi em um filme dessa década, de atrativo mesmo é somente as cenas de putaria entre os jovens na mata que fizeram o filme entrar na lista dos Videos Nasties, mas disso o cine privê da Band entrega de sobra e até melhor.
Pânico VI
3.5 798 Assista AgoraPânico 5 conseguiu reviver uma franquia que quase ninguém mais lembrava que existia, eu que nunca fui fã assisti e gostei do filme, mas não fiquei muito animado com a ideia de fazerem mais uma caralhada de sequências até ninguém mais aguentar.
E foi com muito desânimo que fui assistir esse Pânico 6 que foi escrito e filmado literalmente às pressas pra suprir a ganância do estúdio e achei bem inferior ao anterior, diria que o diferencial do filme é a violência que é maior, o Ghostface aqui tá mais carniceiro - consequência do efeito Terrifier no cinema de terror, agora que os estúdios viram que gore faz sucesso, todas essas franquias de horror que sofriam com censura vão ter filmes mais violentos. Isso é bom, o problema é só os roteiros que vão ficando cada vez mais fracos.
Pânico 6 trás tudo aquilo que já vimos antes, é o mais e maior, e mais exagerado - personagens são gravemente feridos mas se curam milagrosamente para aparecerem no próximo filme. Outra coisa é que agora se apoiaram mesmo na idéia de exterminar todos os personagens "legados" da franquia como uma personagem chega a comentar em uma cena. Senti falta da Sidney nesse filme, mas agora que entendi qual é a idéia real dos produtores para os personagens raiz da franquia, não sei mais se quero que ela retorne, ela merece um descanso.
Quanto ao novo elenco, são todos desinteressantes e genéricos, até a personagem da Jenna Ortega ficou insuportável, difícil acreditar que mesmo depois de tudo que ela passou junto da irmã no filme anterior, ela continue sendo uma adolescente mimada e inconsequente. Faltou dedo de Wes Craven nesse roteiro sinceramente.
E o filme até tenta surprender no final, mas achei a reviravolta tão forçada e ridícula, sério, perderam completamente a criatividade pra criar um vilão na série. O Ghostface começa como uma puta ameaça foda que parece sempre estar um passo a frente de todos, mas quando nos é revelado os rostos por trás das máscaras, parece que a inteligência dos vilões vai embora junto e viram só psicopatas idiotas com motivação tosca que morrem de um jeito ridículo.
Apesar de tantos problemas, ainda é um passatempo divertido e curti a trilha sonora, mas nem de longe é um dos melhores da franquia e nem mesmo um dos melhores filmes de terror do ano, é só mais uma sequência episódica que repete absolutamente tudo que deu certo nos outros filmes e não sinto mais firmeza depois de saber que contrataram um dos diretores mais medíocres do gênero pra dirigir Pânico 7 que só de saber em que época o filme vai se passar já vejo a pataquada que vai ser, os caras já tem até data pra iniciar as filmagens sem dar tempo para escreverem um bom roteiro.
Infelizmente, Pânico é mais uma das franquias que está literalmente se tornando uma caricatura de si mesma ao cometer exatamente os mesmos erros e clichês de outras sagas que tanto critica durante os diálogos metalinguísticos.
100 Coisas Para Fazer Antes de Virar Zumbi
2.6 60 Assista AgoraA idéia do protagonista criar sua própria lista do que fazer antes de virar zumbi é inovadora para o gênero, trás uma vibe meio Zumbilândia, principalmente, pela pegada de humor descontraído. Mas lá no outro filme, o protagonista vive de acordo com suas regras que ele mesmo criou para sobreviver. Aqui já é diferente, o protagonista vive com a certeza de que não sabe o dia de amanhã, então ele quer fazer tudo o que quiser antes de morrer.
No entanto, o anime é bem melhor e mais contido, o filme exagera demais em muita coisa e se alonga mais do que deveria para um filme de zumbi com uma trama tão simples, chegou em um momento que eu não esperava a hora de terminar de tão arrastado tava e a cena do Tubarão zumbi é ridícula e exagerada, poderiam ter focado só na ameaça dos zumbis que seria um desfecho mais interessante.
E por falar nos zumbis, eles são fracos e não representam muita ameaça, fica difícil acreditar que eles conseguiram dominar o país em menos de algumas horas.
Enfim, um filme legalzinho com boas idéias mas execuções não muito boas, se focassem só no humor negro à lá Zumbilândia seria uma obra mais divertida e digna de se tornar uma das favoritas dos fãs de zumbis, mas é só um filminho legal de zumbis que rapidamente será esquecido.
Agente Oculto
3.2 380 Assista AgoraAgente Oculto é aquele genericão de ação que faria total sucesso nas locadoras nos anos 90, a trama é tão previsível que você já sabe exatamente pra onde o filme vai seguir, mas até que diverte, não é esse lixo todo que andam espalhando por aí. Os irmãos Russo sabem fazer um filme de ação empolgante mesmo com um roteiro super clichê.
Ryan Gosling vive aquele clássico protagonista fodão do cinema de ação que vai enfrentar as ameaças sem medo de nada e tem sempre uma carta na manga pra escapar de qualquer perigo e Chris Evans soltou a franga, dando vida ao clássico vilão canastrão psicopata que vai perseguir o herói até não querer mais. É caricato e genérico, porém, um bom entretenimento, se houver sequência, espero que melhorem a qualidade.
Grito de Horror: Lua Nova, Sangue Novo
1.7 117 Assista AgoraUma verdadeira bomba atômica!
Consegue ser pior que absolutamente todas as sequências da franquia, uma cópia descarada e muito mais mal feita de Crepúsculo pra surfar na modinha adolescente dos anos 2000.
Não resta dúvidas, o filme original é o melhor da franquia, o segundo não é lá essas coisas, mas é uma trasheira divertida e o quarto é péssimo, só vale pela linda cena de transformação de lobisomem no final, o restante é tudo de ruim para insuportável.
A Tristeza
3.4 230The Sadness é um terrorzão gore de alto nível!
Baseado na perturbadora HQ "Crossed", escrita pelo lendário Garth Ennis, o criador de The Boys e que também já trabalhou na editora Marvel escrevendo o Justiceiro, Motoqueiro Fantasma e alguns quadrinhos de X-Men. A história de Crossed trás uma ideia diferente de epidemia, ao invés de zumbis canibais putrefatos, temos um vírus bizarro que invade o sistema nervoso das suas vítimas e faz elas se tornarem violentos maníacos homicidas, estupradores, pedófilos, canibais, torturadores e todo tipo de crueldade hedionda que você possa imaginar, quem sofre são as pessoas não infectadas pelo vírus que são perseguidas até a exaustão pelos maníacos.
Um detalhe interessante é que o filme já começa mostrando um cenário de pandemia aonde uma estranha gripe já havia se espalhado por toda Taiwan mas acaba sendo ignorada pelos políticos que só estavam de olho na época de eleição, o tempo passa e o vírus acaba evoluindo para uma variante da raiva causando um efeito bizarro nos infectados iniciando um verdadeiro banho de sangue no país, os sobreviventes acabam sendo caçados um a um sempre sem dó nem piedade e os ataques são realmente brutais, é preciso estômago pra conseguir curtir a sanguinolencia e crueldade. Minhas únicas ressalvas é mesmo em algumas mortes do filme que deveriam ser super perturbadoras, mas a violência se torna tão exagerada que ficam cômicas e galhofas, perdendo parte do impacto assustador que deveriam causar.
A cena mais assustadora do filme pra mim rola logo no começo com a velha infectada atacando o pobre rapaz na lanchonete e espalhando a doença pro restante. Asiáticos normais em filmes de terror já metem medo, imagine uma coroa asiática zumbi de olhos completamente escuros e um sorriso macabro. Sai pra lá capeta, tacava fogo na hora. A dublê mandou bem, conseguiu ser mais assustadora que muita assombração de franquia de terror por aí.
E claro, a cena mais sangrenta do filme é a do Metrô aonde nasce o "grande" vilão do filme, o careca tarado consumidor da azulzinha que estampa um dos pôsteres do filme.
The Sadness é bem fiel na caracterização da epidemia embora com algumas diferenças, nas HQs os infectados ganham uma cicatriz em forma de cruz no rosto antes de se submeterem completamente aos desejos insaciáveis por violência e crueldade - dando sentido ao nome que os sobreviventes se referem a eles "Os Cruzados", já no filme, o primeiro sinal de transformação dos infectados são as lágrimas que caem dos seus olhos como um último sinal do seu subconsciente tendo em mente que os atos que o portador irá cometer serão desumanos, por isso o nome "A Tristeza", referido a doença causada pelo vírus Alvin.
E o final do filme é bem pessimista pra quem prestou atenção, indicando que a humanidade toda poderia sentir o horror do vírus Alvin.
Muitos se falavam que o filme era inovador no gênero de terror zumbi, mas essa idéia de infectados inteligentes homicidas não é tão nova quanto o povo anda espalhando aí, assistam o filme "A Epidemia", de 2009 que tem uma premissa literalmente semelhante e provavelmente se inspirou bastante em Crossed.
De qualquer forma, eu gostei do filme, um entretenimento gore bem divertido, apesar de um ou outro momento exagerado demais. A idéia é assustadora por si só e não estamos totalmente livres de uma realidade como essa, se considerarmos o tanto de epidemias bizarras que andam surgindo nos últimos anos deixando a humanidade em alerta.
A Freira 2
2.6 424 Assista AgoraMenos medíocre que o primeiro e até mais divertido!
A Freira 2 tenta ser mais interessante e o filme inova num detalhe que até então esse Invocaverso vinha devendo, que era o demônio vir matar geral, não só ficar dando sustinho. Eu não aguentava mais ver esses filmes da franquia e absolutamente ninguém sair ferido por causa do estúdio ter medo de bilheteria baixa por classificação indicativa alta, mas aqui finalmente tiveram coragem pra mostrar que o mal sobrenatural vem mesmo pra causar mortes, dor e destruição completa, não só ficar rondando becos escuros.
A direção de Michael Chaves não é tão ruim quanto nos filmes anteriores, ele até cria uns enquadramentos de câmera bacana, sempre tentando seguir o estilo de James Wan, embora ainda totalmente longe de chegar ao nível de eficiência dele, mas o importante é que ele está tentando melhorar e ser mais que um cineasta medíocre. Só achei que poderiam ter caprichado mais no final do filme que pareceu muito corrido e cheio de conveniências.
Não é um filme ruim, é genérico? É. Mas é bem divertido e não chega a ser uma porcaria arrastada e desinteressante como o colega Exorcista: O Devoto que lançou um tempinho depois.
A Arca Perdida
1.9 10Vergonha alheia pura de baixo orçamento com atores decadentes! Não diverte, só dá sono mesmo.
Perseguição 3: Correndo Para a Morte
2.6 107Esse Perseguição 3 consegue ser ainda mais fraco que o segundo filme, vale somente pelas mortes, já que você não se importa com nenhum personagem e a trama ficou muito mais genericona, e o vilão virou um Jason da vida sem nenhuma razão específica.
Não dava pra esperar coisa decente vindo do péssimo Declan O'Brien, sim, o mesmo cara que estragou Pânico na Floresta dirigiu esse filme aqui após ser chutado pelos produtores da outra franquia. O cara até tem boas idéias, mas a maneira que ele executa são deploráveis.
Bem Vindo à Selva
2.1 184 Assista AgoraUm dos filmes que fazem parte da fase de decadência do belga Jean-Claude Van Damme, mas aqui ele tentou surfar no gênero da comédia e ele quase nem aparece no filme, só quando é conveniente.
Quanto aos outros personagens que tomam tempo de tela, todos insuportáveis e sem carisma, o humor é forçado e sem graça, seria um filme bem melhor com um roteiro bem escrito e com o Van Damme no protagonismo, mas ele só se meteu nessa pra pagar as contas da casa.
Alligator 2: A Mutação
2.3 32 Assista AgoraUma sequência mais fraca e problemática que o filme original, mas não achei um lixo completo, ainda consegue divertir e trazer umas mortes bacanas e violentas. Um passatempo digno do Cine Trash!
A ressalva mesmo são os novos personagens totalmente sem carisma e mais desinteressantes que os protagonistas do original e claro, as cenas ridículas que os caras usaram literalmente frames reciclados do Crocodilo do primeiro filme, chega a ser ridículo de tão perceptível.
Alligator: O Jacaré Gigante
2.7 206 Assista AgoraApós o sucesso de Tubarão, de 75, do mestre Spielberg, surgiu uma onda de filmes de terror focados na ameaça de animais comedores de homens. Esse Alligator é uma dessas produções que ao invés de um tubarão branco, temos literalmente um jacaré mutante gigante que sai dos esgotos matando quem encontra pelo caminho.
Convenhamos, o filme é bem divertido e tem uma direção criativa de Lewis Teague que não polpa nas mortes gore e efeitos práticos, o monstrengo foi feito literalmente a mão naquele velho estilo animatronico de se fazer um criatura memorável. É impossível não gostar!
Apesar de problemas com ritmo arrastado, péssimas atuações e um roteiro furado e sem sentido. Alligator continua sendo um clássico trash de primeira da Tv Aberta e merece ser apreciado pelos fãs desse subgênero de horror ecológico.
Batman: O Cavaleiro das Trevas
4.5 3,8K Assista Agora"Eu acredito que o que não nos mata, só nos torna mais... Estranhos!!!"
"Por que está tão sério?"
"As pessoas são boas enquanto o mundo as permite ser. Quando chegar a hora, essas pessoas civilizadas, vão comer umas às outras."
"Se você é bom numa coisa, nunca faça de graça!"
"A loucura, como você sabe... É como a gravidade. Só precisa de um empurrãozinho."
"Sabe, em seus momentos derradeiros, as pessoas mostram quem são de verdade."
"Quer saber por que eu uso uma faca? Armas são rápidas demais, você não consegue saborear as pequenas emoções!"
The Dark Knight é aquele filme que a cada assistida você ama mais ainda!
É um dos melhores filmes de super heróis e ação já feitos, um marco na carreira de Christopher Nolan, um verdadeiro visionário, por mais que os últimos filmes dele como os medíocres Dunkirk e Tenet não tenham sido tão bons como os primeiros de carreira.
Quase todo o elenco está bem, incluindo Bale que surge como um Batman experiente que luta para acabar com a criminalidade e corrupção em Gotham. O que Begins apresentou, essa continuação apenas segue o desenvolvimento da jornada deste Batman, e fica bem evidente que houve um bom avanço de tempo entre um filme e outro. Mas o adversário da vez seria um desafio totalmente diferente de tudo que Bruce já havia enfrentado até então. É quando somos apresentados a um dos maiores vilões da cultura pop, Coringa, aqui vivido de forma brilhante e assustadora por Heath Ledger que chegou a passar meses trancado num quarto antes das filmagens sem interagir com o elenco, só lendo algumas HQs focadas no Coringa para construir uma interpretação intensa do personagem para as telas.
Não é atoa que esse Coringa é tão adorado pelos fãs da DC nos cinemas, não é uma atuação caricata e galhofa nível aqueles filmes genéricos de roteiros clichês da Marvel - Ledger se entregou ao papel de uma maneira que pouco víamos em filmes desse gênero na época. Aqui temos um antagonista ameaçador que não busca poder, riqueza ou domínio total do mundo, ele quer é causar caos, tocar nas feridas da sociedade, colocar irmão contra irmão, pai contra filho, amigo contra amigo, população contra político e autoridades, ele vem acender o fósforo para o circo pegar fogo e assistir de camarote a queda de todo um sistema. Não foge absolutamente nada dos dilemas originais do personagem nos quadrinhos, muito pelo contrário, Nolan simplesmente conseguiu intensificar tudo isso em um só filme e desenvolver um personagem sem precisarmos conhecer o seu passado pra entendermos suas motivações, sua insanidade e prazer em causar o caos. Afinal, até podemos deduzir parte do passado deste Coringa de acordo com alguns comentários do personagem em algumas cenas sem precisarmos que o filme jogue na nossa cara mil flashbacks sobre as origens dele. A decisão de Nolan e os roteiristas David S. Goyer e Jonathan Nolan de que o personagem já chegaria pronto como a oposição absoluta do protagonista foi uma escolha inteligente. Quem amou Thanos por ele ter chegado em Guerra Infinita já pronto causando tanta desgraça, foi aqui aonde essa premissa do vilão preparado surgiu, mas diferente do Thanos, não sabíamos nada sobre o Coringa de Ledger, isso só o tornava ainda mais assustador, interessante e imprevisível.
A motivação dele é clara, ele não quer nada, ele não quer ser reconhecido, ele não quer lucro, nem adoradores, ele só quer desestabilizar uma população inteira apenas usando sua genialidade e criatividade. Por isso ele é tão perigoso, ele não é uma bomba relógio, ele é uma ogiva nuclear que depois de ativada com destino entrelaçado se torna uma ameaça sem controle. Sem dúvidas, a melhor atuação de Heath Ledger, sua morte prematura foi uma perda e tanto para o cinema em geral.
E quando falo que Nolan foi visionário nesse filme, não é pra pouco, em Begins ele ainda estava aprendendo a fazer ação, em Dark Knight ele mostra que amadureceu como diretor, criando um verdadeiro espetáculo pirotécnico sem cortes bruscos que deixam o espectador confuso sem entender nada que acontece em tela - aqui é efeitos práticos com direito a explosões, perseguições, e um caminhão virando literalmente do avesso sem CGI numa avenida - é um espetáculo digno de se ver numa tela na melhor resolução possível, com a computação gráfica só sendo usada mesmo só pra compor algumas lacunas e você nem percebe quando foi usada.
E o que eu posso dizer da trilha sonora composta por Hans Zimmer e James Newton Howard? Uma obra prima da mais divina arte já desenvolvida no cinema. É empolgante, é grandiosa, é marcante!
Se existe defeitos nesse filme, diria as coreografias de luta do Batman que continuam bem esquisitas mesmo e não conseguem convencer o espectador de que Bruce realmente passou meses treinando artes marciais com a Liga das Sombras no primeiro filme. Outro ponto também é o Salvatore Marone interpretado pelo Eric Roberts que quase nem aparece no filme e só diz algumas falas, tinha potencial pra ser outro grande vilão no futuro da trilogia mas não é aproveitado assim como o Falcone e por fim, a Rachel Dowes que no anterior era vivida pela Katie Holmes e aqui é interpretada pela Maggie Gyllenhaal - irmã do Jake Gyllenhaal - a personagem acaba perdendo parte do seu carisma do filme anterior pela mudança de atriz e vira apenas uma coadjuvante que só serve mesmo para desenvolver o segundo vilão do filme, o Duas Caras que é bem melhor construído.
E quase ninguém fala do Duas Caras nesse filme que é um baita vilão também, que apesar de ficar mais em segundo plano e só surgir de vez já no terceiro ato do filme, Aaron Eckhart manda muito bem e cria uma figura ameaçadora. Harvey é o que Batman seria se ele perdesse o controle, de um homem focado na luta contra o crime - bastou ele perder aquilo que amava e sofrer uma lavagem cerebral pelo Coringa que ele se tornou um justiceiro fanático com uma visão distorcida do que é a justiça, não mais se importando com inocentes ou não, e atrapalhando o foco da verdadeira batalha que deveria ser a luta contra o Coringa. Ele não morreu herói, ele viveu o bastante para se tornar o vilão. Nunca uma frase foi tão coesa em um filme.
O desfecho desse filme também é épico e marcante, mas talvez, só talvez, a luta final entre Batman e Coringa poderia ter sido melhor aproveitada, fica a sensação que foi bem qualquer coisa e rápida demais, no entanto, é exatamente o epílogo com Duas Caras complementando o fim do arco do Coringa que torna esse desfecho ainda mais grandioso em termos de história. Quando tudo parecia estar perdido, e Gotham perderia completamente a sua esperança, Batman decide sacrificar a sua vida de herói respeitado para assumir o manto de culpado por tudo que Coringa causou. E tudo se encerra com Gordon dizendo àquelas palavras, indicando que a partir dali, tudo seria diferente e nada mais seria como antes, mas o morcego um dia iria ressurgir quando Gotham precisasse, pois ele era um guardião silencioso, um protetor cuidadoso, um cavaleiro das trevas... Simplesmente foda!
Ainda é um dos melhores finais de filmes de super heróis que eu já vi, não tem pontas soltas, personagens reciclados e nem conflitos mal resolvidos só pra arrastar tudo para outra sequência. Existe um gancho, mas não é forçado, é bem escrito, conclusivo para com essa história aqui contada e indica uma conclusão definitiva para a trilogia que só viria em 2012, mas sem mais Ledger que nos deixou em pouco tempo antes do lançamento desse filme em 2008, ele até ganhou o Óscar, mas não pôde estar presente para receber. No entanto, seu legado como Coringa permanece eterno e na memória dos amantes da arte e cultura pop.
O Cavaleiro das Trevas permanece sendo o melhor filme da trilogia do Batman e também o melhor longa metragem do homem morcego, foi o auge da carreira de Christopher Nolan que começou de forma inexperiente e mais tímida em Batman Begins e chegou ao nível de uma qualidade quase irretocável aqui. É uma pena que Ressurge não tenha chegado nem perto de superar esse filme, afinal, superar o que foi feito aqui seria bem difícil de qualquer forma.
Jogos Mortais X
3.4 485 Assista AgoraSeria melhor se parassem de forçar tantas sequências desconexas e tentassem rebootar a franquia dando continuidade somente a partir do final do original, sendo que os caras simplesmente não conseguem mais criar nada de novo, já que o Jigsaw é literalmente a cara da franquia e querem manter ele vivo mesmo depois de morto - uma sequência direta do original em uma nova linha do tempo seria bem mais interessante, daria pra criar um arco mais bem escrito e menos dependente de referências com outras sequências.
Zumbilândia
3.7 2,5K Assista AgoraAinda é uma comédia de humor negro bem divertida de assistir, mas não é tão genial quanto eu me lembrava, o diferencial do filme está mesmo na atmosfera de filme road movie, os personagens bem cativantes e o protagonista Columbus vivido pelo esquisitão do Jesse Eisenberg que sobrevive graças as suas regras de sobrevivência em um apocalipse zumbi e no personagem Tallahasse interpretado pelo brabo Woody Harrelson que rouba a cena quando aparece.
Os zumbis são aqueles clássicos modernos velocistas infectados aqui com uma variante da doença da vaca louca que sofreu mutação gerando esse apocalipse todo. E gore é o que não falta no filme, tem zumbi com pedaços de carne na boca espumando sangue e visceras, zumbi se alimentando de gente aleatória, tudo com aquela pitada de humor negro.
E claro, toca "For Whom The Bell Tolls", do Metallica logo nos criativos créditos iniciais do filme, não tinha como não gostar.
Megatubarão 2
2.3 278 Assista AgoraNão achei esse Megatubarão 2 tão ruim quanto o povo espalhou por aí, mas ele é bem inferior ao primeiro.
Claro, os efeitos especiais continuam impecáveis e expandiram mais o universo da franquia apresentando novos monstros além dos tubarões gigantes, não vai me surpreender se no terceiro filme trazerem um Mosassauro gigante pra enfrentar um dos Tubarões.
O filme também é bem mais exagerado que o anterior, muita coisa sem nexo aqui que uma pessoa mais enjoada revira os olhos, como os personagens fazendo acrobacias bizarras que na realidade selariam o destino de todos e andando tranquilamente no mar profundo aonde a pressão implodiria qualquer coisa antes de chegar no fundo com armaduras à lá Transformers como se tivessem na lua, mas ok, pra quem tá acostumado com essas mentiradas à lá Velozes e Furiosos como eu, esse tipo de coisa não incomoda, até achei divertido, nem todo filme precisa ter fidelidade com realismo e quem se incomoda com isso, só lamento.
Mas não gostei muito do arco dos vilões do filme, muito genéricos e caricatos, tomou grande parte da primeira metade do filme, mas quando o filme volta a focar nos monstros causando estrago a diversão é garantida e não polpam no caos.
Pra quem gosta de blockbusters de monstros gigantes sem querer se importar com roteiro genial, vai se divertir bacana e Megatubarão 2 se pagou de certa forma, o terceiro filme já tá confirmado. Statham ainda vai ter muitos monstros marinhos pra enfrentar!
Jackass, Cara-de-Pau: O Filme
3.3 260 Assista AgoraSempre ouvi falar de Jackass como uma das comédias mais hilárias já feitas, mas não achei isso tudo não.
Achei tão sem graça as trollagens, só uma ou duas me fizeram dar uns risos, o resto é só ridículo e forçado mesmo, pouca coisa se salva, é uma produção bem vazia e menos criativa quanto achei que seria, quer uma comédia desse estilo realmente boa, genial e engraçada? Assista o primeiro Borat que é mil vezes melhor.
Guardiões da Galáxia: Vol. 3
4.2 804 Assista AgoraDepois de assistir Guardiões 3, só concluo meu pensamento que a falta que um cineasta como o James Gunn fará no UCM é gigantesca. Que filme cativante, divertido, um desfecho bem construído e fechadinho!
A espera quase interminável pelo filme valeu a pena, no começo tive receio, a produção estava muito conturbada por pandemia, o fator James Gunn, a DC começando a se interessar pelo cara e por último, mudanças de cronograma de calendário da Marvel e a julgar pelo rumo medíocre que as produções atuais da franquia começaram a seguir, o medo de que um terceiro filme dos Guardiões fosse uma tremenda porcaria era gigante. Mas agora falo sem medo que fiquei super satisfeito com tudo que vi.
Quase tudo no filme é perfeito, roteiro, efeitos especiais, cenas de ação com uma escala épica, uma em particular reservada para o final do filme com um plano sequência maravilhoso. E o que tornou esse terceiro capítulo ainda mais interessante foi simplesmente Gunn ter dado foco ao Rocket explorando suas origens dando coesão às atitudes e frases do personagem durante toda jornada. Mas ele não esquece de trabalhar a dinâmica dos outros personagens que mudou e muito depois de tudo que já passaram, o trauma causado por Thanos e a Ordem Negra ganhou peso e alterou parte da dinâmica do grupo, se formos comparar a equipe do primeiro filme com essa que vimos aqui, tem muita diferença - em Guardiões 3 o grupo de mercenários intergalácticos está rachado, não existe mais aquela química perfeita de antes, eles possuem dificuldade de se entender, aquele humor de antes está fragilizado. Outra coisa que achei positiva é que o filme não é tão piadista quanto os anteriores, claro, tem sim piadas mas muito bem dosadas, mas a carga dramática é maior e Gunn consegue equilibrar tudo perfeitamente aqui, tornando o mais sério da trilogia.
E finalmente, chegamos no vilão do filme que consegue superar os anteriores da saga no quesito crueldade, o Alto Revolucionário. Ronan, o Acusador era um merdinha mimado genocida querendo se provar melhor que Thanos enquanto Ego era um pai desgraçado e egoísta que causou grande parte da dor do próprio filho e nem sequer enxergava que estava errado, mas o Alto Revolucionário chega em um nível de maldade pura injustificável, o cara fazia experiências terríveis em animais indefesos querendo brincar de Deus e não sentia absolutamente nada em relação a isso e a maneira que Gunn explora essa vilania dele é "grotesca" e impacta pela idéia. E isso realmente está acontecendo, animais são usados todos os dias para experiências genéticas impiedosas para cientistas descobrirem como alongar a vida do homem. Os animais também sentem dor, emoções e ficam desesperados quando percebem que sua vida está em risco. Pra mim, uma pessoa que não sente quaisquer empatia machucando animais e crianças é literalmente um monstro que precisa ser combatido o quanto antes e Gunn me fez sentir um pouco mais desse ódio com o Alto Revolucionário - e a atuação do Chukwudi Iwuji é brilhante, consegue meter mais medo que o Kang flopado do Jonathan Majors que até agora não disse a que veio.
E como em todos os filmes da trilogia, esse aqui também possui uma puta trilha sonora, mas dando mais ênfase à músicas dos anos 2000, destaco "Creep", do "Radiohead" logo no início - Só isso já foi o suficiente pra conquistar completamente meu coração de garoto dos anos 2000, e a canção "Dogs Days Are Over", da banda britânica de Indie Rock "Florence The Machine" que encerra o filme com uma cena simplesmente impecável e de certa forma, emocionante.
E agora, chegamos ao único problema do filme pra mim, o Adam Arlock que prometia ser uma grande ameaça para os Guardiões é só um bobalhão ridículo com poderes de Superman que sobra no filme o tempo todo, tinha momentos que eu nem lembrava mais da existência dele e o infeliz reaparecia só pra sumir de novo. Ao menos, deram um fim ao arco dos malucos dourados do segundo filme que já tava enjoativo.
Apesar desse fator negativo, a experiência que esse filme me entregou foi demais agradável. Eu me diverti como a um tempinho eu não me divertia com um filme da Marvel, me fez esquecer um pouco o desgosto que aquela porcaria de Homem Formiga 3 me deixou, e me prendeu na trama como não vinha acontecendo nas produções recentes, e chegou ao ponto de me emocionar com o desfecho. Guardiões 3 é um final magnífico pra melhor trilogia da Marvel, e ao meu ver, a história deles acabou aqui, se empurrarem um quarto filme, dificilmente assistirei se for feito por um diretor medíocre que não saiba como inovar e construir uma boa história. De qualquer forma, fico feliz com o que foi feito aqui. Eles finalmente encontraram um pouco de paz, alguns seguiram seu caminho, outros ficaram pra continuar protegendo a galáxia. Para o bem ou para o mal, os dias de cão finalmente acabaram para eles. Bola pra frente, não só para os Guardiões e James Gunn como para a Marvel que têm mostrado dificuldade de seguir em frente depois de Ultimato! Mas filmes como Guardiões da Galáxia: Vol 3 me fazem ainda ter um pouco de esperança que essa franquia volte a me causar hype.
Não acho justo fazer um ranking, ao meu ver, os três filmes estão no mesmo nível de qualidade.
Besouro Azul
3.2 560 Assista Agora17 de Agosto, somente nos cinemas!
Batman - O Mistério Da Mulher Morcego
3.3 41 Assista AgoraUma animação bem divertida e leve, com ótimas cenas de ação e uma trama envolvente.
Sisu: Uma História De Determinação
3.5 226 Assista AgoraA Lionsgate está com tudo nos últimos anos criando filmaços de ação seguindo a moda John Wick, Sisu é mais um deles.
Filme bem simples e curto até, o protagonista da vez só diz umas palavras nos últimos segundos de filme, maior parte do tempo o cara é caladão e conseguem criar uma atmosfera de terror em volta dele. E eu curti a motivação dele, se em "John Wick", a razão da matança é apenas a morte de um cachorrinho - enquanto em "Anônimo", o herói se envolve na confusão só porquê estava entediado com sua vida rotineira - em "Sisu", o que faz o herói ter um surto de ódio é a única oportunidade que ele tem de finalmente viver a vida que ele queria ter ser tirada dele. O cara simplesmente bota pra fora a fera enjaulada por anos de tanta revolta e gruda nos vilões parecendo o Jason Voorhees e não polpa nenhum.
A ação do filme é bem feita, brutal e sangrenta, e a melhor parte, é que temos nazistas sendo estraçalhados como todos eles merecem, nada mais satisfatório que isso.
Se Sisu falha em algo, diria que é somente no roteiro, não temos desenvolvimento de personagens e nem uma trama complexa, nada parecido com isso, apenas uma desculpa pra colocar o protagonista na matança, mas não creio que isso incomode quem realmente ama um filme de ação simples e porradeiro.
Resgate 2
3.6 278Tão divertido e insano quanto o primeiro filme!
Resgate 2 é um filmaço de ação, Sam Hargrave consegue criar um verdadeiro espetáculo de pancadaria, explosões e visceralidade.
A sequência na prisão se tornou literalmente uma das melhores cenas de adrenalina já feitas em um filme de ação.
Outra coisa que eu curti foi também terem dado mais foco aos colegas do Tyler que no filme anterior eram apenas coadjuvantes que só apareciam aqui e ali, mas aqui eles puderam brilhar mais na ação junto com o protagonista do Chris Hemsworth.
Os únicos pontos baixos do filme são justamente a família que Tyler e sua equipe precisam proteger o filme inteiro, são todos insuportáveis e ao invés de ajudarem a facilitar mais o empenho da missão, eles só atrapalham muitas vezes - e o vilão é bem genérico.
O herói porradeiro do Chris Hemsworth continua um protagonista bem interessante de acompanhar, e Chris se entrega nas cenas de ação e no drama também, fico feliz de ver que ele está aos poucos abandonando a imagem de Thor bobalhão que a Marvel fez ele se consagrar. Espero que ele receba mais papéis em filmes de ação após Resgate 3, outrora confirmado pela Netflix que tem tudo pra ser um desfecho épico da trilogia.
Christine, O Carro Assassino
3.3 671 Assista AgoraLembro da primeira vez que assisti "Christine, O Carro Assassino" com seis anos nos vindouros anos 2000 quando o SBT fez a reprise desse filme no Cinema em Casa - época que o Sílvio Santos não tinha filtro algum pra censura dos programas na Tv e nem para os filmes exibidos em horários com criança acordada - lembro-me de ter me divertido a bessa assistindo, era novidade pra mim um filme de terror focado em um carro possuído pelo capeta, reassistindo agora, consigo apreciar bem mais ele além do fator diversão. É um terrorzão digno da década de 80- a melhor época para o gênero, aonde as ideias eram aos montes e a criatividade tamanha - não esperava menos do mestre John Carpenter que sempre foi especialista em construir uma boa atmosfera de horror com poucos recursos, vide Halloween e o Enigma do Outro Mundo que ele já havia dirigido anos antes.
E o que ele consegue construir de tensão, ele também sabe de desenvolver um bom vilão, falo do pobre Arnie que começa a trama sendo um garoto nerd, meio solitário, gentil e tímido mas é só o cara entrar em contato com o bendito carro desgraçado que ele vai se transformando aos poucos em um babaca psicopata, arrogante e egocêntrico. Se a gente começa o filme simpatizando por ele, chega em um ponto que deixamos de apoiar totalmente ele quando o carro ameaça ferir pessoas que não mereciam e apoiavam Arnie em todo caso e ele passa a passar pano pra ela a todo custo. Christine é o verdadeiro mal encarnado, depois que o cara olha pra ela, a coisa seduz o homem, o transforma em um marionete cega que obedece e protege ela de tudo. O confronto final é icônico, diria que é uma das cenas mais memoráveis da história dos filmes de terror.
E a Christine foi uma novidade para os fãs de terror tanto quanto foi pra mim na infância, naquela época só tínhamos assassinos slashers de acampamento fazendo mingual de adolescentes retardados com fogo no rabo. Nada parecido com isso, e a idéia em si tinha tudo pra dar errado e resultar numa trasheira boba, mas o saldo foi positivo, a premissa é demais criativa, o público da época tava acostumado a ter medo de tudo, menos de uma coisa que usamos tanto no nosso cotidiano. Que loucura seria um automóvel serial killer que liga sozinho e anda por aí como assombração matando quem quisesse. Provavelmente, muitas crianças que assistiram esse filme na época ficaram com medo de entrar num carro outra vez.
Outro detalhe interessante é que a origem do carro é um mistério no filme, não sei se a obra original escrita por Stephen King explica algum detalhe sobre a entidade Christine, pois não li o livro, mas achei um baita acerto manterem esse suspense em torno da origem da criatura. Se não sabemos o que de fato o inimigo é, dificulta a luta pra deter essa ameaça.
"Christine, O Carro Assassino" talvez só tenha um defeito (que eu nem considero totalmente um defeito), o filme às vezes sofre com um ritmo meio lento, demora para as coisas começarem a acontecer, e para o público atual, dificilmente pode se prender a essa narrativa, mas pra quem gosta de uma boa construção de atmosfera de terror antes do espetáculo, vai apreciar esse produção. Christine é um filmaço de horror, daqueles que te fazem ter medo de duas luzes brilhantes com ronco de motor numa rua escura.
Vale citar umas curiosidades interessantes sobre:
1 - Kevin Bacon chegou a receber uma proposta para o filme, mas recusou para estrelar Footloose - Ritmo Louco (1984);
2 - Brooke Shields e Scott Baio estiveram cotados para interpretar Leigh Cabot e Arnie Cunningham, respectivamente. Entretanto, os produtores originais deixaram o projeto e os novos resolveram escalar apenas nomes pouco conhecidos no elenco.
3 - Richard Kobritz, que havia produzido Salem's Lot (1979), telefilme baseado em livro homônimo de Stephen King, recebeu do escritor manuscritos de Christine, o Carro Assassino e de Cujo, para que avaliasse qual deles seria sua próxima adaptação para o cinema. Kobritz escolheu Christine, por considerar a história de Cujo muito simplória. Posteriormente ela foi lançada nos cinemas, em 1983.
4 - A popularidade de Stephen King na época era tamanha que a produção de Christine, o Carro Assassino teve início antes mesmo da publicação do livro. O cara tava em ascensão na literatura de horror.
5 - As filmagens ocorreram entre fevereiro e 22 de abril de 1983.
6 - Caroline Paul, irmã gêmea de Alexandra Paul, gravou algumas cenas no lugar da irmã.
7 - Nos créditos iniciais o motor de Christine pode ser ouvido quando o título do filme surge na tela.
8 - A cena de abertura, que mostra o "nascimento" de Christine em Detroit, foi escrita para o filme. Ela não está presente no livro de Stephen King.
9 - Cerca de 13 carros "representando" Christine foram destruídos durante as filmagens. Ao todo 25 modelos foram usados.
10 - O livro de Stephen King diz que Christine tem quatro portas, mas no filme o personagem tem apenas duas. O motivo é que jamais foi produzido um modelo do 1958 Plymouth Fury com quatro portas.
11 - O detetive Rudolph Junkins, antagonista de Arnie Cunningham, também dirige um Plymouth Fury. A diferença é que o modelo do carro é de 1977 ou 1978.
12 - O sucesso do filme fez com que o 1958 Plymouth Fury, modelo de Christine, ficasse bastante popular e desejado.
13 - O filme exibido no drive-in é Até que Enfim é Sexta-feira (1978).
14 - O roteirista Bill Phillips declarou que, tecnicamente, o filme não tinha violência o suficiente para justificar uma classificação R. Entretanto, os produtores temiam que, caso recebesse classificação PG, as pessoas não o assistiriam por achar de antemão que o filme era muito leve. Desta forma foram incluídas no roteiro algumas falas usando a palavra "fuck" e seus derivados, de forma a garantir a classificação mais alta.
15 - Bill Phillips e o roqueiro George Thorogood gravaram uma participação especial, na qual pressionavam Christine. Entretanto, ela foi retirada na versão final, já que ambos eram péssimos atuando.
16 - Foi Bill Phillips quem sugeriu que "Bad to the Bone", de George Thorogood, fosse a música tema do filme.
17 - A edição especial lançada em DVD contém 20 cenas extras.