O que primeiro me impressionou foi a frieza crua do filme que vai desde a fotografia até a coreografia dos combates: ao invés de belas lutas estilizadas cheias de rodopio, estocadas e esquivas, temos aqui um "salve-se quem puder" angustiante.
A trama é boa e mostra que, em tempos de informação limitada e em um ambiente no qual se está cercado de gente com interesses escusos, confiança se torna algo incerto e fosco. Atuações muito descentes, com destaque para Robert Pattinson que consegue entregar um bom antagonista.
Bonito e com boas canções, mas repete muito da receita consagrada em Frozen, Moana e Raya: protagonista atípica, descobrindo sua força, sem interesse romântico, lidando com uma destruição enorme de caráter místico para a qual ela descobre uma solução no amor da família e amigos.
No começo, esse tipo de narrativa passa, mas quando você percebe que não há muita variação, se torna sacal....
Um ótimo filme que faz o encontro entre Cisne Negro e Fausto. Há boas reflexões, especialmente sobre o lugar da música clássica na contemporaneidade e as interpretações são bem verdadeiras. Fotografia bonita, especialmente na sequência final.
A nota do Filmow é injustificável e fortalece a ideia de que é melhor assistir aos filmes e depois vir aqui do que conferir a nota antes de escolher um filme.
O filme poderia ter decidido ser apenas profundamente fiel a magnifica obra de Frank Herbert ou apenas apaixonadamente interpretado por atores que pareciam ter nascido para seus respectivos papeis. Contudo, Duna escolheu ser tudo isso e ainda um dos mais bonitos filmes que tivemos, com cenas que pareciam belíssimas pinturas e uma trilha sonora que se costura com maestria ao que vemos ali.
pareceu profundamente subaproveitado: personagem serviu apenas como alívio cômico e não mereceu sequer uma cena em que pudesse se mostrar forte, precisando ser salvo por todos o tempo todo
Muito menos que a alegoria bíblica (que não passa de pano de fundo), vejo no filme uma anedota sobre o processo de criação artístico.
A mãe, como os próprios personagens colocam, é a inspiração que, ao lado do poeta, irá parir a obra de arte a partir dos conflitos que esse artista carrega consigo. E, embora se fale no conceito de arte pela arte, essa não consegue se alienar completamente ao lado artista, acabando por ver seu espaço constantemente invadido por questões exteriores.
No fim, a arte é glamourizada, sacralizada, perseguida, condenada, prostituída e vê sua obra ser entregue ao público que a consumirá, ainda que no processo a destrua. O interessante é que, ainda assim, isso é apenas o fim de um ciclo que prepara já o começo de outro. A semente de uma nova obra é deixada e essa já desperta para recomeçar o processo
O personagem afunda em uma espiral de autodestruição que, na verdade, é a revelação para nós, espectadores, de sua verdadeira natureza. E o que parecia ser um marido em busca do paradeiro de sua esposa vai se revelando um assassino incapaz de lidar com o remorso e buscando esconder de si mesmo a verdade de seu crime. Curioso é que essa negação vai tão longe que, mesmo quando os fatos são esfregados em sua cara, ele os rejeita.
Duas cenas são bem marcantes, para revelar a situação:
1) Ele a procurando em um terreno baldio aparentemente aleatório.
2) A “fantasma” da Madalena esfregando café no rosto, dando um aspecto de terra sobre si.
Os filmes brasileiros continuam fantásticos por fugirem do estereótipo, experimentarem o novo e narrarem o inesperado.
Comédia Kafkaniana que brinca com estereótipos e noções comuns do que seja o universo masculino.
Avaliar a arte por uma pretensa obrigação dessa em vender o moral e socialmente desejado é profundamente complicado. Filmes, livros, quadrinhos e músicas não estão aí para nos ensinar como viver, mas para nos provocar. Profundamente tenso a maneira com que esse filme foi massivamente condenado.
Excelente filme que aborda as diferentes faces da maldade humana. Só me preocupa que haja tantos usando da obra como argumento para consolidar uma visão estereotipada e preconceituosa das culturas de fé. Há bons religiosos e péssimos religiosos, como ocorre em qualquer outro grupo humano...
O filme é quase uma releitura do excelente "O Abutre", conseguindo lançar um olhar perturbador sobre a forma com que o espaço de produção das fake news é o ninho ideal para psicopatas.
Você decide assistir esse filme sabendo o que vai encontrar e, nisso aí, ele não decepciona. Não inova, mas faz o dever de casa com honestidade. Pai de família raiz vai se sentir representado.
Excelente filme que foge dos chavões repetitivos hollywoodianos. Segue a escola de Fargo, com um bom plano que destrambelha em uma situação cada vez mais absurda, mas tem um gosto próprio.
O filme é exatamente o que você imagina que vá ser vendo o cartaz: canastrão. Já vá assistindo ciente disso e supondo que esse seja seu estilo. Se for, vai se divertir.
O filme é todo muito bom, exceto pelo final que parece feito com pressa e sem conseguir explorar com eficiência a reflexão final que poderia ser profunda como o restante vinha se mostrando.
A sua primeiras cenas fazem parecer que vai sair algo de bom dali mas, lá pela metade, você descobre que é ruim a um ponto que se torna constrangedora. Quando acaba, a única sensação que resta é alívio por se livra daquela vergonha alheia.
Um outro Tarantino, completamente diferente e inesperado, mas ainda assim excelente.
Como drama sobre a decadência de um artista e a amizade entre dois homens já era muito bom.
Mas o final desse filme é uma das coisas mais lindas e tristes que já vi e a forma com que Tarantino nos atinge ali é de uma grandeza enorme. Eu não entendi o que estava assistindo até a hora exata em que se revelou o que a história pretendia.
Claro, a tristeza enorme ao lembrar do nome do filme e ser puxado de volta ao mundo real e lembrarmos que Cliff e Rick não estavam lá para salvar Sharon foi bem pesada.
O filme é divertido, mas descompromissado. Por si só, fica abaixo do primeiro, mas a situação se complica bastante por vir na sombra dos monstruosos Guerra Infinita / Ultimato. Esse, por sinal, passa a ser o grande desafio da Marvel daqui para a frente: com o mantermos expectativas de seu público se a tendência é que tudo mais daqui para frente, por um bom tempo, fique abaixo do que foi a conclusão do Vingadores.
A comparação que me veio foi com o filme “A Queda”. Enquanto aquele mostra o fim de um, esse apresenta o início do outro. Contudo, se aquele prima pela precisão histórica, esse permite um bocado de fantasia e improviso que desagradam.
O Rei
3.6 404O que primeiro me impressionou foi a frieza crua do filme que vai desde a fotografia até a coreografia dos combates: ao invés de belas lutas estilizadas cheias de rodopio, estocadas e esquivas, temos aqui um "salve-se quem puder" angustiante.
A trama é boa e mostra que, em tempos de informação limitada e em um ambiente no qual se está cercado de gente com interesses escusos, confiança se torna algo incerto e fosco. Atuações muito descentes, com destaque para Robert Pattinson que consegue entregar um bom antagonista.
Eduardo e Mônica
3.6 369O verdadeiro Eduardo & Mônica continuam sendo o do vídeo clip da Vivo.
Encanto
3.8 805Noto que a Disney vem evitando criar vilões para suas animações...
Encanto
3.8 805Bonito e com boas canções, mas repete muito da receita consagrada em Frozen, Moana e Raya: protagonista atípica, descobrindo sua força, sem interesse romântico, lidando com uma destruição enorme de caráter místico para a qual ela descobre uma solução no amor da família e amigos.
No começo, esse tipo de narrativa passa, mas quando você percebe que não há muita variação, se torna sacal....
O Farol
3.8 1,6K Assista AgoraA sensação final é que havia no filme um monte de boas ideias que, até o final, não chegaram a se concretizar.
Noturno
2.9 213 Assista AgoraUm ótimo filme que faz o encontro entre Cisne Negro e Fausto. Há boas reflexões, especialmente sobre o lugar da música clássica na contemporaneidade e as interpretações são bem verdadeiras. Fotografia bonita, especialmente na sequência final.
A nota do Filmow é injustificável e fortalece a ideia de que é melhor assistir aos filmes e depois vir aqui do que conferir a nota antes de escolher um filme.
Duna: Parte 1
3.8 1,6K Assista AgoraO filme poderia ter decidido ser apenas profundamente fiel a magnifica obra de Frank Herbert ou apenas apaixonadamente interpretado por atores que pareciam ter nascido para seus respectivos papeis. Contudo, Duna escolheu ser tudo isso e ainda um dos mais bonitos filmes que tivemos, com cenas que pareciam belíssimas pinturas e uma trilha sonora que se costura com maestria ao que vemos ali.
Soberbo!
Viúva Negra
3.5 1,0K Assista AgoraUm ótimo filme, mas o David Harbour como Guardião Vermelho...
pareceu profundamente subaproveitado: personagem serviu apenas como alívio cômico e não mereceu sequer uma cena em que pudesse se mostrar forte, precisando ser salvo por todos o tempo todo
Mãe!
4.0 3,9K Assista AgoraMuito menos que a alegoria bíblica (que não passa de pano de fundo), vejo no filme uma anedota sobre o processo de criação artístico.
A mãe, como os próprios personagens colocam, é a inspiração que, ao lado do poeta, irá parir a obra de arte a partir dos conflitos que esse artista carrega consigo. E, embora se fale no conceito de arte pela arte, essa não consegue se alienar completamente ao lado artista, acabando por ver seu espaço constantemente invadido por questões exteriores.
No fim, a arte é glamourizada, sacralizada, perseguida, condenada, prostituída e vê sua obra ser entregue ao público que a consumirá, ainda que no processo a destrua. O interessante é que, ainda assim, isso é apenas o fim de um ciclo que prepara já o começo de outro. A semente de uma nova obra é deixada e essa já desperta para recomeçar o processo
Elon Não Acredita na Morte
2.8 65Um ótimo filme que pode se tornar previsível lá pela metade.
O personagem afunda em uma espiral de autodestruição que, na verdade, é a revelação para nós, espectadores, de sua verdadeira natureza. E o que parecia ser um marido em busca do paradeiro de sua esposa vai se revelando um assassino incapaz de lidar com o remorso e buscando esconder de si mesmo a verdade de seu crime. Curioso é que essa negação vai tão longe que, mesmo quando os fatos são esfregados em sua cara, ele os rejeita.
Duas cenas são bem marcantes, para revelar a situação:
1) Ele a procurando em um terreno baldio aparentemente aleatório.
2) A “fantasma” da Madalena esfregando café no rosto, dando um aspecto de terra sobre si.
Os filmes brasileiros continuam fantásticos por fugirem do estereótipo, experimentarem o novo e narrarem o inesperado.
Clímax
3.6 1,1K Assista AgoraFesta estranha com gente esquisita... eu não tô legal...
Se Eu Fosse Um Homem
2.3 116 Assista AgoraComédia Kafkaniana que brinca com estereótipos e noções comuns do que seja o universo masculino.
Avaliar a arte por uma pretensa obrigação dessa em vender o moral e socialmente desejado é profundamente complicado. Filmes, livros, quadrinhos e músicas não estão aí para nos ensinar como viver, mas para nos provocar. Profundamente tenso a maneira com que esse filme foi massivamente condenado.
O Lobo Atrás da Porta
4.0 1,3K Assista AgoraÊxodo 20, 14
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraExcelente filme que aborda as diferentes faces da maldade humana. Só me preocupa que haja tantos usando da obra como argumento para consolidar uma visão estereotipada e preconceituosa das culturas de fé. Há bons religiosos e péssimos religiosos, como ocorre em qualquer outro grupo humano...
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraO filme é quase uma releitura do excelente "O Abutre", conseguindo lançar um olhar perturbador sobre a forma com que o espaço de produção das fake news é o ninho ideal para psicopatas.
Arranha-Céu: Coragem Sem Limite
3.1 461 Assista AgoraVocê decide assistir esse filme sabendo o que vai encontrar e, nisso aí, ele não decepciona. Não inova, mas faz o dever de casa com honestidade. Pai de família raiz vai se sentir representado.
Nenhum Homem a Mais
3.2 9Excelente filme que foge dos chavões repetitivos hollywoodianos. Segue a escola de Fargo, com um bom plano que destrambelha em uma situação cada vez mais absurda, mas tem um gosto próprio.
Megatubarão
2.8 842O filme é exatamente o que você imagina que vá ser vendo o cartaz: canastrão. Já vá assistindo ciente disso e supondo que esse seja seu estilo. Se for, vai se divertir.
O Poço
3.7 2,1K Assista AgoraO filme é todo muito bom, exceto pelo final que parece feito com pressa e sem conseguir explorar com eficiência a reflexão final que poderia ser profunda como o restante vinha se mostrando.
Rebelde com Causa
3.1 625 Assista AgoraA sua primeiras cenas fazem parecer que vai sair algo de bom dali mas, lá pela metade, você descobre que é ruim a um ponto que se torna constrangedora. Quando acaba, a única sensação que resta é alívio por se livra daquela vergonha alheia.
Era Uma Vez em... Hollywood
3.8 2,3K Assista AgoraUm outro Tarantino, completamente diferente e inesperado, mas ainda assim excelente.
Como drama sobre a decadência de um artista e a amizade entre dois homens já era muito bom.
Mas o final desse filme é uma das coisas mais lindas e tristes que já vi e a forma com que Tarantino nos atinge ali é de uma grandeza enorme. Eu não entendi o que estava assistindo até a hora exata em que se revelou o que a história pretendia.
Claro, a tristeza enorme ao lembrar do nome do filme e ser puxado de volta ao mundo real e lembrarmos que Cliff e Rick não estavam lá para salvar Sharon foi bem pesada.
Suspíria: A Dança do Medo
3.7 1,2K Assista AgoraParece algo dirigido pelo Ari Aster...
Homem-Aranha: Longe de Casa
3.6 1,3K Assista AgoraO filme é divertido, mas descompromissado. Por si só, fica abaixo do primeiro, mas a situação se complica bastante por vir na sombra dos monstruosos Guerra Infinita / Ultimato. Esse, por sinal, passa a ser o grande desafio da Marvel daqui para a frente: com o mantermos expectativas de seu público se a tendência é que tudo mais daqui para frente, por um bom tempo, fique abaixo do que foi a conclusão do Vingadores.
O Destino de Uma Nação
3.7 723 Assista AgoraA comparação que me veio foi com o filme “A Queda”. Enquanto aquele mostra o fim de um, esse apresenta o início do outro. Contudo, se aquele prima pela precisão histórica, esse permite um bocado de fantasia e improviso que desagradam.