Apesar de alguns furos no roteiro e de alguns pontos que ficaram sem explicação, como sequências e elementos inevitavelmente sem sentido, que eu espero fervorosamente que sejam desenvolvidos nos próximos filmes, o filme é narrativamente e visualmente espetacular, divertido, com uma narrativa incrivelmente envolvente, uma fotografia em sépia que parece evocar toda a gloriosidade daquele período histórico e um desenvolvimento eficaz de enredo, além da direção como sempre bastante competente e engajante do David Yates.
O filme é fofo em vários momentos (Pelúcio, eu te amo ♥), com um design de produção caprichadíssimo, evocando uma configuração visual perfeita e impecável daquela época, a ambientação da Nova York dos anos 20 ficou espetacular e esteticamente belíssima. Conseguiram retratar tudo de mais peculiar daquele período, desde os aspectos arquitetônicos até o figurino. Nota-se claramente que os atores estão muito confortáveis em seus papéis. O Collin Farrell parece gostar do seu personagem e o Ezra Miller também está ótimo, interpretando mais um personagem excêntrico, como grande parte de seus personagens. O Eddie Redmayne entrega um Newt Scamander satisfatório, numa atuação razoável. Ele tá muito bem no papel... o seu personagem possui uma timidez e um jeito mais contido que chega ser adorável. Não sou muito fã do Eddie Redmayne, mas devo admitir que é inevitável a sua preocupação em criar um bom personagem aqui, com uma certa profundidade, meio desastroso e aparentemente ingênuo em alguns momentos, mas que parece dominar muito bem a magia. As partes mais legais e bonitas de ver são as que ele interage com os animais. Dá pra perceber que ele se solta muito mais e se sente bem mais à vontade com os bichinhos do que com os outros humanos.
Todos os personagens são bem carismáticos, o que torna fácil a empatia pelos mesmos, porém, são muito mal desenvolvidos. A Tina, por exemplo, é uma personagem completamente desinteressante, sem força e atrapalhada. Em diversos momentos durante a projeção eu me perguntei "o que diabos essa mulher tá fazendo no filme?", até o pseudo-romance dela com o Newt não parece fazer sentido algum e é bastante neutro no filme. O dono do jornal e o seu filho senador são dois personagens totalmente inúteis que desaparecem com a mesma velocidade que aparecem no filme, e você nem sente falta. Já o Jacob do Dan Fogler está hilário! Espero que ele retorne nas sequências. O cara é o alívio cômico perfeito, mas o seu personagem tem muito mais camadas do que imaginamos e não deve ser somente reduzido a um alívio cômico, possuindo seus interesses próprios. Na realidade, o Jacob está ali pra representar nós, trouxas, fãs fascinados, obcecados e maravilhados por esse universo mágico fantástico criado pela J.K. Rowling. É como se ele fosse um instrumento de imersão que vai nos reapresentando e nos guiando àquele universo à medida em que a trama é desenvolvida. A direção de arte é irretocável, incrivelmente bem feita e eficiente... os animais são realmente fantásticos e a maleta do Newt parece ser um lugar agradável de se viver. O fato deles terem trazido a trilha sonora original do universo Harry Potter para esse filme foi brilhante e bastante honesto com os fãs, trazendo uma sensação boa de nostalgia.
No geral, é um bom filme introdutório, ainda que pareça um episódio gigante de série com um roteiro inconsistente e pouco coeso e uma história que, sinceramente, não vejo qual o caminho que pode tomar e não consigo ver para onde está indo. Ao final, é impossível você não se perguntar como que o Grindelwald conseguiu se infiltrar na MACUSA por tanto tempo sem que ninguém percebesse. Afinal, ele tava fazendo uso da porção polissuco ou ele apenas criou aquele Percival Graves? Se ele tava fazendo uso da porção polissuco, então o que aconteceu com o verdadeiro Percival Graves?? Qual a motivação do Grindelwald??? Isso não ficou muito claro. É um filme que deixa mais perguntas do que respostas. Acho bem pouco provável que o Newt Scamander seja o protagonista de todos esses filmes. Nem de longe o personagem tem força pra isso, apesar de ser indispensável nesse universo. Poder retornar a esse universo é maravilhoso. Eu espero que os próximos filmes sejam melhores, que apresentem uma aventura mais envolvente e que explore mais outros caminhos do mundo mágico (coisa que os filmes de Harry Potter fizeram muito bem) e não fiquem somente em uma única cidade.
Ótimo filme, roteiro inteligente com um bom suspense e uma direção bem sóbria e lúcida e uma protagonista que, mesmo sendo limitada por um dos sentidos, é bastante sagaz, diferentemente da maioria dos filmes do gênero produzidos atualmente. O grande diferencial desse filme é que ele foge (ou pelo menos tenta) dos clichês clássicos habituais em filmes do tipo, e isso me surpreendeu muito (positivamente). A maior parte das decisões que a protagonista toma e de suas ações são bastante críveis e é exatamente o que uma pessoa na vida real faria. O único problema talvez tenha sido o fato do assassino ter tirado a máscara no começo do filme, eu pensei "porra, sério que ele vai fazer isso agora e não no final???", o que me tirou totalmente do clima que eu estava imerso antes, mas talvez eu só esteja meio mal acostumado mesmo, porém, mesmo assim não deixo de pensar que foi uma decisão de roteiro meio bosta. O resto compensa. Esse lance da mulher conseguir visualizar todos os seus movimentos e a consequência disso + os possíveis finais foi genial.
Caralho, de onde surgem esses filmes horríveis? É por essas e outras que o gênero tá cada dia mais saturado e desgastado. Todas as fórmulas e clichês do terror exploradas à exaustão de maneira terrível e compactadas em pouco menos de 90 minutos. A trama até que tinha potencial, mas se perde em meio ao ritmo irritantemente lento com a qual é desenvolvida no início. Isso sem falar nas atuações... tão pífias, esquecíveis e repugnantes quanto o roteiro. No geral, é quase que um desafio chegar ao final do filme sem ter um AVC ou contrair um tumor cerebral. É um tumor que não vale a pena.
Moral da história: mesmo nos momentos mais difíceis, quando você está prestes a ser devorado por um tubarão, você sempre poderá contar com a companhia de uma pomba.
Eu li "universo paralelo" na sinopse e fui correndo assistir, com as melhores expectativas, desejando profundamente que o filme me surpreendesse, porém me decepcionei. O filme tem diálogos incríveis em alguns momentos, mas no geral achei o enredo um pouco cansativo, arrastado, confuso, entediante e extremamente pedante. Em vários momentos me peguei com sono e entediado. Tanto que eu só consegui terminar de assisti-lo depois de uma segunda sessão, na qual eu dei uma pausa pra tirar um cochilo. Já penso que essa seja a nova cura para a insônia do jovem contemporâneo, sendo mais eficiente até mesmo que o famigerado Rivotril ou a ilustríssima Maracujina. O roteiro joga um monte de referências na cara do espectador só pra falar `Nossa, olha só, ele conhece Schopenhauer, nossa ele lê Richard Dawkins, nossa como ele é inteligente´, mas não faz absolutamente NADA com essas referências, o que delata um roteiro preguiçoso, pretensioso e extremamente presunçoso. Me lembra muito um tipinho de gente que eu detesto, que chega na roda querendo pagar de inteligente, citando algumas referências obscuras sobre literatura, cinema e arte em geral, só pra pagar de cult, mas não percebe que é só uma criaturinha irritante e pretensiosa. Nota-se claramente que o diretor tem uma boa bagagem, mas é uma pena que ele não saiba como utilizá-la, o que deixa a sensação amarga de preguiça e/ou desleixo. Isso sem falar na personagem da Emmy Rossum que é completamente intragável, irritante e beira o insuportável em alguns momentos. Em muitos momentos eu fiquei irritado só de olhar pra cara da personagem. Já o Justin Long entrega um trabalho eficiente, com uma atuação razoável, nada que já não tenhamos visto antes em outros trabalhos do ator. No mais, o grande trunfo do filme é a forma como ele brinca com a fotografia, alternando as cores de acordo com o momento da linha do tempo em que os personagens se encontram, o que demonstra um trabalho competente, sóbrio e muito bem pensado por parte da direção de arte.
Seth Rogen está longe de ser um péssimo ator como dizem por aí, e esse filme é a prova disso. Tá certo que o destaque vai pra atuação impecável do Gordon-Levitt, que interpreta o personagem central da trama, mas o Seth também tem seus méritos, não deixou a desejar em nenhum momento. Gosto quando ele sai um pouco do lugar comum e encara papéis mais "sérios", com uma maior carga dramática e emocional. O Adam, além de ter que enfrentar a descoberta de um câncer, ainda teve que lidar com uma série de acontecimentos desoladores, terríveis e sombrios que se seguiram em sua vida. E a história é belíssima, não é só um filme sobre câncer. É um filme sobre garra, força, determinação, coragem, amor e amizade. Tudo isso embalado por uma trilha sonora maravilhosa, que dispensa comentários.
Realmente o filme me surpreendeu com seu roteiro bastante consistente, aliado a uma direção bem competente, além do ótimo elenco e das excelentes atuações que também merecem destaque. O Anton Yelchin encaixou-se perfeitamente no papel e é difícil não sentir empatia pelo seu personagem logo na primeira cena. Eu venho prestando atenção na Addison Timlin desde Californication e, honestamente, admito que ela vem se superando a cada atuação; sem dúvidas uma excelente atriz, gata e carismática. Esses elementos sobrenaturais inseridos na narrativa também me agradaram muito e garantiram bons sustos, além da trama muito bem orquestrada e repleta de revira-voltas que te prende até o final, culminando nesse clímax surpreendente.
O que esse filme tem de divertido tem de leve, despretensioso e encantador. A trilha sonora dispensa comentários! Smiths, The Cure, Lionel Richie... Com certeza foi escolhida por alguém que sabe das coisas. A química entre Adam Sandler e a Drew Berrymore é extremamente apaixonante e adorável. Achei hilária a participação do Steve Bucemi no início. Um dos melhores filmes do Sandler na minha opinião, ao lado de Click, Como Se Fosse A Primeira Vez e Reine Sobre Mim.
Filme existencialista com um roteiro inteligente, repleto de detalhes que podem passar despercebidos aos mais desatenciosos. À primeira vista, a sua narrativa pode parecer um pouco densa em virtude da atmosfera onírica que se estabelece, agravando ainda mais a sensação de tensão psicológica, e pode parecer uma obra de difícil entendimento, com um roteiro um tanto quanto obscuro e enigmático, o que pode deixar a trama um pouco complexa e confusa para alguns; porém, depois de rever mais atentamente, dedicando maior atenção aos detalhes, a narrativa se revela mais sedutora e o filme se torna levemente mais claro. Além da direção eficiente do Richard Ayoade e atuações impecáveis do sempre ótimo Jesse Eisenberg e da talentosíssima Mia Wasikowska, o filme carrega uma crítica perspicaz e uma reflexão bastante necessária sobre a própria existência e sobre os paradigmas provenientes das expectativas sociais que se criam em torno de nós, em torno das situações e da vida como um todo, dando espaço a um desfecho incrivelmente coerente dentro da trama, ainda que não seja dos mais satisfatórios. Esse com certeza vai pra lista dos que merecem ser revistos.
Ótima comédia romântica com uma história bem bonita, um bom elenco, boas atuações e uma narrativa inacreditavelmente cativante, bastante envolvente e muito bem conduzida que, apesar de ser recheada de clichês, não deixa a desejar em nenhum momento e nos apresenta um desfecho absolutamente previsível mas que mesmo assim comove e emociona. O filme conta histórias delicadas sobre pessoas diferentes, de mundos diferentes. Confesso que meu emocional pendeu mais pra história da Iris, que foi maravilhosamente bem interpretada pela deslumbrante Kate Winslet. Se não fosse a trilha sonora maravilhosa do Hans Zimmer, talvez o filme não teria a mesma carga dramática. Destaque para a cena da Cameron Diaz
Prezada Miss Daisy, a senhora deveria tomar umas aulas de direção, mas sabe como é né, é como dizem por aí: há males que vem para o bem. Se não fosse a sua falta de talento fenomenal com o volante, talvez a senhora nunca teria conhecido Hoke; o cara que te fez mudar de conceito sobre algumas coisas (e eu daria um abraço no Morgan Freeman por esse papel). É incrível a forma como a Daisy vai deixando de ser ranzinza e desagradável e, aos poucos, se transformando numa pessoa extremamente sensível, nostálgica, tolerante e carinhosa. Atuações esplêndidas do Morgan Freeman e da Jessica Tandy, filme magnífico em todos os aspectos. E ainda deixa espaço em seu sub-texto para uma crítica bastante sutil, de uma delicadeza incomensurável.
A piada do "Quem" foi engraçada no início, porém com o desenrolar da trama devo admitir que ela começou a ficar um pouco repetitiva e chegou até a me irritar bastante em alguns momentos; mas fora isso, Rain Man é um filme fabuloso, com um roteiro muito bem escrito e certamente encerrado de maneira excepcional. A atuação do Tom Cruise é algo formidável;
a frieza do Charlie ao receber a notícia que seu pai havia morrido foi algo assustador,
mas depois que a trama ganha forma, o espectador passa a entender com mais clareza suas razões e seus motivos. O Dustin Hoffman dispensa comentários! Deu show interpretando de maneira impecável o autista, em uma desenvoltura brilhante e memorável. Esse papel lhe caiu como uma luva, Oscar mais que merecido.
Trata de um assunto universal e delicado de uma forma muito bem explorada e interessante, com uma naturalidade incrível, através de um roteiro sólido, leve, sensível, coerente e muito bem amarrado. A trilha sonora também é diferenciada e merece destaque. Só achei algumas atuações bem fracas; aquele Fábio é um dos personagens mais caricatos e forçados que eu já vi em filmes; e a história não me prendeu tanto quanto eu achei que prenderia. Mas, à despeito desses aspectos, é um bom filme até. Aborda todos os medos, as inseguranças e os dilemas de um adolescente com uma sutileza bem definida, sem parecer, em nenhum momento, inverossímil ou clichê.
Excedeu minhas expectativas. É inexplicável a leveza que senti ao terminar de assistir esse filme. É daqueles que os créditos começam a subir e você se pega estático por alguns minutos olhando pra tela e refletindo sobre família, sobre sonhos e sobre a vida de uma forma geral. O filme diverte na mesma proporção que comove e, apesar d'eu ainda preferir Garden State, devo admitir que Zach Braff acerta mais uma vez aqui, fazendo uso de uma direção bastante eficiente e madura, aliada a uma ótima e agradável trilha sonora para contar uma história simples, bonita, comovente, sincera e super delicada.
É um filme que engana: o começo é um pouco chato e nonsense, aparenta ser mais uma comediazinha boba e absolutamente sem propósito, mas à medida em que a trama vai ganhando espaço para se desenvolver, o filme vai se transformando num excelente (e até comovente) drama familiar, protagonizados pela sempre ótima dupla dinâmica Zach Galifianakis e Owen Wilson, que estão muito bem em seus papéis, como de costume. Acho que o descontentamento e a insatisfação da maioria com o filme foi justamente pelo fato d'ele ter sido vendido como comédia, quando no final das contas é bem mais que isso e acaba se revelando como um drama eficiente travestido de comédia. Não sou entusiasta do vegetarianismo nem nada do tipo, mas aquela cena do frango foi desnecessária. O personagem do Owen Wilson ganhou definitivamente o meu respeito e me fez aumentar meia estrela na minha avaliação com aquele esporro que ele deu na Angela perto do final. Aliás, o final é um dos mais intrigantes (pra não dizer irritantes) possíveis para filmes desse gênero. O mais interessante sobre esse final é que deixa aberto para várias interpretações.
Essa obra foi lançada no ano em que eu nasci e eu só fui assistir agora, 21 anos depois. Me arrependo amargamente de não ter assistido antes. O casamento entre uma trilha sonora super elegante, com um ótimo elenco, excelentes atuações e um enredo envolvente como poucos, fazem dessa uma das comédias românticas mais encantadoras e delicadas que já vi. Além de bem gostoso de assistir, Sleepless In Seattle traz uma atmosfera ímpar que só a Norah Ephron consegue dar a seus filmes. A Meg Ryan é de um charme, de um carisma e de uma simpatia sem igual. O entrosamento entre ela e o Tom Hanks é fantástico, coisa rara de se ver atualmente nos filmes do gênero. Só achei que ficou devendo mais cenas deles juntos.
John Carney mais uma vez faz uso de uma belíssima trilha sonora para contar uma história que, apesar de aparentar não ser das mais originais no início, ao passo em que a narrativa vai tomando forma ela se revela extremamente pura, delicada, simples e até inspiradora, de uma leveza singular. Nem tinha acabado ainda o filme e eu já tava correndo atrás da trilha sonora maravilhosa pra download. O casal de protagonistas Mark Ruffalo e Keira Knightley estão excelentes como sempre, ambos transbordando talento, com performances incrivelmente espetaculares e intensas. O Adam Levine dispensa comentários, dá um show de interpretação musical e nos presenteia com uma atuação bastante eficiente e satisfatória, mesmo com as poucas cenas que tem. Só achei uma pena terem relegado a Hailee Steinfeld como atriz coadjuvante, já que a sua personagem, na minha opinião, é uma das mais profundas da história.
É um absurdo que ainda não tenham feito uma continuação decente e digna pra esse filme. Porque diabos isso ainda não aconteceu? Essa média é extremamente injusta e incongruente com o potencial e a qualidade que esse filme tem. A Rachel Bilson está fabulosa no papel; o Samuel L. Jackson empresta todo seu talento e imponência ao personagem, e o Hayden Christensen também não decepciona em nenhum instante. O roteiro de David Goyer e Simon Kinberg é excelente, muito bem construído, desde o início até o seu encerramento. O enredo é muito bom e te fisga logo de cara no começo, quando o David descobre que é um "jumper", diante de uma experiência de quase-morte. Jumper traz uma abordagem diferenciada e interessante sobre a técnica do teletransporte e funciona como uma ótima adaptação de um ótimo livro. São tantas cenas eletrizantes que fica quase impossível escolher uma favorita, porém, destaco a cena do roubo ao banco, onde o David está começando a controlar seus poderes, e a cena na casa da Millie, em que ele se teletransporta com ela pra um dos infinitos belíssimos lugares os quais o David conheceu durante o filme, graças ao seu dom.
Genial é pouco para definir a maravilha que é L.A. Confidential. Só a meticulosidade excepcional com que cada personagem é apresentado, já o torna digno de todos os prêmios que ganhou. É nesse clima noir incrível que reside o diferencial desse filme. A trama, desde o seu desenvolvimento até o seu encerramento, é muito bem elaborada e o roteiro é costurado de maneira tão exemplar que em momento algum o ritmo fraqueja, desanda ou se torna monótono. Filme essencial na lista de favoritos de qualquer cidadão sensato.
Quem diria que um filme baseado num livro do James Franco pudesse me agradar tanto. A direção é aquela usual e corriqueira da ala feminina dos Coppola. Fotografia bonita, trilha sonora melancólica porém agradável de se ouvir, um bom elenco e ótimas atuações; tudo com uma pegada característica de filme independente dirigido por um Coppola. O Nat Wolff é, sem dúvidas, um dos melhores atores dessa nova geração independente que surgiu nos últimos tempos, e a Emma Roberts é excessivamente linda. Uma história sobre tédio, depressão, melancolia, solidão, vazio, tristeza e jovens aparentemente "problemáticos" desesperados, tentando achar um jeito de se encontrar mesmo com a pressão extenuante e sufocante da sociedade.
Prova de que um filme com uma premissa meio singela e com um roteiro aparentemente simples e comum pode se tornar um suspense tenso e empolgante, basta ter a pessoa certa na direção. O filme é incansável, com uma narrativa muito bem elaborada que te garante bons momentos de tensão e te deixa preso com os olhos na tela até o momento final, tudo culpa da direção magistral do Hitchcock.
Rogue One: Uma História Star Wars
4.2 1,7K Assista AgoraO esquadrão suicida que deu certo, dependendo do ponto de vista.
Animais Fantásticos e Onde Habitam
4.0 2,2K Assista AgoraApesar de alguns furos no roteiro e de alguns pontos que ficaram sem explicação, como sequências e elementos inevitavelmente sem sentido, que eu espero fervorosamente que sejam desenvolvidos nos próximos filmes, o filme é narrativamente e visualmente espetacular, divertido, com uma narrativa incrivelmente envolvente, uma fotografia em sépia que parece evocar toda a gloriosidade daquele período histórico e um desenvolvimento eficaz de enredo, além da direção como sempre bastante competente e engajante do David Yates.
O filme é fofo em vários momentos (Pelúcio, eu te amo ♥), com um design de produção caprichadíssimo, evocando uma configuração visual perfeita e impecável daquela época, a ambientação da Nova York dos anos 20 ficou espetacular e esteticamente belíssima. Conseguiram retratar tudo de mais peculiar daquele período, desde os aspectos arquitetônicos até o figurino. Nota-se claramente que os atores estão muito confortáveis em seus papéis. O Collin Farrell parece gostar do seu personagem e o Ezra Miller também está ótimo, interpretando mais um personagem excêntrico, como grande parte de seus personagens. O Eddie Redmayne entrega um Newt Scamander satisfatório, numa atuação razoável. Ele tá muito bem no papel... o seu personagem possui uma timidez e um jeito mais contido que chega ser adorável. Não sou muito fã do Eddie Redmayne, mas devo admitir que é inevitável a sua preocupação em criar um bom personagem aqui, com uma certa profundidade, meio desastroso e aparentemente ingênuo em alguns momentos, mas que parece dominar muito bem a magia. As partes mais legais e bonitas de ver são as que ele interage com os animais. Dá pra perceber que ele se solta muito mais e se sente bem mais à vontade com os bichinhos do que com os outros humanos.
Todos os personagens são bem carismáticos, o que torna fácil a empatia pelos mesmos, porém, são muito mal desenvolvidos. A Tina, por exemplo, é uma personagem completamente desinteressante, sem força e atrapalhada. Em diversos momentos durante a projeção eu me perguntei "o que diabos essa mulher tá fazendo no filme?", até o pseudo-romance dela com o Newt não parece fazer sentido algum e é bastante neutro no filme. O dono do jornal e o seu filho senador são dois personagens totalmente inúteis que desaparecem com a mesma velocidade que aparecem no filme, e você nem sente falta. Já o Jacob do Dan Fogler está hilário! Espero que ele retorne nas sequências. O cara é o alívio cômico perfeito, mas o seu personagem tem muito mais camadas do que imaginamos e não deve ser somente reduzido a um alívio cômico, possuindo seus interesses próprios. Na realidade, o Jacob está ali pra representar nós, trouxas, fãs fascinados, obcecados e maravilhados por esse universo mágico fantástico criado pela J.K. Rowling. É como se ele fosse um instrumento de imersão que vai nos reapresentando e nos guiando àquele universo à medida em que a trama é desenvolvida. A direção de arte é irretocável, incrivelmente bem feita e eficiente... os animais são realmente fantásticos e a maleta do Newt parece ser um lugar agradável de se viver. O fato deles terem trazido a trilha sonora original do universo Harry Potter para esse filme foi brilhante e bastante honesto com os fãs, trazendo uma sensação boa de nostalgia.
No geral, é um bom filme introdutório, ainda que pareça um episódio gigante de série com um roteiro inconsistente e pouco coeso e uma história que, sinceramente, não vejo qual o caminho que pode tomar e não consigo ver para onde está indo. Ao final, é impossível você não se perguntar como que o Grindelwald conseguiu se infiltrar na MACUSA por tanto tempo sem que ninguém percebesse. Afinal, ele tava fazendo uso da porção polissuco ou ele apenas criou aquele Percival Graves? Se ele tava fazendo uso da porção polissuco, então o que aconteceu com o verdadeiro Percival Graves?? Qual a motivação do Grindelwald??? Isso não ficou muito claro. É um filme que deixa mais perguntas do que respostas. Acho bem pouco provável que o Newt Scamander seja o protagonista de todos esses filmes. Nem de longe o personagem tem força pra isso, apesar de ser indispensável nesse universo. Poder retornar a esse universo é maravilhoso. Eu espero que os próximos filmes sejam melhores, que apresentem uma aventura mais envolvente e que explore mais outros caminhos do mundo mágico (coisa que os filmes de Harry Potter fizeram muito bem) e não fiquem somente em uma única cidade.
Hush: A Morte Ouve
3.5 1,5KÓtimo filme, roteiro inteligente com um bom suspense e uma direção bem sóbria e lúcida e uma protagonista que, mesmo sendo limitada por um dos sentidos, é bastante sagaz, diferentemente da maioria dos filmes do gênero produzidos atualmente. O grande diferencial desse filme é que ele foge (ou pelo menos tenta) dos clichês clássicos habituais em filmes do tipo, e isso me surpreendeu muito (positivamente). A maior parte das decisões que a protagonista toma e de suas ações são bastante críveis e é exatamente o que uma pessoa na vida real faria. O único problema talvez tenha sido o fato do assassino ter tirado a máscara no começo do filme, eu pensei "porra, sério que ele vai fazer isso agora e não no final???", o que me tirou totalmente do clima que eu estava imerso antes, mas talvez eu só esteja meio mal acostumado mesmo, porém, mesmo assim não deixo de pensar que foi uma decisão de roteiro meio bosta. O resto compensa. Esse lance da mulher conseguir visualizar todos os seus movimentos e a consequência disso + os possíveis finais foi genial.
Um Cadáver para Sobreviver
3.5 936 Assista AgoraUm dos melhores filmes sobre peido que eu já assisti.
Mais Propenso Para Morrer
1.8 92 Assista AgoraCaralho, de onde surgem esses filmes horríveis? É por essas e outras que o gênero tá cada dia mais saturado e desgastado. Todas as fórmulas e clichês do terror exploradas à exaustão de maneira terrível e compactadas em pouco menos de 90 minutos. A trama até que tinha potencial, mas se perde em meio ao ritmo irritantemente lento com a qual é desenvolvida no início. Isso sem falar nas atuações... tão pífias, esquecíveis e repugnantes quanto o roteiro. No geral, é quase que um desafio chegar ao final do filme sem ter um AVC ou contrair um tumor cerebral. É um tumor que não vale a pena.
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraMoral da história: mesmo nos momentos mais difíceis, quando você está prestes a ser devorado por um tubarão, você sempre poderá contar com a companhia de uma pomba.
Eu Estava Justamente Pensando em Você
3.6 372Eu li "universo paralelo" na sinopse e fui correndo assistir, com as melhores expectativas, desejando profundamente que o filme me surpreendesse, porém me decepcionei. O filme tem diálogos incríveis em alguns momentos, mas no geral achei o enredo um pouco cansativo, arrastado, confuso, entediante e extremamente pedante. Em vários momentos me peguei com sono e entediado. Tanto que eu só consegui terminar de assisti-lo depois de uma segunda sessão, na qual eu dei uma pausa pra tirar um cochilo. Já penso que essa seja a nova cura para a insônia do jovem contemporâneo, sendo mais eficiente até mesmo que o famigerado Rivotril ou a ilustríssima Maracujina. O roteiro joga um monte de referências na cara do espectador só pra falar `Nossa, olha só, ele conhece Schopenhauer, nossa ele lê Richard Dawkins, nossa como ele é inteligente´, mas não faz absolutamente NADA com essas referências, o que delata um roteiro preguiçoso, pretensioso e extremamente presunçoso. Me lembra muito um tipinho de gente que eu detesto, que chega na roda querendo pagar de inteligente, citando algumas referências obscuras sobre literatura, cinema e arte em geral, só pra pagar de cult, mas não percebe que é só uma criaturinha irritante e pretensiosa. Nota-se claramente que o diretor tem uma boa bagagem, mas é uma pena que ele não saiba como utilizá-la, o que deixa a sensação amarga de preguiça e/ou desleixo. Isso sem falar na personagem da Emmy Rossum que é completamente intragável, irritante e beira o insuportável em alguns momentos. Em muitos momentos eu fiquei irritado só de olhar pra cara da personagem. Já o Justin Long entrega um trabalho eficiente, com uma atuação razoável, nada que já não tenhamos visto antes em outros trabalhos do ator. No mais, o grande trunfo do filme é a forma como ele brinca com a fotografia, alternando as cores de acordo com o momento da linha do tempo em que os personagens se encontram, o que demonstra um trabalho competente, sóbrio e muito bem pensado por parte da direção de arte.
50%
3.9 2,2K Assista AgoraSeth Rogen está longe de ser um péssimo ator como dizem por aí, e esse filme é a prova disso. Tá certo que o destaque vai pra atuação impecável do Gordon-Levitt, que interpreta o personagem central da trama, mas o Seth também tem seus méritos, não deixou a desejar em nenhum momento. Gosto quando ele sai um pouco do lugar comum e encara papéis mais "sérios", com uma maior carga dramática e emocional. O Adam, além de ter que enfrentar a descoberta de um câncer, ainda teve que lidar com uma série de acontecimentos desoladores, terríveis e sombrios que se seguiram em sua vida. E a história é belíssima, não é só um filme sobre câncer. É um filme sobre garra, força, determinação, coragem, amor e amizade. Tudo isso embalado por uma trilha sonora maravilhosa, que dispensa comentários.
Se Enlouquecer, Não se Apaixone
3.8 1,7K Assista AgoraSenhor, dai-me forças para perdoar essas traduções bizarras de títulos que são feitas aqui no Brasil.
O Estranho Thomas
3.4 372 Assista AgoraRealmente o filme me surpreendeu com seu roteiro bastante consistente, aliado a uma direção bem competente, além do ótimo elenco e das excelentes atuações que também merecem destaque. O Anton Yelchin encaixou-se perfeitamente no papel e é difícil não sentir empatia pelo seu personagem logo na primeira cena. Eu venho prestando atenção na Addison Timlin desde Californication e, honestamente, admito que ela vem se superando a cada atuação; sem dúvidas uma excelente atriz, gata e carismática. Esses elementos sobrenaturais inseridos na narrativa também me agradaram muito e garantiram bons sustos, além da trama muito bem orquestrada e repleta de revira-voltas que te prende até o final, culminando nesse clímax surpreendente.
Afinado no Amor
3.3 317 Assista AgoraO que esse filme tem de divertido tem de leve, despretensioso e encantador. A trilha sonora dispensa comentários! Smiths, The Cure, Lionel Richie... Com certeza foi escolhida por alguém que sabe das coisas. A química entre Adam Sandler e a Drew Berrymore é extremamente apaixonante e adorável. Achei hilária a participação do Steve Bucemi no início. Um dos melhores filmes do Sandler na minha opinião, ao lado de Click, Como Se Fosse A Primeira Vez e Reine Sobre Mim.
O Duplo
3.5 518 Assista AgoraFilme existencialista com um roteiro inteligente, repleto de detalhes que podem passar despercebidos aos mais desatenciosos. À primeira vista, a sua narrativa pode parecer um pouco densa em virtude da atmosfera onírica que se estabelece, agravando ainda mais a sensação de tensão psicológica, e pode parecer uma obra de difícil entendimento, com um roteiro um tanto quanto obscuro e enigmático, o que pode deixar a trama um pouco complexa e confusa para alguns; porém, depois de rever mais atentamente, dedicando maior atenção aos detalhes, a narrativa se revela mais sedutora e o filme se torna levemente mais claro. Além da direção eficiente do Richard Ayoade e atuações impecáveis do sempre ótimo Jesse Eisenberg e da talentosíssima Mia Wasikowska, o filme carrega uma crítica perspicaz e uma reflexão bastante necessária sobre a própria existência e sobre os paradigmas provenientes das expectativas sociais que se criam em torno de nós, em torno das situações e da vida como um todo, dando espaço a um desfecho incrivelmente coerente dentro da trama, ainda que não seja dos mais satisfatórios. Esse com certeza vai pra lista dos que merecem ser revistos.
O Amor Não Tira Férias
3.7 1,5K Assista AgoraÓtima comédia romântica com uma história bem bonita, um bom elenco, boas atuações e uma narrativa inacreditavelmente cativante, bastante envolvente e muito bem conduzida que, apesar de ser recheada de clichês, não deixa a desejar em nenhum momento e nos apresenta um desfecho absolutamente previsível mas que mesmo assim comove e emociona. O filme conta histórias delicadas sobre pessoas diferentes, de mundos diferentes. Confesso que meu emocional pendeu mais pra história da Iris, que foi maravilhosamente bem interpretada pela deslumbrante Kate Winslet. Se não fosse a trilha sonora maravilhosa do Hans Zimmer, talvez o filme não teria a mesma carga dramática. Destaque para a cena da Cameron Diaz
cantando & dançando Mr. Brightside logo no início quando ela chega na cabana.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 415 Assista AgoraPrezada Miss Daisy, a senhora deveria tomar umas aulas de direção, mas sabe como é né, é como dizem por aí: há males que vem para o bem. Se não fosse a sua falta de talento fenomenal com o volante, talvez a senhora nunca teria conhecido Hoke; o cara que te fez mudar de conceito sobre algumas coisas (e eu daria um abraço no Morgan Freeman por esse papel). É incrível a forma como a Daisy vai deixando de ser ranzinza e desagradável e, aos poucos, se transformando numa pessoa extremamente sensível, nostálgica, tolerante e carinhosa. Atuações esplêndidas do Morgan Freeman e da Jessica Tandy, filme magnífico em todos os aspectos. E ainda deixa espaço em seu sub-texto para uma crítica bastante sutil, de uma delicadeza incomensurável.
Rain Man
4.1 766 Assista AgoraA piada do "Quem" foi engraçada no início, porém com o desenrolar da trama devo admitir que ela começou a ficar um pouco repetitiva e chegou até a me irritar bastante em alguns momentos; mas fora isso, Rain Man é um filme fabuloso, com um roteiro muito bem escrito e certamente encerrado de maneira excepcional. A atuação do Tom Cruise é algo formidável;
a frieza do Charlie ao receber a notícia que seu pai havia morrido foi algo assustador,
Hoje Eu Quero Voltar Sozinho
4.1 3,2K Assista AgoraTrata de um assunto universal e delicado de uma forma muito bem explorada e interessante, com uma naturalidade incrível, através de um roteiro sólido, leve, sensível, coerente e muito bem amarrado. A trilha sonora também é diferenciada e merece destaque. Só achei algumas atuações bem fracas; aquele Fábio é um dos personagens mais caricatos e forçados que eu já vi em filmes; e a história não me prendeu tanto quanto eu achei que prenderia. Mas, à despeito desses aspectos, é um bom filme até. Aborda todos os medos, as inseguranças e os dilemas de um adolescente com uma sutileza bem definida, sem parecer, em nenhum momento, inverossímil ou clichê.
Lições Em Família
3.5 118 Assista AgoraExcedeu minhas expectativas. É inexplicável a leveza que senti ao terminar de assistir esse filme. É daqueles que os créditos começam a subir e você se pega estático por alguns minutos olhando pra tela e refletindo sobre família, sobre sonhos e sobre a vida de uma forma geral. O filme diverte na mesma proporção que comove e, apesar d'eu ainda preferir Garden State, devo admitir que Zach Braff acerta mais uma vez aqui, fazendo uso de uma direção bastante eficiente e madura, aliada a uma ótima e agradável trilha sonora para contar uma história simples, bonita, comovente, sincera e super delicada.
Para o Que Der e Vier
2.4 106 Assista AgoraÉ um filme que engana: o começo é um pouco chato e nonsense, aparenta ser mais uma comediazinha boba e absolutamente sem propósito, mas à medida em que a trama vai ganhando espaço para se desenvolver, o filme vai se transformando num excelente (e até comovente) drama familiar, protagonizados pela sempre ótima dupla dinâmica Zach Galifianakis e Owen Wilson, que estão muito bem em seus papéis, como de costume. Acho que o descontentamento e a insatisfação da maioria com o filme foi justamente pelo fato d'ele ter sido vendido como comédia, quando no final das contas é bem mais que isso e acaba se revelando como um drama eficiente travestido de comédia. Não sou entusiasta do vegetarianismo nem nada do tipo, mas aquela cena do frango foi desnecessária. O personagem do Owen Wilson ganhou definitivamente o meu respeito e me fez aumentar meia estrela na minha avaliação com aquele esporro que ele deu na Angela perto do final. Aliás, o final é um dos mais intrigantes (pra não dizer irritantes) possíveis para filmes desse gênero. O mais interessante sobre esse final é que deixa aberto para várias interpretações.
Sintonia de Amor
3.4 232 Assista AgoraEssa obra foi lançada no ano em que eu nasci e eu só fui assistir agora, 21 anos depois. Me arrependo amargamente de não ter assistido antes. O casamento entre uma trilha sonora super elegante, com um ótimo elenco, excelentes atuações e um enredo envolvente como poucos, fazem dessa uma das comédias românticas mais encantadoras e delicadas que já vi. Além de bem gostoso de assistir, Sleepless In Seattle traz uma atmosfera ímpar que só a Norah Ephron consegue dar a seus filmes. A Meg Ryan é de um charme, de um carisma e de uma simpatia sem igual. O entrosamento entre ela e o Tom Hanks é fantástico, coisa rara de se ver atualmente nos filmes do gênero. Só achei que ficou devendo mais cenas deles juntos.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraJohn Carney mais uma vez faz uso de uma belíssima trilha sonora para contar uma história que, apesar de aparentar não ser das mais originais no início, ao passo em que a narrativa vai tomando forma ela se revela extremamente pura, delicada, simples e até inspiradora, de uma leveza singular. Nem tinha acabado ainda o filme e eu já tava correndo atrás da trilha sonora maravilhosa pra download. O casal de protagonistas Mark Ruffalo e Keira Knightley estão excelentes como sempre, ambos transbordando talento, com performances incrivelmente espetaculares e intensas. O Adam Levine dispensa comentários, dá um show de interpretação musical e nos presenteia com uma atuação bastante eficiente e satisfatória, mesmo com as poucas cenas que tem. Só achei uma pena terem relegado a Hailee Steinfeld como atriz coadjuvante, já que a sua personagem, na minha opinião, é uma das mais profundas da história.
Jumper
3.0 1,2K Assista AgoraÉ um absurdo que ainda não tenham feito uma continuação decente e digna pra esse filme. Porque diabos isso ainda não aconteceu? Essa média é extremamente injusta e incongruente com o potencial e a qualidade que esse filme tem. A Rachel Bilson está fabulosa no papel; o Samuel L. Jackson empresta todo seu talento e imponência ao personagem, e o Hayden Christensen também não decepciona em nenhum instante. O roteiro de David Goyer e Simon Kinberg é excelente, muito bem construído, desde o início até o seu encerramento. O enredo é muito bom e te fisga logo de cara no começo, quando o David descobre que é um "jumper", diante de uma experiência de quase-morte. Jumper traz uma abordagem diferenciada e interessante sobre a técnica do teletransporte e funciona como uma ótima adaptação de um ótimo livro. São tantas cenas eletrizantes que fica quase impossível escolher uma favorita, porém, destaco a cena do roubo ao banco, onde o David está começando a controlar seus poderes, e a cena na casa da Millie, em que ele se teletransporta com ela pra um dos infinitos belíssimos lugares os quais o David conheceu durante o filme, graças ao seu dom.
Los Angeles: Cidade Proibida
4.1 528 Assista AgoraGenial é pouco para definir a maravilha que é L.A. Confidential. Só a meticulosidade excepcional com que cada personagem é apresentado, já o torna digno de todos os prêmios que ganhou. É nesse clima noir incrível que reside o diferencial desse filme. A trama, desde o seu desenvolvimento até o seu encerramento, é muito bem elaborada e o roteiro é costurado de maneira tão exemplar que em momento algum o ritmo fraqueja, desanda ou se torna monótono. Filme essencial na lista de favoritos de qualquer cidadão sensato.
Palo Alto
3.2 429Quem diria que um filme baseado num livro do James Franco pudesse me agradar tanto. A direção é aquela usual e corriqueira da ala feminina dos Coppola. Fotografia bonita, trilha sonora melancólica porém agradável de se ouvir, um bom elenco e ótimas atuações; tudo com uma pegada característica de filme independente dirigido por um Coppola. O Nat Wolff é, sem dúvidas, um dos melhores atores dessa nova geração independente que surgiu nos últimos tempos, e a Emma Roberts é excessivamente linda. Uma história sobre tédio, depressão, melancolia, solidão, vazio, tristeza e jovens aparentemente "problemáticos" desesperados, tentando achar um jeito de se encontrar mesmo com a pressão extenuante e sufocante da sociedade.
Sobre aquele final, eu aposto que
a April mandou um "i love u too" pro Teddy pelo celular.
Festim Diabólico
4.3 883 Assista AgoraProva de que um filme com uma premissa meio singela e com um roteiro aparentemente simples e comum pode se tornar um suspense tenso e empolgante, basta ter a pessoa certa na direção. O filme é incansável, com uma narrativa muito bem elaborada que te garante bons momentos de tensão e te deixa preso com os olhos na tela até o momento final, tudo culpa da direção magistral do Hitchcock.