Muito interessante saber sobre um povo culturalmente tão diferente dos europeus conquistados pelo Império Romano e como, mesmo com esse potencial isolamento, sua influência cultura nos rodeio, principalmente em várias palavras do inglês.
Ótimo complemento pra quem é fã da série Vikings, do History Channel!
Finalmente um filme feito sem a rapidez da perspectiva de uma sequência. Esse filme teve um bom balanço entre as cenas de luta e os diálogos importantes para a solidificação do enredo; ao contrário do primeiro filme, que nem mostrou o Capitão lutando como soldado na Segunda Guerra Mundial, praticamente, apesar de ter dado um bom embasamento pra origem do personagem.
E, como no primeiro, foi feito de forma a não ressaltar o ufanismo norte americano, o que deixaria o filme bem caído. pelo contrário, Steve Rogers é mostrado o tempo todo como aquele que parece ter sido iludido com os princípios propagandeados pelos EUA em meados do século XX. Filme foda.
Acho que essas séries tem até algumas semelhanças com aquele recente filme Her. Trazem questões atuais travestidas de questões futuristas. Mas ao mesmo tempo também dizem respeito sim às questões mais futuristas como a das consequências e possibilidade de inteligências artificias. http://www.vero.jor.br/2014/03/a-questao-o-que-sou-eu-frente-as.html
O segundo episódio foi simplesmente épico. [Tem alguns spoilers]
Retrata um mundo possivelmente futurista mas que guarda muitas semelhanças com nosso presente.
Pessoas que trabalham pesado para sustentar um mundo de frivolidades e fuga de coisas que realmente importam. Um mundo onde coisas intrinsecamente irreais são o foco de todos, representam a direção para onde todos os recursos financeiros convergem.
Apps estão presentes na vida de todos o tempo todo, seja no trabalho, seja no quarto, na rua, na sala.
Aliás, nesse universo fictício parece não existir rua, ou elas existem de forma tão discreta e sem importância que nem foi necessário mostrá-las. Tudo o que é "relevante" acontece por causa dos aplicativos - dessa vez não só restritos aos celulares e tablets, mas também às paredes das casas!
Parece existir também uma paranoia absurda com relação à limpeza e à boa alimentação.
Jogos eletrônicos de tiro em primeira pessoa não tratam mais do extermínio de uma praga zumbi num mundo pós-apocalíptico, mas à sumária eliminação de pessoas acima do peso. É como se toda a indústria tivesse se aliado em prol de um mundo direcionado totalmente ao trabalho; o projeto de transformar cada mulher e homem numa mera peça de uma enorme engrenagem social voltada para a produção e satisfação de prazeres da classe ociosa que só usufrui do que os que estão abaixo deles geram.
Além disso, ainda existe uma crítica discreta mas muito bem posicionada sobre o modo como a sociedade de entretenimento em massa tem o poder de engolfar as críticas feitas a ela mesma, transformando isso também num outro elemento de entretenimento e de geração de dinheiro e mais zumbis dependentes do sistema.
É mais ou menos o que acontece em nosso mundo, com indivíduos consumistas e capitalistas ao extremo que usam camisas de Che Guevara, provavelmente sem fazer a mínima ideia de quem ele foi e o que representou. O capitalismo engloba os ícones opositores e os transforma em itens de entretenimento do próprio capitalismo.
De certa forma Robocop me surpreendeu. Quando vi nos trailers aquele traje estilo Capitão Nascimento robotizado misturado com Comandos em Ação, quase tive um treco. E além disso ele parecia se mover como uma espécie de ninja, tinha uma "motoca" e eu temia que ele aparecesse com uma espada (HAHA)!
Robocop é um personagem aparentemente datado. Apesar de eu ter reclamado inicialmente da roupagem do novo, seria impensável para nossa noção atual de tecnologia ter um como o antigo. Precisávamos de um mais moderno mas que ainda conseguisse manter toda a metáfora homem-máquina que o original aborda.
Acho que esse filme conseguiu fazer isso de forma muito eficiente. Eles ainda tentam aprofundar certas questões que hoje são debatidas dentro da comunidade de filósofos da mente e neurocientistas: somos mesmo o nosso cérebro? Tudo pode ser reduzido - ou explicado - pela atividade cerebral? Como? Uma máquina pode ser considerada humana se funcionar como um cérebro? Terá ela uma mente nesse caso? O que aconteceria, então, se fundíssemos homem e máquina num híbrido que preserva aspectos de ambos? Aliás, foi uma grata surpresa ter no filme nomes como Dennett e Kim, filósofos que trabalham realmente nessas dessas reflexões.
Ainda traz questionamentos sobre o uso da polícia como tática de diminuição de crimes. Ao que parece, o filme retrata uma Detroit que não trabalha em projetos à longo prazo, mais profundos, e tenta compensar isso com estratégias paliativas. Essa é uma metáfora que não perde a validade, e está especialmente presente hoje no Rio de Janeiro e outras capitais.
Enfim, o filme me surpreendeu, apesar de não ter sido um reboot muito fiel ao original. Prefiro encará-los como filmes diferentes.
Não achei um filme genial, mas ele conta com uma boa história e boas atuações. Só achava que a história poderia ter ficado menos lenta em certos trechos.
Mas a preciosidade dele diz respeito principalmente a elucidação da diferença entre processos de criminalização (da ordem do social) e de incriminação (legal). Mesmo depois de ter sido absolvido pela polícia, as pessoas continuaram hostilizando-o; isso é algo muito presente em nosso cotidiano, principalmente quando envolve certos crimes cujas pessoas são mais sensíveis: pedofilia, estupro etc. Além disso, aprendamos também que criancinhas nem sempre dizem a verdade.
Como muitas pessoas aqui já disseram, é um filme com poucas surpresas, mas achei muito interessante o modo como o personagem principal é estruturado.
Um fato óbvio é que Marshall é uma parte do próprio Brooks. Esse alter ego paralelo é uma espécie de personificação da cisão que o "eu" do personagem sofre. Os pensamentos de ambos os "personagens" vem de uma única unidade que é a mente de Brooks, mas ele experiencia seu lado serial killer como se fosse uma parte separada de si mesmo.
É algo que acontece comumente em quadros esquizofrênicos, em que o sujeito experiencia seus próprios pensamentos como se fossem pensamentos vindos de fora, de outras pessoas, entidades ou seja lá o que for.
Eu ia dizer que tratar-se-ia de um típico serial killer psicopata, mas ele está longe de ser um psicopata; está mais para algum tipo de psicose, provavelmente com fundo genético
Filme sensacional. Não sei se era digno do Oscar de 2013, pois tinham filmes melhores e retirando este fato, não sei se faz o estilo de filme que a academia premia. Mas, independente de premiações, é um filme sobre uma aventura real. Uma jornada pessoal de um "arqueólogo experimental" tentando mostrar seu ponto, mostrando que ciência não deve ser feita na quietude de um escritório, mas na exploração. Fico me perguntando o quanto que uma jornada longa e limítrofe quanto essa pode acrescentar a um indivíduo. Com certeza, independente de ter comprovado sua teoria, as vidas dos tripulantes jamais foi a mesma.
Como filme achou que foi uma obra ótima. Belos realistas efeitos especiais, maquiagem impecável. Mas algo que me incomodou bastante foi aquele indício de romance ou seja lá o que foi aquilo, entre uma elfa e um anão. Please. E isso é algo que não está no livro; e por falar nisso, eu não gosto de avaliar uma adaptação baseando-me na comparação com o livro, pois são linguagens diferentes mesmo, não pode ser igualzinho. O problema é que dessa vez parece que a 'la plata' falou mais alto e Peter Jackson resolveu estender um filme pequeno e transformá-lo numa trilogia desnecessariamente.
Assim, a necessidade de inflar a história surgiu - e ele inflou com cenas absurdas como essa do anão e da elfa, e outras como o falso suspense na cena em que a comitiva chega à montanha sem ainda se dar conta de que deviam esperar a luz da lua para a entrada se revelar.
A propósito, escrevi um textinho bem legal sobre O Hobbit, quem quiser conferir: http://www.nerdworkingbr.blogspot.com.br/2014/01/a-jornada-heroica-de-bilbo.html
Quem for forte o suficiente, veja esse documentário inteiro. Eu não consegui. Repenso profundamente a opção do vegetarianismo depois de ver coisas assim - porque ver é uma experiência muito mais decisiva do que só ouvir alguém falando sobre.
E o pior é ainda ter de ler os comentários de pessoas dizendo que todos que se compadecem da dor dos animais são hipócritas que não ajudam crianças nos sinais de trânsito. Aff...tá, porque não dar uma esmola (pra uma criança que provavelmente está sendo controlada por um adulto explorador ou por um responsável pinguço) é uma falta de moralidade e respeito muito maior do que matar um animal da forma MAIS DOLOROSA possível e propagandear o método usado como o mais indolor e misericordioso.
Na boa, se vc faz um ranking sobre qual vida sobre este planeta tem mais valor num sentido absoluto, vc está cometendo o mesmo erro que os nazistas (que é só o grupo mais conhecido que fez algo do tipo, nem de perto o único e talvez o pior) cometeram décadas atrás - que com certeza são tipos de pessoas às quais vc critica veementemente, pois criticar nazistas é um clichê social amplamente difundido.
Em The Purge (2013), as pessoas devem ser boazinhas, compassivas e gentis durante 364 dias do ano. Isso é possível graças à apenas um dia do ano, onde toda a raiva contida pode ser expurgada.
Será que na vida real invertemos as coisas e usamos um único dia do ano, o Natal, para expurgar toda a compaixão e amabilidade que não conseguimos manifestar ao longo do ano? E mais que isso: será que esse dia acaba se tornando uma espécie de desculpa para tudo de ruim que fazemos na maior parte do tempo?
Achei muito melhor que o primeiro. A história estava mais coerente, apesar de não ter sido nada muito profundo. Uma bola fora que acho digno citar é a apelação pra esse tipo de vilão estilo "Félix". Todos sempre afetados, sarcásticos, piadistas e amargos. Tá enchendo o saco já.
O filme traz uma oposição clássica que vemos nascer quando um ocidental conhece o zen-budismo: como conciliar a mente racionalizadora do ocidental com o pensamento intuitivo e que tenta enxergar as coisas além da linguagem, além da dualidade a qual estamos condicionados? Certamente é algo que traz estranheza mas que também revela uma beleza sem igual. Outro ponto que achei interessante e que o filme aborda por certo tempo é sobre como hoje enxergaríamos alguém que praticava meditação e chegou aos insights a que Buda chegou. Seria confuso para nós, patologizaríamos a coisa toda. Achei muito interessante esse flerte com a reflexão sobre normalidade e anormalidade. Temos sempre de estar atentos a isso.
Documentário espetacular! O título é chamativo, certamente, pois aparentemente religião é oposta à ciência, assim, como poderia o budismo ser uma ciência da mente? A resposta é que o budismo não é uma ciência no sentido talvez propagado pelos maiores filósofos da ciência, como Popper ou Kuhn, mas certamente uma ciência no sentido de ser um método empírico que nos permite conhecer nossa própria mente, investigá-la, observar os pensamentos. Um dos diferenciais do budismo como religião é que ele não parece muito com uma religião - no sentido ocidental da coisa. Ele é apresenta-se mais como uma filosofia de vida, um modo de se viver, um treinamento mental. Como li certa vez: "um pragmatismo dialético psicológico". Sem dogmas, sem pregações que visam evangelizar e sem foco em metafísica.
Esse documentário é ótimo, mostrando a fala de muitos sábios mestres, inclusive o "popular" Mathieu Ricard, um monge budista francês, ex-cientista que se apaixonou pela figura dos mestres que eram a personificação daquilo que ensinavam.
Acho que nada que seja feito inspirado no Stephen Hawking tem chances de dar errado. A história de vida dele é fantástica, e ele é uma pessoa fascinante. Acompanhar como foi a sua vida, ter mostras de seu intelecto incrível e ver o quanto ele continua vivendo e pensando ainda como um gênio anos à frente da idade que foi dada como terminal para alguém no seu caso dá gosto de ver. Sò achei uma pena o filme se desenrolar de forma tão rápida.
Achei o filme meio ruim no início, mas foi só porque ainda não tinha entendido o o espírito da coisa. Ele começa mostrando duas famílias de classe média se comportando como duas famílias de classe média: politicamente corretos, amenizadores, superficiais e protestantes de apartamento. Sem um pingo de sinceridade e enfrentamento da realidade. (se bem que começo a achar que esse estereotipo de que se comportar assim é coisa de classe média somente, começa a ruir). Depois, após umas bebidinhas a verdade vem à tona e o verniz social que encobria suas misérias e verdadeiras opiniões se desgasta. Ótimo tratado romanceado sobre a natureza humana e sobre no que a sociedade nos transforma.
O filme tem bons efeitos mas o roteiro é bem ruim. A culpa da nota baixa não foi do Colin Farrel, mas do roteiro em si que parece só ter se preocupado em exibir ação de tirar o fôlego.
E o que é a Kate o tempo todo com cara de modelo, o cabelo perfeito, fazendo beicinho...?? Fora que a motivação da mulher acabou ficando descompassada com a gana que ela teve em cima do personagem do Colin. Ficou parecendo orgulho de mulher ferido, por ciúme ou algo assim.
É um filme simples, mas ele cumpre perfeitamente o que se propõe a mostrar. Como sempre, a atuação do Hugh Jackman está ótima e carismática, e a do garotinho também. É um bom filme, com cenas de ação legais e uma cola emocional que junta todos esses fatos aparentemente superficiais numa boa obra.
O conceito de bruxa parece mudar um pouco nesse filme, mas não achei algo muito legal. Hoje os filmes parecem querer enfiar na nossa cabeça que tudo é mutante: bruxas, vampiros, lobisomens. Isso enche o saco às vezes (sempre, na verdade).
O enredo é manjado, mas o filme é até divertido e engraçadinho. Mas daria pra ver numa boa em casa, sem ter de comprar ingresso e ver na telona.
Vikings - Documentário - BBC
4.0 3Muito interessante saber sobre um povo culturalmente tão diferente dos europeus conquistados pelo Império Romano e como, mesmo com esse potencial isolamento, sua influência cultura nos rodeio, principalmente em várias palavras do inglês.
Ótimo complemento pra quem é fã da série Vikings, do History Channel!
Coração Louco
3.7 544 Assista AgoraEsse foi o filme simples e despretensioso mais legal que já assisti.
E uma ótima pedida pra quem gosta do true country.
Capitão América 2: O Soldado Invernal
4.0 2,6K Assista AgoraFinalmente um filme feito sem a rapidez da perspectiva de uma sequência. Esse filme teve um bom balanço entre as cenas de luta e os diálogos importantes para a solidificação do enredo; ao contrário do primeiro filme, que nem mostrou o Capitão lutando como soldado na Segunda Guerra Mundial, praticamente, apesar de ter dado um bom embasamento pra origem do personagem.
E, como no primeiro, foi feito de forma a não ressaltar o ufanismo norte americano, o que deixaria o filme bem caído. pelo contrário, Steve Rogers é mostrado o tempo todo como aquele que parece ter sido iludido com os princípios propagandeados pelos EUA em meados do século XX. Filme foda.
Oldboy: Dias de Vingança
2.8 828 Assista AgoraÉ um daqueles filmes fenomenais, mas que perdeu um pouco a qualidade devido às cenas de luta desnecessárias. Perturbador...
Black Mirror (2ª Temporada)
4.4 753 Assista AgoraAcho que essas séries tem até algumas semelhanças com aquele recente filme Her. Trazem questões atuais travestidas de questões futuristas. Mas ao mesmo tempo também dizem respeito sim às questões mais futuristas como a das consequências e possibilidade de inteligências artificias. http://www.vero.jor.br/2014/03/a-questao-o-que-sou-eu-frente-as.html
Black Mirror (1ª Temporada)
4.4 1,3K Assista AgoraO segundo episódio foi simplesmente épico. [Tem alguns spoilers]
Retrata um mundo possivelmente futurista mas que guarda muitas semelhanças com nosso presente.
Pessoas que trabalham pesado para sustentar um mundo de frivolidades e fuga de coisas que realmente importam. Um mundo onde coisas intrinsecamente irreais são o foco de todos, representam a direção para onde todos os recursos financeiros convergem.
Apps estão presentes na vida de todos o tempo todo, seja no trabalho, seja no quarto, na rua, na sala.
Aliás, nesse universo fictício parece não existir rua, ou elas existem de forma tão discreta e sem importância que nem foi necessário mostrá-las. Tudo o que é "relevante" acontece por causa dos aplicativos - dessa vez não só restritos aos celulares e tablets, mas também às paredes das casas!
Parece existir também uma paranoia absurda com relação à limpeza e à boa alimentação.
Jogos eletrônicos de tiro em primeira pessoa não tratam mais do extermínio de uma praga zumbi num mundo pós-apocalíptico, mas à sumária eliminação de pessoas acima do peso. É como se toda a indústria tivesse se aliado em prol de um mundo direcionado totalmente ao trabalho; o projeto de transformar cada mulher e homem numa mera peça de uma enorme engrenagem social voltada para a produção e satisfação de prazeres da classe ociosa que só usufrui do que os que estão abaixo deles geram.
Além disso, ainda existe uma crítica discreta mas muito bem posicionada sobre o modo como a sociedade de entretenimento em massa tem o poder de engolfar as críticas feitas a ela mesma, transformando isso também num outro elemento de entretenimento e de geração de dinheiro e mais zumbis dependentes do sistema.
É mais ou menos o que acontece em nosso mundo, com indivíduos consumistas e capitalistas ao extremo que usam camisas de Che Guevara, provavelmente sem fazer a mínima ideia de quem ele foi e o que representou. O capitalismo engloba os ícones opositores e os transforma em itens de entretenimento do próprio capitalismo.
RoboCop
3.3 2,0K Assista AgoraDe certa forma Robocop me surpreendeu. Quando vi nos trailers aquele traje estilo Capitão Nascimento robotizado misturado com Comandos em Ação, quase tive um treco. E além disso ele parecia se mover como uma espécie de ninja, tinha uma "motoca" e eu temia que ele aparecesse com uma espada (HAHA)!
Robocop é um personagem aparentemente datado. Apesar de eu ter reclamado inicialmente da roupagem do novo, seria impensável para nossa noção atual de tecnologia ter um como o antigo. Precisávamos de um mais moderno mas que ainda conseguisse manter toda a metáfora homem-máquina que o original aborda.
Acho que esse filme conseguiu fazer isso de forma muito eficiente. Eles ainda tentam aprofundar certas questões que hoje são debatidas dentro da comunidade de filósofos da mente e neurocientistas: somos mesmo o nosso cérebro? Tudo pode ser reduzido - ou explicado - pela atividade cerebral? Como? Uma máquina pode ser considerada humana se funcionar como um cérebro? Terá ela uma mente nesse caso? O que aconteceria, então, se fundíssemos homem e máquina num híbrido que preserva aspectos de ambos? Aliás, foi uma grata surpresa ter no filme nomes como Dennett e Kim, filósofos que trabalham realmente nessas dessas reflexões.
Ainda traz questionamentos sobre o uso da polícia como tática de diminuição de crimes. Ao que parece, o filme retrata uma Detroit que não trabalha em projetos à longo prazo, mais profundos, e tenta compensar isso com estratégias paliativas. Essa é uma metáfora que não perde a validade, e está especialmente presente hoje no Rio de Janeiro e outras capitais.
Enfim, o filme me surpreendeu, apesar de não ter sido um reboot muito fiel ao original. Prefiro encará-los como filmes diferentes.
A Caça
4.2 2,0K Assista AgoraNão achei um filme genial, mas ele conta com uma boa história e boas atuações. Só achava que a história poderia ter ficado menos lenta em certos trechos.
Mas a preciosidade dele diz respeito principalmente a elucidação da diferença entre processos de criminalização (da ordem do social) e de incriminação (legal). Mesmo depois de ter sido absolvido pela polícia, as pessoas continuaram hostilizando-o; isso é algo muito presente em nosso cotidiano, principalmente quando envolve certos crimes cujas pessoas são mais sensíveis: pedofilia, estupro etc. Além disso, aprendamos também que criancinhas nem sempre dizem a verdade.
Instinto Secreto
3.6 445 Assista AgoraComo muitas pessoas aqui já disseram, é um filme com poucas surpresas, mas achei muito interessante o modo como o personagem principal é estruturado.
Um fato óbvio é que Marshall é uma parte do próprio Brooks. Esse alter ego paralelo é uma espécie de personificação da cisão que o "eu" do personagem sofre. Os pensamentos de ambos os "personagens" vem de uma única unidade que é a mente de Brooks, mas ele experiencia seu lado serial killer como se fosse uma parte separada de si mesmo.
É algo que acontece comumente em quadros esquizofrênicos, em que o sujeito experiencia seus próprios pensamentos como se fossem pensamentos vindos de fora, de outras pessoas, entidades ou seja lá o que for.
Eu ia dizer que tratar-se-ia de um típico serial killer psicopata, mas ele está longe de ser um psicopata; está mais para algum tipo de psicose, provavelmente com fundo genético
- já que sua filha manifesta a mesma sede por sangue.
Expedição Kon Tiki
3.9 282 Assista AgoraFilme sensacional. Não sei se era digno do Oscar de 2013, pois tinham filmes melhores e retirando este fato, não sei se faz o estilo de filme que a academia premia. Mas, independente de premiações, é um filme sobre uma aventura real. Uma jornada pessoal de um "arqueólogo experimental" tentando mostrar seu ponto, mostrando que ciência não deve ser feita na quietude de um escritório, mas na exploração. Fico me perguntando o quanto que uma jornada longa e limítrofe quanto essa pode acrescentar a um indivíduo. Com certeza, independente de ter comprovado sua teoria, as vidas dos tripulantes jamais foi a mesma.
Clube de Compras Dallas
4.3 2,8K Assista AgoraÉ Oscaaaaaaar!!!!
O Hobbit: A Desolação de Smaug
4.0 2,5K Assista AgoraComo filme achou que foi uma obra ótima. Belos realistas efeitos especiais, maquiagem impecável. Mas algo que me incomodou bastante foi aquele indício de romance ou seja lá o que foi aquilo, entre uma elfa e um anão. Please. E isso é algo que não está no livro; e por falar nisso, eu não gosto de avaliar uma adaptação baseando-me na comparação com o livro, pois são linguagens diferentes mesmo, não pode ser igualzinho. O problema é que dessa vez parece que a 'la plata' falou mais alto e Peter Jackson resolveu estender um filme pequeno e transformá-lo numa trilogia desnecessariamente.
Assim, a necessidade de inflar a história surgiu - e ele inflou com cenas absurdas como essa do anão e da elfa, e outras como o falso suspense na cena em que a comitiva chega à montanha sem ainda se dar conta de que deviam esperar a luz da lua para a entrada se revelar.
A propósito, escrevi um textinho bem legal sobre O Hobbit, quem quiser conferir: http://www.nerdworkingbr.blogspot.com.br/2014/01/a-jornada-heroica-de-bilbo.html
Terráqueos
4.5 450Quem for forte o suficiente, veja esse documentário inteiro. Eu não consegui.
Repenso profundamente a opção do vegetarianismo depois de ver coisas assim - porque ver é uma experiência muito mais decisiva do que só ouvir alguém falando sobre.
E o pior é ainda ter de ler os comentários de pessoas dizendo que todos que se compadecem da dor dos animais são hipócritas que não ajudam crianças nos sinais de trânsito. Aff...tá, porque não dar uma esmola (pra uma criança que provavelmente está sendo controlada por um adulto explorador ou por um responsável pinguço) é uma falta de moralidade e respeito muito maior do que matar um animal da forma MAIS DOLOROSA possível e propagandear o método usado como o mais indolor e misericordioso.
Na boa, se vc faz um ranking sobre qual vida sobre este planeta tem mais valor num sentido absoluto, vc está cometendo o mesmo erro que os nazistas (que é só o grupo mais conhecido que fez algo do tipo, nem de perto o único e talvez o pior) cometeram décadas atrás - que com certeza são tipos de pessoas às quais vc critica veementemente, pois criticar nazistas é um clichê social amplamente difundido.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraEm The Purge (2013), as pessoas devem ser boazinhas, compassivas e gentis durante 364 dias do ano. Isso é possível graças à apenas um dia do ano, onde toda a raiva contida pode ser expurgada.
Será que na vida real invertemos as coisas e usamos um único dia do ano, o Natal, para expurgar toda a compaixão e amabilidade que não conseguimos manifestar ao longo do ano? E mais que isso: será que esse dia acaba se tornando uma espécie de desculpa para tudo de ruim que fazemos na maior parte do tempo?
http://www.nerdworkingbr.blogspot.com.br/2013/12/expurgo-no-natal.html
A Vida de David Gale
4.2 945 Assista Agora“Um homem que não encontrou em sua vida um motivo para perdê-la, é um pobre homem”. ~Provérbio Árabe
Thor: O Mundo Sombrio
3.4 2,3K Assista AgoraAchei muito melhor que o primeiro. A história estava mais coerente, apesar de não ter sido nada muito profundo. Uma bola fora que acho digno citar é a apelação pra esse tipo de vilão estilo "Félix". Todos sempre afetados, sarcásticos, piadistas e amargos. Tá enchendo o saco já.
O Buda
3.7 11O filme traz uma oposição clássica que vemos nascer quando um ocidental conhece o zen-budismo: como conciliar a mente racionalizadora do ocidental com o pensamento intuitivo e que tenta enxergar as coisas além da linguagem, além da dualidade a qual estamos condicionados? Certamente é algo que traz estranheza mas que também revela uma beleza sem igual. Outro ponto que achei interessante e que o filme aborda por certo tempo é sobre como hoje enxergaríamos alguém que praticava meditação e chegou aos insights a que Buda chegou. Seria confuso para nós, patologizaríamos a coisa toda. Achei muito interessante esse flerte com a reflexão sobre normalidade e anormalidade. Temos sempre de estar atentos a isso.
Budismo, a Ciência da Mente
4.5 1Documentário espetacular!
O título é chamativo, certamente, pois aparentemente religião é oposta à ciência, assim, como poderia o budismo ser uma ciência da mente?
A resposta é que o budismo não é uma ciência no sentido talvez propagado pelos maiores filósofos da ciência, como Popper ou Kuhn, mas certamente uma ciência no sentido de ser um método empírico que nos permite conhecer nossa própria mente, investigá-la, observar os pensamentos.
Um dos diferenciais do budismo como religião é que ele não parece muito com uma religião - no sentido ocidental da coisa. Ele é apresenta-se mais como uma filosofia de vida, um modo de se viver, um treinamento mental. Como li certa vez: "um pragmatismo dialético psicológico". Sem dogmas, sem pregações que visam evangelizar e sem foco em metafísica.
Esse documentário é ótimo, mostrando a fala de muitos sábios mestres, inclusive o "popular" Mathieu Ricard, um monge budista francês, ex-cientista que se apaixonou pela figura dos mestres que eram a personificação daquilo que ensinavam.
A História de Stephen Hawking
4.2 57Acho que nada que seja feito inspirado no Stephen Hawking tem chances de dar errado. A história de vida dele é fantástica, e ele é uma pessoa fascinante. Acompanhar como foi a sua vida, ter mostras de seu intelecto incrível e ver o quanto ele continua vivendo e pensando ainda como um gênio anos à frente da idade que foi dada como terminal para alguém no seu caso dá gosto de ver. Sò achei uma pena o filme se desenrolar de forma tão rápida.
Deus da Carnificina
3.8 1,4KAchei o filme meio ruim no início, mas foi só porque ainda não tinha entendido o o espírito da coisa. Ele começa mostrando duas famílias de classe média se comportando como duas famílias de classe média: politicamente corretos, amenizadores, superficiais e protestantes de apartamento. Sem um pingo de sinceridade e enfrentamento da realidade. (se bem que começo a achar que esse estereotipo de que se comportar assim é coisa de classe média somente, começa a ruir). Depois, após umas bebidinhas a verdade vem à tona e o verniz social que encobria suas misérias e verdadeiras opiniões se desgasta. Ótimo tratado romanceado sobre a natureza humana e sobre no que a sociedade nos transforma.
O Vingador do Futuro
3.0 1,6K Assista AgoraO filme tem bons efeitos mas o roteiro é bem ruim. A culpa da nota baixa não foi do Colin Farrel, mas do roteiro em si que parece só ter se preocupado em exibir ação de tirar o fôlego.
E o que é a Kate o tempo todo com cara de modelo, o cabelo perfeito, fazendo beicinho...?? Fora que a motivação da mulher acabou ficando descompassada com a gana que ela teve em cima do personagem do Colin. Ficou parecendo orgulho de mulher ferido, por ciúme ou algo assim.
Gigantes de Aço
3.7 2,5KÉ um filme simples, mas ele cumpre perfeitamente o que se propõe a mostrar.
Como sempre, a atuação do Hugh Jackman está ótima e carismática, e a do garotinho também. É um bom filme, com cenas de ação legais e uma cola emocional que junta todos esses fatos aparentemente superficiais numa boa obra.
João e Maria: Caçadores de Bruxas
3.2 2,8K Assista AgoraO conceito de bruxa parece mudar um pouco nesse filme, mas não achei algo muito legal. Hoje os filmes parecem querer enfiar na nossa cabeça que tudo é mutante: bruxas, vampiros, lobisomens. Isso enche o saco às vezes (sempre, na verdade).
O enredo é manjado, mas o filme é até divertido e engraçadinho. Mas daria pra ver numa boa em casa, sem ter de comprar ingresso e ver na telona.
Amnésia
4.2 2,2K Assista AgoraNo fundo, parece que a mensagem que o filme passa é que todos nós precisamos de ilusões que nos façam seguir em frente.