Apesar de eu estar farto das histerias visuais do Sr Luhrmann (principalmente após o fraquíssimo "O Grande Gatsby"), confesso que "Elvis" é uma cinebiografia digna, claro que com alguns exageros e canastrices, mas mesmo assim, conta uma boa história e entretêm.
Faroeste altamente estilizado, é o tipo do filme que você não pode nem assistir esperando algo de fácil visualização, nem que fique procurando alegorias em tudo o que vê na tela: apenas aproveite. A cinematografia é espetacular, além da criação de alguns dos melhores personagens da história do cinema brasileiro: Manuel (Geraldo del Rey) como um Cristo em busca de justiça e do Pai; Rosa (Yoná Magalhães, belíssima) como uma Nossa Senhora descrente e fugitiva; e duas atuações soberbas, a de Maurício do Valle como Antonio das Mortes e a antológica incorporação de Corisco por Othon Bastos.
Lá no século XVI, Erasmo de Roterdam escreveu, "só quer estar em uma guerra, quem nunca esteve em alguma", mas apesar das admoestações, há algo de sedução nesse confronto face a face com a morte, que fazem com que milhões de jovens abracem causas/ideologias de outros e morrem por elas. Excelente produção alemã da Netflix (que acerta 1 a cada 100 filmes que produz), que não se furta em momento algum em mostrar a carnificina absolutamente inútil (do ponto de vista militar) da Primeira Guerra Mundial, evento que vem sendo redescoberto pelo Cinema (mesmo porque a Segunda Guerra saturou). A referência à famosa obra literária se dá apenas no evento. Sequência espetacular: a batalha onde os tanques e os lança-chamas aparecem pela primeira vez;
Ponto Chave: oficiais e políticos desfrutando da melhor comodidade possível, enquanto seus soldados morrem por um pedaço de pão.
No xadrez, é ponto comum que não basta saber a melhor estratégia, os melhores atalhos, mas principalmente o tempo, quando atacar, quando esperar. No cinema as vezes, um tempo mal administrado pode arruinar toda uma obra. Não é o caso do excelente "Os Banshees de Inisherin", um dos melhores filmes que vi recentemente, e não um absurdo que tenha perdido o Oscar (previsível) mas que tenha que ter competido com outras obras tão abaixo em qualidade. Farrell fantástico, convincente do primeiro ao último segundo, e menção honrosa a Barry Keoghan, em uma atuação singular, absolutamente sem exageros (em um personagem que a grande maioria vai atuar com exagero). Excelente Direção, Excelentes atuações e fotografia.
Ou o Lobby está cada vez mais preponderante; ou os padrões artísticos que caíram ou o certo mesmo as duas coisas, que essa bobagenzinha neo-budista tenha sido escolhido como MELHOR filme do ano é realmente um sinal dos tempos. "Ah, o visual e a forma de contar são inovadores, é o filme da geração Tik-Tok", "Scott Pilgrim contra o Mundo" (esse sim, subestimado), lançado há mais de 10 anos já havia inovado nesse sentido e até mesmo foi além, recusando totalmente a linguagem teatral da qual o cinema derivou, coisa que "Tudo em todo Lugar..." não o faz. O desfecho sentimentalóide me fez adiantar o filme.
Com ambientação espetacular, no sempre belo Technicolor, Rastros de Odio é uma obra prestes a ser "cancelada" devido a sua imagem altamente pejorativa dos indígenas, que afinal de contas, eram as verdadeiras vítimas. Porém, o personagem Ethan é um marco, a última linhagem dos homens do Oeste vividos por John Wayne, um anti-heroi que segue a própria Ética, geralmente escarnecendo das leis dos brancos.
Provavelmente o primeiro filme a abordar a delinquência juvenil, a falta de diálogo entre pais e filhos (isso há 70 anos!!!), a discriminação da família em virtude da orientação sexual (no caso Plato, o assustado menino gay personificado por Sal Mineo, esse sim com cara e jeito de garoto) e colocar adolescentes como protagonistas (embora Dean e Wood pareçam ter quase 30 anos, e os pais deles parecem ser seus avós..). Envelheceu mal, há furos na estória, mas foi um grande marco na época.
É difícil de imaginar que apenas 7 anos separam o primeiro do segundo filme da série, dado a gigantesca diferença tecnológica entre as duas obras (muitos dos efeitos do Terminator 2 ainda são convincentes, mais de 30 anos depois), porém mesmo com as deficiências, o primeiro filme consegue ser mais assustador. Schwarzenegger, com seu inglês tão carregado de sotaque alemão que beira ao humorismo, fala meia dúzia de palavras treinadas (como uma boa máquina deve ser), e atua como um...robô! Genial da parte da produção. Notar também que o filme ficou extremamente carregado da aura oitentista.
Para praticamente todo mundo, o filme é a música que dá o título a obra e vice-versa, [e sim, é um os maiores símbolos pop de todos os tempos], mas trata-se de uma das melhores homenagens já feitas ao Cinema e as transformações do mundo do entretenimento, no caso aqui, a transição dos filmes mudos para sonoros. Uma fantástica sequência de gags, musicais soberbos [e absolutamente atléticos], no estonteante Technicolor.
Quando eu já estava me entediando com todos os clichês possíveis de filmes de circo, a segunda parte nos entrega uma interessante estória e as consequências resultantes das trapaças. Longe de ser antológico [eu jamais indicaria a Melhor Filme do Ano, como foi], mas é muito bem dirigido.
Kurosawa flertando com grandes épicos, nessa reconstrução absolutamente primorosa do Japão feudal. Percebe-se infelizmente uma tradução deficitária, que deixa muitos pontos sem sentido ou com lacunas [foi traduzido do japonês para o inglês e daí para o português].
Que o Oscar não indica os melhores filmes produzidos em determinado ano é fato irrefutável, mas ao menos, aqui e acolá, tenta escolher na indústria de Hollywood alguma coisa que seja no mínimo criativa, por isso a minha indignação por esse clichê absurdo, quando ao ler a sinopse você já sabe tudo o que vai acontecer, que não impressiona em momento algum, possa ter ganho como MELHOR FILME DO ANO!!! Como? "Ah, a utilização de atores com real deficiência auditiva tem que ser mencionada", se quisessem realmente fazer uma homenagem à esse público, deveriam ter feito o filme inteiro na linguagem de libras e sem legendas, para dar ao espectador a mesma dificuldade que elas têm no dia a dia.
Todo diretor renomado faz por fim a sua obra nostalgia e PTA em uma direção absolutamente perfeita, nos entrega uma das suas melhores obras, principalmente porque ele não deixa que a nostalgia comande a história [como por exemplo Tarantino no seu "Era uma Vez em Hollywood"], mas a nostalgia fica apenas como pano de fundo. Certíssima a escolha de atores desconhecidos como protagonistas, com rostos comuns como qualquer um.
são mais de duas horas para que o primeiro [e único] beijo seja dado entre os dois, e por isso faz todos sentirem o primeiro beijo dado na pessoa que se ama
Já é regra antropomorfizar robôs e não seria diferente agora, nessa interessante obra sobre o espantoso avanço da tecnologia e da obstinação humana. As músicas de "despertar" foram tão certeiras que até parecem ter saído do roteiro. PS- muitos estão relacionando a "Wall-E" (até por certa semelhança entre os robôs), mas enquanto no filme da Disney, o robô que humaniza os humanos, em Oppy são os humanos que humanizam o robô.
Interessante que mesmo que muito mais colorido e otimista, o Pinóquio da Disney de 1940, ainda consegue passar uma aura mais soturna, uma porque é em uma era ainda sem energia elétrica o que deixam as coisas mais indecifráveis, e por duas cenas chaves, a de João Honesto negociando com o homem dos burros e a de Pinóquio com o Espoleta, perdidos em um bar, em degradação moral, e depois sendo literalmente enviados ao Inferno. A obra de Del Toro é tecnicamente maravilhosa, a concepção bruta desse Pinóquio ficou fantástica, mas faltou algo.
Excelente obra sobre o culto à personalidade. Há uma sequência espetacular, Pupkin [De Niro], após uma discussão com Langford [Lewis], fala, após ser expulso por seu ídolo: "Eu vou ser 50 vezes mais famoso do que você", no que Langford responde, "Aí terá idiotas como você o atormentando". Fica a pergunta
Decorridos 3 anos, resolvi assistir à "Coringa" (Todd Phillips, 2019), um bom filme até, mas falha na sua proposta. Se o objetivo era fazer um drama psicológico "sério" [e aparentemente parece que sim], teve receio [leia-se, "produtores"] em aprofundar a proposta e afastar o grande público. Há cenas miseravelmente descartáveis (como a dança na escadaria), enquanto há cenas que se aproximam daquilo que seria um personagem verdadeiramente perturbado
(a cena onde ele mata um ex-colega e logo após ter assassinado o apresentador de TV).
A concepção do Coringa de Heather Leadger ainda continua sendo a melhor, pois era um Coringa que não se levava a sério, ironicamente no filme, alguém reclama ao Coringa personificado por Phoenix (em uma performance digna, por sinal) que ele tem muita auto piedade, que me parece o veredicto final.
O mais fraco dos filmes do PTA que assisti até o momento, tenta criar personagens exóticos sem sucesso, o clima hippie nunca se configura, a estória se esvai..aliás a atuação de Josh Brolin beira ao irritante. Essa história deveria ter sido dirigida e roteirizada pelos irmãos Coen.
Muito menos incisivo que o livro, prefere se ater ao melodrama, inclusive muito do julgamento moral da obra escrita, é deixada de lado. Edição morosa [em uma história que não pede isso], mas bem produzido.
É uma obra no mínimo corajosa, pois tenta suavizar a eterna imagem, "alemães 100% malvados". Interessantíssima a visão de Hitler que passa sobre uma criança nazista, que cresceu sendo educada para o nazismo, um grande amigo imaginário [e não], mas conforme a realidade vai se apresentando duramente, a imagem do tal amigo vai se deteriorando. Poderia ser mais incisivo, mas ok.
Esqueça o Bogart charmoso e cínico para encontrar um Bogart sujo, pobre, covarde, nessa boa aventura de John Houston, que apesar dos estereótipos de sempre [americanos civilizados, mesmo que amorais, x mexicanos que ou são bandidos ou são simplórios] conduz uma boa direção. O show aqui é do ator Walter Houston, pai do Diretor, que inclusive foi agraciado com o Oscar de Coadjuvante.
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, esse filme é tão ruim que faz o roteiro de "Xuxa Requebra" se equiparar ao de "Casablanca", eu nunca havia visto em toda a minha de quase 50 anos, um festival tão grande de clichês, é quase uma cátedra sobre isso, absolutamente TODAS AS CENAS são clichês. PS- no filme alguém disse para o personagem do John Bradley que ele jamais seria um astronauta, alguém deveria ter dito para ele [o ator] que jamais deveria atuar, que atuação ridícula e irritante.
"Os Gênios da Pelota" e "Os 4 Batutas" continuam sendo [e disparados] os melhores dos irmãos Marx para mim, "Uma Noite na Ópera" se excede nos números musicais [bem, é um musical,,,] e não conta com um Groucho tão inspirado, [Harpo também não está no seu melhor], mas tem uma sequência antológica, a batalha nas cordas por detrás das cortinas no Teatro.
James Franco é um figuraça, a pessoa certa para compor um trabalho cinematográfico equivocado, dado a sua experiência no seu projeto "Eu, eu mesmo e o Macaco" (The Ape, 2005), e ironicamente consegue nessa refilmagem da filmagem o oposto do filme homenageado, que foi uma direção fantástica. Ambos se redimiram, o real Tommy Wiseau e o ator James Franco, agora como Diretor.
Elvis
3.8 758Apesar de eu estar farto das histerias visuais do Sr Luhrmann (principalmente após o fraquíssimo "O Grande Gatsby"), confesso que "Elvis" é uma cinebiografia digna, claro que com alguns exageros e canastrices, mas mesmo assim, conta uma boa história e entretêm.
Deus e o Diabo na Terra do Sol
4.1 426 Assista AgoraFaroeste altamente estilizado, é o tipo do filme que você não pode nem assistir esperando algo de fácil visualização, nem que fique procurando alegorias em tudo o que vê na tela: apenas aproveite.
A cinematografia é espetacular, além da criação de alguns dos melhores personagens da história do cinema brasileiro: Manuel (Geraldo del Rey) como um Cristo em busca de justiça e do Pai; Rosa (Yoná Magalhães, belíssima) como uma Nossa Senhora descrente e fugitiva; e duas atuações soberbas, a de Maurício do Valle como Antonio das Mortes e a antológica incorporação de Corisco por Othon Bastos.
Nada de Novo no Front
4.0 611 Assista AgoraLá no século XVI, Erasmo de Roterdam escreveu, "só quer estar em uma guerra, quem nunca esteve em alguma", mas apesar das admoestações, há algo de sedução nesse confronto face a face com a morte, que fazem com que milhões de jovens abracem causas/ideologias de outros e morrem por elas. Excelente produção alemã da Netflix (que acerta 1 a cada 100 filmes que produz), que não se furta em momento algum em mostrar a carnificina absolutamente inútil (do ponto de vista militar) da Primeira Guerra Mundial, evento que vem sendo redescoberto pelo Cinema (mesmo porque a Segunda Guerra saturou). A referência à famosa obra literária se dá apenas no evento.
Sequência espetacular: a batalha onde os tanques e os lança-chamas aparecem pela primeira vez;
Ponto Chave: oficiais e políticos desfrutando da melhor comodidade possível, enquanto seus soldados morrem por um pedaço de pão.
Ponto Fraco: o epílogo exagerado e desnecessário.
Os Banshees de Inisherin
3.9 567 Assista AgoraNo xadrez, é ponto comum que não basta saber a melhor estratégia, os melhores atalhos, mas principalmente o tempo, quando atacar, quando esperar.
No cinema as vezes, um tempo mal administrado pode arruinar toda uma obra. Não é o caso do excelente "Os Banshees de Inisherin", um dos melhores filmes que vi recentemente, e não um absurdo que tenha perdido o Oscar (previsível) mas que tenha que ter competido com outras obras tão abaixo em qualidade. Farrell fantástico, convincente do primeiro ao último segundo, e menção honrosa a Barry Keoghan, em uma atuação singular, absolutamente sem exageros (em um personagem que a grande maioria vai atuar com exagero). Excelente Direção, Excelentes atuações e fotografia.
Tudo em Todo O Lugar ao Mesmo Tempo
4.0 2,1K Assista AgoraOu o Lobby está cada vez mais preponderante; ou os padrões artísticos que caíram ou o certo mesmo as duas coisas, que essa bobagenzinha neo-budista tenha sido escolhido como MELHOR filme do ano é realmente um sinal dos tempos. "Ah, o visual e a forma de contar são inovadores, é o filme da geração Tik-Tok", "Scott Pilgrim contra o Mundo" (esse sim, subestimado), lançado há mais de 10 anos já havia inovado nesse sentido e até mesmo foi além, recusando totalmente a linguagem teatral da qual o cinema derivou, coisa que "Tudo em todo Lugar..." não o faz. O desfecho sentimentalóide me fez adiantar o filme.
Rastros de Ódio
4.1 265 Assista AgoraCom ambientação espetacular, no sempre belo Technicolor, Rastros de Odio é uma obra prestes a ser "cancelada" devido a sua imagem altamente pejorativa dos indígenas, que afinal de contas, eram as verdadeiras vítimas. Porém, o personagem Ethan é um marco, a última linhagem dos homens do Oeste vividos por John Wayne, um anti-heroi que segue a própria Ética, geralmente escarnecendo das leis dos brancos.
Juventude Transviada
3.9 546 Assista AgoraProvavelmente o primeiro filme a abordar a delinquência juvenil, a falta de diálogo entre pais e filhos (isso há 70 anos!!!), a discriminação da família em virtude da orientação sexual (no caso Plato, o assustado menino gay personificado por Sal Mineo, esse sim com cara e jeito de garoto) e colocar adolescentes como protagonistas (embora Dean e Wood pareçam ter quase 30 anos, e os pais deles parecem ser seus avós..). Envelheceu mal, há furos na estória, mas foi um grande marco na época.
O Exterminador do Futuro
3.8 899 Assista AgoraÉ difícil de imaginar que apenas 7 anos separam o primeiro do segundo filme da série, dado a gigantesca diferença tecnológica entre as duas obras (muitos dos efeitos do Terminator 2 ainda são convincentes, mais de 30 anos depois), porém mesmo com as deficiências, o primeiro filme consegue ser mais assustador. Schwarzenegger, com seu inglês tão carregado de sotaque alemão que beira ao humorismo, fala meia dúzia de palavras treinadas (como uma boa máquina deve ser), e atua como um...robô! Genial da parte da produção.
Notar também que o filme ficou extremamente carregado da aura oitentista.
Cantando na Chuva
4.4 1,1K Assista AgoraPara praticamente todo mundo, o filme é a música que dá o título a obra e vice-versa, [e sim, é um os maiores símbolos pop de todos os tempos], mas trata-se de uma das melhores homenagens já feitas ao Cinema e as transformações do mundo do entretenimento, no caso aqui, a transição dos filmes mudos para sonoros. Uma fantástica sequência de gags, musicais soberbos [e absolutamente atléticos], no estonteante Technicolor.
O Beco do Pesadelo
3.5 496 Assista AgoraQuando eu já estava me entediando com todos os clichês possíveis de filmes de circo, a segunda parte nos entrega uma interessante estória e as consequências resultantes das trapaças. Longe de ser antológico [eu jamais indicaria a Melhor Filme do Ano, como foi], mas é muito bem dirigido.
Kagemusha, a Sombra do Samurai
4.2 100 Assista AgoraKurosawa flertando com grandes épicos, nessa reconstrução absolutamente primorosa do Japão feudal. Percebe-se infelizmente uma tradução deficitária, que deixa muitos pontos sem sentido ou com lacunas [foi traduzido do japonês para o inglês e daí para o português].
No Ritmo do Coração
4.1 751 Assista AgoraQue o Oscar não indica os melhores filmes produzidos em determinado ano é fato irrefutável, mas ao menos, aqui e acolá, tenta escolher na indústria de Hollywood alguma coisa que seja no mínimo criativa, por isso a minha indignação por esse clichê absurdo, quando ao ler a sinopse você já sabe tudo o que vai acontecer, que não impressiona em momento algum, possa ter ganho como MELHOR FILME DO ANO!!! Como? "Ah, a utilização de atores com real deficiência auditiva tem que ser mencionada", se quisessem realmente fazer uma homenagem à esse público, deveriam ter feito o filme inteiro na linguagem de libras e sem legendas, para dar ao espectador a mesma dificuldade que elas têm no dia a dia.
Licorice Pizza
3.5 596Todo diretor renomado faz por fim a sua obra nostalgia e PTA em uma direção absolutamente perfeita, nos entrega uma das suas melhores obras, principalmente porque ele não deixa que a nostalgia comande a história [como por exemplo Tarantino no seu "Era uma Vez em Hollywood"], mas a nostalgia fica apenas como pano de fundo. Certíssima a escolha de atores desconhecidos como protagonistas, com rostos comuns como qualquer um.
são mais de duas horas para que o primeiro [e único] beijo seja dado entre os dois, e por isso faz todos sentirem o primeiro beijo dado na pessoa que se ama
Boa Noite Oppy
3.7 3Já é regra antropomorfizar robôs e não seria diferente agora, nessa interessante obra sobre o espantoso avanço da tecnologia e da obstinação humana. As músicas de "despertar" foram tão certeiras que até parecem ter saído do roteiro.
PS- muitos estão relacionando a "Wall-E" (até por certa semelhança entre os robôs), mas enquanto no filme da Disney, o robô que humaniza os humanos, em Oppy são os humanos que humanizam o robô.
Pinóquio
4.2 542 Assista AgoraInteressante que mesmo que muito mais colorido e otimista, o Pinóquio da Disney de 1940, ainda consegue passar uma aura mais soturna, uma porque é em uma era ainda sem energia elétrica o que deixam as coisas mais indecifráveis, e por duas cenas chaves, a de João Honesto negociando com o homem dos burros e a de Pinóquio com o Espoleta, perdidos em um bar, em degradação moral, e depois sendo literalmente enviados ao Inferno. A obra de Del Toro é tecnicamente maravilhosa, a concepção bruta desse Pinóquio ficou fantástica, mas faltou algo.
O Rei da Comédia
4.0 366 Assista AgoraExcelente obra sobre o culto à personalidade. Há uma sequência espetacular, Pupkin [De Niro], após uma discussão com Langford [Lewis], fala, após ser expulso por seu ídolo: "Eu vou ser 50 vezes mais famoso do que você", no que Langford responde, "Aí terá idiotas como você o atormentando". Fica a pergunta
, o sucesso após a prisão, será verdade ou mais uma ilusão de sucesso de Pupkin como outras que aparecem no filme?
Coringa
4.4 4,1K Assista AgoraDecorridos 3 anos, resolvi assistir à "Coringa" (Todd Phillips, 2019), um bom filme até, mas falha na sua proposta. Se o objetivo era fazer um drama psicológico "sério" [e aparentemente parece que sim], teve receio [leia-se, "produtores"] em aprofundar a proposta e afastar o grande público. Há cenas miseravelmente descartáveis (como a dança na escadaria), enquanto há cenas que se aproximam daquilo que seria um personagem verdadeiramente perturbado
(a cena onde ele mata um ex-colega e logo após ter assassinado o apresentador de TV).
Vício Inerente
3.5 554 Assista AgoraO mais fraco dos filmes do PTA que assisti até o momento, tenta criar personagens exóticos sem sucesso, o clima hippie nunca se configura, a estória se esvai..aliás a atuação de Josh Brolin beira ao irritante. Essa história deveria ter sido dirigida e roteirizada pelos irmãos Coen.
A Estrada
3.6 1,3K Assista AgoraMuito menos incisivo que o livro, prefere se ater ao melodrama, inclusive muito do julgamento moral da obra escrita, é deixada de lado. Edição morosa [em uma história que não pede isso], mas bem produzido.
Jojo Rabbit
4.2 1,6K Assista AgoraÉ uma obra no mínimo corajosa, pois tenta suavizar a eterna imagem, "alemães 100% malvados". Interessantíssima a visão de Hitler que passa sobre uma criança nazista, que cresceu sendo educada para o nazismo, um grande amigo imaginário [e não], mas conforme a realidade vai se apresentando duramente, a imagem do tal amigo vai se deteriorando. Poderia ser mais incisivo, mas ok.
O Tesouro de Sierra Madre
4.4 168 Assista AgoraEsqueça o Bogart charmoso e cínico para encontrar um Bogart sujo, pobre, covarde, nessa boa aventura de John Houston, que apesar dos estereótipos de sempre [americanos civilizados, mesmo que amorais, x mexicanos que ou são bandidos ou são simplórios] conduz uma boa direção. O show aqui é do ator Walter Houston, pai do Diretor, que inclusive foi agraciado com o Oscar de Coadjuvante.
Moonfall: Ameaça Lunar
2.4 549 Assista AgoraKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK, esse filme é tão ruim que faz o roteiro de "Xuxa Requebra" se equiparar ao de "Casablanca", eu nunca havia visto em toda a minha de quase 50 anos, um festival tão grande de clichês, é quase uma cátedra sobre isso, absolutamente TODAS AS CENAS são clichês.
PS- no filme alguém disse para o personagem do John Bradley que ele jamais seria um astronauta, alguém deveria ter dito para ele [o ator] que jamais deveria atuar, que atuação ridícula e irritante.
Uma Noite na Ópera
3.9 61 Assista Agora"Os Gênios da Pelota" e "Os 4 Batutas" continuam sendo [e disparados] os melhores dos irmãos Marx para mim, "Uma Noite na Ópera" se excede nos números musicais [bem, é um musical,,,] e não conta com um Groucho tão inspirado, [Harpo também não está no seu melhor], mas tem uma sequência antológica, a batalha nas cordas por detrás das cortinas no Teatro.
Artista do Desastre
3.8 554 Assista AgoraJames Franco é um figuraça, a pessoa certa para compor um trabalho cinematográfico equivocado, dado a sua experiência no seu projeto "Eu, eu mesmo e o Macaco" (The Ape, 2005), e ironicamente consegue nessa refilmagem da filmagem o oposto do filme homenageado, que foi uma direção fantástica. Ambos se redimiram, o real Tommy Wiseau e o ator James Franco, agora como Diretor.