Quase chega a ser um bom trash, mas isso quase se resume só a segunda metade do filme e tiveram a ideia genial de colocar um trash dentro de um filme idiota de adolescente na faculdade. Perde-se tanto tempo com personagens inúteis e sem graça que o filme só se torna maçante e frustrante, mas quando a preguiça entra em cena, é diversão idiota garantida. Animal mais apelão de todos os tempos, bebe, usa internet, rouba, mata, dirige carro, luta com espada, especialista em todo tipo de morte. Até na última cena perderam uma chance de ouro de fazer algo porra loca. Uma pena que se limitaram tanto, porque podia ser uma trasheira das boas.
Premissa boa, plot interessante, mas mal conduzido, mal atuado, com ambientes muito mal aproveitados e uma conclusão que simplesmente enfraquece o filme todo. Tinha muito potencial e perdeu todos.
Não tem a mesma força narrativa do primeiro, mas a qualidade primorosa da animação e o reencontro com os personagens depois de tantos anos num filme muito divertido vale muito a pena. A história parte de onde o primeiro parou e toma vários caminhos óbvios, mas sabe introduzir elementos críticos muito interessantes e bem desenvolvidos. Diversão garantida.
Se em questão de violência supera o anterior, a história é ainda mais inútil, mudando ao bel-prazer a história de origem de Leatherface, que se resume às últimas cenas e é uma completa porcaria, porque não condiz com quem é o personagem que conhecemos lá em 1974. Seria menos ruim se não tivesse relação com a franquia.
As cenas iniciais com trechos do original me animaram... pra nada. Filme idiota e ridículo, todos os personagens são ou burros demais ou detestáveis demais, e a forma como o roteiro se constrói só torna tudo mais irritante. O uso de 3D se resume a um momento da serra sendo jogada na tela e uma cena horrorosa no final com um triturador que os efeitos especiais são tão péssimos que a cena vira comédia involuntária. Apesar de um gorezinho bom mas menos efetivo que do filme anterior, não vale nada a pena.
O elenco é majoritariamente fraquíssimo e o roteiro é todo cheio de furos e pistas falsas óbvias, mas a direção do Roth nas cenas de perseguição e mortes e o gore valorizado pra um filme comercial fazem valer a pena. O filme é bem violento e cheio de piadas de humor mórbido muito boas, mas em contrapartida ele acaba se levando a sério demais. A cena inicial se transformando inesperadamente em terror é especialmente divertida, e as críticas e sátiras à sociedade capitalista atual são boas, mas ficam entre um roteiro que se leva a sério demais e uma sátira que não chega onde pode chegar. A revelação do assassino é um tanto fraca também. Mas pelo divertimento, pelas mutilações, pelo humor sombrio e pela sangue rolando sem pena, vale bastante.
Saiu até melhor que o esperado. Se as atuações saem perdendo em relação ao anterior, em compensação esse aposta mais no gore. O enredo é o feijão com arroz de todos os filmes da saga e os personagens não são tão burros, o que dá menos raiva. Leatherface também tá legal que nem no filme anterior. De resto, mal dirigido, esquecível num geral, mas garante a diversão na hora.
Não é um filme ruim, mas falha por trazer karatê no título, quando desde o início diz se tratar de kung fu. Podia ser um filme isolado com inspirações em Karate Kid, mas como pegar o hype da saga sem usar o nome? Além disso, o filme é longo demais e acaba sendo muito fora da realidade, porque apesar de tudo, o original dos anos 80 era possível de acontecer, mas é bem mais difícil confiar que em um mês um garoto de 12 anos vai virar mestre kung fu, sem falar que o torneio final é MMA infantil. Apesar de tudo, tem momentos empolgantes e ver Jackie Chan em ação é sempre bom.
Faltou mostrar mais do próprio clube do título, mas gostei muito de tudo que vi. História bem conduzida, violência e sexo presentes e adequados à trama, gore pontual bastante eficaz e boas atuações, com um ou outro problema, mas nada que destoe. As críticas às elites brasileiras é muito bem encaixada e ser um filme cearense dá uma sensação de proximidade que deixa o filme melhor.
Ao contrário da cor e da diversão que a versão da Disney popularizou, o que Svankmajer traz aqui tem uma atmosfera bizarra e sombria mais próxima da obra original, tendo uma marca própria do realizador. O universo da casa de Alice é inventivo e grotesco, e toda a estranheza só contribui com o fato do filme funcionar bem. A metade final acaba se tornando um pouco cansativa e senti falta do gato doidão, mas essa é provavelmente a melhor versão do clássico de Lewis Carroll.
É um filme que tem seus problemas em algumas escolhas da direção, no foco da narrativa que não aprofunda na vida pessoal do Claudinho e nas apresentações ao vivo que acerta em colocar os atores para cantar, mas não parecem verossímeis na dublagem, mas o fio emocional e espiritual do filme, além do desempenho do elenco e a química dos protagonistas, faz com que toda a nostalgia e o saudosismo venham com força, emocionando em vários momentos pela saudade que desperta de Claudinho, principalmente em quem escutava a dupla e acompanhou essa grande perda para a música brasileira. Mesmo que Claudinho no filme só existe em função de Buchecha, que é o protagonista, o filme consegue criar uma imagem linda da pessoa e da amizade, de forma que é impossível não se apaixonar por ele. E a trilha sonora nem preciso dizer nada, a nata do funk melody.
Ri bastante com o sarcasmo e a subversão de gêneros que o filme traz. Não se leva a sério e ridiculariza todos os clichês de filmes de comédia adolescentes. O personagem do Sr. G, nesse sentido, é impagável. Porém, justamente pela construção de quebra de padrão que o filme apresentava, a meia hora final se torna um tanto decepcionante por seguir a linha de roteiro de todo filme do gênero: protagonistas desmascaradas e odiadas, descoberta bombástica, necessidade de reunião e no fim tudo fica bem. Claro que os caminhos que o filme toma pra isso são diferentes, mas a forma como o enredo se construiu me fez esperar mais para a forma como tudo se resolveria. Ainda assim, é uma comédia muito boa e que traz um ar novo ao gênero, com Ayo Edebiri dominando o filme e Rachel Sennott se fazendo sentir muito bem no roteiro.
Um filme frio, metódico e introspectivo como seu protagonista. Uma direção perfeita de Fincher e uma fotografia que se encaixa como uma luva, além de ter Reznor e Ross entregando mais uma trilha incrível. O roteiro, com narração em off, é certeiro em mostrar a cena e o que se passa na mente do assassino. Fassbender merece estar entres os indicados a melhor ator na temporada de premiações, atuação sem erros. Porém, o terceiro ato não segue a mesma linha apresentada no decorrer do filme e acaba deixando aquela sensação de que faltou algo para ser um filme realmente memorável. Ainda assim, um grande filme para os currículos já bem estrelados de Fincher e Fassbender.
O maior mérito desse filme é ter simplesmente a vida de uma personalidade histórica como Napoleão Bonaparte, uma das mais emblemáticas da humanidade, cheia de momentos marcantes, e conseguir entregar uma obra sem alma, fria e sem objetivo, chegando por vezes a ser... monótona. E olha que nem sou muito chegado a Era Napoleônica, nunca aprofundei os estudos sobre isso, mas é palpável como o filme patina em decidir um tom, uma abordagem, uma narrativa. Se a produção está nos trinques (forte concorrente aos Oscars de design de produção e figurino, que estão maravilhosos), o roteiro, a fotografia e a direção não conversam entre si de forma harmônica. De um lado, o roteiro quer trazer uma sátira sobre o sexo como uma forma velada de poder, tentando inserir um erotismo que Ridley Scott transforma em cinismo, piada ou ridículo. A fotografia, acinzentada e azulada, perde a chance de trazer com vivacidade o show de cores em tela e, apesar de talvez representar o momento sufocante vivido pela França, a própria França não é personagem aqui para que a influência de Napoleão sobre ela seja sentida. Na verdade, se a relação entre Napoleão e França mal é trabalhada e entre ele e Josefina é enviesada (quase como se o imperador fosse mais vítima dentro dos trâmites amorosos e conjugais), o próprio desenvolvimento do personagem título é quase inexistente, saindo de um ambicioso sem traquejo social e pensamento bélico estratégico para quase a mesma coisa. As relações políticas não são desenvolvidas, o aspecto do general gigante que foi se resume a algumas cenas de batalhas (que são facilmente a melhor parte do filme, mesmo com alguns problemas em algumas delas), o lado histórico é cheio de lacunas e erros grotescos (e olha que sequer prestei atenção nessa parte, mas a sequência do Egito foi vergonhosa, por exemplo) e as relações interpessoais são deixadas de lado, com óbvia exceção ao relacionamento com Josefina. No fim das contas, a gente vê um Ridley Scott perdido no que quer dizer e focado em satirizar franceses em algumas partes, e talvez uma tesourada do estúdio na duração do filme tão grotesca que tirou toda a coesão que o filme talvez tivesse - dúvida que só será sanada com a versão de 4 horas do diretor. Filme muito bonito, com grandes cenas de batalha como Scott sabe fazer, mas no qual falta praticamente todo o resto, principalmente uma montagem que ajude a história a andar.
Em relação ao original, investe mais na violência e nos fantasmas, o que é um bom sinal, mas de resto é uma edição picotada, uma direção afetada cheia de câmeras lentas desnecessárias e um roteiro que tenta ser grandioso demais, mas acaba sendo bem forçado. Pelo menos tem umas cenas violentas boas na pegada Premonição e o Matthew Lillard faz o tipo de maluco que a gente gosta de ver.
Um elenco recheado de nomes em ascensão em boa forma, uma trilha sonora que traz uma música destruidora cantada por Stevie Wonder e um dos maiores diretores de todos os tempos na cadeira de direção, com direito a referências visuais a ...E o Tempo Levou. Apesar de ser um "filme menor" da carreira de Coppola e ter seus problemas, empolga, emociona e mostra as diferenças sociais e a falta de perspectiva dos jovens das gangues da década de 1950/60. Um filme gostoso de assistir.
Um primor da técnica, o auge de Nolan como realizador, sem nenhuma dúvida. O trabalho de som é magnífico, impecável, com uma trilha poderosa de Göransson, além de uma fotografia deslumbrante e uma direção certeira de Nolan. Cillian Murphy faz o papel de sua carreira e tem tudo para ganhar as principais premiações da temporada, assim como Robert Downer Jr. Porém, algo no enredo, especificamente no ato final, me incomodou. Gostei muito do desenvolvimento da trama com o inquérito e a história do Projeto Manhattan, a cena da explosão no Trinity é simplesmente o melhor momento do filme para mim fácil, e gostei da decisão de não mostrar a bomba e seus efeitos no Japão, mas a montagem no último ato, principalmente na concatenação entre o Strauss putaço e o Oppenheimer mártir da humanidade no inquérito, me deixou um tanto incomodado, talvez porque o tom que o filme vinha trazendo era distinto e nesse momento veio aquela necessidade nolanesca de deixar mais dramático o que já era suficientemente dramático - algo que foi reafirmado na última cena, que soou mais como um atestado de mea culpa um tanto fajuto. O discurso político existente no filme não surpreende nem a decisão de como mostrar o personagem, e gostei de não fazê-lo só um gênio incompreendido, mas alguém difícil de conviver. Porém, ironicamente, talvez faltou mais tempo de filme para que víssemos Oppenheimer além de um mulherengo egocêntrico e arrogante e o que aconteceu melhor entre o Trinity e o inquérito. Está longe de ser um filme ruim, e por pouco não é para mim um filme ótimo, mas esses pontos que saltaram à vista no último ato me fizeram gostar menos do que eu vinha gostando.
Vejo aqui os mesmos problemas de abordagem que senti em Triângulo da Tristeza, uma crítica quase que covarde às pessoas ricas, numa trama que precisa introduzir alguém de fora que cai lá de paraquedas para termos por quem torcer - o que é totalmente desnecessário, pois o filme seria muito mais interessante se fosse somente sobre um bando de ricos e pessoas aficionadas pelo glamour e exclusividade que passam por uma... inesquecível experiência gastronômica, digamos assim. É um filme bem dirigido, afinal temos Mylod na cadeira de direção, e com um bom elenco, principalmente nos personagens de Nicholas Hoult e Ralph Fiennes. Sobre Anya Taylor-Joy, pareceu uma atuação protocolar, não houve muito destaque. A fotografia e direção de arte também, lindas. O problema maior foi o roteiro que se acovardou em muitos momentos e no terceiro ato ficou perdido, mas ainda é um filme que carrega uma tensão e um interesse até o fim, o que faz ser a experiência ainda valer a pena. Ah, e só eu notei que o filme tem um quê de Midsommar?
Tem gore bom, tem um retorno da pegada dos primeiros filmes, mas acho que perdi o interesse que tinha antes, ainda mais com um enredo tão furado e que tenta colocar o Kramer completamente como o mocinho da história. Tem boas armadilhas, mas as últimas são frustrantes, principalmente a do final. Fica na metade boa da franquia, provavelmente no mesmo nível do quarto filme.
Indescritível a sensação de poder ver no cinema um lançamento de um dos maiores diretores vivos pela primeira vez. Assassinos da Lua das Flores é uma espécie de junção de um pouco de tudo que Scorsese fez em sua carreira: você vê um pouco de Goodfellas, Silêncio, O Irlandês, Alice Não Mora Mais Aqui, O Rei da Comédia, num verdadeiro passeio por gêneros em um filme que, durante suas quase 3 horas e meia, não cansa e sustenta um ritmo muito próprio, que concatena diálogos, violência crua e poesia visual com muita fluidez. É uma história forte, desagradável, que vai te minando à medida que a duração progride, fazendo o espectador se sentir como a protagonista Molly Burkhart, perfeitamente interpretada por Lily Gladstone (há momentos que ela me causou arrepios de tanta veracidade na dor demonstrada em tela). Contar com um parceiro de protagonismo como Leonardo DiCaprio só abrilhanta mais o conjunto, sem contar o coadjuvante-quase-protagonista Robert De Niro, que mostra porque ainda é um dos maiores atores vivos. É um prazer ver esses dois reunidos, ver Lily Gladstone tão bem, ver um elenco de apoio representativo, ver uma história que desvela injustiças e quebra mitos da história americana, e que sabe a posição em que se encontra a ponto de culminar numa excepcional cena metalinguística que deixa um nó na garganta. Não quero deixar de citar o último grande presente que Robbie Robertson deixou com essa incrível trilha sonora, e o quanto ela me surpreendeu, pois de início duvidei que funcionaria. Enfim, é mais um capítulo da história do cinema sendo escrito por um de seus maiores personagens.
Já havia assistido Aterrados do diretor, e apesar dos problemas, é admirável como ele tenta trazer originalidade na mitologia que cria em seu universo e no aspecto gráfico. Aqui ele acerta ainda mais, com uma história que não perde o ritmo e se mantém tensa do início ao fim, com muita violência, sangue e umas bagaceiras das boas, não tendo pudor em usar crianças nesses tipos de cena. Alguns pontos da história ficam mal explicados, o final acaba sendo corrido, mas o que vale é o quanto o filme consegue divertir/assustar os fãs de terror, e nisso ele é muito bem sucedido.
Da trilogia clássica de George Romero, é o que mais demora a engatar, não chegando a ser algo maçante, mas muito centrado nas relações entre os majoritariamente detestáveis habitantes do bunker, com especial asco dos militares. Porém, o ato final é disparado o mais sanguinolento, um dos maiores shows que Savini realizou em sua carreira, com desmembramentos e gore da melhor qualidade, de encher os olhos. O plot relativo a Bub é muito bom e temos nele o zumbi mais memorável do cinema. Mais um grande filme do mestre dos zumbis.
É um filme com problemas? Com certeza, como a grande maioria dos filmes da Marvel desde 2020 - e uma parte deles antes disso -, mas está longe de ser, como alguns sites e críticos dizem, o pior filme de herói ou coisa do tipo. Tem boas sequências de ação, tem momentos divertidos (especialmente a cena dos gatos), os efeitos em sua maioria estão muito bons (alguns deslizes notáveis, mas nada horrível com Thor 4 conseguiu fazer) e a dinâmica entre as protagonistas funciona (Carol Denvers se tornou mais leve e carismática aqui - e olha que eu não curtia nada a personagem no seu filme só -, Kamala é enjoadinha, mas num nível muito aceitável de adolescente sonhadora, e Mônica é uma personagem com várias camadas possíveis e atraentes, para as quais o filme simplesmente cagou). O problema maior é o roteiro e coisas que já vimos antes: vilã esquecível com motivações mal desenvolvidas, edição improdutiva, momentos de comédia que passam muito do ponto (o que falar da sequência naquele planeta oceânico...), trilha sonora genérica e estética padronizada que não dá ao filme cara própria. Além disso, o fato do UCM ter se expandido para as séries faz com que a necessidade de introduzir novos personagens nos filmes que já apareceram por lá "suma", mas para quem só vê os filmes (como é no meu caso), ainda que dê pra entender a posição de cada um naquele universo, a conexão emocional é nula, fazendo com que as urgências do filme não tenham qualquer impacto - se bem que isso não foi problema, porque o drama que quiseram introduzir foi extremamente mal realizado, sem peso algum. No fim, é mais um dos produtos da tal fórmula Marvel, com um primeiro ato atropelado e uma conclusão que força a barra para ter uma conexão gigante com o futuro do UCM, mas que ainda diverte se for assistir despretensiosamente. Como fui de graça e as sequências de ação foram legais, não foi grande perda. Mais um tapa buraco da Marvel só para não passar o semestre em branco.
O encerramento de uma trilogia que poderia ter sido realizada em um filme só. Se, por um lado, é um filme tematicamente mais interessante que os outros dois, já que a história vai além e mostra os efeitos do crime, a participação da mídia e a investigação policial (esta última a única parte que salva o filme), por outro, é talvez o que traz as piores escolhas técnicas e artísticas. A direção tenta trazer um ar sensorial a algumas cenas que soa mais brega e amador que funcional, a trilha sonora chega a ser uma piada de tão mal conectada à trama, além de que temos uma atmosfera que parece colocar os assassinos como vítimas, e tudo se torna muito romantizado, quase uma ovação à Suzane. Se os dois filmes anteriores foram dos protagonistas, esse felizmente teve uma participação maior de Allan Souza Lima, que atua muito bem, enquanto Bittencourt é fraquíssimo e Carla Diaz não parece saber diminuir o tom, mantendo e ampliando os trejeitos, gestos e expressões exageradas e caricatas que apareciam anteriormente de forma pontual. Infelizmente, esse filme é mais um estereótipo do "filme brasileiro que tenta ser americano".
Garras Vorazes
2.0 39 Assista AgoraQuase chega a ser um bom trash, mas isso quase se resume só a segunda metade do filme e tiveram a ideia genial de colocar um trash dentro de um filme idiota de adolescente na faculdade. Perde-se tanto tempo com personagens inúteis e sem graça que o filme só se torna maçante e frustrante, mas quando a preguiça entra em cena, é diversão idiota garantida. Animal mais apelão de todos os tempos, bebe, usa internet, rouba, mata, dirige carro, luta com espada, especialista em todo tipo de morte. Até na última cena perderam uma chance de ouro de fazer algo porra loca. Uma pena que se limitaram tanto, porque podia ser uma trasheira das boas.
Última Chamada para Istambul
2.8 16 Assista AgoraPremissa boa, plot interessante, mas mal conduzido, mal atuado, com ambientes muito mal aproveitados e uma conclusão que simplesmente enfraquece o filme todo. Tinha muito potencial e perdeu todos.
A Fuga das Galinhas: A Ameaça dos Nuggets
3.4 233 Assista AgoraNão tem a mesma força narrativa do primeiro, mas a qualidade primorosa da animação e o reencontro com os personagens depois de tantos anos num filme muito divertido vale muito a pena. A história parte de onde o primeiro parou e toma vários caminhos óbvios, mas sabe introduzir elementos críticos muito interessantes e bem desenvolvidos. Diversão garantida.
Massacre no Texas
2.5 431 Assista AgoraSe em questão de violência supera o anterior, a história é ainda mais inútil, mudando ao bel-prazer a história de origem de Leatherface, que se resume às últimas cenas e é uma completa porcaria, porque não condiz com quem é o personagem que conhecemos lá em 1974. Seria menos ruim se não tivesse relação com a franquia.
O Massacre da Serra Elétrica 3D: A Lenda Continua
2.5 1,5K Assista AgoraAs cenas iniciais com trechos do original me animaram... pra nada. Filme idiota e ridículo, todos os personagens são ou burros demais ou detestáveis demais, e a forma como o roteiro se constrói só torna tudo mais irritante. O uso de 3D se resume a um momento da serra sendo jogada na tela e uma cena horrorosa no final com um triturador que os efeitos especiais são tão péssimos que a cena vira comédia involuntária. Apesar de um gorezinho bom mas menos efetivo que do filme anterior, não vale nada a pena.
Feriado Sangrento
3.1 402O elenco é majoritariamente fraquíssimo e o roteiro é todo cheio de furos e pistas falsas óbvias, mas a direção do Roth nas cenas de perseguição e mortes e o gore valorizado pra um filme comercial fazem valer a pena. O filme é bem violento e cheio de piadas de humor mórbido muito boas, mas em contrapartida ele acaba se levando a sério demais. A cena inicial se transformando inesperadamente em terror é especialmente divertida, e as críticas e sátiras à sociedade capitalista atual são boas, mas ficam entre um roteiro que se leva a sério demais e uma sátira que não chega onde pode chegar. A revelação do assassino é um tanto fraca também. Mas pelo divertimento, pelas mutilações, pelo humor sombrio e pela sangue rolando sem pena, vale bastante.
O Massacre da Serra Elétrica: O Início
3.2 614 Assista AgoraSaiu até melhor que o esperado. Se as atuações saem perdendo em relação ao anterior, em compensação esse aposta mais no gore. O enredo é o feijão com arroz de todos os filmes da saga e os personagens não são tão burros, o que dá menos raiva. Leatherface também tá legal que nem no filme anterior. De resto, mal dirigido, esquecível num geral, mas garante a diversão na hora.
Karatê Kid
3.2 1,7K Assista AgoraNão é um filme ruim, mas falha por trazer karatê no título, quando desde o início diz se tratar de kung fu. Podia ser um filme isolado com inspirações em Karate Kid, mas como pegar o hype da saga sem usar o nome? Além disso, o filme é longo demais e acaba sendo muito fora da realidade, porque apesar de tudo, o original dos anos 80 era possível de acontecer, mas é bem mais difícil confiar que em um mês um garoto de 12 anos vai virar mestre kung fu, sem falar que o torneio final é MMA infantil. Apesar de tudo, tem momentos empolgantes e ver Jackie Chan em ação é sempre bom.
O Clube dos Canibais
3.1 149 Assista AgoraFaltou mostrar mais do próprio clube do título, mas gostei muito de tudo que vi. História bem conduzida, violência e sexo presentes e adequados à trama, gore pontual bastante eficaz e boas atuações, com um ou outro problema, mas nada que destoe. As críticas às elites brasileiras é muito bem encaixada e ser um filme cearense dá uma sensação de proximidade que deixa o filme melhor.
Alice
4.1 265Ao contrário da cor e da diversão que a versão da Disney popularizou, o que Svankmajer traz aqui tem uma atmosfera bizarra e sombria mais próxima da obra original, tendo uma marca própria do realizador. O universo da casa de Alice é inventivo e grotesco, e toda a estranheza só contribui com o fato do filme funcionar bem. A metade final acaba se tornando um pouco cansativa e senti falta do gato doidão, mas essa é provavelmente a melhor versão do clássico de Lewis Carroll.
Nosso Sonho
3.8 181É um filme que tem seus problemas em algumas escolhas da direção, no foco da narrativa que não aprofunda na vida pessoal do Claudinho e nas apresentações ao vivo que acerta em colocar os atores para cantar, mas não parecem verossímeis na dublagem, mas o fio emocional e espiritual do filme, além do desempenho do elenco e a química dos protagonistas, faz com que toda a nostalgia e o saudosismo venham com força, emocionando em vários momentos pela saudade que desperta de Claudinho, principalmente em quem escutava a dupla e acompanhou essa grande perda para a música brasileira. Mesmo que Claudinho no filme só existe em função de Buchecha, que é o protagonista, o filme consegue criar uma imagem linda da pessoa e da amizade, de forma que é impossível não se apaixonar por ele. E a trilha sonora nem preciso dizer nada, a nata do funk melody.
Clube da Luta Para Meninas
3.4 231 Assista AgoraRi bastante com o sarcasmo e a subversão de gêneros que o filme traz. Não se leva a sério e ridiculariza todos os clichês de filmes de comédia adolescentes. O personagem do Sr. G, nesse sentido, é impagável. Porém, justamente pela construção de quebra de padrão que o filme apresentava, a meia hora final se torna um tanto decepcionante por seguir a linha de roteiro de todo filme do gênero: protagonistas desmascaradas e odiadas, descoberta bombástica, necessidade de reunião e no fim tudo fica bem. Claro que os caminhos que o filme toma pra isso são diferentes, mas a forma como o enredo se construiu me fez esperar mais para a forma como tudo se resolveria. Ainda assim, é uma comédia muito boa e que traz um ar novo ao gênero, com Ayo Edebiri dominando o filme e Rachel Sennott se fazendo sentir muito bem no roteiro.
O Assassino
3.3 515Um filme frio, metódico e introspectivo como seu protagonista. Uma direção perfeita de Fincher e uma fotografia que se encaixa como uma luva, além de ter Reznor e Ross entregando mais uma trilha incrível. O roteiro, com narração em off, é certeiro em mostrar a cena e o que se passa na mente do assassino. Fassbender merece estar entres os indicados a melhor ator na temporada de premiações, atuação sem erros. Porém, o terceiro ato não segue a mesma linha apresentada no decorrer do filme e acaba deixando aquela sensação de que faltou algo para ser um filme realmente memorável. Ainda assim, um grande filme para os currículos já bem estrelados de Fincher e Fassbender.
Napoleão
3.1 323 Assista AgoraO maior mérito desse filme é ter simplesmente a vida de uma personalidade histórica como Napoleão Bonaparte, uma das mais emblemáticas da humanidade, cheia de momentos marcantes, e conseguir entregar uma obra sem alma, fria e sem objetivo, chegando por vezes a ser... monótona. E olha que nem sou muito chegado a Era Napoleônica, nunca aprofundei os estudos sobre isso, mas é palpável como o filme patina em decidir um tom, uma abordagem, uma narrativa. Se a produção está nos trinques (forte concorrente aos Oscars de design de produção e figurino, que estão maravilhosos), o roteiro, a fotografia e a direção não conversam entre si de forma harmônica. De um lado, o roteiro quer trazer uma sátira sobre o sexo como uma forma velada de poder, tentando inserir um erotismo que Ridley Scott transforma em cinismo, piada ou ridículo. A fotografia, acinzentada e azulada, perde a chance de trazer com vivacidade o show de cores em tela e, apesar de talvez representar o momento sufocante vivido pela França, a própria França não é personagem aqui para que a influência de Napoleão sobre ela seja sentida. Na verdade, se a relação entre Napoleão e França mal é trabalhada e entre ele e Josefina é enviesada (quase como se o imperador fosse mais vítima dentro dos trâmites amorosos e conjugais), o próprio desenvolvimento do personagem título é quase inexistente, saindo de um ambicioso sem traquejo social e pensamento bélico estratégico para quase a mesma coisa. As relações políticas não são desenvolvidas, o aspecto do general gigante que foi se resume a algumas cenas de batalhas (que são facilmente a melhor parte do filme, mesmo com alguns problemas em algumas delas), o lado histórico é cheio de lacunas e erros grotescos (e olha que sequer prestei atenção nessa parte, mas a sequência do Egito foi vergonhosa, por exemplo) e as relações interpessoais são deixadas de lado, com óbvia exceção ao relacionamento com Josefina. No fim das contas, a gente vê um Ridley Scott perdido no que quer dizer e focado em satirizar franceses em algumas partes, e talvez uma tesourada do estúdio na duração do filme tão grotesca que tirou toda a coesão que o filme talvez tivesse - dúvida que só será sanada com a versão de 4 horas do diretor. Filme muito bonito, com grandes cenas de batalha como Scott sabe fazer, mas no qual falta praticamente todo o resto, principalmente uma montagem que ajude a história a andar.
13 Fantasmas
2.9 657 Assista AgoraEm relação ao original, investe mais na violência e nos fantasmas, o que é um bom sinal, mas de resto é uma edição picotada, uma direção afetada cheia de câmeras lentas desnecessárias e um roteiro que tenta ser grandioso demais, mas acaba sendo bem forçado. Pelo menos tem umas cenas violentas boas na pegada Premonição e o Matthew Lillard faz o tipo de maluco que a gente gosta de ver.
Vidas Sem Rumo
3.8 259Um elenco recheado de nomes em ascensão em boa forma, uma trilha sonora que traz uma música destruidora cantada por Stevie Wonder e um dos maiores diretores de todos os tempos na cadeira de direção, com direito a referências visuais a ...E o Tempo Levou. Apesar de ser um "filme menor" da carreira de Coppola e ter seus problemas, empolga, emociona e mostra as diferenças sociais e a falta de perspectiva dos jovens das gangues da década de 1950/60. Um filme gostoso de assistir.
Oppenheimer
4.0 1,1KUm primor da técnica, o auge de Nolan como realizador, sem nenhuma dúvida. O trabalho de som é magnífico, impecável, com uma trilha poderosa de Göransson, além de uma fotografia deslumbrante e uma direção certeira de Nolan. Cillian Murphy faz o papel de sua carreira e tem tudo para ganhar as principais premiações da temporada, assim como Robert Downer Jr. Porém, algo no enredo, especificamente no ato final, me incomodou. Gostei muito do desenvolvimento da trama com o inquérito e a história do Projeto Manhattan, a cena da explosão no Trinity é simplesmente o melhor momento do filme para mim fácil, e gostei da decisão de não mostrar a bomba e seus efeitos no Japão, mas a montagem no último ato, principalmente na concatenação entre o Strauss putaço e o Oppenheimer mártir da humanidade no inquérito, me deixou um tanto incomodado, talvez porque o tom que o filme vinha trazendo era distinto e nesse momento veio aquela necessidade nolanesca de deixar mais dramático o que já era suficientemente dramático - algo que foi reafirmado na última cena, que soou mais como um atestado de mea culpa um tanto fajuto. O discurso político existente no filme não surpreende nem a decisão de como mostrar o personagem, e gostei de não fazê-lo só um gênio incompreendido, mas alguém difícil de conviver. Porém, ironicamente, talvez faltou mais tempo de filme para que víssemos Oppenheimer além de um mulherengo egocêntrico e arrogante e o que aconteceu melhor entre o Trinity e o inquérito. Está longe de ser um filme ruim, e por pouco não é para mim um filme ótimo, mas esses pontos que saltaram à vista no último ato me fizeram gostar menos do que eu vinha gostando.
O Menu
3.6 1,0K Assista AgoraVejo aqui os mesmos problemas de abordagem que senti em Triângulo da Tristeza, uma crítica quase que covarde às pessoas ricas, numa trama que precisa introduzir alguém de fora que cai lá de paraquedas para termos por quem torcer - o que é totalmente desnecessário, pois o filme seria muito mais interessante se fosse somente sobre um bando de ricos e pessoas aficionadas pelo glamour e exclusividade que passam por uma... inesquecível experiência gastronômica, digamos assim. É um filme bem dirigido, afinal temos Mylod na cadeira de direção, e com um bom elenco, principalmente nos personagens de Nicholas Hoult e Ralph Fiennes. Sobre Anya Taylor-Joy, pareceu uma atuação protocolar, não houve muito destaque. A fotografia e direção de arte também, lindas. O problema maior foi o roteiro que se acovardou em muitos momentos e no terceiro ato ficou perdido, mas ainda é um filme que carrega uma tensão e um interesse até o fim, o que faz ser a experiência ainda valer a pena. Ah, e só eu notei que o filme tem um quê de Midsommar?
Jogos Mortais X
3.4 485 Assista AgoraTem gore bom, tem um retorno da pegada dos primeiros filmes, mas acho que perdi o interesse que tinha antes, ainda mais com um enredo tão furado e que tenta colocar o Kramer completamente como o mocinho da história. Tem boas armadilhas, mas as últimas são frustrantes, principalmente a do final. Fica na metade boa da franquia, provavelmente no mesmo nível do quarto filme.
Assassinos da Lua das Flores
4.1 613 Assista AgoraIndescritível a sensação de poder ver no cinema um lançamento de um dos maiores diretores vivos pela primeira vez. Assassinos da Lua das Flores é uma espécie de junção de um pouco de tudo que Scorsese fez em sua carreira: você vê um pouco de Goodfellas, Silêncio, O Irlandês, Alice Não Mora Mais Aqui, O Rei da Comédia, num verdadeiro passeio por gêneros em um filme que, durante suas quase 3 horas e meia, não cansa e sustenta um ritmo muito próprio, que concatena diálogos, violência crua e poesia visual com muita fluidez. É uma história forte, desagradável, que vai te minando à medida que a duração progride, fazendo o espectador se sentir como a protagonista Molly Burkhart, perfeitamente interpretada por Lily Gladstone (há momentos que ela me causou arrepios de tanta veracidade na dor demonstrada em tela). Contar com um parceiro de protagonismo como Leonardo DiCaprio só abrilhanta mais o conjunto, sem contar o coadjuvante-quase-protagonista Robert De Niro, que mostra porque ainda é um dos maiores atores vivos. É um prazer ver esses dois reunidos, ver Lily Gladstone tão bem, ver um elenco de apoio representativo, ver uma história que desvela injustiças e quebra mitos da história americana, e que sabe a posição em que se encontra a ponto de culminar numa excepcional cena metalinguística que deixa um nó na garganta. Não quero deixar de citar o último grande presente que Robbie Robertson deixou com essa incrível trilha sonora, e o quanto ela me surpreendeu, pois de início duvidei que funcionaria. Enfim, é mais um capítulo da história do cinema sendo escrito por um de seus maiores personagens.
O Mal Que Nos Habita
3.6 535 Assista AgoraJá havia assistido Aterrados do diretor, e apesar dos problemas, é admirável como ele tenta trazer originalidade na mitologia que cria em seu universo e no aspecto gráfico. Aqui ele acerta ainda mais, com uma história que não perde o ritmo e se mantém tensa do início ao fim, com muita violência, sangue e umas bagaceiras das boas, não tendo pudor em usar crianças nesses tipos de cena. Alguns pontos da história ficam mal explicados, o final acaba sendo corrido, mas o que vale é o quanto o filme consegue divertir/assustar os fãs de terror, e nisso ele é muito bem sucedido.
Dia dos Mortos
3.7 304 Assista AgoraDa trilogia clássica de George Romero, é o que mais demora a engatar, não chegando a ser algo maçante, mas muito centrado nas relações entre os majoritariamente detestáveis habitantes do bunker, com especial asco dos militares. Porém, o ato final é disparado o mais sanguinolento, um dos maiores shows que Savini realizou em sua carreira, com desmembramentos e gore da melhor qualidade, de encher os olhos. O plot relativo a Bub é muito bom e temos nele o zumbi mais memorável do cinema. Mais um grande filme do mestre dos zumbis.
As Marvels
2.7 405 Assista AgoraÉ um filme com problemas? Com certeza, como a grande maioria dos filmes da Marvel desde 2020 - e uma parte deles antes disso -, mas está longe de ser, como alguns sites e críticos dizem, o pior filme de herói ou coisa do tipo. Tem boas sequências de ação, tem momentos divertidos (especialmente a cena dos gatos), os efeitos em sua maioria estão muito bons (alguns deslizes notáveis, mas nada horrível com Thor 4 conseguiu fazer) e a dinâmica entre as protagonistas funciona (Carol Denvers se tornou mais leve e carismática aqui - e olha que eu não curtia nada a personagem no seu filme só -, Kamala é enjoadinha, mas num nível muito aceitável de adolescente sonhadora, e Mônica é uma personagem com várias camadas possíveis e atraentes, para as quais o filme simplesmente cagou). O problema maior é o roteiro e coisas que já vimos antes: vilã esquecível com motivações mal desenvolvidas, edição improdutiva, momentos de comédia que passam muito do ponto (o que falar da sequência naquele planeta oceânico...), trilha sonora genérica e estética padronizada que não dá ao filme cara própria. Além disso, o fato do UCM ter se expandido para as séries faz com que a necessidade de introduzir novos personagens nos filmes que já apareceram por lá "suma", mas para quem só vê os filmes (como é no meu caso), ainda que dê pra entender a posição de cada um naquele universo, a conexão emocional é nula, fazendo com que as urgências do filme não tenham qualquer impacto - se bem que isso não foi problema, porque o drama que quiseram introduzir foi extremamente mal realizado, sem peso algum. No fim, é mais um dos produtos da tal fórmula Marvel, com um primeiro ato atropelado e uma conclusão que força a barra para ter uma conexão gigante com o futuro do UCM, mas que ainda diverte se for assistir despretensiosamente. Como fui de graça e as sequências de ação foram legais, não foi grande perda. Mais um tapa buraco da Marvel só para não passar o semestre em branco.
A Menina que Matou os Pais: A Confissão
3.1 218 Assista AgoraO encerramento de uma trilogia que poderia ter sido realizada em um filme só. Se, por um lado, é um filme tematicamente mais interessante que os outros dois, já que a história vai além e mostra os efeitos do crime, a participação da mídia e a investigação policial (esta última a única parte que salva o filme), por outro, é talvez o que traz as piores escolhas técnicas e artísticas. A direção tenta trazer um ar sensorial a algumas cenas que soa mais brega e amador que funcional, a trilha sonora chega a ser uma piada de tão mal conectada à trama, além de que temos uma atmosfera que parece colocar os assassinos como vítimas, e tudo se torna muito romantizado, quase uma ovação à Suzane. Se os dois filmes anteriores foram dos protagonistas, esse felizmente teve uma participação maior de Allan Souza Lima, que atua muito bem, enquanto Bittencourt é fraquíssimo e Carla Diaz não parece saber diminuir o tom, mantendo e ampliando os trejeitos, gestos e expressões exageradas e caricatas que apareciam anteriormente de forma pontual. Infelizmente, esse filme é mais um estereótipo do "filme brasileiro que tenta ser americano".