Perda de tempo total. Qualquer ameaça de se tornar um filme decente e de engatar uma boa cena de terror é exterminada pelas próprias decisões narrativas e de direção. É um atropelo de coisa, nada é bem explicado, tudo é só jogado de forma expositiva e repetitiva, pois não há qualquer adição útil à mitologia da franquia. Na verdade, nem consegui manter a atenção no filme, porque é tudo incrivelmente maçante e chato, a ponto de a meia hora final, que supostamente seria a melhor do filme, ser justamente a mais insuportável. Menos de 90 minutos que pareceram muito mais, e no fim das contas já nem lembro direito do que tratava o filme - porque de origem não tem nada (e no fim isso é mais uma cagada de tradução brasileira, pois o certo seria "Linhagens de Sangue" - o que ainda assim foi muito mal feito).
Assisti depois de ver o live action e foi gratificante, pois o carisma que lá falta sobra aqui. Não considero uma das animações da prateleira de cima da Disney, mas é concisa, divertida, engraçada e com bastante vivacidade. Os visuais são fascinantes e os personagens são muito legais. A trilha sonora também funciona completamente aqui.
Totalmente frustrante. Nem parece um filme da mesma produtora que fez o live action de Aladdin. Quase tudo é de fraco para medíocre: CGI muito fraco, direção de arte péssima (Houve corte de gastos no mar? Cadê Atlantis? Cadê os cenários no oceano que mais parece uma piscina com fundo de pedra? Cadê a atmosfera tenebrosa do covil de Úrsula?), trilha sonora pouco expressiva (falando não das músicas cantadas - algumas são meio chatinhas, mas tem umas boas -, mas das instrumentais), direção totalmente no automático, que ou só imita o que a animação fez ou faz o básico, atuações medíocres e personagens sem carisma (Halle Bailey só se sai bem nas músicas e a exceção é Melissa McCarthy, que faz o que pode com o que tem, até Javier Bardem tá totalmente apagado), além de uma duração inflada com um roteiro que só perde tempo, sem adicionar absolutamente nada relevante em relação ao original e que justifique quase uma hora a mais de projeção. A vivacidade, o bom humor, a alegria, a tensão e as emoções que essa história poderia trazer não foram alcançadas aqui, e olha que assisti esse antes de ver a animação e foi ainda mais duro constatar o quanto esse live action foi algo totalmente sem alma. O melhor adjetivo que eu usaria para definir esse remake é medíocre, porque infelizmente não souberam aproveitar nenhum potencial que tudo relativo à história poderia atingir.
É cheio de analogias impressionantes, uma abordagem intrigante da culpa, do crescimento sob a sombra de uma mãe narcisista e de um pai ausente, da solidão e incompletude provenientes disso, e tem umas cenas super malucas que ora deixam a parada mais legal, ora deixam pra lá de nada a ver. Ari Aster dirige muito bem e brinca com linguagens, mostrando tudo que pode fazer além do terror, mas sem largar o desconforto, que pelo visto é sua marca registrada. Porém, é um filme longo demais, inchado demais e pretensioso demais, que muitas vezes parece se perder em suas próprias divagações e esquece do público. Ainda vejo como um saldo mais positivo que negativo, principalmente pelas qualidades técnicas, pelas ótimas atuações (especialmente de Phoenix, a quem elogiar é chover no molhado), pelo primeiro ato maluco e pelos temas pesados trazidos à tona (Aster, sua terapia tá em dia?), mas toda a hipérbole da coisa deixa o filme muito menos memorável do que ele realmente poderia ser
Um filme charmoso e intrigante, que conta com um elenco estrelado e um trio de protagonistas inspirado, especialmente Al Pacino, que domina o filme sem esforço, e Charlize Theron, que rouba a cena sempre que surge. É um filme que exala sensualidade, tensão e depravação durante sua projeção. Um pouco mais longo do que deveria, talvez, mas a trama é bem montada, apesar de algumas barrigas aqui e ali, e, mesmo um tanto datado, ainda impressiona.
Um bom entretenimento. Divertido, engraçado, mas acaba vindo num esteira de filmes de temática e abordagem semelhante que acaba minando um pouco do impacto pela originalidade menor. Isso não diminui o filme em si, mas afeta um pouco na impressão que se tem dele. Ainda tem algumas barrigas, como na sequência da cabana, que acabam deixando o filme um pouco cansativo nessa parte, mas o protagonismo de Shipka é bom e o filme sabe manter o interesse até o final.
É um filme de altos e baixos. Começa lá em cima, depois fica morno para apresentar os personagens e seus dramas (com direito a mãe linha dura um tanto caricata), depois o negócio pega fogo cabaré e vai expandindo a história, mas no terceiro ato parece que a coisa muda de foco e esquece o caminho que parecia vir seguindo antes. As analogias com as drogas foram bem pertinentes, e há muitas cenas aqui bem realizadas e marcantes. A dupla de diretores têm boas sacadas nos momentos mais centrais, mas o roteiro acaba se dessncontrando até o final. Não sei o que esperar de uma sequência, mas verei. Apesar de não achar que seja tão bom quanto o hype, é divertido e a curta duração é um grande acerto
Um filme de pura classe e ironia, apontando os dedos para as feridas abertas do que está por trás do sucesso, da ascensão, dos interesses, das relações e das ambições do mundo artístico do teatro - e, por extensão, do cinema. Além da trama muito bem amarrada e guiada por visões da personagem-título de acordo com os outros personagens da história, traz excelente discussões sobre a posição da mulher tanto no teatro quando na sociedade. O elenco eleva o nível de tudo, com especial ênfase à grandiosa Bette Davis como a gigantesca e inesquecível Margo Channing. Um deleite. A cena final é uma pérola.
Tem uma estética legal, uma trilha sonora foda, personagens cativantes, uma trama que deixa interessado e um bom ritmo, mas não dá pra saber a que ponto quer chegar. Ainda assim, acho o melhor das Amirpour.
Bette Davis e William Wyler é uma parceria gigante. Com um início mais lento e com clima ameno, a trama de The Little Foxes vai crescendo em meio às trapaças, planos imorais e relações quebradas entre os personagens, que se dividem entre gananciosos e detestáveis, e bondosos mas apáticos. Um conto e tanto sobre a decadência da aristocracia escravista e ascensão dos capitalistas industriais. Toda a sequência da última conversa entre Horace e Regina é fantástica. Direção e atuações incríveis. Tudo fascinante.
É uma premissa e tanto, realmente, mas a execução é extremamente maçante. Com exceção da sequência inicial e do ato final, o filme é um sonífero puro, com personagens sem carisma e uma trama investigativa que não instiga. Só no fim e nas cenas em Isu as coisas melhoram e ficam mais esclarecidas, e dão aquela tensão esperada desde o início.
Não esperava ser tão divertido. Boas sequências de ação, personagens carismáticos, um roteiro bem RPG, efeitos e construção de universo bem realizados, além de não se levar tão a sério e saber construir bem a comédia. A referência a Caverna do Dragão desagradou a muitos, mas o desenho só fez grande sucesso no Brasil, então foi algo mais para uma fan base bem pequena dos Estados Unidos. Um dos bons blockbusters do ano.
Gosto de filmes que trabalham com camadas diferentes de interpretação e trazem uma explicação psicológica que embasa tudo, mas o problema aqui foi a concatenação dessas ideias. Brian Duffield dirige muito bem e consegue fazer muito com pouquíssimas palavras, o que é mérito ainda maior da ótima atuação de Kaitlyn Dever. A direção de arte e a fotografia ajudam a construir as atmosferas certas de cada ambiente, tanto no clima de cidadezinha, quanto na atmosfera de tensão e nos cenários relativos aos extraterrestres, algo que é bastante elevado pela trilha sonora eficaz. O filme usa alguns clichês do gênero, como a aparência dos invasores, mas até nisso traz novos aspectos, e abusa de facilitações de roteiro, principalmente nos confrontos entre a protagonista e os ETs, que sempre ficam muito burros no meio da caçada - algo que não é novidade alguma no gênero, mas ainda incomoda um pouco. Apesar de tudo, isso tudo não chega a ser problema, mas a forma como o elemento supostamente central (o trauma do passado da protagonista que provoca seu isolamento em relação à cidade e o desprezo por parte destes) fica escanteado por quase todo o segundo ato para resolver o filme nas cenas finais é um pouco incômodo. Gosto das ideias ali, mas poderiam ter sido melhor desenvolvidas, mais aprofundadas e mais estabelecidas no decorrer da narrativa;
Sobre a polêmica cena final, vejo a presença das neon flares (que só aparecem quando rolam aquelas luzes fortes de abdução ou durante a ilusão criada pelos extraterrestres em que Maude está viva) como um importante indicador de que Brynn não vive no mundo invadido - ao menos não daquela forma. Afinal, não teria sentido toda a dinâmica ser modificada para se encaixar no mundo imaginário em miniatura criado pela mesma. Aquela seria a sua verdadeira ilusão de felicidade: não era sobre ter a amiga viva, como inicialmente os ETs concluíram, mas sobre se alienar da morte que causou para viver presa em um mundo distante e nostálgico criado por ela (mundo que curiosamente ela nunca viveu, pois se o filme ocorre nos tempos atuais, ao menos na década de 2010, o evento da infância ocorreu no máximo na década de 90). É um mundo sem a mãe e a Maude, que são presenças que a lembrarão constantemente da culpa, da perda e da dor, sem os pais da amiga e sem as pessoas da vizinhança que a abominam, somente transeuntes desconhecidos que podem assumir o papel de personagens de um modo de vida americano da década de 50, onde todos são amigos, a vizinhança é perfeita, o mundo é uma festa e todos vivem em harmonia. No fim das contas, apesar de confrontar seus traumas, sua culpa, ameaças desconhecidas e a si mesma, Brynn não se libertou, mas se alienou ainda mais. E sabe-se lá se ela é só mais um corpo controlado na Terra invadida ou se está sofrendo um monte de torturas nas mãos dos ETs, depois de ter matado vários deles.
Longo demais, com um humor um tanto fora do tom em alguns momentos e coisas meio caricatas em outros, com direito a uns momentos bem Pequenos Espiões, principalmente no final. É bom ver o protagonismo latino e temas como a Escola das Américas e os danos do imperialismo americano e da xenofobia contra os mexicanos serem abordados (ou pinceladas). O que mais me alegrou foi com certeza a trilha sonora. Be My Baby e Kickstart My Heart foram bons momentos, mas foi indiscritível a alegria nas cenas em que tocou Demolición de Los Saicos e Sabor a Mi de Los Panchos. Além disso, as referências à cultura pop mexicana, como Maria do Bairro e Chapolin Colorado (incrível o quanto nós brasileiros ficamos por dentro disso graças ao SBT), foram muito divertidas. Com mais dedicação, poderia ter sido muito melhor.
Tinha até potencial de ser um filme de home invasion sangrento e violento de verdade, mas a produção é fraca e a direção preguiçosa. Tem alguns bons momentos, mas no geral é um filme com um roteiro bem qualquer coisa, motivações mal feitas para os invasores e um epílogo que pouco adiciona.
Parece brincadeira constatar que esse filme levou o Oscar de Melhor Filme. Morgan Freeman e Jessica Tandy atuam bem e isso é o que salva o filme de ser um fracasso total, mas não vi essa amizade ovacionada construída no filme, mas uma relação de empregadora e empregado que perdurou até o terceiro ato, com vários momentos relembrando disso. A velha história de defesa da democracia racial em que tenta colocar o branco como vítima também, mas aqui faltaram até elementos para que se tornasse possível simpatizar com a insuportável Daisy. No fim, é um filme de 100 minutos que parece ter 300 de tão maçante e superficial.
Mesmo com os exageros, é um filme que acerta em cheio na concisão, na tensão, no senso de periculosidade do tubarão (que é completamente maluco) e nas ótimas locações, além de ter em Blake Lively uma protagonista a quem se torna fácil se afeiçoar. A gaivota é simplesmente a melhor personagem do filme.
O problema do filme foi ser excessivamente longo e forçar tantos flashbacks desnecessários. A primeira metade é extremamente cansativa por causa disso, e só depois é que a coisa fica movimentada e violenta. A produção não faz feio e tem muitos momentos frenéticos. Uma pena que o ritmo seja tão enrolado por causa do vício da narrativa em ficar voltando no tempo.
Exatamente o que se espera de um filme infantil do Robert Rodriguez: efeitos terrivelmente datados, visual brega, trama bobalhona, vilão mané e mensagem familiar batida. Ainda é divertidinho, pelo menos as crianças que estavam vendo comigo curtiram até o irônico momento em que começaram a jogar no celular.
Incrível como um filme de menos de 90 minutos me fez pegar no sono lá pro final. Maçante, fraco e desinteressante, com exceção das cenas com o pequeno Reilly Murphy, que foi de longe o que entregou a melhor atuação do filme. A cena no banheiro é uma referência a A Hora do Pesadelo que poderia ter sido melhor aproveitada. Os efeitos também não ajudaram. Enfim, um remake desnecessário - que veio com uma tradução nacional nada a ver como se fosse uma sequência do filme de 1978.
Um remake que se destaca pelas diferenças que tem em relação ao original, respeitando seu predecessor e trazendo elementos muito próprios. Enquanto no filme de Siegel as atuações e o processo de declínio da sanidade do protagonista são o que tornam o filme especialmente marcante, a versão de Kaufman investe numa atmosfera mais sombria durante toda a projeção, com uma direção e trilha sonora que levam a tensão ao ápice, além de ter grandes efeitos especiais e uma presença de body horror muito bem feita (a cena do cachorro é bizarra). Tem umas cenas meio soltas e em alguns momentos tudo acontece muito rápido, mas o resultado é muito gratificante, especialmente a cena final.
Esperava uma comédia besteirol e saí muito pensativo. Uma comédia dramática muito bem construída, que parte de uma premissa incomum para abordar problemas emocionais, negligência familiar, fobia social, traumas, autotransformação e responsabilidade comunitária, com um discurso psicológico muito maduro e levado a sério. Ryan Gosling está muito bem em seu papel, sabendo ser ao mesmo tempo estranho e adorável. É um filme divertido, mas principalmente sensível.
O comecinho é enjoado, mas a partir do momento que os garotos mudam de casa, o filme vai ficando com uma atmosfera bem tensa e misteriosa, que vai crescendo, crescendo, com cenas bem realizadas, até que... tudo desanda no fim. O final quebra totalmente com o clima construído durante todo o filme, algumas motivações ficam sem explicação, fica algo meio pastelão e ainda tem a adição de uma cena das amigas totalmente desnecessária. Uma pena, pensei que ia entregar um bom desfecho. Leelee Sobieski sempre maravilhosa.
13 Fantasmas
3.1 46 Assista AgoraBoa história, tem um clima de terror família legal, mas faltou justamente o principal: os fantasmas.
Cemitério Maldito: A Origem
1.9 129 Assista AgoraPerda de tempo total. Qualquer ameaça de se tornar um filme decente e de engatar uma boa cena de terror é exterminada pelas próprias decisões narrativas e de direção. É um atropelo de coisa, nada é bem explicado, tudo é só jogado de forma expositiva e repetitiva, pois não há qualquer adição útil à mitologia da franquia. Na verdade, nem consegui manter a atenção no filme, porque é tudo incrivelmente maçante e chato, a ponto de a meia hora final, que supostamente seria a melhor do filme, ser justamente a mais insuportável. Menos de 90 minutos que pareceram muito mais, e no fim das contas já nem lembro direito do que tratava o filme - porque de origem não tem nada (e no fim isso é mais uma cagada de tradução brasileira, pois o certo seria "Linhagens de Sangue" - o que ainda assim foi muito mal feito).
A Pequena Sereia
3.7 577 Assista AgoraAssisti depois de ver o live action e foi gratificante, pois o carisma que lá falta sobra aqui. Não considero uma das animações da prateleira de cima da Disney, mas é concisa, divertida, engraçada e com bastante vivacidade. Os visuais são fascinantes e os personagens são muito legais. A trilha sonora também funciona completamente aqui.
A Pequena Sereia
3.3 527 Assista AgoraTotalmente frustrante. Nem parece um filme da mesma produtora que fez o live action de Aladdin. Quase tudo é de fraco para medíocre: CGI muito fraco, direção de arte péssima (Houve corte de gastos no mar? Cadê Atlantis? Cadê os cenários no oceano que mais parece uma piscina com fundo de pedra? Cadê a atmosfera tenebrosa do covil de Úrsula?), trilha sonora pouco expressiva (falando não das músicas cantadas - algumas são meio chatinhas, mas tem umas boas -, mas das instrumentais), direção totalmente no automático, que ou só imita o que a animação fez ou faz o básico, atuações medíocres e personagens sem carisma (Halle Bailey só se sai bem nas músicas e a exceção é Melissa McCarthy, que faz o que pode com o que tem, até Javier Bardem tá totalmente apagado), além de uma duração inflada com um roteiro que só perde tempo, sem adicionar absolutamente nada relevante em relação ao original e que justifique quase uma hora a mais de projeção. A vivacidade, o bom humor, a alegria, a tensão e as emoções que essa história poderia trazer não foram alcançadas aqui, e olha que assisti esse antes de ver a animação e foi ainda mais duro constatar o quanto esse live action foi algo totalmente sem alma. O melhor adjetivo que eu usaria para definir esse remake é medíocre, porque infelizmente não souberam aproveitar nenhum potencial que tudo relativo à história poderia atingir.
Beau Tem Medo
3.2 411 Assista AgoraÉ cheio de analogias impressionantes, uma abordagem intrigante da culpa, do crescimento sob a sombra de uma mãe narcisista e de um pai ausente, da solidão e incompletude provenientes disso, e tem umas cenas super malucas que ora deixam a parada mais legal, ora deixam pra lá de nada a ver. Ari Aster dirige muito bem e brinca com linguagens, mostrando tudo que pode fazer além do terror, mas sem largar o desconforto, que pelo visto é sua marca registrada. Porém, é um filme longo demais, inchado demais e pretensioso demais, que muitas vezes parece se perder em suas próprias divagações e esquece do público. Ainda vejo como um saldo mais positivo que negativo, principalmente pelas qualidades técnicas, pelas ótimas atuações (especialmente de Phoenix, a quem elogiar é chover no molhado), pelo primeiro ato maluco e pelos temas pesados trazidos à tona (Aster, sua terapia tá em dia?), mas toda a hipérbole da coisa deixa o filme muito menos memorável do que ele realmente poderia ser
Advogado do Diabo
4.0 1,4K Assista AgoraUm filme charmoso e intrigante, que conta com um elenco estrelado e um trio de protagonistas inspirado, especialmente Al Pacino, que domina o filme sem esforço, e Charlize Theron, que rouba a cena sempre que surge. É um filme que exala sensualidade, tensão e depravação durante sua projeção. Um pouco mais longo do que deveria, talvez, mas a trama é bem montada, apesar de algumas barrigas aqui e ali, e, mesmo um tanto datado, ainda impressiona.
Dezesseis Facadas
3.3 396Um bom entretenimento. Divertido, engraçado, mas acaba vindo num esteira de filmes de temática e abordagem semelhante que acaba minando um pouco do impacto pela originalidade menor. Isso não diminui o filme em si, mas afeta um pouco na impressão que se tem dele. Ainda tem algumas barrigas, como na sequência da cabana, que acabam deixando o filme um pouco cansativo nessa parte, mas o protagonismo de Shipka é bom e o filme sabe manter o interesse até o final.
Fale Comigo
3.6 967 Assista AgoraÉ um filme de altos e baixos. Começa lá em cima, depois fica morno para apresentar os personagens e seus dramas (com direito a mãe linha dura um tanto caricata), depois o negócio pega fogo cabaré e vai expandindo a história, mas no terceiro ato parece que a coisa muda de foco e esquece o caminho que parecia vir seguindo antes. As analogias com as drogas foram bem pertinentes, e há muitas cenas aqui bem realizadas e marcantes. A dupla de diretores têm boas sacadas nos momentos mais centrais, mas o roteiro acaba se dessncontrando até o final. Não sei o que esperar de uma sequência, mas verei. Apesar de não achar que seja tão bom quanto o hype, é divertido e a curta duração é um grande acerto
A Malvada
4.4 660 Assista AgoraUm filme de pura classe e ironia, apontando os dedos para as feridas abertas do que está por trás do sucesso, da ascensão, dos interesses, das relações e das ambições do mundo artístico do teatro - e, por extensão, do cinema. Além da trama muito bem amarrada e guiada por visões da personagem-título de acordo com os outros personagens da história, traz excelente discussões sobre a posição da mulher tanto no teatro quando na sociedade. O elenco eleva o nível de tudo, com especial ênfase à grandiosa Bette Davis como a gigantesca e inesquecível Margo Channing. Um deleite. A cena final é uma pérola.
Mona Lisa e a Lua de Sangue
3.0 29Tem uma estética legal, uma trilha sonora foda, personagens cativantes, uma trama que deixa interessado e um bom ritmo, mas não dá pra saber a que ponto quer chegar. Ainda assim, acho o melhor das Amirpour.
Pérfida
4.2 79Bette Davis e William Wyler é uma parceria gigante. Com um início mais lento e com clima ameno, a trama de The Little Foxes vai crescendo em meio às trapaças, planos imorais e relações quebradas entre os personagens, que se dividem entre gananciosos e detestáveis, e bondosos mas apáticos. Um conto e tanto sobre a decadência da aristocracia escravista e ascensão dos capitalistas industriais. Toda a sequência da última conversa entre Horace e Regina é fantástica. Direção e atuações incríveis. Tudo fascinante.
O Chamado
3.3 335 Assista AgoraÉ uma premissa e tanto, realmente, mas a execução é extremamente maçante. Com exceção da sequência inicial e do ato final, o filme é um sonífero puro, com personagens sem carisma e uma trama investigativa que não instiga. Só no fim e nas cenas em Isu as coisas melhoram e ficam mais esclarecidas, e dão aquela tensão esperada desde o início.
Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes
3.6 509 Assista AgoraNão esperava ser tão divertido. Boas sequências de ação, personagens carismáticos, um roteiro bem RPG, efeitos e construção de universo bem realizados, além de não se levar tão a sério e saber construir bem a comédia. A referência a Caverna do Dragão desagradou a muitos, mas o desenho só fez grande sucesso no Brasil, então foi algo mais para uma fan base bem pequena dos Estados Unidos. Um dos bons blockbusters do ano.
Ninguém Vai Te Salvar
3.2 561 Assista AgoraGosto de filmes que trabalham com camadas diferentes de interpretação e trazem uma explicação psicológica que embasa tudo, mas o problema aqui foi a concatenação dessas ideias. Brian Duffield dirige muito bem e consegue fazer muito com pouquíssimas palavras, o que é mérito ainda maior da ótima atuação de Kaitlyn Dever. A direção de arte e a fotografia ajudam a construir as atmosferas certas de cada ambiente, tanto no clima de cidadezinha, quanto na atmosfera de tensão e nos cenários relativos aos extraterrestres, algo que é bastante elevado pela trilha sonora eficaz. O filme usa alguns clichês do gênero, como a aparência dos invasores, mas até nisso traz novos aspectos, e abusa de facilitações de roteiro, principalmente nos confrontos entre a protagonista e os ETs, que sempre ficam muito burros no meio da caçada - algo que não é novidade alguma no gênero, mas ainda incomoda um pouco. Apesar de tudo, isso tudo não chega a ser problema, mas a forma como o elemento supostamente central (o trauma do passado da protagonista que provoca seu isolamento em relação à cidade e o desprezo por parte destes) fica escanteado por quase todo o segundo ato para resolver o filme nas cenas finais é um pouco incômodo. Gosto das ideias ali, mas poderiam ter sido melhor desenvolvidas, mais aprofundadas e mais estabelecidas no decorrer da narrativa;
Sobre a polêmica cena final, vejo a presença das neon flares (que só aparecem quando rolam aquelas luzes fortes de abdução ou durante a ilusão criada pelos extraterrestres em que Maude está viva) como um importante indicador de que Brynn não vive no mundo invadido - ao menos não daquela forma. Afinal, não teria sentido toda a dinâmica ser modificada para se encaixar no mundo imaginário em miniatura criado pela mesma. Aquela seria a sua verdadeira ilusão de felicidade: não era sobre ter a amiga viva, como inicialmente os ETs concluíram, mas sobre se alienar da morte que causou para viver presa em um mundo distante e nostálgico criado por ela (mundo que curiosamente ela nunca viveu, pois se o filme ocorre nos tempos atuais, ao menos na década de 2010, o evento da infância ocorreu no máximo na década de 90). É um mundo sem a mãe e a Maude, que são presenças que a lembrarão constantemente da culpa, da perda e da dor, sem os pais da amiga e sem as pessoas da vizinhança que a abominam, somente transeuntes desconhecidos que podem assumir o papel de personagens de um modo de vida americano da década de 50, onde todos são amigos, a vizinhança é perfeita, o mundo é uma festa e todos vivem em harmonia. No fim das contas, apesar de confrontar seus traumas, sua culpa, ameaças desconhecidas e a si mesma, Brynn não se libertou, mas se alienou ainda mais. E sabe-se lá se ela é só mais um corpo controlado na Terra invadida ou se está sofrendo um monte de torturas nas mãos dos ETs, depois de ter matado vários deles.
Besouro Azul
3.2 560 Assista AgoraLongo demais, com um humor um tanto fora do tom em alguns momentos e coisas meio caricatas em outros, com direito a uns momentos bem Pequenos Espiões, principalmente no final. É bom ver o protagonismo latino e temas como a Escola das Américas e os danos do imperialismo americano e da xenofobia contra os mexicanos serem abordados (ou pinceladas). O que mais me alegrou foi com certeza a trilha sonora. Be My Baby e Kickstart My Heart foram bons momentos, mas foi indiscritível a alegria nas cenas em que tocou Demolición de Los Saicos e Sabor a Mi de Los Panchos. Além disso, as referências à cultura pop mexicana, como Maria do Bairro e Chapolin Colorado (incrível o quanto nós brasileiros ficamos por dentro disso graças ao SBT), foram muito divertidas. Com mais dedicação, poderia ter sido muito melhor.
Noite Sangrenta
2.5 31 Assista AgoraTinha até potencial de ser um filme de home invasion sangrento e violento de verdade, mas a produção é fraca e a direção preguiçosa. Tem alguns bons momentos, mas no geral é um filme com um roteiro bem qualquer coisa, motivações mal feitas para os invasores e um epílogo que pouco adiciona.
Conduzindo Miss Daisy
3.9 415 Assista AgoraParece brincadeira constatar que esse filme levou o Oscar de Melhor Filme. Morgan Freeman e Jessica Tandy atuam bem e isso é o que salva o filme de ser um fracasso total, mas não vi essa amizade ovacionada construída no filme, mas uma relação de empregadora e empregado que perdurou até o terceiro ato, com vários momentos relembrando disso. A velha história de defesa da democracia racial em que tenta colocar o branco como vítima também, mas aqui faltaram até elementos para que se tornasse possível simpatizar com a insuportável Daisy. No fim, é um filme de 100 minutos que parece ter 300 de tão maçante e superficial.
Águas Rasas
3.4 1,3K Assista AgoraMesmo com os exageros, é um filme que acerta em cheio na concisão, na tensão, no senso de periculosidade do tubarão (que é completamente maluco) e nas ótimas locações, além de ter em Blake Lively uma protagonista a quem se torna fácil se afeiçoar. A gaivota é simplesmente a melhor personagem do filme.
Céu Vermelho-Sangue
3.0 483 Assista AgoraO problema do filme foi ser excessivamente longo e forçar tantos flashbacks desnecessários. A primeira metade é extremamente cansativa por causa disso, e só depois é que a coisa fica movimentada e violenta. A produção não faz feio e tem muitos momentos frenéticos. Uma pena que o ritmo seja tão enrolado por causa do vício da narrativa em ficar voltando no tempo.
Pequenos Espiões: Apocalipse
2.2 11 Assista AgoraExatamente o que se espera de um filme infantil do Robert Rodriguez: efeitos terrivelmente datados, visual brega, trama bobalhona, vilão mané e mensagem familiar batida. Ainda é divertidinho, pelo menos as crianças que estavam vendo comigo curtiram até o irônico momento em que começaram a jogar no celular.
Os Invasores de Corpos: A Invasão Continua
3.0 83 Assista AgoraIncrível como um filme de menos de 90 minutos me fez pegar no sono lá pro final. Maçante, fraco e desinteressante, com exceção das cenas com o pequeno Reilly Murphy, que foi de longe o que entregou a melhor atuação do filme. A cena no banheiro é uma referência a A Hora do Pesadelo que poderia ter sido melhor aproveitada. Os efeitos também não ajudaram. Enfim, um remake desnecessário - que veio com uma tradução nacional nada a ver como se fosse uma sequência do filme de 1978.
Os Invasores de Corpos
3.7 192 Assista AgoraUm remake que se destaca pelas diferenças que tem em relação ao original, respeitando seu predecessor e trazendo elementos muito próprios. Enquanto no filme de Siegel as atuações e o processo de declínio da sanidade do protagonista são o que tornam o filme especialmente marcante, a versão de Kaufman investe numa atmosfera mais sombria durante toda a projeção, com uma direção e trilha sonora que levam a tensão ao ápice, além de ter grandes efeitos especiais e uma presença de body horror muito bem feita (a cena do cachorro é bizarra). Tem umas cenas meio soltas e em alguns momentos tudo acontece muito rápido, mas o resultado é muito gratificante, especialmente a cena final.
A Garota Ideal
3.8 1,2K Assista AgoraEsperava uma comédia besteirol e saí muito pensativo. Uma comédia dramática muito bem construída, que parte de uma premissa incomum para abordar problemas emocionais, negligência familiar, fobia social, traumas, autotransformação e responsabilidade comunitária, com um discurso psicológico muito maduro e levado a sério. Ryan Gosling está muito bem em seu papel, sabendo ser ao mesmo tempo estranho e adorável. É um filme divertido, mas principalmente sensível.
A Casa de Vidro
2.9 566 Assista AgoraO comecinho é enjoado, mas a partir do momento que os garotos mudam de casa, o filme vai ficando com uma atmosfera bem tensa e misteriosa, que vai crescendo, crescendo, com cenas bem realizadas, até que... tudo desanda no fim. O final quebra totalmente com o clima construído durante todo o filme, algumas motivações ficam sem explicação, fica algo meio pastelão e ainda tem a adição de uma cena das amigas totalmente desnecessária. Uma pena, pensei que ia entregar um bom desfecho. Leelee Sobieski sempre maravilhosa.