Primeiro filme de Francis Ford Coppola, que já demonstrava o talento que se confirmaria em sua carreira.
O filme tem uma narrativa que parece um pesadelo, começando pela morte de um personagem logo na cena inicial até os ataques do serial killer. A ambientação em um castelo na Irlanda dá o tom sombrio necessário à narrativa.
A identidade do assassino é óbvia, mas isso não intefere na narrativa, que resulta coesa e envolvente.
A morte de Louise, a nora com planos de ganhar a confiança (e a fortuna) da matriarca da família, mas é interrompida assassinada pelo perturbado filho mais novo, é antecedida por cenas subaquáticas muito bem filmadas.
Uma cópia genérica, mais pobre e sem o encanto do cult "O monstro da lagoa negra" (1954).
O andamento é bem arrastado, com várias cenas e dialógos desnecessários feitos para prolongar a duração, já que a criatura aparece apenas nos 10 minutos finais e tem uma aparência simplória e tosca para os nossos olhos acostumaos a efeitos digitais, mas mesmo para os anos 50, denuncia o baixo orçamento da produção.
O monstro começa a matar várias pessoas na cidade e arrancar suas cabeças, nem uma criança é poupada e aparece morta e no final
.é encurralado no farol, depois de jogar o pai da mocinha que era o faroleiro lá de cima da torre do farol, seu namorado acerta uma pancada com um rifle (!) e também derruba a criatutra que morre. O filme termina com o casal protagonista se beijando, num cena clichê, e a mocinha já parece ter esquecido do pai que foi jogado do farol minutos atrás...
Certamente um dos maiores exemplares de film noir, com todos os elementos que o gênero consagrou.
SPOILERS:
O filme começa com a ausência de sua personagem título, que nos é apresentada através de uma pintura, quase como uma divindade. Os personagens que transitam em torno de Laura, tem todos eles uma espécide de obsessão por ela, assim percebe o detetive McPherson (Dana Andrews) que investiga seu assassinato, ao mesmo tempo que ele próprio passa a desenvolver uma fixação pela misteriosa e bela mulher.
O plot twist no meio da narrativa, nos desvenda que Laura (Gene Tierney, absolutamente deslumbrante) não estava morta, no seu lugar foi assassinada uma mulher que Shelby (Vincent Price) seu noivo oportunista e mulherengo, leva para seu apartamento quando ela resolve passar o fim de semana em uma casa de campo.
A entrada de Laura em cena tem nuances de sonho, já que McPherson estava adormecido numa poltrona em seu apartamento quando ela retorna e num primeiro momento, não temos certeza se aquilo não seria um devaneio do detetive já que estava completamente apaixonado pela mulher que julgava morta.
O colunista Waldo Lydecker (Clifton Webb,com interpretação sutilmente debochada, foi indicado ao Oscar) amante e responsável pelo refinamento a que Laura é submetida, de simples funcionária de uma agência de publicidade à sofisticada mulher de negócios, narra acontecimentos da vida de Laura para o detetive, que antecedem o seu retorno do mundo dos mortos.
Laura é uma mulher à frente do seu tempo, corajosa e independente e Gene Tierney a interpreta de forma soberba, seduzindo os personagens e o público. Dana Andrews dá ao seu detetive a dose certa de esperteza e antipatia, embora sua paixão por Laura soe um tanto forçada, assim como a rapidez com que ela retribui o interesse.
Não há muitos suspeitos, portanto a revelação do assassino não é assim inesperada, mas o que importa é a forma como a narrativa se desenvolve e nos envole, em uma belíssima fotografia em preto e branco, merecidamente premiada com o Oscar, os acontecimentos se equilibram brilhantemente entre o suspense, o drama e o romance, aliada a trilha sonora hipnótica.
Sem dúvida um clássico atemporal que até hoje cativa.
A cena incial me lembrou a obra "Noite na taverna" de Alvares de Azevedo, quando amigos se reúnem em uma taverna para contar casos sobrenaturais e misteriosos.
SPOILERS:
Alan Foster (Georges Rivière) entra em um pub londrino, e encontra um homem contando um caso sobrenatural, é ninguém menos que Edgar Allan Poe. Alan, um jornalista, pretende entrevistar o escritor, mas é desafiado pelo outro homem da mesa, Lord Thomas, a passar uma noite no castelo de sua família, todos que haviam tentado, não conseguiram e terminaram mortos.
Chegando lá encontra a bela Elizabeth (Barbara Steele, que com sua beleza enigmática e grandes olhos negros, nasceu para ser musa do cinema gótico), assim como outra bela mulher Julia (Margarete Robsahm). Alan acaba se apaixoando por Elizabeth e aparentemente é correspondido, mas lá também encontra o misterioso Dr, Camus (Arturo Dominici), que lhe conta os segredos do castelo.
Em flashbacks vemos os acontecimentos que ocorreram na fabulosa residência, e a esta altura é fácil prever que todos ali, com exceção de Alan, estavam mortos. Não entendi exatamente como Elizabeth morreu, pois a vemos sendo esfaqueada pelo jardineiro, seu amante no passado, no momento que está com Alan mas no flashback ela é atacada pelo amante sendo salva por Julia que mata o agressor, porém Elizabeth, mal agradecida, assassina sua salvadora, aparentemente não correspondendo aos avanços apaixonados de Julia. Não vemos Elizabeth morrendo. Fica o mistério.
Ao final, Alan é atacado por todos os fantasmas da casa, que querem seu sangue para reviver, pelo menos na chamada "noite dos mortos" e é ajudado por Elizabeth, a quem ele arrasta para fora do castelo, até perceber que ela estava realmente morta pois a bela vira um esqueleto diante de seus olhos, mas quando já quase no portão da propriedade, supostamente salvo, uma lança do portão atinge seu pescoço e ele morre, se tornando mais uma vitima do castelo.
Termina com a voz de Elizabeth perguntando se Alan vai ficar com ela e ele responde "sim". Só vai ter que aguentar a ciumenta Julia por toda a eternidade.
Uma narrativa envolvente, que encanta com sua atmosfera sinistra, bela fotografia em preto e branco em ambientação macabra e perfeita, que dá o tom sombrio ao enredo, além das boas atuações de todo o elenco. Realmente a produção é um dos expoentes do cinema gótico italiano.
Como curiosidade, o filme tem muito a morbidez da obra de Poe, e nos créditos iniciais até vemos que foi inspirado no conto "Dança Macabra" do escritor americano, tendo até o escritor entre seus personagens, mas dizem que tal conto não existe. Eu pesquisei e realmente não achei tal narrativa. Alguns afirmarm que para serem levados a sério, roteiristas italianos lançavam mão de pseudônimos em inglês, assim como vários atores. Neste caso, a história e o roteiro foi criado pelo diretor Antonio Margheriti com a colaboração de Sergio Corbucci (criador do personagem Django, aqui não creditado) e Gianni Grimaldi, todos usando pseudônimos e visando o mercado internacional.
Uma trama com nuances de "Psicose" (1960), que apesar dos desdobramentos um tanto novelescos, envolve e prende a atenção até o seu final. Terror psicológico com atmosfera mórbida.
Em um belo preto e branco, com elegante design de produção e ambientado numa mansão, tem elementos do gótico e do giallo, na época em que este estilo de suspense ainda iniciava, consagrado depois como quase um gênero dentro do cinema da Itália.
SPOILERS:
Franco Nero (aqui creditado como Frank Nero), em atuação meio canastrona, belíssimo no auge de seus 24 anos, vive o conde Mino Alberti, é noivo de Laura (Erika Blanc, creditada como Diana Sullivan, lindíssima), mas a moça é morta pela invejosa e ciumenta empregada da casa Marta (Gioia Pascal), que corta um cabo do carro da moça e provoca um acidente testemunhado por Mino, fazendo com que ele entre numa espiral de violência assassinando mulheres, enquanto preserva o corpo da amada morta em seu quarto. Para complicar a sanidade do jovem, Marta também assassina a mãe de Mino jogando-a escada abaixo, no mesmo dia do acidente de Laura.
Após um ano, a irmã de Laura, Daniela, também vivida por Erika Blanc, aparece para acompanhar as buscas do corpo, e Mino, já abalado e paranoico, entra em completo surto e começa a acreditar que a amada noiva ressuscitou.
Marta, não suportando o interesse de Mino agora por Daniela (ela deve pensar "me livrei da uma, e aparece outra igualzinha"), também tenta assassinar a moça mas acaba sendo atacada por Mino que lhe desfere várias facadas e sequestra Daniela, fugindo em seu carro.
Para surpresa geral Marta não morre, e consegue se arrastar e atender ao telefone, numa cena incrivelmente longa que involuntariamente fica engraçada, era a polícia que vem até a casa e ao invés de chamar logo uma ambulância, ficam passivamente ouvindo Marta denunciar os assassinatos cometidos por Mino, enquanto agoniza e finalmente morre.
No final temos a polícia perseguindo Mino que acaba sendo preso na praia, após atacar Daniela, numa cena que sugere um estupro (ousada para e época). Mino, demonstrando que não estava assim tão demente, tenta mentir para a polícia e dizer que foi Daniela que era louca e matou sua governanta, obrigando-o a fugir com ela. Deve ter pensado "Estou louco mas vou tentar me safar", não convence os policiais, mas de de qualquer forma, vai poder alegar insanidade.
Apesar destas forçadas do roteiro, é fácil se envolver e ligar a suspensão de descrença para curtir esta pequena e pouco conhecida joia do cinema de suspense italiano.
A premissa é boa, um assassino que vem das profundezas dos famosos canais da cidade usando roupa de mergulhador, sequestra moças levando-as para as catacumbas onde as embalsama em uma espécie de laboratório subterrâneo com o louco objetivo de conservar a beleza de suas vítimas em uma mórbida coleção.
A realização já deixa a desejar, com um elenco desconhecido em atuações bastante ruins, quase amadoras.
A identidade do assassino, só é revelada na cena final, mas na primeira aparição só falta ter um crachá no peito escrito "psicopata assassino".
O roteiro aproveita bastante as locações na bela cidade italiana e pelo menos há uma surpresa no desfecho que contraria quase todas as produções do gênero
Obscura produção italiana mas que tem um bom desenvolvimento do suspense e bastante clima, que pode até ser definida como um "giallo gótico"
Não podemos reclamar de narrativa lenta, pois acontece de tudo em apenas 75 minutos de filme.
Começa com o sumiço do corpo de uma cova, seguem-se uma série de assassinatos, romance proibido, adultério até encerrar com uma conclusão absurda, mas inesperada.
Na verdade, o serial killer havia realmente morrido, mas seu corpo foi roubado pelo milionário morador da vila, pai da mocinha que vivia o romance proibido com o rapaz pobretão. Nos dois minutos finais, mortalmente ferido, o homem explica que roubou o corpo do assassino executado e fez com eles experiências, obtendo um soro, algo na linha "o médico e o monstro" e passa a ser dominado pela "alma" do assassino, se tornando ele o autor dos crimes misteriosos.
Apesar de ter "Londres" no título, com exceção da cena inicial, toda a ação se desenvolve em Bradford, uma pequena cidade próxima a Londres.
Tudo o que era divertido no primeiro filme, neste ficou forçado e chato.
O que se espera deste tipo de filme é entretenimento, e este não consegue ser lá muito divertido. O Megatubarão do título nem se justifica, já que a criatura fica em segundo plano e pouco aparece, e temos mais, como já disseram alguns comentários, uma versão pobre de Jurassic Park.
Ha algumas cenas interessantes no fundo mar, quando o filme se torna um "filme de sobrevivência" e quase esquecemos que se trata de uma história sobre tubarões.
Já parece uma franquia esgotada em seu segundo filme, mas provavavelmente haverá novas sequências.
É aquele filme feito com elenco diverso para agradar o mercado asiático, mas não é ruim, tem efeitos especiais bacanas e enredo divertido, com o Jason Statham super herói enfrentando os perigos e resolvendo tudo.
História romântica de fantasma ou uma vingança além túmulo...
Creio que todos os atores e atrizes jovens do filme foram escolhidos pela beleza e não pelo talento, pois todos são extremamente bonitos, embora não sejam exatamente bons atores.
Embora fosse previsível desde o primeiro momento que Verônica era um fantasma, o final tem uma revelação inesperada, quando descobrimos que Verônica e o Conde Marco foram apaixonados na juventude, e como o pai dela não permitia o romance, ela se suicidou esperando que Marco fizesse o mesmo e ele não tem coragem, então Verônica retorna dos mortos para se vingar, seduzindo Giovanni, o recém descoberto neto do Conde e levando-o ao suicídio, como querendo punir a covardia do amado.
Um personagem meio desnecessário é Denise, empregada e amante do Conde, que se envolve com o neto dele, mas sua trama não leva a lugar nenhum embora tome boa parte da narrativa.
A ambientação em um casarão, dá o ar gótico misterioso que produções assim requerem e a narrativa envolve trafegando entre o romance e o suspense.
Com exceção da ambientação e da metalinguagem, o filme sendo produzido dentro do filme, nada se salva.
Arrastado e chato, durante mais de uma hora, não acontece absolutamente nada, só um monte de cenas e dialógos cansativos entre os "atores" do filme dentro do filme, para tudo se resumir a uma correria nos 15 minutos finais.
Um filme no qual você tem que comprar a ideia, já que não existe ação, é teatro filmado e eu não comprei..
A sinopse pode parecer que seja aquelas antologias de episódios independentes, mas as histórias são literalmente contadas pela boca dos personagens e não encenadas. Você ouve apenas o relato dos contos durante quase o filme inteiro. Vejo comentários dizendo que acharam criativo, genial, etc... para mim, apenas entediante.
analisado sob uma ótica lógica é absurdo. Se Fred morreu, onde está o corpo, quando a motorista chega pela manhã? O que houve com Fanny?
Mas como tudo é uma brincadeira, que eu achei sem graça, essas perguntas nem fazem muito sentido. Não é terror, é humor negro com um tanto de metalinguagem. Arrastado, chato, cansativo.
Seis episódios independentes que conseguem manter o nivel de qualidade, o que é raro em filmes de antologia, e a essência da narrativa, que busca apresentar pessoas em situações aparentemente rotineiras, mas que explodem em fúria irracional resultado do estresse e do ódio sem justificativa no qual a sociedade atual está merguhada.
São relatos caricatos, irônicos, carregados de humor negro, mas que se analisados friamente, refletem situações possíveis e até comuns.
Uma crônica bem humorada mas realista que consegue construir narrativas elaboradas nos cerca de vinte minutos de cada narrativa, inserindo o psicológico e as motivações dos personagens de forma brilhante.
SPOILERS!
Episódio 1 - Curto, uma narrativa de vingança em que as pessoas alvo não tem como fugir.
Episódio 2 - Uma garçonete atende o homem que levou sua família à desgraça, tendo a chance de se vingar, hesita, mas sua companheira de trabalho, não tem a mesma hesitação;
Episódio 3 - Talvez o segmento mais violento, dois homens dirigindo seus carros por uma estrada começam uma discussão que leva a reações absurdas e até cômicas, culminando em uma tragédia final.
Episódio 4 - Neste episódio o sempre ótimo e onipresente Ricardo Darin, é um engenheiro que tem seu carro guinchado e luta contra a burocracia das repartições argentinas (não diferente das nossas). O final é impactante.
Episódio 5 - Um homem rico, cujo filho atropelou e matou uma mulher grávida, tenta livrar o filho da cadeia. A corrupção vai do advogado até o agente que investiga o caso, além do empregado da casa que aceita assumir a culpa mas quer ganhar mais do que o combinado. A cena final também é desconcertante.
Episódio 6 - Uma noiva descobre na festa do casamento que seu noivo, agora marido, a traía. Segue uma sequência alucinante de acontecimentos que transformam a festa em um caos.
o assassino deixar os sapatos sujos de lama no armário e jogar a camisa manchada de sangue na lixeira do prédio! Além disso, o assassino estuprador mata várias pessoas e acaba sofrendo revés de uma garota cega, magra e frágil. Outro detalhe curioso, Tracy (Leigh) a jovem cega e muda, traumatizada por um estupro anterior, começa a ver e falar após sofrer a nova agressão. Deveria agradecer ao bandido? Rsrs
Tirando esses poréns, pois afinal é cinema, o filme tem bastante clima, suspense e narrativa envolvente.
Daqueles filmes de ação que só os anos 80/90 nos proporcionaram.
Filmado em um deslumbrante cenário nas montanhas, com uma ótima sequência inicial. Stallone repete o tipo de seu personagem Rambo, agora como um destemido alpinista.
O filme tem sequências eletrizantes e John Lithgow, ótimo ator, que não decepciona como vilão.
Como Ricky disse no comentário abaixo, lembra muito o clássico "Museu de Cera" e o protagonista Cesare Danova principalmente no começo, quando estava de barba, lembra Vincent Price, protagonista de "Museu de cera".
Um divertida trama de vingança de um vilão caricato mas perfeito para estas produções que também lembra muito as da Hammer, com uma Baltimore com um visual e atmosfera que mais parece a Londres de "Jack, o estripador".
Curiosiosidade, numa cena no bordel, a ponta de alguns segundos e uma fala do futuro astro Tony Curtis.
Uma sequência inicial que já te captura, frenética, dramática e aflitiva.
Há um diferencial em relação a outros filmes policiais, existe a preocupação com a personalidade e o psicológico dos personagens, desde a amargurada policial Eleanor até o próprio assassino, talvez por ser dirigido por Damián Szifron, do ótimo "Relatos Selvagens" que não se limita apenas a acompanhar a caçada ao assassino em um filme típico de ação, mas aprofunda esta discussão levando a abordar o quanto esses seguidos casos de tiroteios com mortes em massa afetam a população e o impacto que eventos como esse causam.
Shailene Woodley (Eleanor) faz um ótimo trabalho, sua expressão amargurada, quase congelada revela toda a angústia de alguém que procura fugir do mundo e de si mesma, ao mesmo tempo que possui uma inteligência e intuição aguçadas que desperta a atenção do chefe da investigação Lammark (vivido por Ben Mendelsohn em outra ótima atuação). Eleanor, ela mesma que vive um sofrimento mental, entende as motivações do assassino, embora, claro, não concorde com suas atitudes.
Mais do que um thriller investigativo, e nessa aspecto ele também é muito bom, a narrativa se fixa em descrever uma sociedade acuada e doente que acaba naturalizando a violência. A cena do shopping é particularmente representativa disso, na criação da atmosfera perfeita quando um ambiente tranquilo e pacífico nos faz antever o caos que implodiria.
Há uma abordagem critica também sobre o papel da imprensa sensacionalista e a politização das investigações, pressionando para que resultados sejam obtidos, mesmo que para isso enganos sejam cometidos e mortes sejam causadas pela precipitação.
Uma daquelas produções que se destaca pela qualidade em meio a tantas medíocres que enchem os streamings
começa como algo sobrenatural na linha de possessão demoníaca para depois enveredar por uma linha mais científica ou psicológica, pois chegamos a pensar que Madison teria dupla personalidade. É claro que no final é bastante ficcional já que um irmão gêmeo parasita com tal capacidade é absolutamente irreal, mas é cinema.
Cenas de muita tensão, violentas e com muito gore, com efeitos especiais convincentes.
Anabelle Wallis tem boa atuação e segura o filme, quase todo baseado na sua performance.
Nicloas Cage que faz filmes por atacado, a maioria muito ruins, parece ter acertado neste. Sua atuação, sem ser excelente, é correta.
A câmera se move em "travelling" dando ao filme aspecto realista de documentário já que é baseado nos crimes de um serial killer real.
Não tem perseguições, cenas de ação, nem nada assim, apenas tenta recriar a captura de um serial killer que realmente existiu, responsável pela morte de várias mulheres.
Não tem a profundidade narrativa da série e nem a qualidade do elenco, principalmente porque é difícil rivalizar com a atuação absurda de Elizabeth Moss, mas Natasha Richardson está muito bonita e faz o que pode.
No papel do motorista NIck, está um dos meus atores preferidos Aidan Quinn, que acho sempre teve uma carreira inferior ao seu talento e completando o trio de protagonistas, o sempre ótimo Robert Duvall.
Obviamente que como é um filme com pouco mais de uma hora e meia, não há tempo para um aprofundamento dos personagens como foi feito na série.
Aidan e Natasha tem boa química e resume bem a narrativa e os conflitos do livro de Margaret Atwood.
O título nacional é muito ruim, porque simplesmente não optaram pela tradução literal "O conto da aia" ou algo como "Mulheres escravizadas", que seria apelativo mas pelo menos teria mais a ver com o enredo.
Como a maioria dos comentários indica, o que levou muitos a assistir ao filme foi a presença de Pedro Alonso, famoso por sua participação no mega-sucesso "A casa de papel".
Para mim foi, além da presença de Pedro, os bons filmes espanhóis de suspense que tenho assistido. Infelizmente este está longe de ser considerado sequer mediano.
A trama se arrasta em ritmo lento, com cenas desnecessárias em uma narrativa maçante que não envolve, tanto que com apenas uma hora e meia de duração, parece ter muito mais.
não poderia ser mais preguiçoso e lança mão do clichê que tudo era imaginação do protagonista que era um escritor, nada daquilo havia acontecido e era apenas a narrativa que ele escrevia. Eu já havia imaginado isso logo no início do filme, quando vi que o personagem era um escritor que buscava inspiração escrevendo na casa do pântano.
Se alguém se surpreendeu com o final, precisa assistir mais filmes de suspense...
O filme beira o amadorismo, atuações, cenários, roteiro, tudo.
A única coisa elogiável é a tentativa de se aventurar em um gênero que o cinema nacional pouco investe, mas é uma tentativa que tem um resultado péssimo.
Talvez o melhor filme já feito sobre o futebol brasileiro, são narrativas independentes envolvendo times paulistas, aborda situações que se mostram muito atuais, apesar do filme já ter mais de 20 anos.
Por envolver apenas times de São Paulo, pode ser que pareça pouco interessante para os torcedores de outros estados, mas as situações e temas abordados ocorrem em qualquer grande ou pequeno time do pais.
Comento os episódios na ordem em que são apresentados, as narrativas são ligadas pela conversa na mesa de bar onde os "boleiros" amigos, ex-profissionais do futebol contam suas histórias divertidas e dramáticas.
Juventus - A impagável e divertida história do juiz corrupto vivido por Otávio Augusto. Filmado no pequeno estádio do Nacional no bairro da Água Branca em São Paulo.
Santos - A dramática história de um ídolo do passado obrigado a vender troféus e prêmios para sobreviver, já que havia perdido tudo e ainda tentava manter as aparências temendo a humilhação.
São Paulo - Outra narrativa dramática sobre o menino carente e talentoso que desaparece das aulas na escolinha e a "proteção" dada nas escolinhas de futebol aos filhos de famílias mais privilegiadas.
Portuguesa - Outra história dramática com toques de humor, levemente baseada no jogador Dener, morto em 1994, sobre um atleta que foge das responsabilidades de pai e marido. A cena em que participa de uma mesa redonda em que não consegue falar nada é muito engraçada e bem real.
Corinthians - Narrativa que usa o humor para mostrar a história do astro do time corinthiano que ao sofrer uma lesão acaba por ser levado por amigos torcedores a um "tratamento" nada convencional.
Palmeiras - o técnico, vivido por Lima Duarte, que tenta impedir que os jogadores de seu time tenham encontros amorosos durante a concentração. É desse episódio a clássica frase "a senhora não sabe o que é um Palmeiras e Corinthians".
Ao final, o personagem de Flavio Migliaccio, faz uma reflexão sensível e verdadeira sobre o final da carreira de jogador, o envelhecimento, o ostracismo e a decadência e diz "o problema são as fotos na parede..." em relação à passagem do tempo e não ser mais nem sombra do atleta da foto.
Ótimo elenco, excelentes narrativas com temas ainda atuais que mesclam de forma equilibrada humor e drama. Para quem gosta de futebol, é imperdível.
quando a casa do dr. Rowan é invadida pelo bando de delinquentes, o roteiro se perde até o seu final bizarro no qual todos os personagens morrem! Aliás os personagens da irmã e do amigo médico pouco influenciam na narrativa, a não ser aparecer no final para morrer!
Claro que a verdadeira vilã da história é Lynn, totalmente amoral, sem caráter e egoísta.
Como bem observou Ricky em seu comentário, Peter Cushing parece incomodado e pouco à vontade em algumas cenas.
O resultado é, com muita boa vontade, mediano e vale pela presença de Cushing.
Demência 13
3.2 46 Assista AgoraPrimeiro filme de Francis Ford Coppola, que já demonstrava o talento que se confirmaria em sua carreira.
O filme tem uma narrativa que parece um pesadelo, começando pela morte de um personagem logo na cena inicial até os ataques do serial killer. A ambientação em um castelo na Irlanda dá o tom sombrio necessário à narrativa.
A identidade do assassino é óbvia, mas isso não intefere na narrativa, que resulta coesa e envolvente.
A morte de Louise, a nora com planos de ganhar a confiança (e a fortuna) da matriarca da família, mas é interrompida assassinada pelo perturbado filho mais novo, é antecedida por cenas subaquáticas muito bem filmadas.
O Monstro de Pedras Brancas
3.0 5Uma cópia genérica, mais pobre e sem o encanto do cult "O monstro da lagoa negra" (1954).
O andamento é bem arrastado, com várias cenas e dialógos desnecessários feitos para prolongar a duração, já que a criatura aparece apenas nos 10 minutos finais e tem uma aparência simplória e tosca para os nossos olhos acostumaos a efeitos digitais, mas mesmo para os anos 50, denuncia o baixo orçamento da produção.
O monstro começa a matar várias pessoas na cidade e arrancar suas cabeças, nem uma criança é poupada e aparece morta e no final
.é encurralado no farol, depois de jogar o pai da mocinha que era o faroleiro lá de cima da torre do farol, seu namorado acerta uma pancada com um rifle (!) e também derruba a criatutra que morre. O filme termina com o casal protagonista se beijando, num cena clichê, e a mocinha já parece ter esquecido do pai que foi jogado do farol minutos atrás...
Vale como curiosidade.
Laura
4.1 132 Assista AgoraCertamente um dos maiores exemplares de film noir, com todos os elementos que o gênero consagrou.
SPOILERS:
O filme começa com a ausência de sua personagem título, que nos é apresentada através de uma pintura, quase como uma divindade. Os personagens que transitam em torno de Laura, tem todos eles uma espécide de obsessão por ela, assim percebe o detetive McPherson (Dana Andrews) que investiga seu assassinato, ao mesmo tempo que ele próprio passa a desenvolver uma fixação pela misteriosa e bela mulher.
O plot twist no meio da narrativa, nos desvenda que Laura (Gene Tierney, absolutamente deslumbrante) não estava morta, no seu lugar foi assassinada uma mulher que Shelby (Vincent Price) seu noivo oportunista e mulherengo, leva para seu apartamento quando ela resolve passar o fim de semana em uma casa de campo.
A entrada de Laura em cena tem nuances de sonho, já que McPherson estava adormecido numa poltrona em seu apartamento quando ela retorna e num primeiro momento, não temos certeza se aquilo não seria um devaneio do detetive já que estava completamente apaixonado pela mulher que julgava morta.
O colunista Waldo Lydecker (Clifton Webb,com interpretação sutilmente debochada, foi indicado ao Oscar) amante e responsável pelo refinamento a que Laura é submetida, de simples funcionária de uma agência de publicidade à sofisticada mulher de negócios, narra acontecimentos da vida de Laura para o detetive, que antecedem o seu retorno do mundo dos mortos.
Laura é uma mulher à frente do seu tempo, corajosa e independente e Gene Tierney a interpreta de forma soberba, seduzindo os personagens e o público. Dana Andrews dá ao seu detetive a dose certa de esperteza e antipatia, embora sua paixão por Laura soe um tanto forçada, assim como a rapidez com que ela retribui o interesse.
Não há muitos suspeitos, portanto a revelação do assassino não é assim inesperada, mas o que importa é a forma como a narrativa se desenvolve e nos envole, em uma belíssima fotografia em preto e branco, merecidamente premiada com o Oscar, os acontecimentos se equilibram brilhantemente entre o suspense, o drama e o romance, aliada a trilha sonora hipnótica.
Sem dúvida um clássico atemporal que até hoje cativa.
Dança Macabra
3.9 23 Assista AgoraA cena incial me lembrou a obra "Noite na taverna" de Alvares de Azevedo, quando amigos se reúnem em uma taverna para contar casos sobrenaturais e misteriosos.
SPOILERS:
Alan Foster (Georges Rivière) entra em um pub londrino, e encontra um homem contando um caso sobrenatural, é ninguém menos que Edgar Allan Poe. Alan, um jornalista, pretende entrevistar o escritor, mas é desafiado pelo outro homem da mesa, Lord Thomas, a passar uma noite no castelo de sua família, todos que haviam tentado, não conseguiram e terminaram mortos.
Chegando lá encontra a bela Elizabeth (Barbara Steele, que com sua beleza enigmática e grandes olhos negros, nasceu para ser musa do cinema gótico), assim como outra bela mulher Julia (Margarete Robsahm). Alan acaba se apaixoando por Elizabeth e aparentemente é correspondido, mas lá também encontra o misterioso Dr, Camus (Arturo Dominici), que lhe conta os segredos do castelo.
Em flashbacks vemos os acontecimentos que ocorreram na fabulosa residência, e a esta altura é fácil prever que todos ali, com exceção de Alan, estavam mortos. Não entendi exatamente como Elizabeth morreu, pois a vemos sendo esfaqueada pelo jardineiro, seu amante no passado, no momento que está com Alan mas no flashback ela é atacada pelo amante sendo salva por Julia que mata o agressor, porém Elizabeth, mal agradecida, assassina sua salvadora, aparentemente não correspondendo aos avanços apaixonados de Julia. Não vemos Elizabeth morrendo. Fica o mistério.
Ao final, Alan é atacado por todos os fantasmas da casa, que querem seu sangue para reviver, pelo menos na chamada "noite dos mortos" e é ajudado por Elizabeth, a quem ele arrasta para fora do castelo, até perceber que ela estava realmente morta pois a bela vira um esqueleto diante de seus olhos, mas quando já quase no portão da propriedade, supostamente salvo, uma lança do portão atinge seu pescoço e ele morre, se tornando mais uma vitima do castelo.
Termina com a voz de Elizabeth perguntando se Alan vai ficar com ela e ele responde "sim". Só vai ter que aguentar a ciumenta Julia por toda a eternidade.
Uma narrativa envolvente, que encanta com sua atmosfera sinistra, bela fotografia em preto e branco em ambientação macabra e perfeita, que dá o tom sombrio ao enredo, além das boas atuações de todo o elenco. Realmente a produção é um dos expoentes do cinema gótico italiano.
Como curiosidade, o filme tem muito a morbidez da obra de Poe, e nos créditos iniciais até vemos que foi inspirado no conto "Dança Macabra" do escritor americano, tendo até o escritor entre seus personagens, mas dizem que tal conto não existe. Eu pesquisei e realmente não achei tal narrativa. Alguns afirmarm que para serem levados a sério, roteiristas italianos lançavam mão de pseudônimos em inglês, assim como vários atores. Neste caso, a história e o roteiro foi criado pelo diretor Antonio Margheriti com a colaboração de Sergio Corbucci (criador do personagem Django, aqui não creditado) e Gianni Grimaldi, todos usando pseudônimos e visando o mercado internacional.
O Terceiro Olho
3.4 10Uma trama com nuances de "Psicose" (1960), que apesar dos desdobramentos um tanto novelescos, envolve e prende a atenção até o seu final. Terror psicológico com atmosfera mórbida.
Em um belo preto e branco, com elegante design de produção e ambientado numa mansão, tem elementos do gótico e do giallo, na época em que este estilo de suspense ainda iniciava, consagrado depois como quase um gênero dentro do cinema da Itália.
SPOILERS:
Franco Nero (aqui creditado como Frank Nero), em atuação meio canastrona, belíssimo no auge de seus 24 anos, vive o conde Mino Alberti, é noivo de Laura (Erika Blanc, creditada como Diana Sullivan, lindíssima), mas a moça é morta pela invejosa e ciumenta empregada da casa Marta (Gioia Pascal), que corta um cabo do carro da moça e provoca um acidente testemunhado por Mino, fazendo com que ele entre numa espiral de violência assassinando mulheres, enquanto preserva o corpo da amada morta em seu quarto.
Para complicar a sanidade do jovem, Marta também assassina a mãe de Mino jogando-a escada abaixo, no mesmo dia do acidente de Laura.
Após um ano, a irmã de Laura, Daniela, também vivida por Erika Blanc, aparece para acompanhar as buscas do corpo, e Mino, já abalado e paranoico, entra em completo surto e começa a acreditar que a amada noiva ressuscitou.
Marta, não suportando o interesse de Mino agora por Daniela (ela deve pensar "me livrei da uma, e aparece outra igualzinha"), também tenta assassinar a moça mas acaba sendo atacada por Mino que lhe desfere várias facadas e sequestra Daniela, fugindo em seu carro.
Para surpresa geral Marta não morre, e consegue se arrastar e atender ao telefone, numa cena incrivelmente longa que involuntariamente fica engraçada, era a polícia que vem até a casa e ao invés de chamar logo uma ambulância, ficam passivamente ouvindo Marta denunciar os assassinatos cometidos por Mino, enquanto agoniza e finalmente morre.
No final temos a polícia perseguindo Mino que acaba sendo preso na praia, após atacar Daniela, numa cena que sugere um estupro (ousada para e época). Mino, demonstrando que não estava assim tão demente, tenta mentir para a polícia e dizer que foi Daniela que era louca e matou sua governanta, obrigando-o a fugir com ela. Deve ter pensado "Estou louco mas vou tentar me safar", não convence os policiais, mas de de qualquer forma, vai poder alegar insanidade.
Apesar destas forçadas do roteiro, é fácil se envolver e ligar a suspensão de descrença para curtir esta pequena e pouco conhecida joia do cinema de suspense italiano.
Il mostro di Venezia
2.3 3A premissa é boa, um assassino que vem das profundezas dos famosos canais da cidade usando roupa de mergulhador, sequestra moças levando-as para as catacumbas onde as embalsama em uma espécie de laboratório subterrâneo com o louco objetivo de conservar a beleza de suas vítimas em uma mórbida coleção.
A realização já deixa a desejar, com um elenco desconhecido em atuações bastante ruins, quase amadoras.
A identidade do assassino, só é revelada na cena final, mas na primeira aparição só falta ter um crachá no peito escrito "psicopata assassino".
O roteiro aproveita bastante as locações na bela cidade italiana e pelo menos há uma surpresa no desfecho que contraria quase todas as produções do gênero
a mocinha morre no final. O protagonista não chega a tempo de salvar sua amada das garras do psicopata.
A Hiena de Londres
2.5 1Obscura produção italiana mas que tem um bom desenvolvimento do suspense e bastante clima, que pode até ser definida como um "giallo gótico"
Não podemos reclamar de narrativa lenta, pois acontece de tudo em apenas 75 minutos de filme.
Começa com o sumiço do corpo de uma cova, seguem-se uma série de assassinatos, romance proibido, adultério até encerrar com uma conclusão absurda, mas inesperada.
Na verdade, o serial killer havia realmente morrido, mas seu corpo foi roubado pelo milionário morador da vila, pai da mocinha que vivia o romance proibido com o rapaz pobretão. Nos dois minutos finais, mortalmente ferido, o homem explica que roubou o corpo do assassino executado e fez com eles experiências, obtendo um soro, algo na linha "o médico e o monstro" e passa a ser dominado pela "alma" do assassino, se tornando ele o autor dos crimes misteriosos.
Apesar de ter "Londres" no título, com exceção da cena inicial, toda a ação se desenvolve em Bradford, uma pequena cidade próxima a Londres.
Megatubarão 2
2.3 278 Assista AgoraTudo o que era divertido no primeiro filme, neste ficou forçado e chato.
O que se espera deste tipo de filme é entretenimento, e este não consegue ser lá muito divertido. O Megatubarão do título nem se justifica, já que a criatura fica em segundo plano e pouco aparece, e temos mais, como já disseram alguns comentários, uma versão pobre de Jurassic Park.
Ha algumas cenas interessantes no fundo mar, quando o filme se torna um "filme de sobrevivência" e quase esquecemos que se trata de uma história sobre tubarões.
Já parece uma franquia esgotada em seu segundo filme, mas provavavelmente haverá novas sequências.
Megatubarão
2.8 842É aquele filme feito com elenco diverso para agradar o mercado asiático, mas não é ruim, tem efeitos especiais bacanas e enredo divertido, com o Jason Statham super herói enfrentando os perigos e resolvendo tudo.
Naquilo que se propõe, é divertido.
La lunga notte di Veronique
3.0 1História romântica de fantasma ou uma vingança além túmulo...
Creio que todos os atores e atrizes jovens do filme foram escolhidos pela beleza e não pelo talento, pois todos são extremamente bonitos, embora não sejam exatamente bons atores.
Embora fosse previsível desde o primeiro momento que Verônica era um fantasma, o final tem uma revelação inesperada, quando descobrimos que Verônica e o Conde Marco foram apaixonados na juventude, e como o pai dela não permitia o romance, ela se suicidou esperando que Marco fizesse o mesmo e ele não tem coragem, então Verônica retorna dos mortos para se vingar, seduzindo Giovanni, o recém descoberto neto do Conde e levando-o ao suicídio, como querendo punir a covardia do amado.
Um personagem meio desnecessário é Denise, empregada e amante do Conde, que se envolve com o neto dele, mas sua trama não leva a lugar nenhum embora tome boa parte da narrativa.
A ambientação em um casarão, dá o ar gótico misterioso que produções assim requerem e a narrativa envolve trafegando entre o romance e o suspense.
A Casa dos Sete Mortos
2.7 23 Assista AgoraCom exceção da ambientação e da metalinguagem, o filme sendo produzido dentro do filme, nada se salva.
Arrastado e chato, durante mais de uma hora, não acontece absolutamente nada, só um monte de cenas e dialógos cansativos entre os "atores" do filme dentro do filme, para tudo se resumir a uma correria nos 15 minutos finais.
Me Assuste
2.6 44 Assista AgoraUm filme no qual você tem que comprar a ideia, já que não existe ação, é teatro filmado e eu não comprei..
A sinopse pode parecer que seja aquelas antologias de episódios independentes, mas as histórias são literalmente contadas pela boca dos personagens e não encenadas. Você ouve apenas o relato dos contos durante quase o filme inteiro. Vejo comentários dizendo que acharam criativo, genial, etc... para mim, apenas entediante.
O final, com plot twist se
analisado sob uma ótica lógica é absurdo. Se Fred morreu, onde está o corpo, quando a motorista chega pela manhã? O que houve com Fanny?
Mas como tudo é uma brincadeira, que eu achei sem graça, essas perguntas nem fazem muito sentido. Não é terror, é humor negro com um tanto de metalinguagem. Arrastado, chato, cansativo.
Relatos Selvagens
4.4 2,9K Assista AgoraSeis episódios independentes que conseguem manter o nivel de qualidade, o que é raro em filmes de antologia, e a essência da narrativa, que busca apresentar pessoas em situações aparentemente rotineiras, mas que explodem em fúria irracional resultado do estresse e do ódio sem justificativa no qual a sociedade atual está merguhada.
São relatos caricatos, irônicos, carregados de humor negro, mas que se analisados friamente, refletem situações possíveis e até comuns.
Uma crônica bem humorada mas realista que consegue construir narrativas elaboradas nos cerca de vinte minutos de cada narrativa, inserindo o psicológico e as motivações dos personagens de forma brilhante.
SPOILERS!
Episódio 1 - Curto, uma narrativa de vingança em que as pessoas alvo não tem como fugir.
Episódio 2 - Uma garçonete atende o homem que levou sua família à desgraça, tendo a chance de se vingar, hesita, mas sua companheira de trabalho, não tem a mesma hesitação;
Episódio 3 - Talvez o segmento mais violento, dois homens dirigindo seus carros por uma estrada começam uma discussão que leva a reações absurdas e até cômicas, culminando em uma tragédia final.
Episódio 4 - Neste episódio o sempre ótimo e onipresente Ricardo Darin, é um engenheiro que tem seu carro guinchado e luta contra a burocracia das repartições argentinas (não diferente das nossas). O final é impactante.
Episódio 5 - Um homem rico, cujo filho atropelou e matou uma mulher grávida, tenta livrar o filho da cadeia. A corrupção vai do advogado até o agente que investiga o caso, além do empregado da casa que aceita assumir a culpa mas quer ganhar mais do que o combinado. A cena final também é desconcertante.
Episódio 6 - Uma noiva descobre na festa do casamento que seu noivo, agora marido, a traía. Segue uma sequência alucinante de acontecimentos que transformam a festa em um caos.
Olhos Assassinos
3.4 51 Assista AgoraBom suspense oitentista com elenco em atuação equilibrada e destaque para uma muito jovem Jennifer Jason Leigh.
Cenas violentas, principalmente nas agressões sexuais.
Algumas conveniências de roteiro como
o assassino deixar os sapatos sujos de lama no armário e jogar a camisa manchada de sangue na lixeira do prédio!
Além disso, o assassino estuprador mata várias pessoas e acaba sofrendo revés de uma garota cega, magra e frágil.
Outro detalhe curioso, Tracy (Leigh) a jovem cega e muda, traumatizada por um estupro anterior, começa a ver e falar após sofrer a nova agressão. Deveria agradecer ao bandido? Rsrs
Tirando esses poréns, pois afinal é cinema, o filme tem bastante clima, suspense e narrativa envolvente.
Risco Total
3.1 140 Assista AgoraDaqueles filmes de ação que só os anos 80/90 nos proporcionaram.
Filmado em um deslumbrante cenário nas montanhas, com uma ótima sequência inicial.
Stallone repete o tipo de seu personagem Rambo, agora como um destemido alpinista.
O filme tem sequências eletrizantes e John Lithgow, ótimo ator, que não decepciona como vilão.
Um Casamento Macabro
2.7 6Como Ricky disse no comentário abaixo, lembra muito o clássico "Museu de Cera" e o protagonista Cesare Danova principalmente no começo, quando estava de barba, lembra Vincent Price, protagonista de "Museu de cera".
Um divertida trama de vingança de um vilão caricato mas perfeito para estas produções que também lembra muito as da Hammer, com uma Baltimore com um visual e atmosfera que mais parece a Londres de "Jack, o estripador".
Curiosiosidade, numa cena no bordel, a ponta de alguns segundos e uma fala do futuro astro Tony Curtis.
Sede Assassina
3.4 161 Assista AgoraUma sequência inicial que já te captura, frenética, dramática e aflitiva.
Há um diferencial em relação a outros filmes policiais, existe a preocupação com a personalidade e o psicológico dos personagens, desde a amargurada policial Eleanor até o próprio assassino, talvez por ser dirigido por Damián Szifron, do ótimo "Relatos Selvagens" que não se limita apenas a acompanhar a caçada ao assassino em um filme típico de ação, mas aprofunda esta discussão levando a abordar o quanto esses seguidos casos de tiroteios com mortes em massa afetam a população e o impacto que eventos como esse causam.
Shailene Woodley (Eleanor) faz um ótimo trabalho, sua expressão amargurada, quase congelada revela toda a angústia de alguém que procura fugir do mundo e de si mesma, ao mesmo tempo que possui uma inteligência e intuição aguçadas que desperta a atenção do chefe da investigação Lammark (vivido por Ben Mendelsohn em outra ótima atuação).
Eleanor, ela mesma que vive um sofrimento mental, entende as motivações do assassino, embora, claro, não concorde com suas atitudes.
Mais do que um thriller investigativo, e nessa aspecto ele também é muito bom, a narrativa se fixa em descrever uma sociedade acuada e doente que acaba naturalizando a violência. A cena do shopping é particularmente representativa disso, na criação da atmosfera perfeita quando um ambiente tranquilo e pacífico nos faz antever o caos que implodiria.
Há uma abordagem critica também sobre o papel da imprensa sensacionalista e a politização das investigações, pressionando para que resultados sejam obtidos, mesmo que para isso enganos sejam cometidos e mortes sejam causadas pela precipitação.
Uma daquelas produções que se destaca pela qualidade em meio a tantas medíocres que enchem os streamings
Maligno
3.3 1,2KUm suspense/terror que
começa como algo sobrenatural na linha de possessão demoníaca para depois enveredar por uma linha mais científica ou psicológica, pois chegamos a pensar que Madison teria dupla personalidade.
É claro que no final é bastante ficcional já que um irmão gêmeo parasita com tal capacidade é absolutamente irreal, mas é cinema.
Cenas de muita tensão, violentas e com muito gore, com efeitos especiais convincentes.
Anabelle Wallis tem boa atuação e segura o filme, quase todo baseado na sua performance.
Sangue no Gelo
3.3 352 Assista AgoraNicloas Cage que faz filmes por atacado, a maioria muito ruins, parece ter acertado neste. Sua atuação, sem ser excelente, é correta.
A câmera se move em "travelling" dando ao filme aspecto realista de documentário já que é baseado nos crimes de um serial killer real.
Não tem perseguições, cenas de ação, nem nada assim, apenas tenta recriar a captura de um serial killer que realmente existiu, responsável pela morte de várias mulheres.
A Decadência de uma Espécie
2.9 55Não tem a profundidade narrativa da série e nem a qualidade do elenco, principalmente porque é difícil rivalizar com a atuação absurda de Elizabeth Moss, mas Natasha Richardson está muito bonita e faz o que pode.
No papel do motorista NIck, está um dos meus atores preferidos Aidan Quinn, que acho sempre teve uma carreira inferior ao seu talento e completando o trio de protagonistas, o sempre ótimo Robert Duvall.
Obviamente que como é um filme com pouco mais de uma hora e meia, não há tempo para um aprofundamento dos personagens como foi feito na série.
Aidan e Natasha tem boa química e resume bem a narrativa e os conflitos do livro de Margaret Atwood.
O título nacional é muito ruim, porque simplesmente não optaram pela tradução literal "O conto da aia" ou algo como "Mulheres escravizadas", que seria apelativo mas pelo menos teria mais a ver com o enredo.
O Silêncio do Pântano
2.1 61 Assista AgoraComo a maioria dos comentários indica, o que levou muitos a assistir ao filme foi a presença de Pedro Alonso, famoso por sua participação no mega-sucesso "A casa de papel".
Para mim foi, além da presença de Pedro, os bons filmes espanhóis de suspense que tenho assistido. Infelizmente este está longe de ser considerado sequer mediano.
A trama se arrasta em ritmo lento, com cenas desnecessárias em uma narrativa maçante que não envolve, tanto que com apenas uma hora e meia de duração, parece ter muito mais.
O final
não poderia ser mais preguiçoso e lança mão do clichê que tudo era imaginação do protagonista que era um escritor, nada daquilo havia acontecido e era apenas a narrativa que ele escrevia.
Eu já havia imaginado isso logo no início do filme, quando vi que o personagem era um escritor que buscava inspiração escrevendo na casa do pântano.
Se alguém se surpreendeu com o final, precisa assistir mais filmes de suspense...
A Menininha
1.1 14O filme beira o amadorismo, atuações, cenários, roteiro, tudo.
A única coisa elogiável é a tentativa de se aventurar em um gênero que o cinema nacional pouco investe, mas é uma tentativa que tem um resultado péssimo.
Boleiros: Era uma Vez o Futebol...
3.5 54 Assista AgoraTalvez o melhor filme já feito sobre o futebol brasileiro, são narrativas independentes envolvendo times paulistas, aborda situações que se mostram muito atuais, apesar do filme já ter mais de 20 anos.
Por envolver apenas times de São Paulo, pode ser que pareça pouco interessante para os torcedores de outros estados, mas as situações e temas abordados ocorrem em qualquer grande ou pequeno time do pais.
Comento os episódios na ordem em que são apresentados, as narrativas são ligadas pela conversa na mesa de bar onde os "boleiros" amigos, ex-profissionais do futebol contam suas histórias divertidas e dramáticas.
Juventus - A impagável e divertida história do juiz corrupto vivido por Otávio Augusto. Filmado no pequeno estádio do Nacional no bairro da Água Branca em São Paulo.
Santos - A dramática história de um ídolo do passado obrigado a vender troféus e prêmios para sobreviver, já que havia perdido tudo e ainda tentava manter as aparências temendo a humilhação.
São Paulo - Outra narrativa dramática sobre o menino carente e talentoso que desaparece das aulas na escolinha e a "proteção" dada nas escolinhas de futebol aos filhos de famílias mais privilegiadas.
Portuguesa - Outra história dramática com toques de humor, levemente baseada no jogador Dener, morto em 1994, sobre um atleta que foge das responsabilidades de pai e marido. A cena em que participa de uma mesa redonda em que não consegue falar nada é muito engraçada e bem real.
Corinthians - Narrativa que usa o humor para mostrar a história do astro do time corinthiano que ao sofrer uma lesão acaba por ser levado por amigos torcedores a um "tratamento" nada convencional.
Palmeiras - o técnico, vivido por Lima Duarte, que tenta impedir que os jogadores de seu time tenham encontros amorosos durante a concentração. É desse episódio a clássica frase "a senhora não sabe o que é um Palmeiras e Corinthians".
Ao final, o personagem de Flavio Migliaccio, faz uma reflexão sensível e verdadeira sobre o final da carreira de jogador, o envelhecimento, o ostracismo e a decadência e diz "o problema são as fotos na parede..." em relação à passagem do tempo e não ser mais nem sombra do atleta da foto.
Ótimo elenco, excelentes narrativas com temas ainda atuais que mesclam de forma equilibrada humor e drama. Para quem gosta de futebol, é imperdível.
A Face da Corrupção
3.1 16Quando observei o nome de Peter Cushing no elenco, já me vi na obrigação de assistir, pois é um ator icônico do gênero terror do qual sou fã.
O filme começa bem, com uma premissa nada original, mas bem desenvolvida, porém desanda na sua parte final
quando a casa do dr. Rowan é invadida pelo bando de delinquentes, o roteiro se perde até o seu final bizarro no qual todos os personagens morrem!
Aliás os personagens da irmã e do amigo médico pouco influenciam na narrativa, a não ser aparecer no final para morrer!
Claro que a verdadeira vilã da história é Lynn, totalmente amoral, sem caráter e egoísta.
Como bem observou Ricky em seu comentário, Peter Cushing parece incomodado e pouco à vontade em algumas cenas.
O resultado é, com muita boa vontade, mediano e vale pela presença de Cushing.