Shannen Doherty, a eterna Brenda de "Barrados no baile", tem atuação convincente como a namorada obcecada que não aceita o término do relacionameno. Difícl é acreditar que uma mulher linda e jovem, fica alucinada por um homem bem mais velho e feio. William Devane está longe de ser um coroa bonitão e aparenta até mais do que os 53 anos que tinha na época do filme.
Há uma explicação que ela tinha trauma pela pouca atenção que o pai lhe dedicava e projetava isso no personagem de Devane, mas mesmo assim, poderiam ter escolhido um ator mais atraente.
Sci-fi da década de 50 de baixo orçamento e com efeitos especiais simplórios, de acordo com a época, mas seu roteiro não é desprezível.
SPOILERS ABAIXO:
Com uma premissa parecida com a do clássico "O dia em que a terra parou" de 1951, um alienígena que se apresenta como amistoso, mas diferente do personagem Klaatu do icônico filme, que queria propor a paz entre os planetas, a criatura deste (tosca, mas eram os ano 50) tinha planos maquiávelicos de acabar com a população da terra e povoá-la com sua raça.
Como disse o comentário abaixo, décadas antes de outro clássico da ficcção científica "Alien, o oitavo passageiro" de 1979, este filme apresenta um ser humano usado como hospedeiro de criaturas alienígenas. Nâo sei se algum outro filme anterior, já havia apresentado esta premissa.
Sob um título nacional genérico está um filme genérico.
Colcha de retalhos de vários outros filmes, o que não seria problema, já que é muito difícil existir algo original que ainda não tenha sido feito, mas além dos clichês, é tudo muito sem emoção feito no piloto automático..
eu até achei que poderia ser algo na linha espírita, cheguei a achar que o garoto empreiteiro, por quem a protagonista se interessa, não existisse, já que nos primeiros encontros, ela sempre o via sozinha e estava diagnosticada como esquizofrênica, para no final ser mais um filme de invasão domiciliar. No caso, alguém que morou na casa e ficou escondido nela depois que novos moradores mudaram para lá. O personagem do namoradinho e o do pai da menina vizinha, feito pelo conhecido Tom Sizemore, não serviram absolutamente para nada.
Uma hora e quarenta minutos com basicamente as mesmas cenas se repetindo, uma mulher internada em um manicômio tendo alucinações enquanto é tratada por um bando de gente sádica e com aparência suspeita.
Confesso que não imaginei o desfecho, mas isso não melhora em nada o desenvolvimento que é extremamente chato e com atuações muito ruins.
Uma produção conjunta entre Espanha e Canadá. O cinema espanhol de suspense costuma apresentar bons filmes, o que definitivamente não é o caso deste.
No final, um "baseado em fatos reais", e é difícil acreditar que aquela bobagem toda, ou algo parecido, tenha acontecido na realidade.
o plot twist final para mim foi muito inesperado, embora haja pistas como em toda boa reviravolta, eu não imaginei o desfecho. A menina simplesmente não existia e era fruto de uma alucinação coletiva dos pais, que viviam em negação desde que ela morreu.
O exagero nas atitudes do casal após o sumiço da filha e os acontecimentos posteriores, como a insistência do xerife em não chamar o FBI, incomodaram pela pouca verossimilhança.
Como pais desesperados pelo sumiço da filha, continuam no camping, matam três pessoas inocentes sem mostrar abalo pelo fato? Tudo é muito implausível e é lógico que apenas prepara a revelação, já que o casal não vivia a realidade, mas apenas um mundo no qual acreditavam que a filha ainda vivia. Para eles, as mortes eram justificadas, já que foram praticadas enquanto "procuravam" a filha.
Pelo final, acho que o filme se redimiu, em parte, da narrativa tediosa e implausível.
O crimes em si, os sequestros das crianças, não são o foco principal da narrativa, os fatos são apenas os gatilhos para desvendar o psicológico de Alice (Daniele MacDonald, em ótima atuação) e Ronnie (Dakota Fanning).
Enquanto Ronnie se torna retraída e melancólica, Alice se mostra manipuladora, cruel e astuciosa.
Não menos desprezível, é a atitude de Helen (Diane Lane), mãe de Alice, que para proteger a filha, mesmo sabendo da fragilidade mental de Ronnie, induz a menina a não contar o que havia acontecido, diminuindo a culpa de sua filha, que, sabemos ao final era quem havia pegado a bebê e obrigado Ronnie, frágil e instável, a matar a criança.
A detetive (Elizabeth Banks) que havia investigado o sequestro anterior e estava também no novo sequestro, também se mostra profundamente abalada e culpada pela morte da criança e vê no novo caso uma chance de redenção ao mesmo tempo que teme que o desfecho desastroso se repita.
Um novo sequestro de uma criança afro-americana ocorre, e as suspeitas recaem novamente sobre as duas meninas que foram condenadas a sete anos de reclusão num reformatório e agora estavam livres.
Descobrimos que era Alice, que havia engravidado no reformatório e doado a menina, quem havia feito o novo sequestro, acreditando que a criança era sua filha perdida. e quando descoberta, tenta incriminar Ronnie, além de acusar o rapaz que a havia engravidado e que estava escondendo a criança, a seu pedido. Além de acusá-lo de ter arquitetado o sequestro, ainda o acusou de estupro.
Enquanto Alice termina a narrativa alardeando sua inocência, revelando sua personalidade sociopata, Ronnie totalmente afogada em culpa e remorso, se suicida.
Muitos viram o filme somente como um "policial". quando na verdade, como disse, os sequestros, apenas servem para motivar o verdadeiro foco da narrativa, um mergulho na mente das duas adolescentes, de personalidades totalmente diversas e que espelham isso na forma com que reagem à uma tragédia na infância que continuou repercutindo na vida de ambas.
Um filme em que os detalhes, que parecem pouco relevantes na narrativa, são mais importantes do que a resolução do caso em si.
Benicio del Toro é o policial Tom Nichols, que muitos dizem que está atuando no piloto automático, me parece ter entendido que o seu personagem é alguém extenuado com seu trabalho ao mesmo tempo que é apaixonado por ele. Não acho uma atuação automática, mas introspectiva, captando as nuances de seu personagem.
mostra-se mais importante para desvendar a corrupção policial e a traição ao policial honesto do que desvendar o "quem matou?", já que todos na delegacia estavam envolvidos no esquema. O problema, é um policial tão experiente como Nichols, não imaginar que o chefe da delegacia também estaria envolvido, e que tudo aquilo poderia acontecer sem seu conhecimento. Aquelas conveniências de roteiro que incomodam.
Alicia Silverstone, mostrando que as musas dos anos 90 envelhecem, tem um personagem que serve de escada para Del Toro, com uma subtrama dispensável, em que ele teme ser traído pela mulher e o jovem empreiteiro que fazia a reforma da casa deles.
É uma narrativa com cenas para muitos dispensáveis, mas que na verdade, focam naquilo que interessa, mostrar o relacionamento entre os colegas policiais, a chamada "irmandade", por este motivo temos várias cenas de confraternização que a princípio, parecem não ter influência alguma no enredo, mas que são vitais para mostrar esse companheirismo.
O título em inglês "Reptile" (Réptil) me parece mais adequado, pois Nichols está mesmo num antro de cobras, já o título nacional opta por "Camaleões", réptil conhecido por sua camuflagem, que apesar de não estar também totalmente errado, é um tanto menos compatível com a narrativa, acho que mais do que camuflar suas atitudes, os personagens são verdadeiros traidores.
A última cena com Nichols abrindo a torneira automática que comprou para sua pia, talvez indique que ele conseguiu seu objetivo, lavar toda a sujeira que encontrou pelo caminho.
Mais um daqueles documentários em que tudo é tão incrível, que mais parece ficção do que realidade.
SPOILERS ABAIXO
Peter Madsen, figura famosa na Dinamarca, comete um crime dentro do submarino que ele e seus colaboradores construíram. Induz a jornalista Kim Wall a viajar com ele no submarino, a ataca, esquarteja e joga seu corpo no mar.
Inventa histórias cada vez menos plausíveis para justificar o sumiço da jornalista, até que pedaços de seu corpo começam a aparecer nas águas.
Havia tantas evidências incriminatórias contra Peter que é incrível que ainda houvesse quem duvidasse de sua culpa. Embora não fique claro como ele a havia assassinado, não havia nenhuma dúvida sobre ter sido ele o autor do crime hediondo.
Por fim, Peter acaba condenado a prisão perpétua, embora imagino que um presídio na Dinamarca, não seja realmente tão ruim, como estar preso em algum país do terceiro mundo.
Como o documentário havia sido iniciado por sua diretora como um relato sobre os projetos do assassino, como a construção de um foguete "caseiro", para depois focar no assassinato, perde muito tempo com imagens da oficina, conversas entre seus colaboradores, depoimentos de Peter falando sobre seu trabalho e vários momentos pouco interessantes, deixando a narrativa arrastada e chata, pouco se aprofundando no assunto que realmente fez com que ficássemos atraídos para assistir ao documentário.
Atuações de medianas para ruins, num roteiro que começa com um plot bastante atual que parecia seguir uma narrativa mais realista para depois enveredar para um filme de vingança com roteiro absurdo.
Quer dizer que as duas amigas topam auxiliar Julia (Dina Meyer) em sua vingança sequestrando o homem que a estuprou sem se preocupar que estariam se metendo em sérios apuros? Elas resolvem matá-lo porque acharam que se ele saísse vivo do sequestro elas poderiam ir para a cadeia? Quer dizer que achavam que o sequestrando e forçando uma confissão sob a ameaça de uma arma, que não teria validade nenhuma, e depois o libertando ele não as denunciaria? No final, ainda terminam psicologicamente abaladas e assombradas pelo assassinato que cometeram.
O filme é chato, confuso, arrastado e com final decepcionante.
ALGUNS SPOILERS:
O protagonista Mathias, se muda com a namorada e o filho bebê para a casa que viveu na infância e a partir daí começa a desenvolver uma paranoia, muito mal explicada, em que aparentemente os sons (barulho, no título original) passam a incomodá-lo e influenciar em seu comportamento provocando delírios.
Há também ao lado da casa um fábrica abandonada, em que poderia ter ocorrido mortes que passam a ser investigadas por Mathias, mas nada fica esclarecido, e ao final, tudo parece alucinações de sua mente perturbada.
Ao final, descobrimos que sua mãe havia se suicidado ao se afogar num lago e que ele estava em seus braços e teria morrido, mas foi salvo por seu pai que se culpava pela morte da esposa e fala que deveria ter salvado a mulher primeiro, ou seja, se meu filho tivesse morrido, teria sido melhor. O que esta cena tem a ver com sua perturbação atual? Era isso que estava causando sua paranoia?
O que se salva no filme? O bebê que é bem fofinho...
O assassino sem nome, ou melhor com muitos nomes, na interpretação contida e excelente de Michael Fassbender, na qual conhecemos mais do personagem através de seus pensamentos com narração em "off", do que através dos poucos diálogos em que ele interage com outras pessoas.
Há muito de ironia nesses pensamentos como também em um assassino que executa seu trabalho ouvindo "The Smiths", a deliciosa banda pop britânica, o que já garante uma nostálgica trilha sonora.
Tendo o privilégio de ter uma coadjuvante de luxo, a sempre ótima Tilda Swinton, que protagoniza com Fassbender uma sequência em um restaurante, na qual, mesmo imaginando o final, não perdemos o interesse em acompanhar o discurso expositivo do personagem de Tilda, que passou a vida sabendo que aquele momento chegaria.
Talvez o final, possa parecer um anticlímax, já que tudo nos levava a crer que o assassino, após eliminar os dois matadores de aluguel que agrediram sua namorada (a brasileira Sophie Charlotte, com pequena participação numa cena no hospital com o rosto totalmente deformado, mas que pelo menos, aparece novamente na cena de encerramento agora exibindo sua beleza), não hesitaria em matar o "cliente" que ocasionou toda a sua via sacra de vingança, mas ele simplesmente chega até o homem e após uma ameaça, que estaria de olho nele e futuramente poderia matá-lo, vai embora. Fiquei pensando, o cara matou o coitado de um motorista de táxi e não mata o cara que foi o responsável pela agressão de sua amada e que pediu sua cabeça? Talvez seja esta a intenção, surpreender, no momento que esperávamos uma bala na cabeça do cliente, o assassino simplesmente vai embora.
David Fincher entrega um filme com um ritmo lento, mas nunca cansativo e suas quase duas horas passam rapidamente, em que a tensão é controlada e envolvente, um thriller enxuto e direto, não vemos nada de pirotecnia e exageros como explosões, sangue e pancadaria interminável (há uma cena longa de luta, filmada no escuro, talvez a única cena propriamente de ação), mesmo porque a narrativa não é centrada nas atitudes do personagem, mas sim no estudo de sua mente. e o que o leva justamente a agir. de modo pragmático e frio.
que tem uma grande reviravolta, me agradou, ao ir por uma linha policial e abandonar o sobrenatural, que foi insinuado durante a narrativa inteira, mas isso é por que não curto filmes sobre possessão demoníaca. Há também um lado de suspense psicológico e do quanto nossa mente pode ser manipulada ao ponto de acreditar no que não é real, como acontece com Bruce. Meio decepcionante saber que Angela, após inventar tudo e arruinar a vida de sua família, acabou saindo impune e ainda ficou famosa, mas se foi baseado em fatos reais, como é informado no começo, talvez tenha sido esse mesmo o desfecho, que até é mais realista, pois sabemos que às vezes (aqui no Brasil quase sempre) os culpados não são punidos.
que a verdadeira psicopata da história não era Cari, mas sim Liz. A partir do momento que Cari despaparece sem nenhum vestígio e começa a mandar mensagens somente por texto, já fica claro que não era ela a autora das ameaças e que algo muito grave havia acontecido. Só não fica explicado porque mesmo depois de David (o homem, que sem querer motivou tudo que aconteceu) voltar para o relacionamento, Liz coloca fogo em sua própria casa e acaba se afastando dele. Mas tentar entender atitudes de uma pessoa claramente perturbada, é mesmo difícil.
É um caso clássico de psicopatia levado ao extremo, uma mulher aparentemente normal, é capaz de matar a mulher que inicia uma relação com o homem que a havia dispensado, começa uma perseguição virtual obsessiva contra ele, colocando a culpa na mulher que ela havia assassinado, ao mesmo tempo que também começa a simular que ela mesma estava sofrendo ameaças e mesmo após conseguir que ele voltasse para ela, continua com sua obsessão levando a atitudes cada vez mais absurdas, como colocar fogo na própria casa e atirar na própria perna, agora para tentar incriminar a ex-esposa de David.
Só achei que os detalhes do julgamento poderiam ter sido mais explícitos, não foi apresentado como a promotoria utilizou os muitos indícios incriminatórios que tinha e também não vimos nenhum argumento da defesa, que por exemplo, poderia ter alegado insanidade (se isso foi uma estragégia da defesa, não ficamos sabendo).
Mesmo assim, o documentário tem um ritmo ágil, procura manter o suspense numa narrativa linear ancorado pelos depoimentos de David, de Amy, sua ex-esposa, dos policiais Jim e Ryan, que resolveram o caso e de Tony, especialista em TI, que foi vital para a solução do incrível plot twist da vida real.
Estranho que não tenha sido adaptado para o cinema, pelo menos que eu saiba.
"O vingador do futuro", quando descobrimos que tudo havia sido incutido na mente de Danny (Ben Affleck), numa espécie de realidade virtual. E, obviamente os poderes psíquicos de Danny e Diana (Alice Braga) tem muito de "Scanners". Começa como um filme tipicamente policial e depois vai para ficção científica.
Estas reviravoltas deixam a narrativa mais envolvente, apesar das referências de outros filmes, mais dificilmente hoje um filme possa ter algo que ainda não foi feito.
Diana, são os traços latinos da menina, bastante parecida com Alice Braga. Fiquei pensando como um casal tipicamente americano com uma mãe loira de olhos azuis, teria uma filha com aqueles traços. É claro que não imaginava todas as reviravoltas da trama.
É mais um filme de Liam Neeson na sua linha "heroi de ação", mas agora o ator cada vez mais velho, já não pode se dar ao luxo de ser indestrutível, então temos um personagem mais vulnerável e humano.
O enredo toca num ponto polêmico, que é a imigração clandestina na fronteira dos EUA com o México, mas não se aprofunda pois não é o foco do filme.
A relação entre Jim (Liam Neeson) e o garoto Miguel é bem construída e cativa, o desenvolvimento tem bom ritmo e o final
não faz concessões, e a cena em que ele morre sentado no banco do ônibus é um desfecho inesperado e mais próximo da realidade com um personagem que morre quando leva um tiro.
Acho que é o primeiro filme da Lituânia que eu assisto e foi uma grata surpresa.
O cinema feito nestas antigos países socialistas, em geral tem bastante qualidade, pelo menos os filmes de suspense e policiais, que são os meus preferidos. Já vi filmes da Hungria e Polônia com ótimos atores e roteiros, sempre com uma abordagem mais sombria que as produções inglesas e americanas.
SPOILERS ABAIXO:
O filme começa com o brutal assassinato de um policial, por acaso marido da amante do chefe de polícia Vytautas, que começa a tentar esconder o caso que tinha com a mulher da vítima, já que tinha pretensão de concorrer a prefeitura da cidade.
O espectador entende logo que não há "mocinhos" no filme, todos tem segredos que escondem crimes do passado, falhas de caráter e nesse ponto o roteiro acerta em não haver maniqueísmo colocando bons de um lado e maus do outro.
A narrativa intercala cenas do passado da época em que a Lituânia ainda fazia parte do bloco das repúblicas soviéticas.
Outros crimes começam a ocorrer e é revelado que trata-se de uma vingança, a princípio tudo leva a crer que seria do homem que foi injustamente condenado pelo crime que Vytautas e seus amigos cometeram no passado, o que os fizeram alvo da vingança, mas depois numa grande e inesperada reviravolta, descobrimos que o assassino vingador é na verdade o filho da mulher assassinada em 1990, que apareceu na cidade como procurador para investigar a morte da primeira vítima e que, até então, parecia ser o único personagem digno e com caráter no enredo. A grande sacada é que ele reabre a investigação que Vytautas havia encerrado para investigar um crime que ele mesmo havia cometido.
A trama tem uma narrativa bem desenvolvida e um final amarrado, só acho que dá uma escorregada na sua derradeira cena, que soa inverossímil e dramaticamente muito exagerada.
O filho pequeno, de uns 6 anos, de Vytautas, que ele ensinava a atirar, aparece no momento em que o assassino estava prestes a matá-lo e com 3 tiros certeiros mata o serial killer vingativo. Ironicamente ele havia sequestrado o menino e não teve coragem de matá-lo.
Como a criança apareceu naquele momento em um lugar distante da delegacia? Estava escondido no carro? Provavelmente, mas não fica claro, como também não fica claro se Vytautas sobreviveria ao tiro que havia levado antes que seu filhinho do ensino fundamental acabasse com o assassino.
Se sobrevivesse, com certeza não ganharia a eleição, embora sua adversária tenha sido queimada viva, mas a essa altura suas chances de ser candidato já seriam nulas, perderia a esposa e o emprego e provavelmente ainda teria que aguentar a perseguição da ex-amante obcecada e bêbada. Talvez fosse melhor morrer...
descobrimos que as vítimas faziam parte de uma espécie de "seita de pedófilos", um dos crimes mais repulsivos que o ser humano é capaz de praticar.
O romance entre os personagens me pareceu um tanto forçado com a rapidez que aconteceu, estão sempre discutindo, se provocando e aí ela do nada o beija, cena digna de romances mais açucarados.
andarilho que aparece e fica o filme inteiro construindo uma cerca, bastante dispensável. Era para ser um suspeito, obviamente para pensarmos que seria um dos garotos buscando vingança, perde-se bastante tempo de tela com um personagem que no final não faz absolutamente nada, ou melhor, fez uma cerca.
Visto na Prime Video com o título "De sol e sangue".
Mais do que uma investigação sobre assassinatos e o clássico "quem matou?", é uma crônica de costumes.
A ação tem lugar na belíssima região italiana do Veneto com suas maravilhosas vinícolas e vilas pitorescas que parecem congeladas no tempo.
A investigação é feita pelo simpático Stucky (Giuseppe Battiston), tímido e introspectivo inspetor, nativo da vila, que conhece todos os habitantes e tem uma relação conflitante mas ao mesmo tempo carinhosa com o tio que se hospedou em sua casa.
A trama é simples, a identidade do assassino até é surpreendente com uma boa revelação final para o motivo dos crimes e o desenvolvimento é lento com a ação intercalada pelas belíssimas paisagens.
Não vou aqui fazer comparações entre livro e filme, pois não li o livro, apenas li resenhas e críticas de pessoas que fizeram essas comparações, uma delas, o sempre ótimo texto do Adriano.
SPOILERS ABAIXO:
Posso dizer que "Doutor sono" me decepcionou um pouco enquanto uma continuação de "O iluminado", que considero um dos melhores filmes de suspense/terror de todos os tempos. Me decepcionou pois até o seu final, ele em nada lembrava o clássico filme de Stanley Kubrick, e isso não é culpa da adaptação de Mike Flanagan, que segundo li, foi bem fiel à obra em que foi baseado. O problema é que o Hotel Overloook era um cenário no fillme, personagem no livro, vital para o desenvolvimento do enredo, e como no livro ele é destruído por uma explosão, acaba só aparecendo no terço final do filme, e faz muita falta na sequência da história.
Flanagan acerta optando por situar o final do filme dentro do Overlook, escolhendo assim dar sequência ao desfecho do filme de 80 e não ao livro, já que na produção de Kubrick o hotel não foi destruído e uma continuação e "O iluminado" sem o hotel, mesmo que esta seja a escolha feita por Stephen King em sua obra, parece não fazer sentido, era essencial trazer o Overlook de volta e também seu icônico labirinto.
Acho que por gostar tanto de "O iluminado", é que "Doutor sono" tenha me desapontado, pois seu enredo é bom, sua narrativa é instigante, mas me lembra vários outros filmes com personagens com poderes psiquícos e, com exceção de seu final e as cenas de abertura com Danny ainda menino, não parecia uma continuação do célebre filme de 1980.
A partir do momento em que a ação tem lugar dentro do hotel, há uma série de homenagens ao filme de 1980, como na cena em que Dan bebe no bar do hotel servido por Henry Thomas (colaborador habitual de Flanagan) maquiado como Jack Nicholson, Dan perseguindo Abra com um machado pelos corredores do hotel e Rose perseguindo Abra pelo labirinto.
Os diretores continuam matando personagens que não morrem no livro, Kubrick matou Dick Hallonran e Flanagan mata Dan, agora com a explosão da caldeira do hotel que deveria ter acontecido 30 anos antes, matando o filho no acidente que originalmente havia matado o pai dele, ambos personagens permaneceram vivos nos livros, mas estas parecem escolhas coerentes do roteiro, embora ninguém goste de ver os "mocinhos" da trama morrer..
As atuações são muito boas, Ewan McGregor é ótimo ator e tem o biotipo perfeito para o papel, Rebecca Ferguson (Rose, a Cartola) além de linda, constrói uma excelente vilã e a menina Kyliegh Curran (Abra), também entrega uma boa performance.
Friso, que é um bom filme com boas atuações, mas como assisti esperando ver mais de "O iluminado", ficou aquela sensação de que faltou algo, e ficou num meio termo entre seguir o livro de King ou tentar "consertar" o final do filme de Kubrick, finalmente explodindo o icônico Hotel Overlook.
Quando todos estamos com pena do velho maltratado pela cuidadora, descobrimos que ele havia torturado e assassinado a mãe da maluquete vingativa na frente dela quando criança. É claro que ficou previsível quando Michelle (Kristina Klebe, em atuação bem vergonha alheia, com algumas cenas constrangedoras) surge na porta de George que na verdade seria uma impostora e mais ainda quando ele começa a mostrar fotos do Vietnã, que a moça teria algo a ver com algum dos companheiros de batalha de George.
se George morre, já que a neta ao ouvir a confissão do avô, parece não muito disposta a salvá-lo e entendo que mentiu, ao dizer que já havia chamado o socorro.
Acho que a única coisa que vale neste filme é a beleza e a química do casal central, Sophia (MIscha Barton) e Adam (Ryan Eggold), pois é tudo muito confuso, não se decide por nenhum gênero, virando uma grande miscelânea caótica e arrastada.
O filme começa como um drama, envereda pelo romance, vira terror para terminar como romance espírita.
quando Adam desaparece, para onde ele foi? Ele havia se matado para provar para Sophia que existe vida após a morte? Se foi isso, como se matou? E para onde foi o sangue que Sophia viu e que some quando a polícia chega? Ela diz que vai se matar "temporariamente" para achá-lo e depois resolve que quer morrer? Mas afinal onde ele ou, melhor, seu corpo estava? Aquele final dos dois na praia no "além", não poderia ser mais piegas...
Um filme que reúne vários clichês mas os desenvolve de forma eficiente, resultando num thriller tenso e envolvente.
A ótima atuação dos protagonistas ajuda a tornar a experiência convincente, Rachel Nichols (Angela) e Wes Bentley (Thomas) estão perfeitos nos seus personagens, ela como a mulher "workaholic", aparentemente frágil, que descobre sua força ao lutar pela sobrevivência e ele, como o sujeito solitário que desenvolve uma paixão platônica, revelando-se aos poucos um psicopata descontrolado. Os dois ocupam sozinhos a tela durante praticamente toda a narrativa.
Filmado em um estacionamento real de um prédio, a ambientação ajuda a retratar com competência a angústia de Angela, sentindo-se presa e acuada, a sensação de claustrofobia em um ambiente vasto mas opressivo.
É claro que não pude deixar de pensar que Thomas, bonito daquele jeito, se não fosse tão perturbado, teria todas as chances de conquistar a também solitária Angela... rsrsrs...
Filme para a TV com claras influências do clássico "Janela Indiscreta" do mestre Hitchcock.
David Soul vinha do sucesso da série dos anos 70, "Starsky e Hutch" e tem boa atuação, como o músico introspectivo que observava a vizinha e depois descobre que também era por ela observado.
Apesar do ritmo lento, o suspense é bem conduzido, com um final que reforça que o voyeurismo é o mote principal da narrativa.
No final, o que menos importa é a identidade do assassino, o chefe de segurança do condomínio, cujo personagem mal havia aparecido antes de ser revelado como o serial killer.
Como curiosidade, vemos Ted Levine (da série Monk) e Dennis Farina (Law & Order) em pontas como policiais.
Marcas de uma Obsessão
2.9 10O filme tem trama clichê, mas consegue entreter.
Shannen Doherty, a eterna Brenda de "Barrados no baile", tem atuação convincente como a namorada obcecada que não aceita o término do relacionameno. Difícl é acreditar que uma mulher linda e jovem, fica alucinada por um homem bem mais velho e feio. William Devane está longe de ser um coroa bonitão e aparenta até mais do que os 53 anos que tinha na época do filme.
Há uma explicação que ela tinha trauma pela pouca atenção que o pai lhe dedicava e projetava isso no personagem de Devane, mas mesmo assim, poderiam ter escolhido um ator mais atraente.
Night of the Blood Beast
1.9 2 Assista AgoraSci-fi da década de 50 de baixo orçamento e com efeitos especiais simplórios, de acordo com a época, mas seu roteiro não é desprezível.
SPOILERS ABAIXO:
Com uma premissa parecida com a do clássico "O dia em que a terra parou" de 1951, um alienígena que se apresenta como amistoso, mas diferente do personagem Klaatu do icônico filme, que queria propor a paz entre os planetas, a criatura deste (tosca, mas eram os ano 50) tinha planos maquiávelicos de acabar com a população da terra e povoá-la com sua raça.
Como disse o comentário abaixo, décadas antes de outro clássico da ficcção científica "Alien, o oitavo passageiro" de 1979, este filme apresenta um ser humano usado como hospedeiro de criaturas alienígenas. Nâo sei se algum outro filme anterior, já havia apresentado esta premissa.
Dentro de suas limitações, vale como curiosidade.
A Casa do Medo
2.1 146 Assista AgoraSob um título nacional genérico está um filme genérico.
Colcha de retalhos de vários outros filmes, o que não seria problema, já que é muito difícil existir algo original que ainda não tenha sido feito, mas além dos clichês, é tudo muito sem emoção feito no piloto automático..
O enredo até consegue manter algum suspense
eu até achei que poderia ser algo na linha espírita, cheguei a achar que o garoto empreiteiro, por quem a protagonista se interessa, não existisse, já que nos primeiros encontros, ela sempre o via sozinha e estava diagnosticada como esquizofrênica, para no final ser mais um filme de invasão domiciliar. No caso, alguém que morou na casa e ficou escondido nela depois que novos moradores mudaram para lá.
O personagem do namoradinho e o do pai da menina vizinha, feito pelo conhecido Tom Sizemore, não serviram absolutamente para nada.
Visões Mortais
1.6 10 Assista AgoraUma hora e quarenta minutos com basicamente as mesmas cenas se repetindo, uma mulher internada em um manicômio tendo alucinações enquanto é tratada por um bando de gente sádica e com aparência suspeita.
Confesso que não imaginei o desfecho, mas isso não melhora em nada o desenvolvimento que é extremamente chato e com atuações muito ruins.
Uma produção conjunta entre Espanha e Canadá. O cinema espanhol de suspense costuma apresentar bons filmes, o que definitivamente não é o caso deste.
No final, um "baseado em fatos reais", e é difícil acreditar que aquela bobagem toda, ou algo parecido, tenha acontecido na realidade.
Sem Rastros
3.1 46Não gostei do desenvolvimento do filme, achei arrastado, longo, poderia ter meia hora a menos tranquilamente mas...
o plot twist final para mim foi muito inesperado, embora haja pistas como em toda boa reviravolta, eu não imaginei o desfecho.
A menina simplesmente não existia e era fruto de uma alucinação coletiva dos pais, que viviam em negação desde que ela morreu.
O exagero nas atitudes do casal após o sumiço da filha e os acontecimentos posteriores, como a insistência do xerife em não chamar o FBI, incomodaram pela pouca verossimilhança.
Como pais desesperados pelo sumiço da filha, continuam no camping, matam três pessoas inocentes sem mostrar abalo pelo fato?
Tudo é muito implausível e é lógico que apenas prepara a revelação, já que o casal não vivia a realidade, mas apenas um mundo no qual acreditavam que a filha ainda vivia. Para eles, as mortes eram justificadas, já que foram praticadas enquanto "procuravam" a filha.
Pelo final, acho que o filme se redimiu, em parte, da narrativa tediosa e implausível.
Um Passado Sombrio
3.1 127 Assista AgoraSPOILERS ABAIXO:
O crimes em si, os sequestros das crianças, não são o foco principal da narrativa, os fatos são apenas os gatilhos para desvendar o psicológico de Alice (Daniele MacDonald, em ótima atuação) e Ronnie (Dakota Fanning).
Enquanto Ronnie se torna retraída e melancólica, Alice se mostra manipuladora, cruel e astuciosa.
Não menos desprezível, é a atitude de Helen (Diane Lane), mãe de Alice, que para proteger a filha, mesmo sabendo da fragilidade mental de Ronnie, induz a menina a não contar o que havia acontecido, diminuindo a culpa de sua filha, que, sabemos ao final era quem havia pegado a bebê e obrigado Ronnie, frágil e instável, a matar a criança.
A detetive (Elizabeth Banks) que havia investigado o sequestro anterior e estava também no novo sequestro, também se mostra profundamente abalada e culpada pela morte da criança e vê no novo caso uma chance de redenção ao mesmo tempo que teme que o desfecho desastroso se repita.
Um novo sequestro de uma criança afro-americana ocorre, e as suspeitas recaem novamente sobre as duas meninas que foram condenadas a sete anos de reclusão num reformatório e agora estavam livres.
Descobrimos que era Alice, que havia engravidado no reformatório e doado a menina, quem havia feito o novo sequestro, acreditando que a criança era sua filha perdida. e quando descoberta, tenta incriminar Ronnie, além de acusar o rapaz que a havia engravidado e que estava escondendo a criança, a seu pedido. Além de acusá-lo de ter arquitetado o sequestro, ainda o acusou de estupro.
Enquanto Alice termina a narrativa alardeando sua inocência, revelando sua personalidade sociopata, Ronnie totalmente afogada em culpa e remorso, se suicida.
Muitos viram o filme somente como um "policial". quando na verdade, como disse, os sequestros, apenas servem para motivar o verdadeiro foco da narrativa, um mergulho na mente das duas adolescentes, de personalidades totalmente diversas e que espelham isso na forma com que reagem à uma tragédia na infância que continuou repercutindo na vida de ambas.
Camaleões
3.3 194 Assista AgoraUm filme em que os detalhes, que parecem pouco relevantes na narrativa, são mais importantes do que a resolução do caso em si.
Benicio del Toro é o policial Tom Nichols, que muitos dizem que está atuando no piloto automático, me parece ter entendido que o seu personagem é alguém extenuado com seu trabalho ao mesmo tempo que é apaixonado por ele. Não acho uma atuação automática, mas introspectiva, captando as nuances de seu personagem.
A trama investigativa em si
mostra-se mais importante para desvendar a corrupção policial e a traição ao policial honesto do que desvendar o "quem matou?", já que todos na delegacia estavam envolvidos no esquema. O problema, é um policial tão experiente como Nichols, não imaginar que o chefe da delegacia também estaria envolvido, e que tudo aquilo poderia acontecer sem seu conhecimento. Aquelas conveniências de roteiro que incomodam.
Alicia Silverstone, mostrando que as musas dos anos 90 envelhecem, tem um personagem que serve de escada para Del Toro, com uma subtrama dispensável, em que ele teme ser traído pela mulher e o jovem empreiteiro que fazia a reforma da casa deles.
É uma narrativa com cenas para muitos dispensáveis, mas que na verdade, focam naquilo que interessa, mostrar o relacionamento entre os colegas policiais, a chamada "irmandade", por este motivo temos várias cenas de confraternização que a princípio, parecem não ter influência alguma no enredo, mas que são vitais para mostrar esse companheirismo.
O título em inglês "Reptile" (Réptil) me parece mais adequado, pois Nichols está mesmo num antro de cobras, já o título nacional opta por "Camaleões", réptil conhecido por sua camuflagem, que apesar de não estar também totalmente errado, é um tanto menos compatível com a narrativa, acho que mais do que camuflar suas atitudes, os personagens são verdadeiros traidores.
A última cena com Nichols abrindo a torneira automática que comprou para sua pia, talvez indique que ele conseguiu seu objetivo, lavar toda a sujeira que encontrou pelo caminho.
Assassinato nas Profundezas
3.1 19Mais um daqueles documentários em que tudo é tão incrível, que mais parece ficção do que realidade.
SPOILERS ABAIXO
Peter Madsen, figura famosa na Dinamarca, comete um crime dentro do submarino que ele e seus colaboradores construíram. Induz a jornalista Kim Wall a viajar com ele no submarino, a ataca, esquarteja e joga seu corpo no mar.
Inventa histórias cada vez menos plausíveis para justificar o sumiço da jornalista, até que pedaços de seu corpo começam a aparecer nas águas.
Havia tantas evidências incriminatórias contra Peter que é incrível que ainda houvesse quem duvidasse de sua culpa. Embora não fique claro como ele a havia assassinado, não havia nenhuma dúvida sobre ter sido ele o autor do crime hediondo.
Por fim, Peter acaba condenado a prisão perpétua, embora imagino que um presídio na Dinamarca, não seja realmente tão ruim, como estar preso em algum país do terceiro mundo.
Como o documentário havia sido iniciado por sua diretora como um relato sobre os projetos do assassino, como a construção de um foguete "caseiro", para depois focar no assassinato, perde muito tempo com imagens da oficina, conversas entre seus colaboradores, depoimentos de Peter falando sobre seu trabalho e vários momentos pouco interessantes, deixando a narrativa arrastada e chata, pouco se aprofundando no assunto que realmente fez com que ficássemos atraídos para assistir ao documentário.
Segredos Fatais
1.8 23 Assista AgoraNão sei se é produção da Lifetime, mas parece.
Atuações de medianas para ruins, num roteiro que começa com um plot bastante atual que parecia seguir uma narrativa mais realista para depois enveredar para um filme de vingança com roteiro absurdo.
Quer dizer que as duas amigas topam auxiliar Julia (Dina Meyer) em sua vingança sequestrando o homem que a estuprou sem se preocupar que estariam se metendo em sérios apuros?
Elas resolvem matá-lo porque acharam que se ele saísse vivo do sequestro elas poderiam ir para a cadeia?
Quer dizer que achavam que o sequestrando e forçando uma confissão sob a ameaça de uma arma, que não teria validade nenhuma, e depois o libertando ele não as denunciaria?
No final, ainda terminam psicologicamente abaladas e assombradas pelo assassinato que cometeram.
O Som do Caos
1.5 74 Assista AgoraO filme é chato, confuso, arrastado e com final decepcionante.
ALGUNS SPOILERS:
O protagonista Mathias, se muda com a namorada e o filho bebê para a casa que viveu na infância e a partir daí começa a desenvolver uma paranoia, muito mal explicada, em que aparentemente os sons (barulho, no título original) passam a incomodá-lo e influenciar em seu comportamento provocando delírios.
Há também ao lado da casa um fábrica abandonada, em que poderia ter ocorrido mortes que passam a ser investigadas por Mathias, mas nada fica esclarecido, e ao final, tudo parece alucinações de sua mente perturbada.
Ao final, descobrimos que sua mãe havia se suicidado ao se afogar num lago e que ele estava em seus braços e teria morrido, mas foi salvo por seu pai que se culpava pela morte da esposa e fala que deveria ter salvado a mulher primeiro, ou seja, se meu filho tivesse morrido, teria sido melhor. O que esta cena tem a ver com sua perturbação atual? Era isso que estava causando sua paranoia?
O que se salva no filme? O bebê que é bem fofinho...
O Assassino
3.3 515ALGUNS SPOILERS
O assassino sem nome, ou melhor com muitos nomes, na interpretação contida e excelente de Michael Fassbender, na qual conhecemos mais do personagem através de seus pensamentos com narração em "off", do que através dos poucos diálogos em que ele interage com outras pessoas.
Há muito de ironia nesses pensamentos como também em um assassino que executa seu trabalho ouvindo "The Smiths", a deliciosa banda pop britânica, o que já garante uma nostálgica trilha sonora.
Tendo o privilégio de ter uma coadjuvante de luxo, a sempre ótima Tilda Swinton, que protagoniza com Fassbender uma sequência em um restaurante, na qual, mesmo imaginando o final, não perdemos o interesse em acompanhar o discurso expositivo do personagem de Tilda, que passou a vida sabendo que aquele momento chegaria.
Talvez o final, possa parecer um anticlímax, já que tudo nos levava a crer que o assassino, após eliminar os dois matadores de aluguel que agrediram sua namorada (a brasileira Sophie Charlotte, com pequena participação numa cena no hospital com o rosto totalmente deformado, mas que pelo menos, aparece novamente na cena de encerramento agora exibindo sua beleza), não hesitaria em matar o "cliente" que ocasionou toda a sua via sacra de vingança, mas ele simplesmente chega até o homem e após uma ameaça, que estaria de olho nele e futuramente poderia matá-lo, vai embora.
Fiquei pensando, o cara matou o coitado de um motorista de táxi e não mata o cara que foi o responsável pela agressão de sua amada e que pediu sua cabeça? Talvez seja esta a intenção, surpreender, no momento que esperávamos uma bala na cabeça do cliente, o assassino simplesmente vai embora.
David Fincher entrega um filme com um ritmo lento, mas nunca cansativo e suas quase duas horas passam rapidamente, em que a tensão é controlada e envolvente, um thriller enxuto e direto, não vemos nada de pirotecnia e exageros como explosões, sangue e pancadaria interminável (há uma cena longa de luta, filmada no escuro, talvez a única cena propriamente de ação), mesmo porque a narrativa não é centrada nas atitudes do personagem, mas sim no estudo de sua mente. e o que o leva justamente a agir. de modo pragmático e frio.
Regressão
2.8 535 Assista AgoraAssisti mais por causa da direção de Alejandro Amenábar, que é diretor de um dos meus filmes preferidos, o sensacional "Os outros" de 2001.
O filme tem um desenvolvimento bom, apesar de arrastado, prende a atenção, embora as atuações sejam medianas, principalmente de Ema Watson.
O final
que tem uma grande reviravolta, me agradou, ao ir por uma linha policial e abandonar o sobrenatural, que foi insinuado durante a narrativa inteira, mas isso é por que não curto filmes sobre possessão demoníaca.
Há também um lado de suspense psicológico e do quanto nossa mente pode ser manipulada ao ponto de acreditar no que não é real, como acontece com Bruce.
Meio decepcionante saber que Angela, após inventar tudo e arruinar a vida de sua família, acabou saindo impune e ainda ficou famosa, mas se foi baseado em fatos reais, como é informado no começo, talvez tenha sido esse mesmo o desfecho, que até é mais realista, pois sabemos que às vezes (aqui no Brasil quase sempre) os culpados não são punidos.
Amante, Stalker e Mortal
3.5 66 Assista AgoraEste é mais um daqueles casos em que podemos dizer que a vida não só imita a arte, como a supera.
A mulher desta narrativa, ultrapassa os limites da psicopatia do personagem de Glenn Close no famoso filme "Atração fatal" de 1987.
É claro que para quem já assistiu muitos filmes de suspense, não foi difícil descobrir
que a verdadeira psicopata da história não era Cari, mas sim Liz. A partir do momento que Cari despaparece sem nenhum vestígio e começa a mandar mensagens somente por texto, já fica claro que não era ela a autora das ameaças e que algo muito grave havia acontecido.
Só não fica explicado porque mesmo depois de David (o homem, que sem querer motivou tudo que aconteceu) voltar para o relacionamento, Liz coloca fogo em sua própria casa e acaba se afastando dele. Mas tentar entender atitudes de uma pessoa claramente perturbada, é mesmo difícil.
É um caso clássico de psicopatia levado ao extremo, uma mulher aparentemente normal, é capaz de matar a mulher que inicia uma relação com o homem que a havia dispensado, começa uma perseguição virtual obsessiva contra ele, colocando a culpa na mulher que ela havia assassinado, ao mesmo tempo que também começa a simular que ela mesma estava sofrendo ameaças e mesmo após conseguir que ele voltasse para ela, continua com sua obsessão levando a atitudes cada vez mais absurdas, como colocar fogo na própria casa e atirar na própria perna, agora para tentar incriminar a ex-esposa de David.
Só achei que os detalhes do julgamento poderiam ter sido mais explícitos, não foi apresentado como a promotoria utilizou os muitos indícios incriminatórios que tinha e também não vimos nenhum argumento da defesa, que por exemplo, poderia ter alegado insanidade (se isso foi uma estragégia da defesa, não ficamos sabendo).
Mesmo assim, o documentário tem um ritmo ágil, procura manter o suspense numa narrativa linear ancorado pelos depoimentos de David, de Amy, sua ex-esposa, dos policiais Jim e Ryan, que resolveram o caso e de Tony, especialista em TI, que foi vital para a solução do incrível plot twist da vida real.
Estranho que não tenha sido adaptado para o cinema, pelo menos que eu saiba.
Hypnotic: Ameaça Invisível
2.7 123 Assista AgoraO filme começa dando a impressão que seria uma coisa e depois é outra, quando ocorrem várias reviravoltas que tem referências de
"O vingador do futuro", quando descobrimos que tudo havia sido incutido na mente de Danny (Ben Affleck), numa espécie de realidade virtual. E, obviamente os poderes psíquicos de Danny e Diana (Alice Braga) tem muito de "Scanners". Começa como um filme tipicamente policial e depois vai para ficção científica.
Estas reviravoltas deixam a narrativa mais envolvente, apesar das referências de outros filmes, mais dificilmente hoje um filme possa ter algo que ainda não foi feito.
Um indício da verdadeira identidade de
Diana, são os traços latinos da menina, bastante parecida com Alice Braga. Fiquei pensando como um casal tipicamente americano com uma mãe loira de olhos azuis, teria uma filha com aqueles traços. É claro que não imaginava todas as reviravoltas da trama.
O personagem de Alice Braga
começa como heroína, vai para vilã e no final volta a ser a heroína.
E tem ainda um último e surpreendente plot twist em uma cena pós créditos
A Assassina Perfeita
2.6 6 Assista AgoraDrama policial húngaro, com enredo confuso e atuações medianas.
Na Mira do Perigo
2.8 88 Assista AgoraÉ mais um filme de Liam Neeson na sua linha "heroi de ação", mas agora o ator cada vez mais velho, já não pode se dar ao luxo de ser indestrutível, então temos um personagem mais vulnerável e humano.
O enredo toca num ponto polêmico, que é a imigração clandestina na fronteira dos EUA com o México, mas não se aprofunda pois não é o foco do filme.
A relação entre Jim (Liam Neeson) e o garoto Miguel é bem construída e cativa, o desenvolvimento tem bom ritmo e o final
não faz concessões, e a cena em que ele morre sentado no banco do ônibus é um desfecho inesperado e mais próximo da realidade com um personagem que morre quando leva um tiro.
A Geração do Mal
3.3 18 Assista AgoraAcho que é o primeiro filme da Lituânia que eu assisto e foi uma grata surpresa.
O cinema feito nestas antigos países socialistas, em geral tem bastante qualidade, pelo menos os filmes de suspense e policiais, que são os meus preferidos. Já vi filmes da Hungria e Polônia com ótimos atores e roteiros, sempre com uma abordagem mais sombria que as produções inglesas e americanas.
SPOILERS ABAIXO:
O filme começa com o brutal assassinato de um policial, por acaso marido da amante do chefe de polícia Vytautas, que começa a tentar esconder o caso que tinha com a mulher da vítima, já que tinha pretensão de concorrer a prefeitura da cidade.
O espectador entende logo que não há "mocinhos" no filme, todos tem segredos que escondem crimes do passado, falhas de caráter e nesse ponto o roteiro acerta em não haver maniqueísmo colocando bons de um lado e maus do outro.
A narrativa intercala cenas do passado da época em que a Lituânia ainda fazia parte do bloco das repúblicas soviéticas.
Outros crimes começam a ocorrer e é revelado que trata-se de uma vingança, a princípio tudo leva a crer que seria do homem que foi injustamente condenado pelo crime que Vytautas e seus amigos cometeram no passado, o que os fizeram alvo da vingança, mas depois numa grande e inesperada reviravolta, descobrimos que o assassino vingador é na verdade o filho da mulher assassinada em 1990, que apareceu na cidade como procurador para investigar a morte da primeira vítima e que, até então, parecia ser o único personagem digno e com caráter no enredo. A grande sacada é que ele reabre a investigação que Vytautas havia encerrado para investigar um crime que ele mesmo havia cometido.
A trama tem uma narrativa bem desenvolvida e um final amarrado, só acho que dá uma escorregada na sua derradeira cena, que soa inverossímil e dramaticamente muito exagerada.
O filho pequeno, de uns 6 anos, de Vytautas, que ele ensinava a atirar, aparece no momento em que o assassino estava prestes a matá-lo e com 3 tiros certeiros mata o serial killer vingativo. Ironicamente ele havia sequestrado o menino e não teve coragem de matá-lo.
Como a criança apareceu naquele momento em um lugar distante da delegacia? Estava escondido no carro? Provavelmente, mas não fica claro, como também não fica claro se Vytautas sobreviveria ao tiro que havia levado antes que seu filhinho do ensino fundamental acabasse com o assassino.
Se sobrevivesse, com certeza não ganharia a eleição, embora sua adversária tenha sido queimada viva, mas a essa altura suas chances de ser candidato já seriam nulas, perderia a esposa e o emprego e provavelmente ainda teria que aguentar a perseguição da ex-amante obcecada e bêbada. Talvez fosse melhor morrer...
Costa Partida
3.3 13 Assista AgoraTendo como cenário as belíssimas paisagens da costa australiana, intercala bem o drama com a investigação policial.
O ritmo é lento e ao final
descobrimos que as vítimas faziam parte de uma espécie de "seita de pedófilos", um dos crimes mais repulsivos que o ser humano é capaz de praticar.
O romance entre os personagens me pareceu um tanto forçado com a rapidez que aconteceu, estão sempre discutindo, se provocando e aí ela do nada o beija, cena digna de romances mais açucarados.
Também achei que o personagem
andarilho que aparece e fica o filme inteiro construindo uma cerca, bastante dispensável. Era para ser um suspeito, obviamente para pensarmos que seria um dos garotos buscando vingança, perde-se bastante tempo de tela com um personagem que no final não faz absolutamente nada, ou melhor, fez uma cerca.
O Último Prosecco
3.6 4 Assista AgoraVisto na Prime Video com o título "De sol e sangue".
Mais do que uma investigação sobre assassinatos e o clássico "quem matou?", é uma crônica de costumes.
A ação tem lugar na belíssima região italiana do Veneto com suas maravilhosas vinícolas e vilas pitorescas que parecem congeladas no tempo.
A investigação é feita pelo simpático Stucky (Giuseppe Battiston), tímido e introspectivo inspetor, nativo da vila, que conhece todos os habitantes e tem uma relação conflitante mas ao mesmo tempo carinhosa com o tio que se hospedou em sua casa.
A trama é simples, a identidade do assassino até é surpreendente com uma boa revelação final para o motivo dos crimes e o desenvolvimento é lento com a ação intercalada pelas belíssimas paisagens.
Doutor Sono
3.7 1,0K Assista AgoraNão vou aqui fazer comparações entre livro e filme, pois não li o livro, apenas li resenhas e críticas de pessoas que fizeram essas comparações, uma delas, o sempre ótimo texto do Adriano.
SPOILERS ABAIXO:
Posso dizer que "Doutor sono" me decepcionou um pouco enquanto uma continuação de "O iluminado", que considero um dos melhores filmes de suspense/terror de todos os tempos. Me decepcionou pois até o seu final, ele em nada lembrava o clássico filme de Stanley Kubrick, e isso não é culpa da adaptação de Mike Flanagan, que segundo li, foi bem fiel à obra em que foi baseado. O problema é que o Hotel Overloook era um cenário no fillme, personagem no livro, vital para o desenvolvimento do enredo, e como no livro ele é destruído por uma explosão, acaba só aparecendo no terço final do filme, e faz muita falta na sequência da história.
Flanagan acerta optando por situar o final do filme dentro do Overlook, escolhendo assim dar sequência ao desfecho do filme de 80 e não ao livro, já que na produção de Kubrick o hotel não foi destruído e uma continuação e "O iluminado" sem o hotel, mesmo que esta seja a escolha feita por Stephen King em sua obra, parece não fazer sentido, era essencial trazer o Overlook de volta e também seu icônico labirinto.
Acho que por gostar tanto de "O iluminado", é que "Doutor sono" tenha me desapontado, pois seu enredo é bom, sua narrativa é instigante, mas me lembra vários outros filmes com personagens com poderes psiquícos e, com exceção de seu final e as cenas de abertura com Danny ainda menino, não parecia uma continuação do célebre filme de 1980.
A partir do momento em que a ação tem lugar dentro do hotel, há uma série de homenagens ao filme de 1980, como na cena em que Dan bebe no bar do hotel servido por Henry Thomas (colaborador habitual de Flanagan) maquiado como Jack Nicholson, Dan perseguindo Abra com um machado pelos corredores do hotel e Rose perseguindo Abra pelo labirinto.
Os diretores continuam matando personagens que não morrem no livro, Kubrick matou Dick Hallonran e Flanagan mata Dan, agora com a explosão da caldeira do hotel que deveria ter acontecido 30 anos antes, matando o filho no acidente que originalmente havia matado o pai dele, ambos personagens permaneceram vivos nos livros, mas estas parecem escolhas coerentes do roteiro, embora ninguém goste de ver os "mocinhos" da trama morrer..
As atuações são muito boas, Ewan McGregor é ótimo ator e tem o biotipo perfeito para o papel, Rebecca Ferguson (Rose, a Cartola) além de linda, constrói uma excelente vilã e a menina Kyliegh Curran (Abra), também entrega uma boa performance.
Friso, que é um bom filme com boas atuações, mas como assisti esperando ver mais de "O iluminado", ficou aquela sensação de que faltou algo, e ficou num meio termo entre seguir o livro de King ou tentar "consertar" o final do filme de Kubrick, finalmente explodindo o icônico Hotel Overlook.
Demência
2.3 22A única boa atuação é do protagonista Gene Jones (George) que faz o velho.
Tudo é previsível, mas com um plot twist final.
Quando todos estamos com pena do velho maltratado pela cuidadora, descobrimos que ele havia torturado e assassinado a mãe da maluquete vingativa na frente dela quando criança.
É claro que ficou previsível quando Michelle (Kristina Klebe, em atuação bem vergonha alheia, com algumas cenas constrangedoras) surge na porta de George que na verdade seria uma impostora e mais ainda quando ele começa a mostrar fotos do Vietnã, que a moça teria algo a ver com algum dos companheiros de batalha de George.
Ficamos sem saber
se George morre, já que a neta ao ouvir a confissão do avô, parece não muito disposta a salvá-lo e entendo que mentiu, ao dizer que já havia chamado o socorro.
Vou te Seguir na Escuridão
2.5 49 Assista AgoraAcho que a única coisa que vale neste filme é a beleza e a química do casal central, Sophia (MIscha Barton) e Adam (Ryan Eggold), pois é tudo muito confuso, não se decide por nenhum gênero, virando uma grande miscelânea caótica e arrastada.
O filme começa como um drama, envereda pelo romance, vira terror para terminar como romance espírita.
Além disso, eu simplesmente não entendi...
quando Adam desaparece, para onde ele foi? Ele havia se matado para provar para Sophia que existe vida após a morte? Se foi isso, como se matou? E para onde foi o sangue que Sophia viu e que some quando a polícia chega? Ela diz que vai se matar "temporariamente" para achá-lo e depois resolve que quer morrer? Mas afinal onde ele ou, melhor, seu corpo estava?
Aquele final dos dois na praia no "além", não poderia ser mais piegas...
P2: Sem Saída
3.1 475 Assista AgoraUm filme que reúne vários clichês mas os desenvolve de forma eficiente, resultando num thriller tenso e envolvente.
A ótima atuação dos protagonistas ajuda a tornar a experiência convincente, Rachel Nichols (Angela) e Wes Bentley (Thomas) estão perfeitos nos seus personagens, ela como a mulher "workaholic", aparentemente frágil, que descobre sua força ao lutar pela sobrevivência e ele, como o sujeito solitário que desenvolve uma paixão platônica, revelando-se aos poucos um psicopata descontrolado. Os dois ocupam sozinhos a tela durante praticamente toda a narrativa.
Filmado em um estacionamento real de um prédio, a ambientação ajuda a retratar com competência a angústia de Angela, sentindo-se presa e acuada, a sensação de claustrofobia em um ambiente vasto mas opressivo.
É claro que não pude deixar de pensar que Thomas, bonito daquele jeito, se não fosse tão perturbado, teria todas as chances de conquistar a também solitária Angela... rsrsrs...
Na Mira da Morte
2.5 8Filme para a TV com claras influências do clássico "Janela Indiscreta" do mestre Hitchcock.
David Soul vinha do sucesso da série dos anos 70, "Starsky e Hutch" e tem boa atuação, como o músico introspectivo que observava a vizinha e depois descobre que também era por ela observado.
Apesar do ritmo lento, o suspense é bem conduzido, com um final que reforça que o voyeurismo é o mote principal da narrativa.
No final, o que menos importa é a identidade do assassino, o chefe de segurança do condomínio, cujo personagem mal havia aparecido antes de ser revelado como o serial killer.
Como curiosidade, vemos Ted Levine (da série Monk) e Dennis Farina (Law & Order) em pontas como policiais.