Na HBO, esta temporada está classificada como a segunda, já que as três anteriores foram unidas em uma única.
Um enredo intrigante em que um jovem aparentemente esquizôfrenico invade o escritório de Cormoran e afirma ter testemunhado um assassinato quando criança. Ao mesmo tempo, o detetive é procurado por um ministro que está sendo chantageado e quer descobrir os autores da chantagem.
aparentamente sem ligação, acabam se tornando um único, quando descobrimos que a vitima do suposto assassinato que o jovem perturbado afirma ter visto, não morreu e é o filho do ministro que contratou Cormoran, e que acaba sendo assassinado. No final, o filho, que não morreu quando criança, é o assassino do pai ministro em uma trama que envolve adultério e o roubo de um quadro valioso.
que não ia bem, acaba chegando ao final quando ela descobre que está sendo traída pelo marido ao mesmo tempo que a ex-noiva de Cormoran, casada e com um barrigão de grávida, começa a persegui-lo para tentar voltar com o relacionamento. Mesmo com Robin solteira, parece que o casal continuará com o relacionamento apenas profissional.
Na HBO, os 3 primeiros casos foram unidos como uma única temporada de 7 episódios, sendo três episódios para o "O chamado do Cuco", dois para "O bicho da seda" e dois para este "Vocação para o mal".
A trama é eletrizante pois coloca Robin (Holliday Grainger) em perigo. Cormoran (Tom Burke) tem que investigar desafetos do passado como possíveis autores das ameaças.
temos aquelas cenas típicas de novelas, com Cormoran correndo para chegar até a cerimônia do casamento de Robin e nós, que torcemos pelo casal, imaginamos que impedindo que ela se casasse. Mas não é o que acontece, Cormoran chega pouco antes do "sim", derruba sem querer um vaso da igreja, chama atenção para sua presença, mas Robin olha para ele, sorri e aceita Matt como legítimo esposo.
Uma certa decepção com este final, mas sabemos que a série tem que continuar com nossa torcida pelo casal, mais uma vez ressalto o acerto na escolha de ambos que se encaixam perfeitamente nos personagens com excelente química.
Todos os comentários fazem a comparação entre a série e o livro, como não li o livro, meu comentário obviamente não será feito sob essa ótica.
A sequência inicial é maravilhosa, culminando com o suposto suicídio da supermodelo Lula Landry. A partir daí uma trama envolvente que tem como cenário a cosmopolita Londres.
Cormoran Strike (Tom Burke) é um personagem fascinante na sua amargura que encontra em Robin (Holliday Grainger) a parceira ideal, que ilumina seus momentos de angústia e solidão, além de ajudá-lo nas suas atividades investigativas com uma esperteza aguda.
A dupla de protagonistas tem uma química explosiva, Tom Burke tem o tipo físico ideal para o amargurado Strike e Hollyday Grainger, além de linda e boa atriz, é perfeita para o personagem. Assim, além de nos envolvermos com o caso que eles investigam, nos pegamos torcendo para que eles consumem o que seus olhares e gestos insinuam.
O formato da apresentação da antologia foi mantido, o que era básico para manter a essência da série, então os segmentos são intercalados por simulação de quadrinhos com a clássica figura da caveira.
Como toda antologia, os episódios são irregulares, alguns bons, outros nem tanto. Nenhum, em minha opinião, ótimo. Cada episódio tem duas narrativas.
ALGUNS SPOILERS!
Episódio 1 "Matéria cinzenta" - baseada em conto de Stephen King. Bastante bizarra e com final repentino. Pode ser entendido como uma metáfora sobre o alcoolismo, mas é apenas uma percepção. "A casa da cabeça" - O pior segmento da temporada. Uma menina percebe que os bonecos de sua casa de bonecas se mexem sozinhos. Cenas repetitivas, narrativa chata, final bobo
Episódio 2 "Lobo mau abatido" - uma história de lobisomem passada durante uma batalha da segunda guerra. Bons efeitos especiais, narrativa eletrizante. "O dedo" - Um rapaz encontra um dedo que é uma espécie de gremlin, pois ao ser molhado se transforma numa tipo de monstro que se vinga de quem ele não gostava. Plot twist final mas que deixa dúvidas no ar. Sobrenatural ou insanidade?
Episódio 3 "Noite de Halloween" - Crianças se encontram na noite de Halloween para ir pedir doces nas casas. A certa altura da narrativa, já percebemos que aquelas crianças não são crianças normais. Um conto sobre vingança. Previsível mas razoavelmente divertido. "O homem na mala" - Um conto bastante bizarro com uma "lição de moral". Não podemos ser tão egoístas a ponto de nos tornarmos insensíveis ao sofrimento alheio. O final é diabolicamente irônico.
Episódio 4 "O companheiro" - narrativa bastante sombria com bom desenvolvimento, sobre um garoto abusado pelo irmão que realiza uma vingança macabra. "Cara metade de Lydia Layne" - Alegoria do mundo corporativo, divertido e com bastante humor negro.
Episódio 5 "A noite da pata" - Mais uma adaptação do clássico conto de terror "A pata do macaco". Insere vários elementos que não existem no conto original e até que consegue criar uma narrativa envolvente. "Os tempos são difícies em Musk Holler" - Um conto sobre zumbis, meio confuso. Quem não virou zumbi entrega os "traidores", mas nada fica muito claro.
Episódio 6 "Rastejadores" - Bastante humor negro e ironia numa narrativa bastante crítica do culto ao corpo e à ditadura das aparências "Perto da água prateada do Lago Champlain" ´ - Variação da lenda do monstro do Lago Ness num enredo que envolve violência doméstica.
O primeiro episódio tem uma qualidade absurda, consegue envolver e despertar interesse para não abandonar o resto da série, que decai nos episódios posteriores em comparação ao primeiro, mas não a ponto de dizer que são ruins.
Não li os livros em que a série se baseia, portanto não posso comparar a obra literária com a televisiva. O enredo claramente revisita o mito de Drácula, no lugar do navio o avião, mas está tudo lá, o caixão, a transformação das vítimas, a submissão ao mestre. Temos um Van Helsing no personagem Setrakian, temos o discípulo fiel em Palmer. Os infectados ou convertidos se transformam em criaturas misto de vampiros e zumbis.
como se preocupar em ocultar um corpo dde um vampiro morto no hospital jogando-o no rio quando as criaturas já estavam espalhadas pela cidade, atacando até no asilo da mãe de Nora. Vários ataques pela cidade e ninguém parece se preocupar em alertar autoridades, polícia, governo... Em algumas cenas a cidade está um caos, com pessoas sendo atacadas pelos vampiros, lojas sendo saqueadas e em outras pessoas andam tranquilamente pelas ruas.
Os protagonistas Ephraim e Nora são bem chatos, ele repetidamente preocupado com o filho e ela com a mãe. Já entendemos que eles amam seus entes queridos, não precisamos ter tantas cenas nos lembrando isso.
Apesar destes poréns, a série tem uma narrativa envolvente, bons efeitos especiais e o design das criaturas é convincente, assustador e repugnante.
A produção é muito boa, fotografia deslumbrante mas foi filmado no Canadá e não no Wyoming, como citado na série.
O guarda florestal Joe Pickett, muito honesto, pai devotado e marido amoroso, acaba por enfrentar dramas e dificuldades muitas vezes criados apenas pela sua convicção do cumprimento das leis e das regras.
O elenco é bem equilibrado, Michael Dorman (Joe) e Julianna Guill (Marybeth), tem boa química e ótimas atuações, somos cativados a ponto de realmente nos importarmos com a família e os problemas enfrentados pelo casal e suas filhas. O resto do elenco é bem equilibrado e oferece também boas performances com atores perfeitamente adequados aos seus personagens.
Nesta primeira temporada Joe investiga os assassinatos de caçadores, um deles pouco antes havia se envolvido em uma briga com o guarda florestal, em sequência que abre o primeiro episódio. A partir destes assassinatos, a trama vai enveredar por luta de terras, corrupção policial e governamental.
Poderia ser definido com um faroeste contemporâneo, é baseado no romance de CJ Box, embora lembre muito a clássica série dos anos 70 "Os pioneiros" (também baseada em um livro) na qual um casal e suas filhas enfrentam toda a sorte de problemas para proteger sua fazenda no oeste selvagem no século XIX.
Uma pena que, perdida entre tantas séries, ela não tenha tido a repercussão adequada à sua qualidade.
A série que teve a primeira e a segunda temporadas excelentes, parece ter perdido o tom a partir da terceira. Já sem a narrativa do livro para se basear, o que vimos nesta quarta temporada foi uma repetição de situações num looping infinito.
Cenas de fuga e tortura, incontáveis closes no rosto de Elizabeth Moss que com sua obsessiva busca pela vingança, ganhou ares de psicopatia.
É claro que ninguém pode julgar esta obsessão depois de tudo que sofreu, mas não aceitar quando alguém lhe diz que foi a causadora da morte de várias pessoas, mostra uma falha de caráter. Vários que cruzaram o caminho de June e se dispuseram a ajudá-la acabaram morrendo, sentir culpa seria o normal, mas parece que a mente da protagonista em sua obsessão já não consegue perceber algo tão claro.
È lógico que ao mesmo tempo que mostra uma protagonista com suas falhas, o que é crível, equilibra com momentos em que temos que ligar a suspensão de descrença, como o fato de fisicamente June ser indestrutível, leva tiros, se envolve em situações que por muito menos várias aias e martas já foram para o muro, neste ponto a série força muito a verossimilhança.
A série, que teve sempre um ritmo lento, desta vez extrapola em episódios maçantes, cenas desnecessárias. A impressão que fica é que os 13 episódios poderiam ter sido resumidos em no máximo 6, que a narrativa não seria prejudicada.
O final catártico, parece ter mascarado os defeitos e para alguns deixou a sensação que a temporada foi excelente como as primeiras, outros já perceberam o esgotamento e pedem que a próxima seja a última, mas não será, teremos uma sexta temporada, está sim, ao que tudo indica, de encerramento.
"Bosch: O legado" começa onde a série "Bosch", que teve 7 temporadas, terminou, com o detetive abandonando a polícia e ingressando na carreira de detetive particular.
Os únicos personagens da série original, além do protagonista Titus Welliver, que retornam nesta continuação, são a advogada Honey Chandler (Mimi Rogers) e Maddie (Madison Lintz) filha de Bosch.
Nesta primeira temporada, tivemos várias investigações em que Bosch se envolve.
Um bilionário que procura seu herdeiro pois sabe que a morte se aproxima, o assassinato de um médico que ajudava a comunidade carente, o julgamento do homem que mandou matar Honey ainda na série original.
Sua filha também tem grande participação nesta nova temporada, já que abandonou a carreira de advogada e entra para a força policial. Recém formada na academia de polícia se envolve também na perseguição de um estuprador e na investigação do assassinato de uma colega policial.
Titus Welliver com sua expressão congelada de desdém e frieza, encontra o tom certo de atuação. Madison Lintz, por sua vez, já havia demonstrado nas temporadas anteriores a falta de carisma e talento para segurar o protagonismo e agora que seu personagem ganha ainda mais importância, estes problemas ficam mais explícitos, tanto que as tramas envolvendo seu personagem são as que menos empolgam.
A série continua com o bom nível e tramas envolventes, terminando com um gancho que indica que terá uma nova temporada.
Apesar de trazer um personagem já visto em outras séries, o legista/patologista forense que se envolve nas investigações e ajuda a resolver os crimes, a série consegue ser atraente com tramas sombrias e bem desenvolvidas.
Em seis episódios, temos dois casos distintos.
Nos primeiros dois episódios, seguimos os assassinatos com tons ritualísticos em uma vila de Norfolk, zona rural da Inglaterra, para onde vai o protagonista Dr. David Hunter, que após um trauma passado, abandona a carreira de sucesso como patologista forense em Londres para trabalhar como médico. Hunter, começa a trabalhar como consultor nas investigações, apesar de relutar já que se recusa a ver cadáveres.
Nos quatro episódios restantes, a ação muda para a Escócia, também na região rural, para onde o patologista é enviado e se envolve na investigação da descoberta de um corpo incinerado, que a princípio, parecia ser um acidente.
Dramas pessoais que se misturam com as investigações em ambos em casos, dão um tom comovente à narrativa. O porém são os flashbacks do trauma vivido por Hunter
que perde a mulher e a filha em um aparente afogamento. Na verdade, não fica claro se a esposa se matou, pois em determinado momento alguém diz a ele que talvez ela tenha se afogado de propósito.
No primeiro flash back já fica claro a culpa e o transtorno enfrentado pelo protagonista, não há necessidade de ter cenas do passado repetidas em praticamente todos os episódios!
Tirando isso, as atuações são boas, as paisagens absolutamente deslumbrantes e há um bom gancho para uma possível segunda temporada.
Bosch investiga um incêndio criminoso em um prédio de apartamentos de pessoas de baixa renda, em sua maioria imigrantes, e entre as vítimas uma menina de 10 anos, o que perturba o detetive e faz com que sua obsessão em prender assassinos fique ainda mais aguçada.
Como em todas as temporadas, Bosch, apesar de lutar por justiça, tem seus métodos sempre questionados.
A temporada final de Bosch tem 8 episódios em vez dos 10 de todas as temporadas anteriores, mas isso não atrapalha, pelo contrário, deixa a temporada mais ágil e foi um encerramento coerente e digno, com uma trama em que o lema de Bosch "“Todo mundo conta. Ou ninguém conta” foi mais uma vez o fio condutor das emoções.
A temporada termina com Bosch, depois de muitos problemas por causa de seus métodos constantemente contestados, abandonando a polícia e começando carreira como investigador particular.
É gratificante poder assistir a uma boa série fora do eixo EUA-Reino Unido, como é o caso desta produção da Polônia.
Este é um suspense policial com toques de drama, que é claro, não é original e bebe em fontes como "Seven", mas consegue instigar com uma narrativa intrigante, que tem como cenário Estetino, cidade polonesa. A bela fotografia em tons cinza e o clima gélido acentua a atmosfera sombria do enredo.
A protagonista Katarzyna (Katarzyna Wajda) tem ótima atuação como a detetive dividida entre os deveres da profissão e os de mãe da pequena Hania, abalada ainda com o suposto suicídio do marido, também policial.
Investigando o assassinato de uma mulher que havia acabado de dar à luz e o sumiço da criança, fica obcecada em encontrar o bebê, que ela acredita ainda estar vivo.
É claro que há alguns clichês de séries policiais, mas tem bom ritmo, bom elenco e uma narrativa envolvente.
A segunda temporada continua com boas tramas nos episódios e Carrie segue sendo a "mulher maravilha" e resolvendo tudo praticamente sozinha, atua como negociadora de reféns, acaba com ataques terroristas, manda prender e manda soltar... ainda acho que a postura arrogante de Carrie, que está sempre exibindo suas habilidades de memória em momentos cotidianos e não só nos casos policiais, compromete criarmos empatia com a protagonista.
A equipe da primeira temporada foi toda substituída, menos Al (Dylan Walsh) e a legista Joanne, mas a explicação é que como a série foi cancelada, todos os atores se comprometeram com outros trabalhos e quando ela foi "descancelada", tiveram que arrumar novos colegas de trabalho para Carrie e Al mudando também o cenário, transferindo a dulpla da delegacia de crimes comuns para "crimes graves". A equipe antiga era mais carismática, mas esta nova não compromete.
Não achei tão ruim como estão falando, mas a série tem mesmo muitas falhas e incoerências, como está explicado em detalhes no ótimo comentário da Ana Leticia.
O ritmo excessivamente lento, é um dos maiores problemas pois a narrativa fica cansativa e chata.
A atuação de Arón Piper (Sergio) é razoável, assim como de Almudena Amor (Ana) e a premissa é interessante, embora mal desenvolvida.
Vários comentários falam sobre uma segunda temporada, ainda não achei confirmação sobre uma renovação, mas tirando um final ambíguo, a trama, com todas suas inconsistências, foi fechada e uma segunda temporada para uma narrativa que teria sido contada em uma hora e meia e se arrastou por seis episódios, não faz o menor sentido.
A premissa da série, baseada em um livro, é boa, uma pessoa com memória super dotada que lembra de tudo que viveu, cada fotograma de sua vida. Trata-se de uma síndrome rara chamada hipertimesia.
A primeira temporada tem bons episódios com tramas e personagens interessantes. Um arco permeia todos os episóidos deste primeiro ano, o assassinato da irmã da protagonista Carrie (Poppy Montgomey), que apesar de lembrar de tudo, tem um bloqueio em relação à morte da irmã.
Algo que me incomoda em relação ao personagem é sua arrogância, que vai ficando cada vez maior conforme a série vai avançando. Carrie vira um super heroínda, vê tudo, pode tudo, resolve tudo indo contra as ordens de seus superiores e fazendo o que dá na telha.
Carrie é bonita, com um cabelão vermelho e super bem cuidado, que parece passar todo dia no cabelereiro antes de ir para a delegacia, além de estar sempre maquiada, mas temos que acreditar que ela nem liga para a aparência e só está focada no trabalho, pelo qual é realmente obcecada.
Aliás, Carrie se envolve com Steve, o lindo filho de um mafioso, com o qual tem mais química que com Al (Dylan Walsh) seu chefe e ex-marido, que ainda é apaixonado por ela.
No final desta temporada, chegamos a achar que ela encontra o assassino da irmã, para depois ser revelado que não era ele. O mistério vai continuar pela próxima ou próximas temporadas. E infelizmente, pelo menos para mim, o romance com Steve chega ao fim.
Apesar disso, continuo acompanhando, pelas tramas envolventes dos episódios.
A guerra fria e a União Soviética tem papel determinante nesta terceira temporada.
Temos o acréscimo de Érica, irmã de Lucas, uma hilariante e divertida personagem que agita as aventuras da turma de amigos.
O clímax é a batalha dentro do shopping. Sim, o ponto alto desta temporada tem lugar no templo de consumo que naquela época começava a ganhar espaço na vida das pessoas, os hoje onipresentes shopping centers.
Série britânica que teve 9 temporadas, vi apenas a primeira mas todas estão disponíveis no YouTube, embora apenas com legendas em inglês.
Os roteiros são baseados em contos do escritor inglês Roald Dahl que também faz a introdução dos segmentos.
Alguns poucos episódios criativos, mas a maioria das narrativas são arrastadas com pretensos finais surpresa, mas até chegar ao desfecho é preciso ter paciência, pois o enredos não envolvem.
A terceira temporada basicamente transforma June numa super heroina que pode enfrentar o regime totalitário e ultra punitivo sem sofrer consequências, o que acaba tirando um pouco a credibilidade da narrativa.
Os muitos closes no rosto de June, também se transformam num artíficio repetitivo, e seu olhar, por vezes, acaba lembrando o de um psicopata.
O final, com bastante ação, e sua bela cena final, acabam salvando um pouco este terceiro ano.
O ritmo lento continua, mas isso já e característico da série, que ajuda a criar a atmosfera opressiva de Gilead.
Série policial dramática protagonizada por Alfred Molina numa ótima atuação como o Inspetor Gamache, Sua performance é contida e introspectiva, revelando profundas emoções com seus silêncios. Perseguido por sonhos perturbadores vindos de uma trauma de infância
quando perdeu os pais, num acidente de carro em que teve uma parcela de culpa ao distrair o pai que dirigia.
O inspetor e seus assistentes são chamados para investigar um homicídio em Three Pines, bela e tranquila vila. Este primeiro homicídio é resolvido nos 2 primeiros episódios, e novos casos vão se sucedendo.
Dividida em 8 episódios, e a cada 2 episódios, um novo caso que ganha um título diferente. Assim temos
Ep. 1 e 2 - Nevasca Ep. 3 e 4 - O mês mais cruel Ep. 5 e 6 - A pedra do assassinato Ep. 7 e 8 - O carrasco
Com um arco narrativo que segue toda a temporada, Gamache investiga também o desaparecimento de uma jovem indígena.
E acaba descobrindo que a jovem e o namorado haviam sido mortos por Pierre, seu amigo policial, amizade de 40 anos. O que implica na cena que encerra a temporada, quando Pierre atira em Gamache e foge. Ficando em suspenso se o inspetor sobreviveria, provavelmente sim, pois existe expectativa de uma segunda temporada.
Os casos seguem a linha de mistério estilo "Agatha Christie" em que crimes ocorrem em um determinado lugar e todas as pessoas aparentemente inofensivas são suspeitas e pistas e segredos são revelados aos poucos. até finalmente conhecermos a identidade do assassino.
A segunda temporada evidencia o ritmo lento, deixando claro como a vida em Gilead é monótona, sufocante, se em termos dramáticos isso resulta satisfatório, para o espectador é um pouco cansativo, ainda mais para uma série.
Também a veia revolucionária de June/Offred fica mais latente
o que também cansou foram as repetidas fugas dela em um vaivém incessante.e inesperadamente desiste da terceira fuga, supostamente porque não pode abandonar sua filha Hannah, o que é uma decisão discutível, já que poderia fazer mais pela filha denuncinando atrocidades fora de Gilead, do que lá dentro onde será apenas mais uma mulher escravizada, mas teremos uma terceira temporada e June tem que continuar sua caminhada de sofrimento e o inevitável chiffhanger tem que existir.
Apesar dessa lentidão (justificável) e de algumas decisões questionáveis, a narrativa continua envolvente, sempre apoiada pelas ótimas atuações do seu excelente elenco.
A primeira temporada apresenta os EUA rebatizado de República de Gileade, um lugar onde a mulher é subjugada, sobraram poucas mulheres férteis e estas são tidas apenas como procriadoras, chamadas de aias, submetidas a estupros ritualísticos onde engravidam e dão a luz a filhos que serão criados por seus "mestres" e suas esposas.
O que pode ser interpretado como uma fábula distópica, em se tratando de EUA, não é muito distante da realidade de países do oriente médio ou da África, com a repressão da liberdade, da sexualidade e o fundamentalismo religioso.
Destaque para a ótima atuação de Elizabeth Moss, mas a série tem um ótimo e equilibrado elenco.
As cores funcionam como um retrato dos papéis das mulheres nessa sociedade opressora. O azul frio das esposas, o vermelho das aias, fáceis de serem percebidas e portanto, dificultada qualquer fuga, o cinza apagado das "Martas" serviçais, relegadas a um papel ainda mais inferior mas todas em diferentes níveis de submissão.
Uma multidão, muita chuva e uma pequena e fofa menina, vestindo sua capinha de chuva amarela se perde dos pais, é sequestrada e desaparece pelos próximos nove anos!
A narrativa intercalando 3 linhas temporais nos anos 2010, 2016 e 2019 é muito bem delimitada e não confunde.
A estagiária de jornalismo Miren (Milena Smit, em atuação mediana) investiga o desaparecimento da menina, ao mesmo tempo que enfrenta seus próprios traumas e demônios. O sempre ótimo José Coronado, embora apareça bastante, tem pouco a fazer, e serve mais como um coadjuvante "escada" para Miren.
A revelação da identidade e dos motivos do sequestro é bastante crível.
No penúltimo episódio descobrimos que a sequestradora é uma paciente de Ana, mãe de Amaya. Frustrada por não conseguir engravidar, vê Ana com a filha durante o desfile e ao ver a menina perdida na multidão, sequestra a criança, acreditando ser a chance de tornar-se mãe. É claro que a situação toda era um completo absurdo, Amaya teria que passar a vida inteira escondida, mas Iris era uma mulher completamente perturbada, então nada do que fizesse teria sentido, assim como o sequestro da menina tinha sido um impulso descontrolado. O seu suicídio ao final, tentando levar Amaya com ela, só prova o quanto estava desiquilibrada, mas ao mesmo tempo, era uma mulher egoísta que não se importou com quantos magoou, quantas vidas destruiu e até literalmente matou para realizar o desejo de ser mãe e proteger seu segredo.
Muita pena de Santiago, um homem bom, envolvido numa trama absurda, querendo lutar contra aquela sucessão de acontecimentos irracionais desencadeada pela mulher que amava e por quem acaba cometendo um crime horrendo.
Lembro muito bem daquele 28 de dezembro de 1992. Acordei para trabalhar e liguei o rádio, um correspondente do Rio de Janeiro (moro em São Paulo) dizia que o corpo de Daniella Perez havia sido achado em um matagal. Ainda não se sabia muito o que havia acontecido, apenas que ela havia sido assassinada naquela madrugada. Quando cheguei ao trabalho e comentei, ninguém sabia (ninguém lá ouvia rádio como eu rsrs), me falaram "não, a Yasmin não vai morrer na novela", expliquei que não era a Yasmin, era a atriz, a Daniella Perez que havia sido assassinada, a pessoa de carne e osso, não o personagem. Este pequeno preâmbulo serve para se ter ideia da confusão que se seguiu, da arte que se misturou com a realidade, do circo midiático que se criou naquela era pré-internet e que é revivido neste "Pacto Brutal".
O documentário faz uma abordagem bastante reveladora e abrangente de um dos casos policiais mais famosos do país. Não há perigo de dar spoiler, pois acredito que apenas se você morar em Marte, ou ter passado os últimos 30 anos hibernando para não saber que Daniella foi assassinada por um colega de elenco, e pior, seu par romântico na novela.
As fotos bastante chocantes do corpo de Daniella, não fazem apenas "parte do inquérito" como cheguei a ler em alguns comentários por aí, elas foram veiculadas livremente pela imprensa, pois naquela época, isso era comum. Eram tempos também pré politicamente corretos, tudo era muito direto e sem meios termos. Glória Perez liberou que fossem incluídas no documentário, mas se não o fizesse, as imagens podem ser encontradas facilmente na internet. Se o fez, creio que é porque deseja que a atrocidade da qual sua filha foi vítima e pela qual ela buscou incessantemente que os culpados fossem punidos, nunca seja esquecida e se para isso foi preciso chocar, ela não hesitou.
Numa edição ágil, vemos depoimentos de amigos, familiares, principalmente da mãe Gloria Perez, incansável em sua busca por justiça, que, infelizmente, não obteve, já que após cometer o crime barbáro, o assassino confesso, passou míseros 6 anos na cadeia e refez a vida. Para quem acredita, agora, com sua morte, quem sabe, ele pagará pelo que fez, onde quer que esteja. Já a sua cúmplice, também vive muito bem, na mesma cidade que Glória Perez, que comentou que pode encontrar com a assassina de sua filha na rua, andando livremente enquanto sua filha teve a vida ceifada no auge da juventude.
Adaptação bastante fiel da obra de Agatha Christie "O caso dos dez negrinhos" (depois renomeado "E não sobrou nenhum"). Não sei de quem foi a ideia do novo título, mas poderiam ter pensado em algo com menos "spoiler", já que o anterior tinha conotação racista, segundo os puristas de hoje em dia.
Na peça teatral, o final foi modificado assim como o título que virou "Os dez indiozinhos".
Neste, além do título, as estátuas dos negrinhos (no teatro indiozinhos) viraram soldadinhos e a "ilha do negro" no original, foi transformada na "ilha do soldado".
Com três episódios, há tempo para mostrar cada um dos personagens e os detalhes dos crimes por eles cometidos, embora o foco fique mais em Vera Claytorne.
Há alguns poréns, como a festa em certo momento da narrativa. Nada está mais longe do universo da rainha do mistério do que uma festa alucinada movida à drogas e
o final, diferente do livro em que toda a trama é elucidada através da confissão na carta escrita pelo juiz encontrada tempos depois, o juiz aparece enquanto Vera está se enforcando e confessa tudo, inclusive como forjou sua morte com a ajuda do dr. Amstrong. Mas isso não é um problema, já que dramaticamente ficou mais impactante que a leitura de uma carta, embora um tanto forçado.
Boas atuações, e mesmo, como eu, já sabendo o final e a identidade do assassino por ter lido a obra e assistido versões anteriores, consegui acompanhar com interesse.
C. B. Strike: Branco Letal
3.8 5Na HBO, esta temporada está classificada como a segunda, já que as três anteriores foram unidas em uma única.
Um enredo intrigante em que um jovem aparentemente esquizôfrenico invade o escritório de Cormoran e afirma ter testemunhado um assassinato quando criança. Ao mesmo tempo, o detetive é procurado por um ministro que está sendo chantageado e quer descobrir os autores da chantagem.
Os casos
aparentamente sem ligação, acabam se tornando um único, quando descobrimos que a vitima do suposto assassinato que o jovem perturbado afirma ter visto, não morreu e é o filho do ministro que contratou Cormoran, e que acaba sendo assassinado.
No final, o filho, que não morreu quando criança, é o assassino do pai ministro em uma trama que envolve adultério e o roubo de um quadro valioso.
Robin e seu casamento
que não ia bem, acaba chegando ao final quando ela descobre que está sendo traída pelo marido ao mesmo tempo que a ex-noiva de Cormoran, casada e com um barrigão de grávida, começa a persegui-lo para tentar voltar com o relacionamento.
Mesmo com Robin solteira, parece que o casal continuará com o relacionamento apenas profissional.
C. B. Strike: Vocação Para o Mal
3.8 8 Assista AgoraNa HBO, os 3 primeiros casos foram unidos como uma única temporada de 7 episódios, sendo três episódios para o "O chamado do Cuco", dois para "O bicho da seda" e dois para este "Vocação para o mal".
A trama é eletrizante pois coloca Robin (Holliday Grainger) em perigo. Cormoran (Tom Burke) tem que investigar desafetos do passado como possíveis autores das ameaças.
No final do episódio
temos aquelas cenas típicas de novelas, com Cormoran correndo para chegar até a cerimônia do casamento de Robin e nós, que torcemos pelo casal, imaginamos que impedindo que ela se casasse. Mas não é o que acontece, Cormoran chega pouco antes do "sim", derruba sem querer um vaso da igreja, chama atenção para sua presença, mas Robin olha para ele, sorri e aceita Matt como legítimo esposo.
Uma certa decepção com este final, mas sabemos que a série tem que continuar com nossa torcida pelo casal, mais uma vez ressalto o acerto na escolha de ambos que se encaixam perfeitamente nos personagens com excelente química.
C. B. Strike: O Chamado do Cuco
3.8 33Todos os comentários fazem a comparação entre a série e o livro, como não li o livro, meu comentário obviamente não será feito sob essa ótica.
A sequência inicial é maravilhosa, culminando com o suposto suicídio da supermodelo Lula Landry. A partir daí uma trama envolvente que tem como cenário a cosmopolita Londres.
Cormoran Strike (Tom Burke) é um personagem fascinante na sua amargura que encontra em Robin (Holliday Grainger) a parceira ideal, que ilumina seus momentos de angústia e solidão, além de ajudá-lo nas suas atividades investigativas com uma esperteza aguda.
A dupla de protagonistas tem uma química explosiva, Tom Burke tem o tipo físico ideal para o amargurado Strike e Hollyday Grainger, além de linda e boa atriz, é perfeita para o personagem. Assim, além de nos envolvermos com o caso que eles investigam, nos pegamos torcendo para que eles consumem o que seus olhares e gestos insinuam.
Diversão de primeira.
Creepshow (1ª Temporada)
3.4 50Remake da série dos anos 80.
O formato da apresentação da antologia foi mantido, o que era básico para manter a essência da série, então os segmentos são intercalados por simulação de quadrinhos com a clássica figura da caveira.
Como toda antologia, os episódios são irregulares, alguns bons, outros nem tanto. Nenhum, em minha opinião, ótimo. Cada episódio tem duas narrativas.
ALGUNS SPOILERS!
Episódio 1
"Matéria cinzenta" - baseada em conto de Stephen King. Bastante bizarra e com final repentino. Pode ser entendido como uma metáfora sobre o alcoolismo, mas é apenas uma percepção.
"A casa da cabeça" - O pior segmento da temporada. Uma menina percebe que os bonecos de sua casa de bonecas se mexem sozinhos. Cenas repetitivas, narrativa chata, final bobo
Episódio 2
"Lobo mau abatido" - uma história de lobisomem passada durante uma batalha da segunda guerra. Bons efeitos especiais, narrativa eletrizante.
"O dedo" - Um rapaz encontra um dedo que é uma espécie de gremlin, pois ao ser molhado se transforma numa tipo de monstro que se vinga de quem ele não gostava. Plot twist final mas que deixa dúvidas no ar. Sobrenatural ou insanidade?
Episódio 3
"Noite de Halloween" - Crianças se encontram na noite de Halloween para ir pedir doces nas casas. A certa altura da narrativa, já percebemos que aquelas crianças não são crianças normais. Um conto sobre vingança. Previsível mas razoavelmente divertido.
"O homem na mala" - Um conto bastante bizarro com uma "lição de moral". Não podemos ser tão egoístas a ponto de nos tornarmos insensíveis ao sofrimento alheio. O final é diabolicamente irônico.
Episódio 4
"O companheiro" - narrativa bastante sombria com bom desenvolvimento, sobre um garoto abusado pelo irmão que realiza uma vingança macabra.
"Cara metade de Lydia Layne" - Alegoria do mundo corporativo, divertido e com bastante humor negro.
Episódio 5
"A noite da pata" - Mais uma adaptação do clássico conto de terror "A pata do macaco". Insere vários elementos que não existem no conto original e até que consegue criar uma narrativa envolvente.
"Os tempos são difícies em Musk Holler" - Um conto sobre zumbis, meio confuso. Quem não virou zumbi entrega os "traidores", mas nada fica muito claro.
Episódio 6
"Rastejadores" - Bastante humor negro e ironia numa narrativa bastante crítica do culto ao corpo e à ditadura das aparências
"Perto da água prateada do Lago Champlain" ´ - Variação da lenda do monstro do Lago Ness num enredo que envolve violência doméstica.
The Strain: Noite Absoluta (1ª Temporada)
3.9 392 Assista AgoraO primeiro episódio tem uma qualidade absurda, consegue envolver e despertar interesse para não abandonar o resto da série, que decai nos episódios posteriores em comparação ao primeiro, mas não a ponto de dizer que são ruins.
Não li os livros em que a série se baseia, portanto não posso comparar a obra literária com a televisiva. O enredo claramente revisita o mito de Drácula, no lugar do navio o avião, mas está tudo lá, o caixão, a transformação das vítimas, a submissão ao mestre. Temos um Van Helsing no personagem Setrakian, temos o discípulo fiel em Palmer. Os infectados ou convertidos se transformam em criaturas misto de vampiros e zumbis.
Algumas conveniências de roteiro
como se preocupar em ocultar um corpo dde um vampiro morto no hospital jogando-o no rio quando as criaturas já estavam espalhadas pela cidade, atacando até no asilo da mãe de Nora.
Vários ataques pela cidade e ninguém parece se preocupar em alertar autoridades, polícia, governo...
Em algumas cenas a cidade está um caos, com pessoas sendo atacadas pelos vampiros, lojas sendo saqueadas e em outras pessoas andam tranquilamente pelas ruas.
Os protagonistas Ephraim e Nora são bem chatos, ele repetidamente preocupado com o filho e ela com a mãe. Já entendemos que eles amam seus entes queridos, não precisamos ter tantas cenas nos lembrando isso.
Apesar destes poréns, a série tem uma narrativa envolvente, bons efeitos especiais e o design das criaturas é convincente, assustador e repugnante.
Joe Pickett (1ª Temporada)
3.9 3 Assista AgoraA produção é muito boa, fotografia deslumbrante mas foi filmado no Canadá e não no Wyoming, como citado na série.
O guarda florestal Joe Pickett, muito honesto, pai devotado e marido amoroso, acaba por enfrentar dramas e dificuldades muitas vezes criados apenas pela sua convicção do cumprimento das leis e das regras.
O elenco é bem equilibrado, Michael Dorman (Joe) e Julianna Guill (Marybeth), tem boa química e ótimas atuações, somos cativados a ponto de realmente nos importarmos com a família e os problemas enfrentados pelo casal e suas filhas. O resto do elenco é bem equilibrado e oferece também boas performances com atores perfeitamente adequados aos seus personagens.
Nesta primeira temporada Joe investiga os assassinatos de caçadores, um deles pouco antes havia se envolvido em uma briga com o guarda florestal, em sequência que abre o primeiro episódio. A partir destes assassinatos, a trama vai enveredar por luta de terras, corrupção policial e governamental.
Poderia ser definido com um faroeste contemporâneo, é baseado no romance de CJ Box, embora lembre muito a clássica série dos anos 70 "Os pioneiros" (também baseada em um livro) na qual um casal e suas filhas enfrentam toda a sorte de problemas para proteger sua fazenda no oeste selvagem no século XIX.
Uma pena que, perdida entre tantas séries, ela não tenha tido a repercussão adequada à sua qualidade.
O Conto da Aia (4ª Temporada)
4.3 428 Assista AgoraA série que teve a primeira e a segunda temporadas excelentes, parece ter perdido o tom a partir da terceira. Já sem a narrativa do livro para se basear, o que vimos nesta quarta temporada foi uma repetição de situações num looping infinito.
Cenas de fuga e tortura, incontáveis closes no rosto de Elizabeth Moss que com sua obsessiva busca pela vingança, ganhou ares de psicopatia.
É claro que ninguém pode julgar esta obsessão depois de tudo que sofreu, mas não aceitar quando alguém lhe diz que foi a causadora da morte de várias pessoas, mostra uma falha de caráter. Vários que cruzaram o caminho de June e se dispuseram a ajudá-la acabaram morrendo, sentir culpa seria o normal, mas parece que a mente da protagonista em sua obsessão já não consegue perceber algo tão claro.
È lógico que ao mesmo tempo que mostra uma protagonista com suas falhas, o que é crível, equilibra com momentos em que temos que ligar a suspensão de descrença, como o fato de fisicamente June ser indestrutível, leva tiros, se envolve em situações que por muito menos várias aias e martas já foram para o muro, neste ponto a série força muito a verossimilhança.
A série, que teve sempre um ritmo lento, desta vez extrapola em episódios maçantes, cenas desnecessárias. A impressão que fica é que os 13 episódios poderiam ter sido resumidos em no máximo 6, que a narrativa não seria prejudicada.
O final catártico, parece ter mascarado os defeitos e para alguns deixou a sensação que a temporada foi excelente como as primeiras, outros já perceberam o esgotamento e pedem que a próxima seja a última, mas não será, teremos uma sexta temporada, está sim, ao que tudo indica, de encerramento.
Bosch: O Legado (1ª Temporada)
4.1 14 Assista Agora"Bosch: O legado" começa onde a série "Bosch", que teve 7 temporadas, terminou, com o detetive abandonando a polícia e ingressando na carreira de detetive particular.
Os únicos personagens da série original, além do protagonista Titus Welliver, que retornam nesta continuação, são a advogada Honey Chandler (Mimi Rogers) e Maddie (Madison Lintz) filha de Bosch.
Nesta primeira temporada, tivemos várias investigações em que Bosch se envolve.
Um bilionário que procura seu herdeiro pois sabe que a morte se aproxima, o assassinato de um médico que ajudava a comunidade carente, o julgamento do homem que mandou matar Honey ainda na série original.
Sua filha também tem grande participação nesta nova temporada, já que abandonou a carreira de advogada e entra para a força policial. Recém formada na academia de polícia se envolve também na perseguição de um estuprador e na investigação do assassinato de uma colega policial.
Titus Welliver com sua expressão congelada de desdém e frieza, encontra o tom certo de atuação. Madison Lintz, por sua vez, já havia demonstrado nas temporadas anteriores a falta de carisma e talento para segurar o protagonismo e agora que seu personagem ganha ainda mais importância, estes problemas ficam mais explícitos, tanto que as tramas envolvendo seu personagem são as que menos empolgam.
A série continua com o bom nível e tramas envolventes, terminando com um gancho que indica que terá uma nova temporada.
A Química da Morte
3.0 5Apesar de trazer um personagem já visto em outras séries, o legista/patologista forense que se envolve nas investigações e ajuda a resolver os crimes, a série consegue ser atraente com tramas sombrias e bem desenvolvidas.
Em seis episódios, temos dois casos distintos.
Nos primeiros dois episódios, seguimos os assassinatos com tons ritualísticos em uma vila de Norfolk, zona rural da Inglaterra, para onde vai o protagonista Dr. David Hunter, que após um trauma passado, abandona a carreira de sucesso como patologista forense em Londres para trabalhar como médico. Hunter, começa a trabalhar como consultor nas investigações, apesar de relutar já que se recusa a ver cadáveres.
Nos quatro episódios restantes, a ação muda para a Escócia, também na região rural, para onde o patologista é enviado e se envolve na investigação da descoberta de um corpo incinerado, que a princípio, parecia ser um acidente.
Dramas pessoais que se misturam com as investigações em ambos em casos, dão um tom comovente à narrativa. O porém são os flashbacks do trauma vivido por Hunter
que perde a mulher e a filha em um aparente afogamento. Na verdade, não fica claro se a esposa se matou, pois em determinado momento alguém diz a ele que talvez ela tenha se afogado de propósito.
No primeiro flash back já fica claro a culpa e o transtorno enfrentado pelo protagonista, não há necessidade de ter cenas do passado repetidas em praticamente todos os episódios!
Tirando isso, as atuações são boas, as paisagens absolutamente deslumbrantes e há um bom gancho para uma possível segunda temporada.
Bosch (7ª Temporada)
4.0 14Bosch investiga um incêndio criminoso em um prédio de apartamentos de pessoas de baixa renda, em sua maioria imigrantes, e entre as vítimas uma menina de 10 anos, o que perturba o detetive e faz com que sua obsessão em prender assassinos fique ainda mais aguçada.
Como em todas as temporadas, Bosch, apesar de lutar por justiça, tem seus métodos sempre questionados.
A temporada final de Bosch tem 8 episódios em vez dos 10 de todas as temporadas anteriores, mas isso não atrapalha, pelo contrário, deixa a temporada mais ágil e foi um encerramento coerente e digno, com uma trama em que o lema de Bosch "“Todo mundo conta. Ou ninguém conta” foi mais uma vez o fio condutor das emoções.
A temporada termina com Bosch, depois de muitos problemas por causa de seus métodos constantemente contestados, abandonando a polícia e começando carreira como investigador particular.
O Degelo (1ª Temporada)
3.5 11 Assista AgoraÉ gratificante poder assistir a uma boa série fora do eixo EUA-Reino Unido, como é o caso desta produção da Polônia.
Este é um suspense policial com toques de drama, que é claro, não é original e bebe em fontes como "Seven", mas consegue instigar com uma narrativa intrigante, que tem como cenário Estetino, cidade polonesa. A bela fotografia em tons cinza e o clima gélido acentua a atmosfera sombria do enredo.
A protagonista Katarzyna (Katarzyna Wajda) tem ótima atuação como a detetive dividida entre os deveres da profissão e os de mãe da pequena Hania, abalada ainda com o suposto suicídio do marido, também policial.
Investigando o assassinato de uma mulher que havia acabado de dar à luz e o sumiço da criança, fica obcecada em encontrar o bebê, que ela acredita ainda estar vivo.
É claro que há alguns clichês de séries policiais, mas tem bom ritmo, bom elenco e uma narrativa envolvente.
Unforgettable (2ª Temporada)
3.9 7A segunda temporada continua com boas tramas nos episódios e Carrie segue sendo a "mulher maravilha" e resolvendo tudo praticamente sozinha, atua como negociadora de reféns, acaba com ataques terroristas, manda prender e manda soltar... ainda acho que a postura arrogante de Carrie, que está sempre exibindo suas habilidades de memória em momentos cotidianos e não só nos casos policiais, compromete criarmos empatia com a protagonista.
A equipe da primeira temporada foi toda substituída, menos Al (Dylan Walsh) e a legista Joanne, mas a explicação é que como a série foi cancelada, todos os atores se comprometeram com outros trabalhos e quando ela foi "descancelada", tiveram que arrumar novos colegas de trabalho para Carrie e Al mudando também o cenário, transferindo a dulpla da delegacia de crimes comuns para "crimes graves". A equipe antiga era mais carismática, mas esta nova não compromete.
Silêncio
2.1 53 Assista AgoraNão achei tão ruim como estão falando, mas a série tem mesmo muitas falhas e incoerências, como está explicado em detalhes no ótimo comentário da Ana Leticia.
O ritmo excessivamente lento, é um dos maiores problemas pois a narrativa fica cansativa e chata.
A atuação de Arón Piper (Sergio) é razoável, assim como de Almudena Amor (Ana) e a premissa é interessante, embora mal desenvolvida.
Vários comentários falam sobre uma segunda temporada, ainda não achei confirmação sobre uma renovação, mas tirando um final ambíguo, a trama, com todas suas inconsistências, foi fechada e uma segunda temporada para uma narrativa que teria sido contada em uma hora e meia e se arrastou por seis episódios, não faz o menor sentido.
Unforgettable (1ª Temporada)
3.9 20A premissa da série, baseada em um livro, é boa, uma pessoa com memória super dotada que lembra de tudo que viveu, cada fotograma de sua vida. Trata-se de uma síndrome rara chamada hipertimesia.
A primeira temporada tem bons episódios com tramas e personagens interessantes. Um arco permeia todos os episóidos deste primeiro ano, o assassinato da irmã da protagonista Carrie (Poppy Montgomey), que apesar de lembrar de tudo, tem um bloqueio em relação à morte da irmã.
Algo que me incomoda em relação ao personagem é sua arrogância, que vai ficando cada vez maior conforme a série vai avançando. Carrie vira um super heroínda, vê tudo, pode tudo, resolve tudo indo contra as ordens de seus superiores e fazendo o que dá na telha.
Carrie é bonita, com um cabelão vermelho e super bem cuidado, que parece passar todo dia no cabelereiro antes de ir para a delegacia, além de estar sempre maquiada, mas temos que acreditar que ela nem liga para a aparência e só está focada no trabalho, pelo qual é realmente obcecada.
Aliás, Carrie se envolve com Steve, o lindo filho de um mafioso, com o qual tem mais química que com Al (Dylan Walsh) seu chefe e ex-marido, que ainda é apaixonado por ela.
No final desta temporada, chegamos a achar que ela encontra o assassino da irmã, para depois ser revelado que não era ele. O mistério vai continuar pela próxima ou próximas temporadas.
E infelizmente, pelo menos para mim, o romance com Steve chega ao fim.
Apesar disso, continuo acompanhando, pelas tramas envolventes dos episódios.
Stranger Things (3ª Temporada)
4.2 1,3KA guerra fria e a União Soviética tem papel determinante nesta terceira temporada.
Temos o acréscimo de Érica, irmã de Lucas, uma hilariante e divertida personagem que agita as aventuras da turma de amigos.
O clímax é a batalha dentro do shopping. Sim, o ponto alto desta temporada tem lugar no templo de consumo que naquela época começava a ganhar espaço na vida das pessoas, os hoje onipresentes shopping centers.
Contos do Inesperado
3.4 1Série britânica que teve 9 temporadas, vi apenas a primeira mas todas estão disponíveis no YouTube, embora apenas com legendas em inglês.
Os roteiros são baseados em contos do escritor inglês Roald Dahl que também faz a introdução dos segmentos.
Alguns poucos episódios criativos, mas a maioria das narrativas são arrastadas com pretensos finais surpresa, mas até chegar ao desfecho é preciso ter paciência, pois o enredos não envolvem.
O Conto da Aia (3ª Temporada)
4.3 596 Assista AgoraA terceira temporada basicamente transforma June numa super heroina que pode enfrentar o regime totalitário e ultra punitivo sem sofrer consequências, o que acaba tirando um pouco a credibilidade da narrativa.
Os muitos closes no rosto de June, também se transformam num artíficio repetitivo, e seu olhar, por vezes, acaba lembrando o de um psicopata.
O final, com bastante ação, e sua bela cena final, acabam salvando um pouco este terceiro ano.
O ritmo lento continua, mas isso já e característico da série, que ajuda a criar a atmosfera opressiva de Gilead.
Three Pines
3.5 12 Assista AgoraSérie policial dramática protagonizada por Alfred Molina numa ótima atuação como o Inspetor Gamache, Sua performance é contida e introspectiva, revelando profundas emoções com seus silêncios. Perseguido por sonhos perturbadores vindos de uma trauma de infância
quando perdeu os pais, num acidente de carro em que teve uma parcela de culpa ao distrair o pai que dirigia.
O inspetor e seus assistentes são chamados para investigar um homicídio em Three Pines, bela e tranquila vila. Este primeiro homicídio é resolvido nos 2 primeiros episódios, e novos casos vão se sucedendo.
Dividida em 8 episódios, e a cada 2 episódios, um novo caso que ganha um título diferente. Assim temos
Ep. 1 e 2 - Nevasca
Ep. 3 e 4 - O mês mais cruel
Ep. 5 e 6 - A pedra do assassinato
Ep. 7 e 8 - O carrasco
Com um arco narrativo que segue toda a temporada, Gamache investiga também o desaparecimento de uma jovem indígena.
E acaba descobrindo que a jovem e o namorado haviam sido mortos por Pierre, seu amigo policial, amizade de 40 anos. O que implica na cena que encerra a temporada, quando Pierre atira em Gamache e foge. Ficando em suspenso se o inspetor sobreviveria, provavelmente sim, pois existe expectativa de uma segunda temporada.
Os casos seguem a linha de mistério estilo "Agatha Christie" em que crimes ocorrem em um determinado lugar e todas as pessoas aparentemente inofensivas são suspeitas e pistas e segredos são revelados aos poucos. até finalmente conhecermos a identidade do assassino.
O Conto da Aia (2ª Temporada)
4.5 1,2K Assista AgoraA segunda temporada evidencia o ritmo lento, deixando claro como a vida em Gilead é monótona, sufocante, se em termos dramáticos isso resulta satisfatório, para o espectador é um pouco cansativo, ainda mais para uma série.
Também a veia revolucionária de June/Offred fica mais latente
o que também cansou foram as repetidas fugas dela em um vaivém incessante.e inesperadamente desiste da terceira fuga, supostamente porque não pode abandonar sua filha Hannah, o que é uma decisão discutível, já que poderia fazer mais pela filha denuncinando atrocidades fora de Gilead, do que lá dentro onde será apenas mais uma mulher escravizada, mas teremos uma terceira temporada e June tem que continuar sua caminhada de sofrimento e o inevitável chiffhanger tem que existir.
Apesar dessa lentidão (justificável) e de algumas decisões questionáveis, a narrativa continua envolvente, sempre apoiada pelas ótimas atuações do seu excelente elenco.
O Conto da Aia (1ª Temporada)
4.7 1,5K Assista AgoraA primeira temporada apresenta os EUA rebatizado de República de Gileade, um lugar onde a mulher é subjugada, sobraram poucas mulheres férteis e estas são tidas apenas como procriadoras, chamadas de aias, submetidas a estupros ritualísticos onde engravidam e dão a luz a filhos que serão criados por seus "mestres" e suas esposas.
O que pode ser interpretado como uma fábula distópica, em se tratando de EUA, não é muito distante da realidade de países do oriente médio ou da África, com a repressão da liberdade, da sexualidade e o fundamentalismo religioso.
Destaque para a ótima atuação de Elizabeth Moss, mas a série tem um ótimo e equilibrado elenco.
As cores funcionam como um retrato dos papéis das mulheres nessa sociedade opressora. O azul frio das esposas, o vermelho das aias, fáceis de serem percebidas e portanto, dificultada qualquer fuga, o cinza apagado das "Martas" serviçais, relegadas a um papel ainda mais inferior mas todas em diferentes níveis de submissão.
Quem Matou Sara? (1ª Temporada)
3.3 153 Assista AgoraMuitos clichês, enredo com muito dramalhão que parece novela mexicana, não a toa é uma produção do México.
O elenco jovem não é dos mais talentosos, apenas mediano.
Desenvolvimento meio confuso, com um final intrigante que deixa um bom gancho para uma segunda temporada.
A Garota na Fita (1ª Temporada)
3.4 40 Assista AgoraSérie tensa, trama bem conduzida, mantém o interesse até seu desfecho.
A cena inicial já ganha o espectador.
Uma multidão, muita chuva e uma pequena e fofa menina, vestindo sua capinha de chuva amarela se perde dos pais, é sequestrada e desaparece pelos próximos nove anos!
A narrativa intercalando 3 linhas temporais nos anos 2010, 2016 e 2019 é muito bem delimitada e não confunde.
A estagiária de jornalismo Miren (Milena Smit, em atuação mediana) investiga o desaparecimento da menina, ao mesmo tempo que enfrenta seus próprios traumas e demônios. O sempre ótimo José Coronado, embora apareça bastante, tem pouco a fazer, e serve mais como um coadjuvante "escada" para Miren.
A revelação da identidade e dos motivos do sequestro é bastante crível.
No penúltimo episódio descobrimos que a sequestradora é uma paciente de Ana, mãe de Amaya. Frustrada por não conseguir engravidar, vê Ana com a filha durante o desfile e ao ver a menina perdida na multidão, sequestra a criança, acreditando ser a chance de tornar-se mãe.
É claro que a situação toda era um completo absurdo, Amaya teria que passar a vida inteira escondida, mas Iris era uma mulher completamente perturbada, então nada do que fizesse teria sentido, assim como o sequestro da menina tinha sido um impulso descontrolado.
O seu suicídio ao final, tentando levar Amaya com ela, só prova o quanto estava desiquilibrada, mas ao mesmo tempo, era uma mulher egoísta que não se importou com quantos magoou, quantas vidas destruiu e até literalmente matou para realizar o desejo de ser mãe e proteger seu segredo.
Muita pena de Santiago, um homem bom, envolvido numa trama absurda, querendo lutar contra aquela sucessão de acontecimentos irracionais desencadeada pela mulher que amava e por quem acaba cometendo um crime horrendo.
Pacto Brutal: O Assassinato de Daniella Perez
4.4 415Lembro muito bem daquele 28 de dezembro de 1992. Acordei para trabalhar e liguei o rádio, um correspondente do Rio de Janeiro (moro em São Paulo) dizia que o corpo de Daniella Perez havia sido achado em um matagal. Ainda não se sabia muito o que havia acontecido, apenas que ela havia sido assassinada naquela madrugada.
Quando cheguei ao trabalho e comentei, ninguém sabia (ninguém lá ouvia rádio como eu rsrs), me falaram "não, a Yasmin não vai morrer na novela", expliquei que não era a Yasmin, era a atriz, a Daniella Perez que havia sido assassinada, a pessoa de carne e osso, não o personagem.
Este pequeno preâmbulo serve para se ter ideia da confusão que se seguiu, da arte que se misturou com a realidade, do circo midiático que se criou naquela era pré-internet e que é revivido neste "Pacto Brutal".
O documentário faz uma abordagem bastante reveladora e abrangente de um dos casos policiais mais famosos do país. Não há perigo de dar spoiler, pois acredito que apenas se você morar em Marte, ou ter passado os últimos 30 anos hibernando para não saber que Daniella foi assassinada por um colega de elenco, e pior, seu par romântico na novela.
As fotos bastante chocantes do corpo de Daniella, não fazem apenas "parte do inquérito" como cheguei a ler em alguns comentários por aí, elas foram veiculadas livremente pela imprensa, pois naquela época, isso era comum. Eram tempos também pré politicamente corretos, tudo era muito direto e sem meios termos. Glória Perez liberou que fossem incluídas no documentário, mas se não o fizesse, as imagens podem ser encontradas facilmente na internet. Se o fez, creio que é porque deseja que a atrocidade da qual sua filha foi vítima e pela qual ela buscou incessantemente que os culpados fossem punidos, nunca seja esquecida e se para isso foi preciso chocar, ela não hesitou.
Numa edição ágil, vemos depoimentos de amigos, familiares, principalmente da mãe Gloria Perez, incansável em sua busca por justiça, que, infelizmente, não obteve, já que após cometer o crime barbáro, o assassino confesso, passou míseros 6 anos na cadeia e refez a vida. Para quem acredita, agora, com sua morte, quem sabe, ele pagará pelo que fez, onde quer que esteja.
Já a sua cúmplice, também vive muito bem, na mesma cidade que Glória Perez, que comentou que pode encontrar com a assassina de sua filha na rua, andando livremente enquanto sua filha teve a vida ceifada no auge da juventude.
E Não Sobrou Nenhum
4.2 123Adaptação bastante fiel da obra de Agatha Christie "O caso dos dez negrinhos" (depois renomeado "E não sobrou nenhum"). Não sei de quem foi a ideia do novo título, mas poderiam ter pensado em algo com menos "spoiler", já que o anterior tinha conotação racista, segundo os puristas de hoje em dia.
Na peça teatral, o final foi modificado assim como o título que virou "Os dez indiozinhos".
Neste, além do título, as estátuas dos negrinhos (no teatro indiozinhos) viraram soldadinhos e a "ilha do negro" no original, foi transformada na "ilha do soldado".
Com três episódios, há tempo para mostrar cada um dos personagens e os detalhes dos crimes por eles cometidos, embora o foco fique mais em Vera Claytorne.
Há alguns poréns, como a festa em certo momento da narrativa. Nada está mais longe do universo da rainha do mistério do que uma festa alucinada movida à drogas e
o final, diferente do livro em que toda a trama é elucidada através da confissão na carta escrita pelo juiz encontrada tempos depois, o juiz aparece enquanto Vera está se enforcando e confessa tudo, inclusive como forjou sua morte com a ajuda do dr. Amstrong. Mas isso não é um problema, já que dramaticamente ficou mais impactante que a leitura de uma carta, embora um tanto forçado.
Boas atuações, e mesmo, como eu, já sabendo o final e a identidade do assassino por ter lido a obra e assistido versões anteriores, consegui acompanhar com interesse.