Não tinha gostado da temporada anterior e achei que esta revigorou a série mostrando o relacionamento tóxico entre Love e Joe, dois psicopatas sem noção. Joe, sem a menor autocrítica, chama Love de "monstro".
A grande sacada da série são os pensamentos de Joe, carregados de ironia e as conversas entre Joe e Love, que também carregam nas tintas sarcásticas. Em uma cena, quando enterravam um corpo na presença do filho bebê, Love diz "não se preocupe, dizem que nessa idade eles não tem noção de profundidade..."
não hesitou em matar Love, que também estava pronta para assassiná-lo, num frenético último episódio, abandona o filho, termina por se safar novamente com facilidade e está em Paris procurando sua nova paixão Marienne, que possivelmente deve aparecer na quarta temporada. Será que terminará como as outras paixões de Joe?
Ryan Murphy continua sem inspiração para este "filhote" que ele gerou de sua famosa série.
Os episódios continuam muito desiguais, sem nenhum que tenha grande destaque.
O primeiro "Dollhouse" tem uma narrativa fantástica e bizarra, com um dono de fábrica de brinquedos que sequestra moças para fazer delas candidatas a ser a mãe de seu filho em uma gincana maluca. Apesar do ótimo Dennis O`Hare como o "chapeleiro louco", tudo parece artificial demais e
um dispositivo de segurança que acaba atraindo espíritos que teriam pendências com os habitantes da casa na qual ele foi instalado. No final o espírito acaba se vingando do marido da protagonista que havia sido responsável por sua morte e pelo bebê que ela esperava. Acaba sendo uma lição de moral, não faça mal aos outros que você vai se dar mal.
Tudo meio clichê, com uma atuação bem fraca de Gabourey Sidibe, mas consegue manter o interesse até o final do episódio.
O terceiro "Drive" começa com uma trama envolvendo um serial killer e consegue ser, pelo menos, divertido.
Na metade do episódio temos o "plot twist", a vítima não era vítima era a serial killer e o suposto serial era a vítima.
O quarto "Milkmaids" tem uma ambientação de época, o que pelo menos é um diferencial, mas o vilão é bastante caricato. Algumas críticas ao fanatismo religioso, preconceito social, com um final meio que esperado.
O quinto "Blood Mary", se baseia em uma lenda urbana, tem um desenvolvimento atraente, embora meio rrepetitivo. O elenco jovem não atua bem.
O sexto "Facelift" parece ser uma crítica à ditadura das aparências, mas muito bizarra e constrangedora, e no final nos mostra que a beleza é mesmo o que importa. Totalmente sem sentido.
O sétimo "Necro", tem uma temática ousada, envolvendo a necrofilia, com uma funcionária de funerária que se sente atraída pela morte.
quando a protagonista encontra o rapaz por quem havia se interessado morto na sua mesa da funerária, achei que poderia vir a ser uma trama sobrenatural. Quando descobrimos que era uma "pegadinha" do rapaz, tudo fica meio estranho, principalmente quando ele diz que a ama e resolve destruir a vida dela! O final com os dois transando emquanto são enterrados vivos, é doentio e de mau gosto.
O oitavo episódio é um conjunto de clichês. Tenta ser uma drama familiar envolvendo luto, mas não consegue emocionar. Serviu apenas para vermos como Alicia Silverstone envelheceu e não se tornou uma estrela, como se esperava quando protagonizou o filme retrato da geração 90 "As Patricinhas de Beverly Hills".
Aquele final com os zumbis levando o pai da família nos braços, se vingando do malvadão, repete a premissa de "Aura" e mostra como os roteiristas parecem estar sem ideias.
Acho que seria legal ter narrativas independentes das já apresentadas na série original, mas 3 episódios que evocam "Murder House", foi demais.
O primeiro episódio "Rubber Woman" em 2 partes revisita "Murder House", mas embora comece bem com boa dose de ironia, vai se perdendo, especialmente na segunda parte. A protagonista Scarlett é antipática e há um forçoso romance que não convence. Kaia Gerber (Ruby) é um clone de sua mãe a ex top model Cindy Crawford, inclusive na falta de talento como atriz. Aliás porque Scarlett só visitava a amada no Halloween se podia ir quando quisesse, afinal ela irá livre, quem não podia sair era a amada morta? Que raio de grande amor é esse?
O segundo, "Drive in" tem um enredo criativo, com uso de metalinguagem, só perde muito tempo com o romance juvenial bobinho e deixa pouco tempo para o clímax.
O terceiro "The naughty list" é uma crítica bem óbvia e descarada às redes sociais e à superexposição na internet, além da busca desenfreada pela fama e por seguidores. Mostrando uma turma de youtubers extremamente antipáticos, e a gente se pega torcendo contra eles o tempo todo até o desfecho clichê.
O quarto "Ba'al" é o melhor da temporada, tem boa atmosfera, boa atuação de Billie Lourd (o mesmo não posso dizer do resto do elenco)
uma reviravolta que eu achei até esperada, pois já imaginava que o marido estava envolvido depois do roteiro entregar que a esposa era rica, mas depois acontece a reviravolta da reviravolta, quando descobrimos que havia mesmo uma entidade demoníaca que ao final vai conceber mais um bebê demônio com a protagonista.
O quinto, "Feral", é uma mistura de drama familiar e gore descarado. Tem bom clima de tensão e um final apoteótico.
só não dá para entender porque os seres canibais não comeram o garotinho e resolveram criá-lo como uma espécie de deus.
O sexto, "Game Over", revisita novamente "Murder house", começa bem, com um irônico exercício de metalinguagem. A certa altura um personagem comenta algo como "Eu não sei porque falam tão mal de "Roanoke", eu adorei" (eu também, aliás).
quando entendemos que aquele começo era um jogo de video game que uma mãe estava criando para tentar se aproximar do filho que era fã da série (fala sério...) o episódio vai ladeira abaixo. No desfecho, a casa de "Murder house" é incendiada, no seu terreno é construído um condomínio de casas modernas e aparece novamente o insosso casal Ruby e Scarlett, declarando amor eterno. Que final mais estúpido, é só o que se pode dizer.
Numa temporada de 6 episódios, na qual apenas um é realmente bom e dois são razoáveis, Ryan Murphy não foi feliz nesse spin off de sua celebrada série.
Temos um serial killer real matando homossexuais e um serial killer metafórico na figura do Leather face, que ao final percebemos que representava o vírus da AIDS, que matou mais que qualquer serial killer de carne e osso.
A série lembra bastante, e talvez tenha alguma inspiração na produção "Parceiros da noite" (1980), estrelado por Al Pacino, na qual ele vive um policial em NY que se faz passar por gay para investigar um serial killer que matava homossexuais.
Misturando invetigação policial e drama, acho que os dois últimos episódios poderiam ter sido mais realistas e menos simbólicos. A AIDS foi um flagelo que dizimou milhões de pessoas, nessa época era conhecida como "peste gay" e parecia restrita à comunidade homossexual. Acho que mostrar isso de forma mais crua, sem tantas luzes e "anjos com chifres", seria mais legal. De qualquer forma, os dois últimos episódios abraçaram definitivamente o drama e deixaram de lado o tom policial até então da narrativa. Não é uma temporada ruim mas me pareceu muito distante do universo AHS.
Como o próprio título sugere "Double feature", é a primeira temporada de AHS que vem com dois enredos completamente diferentes.
Na primeira parte, temos um enredo sobre vampiros, literal e metaforicamente, sugando o sangue das pessoas, passando por cima de todos para chegar ao topo. Uma narrativa intrigante e que de certa forma nos leva a pensar do que você seria capaz para alcançar seus objetivos? Sarah Paulson tem um personagem menor, mas muito forte, com uma caracterização física degradante e uma grande atuação. Temos também um surpreendente Macaulay Culkin, que não teve muitas chances na carreira adulta, mas parece que pode vir a ser um bom ator, se tiver mais oportunidades.
No segundo segmento, uma divertida e criativa narrativa que começa em preto e branco, homenageando os filmes de ficção científica dos anos 50, ao estilo "O dia em que a terra parou" (1951) e tantos outros clássicos e filmes B, para depois avançarmos aos dias atuais (em cores). A criatividade fica por conta da utilização de figurais históricas
e o envolvimento de seres extraterrestes nas suas vidas e mortes. Os ETs estariam por trás das mortes de Marilyn Monroe e até de JFK! Henry Kissinger seria um androide? Mamie Eisenhower ficou viva durante anos na famosa área 51? O próprio presidente Eisenhower fez um acordo com ETs?
É tudo maluco e bem característco das absurdas teorias da conspiração que rolam sobre tudo e todos os assuntos em todos os lugares do mundo.
No balanço, foi uma temporada boa, embora acho que unir duas temáticas tão diversas, ficou meio sem sentido, deveriam ter mantido a tradição e ter feito duas temporadas separadas de tema único, haveria material para isso, principalmente em relação a segunda parte, na qual poderiam ter investido na participação de mais figuras reais e brincando mais com as malucas teorias da conspiração e seres extraterrestres.
A temporada é, antes de tudo, nostálgica, uma homenagem aos anos 80, com seus figurinos hoje aos nossos olhos, cafonérrimos, mas a ambientação perfeita nos leva de volta a essa década tão atualmente em voga depois do sucesso de "Stranger Things".
Logo o que vem à mente são os filmes de serial killers perseguidores de adolescentes, os mais famosos Jason de "Sexta feira 13" e Michael Myers de "Halloween", e a série mergulha no universo destas franquias, enveredando ainda pela temática de zumbis com umas pitadas de drama e espiritismo.
É a primeira temporada sem nenhuma aparição das estrelas da série Sarah Paulson e Evan Peters.
O final um tanto piegas, foge bastante do que a série costuma propor, mas emociona com sua "reunião de família".
Acompanho todas as séries da franquia "Law and Order", a minha preferida é "Criminal Intent", que durou 10 temporadas.
O personagem Elliot Stabler vem do original "Law and Order Special Victimis Unit", da qual o ator Christopher Meloni se desligou na 11ª temporada, em minha opinião, infelizmente, pois seu personagem fez muita falta em SVU, já que sua química com a protagonista Mariska Hargitay (Olivia Benson) sempre foi um dos grandes atrativos.
Nessa nova série, ao contrário das outras da franquia, não existe uma trama fechada por episódio, mas um só enredo para toda a temporada. Stabler volta da Itália, onde esteve durante todos os anos em que ficou afastado e agora se junta a uma unidade que combate o crime organizado e neste primeiro ano, de apenas oito episódios, o vilão a ser combatido é vivido, com um certo overacting, por Dylan McDernott, chefe de uma família mafiosa,
A série retoma a relação vai-não-vai de Elliot com Olivia, que ficou em aberto desde que seu personagem abruptamente deixou a série, segundo disseram na época, por problemas contratuais.
"Organized Crime" tem tensão e fôlego para mais temporadas e Meloni é um ator caristmático e talentoso, que segura tranquilamente o protagonismo.
Esteticamente a série é impecável, como já era de se esperar sendo uma produção de Guillermo Del Toro.
Episódio 1 - "Lote 36" - é bastante sombrio, o episódio explora o terror da podridão humana. Episódio 2 - "Ratos do cemitério" - baseado num conto muito conhecido e que já ganhou várias versões no cinema, é um agonizante exercício de claustrofobia, no qual a mesquinhez e a cobiça atingem um nível profundo (no sentido metafórico e também literal). Episódio 3 - "A autópsia" - O melhor segmento da série, mistura de terror e ficção cientifíca, com a grande atuação de F. Murray Abraham. Episódio 4 - "Por Fora" - Ironia e horror se mesclam num episódo sobre a ditadura das aparências, da futilidade e da hipocrisia humana. Episódio 5 - "Modelo de Pickman" - Terror psicológico, num episódio confuso. Episódio 6 - "Sonhos na casa da bruxa" - Narrativa que se alonga, cansativa, mais para um conto infantil com elementos de terror. Episódo 7 - "A inspeção" - Chatíssimo, se perde quase o tempo todo em uma reunião com dialógos idiotas, para um final aberto e sem sentido. Episódio 8 - "O murmúrio" - Episódio clichê sobre uma casa assombrada, lento, arrastado e muito, muito chato.
Me empolguei, pois gostei bastante dos 4 primeiros e me decepcionei com os quatro últimos, então na média, é uma boa série. Dificilmente estas séries de antologias com episódios independentes conseguem manter o nível em todos os segmentos.
quando aparecem as bruxas e descobrimos que a temporada é uma espécie de continuação de "Coven" (para mim até aqui a pior temporada), tudo fica muito chato nesse embate entre as bruxas e o anti-cristo. O que é uma pena, em uma temporada em que temos a volta da maravilhosa Jessica Lange, não temos um roteiro à altura. Há cruzamentos com "Murder House" e "Hotel" mas o que poderia ser mais criativo, se perde com a introdução das bruxas no enredo, virando uma guerra cansativa entre o bem e o mal, para no final, após a morte do anti-cristo em um atropelamento, numa absurda solução, descobrimos que outro nasce e vai começar tudo de novo. Aliás, por que será que o demônio escolheu que seu novo filho fosse gerado por um casalzinho tão sem graça?
Depois de duas ótimas temporadas "Roanoke" e "Cult", em que temos roteiros que mesclam terror, sobrenatural e real, a série caí novamente de qualidade, com um enredo tolo e sem sentido
Uma temporada de AHS que o terror não tem nada de sobrenatural, é um terror que vem das pessoas, de suas escolhas e atitudes diárias.
O que a princípio parecia ser uma crítica ferrenha à Trump e à Direita americana, acaba atirando para todos os lados, e mostrando que, na verdade, a política anda enlouquecendo as pessoas, sejam elas de qualquer espectro ou ideologia.
Na seita/culto de Kai (Evan Peters) temos homens e mulheres, de Esquerda e Direita, machistas e feministas, homossexuais e héteros, todos ali praticando atrocidades em nome daquilo que acreditam ser o melhor para si e para o país.
Evan Peters na sua, até agora, melhor atuação na série, está sensacional, e além do fanático Kai Anderson, ainda dá vida aos outros malucos Jim Jones e Charles Manson, ao transgressor ícone da pop-art Andy Warhol e até a Jesus Cristo! Merecia o Emmy por este trabalho!
Até agora a temporada mais explicitamente violenta, conseguindo elevar novamente o nível depois da decepcionante "Hotel".
A primeira parte, na qual temos um programa estilo documentário Discovery em que os protagonistas de uma experiência sobrenatural relatam os acontecimentos enquanto atores os interpretam, foi um tanto moroso, já a segunda parte, quando temos um reality show no qual os atores se encontram com os personagens reais por eles interpretados dentro da casa, palco das experiências, ganha tensão e realismo.
Muitos aqui questionam por que voltar à casa onde quase morreram, mas a série é justamente isso, uma brincadeira ou questionamento do mundo dos reality shows, da super exposição, das pessoas que tudo fazem por minutos de fama, daqueles que produzem estes shows e jogam com a vida dos que aceitam participar deste tipo de atração. E esta temporada apresenta com muita ironia, bem ao estilo Ryan Murphy, este tipo de programa que se tornou onipresente nas tvs de todo o mundo.
Kathy Bates, como sempre fantástica, Sarah Paulson entregando outra ótima atuação, Evan Peters, desta vez em um papel menor, sem muito a apresentar, mas o elenco, de modo geral, entregando um trabalho equilibrado.
Quase ao final, a participação da lendária Lana "Banana" Winters da maravilhosa segunda temporada "Asylum".
Até agora a pior temporada para mim tinha sido "Coven", mas esta conseguiu ser pior.
Talvez tenha despertado mais interesse pela presença de Lady Gaga, mas para mim o que mais importa é a ausência de Jessica Lange, que fez falta, mas acredito que tenha se livrado de uma armadilha, já que vários ótimos atores foram relegados à papéis mal escritos e sem relevância no enredo como Angela Basset, cuja trama é uma bobagem sem tamanho.
Sarah Paulson tem um personagem mal delineado e confuso que no final
tem todos as suas angústias e solidão resolvidas com um celular?
A trama do policial vivido por Wes Bentley foi chata e previsível, Matt Bomer só aparecendo pra mostrar que é lindo, Evan Peters apenas uma boa caracterização, Denis O'hare talvez o melhor personagem e a melhor atuação, Kathy Bates esforçada.
No mais uma repetição cansativa de pescoços cortados e sangue jorrando...
A série aborda os acontecimentos após a morte do serial killer Buffalo Bill pela agente Clarice Sterling relatados em "O silêncio dos inocentes".
Esta primeira temporada mostra o relacionamento de Clarice com a traumatizada Catherine Martin, a garota sequestrada por Buffallo Bill e com a mãe dela, a senadora Ruth Martin responsável pelo recrutamento de Clarice para o VICAP (unidade do FBI responsável pela investigação de crimes violentos).
Clarice, interpretada por Rebbecca Breeds numa atuação correta, sem ser excelente, também possui traumas de infância com a morte do pai e luta também para superá-los, além do fato de ter matado o serial killer, o que também a atormenta.
Há uma abordagem também em relação à xenofobia, com o parceiro de Clarice , Tomas Esquivel (interpretado por Lucca de Oliveira, ator americano, filho de brasileiros) e racismo, representada pela melhor amiga de Clarice, a também agente Ardelia Mapp, que perde chances de ascensão no FBI por ser negra.
O enredo deste primeiro ano, além dos traumas da protagonista, é a investigação de assasinatos de mulheres, que depois envereda para uma trama bem mais complexa que envolve empresas e homens poderosos.
A série desenvolve uma narrativa envolvente e deixa uma possiblidade de desenvolvimento de trama para uma próxima temporada, embora feche as principais tramas desta, porém isso não vai ocorrer, já que foi cancelada.
AHS conseguiu recuperar sua capacidade de entreter e fazer refletir, que havia perdido com a fraca "Coven".
"Freaks" foi inspirada no filme de mesmo nome de 1932, e que é citado na temporada. AHS coloca o mesmo questionamento do filme, que os verdadeiros monstros não são as aberrações do show circense, com suas anomalias físicas, mas sim pessoas como o mimado Dandy Mott, que sem defeitos físicos e um rosto bonito é um ser humano abominável.
Jessica Lange, Evan Peters e Kathy Bates tem grandes e marcantes atuações. Figurinos e cenários no estilo exagerado de Ryan Murphy com tudo propositalmente colorido e fake.
Depois da estupenda temporada anterior, American Horror Story voltou com uma terceira temporada bastante morna, com uma pegada meio adolescente.
O tema bruxaria, mostrou-se um tanto repetitivo e enfadonho para preencher tantos episódios. Aquela coisa de todo mundo morrendo e ressuscitando ficou bem cansativa.
Jessica Lange faz o que pode, mas a bruxa suprema Fiona não é um personagem rico e complexo com a irmã Jude de "Asylum". Evan Peters também não tem muito o que apresentar com sua versão loira de Frankenstein.
Kathy Bates tem o personagem mais rico, a desumana Madame Lalune, já que sua personagem é que permeia as discussões sobre racismo, um dos motes desta temporada.
Esta temporada beirou a perfeição. Numa mistura que poderia ser indigesta de terror e drama com toques de ficção científica, a série dosou tudo de maneira primorosa com personagens fortes e narrativas impactantes.
Vemos a crítica a hipocrisia religiosa, na pele do Monsenhor, que ao mesmo tempo que tem sentimentos misericordiosos, é capaz de tudo pela ascensão na igreja, característica que vemos também em Lana (Sarah Paulson) ao mesmo tempo piedosa, que sofre horrores dentro do manicômio, mas se revela ambiciosa e carreirista
a cena final, quando mata seu filho (assim como havia matado o psicopata pai dele) é chocante, pois ela não demonstra nenhum arrependimento ou escrúpulo por ter abandonado o filho. supostamente um ser que não tinha culpa por tudo que o pai dele causou na vida da jornalista.
Jessica Lange em uma atuação extraordinária, parece ter nascido para fazer parte do universo bizarro de Ryan Murphy, assim como Evan Peters. A irmã Jude é um personagem com várias facetas, que vai da falta de humanidade à redenção, numa cena final absolutamente linda.
Completam o circo de personagens instigantes, a irmã Mary Eunice, numa atuação fantástica de Lily Rabe, dividida entre a castidade e pureza e a loucura demoníaca que dela se apossa, o doutor Arthur Arden, um homem, ora compreensivo e outras vezes cruel com passado nebuloso e o dr. Oliver Thredson, na performance contida e em outros momentos visceral de Zachary Quinto.
É uma conjunção de grandes personagens, ótimas atuações carregadas com as tintas do exagero visual de Ryan Murphy, mas na dose certa de ironia e drama, características de seu universo criativo.
Ótima primeira temporada e podemos compreender de onde vieram todas as disputas, estratégia, vingança, ódio, intrigas familiares de Game of thrones.
Com uma produção milionária que sua antecessora não teve no primeiro ano, "A casa do dragão", já tendo a obra de George R. R. Martin consolidada como fenômeno "pop", conta com um elenco brilhante, cenários belíssimos e figurinos deslumbrantes,
Milly Alcock tem uma atuação brilhante e quando pensamos que sentíriamos falta dela, substituída no meio da temporada, Emma D'Arcy nos brinda com uma atuação tão fantástica quanto a sua jovem interpréte, num elenco onde ainda se destacam Paddy Considine, Olivia Cooke e Matt Smith.
A narrativa fluiu de forma tão perfeita, com a preparação do terreno para guerra que virá, que já nos pegamos ansiosos pelo segundo ano, que infelizmente, deve demorar bastante.
Acertada a escolha de usar a mesma maravilhosa música de abertura, pois é um prológo de GOT, mas visualmente não tem o mesmo brilhantismo e criatividade da abertura de série anterior, e senti falta de, obviamente, dragões na abertura, seres imaginários tão esteticamente fascinantes.
Série bem divertida, os casos policiais são meio óbvios e o que vale mesmo são as situações cômicas. O elenco é afinado e Tony Danza rouba a cena e a série.
Pena ter sido cancelada, tanta porcaria ganha uma segunda chance, essa série não teve.
uma casa que aprisiona os espíritos das pessoas que nela morrem
e Ryan Murphy a desenvolve com muita criatividade e ironia, típicas de suas produções.
A primeira temporada já dava o tom do que viria, personagens esquisitos, ambientação kitsch, plot twists, ótimo elenco. Jessica Lange dá um banho como a solícita, egoísta e traiçoeira Constance, além de outros destaques como Evan Peters (Tate) e Frances Conroy (Moira), que tem um dos personagens mais curiosos da série, os homens a viam como uma linda e sensual garota, enquanto as mulheres a viam como velha e com um olho cego. Na verdade,muitos questionam o personagem em relação a
ela ter envelhecido, já que morreu jovem, entendi que Moira quando foi assassinada já era velha, mas o marido de Constance a via como jovem e bela, como os outros homens. Então a aparência dela como velha, é como havia morrido, porque duvido muito que Constance teria contratado uma "femme fatale" como empregada.
O tema é atual, mas a narrativa acabou sendo cansativa com cenas desnecessárias.
Itziar Ituño é bastante inexpressiva, o que já havia demonstrado no seu papel de maior destaque em "A casa de papel". O personagem exigia uma atriz que não parecesse tão passiva diante do caos que sua vida se transformou.
Acho que a maioria dos comentários já disse tudo, é uma série que vai construindo muitas expectativas mas termina sem entregar nada e deixa a sensação para o espectador de ter sido uma grande perda de tempo.
A presença de Mia Farrow no elenco, talvez seja uma homenagem e uma ironia de Ryan Murphy, pois de vizinhos estranhos Mia entende muito bem desde o clássico "O bebê de Rosemary".
Depois do gancho deixado no final da terceira temporada, quando finalmente Helene declara seu amor a Balthazar, começamos a quarta temporada com uma ducha de água fria. A atriz Hélène de Fougerolles deixou o elenco e simplesmente um relacionamento "cozinhado" em 3 temporadas acaba sem mais nem menos, deixando um grande vazio para quem acompanha a série.
Camille, a nova policial não tem a mesma química com Balthazar, os produtores parecem ter percebido isso, tanto que no meio da temporada, aparece uma nova diretora para o IML de Paris que ao final acaba por sugerir que seria o novo interesse romântico do legista.
Somos apresentandos aos pais de Balthazar no penúltimo episódio e descobrimos
que o legista tem um irmão mais velho, de quem ele não lembrava, com tendências pscicopatas, responsável por todo o calvário de Balthazar nesta temporada.
A chocante cena final ficou entre ironia e ousadia
Apesar da premissa absurda, não deixa de ser surpresa que o assassino seja um homem manipulado pela mulher que se casou com Balthazar. Sim, Maya, a agora, esposa do legista, que está grávida dele, foi quem arquitetou a morte de sua esposa, manipulando um amigo de infância para matá-la, pois era fascinada pelas mãos dela! Bem absurdo não?
As tramas de investigação continuam boas, mas a solução para o mistério soou um tanto absurda demais, embora a série sempre tenha tido um tom divertido, a trama da morte da esposa de Balthazar, merecia uma solução menos bizarra.
Maya tenta matar Balthazar, logo após o casamento e o último episódio termina com um gancho, o legista se esvaindo em sangue e Helene declarando seu amor a ele.
Você (3ª Temporada)
3.5 361 Assista AgoraNão tinha gostado da temporada anterior e achei que esta revigorou a série mostrando o relacionamento tóxico entre Love e Joe, dois psicopatas sem noção. Joe, sem a menor autocrítica, chama Love de "monstro".
A grande sacada da série são os pensamentos de Joe, carregados de ironia e as conversas entre Joe e Love, que também carregam nas tintas sarcásticas.
Em uma cena, quando enterravam um corpo na presença do filho bebê,
Love diz "não se preocupe, dizem que nessa idade eles não tem noção de profundidade..."
Joe, incorrígivel,
não hesitou em matar Love, que também estava pronta para assassiná-lo, num frenético último episódio, abandona o filho, termina por se safar novamente com facilidade e está em Paris procurando sua nova paixão Marienne, que possivelmente deve aparecer na quarta temporada. Será que terminará como as outras paixões de Joe?
American Horror Stories (2ª Temporada)
3.0 54 Assista AgoraRyan Murphy continua sem inspiração para este "filhote" que ele gerou de sua famosa série.
Os episódios continuam muito desiguais, sem nenhum que tenha grande destaque.
O primeiro "Dollhouse" tem uma narrativa fantástica e bizarra, com um dono de fábrica de brinquedos que sequestra moças para fazer delas candidatas a ser a mãe de seu filho em uma gincana maluca. Apesar do ótimo Dennis O`Hare como o "chapeleiro louco", tudo parece artificial demais e
sem falar no final, quando aparecem as bruxas, numa relação com "Coven" (talvez a pior temporada de AHS) para piorar o que não era bom.
O segundo "Aura", tem uma premissa instigante
um dispositivo de segurança que acaba atraindo espíritos que teriam pendências com os habitantes da casa na qual ele foi instalado. No final o espírito acaba se vingando do marido da protagonista que havia sido responsável por sua morte e pelo bebê que ela esperava. Acaba sendo uma lição de moral, não faça mal aos outros que você vai se dar mal.
Tudo meio clichê, com uma atuação bem fraca de Gabourey Sidibe, mas consegue manter o interesse até o final do episódio.
O terceiro "Drive" começa com uma trama envolvendo um serial killer e consegue ser, pelo menos, divertido.
Na metade do episódio temos o "plot twist", a vítima não era vítima era a serial killer e o suposto serial era a vítima.
O quarto "Milkmaids" tem uma ambientação de época, o que pelo menos é um diferencial, mas o vilão é bastante caricato. Algumas críticas ao fanatismo religioso, preconceito social, com um final meio que esperado.
O quinto "Blood Mary", se baseia em uma lenda urbana, tem um desenvolvimento atraente, embora meio rrepetitivo. O elenco jovem não atua bem.
O sexto "Facelift" parece ser uma crítica à ditadura das aparências, mas muito bizarra e constrangedora, e no final nos mostra que a beleza é mesmo o que importa. Totalmente sem sentido.
O sétimo "Necro", tem uma temática ousada, envolvendo a necrofilia, com uma funcionária de funerária que se sente atraída pela morte.
quando a protagonista encontra o rapaz por quem havia se interessado morto na sua mesa da funerária, achei que poderia vir a ser uma trama sobrenatural. Quando descobrimos que era uma "pegadinha" do rapaz, tudo fica meio estranho, principalmente quando ele diz que a ama e resolve destruir a vida dela! O final com os dois transando emquanto são enterrados vivos, é doentio e de mau gosto.
O oitavo episódio é um conjunto de clichês. Tenta ser uma drama familiar envolvendo luto, mas não consegue emocionar. Serviu apenas para vermos como Alicia Silverstone envelheceu e não se tornou uma estrela, como se esperava quando protagonizou o filme retrato da geração 90 "As Patricinhas de Beverly Hills".
Aquele final com os zumbis levando o pai da família nos braços, se vingando do malvadão, repete a premissa de "Aura" e mostra como os roteiristas parecem estar sem ideias.
American Horror Stories (1ª Temporada)
3.0 140 Assista AgoraAcho que seria legal ter narrativas independentes das já apresentadas na série original, mas 3 episódios que evocam "Murder House", foi demais.
O primeiro episódio "Rubber Woman" em 2 partes revisita "Murder House", mas embora comece bem com boa dose de ironia, vai se perdendo, especialmente na segunda parte. A protagonista Scarlett é antipática e há um forçoso romance que não convence. Kaia Gerber (Ruby) é um clone de sua mãe a ex top model Cindy Crawford, inclusive na falta de talento como atriz. Aliás porque Scarlett só visitava a amada no Halloween se podia ir quando quisesse, afinal ela irá livre, quem não podia sair era a amada morta? Que raio de grande amor é esse?
O segundo, "Drive in" tem um enredo criativo, com uso de metalinguagem, só perde muito tempo com o romance juvenial bobinho e deixa pouco tempo para o clímax.
O terceiro "The naughty list" é uma crítica bem óbvia e descarada às redes sociais e à superexposição na internet, além da busca desenfreada pela fama e por seguidores. Mostrando uma turma de youtubers extremamente antipáticos, e a gente se pega torcendo contra eles o tempo todo até o desfecho clichê.
O quarto "Ba'al" é o melhor da temporada, tem boa atmosfera, boa atuação de Billie Lourd (o mesmo não posso dizer do resto do elenco)
uma reviravolta que eu achei até esperada, pois já imaginava que o marido estava envolvido depois do roteiro entregar que a esposa era rica, mas depois acontece a reviravolta da reviravolta, quando descobrimos que havia mesmo uma entidade demoníaca que ao final vai conceber mais um bebê demônio com a protagonista.
O quinto, "Feral", é uma mistura de drama familiar e gore descarado. Tem bom clima de tensão e um final apoteótico.
só não dá para entender porque os seres canibais não comeram o garotinho e resolveram criá-lo como uma espécie de deus.
O sexto, "Game Over", revisita novamente "Murder house", começa bem, com um irônico exercício de metalinguagem. A certa altura um personagem comenta algo como "Eu não sei porque falam tão mal de "Roanoke", eu adorei" (eu também, aliás).
quando entendemos que aquele começo era um jogo de video game que uma mãe estava criando para tentar se aproximar do filho que era fã da série (fala sério...) o episódio vai ladeira abaixo.
No desfecho, a casa de "Murder house" é incendiada, no seu terreno é construído um condomínio de casas modernas e aparece novamente o insosso casal Ruby e Scarlett, declarando amor eterno. Que final mais estúpido, é só o que se pode dizer.
Numa temporada de 6 episódios, na qual apenas um é realmente bom e dois são razoáveis, Ryan Murphy não foi feliz nesse spin off de sua celebrada série.
American Horror Story: NYC (11ª Temporada)
3.2 122 Assista AgoraNovamente o terror real e não o sobrenatural;
Temos um serial killer real matando homossexuais e um serial killer metafórico na figura do Leather face, que ao final percebemos que representava o vírus da AIDS, que matou mais que qualquer serial killer de carne e osso.
A série lembra bastante, e talvez tenha alguma inspiração na produção "Parceiros da noite" (1980), estrelado por Al Pacino, na qual ele vive um policial em NY que se faz passar por gay para investigar um serial killer que matava homossexuais.
Misturando invetigação policial e drama, acho que os dois últimos episódios poderiam ter sido mais realistas e menos simbólicos. A AIDS foi um flagelo que dizimou milhões de pessoas, nessa época era conhecida como "peste gay" e parecia restrita à comunidade homossexual. Acho que mostrar isso de forma mais crua, sem tantas luzes e "anjos com chifres", seria mais legal.
De qualquer forma, os dois últimos episódios abraçaram definitivamente o drama e deixaram de lado o tom policial até então da narrativa. Não é uma temporada ruim mas me pareceu muito distante do universo AHS.
American Horror Story: Double Feature (10ª Temporada)
2.7 251Como o próprio título sugere "Double feature", é a primeira temporada de AHS que vem com dois enredos completamente diferentes.
Na primeira parte, temos um enredo sobre vampiros, literal e metaforicamente, sugando o sangue das pessoas, passando por cima de todos para chegar ao topo. Uma narrativa intrigante e que de certa forma nos leva a pensar do que você seria capaz para alcançar seus objetivos?
Sarah Paulson tem um personagem menor, mas muito forte, com uma caracterização física degradante e uma grande atuação.
Temos também um surpreendente Macaulay Culkin, que não teve muitas chances na carreira adulta, mas parece que pode vir a ser um bom ator, se tiver mais oportunidades.
No segundo segmento, uma divertida e criativa narrativa que começa em preto e branco, homenageando os filmes de ficção científica dos anos 50, ao estilo "O dia em que a terra parou" (1951) e tantos outros clássicos e filmes B, para depois avançarmos aos dias atuais (em cores). A criatividade fica por conta da utilização de figurais históricas
e o envolvimento de seres extraterrestes nas suas vidas e mortes. Os ETs estariam por trás das mortes de Marilyn Monroe e até de JFK! Henry Kissinger seria um androide? Mamie Eisenhower ficou viva durante anos na famosa área 51? O próprio presidente Eisenhower fez um acordo com ETs?
É tudo maluco e bem característco das absurdas teorias da conspiração que rolam sobre tudo e todos os assuntos em todos os lugares do mundo.
No balanço, foi uma temporada boa, embora acho que unir duas temáticas tão diversas, ficou meio sem sentido, deveriam ter mantido a tradição e ter feito duas temporadas separadas de tema único, haveria material para isso, principalmente em relação a segunda parte, na qual poderiam ter investido na participação de mais figuras reais e brincando mais com as malucas teorias da conspiração e seres extraterrestres.
American Horror Story: 1984 (9ª Temporada)
3.7 391 Assista AgoraA temporada é, antes de tudo, nostálgica, uma homenagem aos anos 80, com seus figurinos hoje aos nossos olhos, cafonérrimos, mas a ambientação perfeita nos leva de volta a essa década tão atualmente em voga depois do sucesso de "Stranger Things".
Logo o que vem à mente são os filmes de serial killers perseguidores de adolescentes, os mais famosos Jason de "Sexta feira 13" e Michael Myers de "Halloween", e a série mergulha no universo destas franquias, enveredando ainda pela temática de zumbis com umas pitadas de drama e espiritismo.
É a primeira temporada sem nenhuma aparição das estrelas da série Sarah Paulson e Evan Peters.
O final um tanto piegas, foge bastante do que a série costuma propor, mas emociona com sua "reunião de família".
Lei e Ordem: Crime Organizado (1ª Temporada)
4.0 11 Assista AgoraAcompanho todas as séries da franquia "Law and Order", a minha preferida é "Criminal Intent", que durou 10 temporadas.
O personagem Elliot Stabler vem do original "Law and Order Special Victimis Unit", da qual o ator Christopher Meloni se desligou na 11ª temporada, em minha opinião, infelizmente, pois seu personagem fez muita falta em SVU, já que sua química com a protagonista Mariska Hargitay (Olivia Benson) sempre foi um dos grandes atrativos.
Nessa nova série, ao contrário das outras da franquia, não existe uma trama fechada por episódio, mas um só enredo para toda a temporada. Stabler volta da Itália, onde esteve durante todos os anos em que ficou afastado e agora se junta a uma unidade que combate o crime organizado e neste primeiro ano, de apenas oito episódios, o vilão a ser combatido é vivido, com um certo overacting, por Dylan McDernott, chefe de uma família mafiosa,
A série retoma a relação vai-não-vai de Elliot com Olivia, que ficou em aberto desde que seu personagem abruptamente deixou a série, segundo disseram na época, por problemas contratuais.
"Organized Crime" tem tensão e fôlego para mais temporadas e Meloni é um ator caristmático e talentoso, que segura tranquilamente o protagonismo.
O Gabinete de Curiosidades de Guillermo del Toro (1ª Temporada)
3.5 244 Assista AgoraEsteticamente a série é impecável, como já era de se esperar sendo uma produção de Guillermo Del Toro.
Episódio 1 - "Lote 36" - é bastante sombrio, o episódio explora o terror da podridão humana.
Episódio 2 - "Ratos do cemitério" - baseado num conto muito conhecido e que já ganhou várias versões no cinema, é um agonizante exercício de claustrofobia, no qual a mesquinhez e a cobiça atingem um nível profundo (no sentido metafórico e também literal).
Episódio 3 - "A autópsia" - O melhor segmento da série, mistura de terror e ficção cientifíca, com a grande atuação de F. Murray Abraham.
Episódio 4 - "Por Fora" - Ironia e horror se mesclam num episódo sobre a ditadura das aparências, da futilidade e da hipocrisia humana.
Episódio 5 - "Modelo de Pickman" - Terror psicológico, num episódio confuso.
Episódio 6 - "Sonhos na casa da bruxa" - Narrativa que se alonga, cansativa, mais para um conto infantil com elementos de terror.
Episódo 7 - "A inspeção" - Chatíssimo, se perde quase o tempo todo em uma reunião com dialógos idiotas, para um final aberto e sem sentido.
Episódio 8 - "O murmúrio" - Episódio clichê sobre uma casa assombrada, lento, arrastado e muito, muito chato.
Me empolguei, pois gostei bastante dos 4 primeiros e me decepcionei com os quatro últimos, então na média, é uma boa série. Dificilmente estas séries de antologias com episódios independentes conseguem manter o nível em todos os segmentos.
American Horror Story: Apocalypse (8ª Temporada)
3.5 511Os primeiros episódios com o apocalipse nuclear são intrigantes mas
quando aparecem as bruxas e descobrimos que a temporada é uma espécie de continuação de "Coven" (para mim até aqui a pior temporada), tudo fica muito chato nesse embate entre as bruxas e o anti-cristo.
O que é uma pena, em uma temporada em que temos a volta da maravilhosa Jessica Lange, não temos um roteiro à altura. Há cruzamentos com "Murder House" e "Hotel" mas o que poderia ser mais criativo, se perde com a introdução das bruxas no enredo, virando uma guerra cansativa entre o bem e o mal, para no final, após a morte do anti-cristo em um atropelamento, numa absurda solução, descobrimos que outro nasce e vai começar tudo de novo.
Aliás, por que será que o demônio escolheu que seu novo filho fosse gerado por um casalzinho tão sem graça?
Depois de duas ótimas temporadas "Roanoke" e "Cult", em que temos roteiros que mesclam terror, sobrenatural e real, a série caí novamente de qualidade, com um enredo tolo e sem sentido
American Horror Story: Cult (7ª Temporada)
3.6 483 Assista AgoraUma temporada de AHS que o terror não tem nada de sobrenatural, é um terror que vem das pessoas, de suas escolhas e atitudes diárias.
O que a princípio parecia ser uma crítica ferrenha à Trump e à Direita americana, acaba atirando para todos os lados, e mostrando que, na verdade, a política anda enlouquecendo as pessoas, sejam elas de qualquer espectro ou ideologia.
Na seita/culto de Kai (Evan Peters) temos homens e mulheres, de Esquerda e Direita, machistas e feministas, homossexuais e héteros, todos ali praticando atrocidades em nome daquilo que acreditam ser o melhor para si e para o país.
Evan Peters na sua, até agora, melhor atuação na série, está sensacional, e além do fanático Kai Anderson, ainda dá vida aos outros malucos Jim Jones e Charles Manson, ao transgressor ícone da pop-art Andy Warhol e até a Jesus Cristo! Merecia o Emmy por este trabalho!
American Horror Story: Roanoke (6ª Temporada)
3.9 716 Assista AgoraAté agora a temporada mais explicitamente violenta, conseguindo elevar novamente o nível depois da decepcionante "Hotel".
A primeira parte, na qual temos um programa estilo documentário Discovery em que os protagonistas de uma experiência sobrenatural relatam os acontecimentos enquanto atores os interpretam, foi um tanto moroso, já a segunda parte, quando temos um reality show no qual os atores se encontram com os personagens reais por eles interpretados dentro da casa, palco das experiências, ganha tensão e realismo.
Muitos aqui questionam por que voltar à casa onde quase morreram, mas a série é justamente isso, uma brincadeira ou questionamento do mundo dos reality shows, da super exposição, das pessoas que tudo fazem por minutos de fama, daqueles que produzem estes shows e jogam com a vida dos que aceitam participar deste tipo de atração. E esta temporada apresenta com muita ironia, bem ao estilo Ryan Murphy, este tipo de programa que se tornou onipresente nas tvs de todo o mundo.
Kathy Bates, como sempre fantástica, Sarah Paulson entregando outra ótima atuação, Evan Peters, desta vez em um papel menor, sem muito a apresentar, mas o elenco, de modo geral, entregando um trabalho equilibrado.
Quase ao final, a participação da lendária Lana "Banana" Winters da maravilhosa segunda temporada "Asylum".
American Horror Story: Hotel (5ª Temporada)
3.6 980Até agora a pior temporada para mim tinha sido "Coven", mas esta conseguiu ser pior.
Talvez tenha despertado mais interesse pela presença de Lady Gaga, mas para mim o que mais importa é a ausência de Jessica Lange, que fez falta, mas acredito que tenha se livrado de uma armadilha, já que vários ótimos atores foram relegados à papéis mal escritos e sem relevância no enredo como Angela Basset, cuja trama é uma bobagem sem tamanho.
Sarah Paulson tem um personagem mal delineado e confuso que no final
tem todos as suas angústias e solidão resolvidas com um celular?
A trama do policial vivido por Wes Bentley foi chata e previsível, Matt Bomer só aparecendo pra mostrar que é lindo, Evan Peters apenas uma boa caracterização, Denis O'hare talvez o melhor personagem e a melhor atuação, Kathy Bates esforçada.
No mais uma repetição cansativa de pescoços cortados e sangue jorrando...
Clarice (1ª Temporada)
3.5 26A série aborda os acontecimentos após a morte do serial killer Buffalo Bill pela agente Clarice Sterling relatados em "O silêncio dos inocentes".
Esta primeira temporada mostra o relacionamento de Clarice com a traumatizada Catherine Martin, a garota sequestrada por Buffallo Bill e com a mãe dela, a senadora Ruth Martin responsável pelo recrutamento de Clarice para o VICAP (unidade do FBI responsável pela investigação de crimes violentos).
Clarice, interpretada por Rebbecca Breeds numa atuação correta, sem ser excelente, também possui traumas de infância com a morte do pai e luta também para superá-los, além do fato de ter matado o serial killer, o que também a atormenta.
Há uma abordagem também em relação à xenofobia, com o parceiro de Clarice , Tomas Esquivel (interpretado por Lucca de Oliveira, ator americano, filho de brasileiros) e racismo, representada pela melhor amiga de Clarice, a também agente Ardelia Mapp, que perde chances de ascensão no FBI por ser negra.
O enredo deste primeiro ano, além dos traumas da protagonista, é a investigação de assasinatos de mulheres, que depois envereda para uma trama bem mais complexa que envolve empresas e homens poderosos.
A série desenvolve uma narrativa envolvente e deixa uma possiblidade de desenvolvimento de trama para uma próxima temporada, embora feche as principais tramas desta, porém isso não vai ocorrer, já que foi cancelada.
American Horror Story: Freak Show (4ª Temporada)
3.5 1,4K Assista AgoraAHS conseguiu recuperar sua capacidade de entreter e fazer refletir, que havia perdido com a fraca "Coven".
"Freaks" foi inspirada no filme de mesmo nome de 1932, e que é citado na temporada. AHS coloca o mesmo questionamento do filme, que os verdadeiros monstros não são as aberrações do show circense, com suas anomalias físicas, mas sim pessoas como o mimado Dandy Mott, que sem defeitos físicos e um rosto bonito é um ser humano abominável.
Jessica Lange, Evan Peters e Kathy Bates tem grandes e marcantes atuações. Figurinos e cenários no estilo exagerado de Ryan Murphy com tudo propositalmente colorido e fake.
American Horror Story: Coven (3ª Temporada)
3.8 2,1KDepois da estupenda temporada anterior, American Horror Story voltou com uma terceira temporada bastante morna, com uma pegada meio adolescente.
O tema bruxaria, mostrou-se um tanto repetitivo e enfadonho para preencher tantos episódios. Aquela coisa de todo mundo morrendo e ressuscitando ficou bem cansativa.
Jessica Lange faz o que pode, mas a bruxa suprema Fiona não é um personagem rico e complexo com a irmã Jude de "Asylum". Evan Peters também não tem muito o que apresentar com sua versão loira de Frankenstein.
Kathy Bates tem o personagem mais rico, a desumana Madame Lalune, já que sua personagem é que permeia as discussões sobre racismo, um dos motes desta temporada.
American Horror Story: Asylum (2ª Temporada)
4.3 2,7KEsta temporada beirou a perfeição. Numa mistura que poderia ser indigesta de terror e drama com toques de ficção científica, a série dosou tudo de maneira primorosa com personagens fortes e narrativas impactantes.
Vemos a crítica a hipocrisia religiosa, na pele do Monsenhor, que ao mesmo tempo que tem sentimentos misericordiosos, é capaz de tudo pela ascensão na igreja, característica que vemos também em Lana (Sarah Paulson) ao mesmo tempo piedosa, que sofre horrores dentro do manicômio, mas se revela ambiciosa e carreirista
a cena final, quando mata seu filho (assim como havia matado o psicopata pai dele) é chocante, pois ela não demonstra nenhum arrependimento ou escrúpulo por ter abandonado o filho. supostamente um ser que não tinha culpa por tudo que o pai dele causou na vida da jornalista.
Jessica Lange em uma atuação extraordinária, parece ter nascido para fazer parte do universo bizarro de Ryan Murphy, assim como Evan Peters. A irmã Jude é um personagem com várias facetas, que vai da falta de humanidade à redenção, numa cena final absolutamente linda.
Completam o circo de personagens instigantes, a irmã Mary Eunice, numa atuação fantástica de Lily Rabe, dividida entre a castidade e pureza e a loucura demoníaca que dela se apossa, o doutor Arthur Arden, um homem, ora compreensivo e outras vezes cruel com passado nebuloso e o dr. Oliver Thredson, na performance contida e em outros momentos visceral de Zachary Quinto.
É uma conjunção de grandes personagens, ótimas atuações carregadas com as tintas do exagero visual de Ryan Murphy, mas na dose certa de ironia e drama, características de seu universo criativo.
A Casa do Dragão (1ª Temporada)
4.1 711 Assista AgoraÓtima primeira temporada e podemos compreender de onde vieram todas as disputas, estratégia, vingança, ódio, intrigas familiares de Game of thrones.
Com uma produção milionária que sua antecessora não teve no primeiro ano, "A casa do dragão", já tendo a obra de George R. R. Martin consolidada como fenômeno "pop", conta com um elenco brilhante, cenários belíssimos e figurinos deslumbrantes,
Milly Alcock tem uma atuação brilhante e quando pensamos que sentíriamos falta dela, substituída no meio da temporada, Emma D'Arcy nos brinda com uma atuação tão fantástica quanto a sua jovem interpréte, num elenco onde ainda se destacam Paddy Considine, Olivia Cooke e Matt Smith.
A narrativa fluiu de forma tão perfeita, com a preparação do terreno para guerra que virá, que já nos pegamos ansiosos pelo segundo ano, que infelizmente, deve demorar bastante.
Acertada a escolha de usar a mesma maravilhosa música de abertura, pois é um prológo de GOT, mas visualmente não tem o mesmo brilhantismo e criatividade da abertura de série anterior, e senti falta de, obviamente, dragões na abertura, seres imaginários tão esteticamente fascinantes.
Caso de Polícia (1ª Temporada)
3.5 18 Assista AgoraSérie bem divertida, os casos policiais são meio óbvios e o que vale mesmo são as situações cômicas. O elenco é afinado e Tony Danza rouba a cena e a série.
Pena ter sido cancelada, tanta porcaria ganha uma segunda chance, essa série não teve.
American Horror Story: Murder House (1ª Temporada)
4.2 2,2KA premissa é
uma casa que aprisiona os espíritos das pessoas que nela morrem
e Ryan Murphy a desenvolve com muita criatividade e ironia, típicas de suas produções.
A primeira temporada já dava o tom do que viria, personagens esquisitos, ambientação kitsch, plot twists, ótimo elenco.
Jessica Lange dá um banho como a solícita, egoísta e traiçoeira Constance, além de outros destaques como Evan Peters (Tate) e Frances Conroy (Moira), que tem um dos personagens mais curiosos da série, os homens a viam como uma linda e sensual garota, enquanto as mulheres a viam como velha e com um olho cego. Na verdade,muitos questionam o personagem em relação a
ela ter envelhecido, já que morreu jovem, entendi que Moira quando foi assassinada já era velha, mas o marido de Constance a via como jovem e bela, como os outros homens. Então a aparência dela como velha, é como havia morrido, porque duvido muito que Constance teria contratado uma "femme fatale" como empregada.
Ninguém Pode Saber
3.0 100 Assista AgoraA série promete pela cena inical no restaurante, mas depois vai se perdendo nessa mistura de drama político e familiar.
Toni Colette se esforça, prejudicada pela fraca atuação de Bella Heathcote que não consegue segurar o protagonismo.
Não chega a ser ruim, mas não passa de mediana. Poderia ter sido produzida com menor número de episódios.
Intimidade (1ª Temporada)
3.4 13 Assista AgoraO tema é atual, mas a narrativa acabou sendo cansativa com cenas desnecessárias.
Itziar Ituño é bastante inexpressiva, o que já havia demonstrado no seu papel de maior destaque em "A casa de papel". O personagem exigia uma atriz que não parecesse tão passiva diante do caos que sua vida se transformou.
Bem-Vindos à Vizinhança
3.1 261 Assista AgoraAcho que a maioria dos comentários já disse tudo, é uma série que vai construindo muitas expectativas mas termina sem entregar nada e deixa a sensação para o espectador de ter sido uma grande perda de tempo.
A presença de Mia Farrow no elenco, talvez seja uma homenagem e uma ironia de Ryan Murphy, pois de vizinhos estranhos Mia entende muito bem desde o clássico "O bebê de Rosemary".
Balthazar (4ª Temporada)
3.9 5Depois do gancho deixado no final da terceira temporada, quando finalmente Helene declara seu amor a Balthazar, começamos a quarta temporada com uma ducha de água fria. A atriz Hélène de Fougerolles deixou o elenco e simplesmente um relacionamento "cozinhado" em 3 temporadas acaba sem mais nem menos, deixando um grande vazio para quem acompanha a série.
Camille, a nova policial não tem a mesma química com Balthazar, os produtores parecem ter percebido isso, tanto que no meio da temporada, aparece uma nova diretora para o IML de Paris que ao final acaba por sugerir que seria o novo interesse romântico do legista.
Somos apresentandos aos pais de Balthazar no penúltimo episódio e descobrimos
que o legista tem um irmão mais velho, de quem ele não lembrava, com tendências pscicopatas, responsável por todo o calvário de Balthazar nesta temporada.
A chocante cena final ficou entre ironia e ousadia
para se esconder da polícia, que acredita ser ele o responsável por vários assassinatos, o mulherengo e viril legista aparece como uma drag queen!
Balthazar (3ª Temporada)
4.2 3Nesta terceira temporada temos finalmente a resposta de quem é o assassino da esposa de Balthazar.
Apesar da premissa absurda, não deixa de ser surpresa que o assassino seja um homem manipulado pela mulher que se casou com Balthazar. Sim, Maya, a agora, esposa do legista, que está grávida dele, foi quem arquitetou a morte de sua esposa, manipulando um amigo de infância para matá-la, pois era fascinada pelas mãos dela! Bem absurdo não?
As tramas de investigação continuam boas, mas a solução para o mistério soou um tanto absurda demais, embora a série sempre tenha tido um tom divertido, a trama da morte da esposa de Balthazar, merecia uma solução menos bizarra.
Ao final da temporada
Maya tenta matar Balthazar, logo após o casamento e o último episódio termina com um gancho, o legista se esvaindo em sangue e Helene declarando seu amor a ele.