Tá ali nas cabeças com Cassino Royale. Talvez como filme por si só, Skyfall é mais redondo, mas a missão do primeiro filme da era Craig era mais difícil.
Só se perde um pouco ao tentar justificar as muitas reviravoltas finais, mas de resto faz quase tudo muito bem. Gosto muito como usam o próprio esteriótipo do personagem como sua fraqueza no filme.
Revendo na empolgação do trailer do filme novo rs. Esse tem as cenas de ação melhores executadas dos 3 filmes (tirando o CGI videogame que envelheceu mal demais), mas um grande problema de ritmo e desenho de roteiro.
As sequências de ação são muito longas ao ponto de serem redundantes, o que dá pouco espaço pra trama sobre a Matrix em si. Quando ela acontece de fato, já na cena do arquiteto, é despejada com muita informação de uma vez, o que torna seu entendimento difícil. E o pior é que nem mesmo os personagens sabem exatamente o que deveria ter acontecido após a conversa com o arquiteto, encerrando o filme de forma um tanto anticlimática. O que funciona bem é a construção do tema do amor e tolerância como chave pra paz. Junto com o tema principal da escolha, são os aspectos muito bem construídos pelos três filmes, o que faz que tudo funcione melhor como trilogia do que o Reloaded e Revolutions como filmes individuais.
Até que o filme funciona bem, faltou uma coesão maior entre o tema familiar e a piada política (em algum momento parecem dois filmes diferentes), mas conseguiu construir as temáticas que se propôs.
O tema é praticamente o mesmo do primeiro filme, mas aqui leva um peso dramático muito maior, o que faz com que o filme pareça nunca alcançar a proposta narrativa que ele se propõe. A trama entre pai e filho se torna artificial e quebra a diversão ingênua dos seus melhores momentos em que os Looney Tunes assumem a cena.
Até que gostei, mas realmente a execução do tema principal à lá Elis Regina "somos como nossos pais?" não foi tão bem sucedida. Talvez porque o filme passa muito tempo mostrando o contexto dos adolescentes, quando o centro da história está nos pais. O que me chamou a atenção
foi o comentário racial no final, sobre só haver espaço para um personagem negro no filme. O que me chamou a atenção do quanto a história também funciona como uma trama sobre o racismo no cinema.
Ótimo trabalho do Wagner Moura! Ele contrapõe a humanindade e a falta dela, fazendo um filme muito mais sobre as pessoas do movimento revolucionário, do que sobre o Marighella em si. O que é uma boa escolha por tentar olhar as implicações do momento histórico, mas também acaba diluindo o conflito e sua conclusão. É como se cada personagem tivesse seu próprio clímax trágico dentro do filme. Poderia levar a trama pra muitos outros lugares, mas executa muito bem o que se propôs a contar.
Me lembrou um pouco a sensação com a estrutura do Quarto de Jack. Filmes muito bem desenvolvidos dentro dos seus temas, mas que tem o clímax da história (ou a parte mais envolvente) no seu início e depois dá aquela sensação de que a trama diminui o ritmo. Mas ainda assim, melhor um filme que fala com profundidade do seu tema, do que um que segue uma estrutura tradicional de forma superficial.
Admiro muito filmes que conseguem traduzir sentimentos abstratos, como aqui Nomadland faz com o vínculo. Trabalho incrível da Chloé Zhao, que manda bem demais na edição também.
Acho bem legal mostrar as jornadas de cada personagem como indivíduos e como isso é determinante pra que eles fiquem juntos. E uma vez que a gente já sabe o final, isso permite que a gente acompanhe uma outra história dentro do romance. Além disso, a parte da comédia é muito boa, até é um filme mais cômico do que romântico.
O George Clooney é responsável pelos pontos fortes, com a direção muito bem executada e a ótima interpretação. O que peca mesmo é o roteiro, que recicla todas as tramas clássicas de filme espacial.
Agora, muito doido pensar que o roteiro não tinha a gravidez da personagem da Felicity Jones (o que foi incluído porque ela estava grávida na vida real), porque isso muda completamente o discurso do filme.
Que gênio é Black Alien! O documentário foca mais nos bastidores da trajetória musical e quando passeia pela sua complexa personalidade é também como explicação da vida como músico. Seria ainda melhor caso se aprofundasse mais no lado humano por trás do artista, o que não é exatamente o propósito do documentário, que funciona mais como um prefácio para o segundo disco que viria a ser lançado.
A narração acaba sendo um recurso pobre pra contar a história e não há um grande aprofundamento em nenhum dos temas. Temos mais um mapa geral de quem foi Mussum, em que curiosamente, ele próprio acaba carregando nas costas seu próprio documentário.
Roteiro muito bom! Ainda que não seja tão imprevisível, desenvolve bem os arcos dos personagens e aproveita de maneira bacana os coadjuvantes. Só dá umas escorregadas no humor. O que não curti tanto foi o aspecto visual do filme, direção só fica mais interessante nas sequências do fim, outros aspectos técnicos sem muito destaque também. E o Danton Mello é um ator muito subestimado.
Poderia ser mais cinematográfico na adaptação, o que ajudaria a ser menos literal ao contar o tema. Mas ainda assim o tema é importantíssimo, o texto e as atuações são excelentes. Legal também o filme brincar com a disputa pelo protagonismo até no título, que faz a gente presumir ser uma história totalmente sobre a Ma, mas o protagonista é na verdade o Levee.
É um tipo de história já contada muitas vezes e o filme até acha boas soluções pra fugir da repetição, principalmente através da montagem com cenas do passado (e até do futuro próximo) e ao mostrar a situação tanto na perspectiva do pai quanto da do filho. O problema é que isso separa pai e filho da trama, quando os dois juntos entregam as melhores cenas do filme. Confesso que isso também me criou uma sensação de que o pai era o "herói" e o filho o "vilão" e cheguei até a ficar com antipatia do menino (que deveria ser o personagem que mais deveria me importar). Essa separação física dos personagens aparece também na quantidade enorme de cenas via telefone que tem no filme rs. Até um desperdício ter a Amy Ryan no filme e ela só fazer voice over por telefone. Ter só uma cena dela com o Steve Carell também é uma pena.
Achei até surpreendente a direção que o filme vai, pra um caminho mais contemplativo, um contraste muito bonito com o início. E depois, se o arco do protagonista não é lá tão imprevisível assim, é nesse momento que a parte técnica brilha com a mixagem de som, figurino, cenário. Muito bom!
Bacana de assistir, mas extremamente esquecível, ainda mais com o tanto de filme dessa temática "drama de avião" rs. Faltam temáticas embaixo da trama em si, o que faz o filme ser mais um relato dos acontecimentos. Mas ainda assim gosto da abordagem sem heroísmos exagerados e da ação se passar inteiramente na cabine do piloto.
Bom demais como referências aparentemente desconexas são ressignificadas e ainda levantam o tema do sentimento de deslocamento dos personagens. Fora como manda bem demais em ridicularizar o velho branco mafioso kkkkk
Filme contrói bem o tema do afeto, ainda que não mergulhe nas questões internas de cada personagem. O que achei mais legal dentro do tema é a relação entre irmãos e como o protagonista acaba
Lendo os comentários aqui, percebi como o filme funciona também no aspecto romântico do casal protagonista, em que a morte representaria o fim do relacionamento dos dois. E passamos a acompanhar como o marido não consegue superar o fim e seguir em frente, passando a ser um fantasma de si mesmo.
Acredito que o filme tenha tentado trabalhar o tema da inocência, se perguntando "é possível ter feito parte do nazismo e ser inocente?". Mas acabou se deixando levar muito mais pelo registro histórico do que pela resposta dessa pergunta, que fica em destaque mesmo só na entrevista que abre e encerra o filme.
007: Operação Skyfall
3.9 2,5K Assista AgoraTá ali nas cabeças com Cassino Royale. Talvez como filme por si só, Skyfall é mais redondo, mas a missão do primeiro filme da era Craig era mais difícil.
007: Cassino Royale
3.8 881 Assista AgoraSó se perde um pouco ao tentar justificar as muitas reviravoltas finais, mas de resto faz quase tudo muito bem. Gosto muito como usam o próprio esteriótipo do personagem como sua fraqueza no filme.
Matrix Reloaded
3.7 849 Assista AgoraRevendo na empolgação do trailer do filme novo rs. Esse tem as cenas de ação melhores executadas dos 3 filmes (tirando o CGI videogame que envelheceu mal demais), mas um grande problema de ritmo e desenho de roteiro.
As sequências de ação são muito longas ao ponto de serem redundantes, o que dá pouco espaço pra trama sobre a Matrix em si. Quando ela acontece de fato, já na cena do arquiteto, é despejada com muita informação de uma vez, o que torna seu entendimento difícil. E o pior é que nem mesmo os personagens sabem exatamente o que deveria ter acontecido após a conversa com o arquiteto, encerrando o filme de forma um tanto anticlimática. O que funciona bem é a construção do tema do amor e tolerância como chave pra paz. Junto com o tema principal da escolha, são os aspectos muito bem construídos pelos três filmes, o que faz que tudo funcione melhor como trilogia do que o Reloaded e Revolutions como filmes individuais.
An American Pickle
2.9 51Até que o filme funciona bem, faltou uma coesão maior entre o tema familiar e a piada política (em algum momento parecem dois filmes diferentes), mas conseguiu construir as temáticas que se propôs.
Space Jam: Um Novo Legado
2.9 350 Assista AgoraO tema é praticamente o mesmo do primeiro filme, mas aqui leva um peso dramático muito maior, o que faz com que o filme pareça nunca alcançar a proposta narrativa que ele se propõe. A trama entre pai e filho se torna artificial e quebra a diversão ingênua dos seus melhores momentos em que os Looney Tunes assumem a cena.
O Pequeno Diabo
3.6 20Comédia que se mantém em um lugar seguro, mas engraçada e com uma trama divertida. Daria uma ótima peça de teatro também.
Ma
2.6 633 Assista AgoraAté que gostei, mas realmente a execução do tema principal à lá Elis Regina "somos como nossos pais?" não foi tão bem sucedida. Talvez porque o filme passa muito tempo mostrando o contexto dos adolescentes, quando o centro da história está nos pais. O que me chamou a atenção
foi o comentário racial no final, sobre só haver espaço para um personagem negro no filme. O que me chamou a atenção do quanto a história também funciona como uma trama sobre o racismo no cinema.
Marighella
3.9 1,1K Assista AgoraÓtimo trabalho do Wagner Moura! Ele contrapõe a humanindade e a falta dela, fazendo um filme muito mais sobre as pessoas do movimento revolucionário, do que sobre o Marighella em si. O que é uma boa escolha por tentar olhar as implicações do momento histórico, mas também acaba diluindo o conflito e sua conclusão. É como se cada personagem tivesse seu próprio clímax trágico dentro do filme. Poderia levar a trama pra muitos outros lugares, mas executa muito bem o que se propôs a contar.
Pedaços De Uma Mulher
3.8 544 Assista AgoraMe lembrou um pouco a sensação com a estrutura do Quarto de Jack. Filmes muito bem desenvolvidos dentro dos seus temas, mas que tem o clímax da história (ou a parte mais envolvente) no seu início e depois dá aquela sensação de que a trama diminui o ritmo. Mas ainda assim, melhor um filme que fala com profundidade do seu tema, do que um que segue uma estrutura tradicional de forma superficial.
Nomadland
3.9 896 Assista AgoraAdmiro muito filmes que conseguem traduzir sentimentos abstratos, como aqui Nomadland faz com o vínculo. Trabalho incrível da Chloé Zhao, que manda bem demais na edição também.
Minari - Em Busca da Felicidade
3.9 553 Assista AgoraA cena do marido tendo que pedir pra esposa ajudá-lo no banho é muito foda, resume todo o arco do personagem no meio ponto do filme.
Meu Eterno Talvez
3.2 308Acho bem legal mostrar as jornadas de cada personagem como indivíduos e como isso é determinante pra que eles fiquem juntos. E uma vez que a gente já sabe o final, isso permite que a gente acompanhe uma outra história dentro do romance.
Além disso, a parte da comédia é muito boa, até é um filme mais cômico do que romântico.
O Céu da Meia-Noite
2.7 511O George Clooney é responsável pelos pontos fortes, com a direção muito bem executada e a ótima interpretação. O que peca mesmo é o roteiro, que recicla todas as tramas clássicas de filme espacial.
Agora, muito doido pensar que o roteiro não tinha a gravidez da personagem da Felicity Jones (o que foi incluído porque ela estava grávida na vida real), porque isso muda completamente o discurso do filme.
Mr. Niterói - A Lírica Bereta
4.4 16Que gênio é Black Alien! O documentário foca mais nos bastidores da trajetória musical e quando passeia pela sua complexa personalidade é também como explicação da vida como músico. Seria ainda melhor caso se aprofundasse mais no lado humano por trás do artista, o que não é exatamente o propósito do documentário, que funciona mais como um prefácio para o segundo disco que viria a ser lançado.
Mussum, Um Filme do Cacildis
3.6 78 Assista AgoraA narração acaba sendo um recurso pobre pra contar a história e não há um grande aprofundamento em nenhum dos temas. Temos mais um mapa geral de quem foi Mussum, em que curiosamente, ele próprio acaba carregando nas costas seu próprio documentário.
Antes Que Eu Me Esqueça
3.5 61Roteiro muito bom! Ainda que não seja tão imprevisível, desenvolve bem os arcos dos personagens e aproveita de maneira bacana os coadjuvantes. Só dá umas escorregadas no humor. O que não curti tanto foi o aspecto visual do filme, direção só fica mais interessante nas sequências do fim, outros aspectos técnicos sem muito destaque também. E o Danton Mello é um ator muito subestimado.
A Voz Suprema do Blues
3.5 540 Assista AgoraPoderia ser mais cinematográfico na adaptação, o que ajudaria a ser menos literal ao contar o tema. Mas ainda assim o tema é importantíssimo, o texto e as atuações são excelentes. Legal também o filme brincar com a disputa pelo protagonismo até no título, que faz a gente presumir ser uma história totalmente sobre a Ma, mas o protagonista é na verdade o Levee.
Querido Menino
3.8 471 Assista AgoraÉ um tipo de história já contada muitas vezes e o filme até acha boas soluções pra fugir da repetição, principalmente através da montagem com cenas do passado (e até do futuro próximo) e ao mostrar a situação tanto na perspectiva do pai quanto da do filho. O problema é que isso separa pai e filho da trama, quando os dois juntos entregam as melhores cenas do filme. Confesso que isso também me criou uma sensação de que o pai era o "herói" e o filho o "vilão" e cheguei até a ficar com antipatia do menino (que deveria ser o personagem que mais deveria me importar). Essa separação física dos personagens aparece também na quantidade enorme de cenas via telefone que tem no filme rs. Até um desperdício ter a Amy Ryan no filme e ela só fazer voice over por telefone. Ter só uma cena dela com o Steve Carell também é uma pena.
O Som do Silêncio
4.1 988 Assista AgoraAchei até surpreendente a direção que o filme vai, pra um caminho mais contemplativo, um contraste muito bonito com o início. E depois, se o arco do protagonista não é lá tão imprevisível assim, é nesse momento que a parte técnica brilha com a mixagem de som, figurino, cenário. Muito bom!
7500
2.9 193 Assista AgoraBacana de assistir, mas extremamente esquecível, ainda mais com o tanto de filme dessa temática "drama de avião" rs. Faltam temáticas embaixo da trama em si, o que faz o filme ser mais um relato dos acontecimentos. Mas ainda assim gosto da abordagem sem heroísmos exagerados e da ação se passar inteiramente na cabine do piloto.
Ghost Dog: Matador Implacável
3.9 76Bom demais como referências aparentemente desconexas são ressignificadas e ainda levantam o tema do sentimento de deslocamento dos personagens. Fora como manda bem demais em ridicularizar o velho branco mafioso kkkkk
Fala Comigo
2.9 183 Assista AgoraFilme contrói bem o tema do afeto, ainda que não mergulhe nas questões internas de cada personagem. O que achei mais legal dentro do tema é a relação entre irmãos e como o protagonista acaba
repetindo um ciclo de solidão ao deixar a irmã, que perde seu único ponto de afeto na família.
Sombras da Vida
3.8 1,3K Assista AgoraLendo os comentários aqui, percebi como o filme funciona também no aspecto romântico do casal protagonista, em que a morte representaria o fim do relacionamento dos dois. E passamos a acompanhar como o marido não consegue superar o fim e seguir em frente, passando a ser um fantasma de si mesmo.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 775Acredito que o filme tenha tentado trabalhar o tema da inocência, se perguntando "é possível ter feito parte do nazismo e ser inocente?". Mas acabou se deixando levar muito mais pelo registro histórico do que pela resposta dessa pergunta, que fica em destaque mesmo só na entrevista que abre e encerra o filme.