Demorei pra ver e me surpreendi. Achei confuso no início mas depois tudo se encaixou direitinho. É daqueles filmes que parecem mais um documentário por tamanha verossimilhança. A morte e a vida retratadas como elas são. Bonito demais! Entrou pra lista de favoritos.
Passada com a atuação desse menino de 13 anos (Sunny Suljic)! Porra! Agora sobre o filme: assisti porque soube que retratava masculinidades tóxicas, e olha, isso fica claro desde a primeira cena. Há tempos não via um filme dirigido pela óptica de adolescentes. É muito fácil julgá-los... É muito fácil esquecermos que já passamos por isso um dia... É nesse momento que passamos a enxergar a vida como uma grande merda a qual temos que enfrentar. A necessidade de pertencer a algum lugar também é latente.
O Stevie encontrou um grupo aparentemente oposto a ele, mas lá foi aceito. Claramente ele cresceu carente de afeto e companheirismo. Em casa ele levava porradas, na rua ele tinha amigos. Isso faz a gente refletir sobre como a família pode ser o que há de mais tóxico na vida de uma pessoa. No fim, ficou claro que quem mais se importava com Stevie era o irmão dele, que por causa da ideia de masculinidade tóxica, não era do tipo que demonstrava sentimentos pelo irmão. Foi necessária uma "tragédia" para que o afeto sobressaisse.
Eu me surpreendi pelo conteúdo fantástico inserido na trama, e passo a crer que o realismo fantástico é o que temos de mais promissor no cinema nacional. Apresentar críticas sociais de maneira crua é importante e temos muitos filmes que fazem isso magistralmente, mas nada mais real que uma fantasia com toque de distopia no momento que estamos vivendo no Brasil.
O calor, a doença na pele, a demolição de prédios... Tudo se configura numa grande metáfora, talvez explícita até demais, mostrando que estamos adoecendo, e a ferida começa pequena mas cresce e pode nos consumir.
Eu fiquei impactada. Por mais que as atuações não sejam lá das melhores, o enredo é sufocante e perturbador.
Hesitei em assistir (sabe-se lá porquê) e me surpreendi com a produção artística desde o primeiro episódio. Quando começou a tocar Elephant Gun, música que escuto há algum tempo e me transmite algo de muito especial, a série me cativou de vez. Toda a trilha sonora, na verdade. A fotografia dá a impressão de que a narrativa está sempre andando em círculos. Michel Melamed (Bento) foi impecável, tanto na atuação quanto na narração! A Priscila Persiles (Capitu) é encantadora, e dona dos olhos mais hipnotizantes que já vi.
Porém, a tatuagem no braço dela, apesar de não comprometer a narrativa, quebra um pouco o clima de época do séc XIX... Pergunto-me porquê não fizeram algo para cobrir, afinal o figurino (que é um show à parte) permitiria uns vestidos com mangas maiores ou qualquer outra coisa, como maquiagem mesmo.
Quanto à história, se o amor é cego, o ciúme é ainda mais. Enfim, foi um deleite para os olhos e ouvidos assistir essa série!
Apesar de não ter sido dirigido por uma mulher, é um filme sobre MULHERES. Fica evidente o percurso que a história faz do início ao fim: é sobre a nossa dor e talvez alguns momentos de alegria. O diretor conseguiu mostrar, pelo menos, duas perspectivas, duas narrativas, duas mulheres completamente diferentes: Cleo, a babá e empregada doméstica; e Sra. Sofi, a patroa bioquímica casada com um médico e com uma família aparentemente feliz. Mas a "condição" de mulheres uniu ambas no sofrimento.
Cleo aparece grávida e o pai da criança a abandona. A patroa dá todo apoio a Cleo nesse momento, compreendendo sua dor. Simultaneamente, ela está sendo abandonada pelo marido que a "trocou" por outra e a deixa com a responsabilidade de cuidar dos quatro filhos do casal. Portanto, creio que a obra é fantástica nesse ponto que consegue apresentar duas realidades tão diferentes mas que se cruzam em determinado momento. Sra. Sofi entendeu o que estava acontecendo e alerta Cleo:
"Nós estamos sempre sozinhas. Não importa o que te digam. Nós, mulheres, estamos sempre sozinhas." É isso. Essa frase resume o filme e a vida de muitas mulheres.
Gaga, eu te venero! Pra quem assistiu o documentário sobre ela na Netflix, sabe o quanto essa personagem tem dela mesma. Que entrega, que intensidade! Quanto ao Bradley Cooper, mostrou a que veio: dirigiu, cantou e atuou ao mesmo tempo. Vi agora que o personagem dele foi inspirado no Eddie Vedder, e eu suspeitei disso desde o princípio, com a primeira canção que fala sobre o pai dele. Não poderia ser melhor! Por toda carga emocional que o filme traz, eu nem prestei tanta atenção aos detalhes técnicos...
- Sobre Anavitória: Quem é fã da dupla com certeza já sabe como elas começaram, como se conheceram, gravaram covers, mandaram pro F. Simas etc. Até hoje, essa era a parte contada. Daí vem um filme que promete contar algo mais, ficcionalizar a realidade. Então bora lá. . - Sobre Ana e Vitória: primeiramente, dois seres humanos lindos e incríveis, de uma simplicidade e leveza admiráveis. Gente como a gente. Totalmente imersas na dicotomia vida real/virtual como a gente. Tão enroladas em relacionamentos diversos como a gente. Creio que foi isso que quiseram retratar no filme. . - Sobre Ana e Vitória (o filme): foi bem produzido e dirigido, isso é inegável. (Não sei se curti muito a fala do F. Simas nas redes sociais sobre não ter recorrido à dinheiro público, editais, financiamentos e afins. Parabéns pra ele, nem todo mundo tem dinheiro pra isso. Não chega a ser um motivo pra se orgulhar. Humildade faz bem.) Quanto às atuações, não tem como ignorar o amadorismo de alguns.
Nos primeiros trinta minutos do filme, me incomodou muito a insegurança passada pela maioria. A Vitória fazia Teatro, e mesmo assim achei a atuação dela forçada em alguns momentos. O texto pareceu forçado também - creio que por se tratar de algo que realmente aconteceu e tentaram reproduzir fielmente. Talvez se tivessem dado mais liberdade à Ana e à Vitória nesse começo, teria ficado mais natural. Senti falta de olhares. Parecia que ninguém conseguia falar olhando no olho, e talvez tenha sido proposital para mostrar a surperficialidade das interações sociais, mas pra mim foi um furo. A fotografia ficou bem bonita, as locações também foram muito boas, mas a impressão que dá é que tudo aconteceu no mesmo hotel. Acho que o enredo se desenvolveu em três espíritos diferentes: começou com uma atmosfera bem triste, sem graça mesmo; depois partiu pra uma comédia até boa, e finaliza com um ar dramático bem legal e nostálgico.
. Portanto, fazendo as devidas distinções entre quem são Ana e Vitória e o que o filme mostra, é um bom filme. Nunca mais ouvirei as músicas delas da mesma maneira. E aquele shippe todo entre elas não faz o menor sentido. A ligação delas é forte demais pra acabar como um caso.
Nem sou fã de séries de comédia, mas fui ver por causa do Daniel Furlan. Ele interpreta ele mesmo, é o que me parece, porém gosto. A Emanuelle Araújo sustentou muito bem a personagem, gostei da atuação dela. As críticas sociais, principalmente, nas relações de gêneros são bem sutis, mas não dava pra esperar mais que isso visto o caráter da série. É um enredo bem simples, mas dá pra dar umas boas gargalhadas, sobretudo do lado obscuro da Televisão e, por que não, da internet.
Ponto pro cinema nacional! Apesar de ter ficado muito ansiosa com o trailler, comecei a assistir o longa com um pé atrás, mas me surpreendi. Até a primeira hora o roteiro é bem previsível, mas pra se estender até duas horas tinha que ser bom mesmo! As atuações são ótimas e o enredo não fica cansativo. A afetividade é o ponto alto do filme. Finalmente conseguiram fazer um filme nacional do gênero sem perder nossa identidade. A fantasia e o folclore brasileiro foram muito bem trabalhados. Não sou nenhuma especialista, mas creio que se deixa a desejar, deixa pouco. Com certeza foi um marco pro thriller nacional. Marjorie Estiano é um arraso à parte, grande atriz! Até as crianças também foram bem. Enfim, o trabalho ficou primoroso!
O último episódio fez valer a temporada. Teve muitos furos de roteiro e algumas pontas soltas desde a primeira temporada. Digamos que o plano do Professor não era tão perfeito assim. Raquel foi a peça fundamental para toda a narrativa, de vítima à cúmplice foi uma baita evolução, mas não deixa de ser previsível. Se ao invés de Raquel o inspetor fosse homem, o plano teria caído por água abaixo nos primeiros episódios. As mulheres dominaram a série, apesar dos estereótipos.
O que mais me incomodou, do início ao fim, é como construíram a personagem da Raquel de modo QUASE revolucionário, com seus momentos de glória e empoderamento, mas que não passou de machismo velado, onde por mais foda que a mulher seja, basta um homem seduzi-la que ela cai de amores e perde o foco. Sem contar os momentos que alguns personagens usam o fato dela ter sido agredida pelo ex-marido contra ela mesma, algo que certamente causa indignação no espectador, mas este pouco provavelmente vai ficar indignado com ela ter se envolvido com o Professor, pois isso seria "normal e previsível", sendo ele um homem inteligente e sedutor... Ela é só bonita mesmo, né? Espero que corrijam isso na segunda temporada. Raquel é mais que uma mulher frustrada e fragilizada num ambiente predominantemente de homens.
Lindo! Lindo! Uma baita obra-prima, tanto tecnica quanto artisticamente falando! Captou a essência de um povo e da poesia na sua forma mais primitiva, elaborada numa roda de amigos, acompanhada da viola muitas vezes, trazendo alegria e reflexão pra'quela gente. E o que não pode faltar jamais é a boa e velha cachaça! Eu, que não bebo, fiquei interessada... hahaha
Greta Gerwig, que mulher fantásticaaaaaa! Força e sensibilidade definem esse filme, essa mulher. Entrou pra lista de favoritos! Fui a única que tive a impressão de que Lady Bird (2017) é a história da Frances Ha adolescente?
Duas horas e meia de filme e eu ainda não sei bem o que acabei de assistir. O roteiro não prende, não tem nexo, e quando parece que as coisas estão, finalmente, fazendo sentido, cortam para outra coisa nada a ver. Não ter linearidade não é necessariamente um problema, mas nesse caso foi. Deixou muitas pontas soltas...
O que foi aquela cena do Oleg atacando as pessoas no jantar? Socorro. Foi uma das partes mais desconfortáveis pra mim. A cena de sexo também. Tão sem nexo entre o casal como do espectador com a narrativa. A impressão que dá é que gravaram cenas aleatórias e depois chamaram de filme.
Não é um bom filme porque não comunica nada. Cinema é linguagem, e linguagem pressupõe mensagem. Ele "atira para todos os lados" (em questões sociais, existenciais, éticas, familiares etc), mas não se aprofunda nem convence em nenhuma delas. O protagonista é de dar pena. Por fim, parece-me ser um filme que apela na fotografia e nos alívios cômicos pra ser chamado de cult, mas é uma narrativa fútil sobre futilidades, e me surpreende ter sido indicado ao Oscar. Esse papo de "não é um filme pra todos" acaba saindo em defesa de produções fracassadas.
Crianças sendo crianças... Tinha jeito de não ser incrível? Mesmo tendo a Disney como pano de fundo, o filme retrata bem "o outro lado" da infância, que não têm princesas nem castelo encantado, mas tem o essencial: a alegria, a ingenuidade, a espontaneidade. As cores vivas sempre muito presentes fazem contraste com a narrativa tensa sobre a mãe solteira que a cada dia precisa dar um jeito de não perder o quarto de motel onde mora, nem permitir que a filha passe fome. É um filme pesado, não tem como sair ileso. Atuações impecáveis. Em alguns momentos foi como se eu estivesse vendo um documentário. Arrisco dizer que em algumas cenas a Moone não teve texto de tão espontânea que foi.
E quanto ao desfecho, é complicado aceitar que a solução seja tirar a tutela da Moone da Halley. Não dá pra negar que ela quis o tempo todo proteger a filha. Quantas Moones e Halleys não existem por aí?
Mais que apontar os erros, deveria ser dada a assistência necessária a essas famílias para que não precisassem se submeter a certas coisas. É tanta verossimilhança que a gente acaba confundindo o mundo real com a ficção. Ou seria o contrário?
Alguém já deve ter dito isso por aqui, mas... Que filme Black Mirror! Gostei muito do ritmo, as atuações são brilhantes e não ficou nenhuma ponta solta. Roteiro enxuto, crítica social forte e abordagem genial.
A simplicidade da vida passando diante dos nossos olhos. Assistir Paterson foi uma experiência como assistir a vida de alguém muito querido. Me senti imersa naquele cotidiano ordinário, mas tão cheio de ternura e verossimilhança. Paterson é otimista e realista. É realmente um choque quando acontece algo que não estava previsto para o dia. Paterson vive sem grandes expectativas, mas nem por isso perde a paixão e o entusiasmo. A poesia claramente ocupa uma parte fundamental da sua vida,
tanto que ele fica literamente "sem palavras" quando ocorre o incidente com o "caderno secreto". Foi como se tivesse sido arrancada uma parte dele... A mais essencial, eu diria. Meu olho chega a marejar só de pensar nas cenas que precedem o final. Mas também não pude deixar de vibrar quando, finalmente, por coincidência da vida ou do filme, ele recebe um caderno em branco. É claro que ele jamais teria um livro como o do William Carlos William, intitulado "Primeiros Poemas", mas ele estava tendo a chance de recomeçar - a semana e a vida.
Quanto à mulher, não sei o que pensar sobre ela. Eles têm um relação bonita, e ela também traz alegria à vida dele. Mas no fim, é tudo sobre Paterson - o nome do filme, o nome do personagem, o nome da cidade. Um motorista de ônibus que escreve poemas e gosta de Emily Dickinson. Não tinha jeito de não ser incrível.
Kate maravilhosa como sempre. Justin como ator é um ótimo cantor. Até gostei de outras atuações dele, mas dessa vez ele foi tão genérico e forçado, além de que nem é tão "novinho" como foi colocado (em comparação à Kate). Mas o filme, em si, é uma obra prima.
A roda gigante é a vida da protagonista, e o que ela viveu com o salva-vidas não foi mais que uma volta. Mesmo o parque de diversões sendo uma das locações de boa parte do longa, o foco sempre está na roda gigante e no carrossel, este último sendo controlado pelo marido de Ginny. A metáfora é evidente. A roda gigante promete diversão, leva-a às alturas, mas depois volta ao mesmo lugar. O carrossel, por sua vez, é a realidade com a qual ela é obrigada a se acostumar, por conveniência e necessidade. Nos dois casos, porém, ela está andando em círculos.
Também gosto da metalinguagem de dramas que envolvem personagens que buscam ser (ou já foram) atores e atrizes. Pra mim, isso traz todo um charme pra narrativa. E também adorei o garoto tacando fogo em tudo, ele não está ali por acaso.
Ora, apesar de ser claramente um distúrbio psicológico, não deixa de ser mais uma metáfora, porque afinal de contas ele tem coragem de fazer algo que a mãe não tem, de pôr fim em tudo. A cena final deixa isso claro.
Mildred Hayes. O filme é sobre essa mulher... E QUE MULHER! Apesar de todo o drama estar baseado em encontrar o culpado pelo assassinato da filha, Mildred é o motor de todo o filme. Ela é uma representação perfeita das mulheres que perdem filhos, mas também das que sofrem violência doméstica, das que recorrem à polícia e são ridicularizadas, das que precisam lidar com macho escroto de todos os tipos, das que precisam ser fortes o tempo todo, e mesmo assim ainda refletem compaixão e afeto em tudo o que fazem. Sem contar na postura com que ela lida com as provocações do ex-marido,
um destaque para a cena do restaurante em que ela tinha todos os motivos para estourar a garrafa de vinho na cabeça dele, mas o que ela faz? PEDE PRA QUE ELE TRATE BEM A GAROTA DE 19 ANOS COM QUE ELE ESTÁ VIVENDO.
Isso é sororidade. Isso é ser um MULHERÃO DA PORRA. Bravo!
Café com Canela
4.1 164Demorei pra ver e me surpreendi. Achei confuso no início mas depois tudo se encaixou direitinho. É daqueles filmes que parecem mais um documentário por tamanha verossimilhança. A morte e a vida retratadas como elas são. Bonito demais! Entrou pra lista de favoritos.
Anos 90
3.9 503Passada com a atuação desse menino de 13 anos (Sunny Suljic)! Porra!
Agora sobre o filme: assisti porque soube que retratava masculinidades tóxicas, e olha, isso fica claro desde a primeira cena. Há tempos não via um filme dirigido pela óptica de adolescentes. É muito fácil julgá-los... É muito fácil esquecermos que já passamos por isso um dia... É nesse momento que passamos a enxergar a vida como uma grande merda a qual temos que enfrentar. A necessidade de pertencer a algum lugar também é latente.
O Stevie encontrou um grupo aparentemente oposto a ele, mas lá foi aceito. Claramente ele cresceu carente de afeto e companheirismo. Em casa ele levava porradas, na rua ele tinha amigos. Isso faz a gente refletir sobre como a família pode ser o que há de mais tóxico na vida de uma pessoa. No fim, ficou claro que quem mais se importava com Stevie era o irmão dele, que por causa da ideia de masculinidade tóxica, não era do tipo que demonstrava sentimentos pelo irmão. Foi necessária uma "tragédia" para que o afeto sobressaisse.
Ótimo filme!
Mormaço
3.4 33Eu me surpreendi pelo conteúdo fantástico inserido na trama, e passo a crer que o realismo fantástico é o que temos de mais promissor no cinema nacional. Apresentar críticas sociais de maneira crua é importante e temos muitos filmes que fazem isso magistralmente, mas nada mais real que uma fantasia com toque de distopia no momento que estamos vivendo no Brasil.
O calor, a doença na pele, a demolição de prédios... Tudo se configura numa grande metáfora, talvez explícita até demais, mostrando que estamos adoecendo, e a ferida começa pequena mas cresce e pode nos consumir.
Capitu
4.5 629Hesitei em assistir (sabe-se lá porquê) e me surpreendi com a produção artística desde o primeiro episódio. Quando começou a tocar Elephant Gun, música que escuto há algum tempo e me transmite algo de muito especial, a série me cativou de vez. Toda a trilha sonora, na verdade. A fotografia dá a impressão de que a narrativa está sempre andando em círculos.
Michel Melamed (Bento) foi impecável, tanto na atuação quanto na narração! A Priscila Persiles (Capitu) é encantadora, e dona dos olhos mais hipnotizantes que já vi.
Porém, a tatuagem no braço dela, apesar de não comprometer a narrativa, quebra um pouco o clima de época do séc XIX... Pergunto-me porquê não fizeram algo para cobrir, afinal o figurino (que é um show à parte) permitiria uns vestidos com mangas maiores ou qualquer outra coisa, como maquiagem mesmo.
Quanto à história, se o amor é cego, o ciúme é ainda mais.
Enfim, foi um deleite para os olhos e ouvidos assistir essa série!
Roma
4.1 1,4K Assista AgoraApesar de não ter sido dirigido por uma mulher, é um filme sobre MULHERES. Fica evidente o percurso que a história faz do início ao fim: é sobre a nossa dor e talvez alguns momentos de alegria. O diretor conseguiu mostrar, pelo menos, duas perspectivas, duas narrativas, duas mulheres completamente diferentes: Cleo, a babá e empregada doméstica; e Sra. Sofi, a patroa bioquímica casada com um médico e com uma família aparentemente feliz. Mas a "condição" de mulheres uniu ambas no sofrimento.
Cleo aparece grávida e o pai da criança a abandona. A patroa dá todo apoio a Cleo nesse momento, compreendendo sua dor. Simultaneamente, ela está sendo abandonada pelo marido que a "trocou" por outra e a deixa com a responsabilidade de cuidar dos quatro filhos do casal. Portanto, creio que a obra é fantástica nesse ponto que consegue apresentar duas realidades tão diferentes mas que se cruzam em determinado momento. Sra. Sofi entendeu o que estava acontecendo e alerta Cleo:
Nasce Uma Estrela
4.0 2,4K Assista AgoraGaga, eu te venero! Pra quem assistiu o documentário sobre ela na Netflix, sabe o quanto essa personagem tem dela mesma. Que entrega, que intensidade! Quanto ao Bradley Cooper, mostrou a que veio: dirigiu, cantou e atuou ao mesmo tempo. Vi agora que o personagem dele foi inspirado no Eddie Vedder, e eu suspeitei disso desde o princípio, com a primeira canção que fala sobre o pai dele. Não poderia ser melhor! Por toda carga emocional que o filme traz, eu nem prestei tanta atenção aos detalhes técnicos...
Eu não assisti ao outro filme dos anos 30, não sabia como ia acabar, mas sabia que seria trágico.
Rebento
3.4 2A sensibilidade em meio à dureza da vida. Bravo! Viva o cinema paraibano!
Ana e Vitória
3.2 357- Sobre Anavitória: Quem é fã da dupla com certeza já sabe como elas começaram, como se conheceram, gravaram covers, mandaram pro F. Simas etc. Até hoje, essa era a parte contada. Daí vem um filme que promete contar algo mais, ficcionalizar a realidade. Então bora lá.
.
- Sobre Ana e Vitória: primeiramente, dois seres humanos lindos e incríveis, de uma simplicidade e leveza admiráveis. Gente como a gente. Totalmente imersas na dicotomia vida real/virtual como a gente. Tão enroladas em relacionamentos diversos como a gente. Creio que foi isso que quiseram retratar no filme.
.
- Sobre Ana e Vitória (o filme): foi bem produzido e dirigido, isso é inegável. (Não sei se curti muito a fala do F. Simas nas redes sociais sobre não ter recorrido à dinheiro público, editais, financiamentos e afins. Parabéns pra ele, nem todo mundo tem dinheiro pra isso. Não chega a ser um motivo pra se orgulhar. Humildade faz bem.)
Quanto às atuações, não tem como ignorar o amadorismo de alguns.
Nos primeiros trinta minutos do filme, me incomodou muito a insegurança passada pela maioria. A Vitória fazia Teatro, e mesmo assim achei a atuação dela forçada em alguns momentos. O texto pareceu forçado também - creio que por se tratar de algo que realmente aconteceu e tentaram reproduzir fielmente. Talvez se tivessem dado mais liberdade à Ana e à Vitória nesse começo, teria ficado mais natural. Senti falta de olhares. Parecia que ninguém conseguia falar olhando no olho, e talvez tenha sido proposital para mostrar a surperficialidade das interações sociais, mas pra mim foi um furo.
A fotografia ficou bem bonita, as locações também foram muito boas, mas a impressão que dá é que tudo aconteceu no mesmo hotel. Acho que o enredo se desenvolveu em três espíritos diferentes: começou com uma atmosfera bem triste, sem graça mesmo; depois partiu pra uma comédia até boa, e finaliza com um ar dramático bem legal e nostálgico.
.
Portanto, fazendo as devidas distinções entre quem são Ana e Vitória e o que o filme mostra, é um bom filme. Nunca mais ouvirei as músicas delas da mesma maneira. E aquele shippe todo entre elas não faz o menor sentido. A ligação delas é forte demais pra acabar como um caso.
Samantha! (1ª Temporada)
3.6 141 Assista AgoraNem sou fã de séries de comédia, mas fui ver por causa do Daniel Furlan. Ele interpreta ele mesmo, é o que me parece, porém gosto. A Emanuelle Araújo sustentou muito bem a personagem, gostei da atuação dela. As críticas sociais, principalmente, nas relações de gêneros são bem sutis, mas não dava pra esperar mais que isso visto o caráter da série. É um enredo bem simples, mas dá pra dar umas boas gargalhadas, sobretudo do lado obscuro da Televisão e, por que não, da internet.
As Boas Maneiras
3.5 648 Assista AgoraPonto pro cinema nacional! Apesar de ter ficado muito ansiosa com o trailler, comecei a assistir o longa com um pé atrás, mas me surpreendi. Até a primeira hora o roteiro é bem previsível, mas pra se estender até duas horas tinha que ser bom mesmo! As atuações são ótimas e o enredo não fica cansativo. A afetividade é o ponto alto do filme. Finalmente conseguiram fazer um filme nacional do gênero sem perder nossa identidade. A fantasia e o folclore brasileiro foram muito bem trabalhados. Não sou nenhuma especialista, mas creio que se deixa a desejar, deixa pouco. Com certeza foi um marco pro thriller nacional. Marjorie Estiano é um arraso à parte, grande atriz! Até as crianças também foram bem. Enfim, o trabalho ficou primoroso!
Na Estrada
3.3 1,9KKristen Stewart está maravilhosa, e as demais atuações também são boas, mas o longa não prende, não vinga. Uma pena.
La Casa de Papel (Parte 2)
4.2 942 Assista AgoraO último episódio fez valer a temporada. Teve muitos furos de roteiro e algumas pontas soltas desde a primeira temporada. Digamos que o plano do Professor não era tão perfeito assim. Raquel foi a peça fundamental para toda a narrativa, de vítima à cúmplice foi uma baita evolução, mas não deixa de ser previsível. Se ao invés de Raquel o inspetor fosse homem, o plano teria caído por água abaixo nos primeiros episódios. As mulheres dominaram a série, apesar dos estereótipos.
La Casa de Papel (Parte 1)
4.2 1,3K Assista AgoraO que mais me incomodou, do início ao fim, é como construíram a personagem da Raquel de modo QUASE revolucionário, com seus momentos de glória e empoderamento, mas que não passou de machismo velado, onde por mais foda que a mulher seja, basta um homem seduzi-la que ela cai de amores e perde o foco. Sem contar os momentos que alguns personagens usam o fato dela ter sido agredida pelo ex-marido contra ela mesma, algo que certamente causa indignação no espectador, mas este pouco provavelmente vai ficar indignado com ela ter se envolvido com o Professor, pois isso seria "normal e previsível", sendo ele um homem inteligente e sedutor... Ela é só bonita mesmo, né? Espero que corrijam isso na segunda temporada. Raquel é mais que uma mulher frustrada e fragilizada num ambiente predominantemente de homens.
O Silêncio da Noite é Que Tem Sido Testemunha das …
4.4 10Lindo! Lindo! Uma baita obra-prima, tanto tecnica quanto artisticamente falando! Captou a essência de um povo e da poesia na sua forma mais primitiva, elaborada numa roda de amigos, acompanhada da viola muitas vezes, trazendo alegria e reflexão pra'quela gente. E o que não pode faltar jamais é a boa e velha cachaça! Eu, que não bebo, fiquei interessada... hahaha
Frances Ha
4.1 1,5K Assista AgoraGreta Gerwig, que mulher fantásticaaaaaa! Força e sensibilidade definem esse filme, essa mulher. Entrou pra lista de favoritos! Fui a única que tive a impressão de que Lady Bird (2017) é a história da Frances Ha adolescente?
The Square - A Arte da Discórdia
3.6 318 Assista AgoraDuas horas e meia de filme e eu ainda não sei bem o que acabei de assistir. O roteiro não prende, não tem nexo, e quando parece que as coisas estão, finalmente, fazendo sentido, cortam para outra coisa nada a ver. Não ter linearidade não é necessariamente um problema, mas nesse caso foi. Deixou muitas pontas soltas...
O que foi aquela cena do Oleg atacando as pessoas no jantar? Socorro. Foi uma das partes mais desconfortáveis pra mim. A cena de sexo também. Tão sem nexo entre o casal como do espectador com a narrativa. A impressão que dá é que gravaram cenas aleatórias e depois chamaram de filme.
Fausto
3.4 220Não recomendado para quem não dormiu direito à noite...
Chega de Saudade
3.5 104Ainda não vi, mas a dúvida é: tem algum filme da Laís que NÃO tem o Paulo Vilhena? kkkk
Projeto Flórida
4.1 1,0KCrianças sendo crianças... Tinha jeito de não ser incrível? Mesmo tendo a Disney como pano de fundo, o filme retrata bem "o outro lado" da infância, que não têm princesas nem castelo encantado, mas tem o essencial: a alegria, a ingenuidade, a espontaneidade. As cores vivas sempre muito presentes fazem contraste com a narrativa tensa sobre a mãe solteira que a cada dia precisa dar um jeito de não perder o quarto de motel onde mora, nem permitir que a filha passe fome. É um filme pesado, não tem como sair ileso. Atuações impecáveis. Em alguns momentos foi como se eu estivesse vendo um documentário. Arrisco dizer que em algumas cenas a Moone não teve texto de tão espontânea que foi.
E quanto ao desfecho, é complicado aceitar que a solução seja tirar a tutela da Moone da Halley. Não dá pra negar que ela quis o tempo todo proteger a filha. Quantas Moones e Halleys não existem por aí?
Mais que apontar os erros, deveria ser dada a assistência necessária a essas famílias para que não precisassem se submeter a certas coisas. É tanta verossimilhança que a gente acaba confundindo o mundo real com a ficção. Ou seria o contrário?
My life as Liz (1ª Temporada)
4.2 136Primeira série que assisti na vida! Lembrei disso hoje e não poderia deixar de vir aqui e ter a certeza que preciso rever!
Sdds, Liz! Sdds, MTV!
Corra!
4.2 3,6K Assista AgoraAlguém já deve ter dito isso por aqui, mas... Que filme Black Mirror! Gostei muito do ritmo, as atuações são brilhantes e não ficou nenhuma ponta solta. Roteiro enxuto, crítica social forte e abordagem genial.
A única diferença em relação aos eps de Black Mirror é que no final o cara conseguiu sair vivo.
Quando o filme acaba, o telespectador pode, finalmente, voltar a respirar! Ufa!
Paterson
3.9 353 Assista AgoraA simplicidade da vida passando diante dos nossos olhos. Assistir Paterson foi uma experiência como assistir a vida de alguém muito querido. Me senti imersa naquele cotidiano ordinário, mas tão cheio de ternura e verossimilhança. Paterson é otimista e realista. É realmente um choque quando acontece algo que não estava previsto para o dia. Paterson vive sem grandes expectativas, mas nem por isso perde a paixão e o entusiasmo. A poesia claramente ocupa uma parte fundamental da sua vida,
tanto que ele fica literamente "sem palavras" quando ocorre o incidente com o "caderno secreto". Foi como se tivesse sido arrancada uma parte dele... A mais essencial, eu diria. Meu olho chega a marejar só de pensar nas cenas que precedem o final. Mas também não pude deixar de vibrar quando, finalmente, por coincidência da vida ou do filme, ele recebe um caderno em branco. É claro que ele jamais teria um livro como o do William Carlos William, intitulado "Primeiros Poemas", mas ele estava tendo a chance de recomeçar - a semana e a vida.
Roda Gigante
3.3 309Kate maravilhosa como sempre. Justin como ator é um ótimo cantor. Até gostei de outras atuações dele, mas dessa vez ele foi tão genérico e forçado, além de que nem é tão "novinho" como foi colocado (em comparação à Kate). Mas o filme, em si, é uma obra prima.
A roda gigante é a vida da protagonista, e o que ela viveu com o salva-vidas não foi mais que uma volta. Mesmo o parque de diversões sendo uma das locações de boa parte do longa, o foco sempre está na roda gigante e no carrossel, este último sendo controlado pelo marido de Ginny. A metáfora é evidente. A roda gigante promete diversão, leva-a às alturas, mas depois volta ao mesmo lugar. O carrossel, por sua vez, é a realidade com a qual ela é obrigada a se acostumar, por conveniência e necessidade. Nos dois casos, porém, ela está andando em círculos.
Também gosto da metalinguagem de dramas que envolvem personagens que buscam ser (ou já foram) atores e atrizes. Pra mim, isso traz todo um charme pra narrativa. E também adorei o garoto tacando fogo em tudo, ele não está ali por acaso.
Ora, apesar de ser claramente um distúrbio psicológico, não deixa de ser mais uma metáfora, porque afinal de contas ele tem coragem de fazer algo que a mãe não tem, de pôr fim em tudo. A cena final deixa isso claro.
Sem dúvidas, entrou pra minha lista de favoritos.
Três Anúncios Para um Crime
4.2 2,0K Assista AgoraMildred Hayes. O filme é sobre essa mulher... E QUE MULHER!
Apesar de todo o drama estar baseado em encontrar o culpado pelo assassinato da filha, Mildred é o motor de todo o filme. Ela é uma representação perfeita das mulheres que perdem filhos, mas também das que sofrem violência doméstica, das que recorrem à polícia e são ridicularizadas, das que precisam lidar com macho escroto de todos os tipos, das que precisam ser fortes o tempo todo, e mesmo assim ainda refletem compaixão e afeto em tudo o que fazem. Sem contar na postura com que ela lida com as provocações do ex-marido,
um destaque para a cena do restaurante em que ela tinha todos os motivos para estourar a garrafa de vinho na cabeça dele, mas o que ela faz? PEDE PRA QUE ELE TRATE BEM A GAROTA DE 19 ANOS COM QUE ELE ESTÁ VIVENDO.