Não foi uma boa escolha ter como mocinho um homem que assassina uma comunidade inteira - em uma cena bem forçada, aliás, já que o cara praticamente vira o Rambo, leva uma porrada de tiros e continua matando geral como se fosse um atirador de elite
Capricharam na direção de arte, figurino e fotografia desse filme russo que mais parece um longa da Disney. É uma ótima pedida para ver com a família no Natal, já que a história se passa no fim do ano.
A história lembra bastante Titanic e Romeo e Julieta - um casal de classes distintas tentando ficar junto.
Apesar do desmonte do governo Bolsonaro e do efeito devastador da pandemia, o cinema brasileiro há de resistir às turbulências e nos presentear com mais filmes como "Deserto Particular". Uma bela obra que fala sobre muitas coisas: amor, liberdade, tolerância, identidade, perdão, acertar as contas com o passado.
Uma coisa que fiquei bem chateado é que na própria sinopse do filme divulgada à imprensa já adiantavam que a amada de Daniel era uma mulher trans. Um puta spoiler que, com certeza, prejudicou minha experiência. Seria muito mais legal se tivesse ido assistir sem essa informação. O impacto da surpresa seria maior.
Embora tenha suas qualidades, acho bem difícil "Deserto Particular" conseguir a tão sonhada indicação. Para isso, é necessário fazer uma campanha forte em Hollywood e ir conquistando espaço nessa reta final. Teria sido mais sábio escolher 7 Prisioneiros, da Netflix, para nos representar.
Todo esse alvoroço por isso, Brasil? Atuações ruins, roteiro simplista ao extremo, direção fraca... Parece um filme da Record. Enfim, nem fiquei com vontade de ver a versão da Suzane.
Um olhar muito delicado e sensível sobre amor, transtornos mentais e dependência química, fugindo dos estereótipos que, para muitos diretores e roteiristas, seriam uma verdadeira tentação em um filme como esse.
E pensar que ainda tem gente com coragem pra falar mal do cinema brasileiro... Sempre por pura ignorância e desconhecimento da nossa linda e rica produção cinematográfica.
Que bomba! O original de 1985 é incrível e esse filme aqui chega a ser um insulto. Tudo muito apressado, jogado de qualquer forma. Começam com o filme e os personagens já sabem que o cara é vampiro, perdeu todo o encanto e o mistério do clássico. Diálogos ridículos e tentativas de humor pior ainda. Colin Farrel totalmente sem carisma e sem charme como o vampiro Jerry.
E os (d)efeitos especiais então? Conseguem ser piores do que os da década de 80, mesmo com uma tecnologia infinitamente superior à disposição.
OBS: eu só fui descobrir depois que o Chris Sarandon, intérprete do Jerry no filme de 1985, faz uma aparição especial como uma das vítimas do vampiro. Participação bem infeliz e descartável que guardaram pra ele hein...
Um dos melhores filmes de vampiro que já vi! Bebe de influências de clássicos como Nosferatu e Drácula, adicionando uma pegada urbana, leve e descolada, bem a cara dos anos 80.
Tudo em "A Hora do Espanto" é ótimo: direção, roteiro, atuações, trilha, referências, humor, brincadeiras com a mitologia do vampiro, etc. Aquela cena em que o Charlie vê o vizinho mostrando as presas com a prostituta é incrível, ainda mais com a música de fundo - combinação perfeita entre erotismo, suspense e macabro.
Falando em erotismo, é inevitável não sentir um clima homoerótico entre o vampiro Jerry e Billy.
Aliás, fiquei na dúvida sobre qual criatura ele seria, já que, ao mesmo tempo em que não era vampiro, não era humano: na internet, uma teoria é de que seria um meio vampiro/meio humano, por isso conseguiria andar à luz do sol.
Pra quem quiser ver, o filme tá disponível na Netflix. Eu vou agora atrás do remake pra poder comparar.
Tem vários problemas, principalmente na forma infeliz e machista como retrata as mulheres, mas o final é encantador, com aquela viagem mágica a Veneza.
Obs: o assassinato do jovem é chocante e fica meio que "sobrando", fora do tom da história. Poderia ter sido excluído do roteiro e aproveitando em um filme só sobre essa trama.
7 Prisioneiros joga luz sobre uma realidade muitas vezes invisível e impensável para nós da classe média: a escravidão moderna. Foi impossível não enxergar em Luca (genialmente interpretado por um Rodrigo Santoro diferente de tudo que você já viu e muito distante da figura de galã hollywoodiano) uma similaridade muito grande com Epps, o cruel fazendeiro de 12 Anos de Escravidão vivido por Michael Fassbender.
São personagens de períodos históricos diferentes, mas que encontram um ponto em comum na violência, na dominação dos mais vulneráveis e no prazer em causar dor.
Quem tem também uma atuação muito boa é Christian Malheiros, cujo personagem, pouco a pouco,
vai sendo corrompido e se torna parte do sistema de dominação. O explorado se tornando explorador dos seus iguais.
Como 7 Prisioneiros fielmente retrata, as engrenagens desse crime inaceitável envolvem até mesmo autoridades e figuras políticas.
Seria legal se, ao final, o filme exibisse o nome de empresas denunciadas por trabalho escravo. Já que não o fizeram, eu vou citar algumas aqui, tendo como fonte de referência o Google: Ambev, Heineken, Brooksfield Donna, Zara, JBS, Amazon, Apple, Tesla... Enfim, a lista é enorme.
Bom, acredito que nada do que eu disser sobre o filme já não tenha sido dito. Demorei 24 anos para vê-lo, sempre ouvindo falar muito bem. E realmente é lindo, emocionante, marcante e triste. Ousado se consideramos que trata do amor entre dois homens em 2005 - ano que pode parecer logo ali, mas que, na verdade, ainda considerava esse tema um grande tabu e a homofobia rolava solta na sociedade sem as leis e repulsa coletiva que temos hoje.
Imagine, então, pegar dois cowboys (figura símbolo da masculinidade heteronormativa) e fazê-los viver um romance.
A única coisa que me incomodou é a má representação das mulheres no filme. Tanto Ennis Del Mar como Jack Twist tratam suas esposas de maneira muito machista, deixando transparecer, em vários momentos, um certo tom de desprezo por elas. Ennis, no que é o cúmulo do machismo, se revolta quando a esposa sai para trabalhar sem servir o almoço (que já estava no fogão).
Machismo que é "compreensível" dentro da narrativa, que se passa nas décadas de 1960 e 1970, quando a visão predominante sobre as mulheres era essa mesma, infelizmente.
O final fica aberto a interpretações. Jack Twist foi assassinado ou morreu em um acidente? A história da sua esposa é muito estranha. Considerando que ele se relacionou com mais homens além de Ennis, é provável que outras pessoas tenham descoberto sobre sua sexualidade e cometido um crime de ódio. Pelo que li na internet, não há uma resposta certa. Eu acredito que foi assassinado e inventaram esse acidente pra preservar a imagem da família, ainda mais considerando que sua esposa é filha de um ricaço do agronegócio.
Seria muito legal se fizessem uma série sobre Brokeback Mountain. Poderia ser curtinha, de 5 episódios, mais para homenagear o clássico e também o Heath Ledger, que nos deixou precocemente. Até já montei a trama na cabeça: o filho do falecido Jack encontra as cartas que o pai trocava com Ennis e decide ir atrás dele para descobrir mais sobre a figura paterna que mal conheceu. Ao saber que Jack e Ennis eram amantes, o filho acaba encontrando respostas também para suas próprias questões de sexualidade. Se a Netflix ou a Amazon quiserem me contratar, é só mandar um zap hahaha
Filme muito gostoso de ser visto! Lembra, em pelo menos um aspecto, o clássico "A Vida é Bela", embora muito mais otimista e alegre.
É legal ver como, de forma leve, consegue abordar três temas super relevantes: violência doméstica, desemprego e como fazer uma criança lidar com a perda da própria mãe.
A cereja do bolo é a trilha sonora, que dá um até quentinho no coração! Recomendo muito!
Eu me esforcei para gostar do filme - e acho até que ele tem pontos positivos, como a interpretação da Lilia Cabral como a Edna e a frase "Tião Pequeno é o caralho, meu nome é Tião Demônio porra" saindo da boca do ator que fez o Zé Pequeno em Cidade de Deus -, mas tem momentos apelativos e toscos demais que estragam a experiência de ver o longa.
Em especial, todo o arco envolvendo o delegado e a personagem da Carolina Dieckmann. Construíram essa personagem feminina de uma maneira totalmente estereotipada, sexista e machista. O filme é de 2014, mas quem assiste em 2021 já vê que esse tipo de humor que fizeram envelheceu muito (felizmente). Era muito melhor ter cortado tudo isso do roteiro e usado esse tempo para focar mais na família da Edna.
Bom filme, mas está longe dos melhores da A24. Muitos irão assistir e falar "ah, isso não é terror, nem dá susto, nem fiquei com medo", sendo que, na verdade, o gênero não se resume a isso.
Filme noir ambientado no Rio de Janeiro com um roteiro legalzinho e que dá pra se distrair numa tarde ou noite de fim de semana. Mas o seu maior pecado é ser previsível: pertinho do final, já fica óbvio quem é a pessoa responsável pelo assassinato, como vários usuários comentaram aqui.
Tem também algumas coisas nada a ver. O que a prostituta viciada em drogas fazia plantada na casa da Magali na noite do crime? A cena de estupro da Flor serviu pra que afinal? O crime acontece, o Vieira nem liga e fica por isso mesmo.
o Tom Hardy deve ter feito o filme só pelo dinheiro mesmo kkkkk história super fraquinha e tosca, mas eu me diverti pq fui assistir sabendo que era ruim.
A primeira cena do filme é justamente a última cena. Vemos a mulher morta na grama, mas não percebemos isso. Achamos que está dormindo. Legal a sacada também de o garoto começar como vítima e depois a gente descobrir que ele é o psicopata. Só acho que poderiam ter guardado essa revelação mais pra frente e explorado mais a perseguição do pai de família. Tipo como se fosse um plot twist no final.
Assisti na Mostra de New French Horror Extreme da Darkflix.
"Valentina" tem um potencial enorme de provocar discussões sobre transfobia, cultura do estupro e machismo. É lindo, comovente e extremamente realista sobre as dificuldades e a violência que as pessoas trans enfrentam todos os dias.
Uma história muito verdadeira, bem-escrita e cheia de sensibilidade protagonizada com maestria por Thiessa Woinbackk - e aí mais um acerto do filme ao escalar uma atriz trans para interpretar uma personagem trans, já que estamos cheios de exemplos de atores cis pegando esses papéis.
Precisamos fazer com que chegue à maior quantidade possível de pessoas, especialmente os mais jovens, que poderão assistir ao filme e refletir suas próprias atitudes - inclusive, acho que deveriam passar o longa em escolas.
Indique o filme para amigos, recomende nos seus stories, faça posts no Facebook.... Vamos fazer "Valentina" bombar na Netflix!
Viva o cinema brasileiro, viva a representatividade!
(Bem que o Brasil podia ter indicado esse filme pra concorrer ao Oscar. Imagina o tapa na cara do governo Bolsonaro que seria)
Que pena! A história começa bem, mostrando os efeitos e desafios de ficar tanto tempo acordado. Eu mesmo não tenho ideia de qual seria o meu limite. Só que o longa desanda lá pelo meio e capota de vez no final.
Virou uma trama adolescente boba, com personagens ruins, pontas soltas (afinal, o que realmente aconteceu com os pais da protagonista?) e, pra piorar, meteram uma vilã de última hora à la Victor Fries, o vilão do Batman que sai congelando todo mundo enquanto tenta encontrar uma cura pra doença da esposa. E o médico alemão, que já era super caricato, sumiu do nada?
Super burrice também arriscar a vida de 4 pessoas pra salvar a vida de 1. Era mais fácil se concentrar em estratégias pra manter a irmã mais nova acordada do que convencer os outros 3 a voltarem pro experimento.
Curiosidade: o filme é o projeto de um grupo de universitários (tanto que são 5 diretores assinando o longa).
Fui direto para o filme sem conhecer nada da série e gostei bastante! É o tipo de ficção-científica que eu assistiria no cinema se fosse vivo na época que lançou e sairia recomendando para os meus amigos. Achei curioso ter sido escrito e dirigido pelo escritor de Jurassic Park, Michael Crichton. Considero à frente do seu tempo e eu super aceitaria ir pra um desses resorts (desde que na minha vez não desse pane nas máquinas hahaha)
PS: E como disseram aqui embaixo, como o James Brolin tá a cara do Christian Bale nesse filme!
É um filme que não apenas respeita a essência clássica do Michael Myers, como também acrescenta novas camadas à sua mitologia.
Mais do que um homem com uma máscara, estamos diante de algo que vai além da nossa vã compreensão de bem x mal e que, como a própria Laurie diz, não pode ser derrotado em um simples combate físico.
Muitos estão questionando o fato da Laurie ter uma participação limitada nos eventos do filme, mas considero como um grande acerto da direção e do roteiro mudar o foco narrativo. A protagonista da história chama-se Haddonfield. Sim, a cidade. É muito bacana ver a memória e conexão que cada morador tem com Myers e a fatídica noite de Halloween de 1978. Uma lenda urbana que de lenda não tem nada e faz com que a população seja tomada pelo medo e ódio daquilo que mal conhecem.
Em uma brilhantes sequências de Halloween Kills, uma multidão furiosa persegue e acaba causando a morte de um homem que todos acreditam ser Michael Myers Cena de um filme, claro, mas que encontra ecos na vida real. Lembram do caso da "bruxa" do Guarujá que foi linchada e morta pela população? Então... A linha que separa a vida e a arte são tênues
Como esperado, o filme traz boas cenas de violência e mortes criativas: são, pelo menos, 27 vítimas fatais, segundo o site CBR, um recorde na franquia. E, claro, não podia faltar ela, a trilha clássica de John Carpenter que fica na cabeça.
Achei bem estranho, tão estranho que nem sei o que falar aqui hahaha talvez seja uma boa reflexão sobre o suicídio. Legal também que eles conseguiram prever esses virais que induzem os jovens a tirar sua própria vida anos antes de surgirem Momo e Baleia Azul
Ama-me
3.4 11 Assista AgoraUm novelão todo errado - em certo momento, até colocam a trilha nas alturas na tentativa forçada de te emocionar e provocar alguma dramaticidade.
Não foi uma boa escolha ter como mocinho um homem que assassina uma comunidade inteira - em uma cena bem forçada, aliás, já que o cara praticamente vira o Rambo, leva uma porrada de tiros e continua matando geral como se fosse um atirador de elite
Cidade de Gelo
3.7 142Capricharam na direção de arte, figurino e fotografia desse filme russo que mais parece um longa da Disney. É uma ótima pedida para ver com a família no Natal, já que a história se passa no fim do ano.
A história lembra bastante Titanic e Romeo e Julieta - um casal de classes distintas tentando ficar junto.
Deserto Particular
3.8 183 Assista AgoraApesar do desmonte do governo Bolsonaro e do efeito devastador da pandemia, o cinema brasileiro há de resistir às turbulências e nos presentear com mais filmes como "Deserto Particular". Uma bela obra que fala sobre muitas coisas: amor, liberdade, tolerância, identidade, perdão, acertar as contas com o passado.
Uma coisa que fiquei bem chateado é que na própria sinopse do filme divulgada à imprensa já adiantavam que a amada de Daniel era uma mulher trans. Um puta spoiler que, com certeza, prejudicou minha experiência. Seria muito mais legal se tivesse ido assistir sem essa informação. O impacto da surpresa seria maior.
Embora tenha suas qualidades, acho bem difícil "Deserto Particular" conseguir a tão sonhada indicação. Para isso, é necessário fazer uma campanha forte em Hollywood e ir conquistando espaço nessa reta final. Teria sido mais sábio escolher 7 Prisioneiros, da Netflix, para nos representar.
Dois
2.1 139Trabalha bem o mistério, mas não é nada UAU.
Não entendi por que o pai dos irmãos siameses se vestia igual o marido da mulher.
A Menina que Matou os Pais
3.1 679 Assista AgoraTodo esse alvoroço por isso, Brasil? Atuações ruins, roteiro simplista ao extremo, direção fraca... Parece um filme da Record. Enfim, nem fiquei com vontade de ver a versão da Suzane.
Imperdoável
3.6 521 Assista AgoraVocê quer o Oscar, Sandra Bullock? A gente te dá. Você arrasou muito!
Boa Sorte
3.6 440Um olhar muito delicado e sensível sobre amor, transtornos mentais e dependência química, fugindo dos estereótipos que, para muitos diretores e roteiristas, seriam uma verdadeira tentação em um filme como esse.
E pensar que ainda tem gente com coragem pra falar mal do cinema brasileiro... Sempre por pura ignorância e desconhecimento da nossa linda e rica produção cinematográfica.
Closer: Perto Demais
3.9 3,3K Assista AgoraGente tóxica em relacionamentos tóxicos... Tomara que nunca cruze o caminho de ninguém assim... Ah não, pera, já cruzei!
A Hora do Espanto
3.0 1,3K Assista AgoraQue bomba! O original de 1985 é incrível e esse filme aqui chega a ser um insulto. Tudo muito apressado, jogado de qualquer forma. Começam com o filme e os personagens já sabem que o cara é vampiro, perdeu todo o encanto e o mistério do clássico. Diálogos ridículos e tentativas de humor pior ainda. Colin Farrel totalmente sem carisma e sem charme como o vampiro Jerry.
E os (d)efeitos especiais então? Conseguem ser piores do que os da década de 80, mesmo com uma tecnologia infinitamente superior à disposição.
OBS: eu só fui descobrir depois que o Chris Sarandon, intérprete do Jerry no filme de 1985, faz uma aparição especial como uma das vítimas do vampiro. Participação bem infeliz e descartável que guardaram pra ele hein...
A Hora do Espanto
3.6 588 Assista AgoraUm dos melhores filmes de vampiro que já vi! Bebe de influências de clássicos como Nosferatu e Drácula, adicionando uma pegada urbana, leve e descolada, bem a cara dos anos 80.
Tudo em "A Hora do Espanto" é ótimo: direção, roteiro, atuações, trilha, referências, humor, brincadeiras com a mitologia do vampiro, etc. Aquela cena em que o Charlie vê o vizinho mostrando as presas com a prostituta é incrível, ainda mais com a música de fundo - combinação perfeita entre erotismo, suspense e macabro.
Falando em erotismo, é inevitável não sentir um clima homoerótico entre o vampiro Jerry e Billy.
Aliás, fiquei na dúvida sobre qual criatura ele seria, já que, ao mesmo tempo em que não era vampiro, não era humano: na internet, uma teoria é de que seria um meio vampiro/meio humano, por isso conseguiria andar à luz do sol.
Pra quem quiser ver, o filme tá disponível na Netflix. Eu vou agora atrás do remake pra poder comparar.
Veneza
3.4 38Tem vários problemas, principalmente na forma infeliz e machista como retrata as mulheres, mas o final é encantador, com aquela viagem mágica a Veneza.
Obs: o assassinato do jovem é chocante e fica meio que "sobrando", fora do tom da história. Poderia ter sido excluído do roteiro e aproveitando em um filme só sobre essa trama.
7 Prisioneiros
3.9 3187 Prisioneiros joga luz sobre uma realidade muitas vezes invisível e impensável para nós da classe média: a escravidão moderna. Foi impossível não enxergar em Luca (genialmente interpretado por um Rodrigo Santoro diferente de tudo que você já viu e muito distante da figura de galã hollywoodiano) uma similaridade muito grande com Epps, o cruel fazendeiro de 12 Anos de Escravidão vivido por Michael Fassbender.
São personagens de períodos históricos diferentes, mas que encontram um ponto em comum na violência, na dominação dos mais vulneráveis e no prazer em causar dor.
Quem tem também uma atuação muito boa é Christian Malheiros, cujo personagem, pouco a pouco,
vai sendo corrompido e se torna parte do sistema de dominação. O explorado se tornando explorador dos seus iguais.
Como 7 Prisioneiros fielmente retrata, as engrenagens desse crime inaceitável envolvem até mesmo autoridades e figuras políticas.
Seria legal se, ao final, o filme exibisse o nome de empresas denunciadas por trabalho escravo. Já que não o fizeram, eu vou citar algumas aqui, tendo como fonte de referência o Google: Ambev, Heineken, Brooksfield Donna, Zara, JBS, Amazon, Apple, Tesla... Enfim, a lista é enorme.
O Segredo de Brokeback Mountain
3.9 2,2K Assista AgoraBom, acredito que nada do que eu disser sobre o filme já não tenha sido dito. Demorei 24 anos para vê-lo, sempre ouvindo falar muito bem. E realmente é lindo, emocionante, marcante e triste. Ousado se consideramos que trata do amor entre dois homens em 2005 - ano que pode parecer logo ali, mas que, na verdade, ainda considerava esse tema um grande tabu e a homofobia rolava solta na sociedade sem as leis e repulsa coletiva que temos hoje.
Imagine, então, pegar dois cowboys (figura símbolo da masculinidade heteronormativa) e fazê-los viver um romance.
A única coisa que me incomodou é a má representação das mulheres no filme. Tanto Ennis Del Mar como Jack Twist tratam suas esposas de maneira muito machista, deixando transparecer, em vários momentos, um certo tom de desprezo por elas. Ennis, no que é o cúmulo do machismo, se revolta quando a esposa sai para trabalhar sem servir o almoço (que já estava no fogão).
Machismo que é "compreensível" dentro da narrativa, que se passa nas décadas de 1960 e 1970, quando a visão predominante sobre as mulheres era essa mesma, infelizmente.
O final fica aberto a interpretações. Jack Twist foi assassinado ou morreu em um acidente? A história da sua esposa é muito estranha. Considerando que ele se relacionou com mais homens além de Ennis, é provável que outras pessoas tenham descoberto sobre sua sexualidade e cometido um crime de ódio. Pelo que li na internet, não há uma resposta certa. Eu acredito que foi assassinado e inventaram esse acidente pra preservar a imagem da família, ainda mais considerando que sua esposa é filha de um ricaço do agronegócio.
Seria muito legal se fizessem uma série sobre Brokeback Mountain. Poderia ser curtinha, de 5 episódios, mais para homenagear o clássico e também o Heath Ledger, que nos deixou precocemente. Até já montei a trama na cabeça: o filho do falecido Jack encontra as cartas que o pai trocava com Ennis e decide ir atrás dele para descobrir mais sobre a figura paterna que mal conheceu. Ao saber que Jack e Ennis eram amantes, o filho acaba encontrando respostas também para suas próprias questões de sexualidade. Se a Netflix ou a Amazon quiserem me contratar, é só mandar um zap hahaha
Os Nossos Fantasmas
3.4 6 Assista AgoraFilme muito gostoso de ser visto! Lembra, em pelo menos um aspecto, o clássico "A Vida é Bela", embora muito mais otimista e alegre.
É legal ver como, de forma leve, consegue abordar três temas super relevantes: violência doméstica, desemprego e como fazer uma criança lidar com a perda da própria mãe.
A cereja do bolo é a trilha sonora, que dá um até quentinho no coração! Recomendo muito!
(Filme visto no Festival de Cinema Italiano)
Júlio Sumiu
2.5 134Eu me esforcei para gostar do filme - e acho até que ele tem pontos positivos, como a interpretação da Lilia Cabral como a Edna e a frase "Tião Pequeno é o caralho, meu nome é Tião Demônio porra" saindo da boca do ator que fez o Zé Pequeno em Cidade de Deus -, mas tem momentos apelativos e toscos demais que estragam a experiência de ver o longa.
Em especial, todo o arco envolvendo o delegado e a personagem da Carolina Dieckmann. Construíram essa personagem feminina de uma maneira totalmente estereotipada, sexista e machista. O filme é de 2014, mas quem assiste em 2021 já vê que esse tipo de humor que fizeram envelheceu muito (felizmente). Era muito melhor ter cortado tudo isso do roteiro e usado esse tempo para focar mais na família da Edna.
Cordeiro
3.3 553 Assista AgoraBom filme, mas está longe dos melhores da A24. Muitos irão assistir e falar "ah, isso não é terror, nem dá susto, nem fiquei com medo", sendo que, na verdade, o gênero não se resume a isso.
O final faz justiça poética. Da mesma forma que a Maria matou a mãe da Ada para ficar com ela, o pai biológico da criança matou Ingvar
Achados e Perdidos
2.9 75Filme noir ambientado no Rio de Janeiro com um roteiro legalzinho e que dá pra se distrair numa tarde ou noite de fim de semana. Mas o seu maior pecado é ser previsível: pertinho do final, já fica óbvio quem é a pessoa responsável pelo assassinato, como vários usuários comentaram aqui.
Tem também algumas coisas nada a ver. O que a prostituta viciada em drogas fazia plantada na casa da Magali na noite do crime? A cena de estupro da Flor serviu pra que afinal? O crime acontece, o Vieira nem liga e fica por isso mesmo.
Venom
3.1 1,4K Assista Agorao Tom Hardy deve ter feito o filme só pelo dinheiro mesmo kkkkk história super fraquinha e tosca, mas eu me diverti pq fui assistir sabendo que era ruim.
Muito bizarro e sem pé nem cabeça o Venom decidir proteger a Terra só porque achou o Eddie Brock um cara bacana
In Their Sleep
2.6 26Roteiro fraco, mas a montagem tem algumas coisas interessantes:
A primeira cena do filme é justamente a última cena. Vemos a mulher morta na grama, mas não percebemos isso. Achamos que está dormindo. Legal a sacada também de o garoto começar como vítima e depois a gente descobrir que ele é o psicopata. Só acho que poderiam ter guardado essa revelação mais pra frente e explorado mais a perseguição do pai de família. Tipo como se fosse um plot twist no final.
Assisti na Mostra de New French Horror Extreme da Darkflix.
Valentina
3.7 60"Valentina" tem um potencial enorme de provocar discussões sobre transfobia, cultura do estupro e machismo. É lindo, comovente e extremamente realista sobre as dificuldades e a violência que as pessoas trans enfrentam todos os dias.
Uma história muito verdadeira, bem-escrita e cheia de sensibilidade protagonizada com maestria por Thiessa Woinbackk - e aí mais um acerto do filme ao escalar uma atriz trans para interpretar uma personagem trans, já que estamos cheios de exemplos de atores cis pegando esses papéis.
Precisamos fazer com que chegue à maior quantidade possível de pessoas, especialmente os mais jovens, que poderão assistir ao filme e refletir suas próprias atitudes - inclusive, acho que deveriam passar o longa em escolas.
Indique o filme para amigos, recomende nos seus stories, faça posts no Facebook.... Vamos fazer "Valentina" bombar na Netflix!
Viva o cinema brasileiro, viva a representatividade!
(Bem que o Brasil podia ter indicado esse filme pra concorrer ao Oscar. Imagina o tapa na cara do governo Bolsonaro que seria)
DEEP
2.6 43 Assista AgoraQue pena! A história começa bem, mostrando os efeitos e desafios de ficar tanto tempo acordado. Eu mesmo não tenho ideia de qual seria o meu limite. Só que o longa desanda lá pelo meio e capota de vez no final.
Virou uma trama adolescente boba, com personagens ruins, pontas soltas (afinal, o que realmente aconteceu com os pais da protagonista?) e, pra piorar, meteram uma vilã de última hora à la Victor Fries, o vilão do Batman que sai congelando todo mundo enquanto tenta encontrar uma cura pra doença da esposa. E o médico alemão, que já era super caricato, sumiu do nada?
Super burrice também arriscar a vida de 4 pessoas pra salvar a vida de 1. Era mais fácil se concentrar em estratégias pra manter a irmã mais nova acordada do que convencer os outros 3 a voltarem pro experimento.
Curiosidade: o filme é o projeto de um grupo de universitários (tanto que são 5 diretores assinando o longa).
Westworld - Onde Ninguém Tem Alma
3.3 196Fui direto para o filme sem conhecer nada da série e gostei bastante! É o tipo de ficção-científica que eu assistiria no cinema se fosse vivo na época que lançou e sairia recomendando para os meus amigos. Achei curioso ter sido escrito e dirigido pelo escritor de Jurassic Park, Michael Crichton. Considero à frente do seu tempo e eu super aceitaria ir pra um desses resorts (desde que na minha vez não desse pane nas máquinas hahaha)
PS: E como disseram aqui embaixo, como o James Brolin tá a cara do Christian Bale nesse filme!
Halloween Kills: O Terror Continua
3.0 683 Assista AgoraÉ um filme que não apenas respeita a essência clássica do Michael Myers, como também acrescenta novas camadas à sua mitologia.
Mais do que um homem com uma máscara, estamos diante de algo que vai além da nossa vã compreensão de bem x mal e que, como a própria Laurie diz, não pode ser derrotado em um simples combate físico.
Muitos estão questionando o fato da Laurie ter uma participação limitada nos eventos do filme, mas considero como um grande acerto da direção e do roteiro mudar o foco narrativo. A protagonista da história chama-se Haddonfield. Sim, a cidade. É muito bacana ver a memória e conexão que cada morador tem com Myers e a fatídica noite de Halloween de 1978. Uma lenda urbana que de lenda não tem nada e faz com que a população seja tomada pelo medo e ódio daquilo que mal conhecem.
Em uma brilhantes sequências de Halloween Kills, uma multidão furiosa persegue e acaba causando a morte de um homem que todos acreditam ser Michael Myers Cena de um filme, claro, mas que encontra ecos na vida real. Lembram do caso da "bruxa" do Guarujá que foi linchada e morta pela população? Então... A linha que separa a vida e a arte são tênues
Como esperado, o filme traz boas cenas de violência e mortes criativas: são, pelo menos, 27 vítimas fatais, segundo o site CBR, um recorde na franquia. E, claro, não podia faltar ela, a trilha clássica de John Carpenter que fica na cabeça.
Que venha o próximo filme!
O Pacto
3.2 265Achei bem estranho, tão estranho que nem sei o que falar aqui hahaha talvez seja uma boa reflexão sobre o suicídio. Legal também que eles conseguiram prever esses virais que induzem os jovens a tirar sua própria vida anos antes de surgirem Momo e Baleia Azul