Filme bonito! Acho estranho como ele não é comentado nos círculos cinéfilos. É uma produção bem à frente do seu tempo, com protagonismo 100% feminino. Uma história contada com muita sensibilidade e sem esconder as dores de ser mulher em um mundo patriarcal e machista.
É legal ver as histórias se intercalando - diferentes mulheres de diferentes gerações compartilhando um pouco das suas trajetórias. Às vezes, a gente até se perde um pouco e fica "ops, quem é essa mesmo?". Só diria que o "problema" do filme é sua duração. Fica a sensação de que 20, 30 minutos a menos não fariam mal ao longa e tornaria a experiência um pouco melhor.
Gostei bastante. Filme de ação eletrizante, de primeira, bem escrito, bem atuado. Jamie Foxx, Tom Cruise e Mark Ruffalo estão ótimos. Fiquei surpreso ao descobrir que o Javier Bardem também aparece no filme (não reparei enquanto assistia e só fui ver mesmo no IMDb depois)
Que cena bonita aquela do coiote! Uma catarse, um momento poético no meio de toda aquela loucura. Me lembrou a cena do George Clooney com os cavalos em Conduta de Risco.
A trama começa bem e vai pra um lado totalmente exagerado. Não tem lógica ele ter planejado o assassinato daquele candidato. O motivo é simples: quando alguém morre assim (ainda mais pela mão de um radical de extrema direita), a pessoa vira MÁRTIR, atrai atenção pra sua causa. É só ver o que aconteceu com a Marielle e a facada no Bolsonaro. Ou seja, ao fazer isso, o nosso protagonista pode até ter tirado o cara do jogo, mas não atendeu ao interesse real do político conservador para quem trabalhava. A extrema direita ficaria enfraquecida depois daquilo. Deu um verdadeiro tiro no pé, mas o filme tenta trazer como genialidade. Seria bem mais inteligente mostrar ele produzindo as fake news, influenciando a opinião pública e o candidato de centro/centro-esquerda sendo derrotado nas urnas.
Novelão mexicano cheio de exageros e clichês, mas que tem suas qualidades.
Gostei do contraste social entre uma elite branca e a etnia indígena do bairro pobre. Interessante que em momento algum Ulises esconde quem é. Fiquei pensando em como seria a mesma história no Brasil. Já imaginou o choque que seria uma garota do Alphaville aparecendo com um namorado índigena pobre?
Curti também a montagem, com câmera na mão, estética de histórias em quadrinhos (justamente quando Ulises está mostrando o grafite que fez) e uma pegada videoclipada.
Samuel L. Jackson é um dos atores mais subestimados de Hollywood. Parece que vira um eterno coadjuvante, mesmo em filmes onde o ator protagonista é nitidamente menos talentoso que ele. Felizmente, em Shaft, Jackson é o dono da porra toda.
Gostei de ver também o Christian Bale como um playboy mimado racista. O longa tem uma estética meio de quadrinhos bem bacana. Recomendo pra quem quer um entretenimento sem grandes compromissos.
Parece que o roteiro foi feito por um adolescente de ensino médio ansioso pra fazer seu primeiro filme. Amontoaram um monte de clichês e estereótipos (o valentão homofóbico, a melhor amiga do gay, o pai ausente, a mãe que morreu, o treinador amigão do menino excluído, etc). Ainda que seja uma produção canadense, reproduz tudo o que já vimos nos enlatados americanos.
De quem foi a ideia de fazer o menino gay plantar uma bomba na festa? Puts... É só ver o noticiário pra ver que não existe nada mais descolado da realidade. Quem faz esses massacres aí são garotos héteros, incels, supremacistas frustrados... Nunca um representante da minoria. Gays, trans, lésbicas, obesos, pessoas com deficiência sofrem todo o bullying do mundo e nunca fazem um ataque desses.
Fica a lição: nunca assista a um filme só porque você achou o ator do poster bonito.
Não é fácil de ser assistido, sendo triste e cru. Quando vi o Keane na rodoviária procurando a filha, se lavando com o sabão da pia, só consegui lembrar de quantas vezes vemos pessoas assim na nossa vida real. Keane é o "louco", o "drogado" que grita na esquina e que rotulamos e ignoramos sem saber a trajetória da pessoa.
A filha desaparecida de Keane nunca existiu, como bem disse um amigo. É tudo condição da doença dele, prendendo o coitado a um mundo de fantasia, dor e amargura. Em momento algum, há indícios de que mais alguém estaria procurando pela menina. Ele até mostra uma foto de jornal na rodoviária, mas poderia ser uma imagem aleatória de qualquer notícia de garota desaparecida. O que temos é um homem doente, solitário e que repete seu nome, nome dos pais e história pessoal como um ator tentando decorar as falas de um papel. Ele também não estava tentando sequestrar Kira, como pode parecer. Repare que, em mais de um momento, ele deixa a garota sozinha e observa ela a distância na rodoviária e na lanchonete. Era uma isca para repetir a cena do desaparecimento da sua filha, atrair o sequestrador e assim chegar até ela. Faz sentido esse plano? Pra muitos, não. Mas pra uma pessoa com esquizofrenia, sim.
Enfim, só uma teoria (e parabéns tbm para o Damian Lewis, que mandou bem no papel do Keane).
Belo filme. Apresenta muito bem a questão dos limites entre o lado profissional e pessoal. Mostra também como é possível subverter as regras do mundo jurídico e fazer justiça.
Trama muito bem amarrada. Não temos diálogos autoexplicativos ou didáticos. Você vai amarrando uma coisa na outra, prestando atenção e entendendo tudo, mas também sem precisar de um grande esforço.
A empresa de herbicida responsável pela contaminação e morte de inúmeras pessoas se chama U/North, mas poderia muito bem se chamar Monsanto ou, mudando a área de atuação, Vale/Samarco, responsáveis pelas tragédias de Brumadinho e Mariana.
A cena dos cavalos é linda e fica na cabeça. Não procure uma explicação racional pro Michael ter parado o carro e ir admirar os equinos. Foi esse pequeno momento poético, catártico que salvou sua vida e permitiu fazer justiça aos crimes da U/North.
É legal ver Keanu Reeves novinho, mas o filme é fraco. Até empolga em alguns momentos e levanta pontos como xenofobia e conflitos étnicos, mas não se aprofunda muito e acaba no vazio. Tem um ar de "filme colegial de Sessão da Tarde". E, pela amor de Deus, ignorem essa sinopse do Filmow kkk não tem nada a ver
Continuação de "Felicidade" que parece não ter muito a dizer. O fato do elenco ter sido totalmente trocado nem chega a incomodar tanto como a falta de rumo do roteiro. Joy, por exemplo, acaba totalmente descartável. É um filme que tenta falar sobre perdão, sobre continuar a vida depois de traumas, enfrentar o arrependimento, a dor e a solidão. Mas que fica raso como o pires de uma xícara.
Assim como "Felicidade", a melhor cena, disparado, é um diálogo entre Bill e Billy. O pai, recém-saído da prisão por abusar de garotos, e Billy, estudante de Antropologia. Um acerto de contas que no fim não acerta nada. Billy não perdoa o pai, que por sua vez confessa continuar com apetite sexual por crianças.
Mesmo assim, não é um filme que eu me arrependi de ter visto. Apesar dos problemas, ele fica na cabeça - principalmente Bill, o personagem com o arco mais complexo e marcante de "Felicidade"/"A Vida Durante a Guerra" (aliás, é bem raro vermos filmes de drama ganhando sequência).
Como pode um filme chamado "Happiness" ser tão amargo, dolorido e incômodo?
Mais uma vez, o mito do sonho americano é desfeito. Personagens infelizes, solitários, com vícios, segredos, demônios internos e inseguranças em uma trama que toca em temas espinhosos. Das histórias, a que mais mexeu comigo foi a de Bill (Dylan Baker, o Dr. Connors do Homem-Aranha do Sam Raimi), o "tradicional pai de família"
O filme é livre de problemas? Claro que não. Por exemplo, tem alguns personagens que não dizem muito a que vêm e acabam estendendo o longa mais do que necessário, como a escritora esnobe.
Marcante também a presença de Philip Seymour Hoffman. Fica a sensação ali de que foi embora quando ainda tinha muitos bons papéis pela frente - inclusive, o melhor vilão da franquia Missão Impossível foi interpretado por ele.
Tem um vibe meio Hereditário, né? Poderia até ser dirigido pelo Ari Aster. Mas não curti muito, não. Respeito quem gostou, mas aqui não rolou muito... Bem esquecível
Gostei do filme. É bem no estilo Corujão, da Globo. A história prende, envolve, tem um protagonista bom, mas o final é meio apressado e deixa a desejar.
- Homem branco frustrado com a vida que leva e que desconta sua fúria em pessoas que não têm nada a ver, assim como os atiradores que fazem massacres em escolas e locais públicos nos EUA. - Minorias marginalizadas, que acabam indo parar no crime: os latinos e negros das gangues. - Ganância dos bancos: o homem negro que, após vários anos como cliente e, portanto, dando lucro aos banqueiros, é rejeitado quando precisa de um empréstimo por ser "economicamente inviável". - Neonazismo "no armário", sendo que nesse caso o "armário" é o porão de uma loja de artigos militares. - Homofobia: o casal gay expulso da loja pelo neonazista. - Machismo: o neonazista cantando a policial e o nosso próprio protagonista não aceitando o fim do casamento, como se fosse proprietário da mulher (aliás, triste ver que, aqui mesmo no Filmow, um usuário achou um "absurdo" a esposa não deixar o Bill ver a filha, sendo que estamos falando de um homem violento e fora de si). - O merchandising fake das redes de fast food: prometem uma coisa na publicidade e entregam outra para o cliente. - Elite fútil e mesquinha: o velho e o seu enorme campo para partidas de golfe. - Soldados veteranos esquecidos no pós-guerra: é possível ver um deles pedindo esmola em uma cadeira de rodas na praça. - Imperialismo ianque: nosso protagonista Bill trabalha numa empresa de tecnologia militar, projetando mísseis que, obviamente, não são pensados para serem usados em território norte-americano.
Curiosidade: assisti ao filme um dia depois da morte de Joel Schumacher, famoso pelos filmes do Batman, mas que também entregou outras obras interessantes como essa aqui e o ótimo suspense 8 Milímetros.
Feel good movie natalino que traz aquela velha mensagem: ter a família e as pessoas que você ama por perto é mais importante do que os bens materiais e uma carreira de sucesso.
Mesmo sendo tudo aquilo que a gente já viu, é um filme gostoso e bem-humorado! Saudades do "velho" Nicolas Cage.
"- Se não armar esses homens, eles não podem lutar. Estão morrendo em vão. - Não sinto compaixão. Repito, não sinto compaixão! O povo escolheu seu destino. Não se engane. Não obrigamos o povo alemão a nada. Ele nos deu o mandato e agora suas gargantas serão cortadas"
Filme muito interessante que mostra os bastidores da queda do regime nazista. Me chamou a atenção o desprezo de Hitler e de muitos dos seus oficiais (como Goebbels, autor do diálogo acima) pelo povo alemão. Não se importam com o massacre que iria acontecer e até preferem que as vidas inocentes tombem juntamente com o regime ditadorial.
No mais, boas atuações do elenco (imagino que o papel de Hitler seja um dos mais desafiadores para qualquer ator e Bruno Ganz tira de letra) e um roteiro bem sóbrio, sem romantizar as mortes, incluindo de crianças, com trilha forçada ou sentimentalismo barato.
Achei horrível. O protagonista é uma espécie de Tony Stark do Direito. Ryan Philippe pagando mico como vilão em um roteiro insosso, que não prende atenção, não empolga. O terceiro ato também é bem apressado e joga coisas pro espectador sem explicação. Enfim, não recomendo.
Não é o melhor suspense de tribunal que existe, mas é bom.
Richard Gere está ótimo como um advogado midiático e bem-sucedido de Chicago. Edward Norton, então, em seu primeiro papel no cinema, arrasou muito e compôs um personagem bem complexo. Ele parecia ter uns 18 anos no filme, mas fui ver e já tinha 27 na época do lançamento kkkk
Legal ver também a Frances McDormand. Eu vi pouca coisa dela e tava acostumado com aquela visão de uma mulher durona como a Mildred, do Três Anúncios Para um Crime.
Enfim, o filme é bem a cara de um Supercine de qualidade, daqueles que você assistiria no sábado à noite e comentaria no almoço do domingo.
"Sorry We Missed You" é um filme triste, cruel e real sobre o buraco onde o mundo do trabalho se enfiou. Um mundo de aplicativos, startups, profissionais terceirizados, MEIs e PJs que vem sempre com o discurso de libertar o trabalhador: "você faz o seu próprio horário e é seu próprio chefe". O resultado: a pessoa trabalha mais do que se tivesse uma escala fixa, sem perspectiva de crescimento na função e não tem nenhuma garantia, direito ou proteção ("bateu seu carro enquanto trabalhava? ficou doente? foi assaltado? Problema seu!").
Uber, Ifood, 99, Rappi vão parecer sempre legais, moderninhos, práticos e baratos aos olhos do cliente. Por trás do marketing, seres humanos trabalhando em jornadas exaustivas, sem segurança, mal pagos e escravos de algoritmos e das notas. Talvez a pizza que a gente pede nos fins de semana fique com um gosto mais amargo depois desse filme...
O Clube da Felicidade e da Sorte
4.2 52Filme bonito! Acho estranho como ele não é comentado nos círculos cinéfilos. É uma produção bem à frente do seu tempo, com protagonismo 100% feminino. Uma história contada com muita sensibilidade e sem esconder as dores de ser mulher em um mundo patriarcal e machista.
É legal ver as histórias se intercalando - diferentes mulheres de diferentes gerações compartilhando um pouco das suas trajetórias. Às vezes, a gente até se perde um pouco e fica "ops, quem é essa mesmo?". Só diria que o "problema" do filme é sua duração. Fica a sensação de que 20, 30 minutos a menos não fariam mal ao longa e tornaria a experiência um pouco melhor.
No mais, recomendo!
Colateral
3.6 613 Assista AgoraGostei bastante. Filme de ação eletrizante, de primeira, bem escrito, bem atuado. Jamie Foxx, Tom Cruise e Mark Ruffalo estão ótimos. Fiquei surpreso ao descobrir que o Javier Bardem também aparece no filme (não reparei enquanto assistia e só fui ver mesmo no IMDb depois)
Que cena bonita aquela do coiote! Uma catarse, um momento poético no meio de toda aquela loucura. Me lembrou a cena do George Clooney com os cavalos em Conduta de Risco.
Rede de Ódio
3.7 362 Assista AgoraPremissa interessante, mas o resultado é muito ruim!
Pegaram um mentiroso solitário e frustrado e transformaram em um gênio. Forçadíssimo.
A trama começa bem e vai pra um lado totalmente exagerado. Não tem lógica ele ter planejado o assassinato daquele candidato. O motivo é simples: quando alguém morre assim (ainda mais pela mão de um radical de extrema direita), a pessoa vira MÁRTIR, atrai atenção pra sua causa. É só ver o que aconteceu com a Marielle e a facada no Bolsonaro. Ou seja, ao fazer isso, o nosso protagonista pode até ter tirado o cara do jogo, mas não atendeu ao interesse real do político conservador para quem trabalhava. A extrema direita ficaria enfraquecida depois daquilo. Deu um verdadeiro tiro no pé, mas o filme tenta trazer como genialidade. Seria bem mais inteligente mostrar ele produzindo as fake news, influenciando a opinião pública e o candidato de centro/centro-esquerda sendo derrotado nas urnas.
A Dor de Te Amar
3.5 13Novelão mexicano cheio de exageros e clichês, mas que tem suas qualidades.
Gostei do contraste social entre uma elite branca e a etnia indígena do bairro pobre. Interessante que em momento algum Ulises esconde quem é. Fiquei pensando em como seria a mesma história no Brasil. Já imaginou o choque que seria uma garota do Alphaville aparecendo com um namorado índigena pobre?
Curti também a montagem, com câmera na mão, estética de histórias em quadrinhos (justamente quando Ulises está mostrando o grafite que fez) e uma pegada videoclipada.
O final achei bem ruim.
Puts... colocar a Renata pra morrer daquele jeito não desceu muito bem. Exagerado, meloso e novelesco ao extremo.
Shaft
3.1 139 Assista AgoraGostei do filme.
Samuel L. Jackson é um dos atores mais subestimados de Hollywood. Parece que vira um eterno coadjuvante, mesmo em filmes onde o ator protagonista é nitidamente menos talentoso que ele. Felizmente, em Shaft, Jackson é o dono da porra toda.
Gostei de ver também o Christian Bale como um playboy mimado racista. O longa tem uma estética meio de quadrinhos bem bacana. Recomendo pra quem quer um entretenimento sem grandes compromissos.
1:54
3.4 32Horrível, horrível, a própria usina de Chernobyl.
Parece que o roteiro foi feito por um adolescente de ensino médio ansioso pra fazer seu primeiro filme. Amontoaram um monte de clichês e estereótipos (o valentão homofóbico, a melhor amiga do gay, o pai ausente, a mãe que morreu, o treinador amigão do menino excluído, etc). Ainda que seja uma produção canadense, reproduz tudo o que já vimos nos enlatados americanos.
Mas o pior mesmo está no final.
De quem foi a ideia de fazer o menino gay plantar uma bomba na festa? Puts... É só ver o noticiário pra ver que não existe nada mais descolado da realidade. Quem faz esses massacres aí são garotos héteros, incels, supremacistas frustrados... Nunca um representante da minoria. Gays, trans, lésbicas, obesos, pessoas com deficiência sofrem todo o bullying do mundo e nunca fazem um ataque desses.
Fica a lição: nunca assista a um filme só porque você achou o ator do poster bonito.
Esquizofrenia: Entre o Real e o Imaginário
2.6 110Gostei do filme.
Não é fácil de ser assistido, sendo triste e cru. Quando vi o Keane na rodoviária procurando a filha, se lavando com o sabão da pia, só consegui lembrar de quantas vezes vemos pessoas assim na nossa vida real. Keane é o "louco", o "drogado" que grita na esquina e que rotulamos e ignoramos sem saber a trajetória da pessoa.
Minha interpretação sobre o filme?
A filha desaparecida de Keane nunca existiu, como bem disse um amigo. É tudo condição da doença dele, prendendo o coitado a um mundo de fantasia, dor e amargura. Em momento algum, há indícios de que mais alguém estaria procurando pela menina. Ele até mostra uma foto de jornal na rodoviária, mas poderia ser uma imagem aleatória de qualquer notícia de garota desaparecida. O que temos é um homem doente, solitário e que repete seu nome, nome dos pais e história pessoal como um ator tentando decorar as falas de um papel. Ele também não estava tentando sequestrar Kira, como pode parecer. Repare que, em mais de um momento, ele deixa a garota sozinha e observa ela a distância na rodoviária e na lanchonete. Era uma isca para repetir a cena do desaparecimento da sua filha, atrair o sequestrador e assim chegar até ela. Faz sentido esse plano? Pra muitos, não. Mas pra uma pessoa com esquizofrenia, sim.
Enfim, só uma teoria (e parabéns tbm para o Damian Lewis, que mandou bem no papel do Keane).
Conduta de Risco
3.5 195 Assista AgoraBelo filme. Apresenta muito bem a questão dos limites entre o lado profissional e pessoal. Mostra também como é possível subverter as regras do mundo jurídico e fazer justiça.
Trama muito bem amarrada. Não temos diálogos autoexplicativos ou didáticos. Você vai amarrando uma coisa na outra, prestando atenção e entendendo tudo, mas também sem precisar de um grande esforço.
A empresa de herbicida responsável pela contaminação e morte de inúmeras pessoas se chama U/North, mas poderia muito bem se chamar Monsanto ou, mudando a área de atuação, Vale/Samarco, responsáveis pelas tragédias de Brumadinho e Mariana.
A cena dos cavalos é linda e fica na cabeça. Não procure uma explicação racional pro Michael ter parado o carro e ir admirar os equinos. Foi esse pequeno momento poético, catártico que salvou sua vida e permitiu fazer justiça aos crimes da U/North.
A Irmandade da Justiça
2.5 24 Assista AgoraÉ legal ver Keanu Reeves novinho, mas o filme é fraco. Até empolga em alguns momentos e levanta pontos como xenofobia e conflitos étnicos, mas não se aprofunda muito e acaba no vazio. Tem um ar de "filme colegial de Sessão da Tarde". E, pela amor de Deus, ignorem essa sinopse do Filmow kkk não tem nada a ver
Inverno de Sangue em Veneza
3.7 209Atuações estão ok
Trilha tá ok
Direção de arte tá ok
Fotografia tá ok
Já o roteiro....
Gostei mais do filme depois que li umas análises sobre ele na internet, mas pra mim ficou faltando um desenvolvimento maior.
Aquela anã assassina ficou mto jogada na história
A Vida Durante a Guerra
3.3 117Continuação de "Felicidade" que parece não ter muito a dizer. O fato do elenco ter sido totalmente trocado nem chega a incomodar tanto como a falta de rumo do roteiro. Joy, por exemplo, acaba totalmente descartável. É um filme que tenta falar sobre perdão, sobre continuar a vida depois de traumas, enfrentar o arrependimento, a dor e a solidão. Mas que fica raso como o pires de uma xícara.
Assim como "Felicidade", a melhor cena, disparado, é um diálogo entre Bill e Billy. O pai, recém-saído da prisão por abusar de garotos, e Billy, estudante de Antropologia. Um acerto de contas que no fim não acerta nada. Billy não perdoa o pai, que por sua vez confessa continuar com apetite sexual por crianças.
Mesmo assim, não é um filme que eu me arrependi de ter visto. Apesar dos problemas, ele fica na cabeça - principalmente Bill, o personagem com o arco mais complexo e marcante de "Felicidade"/"A Vida Durante a Guerra" (aliás, é bem raro vermos filmes de drama ganhando sequência).
Felicidade
4.1 378Como pode um filme chamado "Happiness" ser tão amargo, dolorido e incômodo?
Mais uma vez, o mito do sonho americano é desfeito. Personagens infelizes, solitários, com vícios, segredos, demônios internos e inseguranças em uma trama que toca em temas espinhosos. Das histórias, a que mais mexeu comigo foi a de Bill (Dylan Baker, o Dr. Connors do Homem-Aranha do Sam Raimi), o "tradicional pai de família"
O filme é livre de problemas? Claro que não. Por exemplo, tem alguns personagens que não dizem muito a que vêm e acabam estendendo o longa mais do que necessário, como a escritora esnobe.
Marcante também a presença de Philip Seymour Hoffman. Fica a sensação ali de que foi embora quando ainda tinha muitos bons papéis pela frente - inclusive, o melhor vilão da franquia Missão Impossível foi interpretado por ele.
Relíquia Macabra
3.3 260Tem um vibe meio Hereditário, né? Poderia até ser dirigido pelo Ari Aster. Mas não curti muito, não. Respeito quem gostou, mas aqui não rolou muito... Bem esquecível
Não Desligue
2.7 262 Assista AgoraPuta filme besta kkkkk personagens bem chatos e historinha sem sal
Congelado
2.4 64 Assista AgoraGostei do filme. É bem no estilo Corujão, da Globo. A história prende, envolve, tem um protagonista bom, mas o final é meio apressado e deixa a desejar.
Armadilha
2.2 589Tava com vontade de ver um filme clichê, ruim, bobo e com furos. E "Armadilha" foi perfeito dentro dessa proposta
XXY
3.8 507 Assista AgoraMais um bom exemplar do cinema argentino com temática forte e importante. Difícil não se imaginar no lugar daquela família ali.
A Cura
3.0 707 Assista AgoraÉ que nem um amigo meu falou: filme longo que dá várias voltas e não chega a lugar nenhum. A premissa até era boa, mas o resultado é beeeem fraquinho.
E aquele final à la Scooby-Doo? Com direito a vilão usando máscara de humano kkkkk
Um Dia de Fúria
3.9 894 Assista AgoraMicrocosmo da sociedade norte-americana, suas contradições e preconceitos. Está tudo lá, basta observarmos:
- Homem branco frustrado com a vida que leva e que desconta sua fúria em pessoas que não têm nada a ver, assim como os atiradores que fazem massacres em escolas e locais públicos nos EUA.
- Minorias marginalizadas, que acabam indo parar no crime: os latinos e negros das gangues.
- Ganância dos bancos: o homem negro que, após vários anos como cliente e, portanto, dando lucro aos banqueiros, é rejeitado quando precisa de um empréstimo por ser "economicamente inviável".
- Neonazismo "no armário", sendo que nesse caso o "armário" é o porão de uma loja de artigos militares.
- Homofobia: o casal gay expulso da loja pelo neonazista.
- Machismo: o neonazista cantando a policial e o nosso próprio protagonista não aceitando o fim do casamento, como se fosse proprietário da mulher (aliás, triste ver que, aqui mesmo no Filmow, um usuário achou um "absurdo" a esposa não deixar o Bill ver a filha, sendo que estamos falando de um homem violento e fora de si).
- O merchandising fake das redes de fast food: prometem uma coisa na publicidade e entregam outra para o cliente.
- Elite fútil e mesquinha: o velho e o seu enorme campo para partidas de golfe.
- Soldados veteranos esquecidos no pós-guerra: é possível ver um deles pedindo esmola em uma cadeira de rodas na praça.
- Imperialismo ianque: nosso protagonista Bill trabalha numa empresa de tecnologia militar, projetando mísseis que, obviamente, não são pensados para serem usados em território norte-americano.
Curiosidade: assisti ao filme um dia depois da morte de Joel Schumacher, famoso pelos filmes do Batman, mas que também entregou outras obras interessantes como essa aqui e o ótimo suspense 8 Milímetros.
Um Homem de Família
3.6 335 Assista AgoraFeel good movie natalino que traz aquela velha mensagem: ter a família e as pessoas que você ama por perto é mais importante do que os bens materiais e uma carreira de sucesso.
Mesmo sendo tudo aquilo que a gente já viu, é um filme gostoso e bem-humorado! Saudades do "velho" Nicolas Cage.
A Queda! As Últimas Horas de Hitler
4.1 777"- Se não armar esses homens, eles não podem lutar. Estão morrendo em vão.
- Não sinto compaixão. Repito, não sinto compaixão! O povo escolheu seu destino. Não se engane. Não obrigamos o povo alemão a nada. Ele nos deu o mandato e agora suas gargantas serão cortadas"
Filme muito interessante que mostra os bastidores da queda do regime nazista. Me chamou a atenção o desprezo de Hitler e de muitos dos seus oficiais (como Goebbels, autor do diálogo acima) pelo povo alemão. Não se importam com o massacre que iria acontecer e até preferem que as vidas inocentes tombem juntamente com o regime ditadorial.
No mais, boas atuações do elenco (imagino que o papel de Hitler seja um dos mais desafiadores para qualquer ator e Bruno Ganz tira de letra) e um roteiro bem sóbrio, sem romantizar as mortes, incluindo de crianças, com trilha forçada ou sentimentalismo barato.
O Poder e a Lei
3.8 611 Assista grátisAchei horrível. O protagonista é uma espécie de Tony Stark do Direito. Ryan Philippe pagando mico como vilão em um roteiro insosso, que não prende atenção, não empolga. O terceiro ato também é bem apressado e joga coisas pro espectador sem explicação. Enfim, não recomendo.
As Duas Faces de um Crime
4.1 1,0K Assista AgoraNão é o melhor suspense de tribunal que existe, mas é bom.
Richard Gere está ótimo como um advogado midiático e bem-sucedido de Chicago. Edward Norton, então, em seu primeiro papel no cinema, arrasou muito e compôs um personagem bem complexo. Ele parecia ter uns 18 anos no filme, mas fui ver e já tinha 27 na época do lançamento kkkk
Legal ver também a Frances McDormand. Eu vi pouca coisa dela e tava acostumado com aquela visão de uma mulher durona como a Mildred, do Três Anúncios Para um Crime.
Enfim, o filme é bem a cara de um Supercine de qualidade, daqueles que você assistiria no sábado à noite e comentaria no almoço do domingo.
Você Não Estava Aqui
4.1 242 Assista Agora"Sorry We Missed You" é um filme triste, cruel e real sobre o buraco onde o mundo do trabalho se enfiou. Um mundo de aplicativos, startups, profissionais terceirizados, MEIs e PJs que vem sempre com o discurso de libertar o trabalhador: "você faz o seu próprio horário e é seu próprio chefe". O resultado: a pessoa trabalha mais do que se tivesse uma escala fixa, sem perspectiva de crescimento na função e não tem nenhuma garantia, direito ou proteção ("bateu seu carro enquanto trabalhava? ficou doente? foi assaltado? Problema seu!").
Uber, Ifood, 99, Rappi vão parecer sempre legais, moderninhos, práticos e baratos aos olhos do cliente. Por trás do marketing, seres humanos trabalhando em jornadas exaustivas, sem segurança, mal pagos e escravos de algoritmos e das notas. Talvez a pizza que a gente pede nos fins de semana fique com um gosto mais amargo depois desse filme...