Com menos de meia hora eu já estava me questionando o porque desse filme ter existido. A história da garota paraplégica ainda faz algum sentido (mesmo que raso) mas a do pai dela... Pior ainda é a descrição no MUBI fazendo comparação com o estilo de cinema do Haneke.
Tenho a impressão de que esse filme foi rodado com a pretensão de ser algo grandioso no gênero mas acabou sendo apenas mais um suspense com algumas curiosidades e muito exagero.
Uma das curiosidades foi o fato do assassino atacar as mulheres idosas por ordem alfabética nos nomes, mas nada ter sido apontado pela direção. Uma brincadeira que só algumas pessoas podiam descobrir.
Já os momentos exagerados ou desnecessários ficam por conta da morte do cachorro do policial ou a paixonite sem graça de Velarde pela moça da faxina. Eu tiraria isso e deixaria o filme um pouco menor do que suas mais de 2 horas de enxerto.
Até o ataque do assassino mostrado pela primeira vez não funciona bem e acaba sendo mais grotesco do que necessariamente intenso.
Parece o trabalho de conclusão de curso de algum estudante de cinema com uma ideia boa mas de desenvolvimento bem bagunçado.
Inicialmente, o filme se apresenta como os fragmentos aleatórios de um casal aparentemente feitos um para o outro que vão se deteriorando com o passar do tempo. O resultado final é bem misógino, mas valeu por um ou outro momento de apreensão e só.
São tantos detalhes, tanta arte e tantos sentimentos condensados num mesmo filme que ele mal se suporta. Parece que as verdades de então, começam a se infiltrar por todos os cantos e tomando conta de tudo que era cômodo, a ponto de uma ruptura, ou de uma nova reorganização. Como é bom conhecer um filme sobre um diretor que tinha mesmo algo a transmitir.
Bastante climático, não posso negar. Mas também é só isso. A mensagem que o diretor queria com esse filme está na ultima carta do anfitrião para o Francis mas, tanta ladainha só pra dizer aquilo? Achei muito oco.
Poderia ser mais uma história sobre um possível acerto de contas, mas o filme apresenta mais do que isso. Para começar há uma amargura marcando a pele dos dois personagens principais e a medida que a história vai se desdobrando na noite chuvosa adentro, a melancolia vai tomando conta, de todas as figuras noturnas mostradas ali. E é esse senso melancólico que se sobressai. O diretor me ganhou por isso.
Por mais que tenha uma pegada meio "démodé" se encarado nos dias de hoje, 32 de agosto é um filme estranhamente belo. Isso porque Villeneuve coloca uma carga levemente existencialista no roteiro, que a princípio parecia ser apenas um filme engraçadinho, deixando tudo com uma importância maior do que aparenta. No final a gente até conclui que não é nada tão brilhante assim, mas se tratando de um diretor que viria deixar sua marca registrada um tempo depois, o filme se sai muito bem com um selo de "acima de média"
É mais um estudo intrigante da patologia mental da personagem do que qualquer outro assunto; que ela criou ao seu redor. Katie é doente sim e mais do que possamos imaginar.
Uma ode aos pequenos prazeres da vida, porque eles também são importantes. Às vezes são eles os responsáveis por nos manter de pé. E quase sem querer me lembrei de uma frase da eterna Clarice: "Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"
Às vezes o amor sincero é tão passageiro como uma determinada exposição.
All the Vermeers in New York é fascinante com suas imperfeições e tolerável em meio a certas irritações, mas é uma experiência marcante. A sequência no museu quando Mark conhece Anna e a cena seguinte no restaurante são sensacionais! Não conhecia esse diretor e já quero ir na captura de mais filmes dele.
Será mesmo de se estranhar uma epidemia de amnésia? Afinal, não estaria o mundo esquecendo de coisas tão relevantes? Mas o que seria melhor, lembrar das velhas coisas ou esquecer e recomeçar tudo novamente?
O filme levanta tais questões mas prefere se abster das respostas. Pra mim foi a escolha mais acertada.
Um filme inteirinho sobre nada! Os diretores estendem as cenas até deixá -lo na condição de um longa mas se fosse compilado com cenas que quisesse dizer alguma coisa, não daria um curta de 15 minutos. Maior enganação
Faz tempo que não assistia um mosaico tão realista e tão pertinente como esse filme britânico que acompanha uma gama de personagens homoafetivos (assumidos ou não) e suas esbarradas, muitas delas de forma inesperada ao longo de um dia e meio. Personagens curiosos, solitários, repulsivos, formam uma colmeia onde o sexo e o prazer convive lado a lado com o ódio e a homofobia direta e rasgada. O filme nada mais é do que uma engrenagem da vida: apontando que enquanto uma pessoa está bem (ou finge que está) uma outra chora, quase que ao mesmo tempo. Inevitável (como a possibilidade da tragédia sobre a discussão), é não traçar paralelos com a sociedade atual das grandes metrópoles. A nossa, inclusive.
Isabelle Adjani precisando de ajuda, se envolve com um casal rico (Alan Bates e Maggie Smith) No início tudo parece ir bem, mas logo ela vai ao declínio. E como era lindo assistir ela perder o rumo!
Tem tanta semelhança com a realidade do mundo homoafetivo de ontem e de sempre que tudo chegar a ser transmitido com a suavidade de uma nota.
Linguagens, códigos universais e algumas atitudes aparentemente bobinhas que não precisariam de maiores comunicações para se fazer audíveis. E o mais incrível do filme é que o diretor tem a destreza de não criticar a decisão e a postura de ninguém com seu trabalho.
Como era de se esperar, Bertrand Blier subverte a história do milionário e da garota de programa, bem a seu modo e o resultado é nada menos do que inacreditável. É quem mais poderia interpretar a prostituta apaixonante senão Monica Bellucci???
A melancolia e a cor verde da esperança travando uma verdadeira batalha sobre o futuro de seus personagens. E nada como o tempo pra lhes trazer a resposta.
Resumo da ópera: não pense que alguém vai estar esperando eternamente por você. Até um coração ferido que se declara, sabe a hora que deve sair de cena.
Incrível como num curto espaço de tempo, somos tomado por uma diversidade de reações, começando pela curiosidade e o fascínio inicial que temos pelo personagem, passando pela aflição de observá-lo, sem nunca deixar de fazer nossos julgamentos, embora a diretora não faça interferência de nada (ela apenas dá a chance do personagem se expor) até terminar traçando um paralelo com nossas próprias vidas e realidades. Não tem como terminar sem querer saber mais sobre a vida de Mithar, seu passado e até onde vai suas manias e obsessões.
Um Jogo Brutal
3.5 6Com menos de meia hora eu já estava me questionando o porque desse filme ter existido.
A história da garota paraplégica ainda faz algum sentido (mesmo que raso) mas a do pai dela...
Pior ainda é a descrição no MUBI fazendo comparação com o estilo de cinema do Haneke.
Que Dios nos perdone
3.6 31Tenho a impressão de que esse filme foi rodado com a pretensão de ser algo grandioso no gênero mas acabou sendo apenas mais um suspense com algumas curiosidades e muito exagero.
Uma das curiosidades foi o fato do assassino atacar as mulheres idosas por ordem alfabética nos nomes, mas nada ter sido apontado pela direção. Uma brincadeira que só algumas pessoas podiam descobrir.
Já os momentos exagerados ou desnecessários ficam por conta da morte do cachorro do policial ou a paixonite sem graça de Velarde pela moça da faxina. Eu tiraria isso e deixaria o filme um pouco menor do que suas mais de 2 horas de enxerto.
Até o ataque do assassino mostrado pela primeira vez não funciona bem e acaba sendo mais grotesco do que necessariamente intenso.
Enfim um filme bem bagunçado.
Mentally Apart
3.0 1Parece o trabalho de conclusão de curso de algum estudante de cinema com uma ideia boa mas de desenvolvimento bem bagunçado.
Inicialmente, o filme se apresenta como os fragmentos aleatórios de um casal aparentemente feitos um para o outro que vão se deteriorando com o passar do tempo.
O resultado final é bem misógino, mas valeu por um ou outro momento de apreensão e só.
Violência e Paixão
4.1 30 Assista AgoraSão tantos detalhes, tanta arte e tantos sentimentos condensados num mesmo filme que ele mal se suporta. Parece que as verdades de então, começam a se infiltrar por todos os cantos e tomando conta de tudo que era cômodo, a ponto de uma ruptura, ou de uma nova reorganização.
Como é bom conhecer um filme sobre um diretor que tinha mesmo algo a transmitir.
Orfeu
4.3 40 Assista Agora"Você procura entender tudo o que acontece. É um grande defeito"
The Bloodhound
2.0 7Bastante climático, não posso negar. Mas também é só isso.
A mensagem que o diretor queria com esse filme está na ultima carta do anfitrião para o Francis mas, tanta ladainha só pra dizer aquilo? Achei muito oco.
Sangue e Chuva
3.1 5 Assista AgoraPoderia ser mais uma história sobre um possível acerto de contas, mas o filme apresenta mais do que isso. Para começar há uma amargura marcando a pele dos dois personagens principais e a medida que a história vai se desdobrando na noite chuvosa adentro, a melancolia vai tomando conta, de todas as figuras noturnas mostradas ali. E é esse senso melancólico que se sobressai.
O diretor me ganhou por isso.
O Quarto Proibido
3.3 16É tipo aquele sonho estranho que temos vez em quando e que não segue script e nem lógica nenhuma.
Para os familiarizados é Guy Maddin mais uma vez falando de loucura, traumas de infancia, sonhos, paternidade e mais uma caralhada de coisas.
Saint Maud
3.5 336 Assista AgoraCarrie meets The Witch who find The Exorcist
32 de Agosto na Terra
3.3 25 Assista AgoraPor mais que tenha uma pegada meio "démodé" se encarado nos dias de hoje, 32 de agosto é um filme estranhamente belo. Isso porque Villeneuve coloca uma carga levemente existencialista no roteiro, que a princípio parecia ser apenas um filme engraçadinho, deixando tudo com uma importância maior do que aparenta.
No final a gente até conclui que não é nada tão brilhante assim, mas se tratando de um diretor que viria deixar sua marca registrada um tempo depois, o filme se sai muito bem com um selo de "acima de média"
Mentira Nada Inocente
3.7 24 Assista AgoraÉ mais um estudo intrigante da patologia mental da personagem do que qualquer outro assunto; que ela criou ao seu redor.
Katie é doente sim e mais do que possamos imaginar.
Colectiv
4.0 99"Como diz a minha mãe; não somos mais humanos. Nós, médicos, não somos mais humanos. Só nos importamos com dinheiro"
Microhabitat
4.2 76Uma ode aos pequenos prazeres da vida, porque eles também são importantes. Às vezes são eles os responsáveis por nos manter de pé.
E quase sem querer me lembrei de uma frase da eterna Clarice:
"Até cortar os próprios defeitos pode ser perigoso. Nunca se sabe qual é o defeito que sustenta nosso edifício inteiro"
All the Vermeers in New York
3.3 3Às vezes o amor sincero é tão passageiro como uma determinada exposição.
All the Vermeers in New York é fascinante com suas imperfeições e tolerável em meio a certas irritações, mas é uma experiência marcante. A sequência no museu quando Mark conhece Anna e a cena seguinte no restaurante são sensacionais! Não conhecia esse diretor e já quero ir na captura de mais filmes dele.
Fruto da Memória
3.5 21 Assista AgoraSerá mesmo de se estranhar uma epidemia de amnésia? Afinal, não estaria o mundo esquecendo de coisas tão relevantes? Mas o que seria melhor, lembrar das velhas coisas ou esquecer e recomeçar tudo novamente?
O filme levanta tais questões mas prefere se abster das respostas. Pra mim foi a escolha mais acertada.
Estrada para Ythaca
3.0 19Um filme inteirinho sobre nada!
Os diretores estendem as cenas até deixá -lo na condição de um longa mas se fosse compilado com cenas que quisesse dizer alguma coisa, não daria um curta de 15 minutos. Maior enganação
Clapham Junction
3.6 59Faz tempo que não assistia um mosaico tão realista e tão pertinente como esse filme britânico que acompanha uma gama de personagens homoafetivos (assumidos ou não) e suas esbarradas, muitas delas de forma inesperada ao longo de um dia e meio.
Personagens curiosos, solitários, repulsivos, formam uma colmeia onde o sexo e o prazer convive lado a lado com o ódio e a homofobia direta e rasgada.
O filme nada mais é do que uma engrenagem da vida: apontando que enquanto uma pessoa está bem (ou finge que está) uma outra chora, quase que ao mesmo tempo.
Inevitável (como a possibilidade da tragédia sobre a discussão), é não traçar paralelos com a sociedade atual das grandes metrópoles. A nossa, inclusive.
Luxúria
3.2 5 Assista AgoraIsabelle Adjani precisando de ajuda, se envolve com um casal rico (Alan Bates e Maggie Smith) No início tudo parece ir bem, mas logo ela vai ao declínio. E como era lindo assistir ela perder o rumo!
Suk Suk - Um Amor em Segredo
3.9 43 Assista AgoraTem tanta semelhança com a realidade do mundo homoafetivo de ontem e de sempre que tudo chegar a ser transmitido com a suavidade de uma nota.
Linguagens, códigos universais e algumas atitudes aparentemente bobinhas que não precisariam de maiores comunicações para se fazer audíveis. E o mais incrível do filme é que o diretor tem a destreza de não criticar a decisão e a postura de ninguém com seu trabalho.
Por Amor ou Por Dinheiro?
3.0 14Como era de se esperar, Bertrand Blier subverte a história do milionário e da garota de programa, bem a seu modo e o resultado é nada menos do que inacreditável.
É quem mais poderia interpretar a prostituta apaixonante senão Monica Bellucci???
Dias Selvagens
3.8 72A melancolia e a cor verde da esperança travando uma verdadeira batalha sobre o futuro de seus personagens. E nada como o tempo pra lhes trazer a resposta.
O Diabo de Cada Dia
3.8 1,0K Assista AgoraSó lembrei daquela canção do Milton:
Fé cega, faca amolada
O Último Dia de Verão
4.0 4Resumo da ópera: não pense que alguém vai estar esperando eternamente por você. Até um coração ferido que se declara, sabe a hora que deve sair de cena.
O Colecionador
3.8 6Incrível como num curto espaço de tempo, somos tomado por uma diversidade de reações, começando pela curiosidade e o fascínio inicial que temos pelo personagem, passando pela aflição de observá-lo, sem nunca deixar de fazer nossos julgamentos, embora a diretora não faça interferência de nada (ela apenas dá a chance do personagem se expor) até terminar traçando um paralelo com nossas próprias vidas e realidades.
Não tem como terminar sem querer saber mais sobre a vida de Mithar, seu passado e até onde vai suas manias e obsessões.