Uma mãe psicopata que leva a síndrome de Munchausen ao nível máximo.
Thriller eficiente com uma dupla de protagonistas entregando ótimas atuações, Sarah Paulson, vivendo Diane, a mãe alucinada, lembrando alguns de seus personagens desequilibrados da famosa série "American Horror Story" e Chloe, a filha abusada, vivida por Kiera Allen
As situações vividas por Chloe são angustiantes, o que garante a tensão durante todo o filme.
o que houve com o homem do correio atacado por Diane? Morreu? O final também deixa uma dúvida, Chloe procurou a mãe biológica? A forçada fica por conta da cena em que Diane prende Chloe num lugar onde todas as informações sobre seu rapto estavam disponíveis.
O filme é baseado na peça teatral que Agatha Christie escreveu a partir de um conto de sua autoria. Teve 6 indicações ao Oscar, mas perdeu todas, incluindo ator, atriz coadjuvante e direção.
SPOILERS ABAIXO:
O conto, bem mais curto que a peça, tem final completamente diferente e se encerra na revelação que Christine sabia que Leonard era culpado, por este motivo elaborou toda a trama para que não confiassem nela e suas mentiras fossem expostas, o que terminaria com a absolvição do marido. No livro e peça, o personagem se chama Romaine e é austríaca, nacionalidade modificada porque a intérprete Marlene Dietrich é alemã. Além disso, o personagem de maior destaque no filme, Sir Wilfrid, não existe.
Já a peça tem o mesmo final do filme, com Christine revelando toda a conspiração arquitetada e o assassinato do companheiro traidor em pleno tribunal. Só que enquanto no filme, temos a insinuação que Leonard sabia da conspiração e até seria o mentor dela, no livro Christine assume toda a autoria por estar apaixonada por ele, ao contrário do que admitia. Um acréscimo à trama cinematográfica, fica por conta da doença de Sir Wilfrid, que também não existe na peça, de resto o filme é bastante fiel.
A produção é dominado por Charles Laughton, que vive o advogado Sir Wilfrid Robarts, personagem que trafega entre o cômico e o dramático, numa performance absolutamente extraordinária. Em recuperação de um ataque cardíaco, insiste em desobedecer todas as ordens médicas que deveriam ser seguidas, sob a supervisão da enfermeira vivida por Elsa Lanchester, que tem boa química com Laughton de quem era esposa na vida real, mas é uma participação pequena que serve como um alívio cômico para o enredo, embora tenha sido indicada ao Oscar de atriz coadjuvante.
Diante da performance estupenda de Laughton, que foi indicado ao Oscar, fica mais evidente a falta de recursos dramáticos de Tyrone Power, vivendo o réu Leonard Vole, que sempre foi mais galã que bom ator. Não que isso estrague o filme, pois Tyrone tem o tipo correto para o personagem, embora com idade acima da indicada, mas um ator com talento dramático teria dado mais peso à narrativa. Suas intervenções indignadas durante o julgamento, soam forçadas e evidenciam ainda mais a canastrice do ator.
Marlene Dietrich, por sua vez, vivendo a dúbia Christine, não precisa se esforçar muito, já que sua presença magnética é suficiente para dar ao personagem o vigor necessário. Sua expressão gélida, característica marcante da atriz, é perfeita para viver a esposa vingativa, que depois se revela apaixonada e submissa ao marido disposta a sacrificar-se por ele e disposta também a matá-lo quando descobre sua traição. Dietrich vive essa dubiedade de forma plena. Além disso, ela ainda consegue enganar a todos, personagens e espectadores, como a misteriosa mulher que entrega as cartas “incriminadoras”, uma sensacional atuação aliada a um ótimo trabalho de maquiagem.
A trama é envolvente e seu plot twist, realmente inesperado. Para quem como eu, que já havia lido o conto e a peça, não foi, mas em momento algum, mesmo para mim que já conhecia o final, deixou de ser atrativo, isso graças a forma como o roteiro é desenvolvido aliada à suas atuações, em destaque os já citados Laughton e Dietrich.
Houve tanto empenho dos produtores e elenco para que sua reviravolta não fosse revelada, que há até um apelo durante os créditos finais, para que os espectadores não divulguem nada sobre o desfecho a quem ainda não tenha assistido.
“Testemunha de acusação” com seu roteiro brilhante da maior escritora de mistério de todos os tempos, direção segura de Billy Wilder, que deu o tom certo à narrativa e performances inspiradas foram fatores certamente responsáveis para se tornar um clássico absoluto dos chamados “filmes de tribunal” e, provavelmente, inspirou vários deles.
Visto no Youtube com o título de "O monstro da era atômica", o título nacional, obviamente visa atrair espectadores, mas é um exagero, pois não existe um "monstro".
SPOILERS:
Uma esfera vinda de outro planeta está sendo investigada por um grupo da terra. Enquanto o militar da Força Aérea se preocupa com a segurança e vê o objeto não identificado como uma ameaça, o cientista vê a chance de obter novos conhecimentos e tecnologia.
Do objeto sai um ser, o "Cosmic man" do título original, que tem a capacidade de se camuflar e que traz uma mensagem de paz entre os planetas, quando é recebido com hostilidade, toma a aparência humana se transformando em John Carradine... e se refugia na hospedaria de uma viúva e de seu filho pequeno e paralítico. É exatamente o mesmo enredo do excelente "O dia em que a terra parou" de 1951.
Enquanto no filme de 1951, a tecnologia avançada dos alienígenas é capaz de ressuscitar o protagonista, neste a criança paralítica volta a andar. Milagres extra-terrestres.
Mais um sci-fi que explora a paranoia nuclear mas, esta ao contrário da maioria que colocava os seres alienígenas como inimigos, tem um cunho pacifista. Não é totalmente ruim, mas na mesma linha, como disse, temos o clássico e muito superior filme de 1951.
Refilmagem bacana do cultuado filme de 1958. Com um roteiro bem mais elaborado e efeitos especiais muito mais convincentes (afinal foi feito 30 anos depois com muito mais tecnologia disponível), mas para mim, tanto este como o original, são produções deliciosas e de puro entretenimento e não concordo quando dizem que este é bem mais superior. São produções de épocas diferentes, feito para plateias diferentes e com recursos também muito diversos.
SPOILERS ABAIXO: O protagonista, que na versão de 58 foi vivido por Steve McQueen, neste tem suas ações divididas entre dois personagens, o bom moço Paul (Donovan Leitch) e o “bad boy” Brian (Kevin Dillon), embora o último assuma efetivamente o protagonismo após a chocante e inesperada morte do primeiro.
A mocinha Meg (Shawnee Smith), que em 1958 se limitava a gritar e correr apavorada, neste tem seu lado empoderado, além de ser a bela cheerleader que os garotos admiram, acaba rivalizando nas ações heroicas com o protagonista Brian, sendo ela até responsável pela descoberta de que a criatura não suportava o frio (descoberta essa feita pelo mocinho no original).
Diferente também da versão anterior, a ameaça não vem do espaço, mas em uma reviravolta no meio da narrativa, descobrimos que a gosma assassina foi criada em laboratório, visando vencer uma guerra bacteriológica e os cientistas que, a princípio parecia que vieram para ajudar, eram na verdade, os vilões. O Dr. Meddows (Joe Seneca) era o típico cientista louco, não se importando que a população inteira da cidade morra para capturar sua “experiência” com vida. Claro que, como todo vilão que se preze, ele também vai ser dissolvido pela sua criação.
Outro ponto bastante diferente em relação ao antececessor, é que esta bolha não perdoa nem personagens bacanas que aparentemente terminariam bem. O bom moço Paul, que dava toda a pinta que seria o protagonista, é engolido logo de cara pela criatura, como também o xerife gente boa, a garçonete boazinha e até criança, o amiguinho do irmão de Meg, todos dissolvidos sem dó pelo ácido “bolhístico”.
Recriam a cena emblemática do original com a bolha invadindo o cinema e há cenas ótimas como o rapaz que é sugado pela bolha e literalmente “entra pelo cano”.
O final não poderia ser mais irônico, com o padre da cidade, virando o líder maluco de uma seita, obcecado pelo fim do mundo, guardando um “pedaço” da bolha em um vidrinho, certamente disposto a libertá-la para consumar o apocalipse.
É necessário ver as duas versões, e mesmo fazendo comparações, como disse, uma não pode ser considerada superior à outra, são simplesmente um retrato da época em que foram produzidas, e, portanto, são diferentes e com suas particularidades .
Para começar, o título aqui está errado. O filme, desde seu original de 1958, tem como título nacional “A bolha assassina” (como sua versão de 1988). “A bolha” é a tradução de seu título em inglês, mas no Brasil ficou mesmo conhecido como “A bolha assassina”.
Mesmo tendo como ameaça algo vindo do espaço, há uma clara influência da paranoia existente devido à guerra fria entre EUA e União Soviética, que inspirou muitas das produções de ficção científica da época. Alguns até apontam o fato da bolha ser vermelha.
Muitos dizem preferir a refilmagem de 1988, por ser muito superior, não concordo. A refilmagem é realmente um remake à altura do seu cultuado original, mas, antes de tudo é preciso olhar sob a ótica da época em que foram produzidos. A bolha de 1958, tem além da óbvia e envolvente nostalgia, um roteiro que é um primor de criatividade e efeitos especiais engenhosos (é até covardia comparar com o filme de 88, produzido 30 anos depois e com muito mais tecnologia disponível).
Sem fazer comparações, a bolha de 1958, é um dos filmes mais legais entre a enxurrada de produções sci-fi das décadas de 50 e 60, por isso mesmo virou um cult, devido vários fatores, seu roteiro divertido, seus efeitos especiais criativos e por ser o primeiro filme protagonizado por Steve McQueen, que depois viraria um astro.
Muitos alegam, com razão, que McQueen e o resto dos jovens do elenco, eram muito “velhos” para papéis de adolescente, mas não aponto como uma falha, pois naquela época era comum esse tipo de escalação com um elenco acima da idade exigida para seus personagens.
A deliciosa canção título que toca na abertura, feita originalmente para o filme pelo famoso compositor Burt Bacharach, fez muito sucesso e em sua letra descreve, em poucos versos, o que se desenrola na narrativa. Inexplicavelmente a canção foi retirada da versão dublada, que vimos à exaustão na TV, substituída por um genérico tema com tons sinistros. Talvez os distribuidores nacionais acharam que a canção era por demais “alegre” para um filme de terror, mas “A bolha assassina” não é um filme de terror, é uma produção muito divertida, inventiva e que se tornou icônica da década de 50.
Beware of The Blob, it crepes (Cuidado com a bolha, ela rasteja) And leaps and glides and slides (e salta e desliza e escorrega) Across the floor (através do chão) Right through the door (vai direto pela porta) And all around the wall (e por toda a parede) A splotch, a blotch (uma mancha, um borrão) Be careful of The Blob! (Cuidado com a bolha)
A premissa que muitos filmes já usaram, antes e depois deste. Um viajante do tempo que descobre que algum evento criado pelo próprio homem, acabou por dizimar parte da humanidade (em alguns filmes, a humanidade inteira).
SPOILERS:
Quando o protagonista chega ao futuro, coincidentemente no ano que assisti ao filme, 2024, a narrativa fica arrastada, e descobrindo a tragédia que abateu o mundo, volta ao passado para tentar evitar o que eles chamam de "praga".
Não entendi porque ele envelhece na votla ao passado, já que não havia envelhecido quando foi para o futuro, mas enfim, é uma sci-fi mediana entre as muitas produzidas nas décadas de 50 e 60.
Quando temos a presença de Lindsay Lohan e a sinopse do filme, já entendemos que é uma comédia romântica e não podemos esperar mais que isso, e acho que o filme cumpre bem o seu papel.
O enredo é pura fantasia, aliada a um cenário absolutamente deslumbrante. Me lembrou outra comedia romântica que brinca com os estereótipos entre britânicos e americanos, "O melhor amigo da noiva" de 2008.
Lindsay Lohan é bonita, parece ter se livrado dos excessos de procedimentos estéticos e certamente é carismática e tem ótima química com Ed Speleers, que além de bonito é bom ator, embora aqui não seja exigido.
É o tipo de fllme que é apenas entretenimento, um passatempo agradável que agrada aos olhos, pela beleza dos atores e do cenário.
A premissa da mulher em coma que guarda algum segredo, é até instigante mas depois tudo vai sendo tão mal desenvolvido, que chega ao final sem gerar muito interesse ou preocupação com o destino de seus personagens.
Acaba se perdendo no desenvolvimento da história, pois a princípio o que seria um enredo instigante que envolvia nazismo e segunda guerra mundial, acaba deixado em segundo plano.
SPOILERS:
A narrativa acaba se fixando totalmente no rapto e morte de Elsa, amiga de Jean, sobrinha do Dr Norberg (Dana Andrews, o nome mais conhecido do elenco), que após ser morta, tem sua cabeça conservada e ressuscitada e comunica-se com Jean por telepatia.
Tem umas soluções criativas, como a cabeça falante e os braços que se moviam pendurados em uma parede supostamente ligados à fios. è uma varição da clássica história de Frankenstein.
O que acho sempre engraçado é os alemães conversando entre si em inglês com sotaque alemão, artífico comum nos filmes dessa época.
aceita tão rapidamente ressuscitar o Dr Malthus, baseado nas anotações do antepassado, até raptando a empregada da casa, para depois arrepender-se e tentar consertar a bobagem.
O México fazia um cinema de horror interessante e criativo.
É tipo um episódio de "Viagem ao fundo do mar" com maior duração. A criatura tem um design tosco, mas era o possível para a época e para um filme de baixo orçamento. Algumas cenas submarinas bem filmadas, vale apenas como curiosidade.
Jeffrey Dean Morgan, mais carismático que bom ator, tem boa atuação como o jornalista oportunista que vê a chance de recuperar sua carreira abalada por divulgação de notícias falsas, quando se depara com uma aparente fenômeno que envolve uma garota que afirma ver a Virgem Maria e começa a operar curar milagrosas.
Há citações sobre as aparições da Virgem Maria em Lourdes (França) em 1858, Fátima (Portugal) em 1917 e em Medjugorje (Bosnia) em 1981, santuários que atraem milhões de peregrinos todos os anos, o que reforça a abordagem religiosa da trama.
É um filme que além do terror, pois há cenas bastante sinistras, trabalha bem a narrativa que mexe com essa dualidade da crença em algo sobrenatural motivado pela fé, ao mesmo tempo questiona se a fé realmente possa ser a explicação para tais acontecimentos que vão além da compreensão humana.
Em certo momento, um personagem diz "a dúvida enfraquece a fé, a dúvida conduz a perdição", alertando para que devemos acreditar incondicionalmente em Deus e nos poderes da fé, para alcançarmos a plenitude da vida e quando descobrimos que na verdade, não são milagres divinos, mas demoníacos, ouvimos "a fé no mal, fortalece o mal".
Apesar de ser primordialmente um filme de terror, com sequências de efeitos especiais bem produzidos, envolve muitos questionamentos filosóficos acerca de fé, que há séculos gera conflitos na humanidade, com um final que reforça o lado religioso da narrativa, quando acontece mesmo um verdadeiro milagre operado por Deus.
A trama é intrigante, gera interesse para saber afinal porque aquela gente toda da cidade se volta contra o protagonista após o atropelamento mas tudo é muito arrastado e a narrativa vai e vem sem chegar a lugar algum.
Afinal porque queriam esconder que o homem que ele atropelou morreu? Porque queriam simular que ele morreu de outra forma? E o final, com a empregada contando o que aconteceu, no que iria ajudar o protagonista já que ele havia matado o xerife e atropelado e matado um homem?
A tv americana na década de 70 produziu thrillers bem melhores.
A premissa do serial killer que exibe seus crimes na internet, está mais do que batida, embora não sei se em 2008 já havia tantos filmes com esse tema, mas já existia a série "Criminal Minds", que estreou em 2005 e o filme é praticamente um episódio longo de todos as situações que já vimos na série que apresenta narrativas semelhantes de maneira mais ágil e bem desenvolvida.
Diane Lane é boa atriz, mas não convence como a especialista do FBI em crimes virtuais que de dramática e chorosa, acostumada a ficar sentada em frente a um computador, vira uma super ninja na sequência final.
Tiffani Thiessem, muito conhecida no Brasil no papel de Valerie, a "nova Brenda" da série sucesso dos anos 90, "Barrados no baile", tem boa atuação como a mulher
que após ser estuprada acaba casando com um estuprador vivido por Eric Close (conhecido pela série "Without a trace"), que passa a ameaçá-la e também a filha recém nascida de ambos, quando ela descobre que ele estava comentendo estupros pelo bairro onde moravam.
O mais triste é que o filme, segundo informam nos créditos, é baseado em fatos reais.
Michael Ironside num raro personagem em que não é o vilão, vive o policial Gary Yanuck.
A trama é bem conduzida, embora o mistério sobre a identidade do assassino é revelado na metade da narrativa, mesmo assim o enredo ainda continua envolvente.
em uma das mortes, o serial killer levanta o policial pelo pescoço... uma mulher, no caso Lynn (Kate Vernon) que depois revela-se que era a assassina, teria força para levantar um homem com o dobro de seu tamanho? O sonambulismo gera alguma força sobrenatural? Um tanto forçado.
justifica-se as mortes como uma vingança de uma mulher que foi estuprada pelos policiais que depois ela assassinou. Gary mata o último da lista de estupradores, após a morte de Lynn, forjando que seria também Lynn que cometera o crime. Ou seja, ninguém fica sabendo sobre o estupro coletivo e Lynn é que fica com fama de assassina serial descontrolada. Lynn matava em estado de sonambulismo sem ter consciência do que fazia? Isso a inocentaria dos crimes? Os estupradores, na verdade, apesar de mortos, ficaram impunes, já que nem suas memórias foram abaladas pois não houve a revelação do crime hediondo que cometeram.
Um final talvez insatisfatório em relação à punição, mas que não deixa de ser realista quando sabemos que existe corporativismo em qualquer profissão.
Shannen Doherty, a eterna Brenda de "Barrados no baile", tem atuação convincente como a namorada obcecada que não aceita o término do relacionameno. Difícl é acreditar que uma mulher linda e jovem, fica alucinada por um homem bem mais velho e feio. William Devane está longe de ser um coroa bonitão e aparenta até mais do que os 53 anos que tinha na época do filme.
Há uma explicação que ela tinha trauma pela pouca atenção que o pai lhe dedicava e projetava isso no personagem de Devane, mas mesmo assim, poderiam ter escolhido um ator mais atraente.
Sci-fi da década de 50 de baixo orçamento e com efeitos especiais simplórios, de acordo com a época, mas seu roteiro não é desprezível.
SPOILERS ABAIXO:
Com uma premissa parecida com a do clássico "O dia em que a terra parou" de 1951, um alienígena que se apresenta como amistoso, mas diferente do personagem Klaatu do icônico filme, que queria propor a paz entre os planetas, a criatura deste (tosca, mas eram os ano 50) tinha planos maquiávelicos de acabar com a população da terra e povoá-la com sua raça.
Como disse o comentário abaixo, décadas antes de outro clássico da ficcção científica "Alien, o oitavo passageiro" de 1979, este filme apresenta um ser humano usado como hospedeiro de criaturas alienígenas. Nâo sei se algum outro filme anterior, já havia apresentado esta premissa.
Sob um título nacional genérico está um filme genérico.
Colcha de retalhos de vários outros filmes, o que não seria problema, já que é muito difícil existir algo original que ainda não tenha sido feito, mas além dos clichês, é tudo muito sem emoção feito no piloto automático..
eu até achei que poderia ser algo na linha espírita, cheguei a achar que o garoto empreiteiro, por quem a protagonista se interessa, não existisse, já que nos primeiros encontros, ela sempre o via sozinha e estava diagnosticada como esquizofrênica, para no final ser mais um filme de invasão domiciliar. No caso, alguém que morou na casa e ficou escondido nela depois que novos moradores mudaram para lá. O personagem do namoradinho e o do pai da menina vizinha, feito pelo conhecido Tom Sizemore, não serviram absolutamente para nada.
Uma hora e quarenta minutos com basicamente as mesmas cenas se repetindo, uma mulher internada em um manicômio tendo alucinações enquanto é tratada por um bando de gente sádica e com aparência suspeita.
Confesso que não imaginei o desfecho, mas isso não melhora em nada o desenvolvimento que é extremamente chato e com atuações muito ruins.
Uma produção conjunta entre Espanha e Canadá. O cinema espanhol de suspense costuma apresentar bons filmes, o que definitivamente não é o caso deste.
No final, um "baseado em fatos reais", e é difícil acreditar que aquela bobagem toda, ou algo parecido, tenha acontecido na realidade.
o plot twist final para mim foi muito inesperado, embora haja pistas como em toda boa reviravolta, eu não imaginei o desfecho. A menina simplesmente não existia e era fruto de uma alucinação coletiva dos pais, que viviam em negação desde que ela morreu.
O exagero nas atitudes do casal após o sumiço da filha e os acontecimentos posteriores, como a insistência do xerife em não chamar o FBI, incomodaram pela pouca verossimilhança.
Como pais desesperados pelo sumiço da filha, continuam no camping, matam três pessoas inocentes sem mostrar abalo pelo fato? Tudo é muito implausível e é lógico que apenas prepara a revelação, já que o casal não vivia a realidade, mas apenas um mundo no qual acreditavam que a filha ainda vivia. Para eles, as mortes eram justificadas, já que foram praticadas enquanto "procuravam" a filha.
Pelo final, acho que o filme se redimiu, em parte, da narrativa tediosa e implausível.
O crimes em si, os sequestros das crianças, não são o foco principal da narrativa, os fatos são apenas os gatilhos para desvendar o psicológico de Alice (Daniele MacDonald, em ótima atuação) e Ronnie (Dakota Fanning).
Enquanto Ronnie se torna retraída e melancólica, Alice se mostra manipuladora, cruel e astuciosa.
Não menos desprezível, é a atitude de Helen (Diane Lane), mãe de Alice, que para proteger a filha, mesmo sabendo da fragilidade mental de Ronnie, induz a menina a não contar o que havia acontecido, diminuindo a culpa de sua filha, que, sabemos ao final era quem havia pegado a bebê e obrigado Ronnie, frágil e instável, a matar a criança.
A detetive (Elizabeth Banks) que havia investigado o sequestro anterior e estava também no novo sequestro, também se mostra profundamente abalada e culpada pela morte da criança e vê no novo caso uma chance de redenção ao mesmo tempo que teme que o desfecho desastroso se repita.
Um novo sequestro de uma criança afro-americana ocorre, e as suspeitas recaem novamente sobre as duas meninas que foram condenadas a sete anos de reclusão num reformatório e agora estavam livres.
Descobrimos que era Alice, que havia engravidado no reformatório e doado a menina, quem havia feito o novo sequestro, acreditando que a criança era sua filha perdida. e quando descoberta, tenta incriminar Ronnie, além de acusar o rapaz que a havia engravidado e que estava escondendo a criança, a seu pedido. Além de acusá-lo de ter arquitetado o sequestro, ainda o acusou de estupro.
Enquanto Alice termina a narrativa alardeando sua inocência, revelando sua personalidade sociopata, Ronnie totalmente afogada em culpa e remorso, se suicida.
Muitos viram o filme somente como um "policial". quando na verdade, como disse, os sequestros, apenas servem para motivar o verdadeiro foco da narrativa, um mergulho na mente das duas adolescentes, de personalidades totalmente diversas e que espelham isso na forma com que reagem à uma tragédia na infância que continuou repercutindo na vida de ambas.
Um filme em que os detalhes, que parecem pouco relevantes na narrativa, são mais importantes do que a resolução do caso em si.
Benicio del Toro é o policial Tom Nichols, que muitos dizem que está atuando no piloto automático, me parece ter entendido que o seu personagem é alguém extenuado com seu trabalho ao mesmo tempo que é apaixonado por ele. Não acho uma atuação automática, mas introspectiva, captando as nuances de seu personagem.
mostra-se mais importante para desvendar a corrupção policial e a traição ao policial honesto do que desvendar o "quem matou?", já que todos na delegacia estavam envolvidos no esquema. O problema, é um policial tão experiente como Nichols, não imaginar que o chefe da delegacia também estaria envolvido, e que tudo aquilo poderia acontecer sem seu conhecimento. Aquelas conveniências de roteiro que incomodam.
Alicia Silverstone, mostrando que as musas dos anos 90 envelhecem, tem um personagem que serve de escada para Del Toro, com uma subtrama dispensável, em que ele teme ser traído pela mulher e o jovem empreiteiro que fazia a reforma da casa deles.
É uma narrativa com cenas para muitos dispensáveis, mas que na verdade, focam naquilo que interessa, mostrar o relacionamento entre os colegas policiais, a chamada "irmandade", por este motivo temos várias cenas de confraternização que a princípio, parecem não ter influência alguma no enredo, mas que são vitais para mostrar esse companheirismo.
O título em inglês "Reptile" (Réptil) me parece mais adequado, pois Nichols está mesmo num antro de cobras, já o título nacional opta por "Camaleões", réptil conhecido por sua camuflagem, que apesar de não estar também totalmente errado, é um tanto menos compatível com a narrativa, acho que mais do que camuflar suas atitudes, os personagens são verdadeiros traidores.
A última cena com Nichols abrindo a torneira automática que comprou para sua pia, talvez indique que ele conseguiu seu objetivo, lavar toda a sujeira que encontrou pelo caminho.
Fuja
3.4 1,1K Assista AgoraUma mãe psicopata que leva a síndrome de Munchausen ao nível máximo.
Thriller eficiente com uma dupla de protagonistas entregando ótimas atuações, Sarah Paulson, vivendo Diane, a mãe alucinada, lembrando alguns de seus personagens desequilibrados da famosa série "American Horror Story" e Chloe, a filha abusada, vivida por Kiera Allen
As situações vividas por Chloe são angustiantes, o que garante a tensão durante todo o filme.
As perguntas que ficam
o que houve com o homem do correio atacado por Diane? Morreu?
O final também deixa uma dúvida, Chloe procurou a mãe biológica?
A forçada fica por conta da cena em que Diane prende Chloe num lugar onde todas as informações sobre seu rapto estavam disponíveis.
Testemunha de Acusação
4.5 354 Assista AgoraO filme é baseado na peça teatral que Agatha Christie escreveu a partir de um conto de sua autoria. Teve 6 indicações ao Oscar, mas perdeu todas, incluindo ator, atriz coadjuvante e direção.
SPOILERS ABAIXO:
O conto, bem mais curto que a peça, tem final completamente diferente e se encerra na revelação que Christine sabia que Leonard era culpado, por este motivo elaborou toda a trama para que não confiassem nela e suas mentiras fossem expostas, o que terminaria com a absolvição do marido. No livro e peça, o personagem se chama Romaine e é austríaca, nacionalidade modificada porque a intérprete Marlene Dietrich é alemã. Além disso, o personagem de maior destaque no filme, Sir Wilfrid, não existe.
Já a peça tem o mesmo final do filme, com Christine revelando toda a conspiração arquitetada e o assassinato do companheiro traidor em pleno tribunal. Só que enquanto no filme, temos a insinuação que Leonard sabia da conspiração e até seria o mentor dela, no livro Christine assume toda a autoria por estar apaixonada por ele, ao contrário do que admitia. Um acréscimo à trama cinematográfica, fica por conta da doença de Sir Wilfrid, que também não existe na peça, de resto o filme é bastante fiel.
A produção é dominado por Charles Laughton, que vive o advogado Sir Wilfrid Robarts, personagem que trafega entre o cômico e o dramático, numa performance absolutamente extraordinária. Em recuperação de um ataque cardíaco, insiste em desobedecer todas as ordens médicas que deveriam ser seguidas, sob a supervisão da enfermeira vivida por Elsa Lanchester, que tem boa química com Laughton de quem era esposa na vida real, mas é uma participação pequena que serve como um alívio cômico para o enredo, embora tenha sido indicada ao Oscar de atriz coadjuvante.
Diante da performance estupenda de Laughton, que foi indicado ao Oscar, fica mais evidente a falta de recursos dramáticos de Tyrone Power, vivendo o réu Leonard Vole, que sempre foi mais galã que bom ator. Não que isso estrague o filme, pois Tyrone tem o tipo correto para o personagem, embora com idade acima da indicada, mas um ator com talento dramático teria dado mais peso à narrativa. Suas intervenções indignadas durante o julgamento, soam forçadas e evidenciam ainda mais a canastrice do ator.
Marlene Dietrich, por sua vez, vivendo a dúbia Christine, não precisa se esforçar muito, já que sua presença magnética é suficiente para dar ao personagem o vigor necessário. Sua expressão gélida, característica marcante da atriz, é perfeita para viver a esposa vingativa, que depois se revela apaixonada e submissa ao marido disposta a sacrificar-se por ele e disposta também a matá-lo quando descobre sua traição. Dietrich vive essa dubiedade de forma plena. Além disso, ela ainda consegue enganar a todos, personagens e espectadores, como a misteriosa mulher que entrega as cartas “incriminadoras”, uma sensacional atuação aliada a um ótimo trabalho de maquiagem.
A trama é envolvente e seu plot twist, realmente inesperado. Para quem como eu, que já havia lido o conto e a peça, não foi, mas em momento algum, mesmo para mim que já conhecia o final, deixou de ser atrativo, isso graças a forma como o roteiro é desenvolvido aliada à suas atuações, em destaque os já citados Laughton e Dietrich.
Houve tanto empenho dos produtores e elenco para que sua reviravolta não fosse revelada, que há até um apelo durante os créditos finais, para que os espectadores não divulguem nada sobre o desfecho a quem ainda não tenha assistido.
“Testemunha de acusação” com seu roteiro brilhante da maior escritora de mistério de todos os tempos, direção segura de Billy Wilder, que deu o tom certo à narrativa e performances inspiradas foram fatores certamente responsáveis para se tornar um clássico absoluto dos chamados “filmes de tribunal” e, provavelmente, inspirou vários deles.
The Cosmic Man
2.6 3Visto no Youtube com o título de "O monstro da era atômica", o título nacional, obviamente visa atrair espectadores, mas é um exagero, pois não existe um "monstro".
SPOILERS:
Uma esfera vinda de outro planeta está sendo investigada por um grupo da terra.
Enquanto o militar da Força Aérea se preocupa com a segurança e vê o objeto não identificado como uma ameaça, o cientista vê a chance de obter novos conhecimentos e tecnologia.
Do objeto sai um ser, o "Cosmic man" do título original, que tem a capacidade de se camuflar e que traz uma mensagem de paz entre os planetas, quando é recebido com hostilidade, toma a aparência humana se transformando em John Carradine... e se refugia na hospedaria de uma viúva e de seu filho pequeno e paralítico.
É exatamente o mesmo enredo do excelente "O dia em que a terra parou" de 1951.
Enquanto no filme de 1951, a tecnologia avançada dos alienígenas é capaz de ressuscitar o protagonista, neste a criança paralítica volta a andar. Milagres extra-terrestres.
Mais um sci-fi que explora a paranoia nuclear mas, esta ao contrário da maioria que colocava os seres alienígenas como inimigos, tem um cunho pacifista. Não é totalmente ruim, mas na mesma linha, como disse, temos o clássico e muito superior filme de 1951.
A Bolha Assassina
3.1 662 Assista AgoraRefilmagem bacana do cultuado filme de 1958. Com um roteiro bem mais elaborado e efeitos especiais muito mais convincentes (afinal foi feito 30 anos depois com muito mais tecnologia disponível), mas para mim, tanto este como o original, são produções deliciosas e de puro entretenimento e não concordo quando dizem que este é bem mais superior. São produções de épocas diferentes, feito para plateias diferentes e com recursos também muito diversos.
SPOILERS ABAIXO:
O protagonista, que na versão de 58 foi vivido por Steve McQueen, neste tem suas ações divididas entre dois personagens, o bom moço Paul (Donovan Leitch) e o “bad boy” Brian (Kevin Dillon), embora o último assuma efetivamente o protagonismo após a chocante e inesperada morte do primeiro.
A mocinha Meg (Shawnee Smith), que em 1958 se limitava a gritar e correr apavorada, neste tem seu lado empoderado, além de ser a bela cheerleader que os garotos admiram, acaba rivalizando nas ações heroicas com o protagonista Brian, sendo ela até responsável pela descoberta de que a criatura não suportava o frio (descoberta essa feita pelo mocinho no original).
Diferente também da versão anterior, a ameaça não vem do espaço, mas em uma reviravolta no meio da narrativa, descobrimos que a gosma assassina foi criada em laboratório, visando vencer uma guerra bacteriológica e os cientistas que, a princípio parecia que vieram para ajudar, eram na verdade, os vilões. O Dr. Meddows (Joe Seneca) era o típico cientista louco, não se importando que a população inteira da cidade morra para capturar sua “experiência” com vida. Claro que, como todo vilão que se preze, ele também vai ser dissolvido pela sua criação.
Outro ponto bastante diferente em relação ao antececessor, é que esta bolha não perdoa nem personagens bacanas que aparentemente terminariam bem. O bom moço Paul, que dava toda a pinta que seria o protagonista, é engolido logo de cara pela criatura, como também o xerife gente boa, a garçonete boazinha e até criança, o amiguinho do irmão de Meg, todos dissolvidos sem dó pelo ácido “bolhístico”.
Recriam a cena emblemática do original com a bolha invadindo o cinema e há cenas ótimas como o rapaz que é sugado pela bolha e literalmente “entra pelo cano”.
O final não poderia ser mais irônico, com o padre da cidade, virando o líder maluco de uma seita, obcecado pelo fim do mundo, guardando um “pedaço” da bolha em um vidrinho, certamente disposto a libertá-la para consumar o apocalipse.
É necessário ver as duas versões, e mesmo fazendo comparações, como disse, uma não pode ser considerada superior à outra, são simplesmente um retrato da época em que foram produzidas, e, portanto, são diferentes e com suas particularidades .
A Bolha
3.2 103 Assista AgoraPara começar, o título aqui está errado. O filme, desde seu original de 1958, tem como título nacional “A bolha assassina” (como sua versão de 1988). “A bolha” é a tradução de seu título em inglês, mas no Brasil ficou mesmo conhecido como “A bolha assassina”.
Mesmo tendo como ameaça algo vindo do espaço, há uma clara influência da paranoia existente devido à guerra fria entre EUA e União Soviética, que inspirou muitas das produções de ficção científica da época. Alguns até apontam o fato da bolha ser vermelha.
Muitos dizem preferir a refilmagem de 1988, por ser muito superior, não concordo. A refilmagem é realmente um remake à altura do seu cultuado original, mas, antes de tudo é preciso olhar sob a ótica da época em que foram produzidos. A bolha de 1958, tem além da óbvia e envolvente nostalgia, um roteiro que é um primor de criatividade e efeitos especiais engenhosos (é até covardia comparar com o filme de 88, produzido 30 anos depois e com muito mais tecnologia disponível).
Sem fazer comparações, a bolha de 1958, é um dos filmes mais legais entre a enxurrada de produções sci-fi das décadas de 50 e 60, por isso mesmo virou um cult, devido vários fatores, seu roteiro divertido, seus efeitos especiais criativos e por ser o primeiro filme protagonizado por Steve McQueen, que depois viraria um astro.
Muitos alegam, com razão, que McQueen e o resto dos jovens do elenco, eram muito “velhos” para papéis de adolescente, mas não aponto como uma falha, pois naquela época era comum esse tipo de escalação com um elenco acima da idade exigida para seus personagens.
A deliciosa canção título que toca na abertura, feita originalmente para o filme pelo famoso compositor Burt Bacharach, fez muito sucesso e em sua letra descreve, em poucos versos, o que se desenrola na narrativa. Inexplicavelmente a canção foi retirada da versão dublada, que vimos à exaustão na TV, substituída por um genérico tema com tons sinistros. Talvez os distribuidores nacionais acharam que a canção era por demais “alegre” para um filme de terror, mas “A bolha assassina” não é um filme de terror, é uma produção muito divertida, inventiva e que se tornou icônica da década de 50.
Beware of The Blob, it crepes (Cuidado com a bolha, ela rasteja)
And leaps and glides and slides (e salta e desliza e escorrega)
Across the floor (através do chão)
Right through the door (vai direto pela porta)
And all around the wall (e por toda a parede)
A splotch, a blotch (uma mancha, um borrão)
Be careful of The Blob! (Cuidado com a bolha)
Fantasma do Espaço
2.9 6 Assista AgoraMais uma sci-fi da década de 50 que é apenas mediana e curiosa.
O filme inteiro se resume à perseguição ao tal fantasma, um alienígena que veste uma roupa parecida com um escafandro, o que torna o filme enfadonho.
A parte mais interessante é o aparecimento do ser ao final da narrativa, com efeitos especiais criativos e razoáveis para a época.
Além da Barreira do Tempo
2.8 3A premissa que muitos filmes já usaram, antes e depois deste. Um viajante do tempo que descobre que algum evento criado pelo próprio homem, acabou por dizimar parte da humanidade (em alguns filmes, a humanidade inteira).
SPOILERS:
Quando o protagonista chega ao futuro, coincidentemente no ano que assisti ao filme, 2024, a narrativa fica arrastada, e descobrindo a tragédia que abateu o mundo, volta ao passado para tentar evitar o que eles chamam de "praga".
Não entendi porque ele envelhece na votla ao passado, já que não havia envelhecido quando foi para o futuro, mas enfim, é uma sci-fi mediana entre as muitas produzidas nas décadas de 50 e 60.
Pedido Irlandês
2.7 118Quando temos a presença de Lindsay Lohan e a sinopse do filme, já entendemos que é uma comédia romântica e não podemos esperar mais que isso, e acho que o filme cumpre bem o seu papel.
O enredo é pura fantasia, aliada a um cenário absolutamente deslumbrante. Me lembrou outra comedia romântica que brinca com os estereótipos entre britânicos e americanos, "O melhor amigo da noiva" de 2008.
Lindsay Lohan é bonita, parece ter se livrado dos excessos de procedimentos estéticos e certamente é carismática e tem ótima química com Ed Speleers, que além de bonito é bom ator, embora aqui não seja exigido.
É o tipo de fllme que é apenas entretenimento, um passatempo agradável que agrada aos olhos, pela beleza dos atores e do cenário.
Paralisia
2.3 71 Assista AgoraMais um filme ruim produzido pela Netflix.
A premissa da mulher em coma que guarda algum segredo, é até instigante mas depois tudo vai sendo tão mal desenvolvido, que chega ao final sem gerar muito interesse ou preocupação com o destino de seus personagens.
Morte no Gelo
2.9 4Acaba se perdendo no desenvolvimento da história, pois a princípio o que seria um enredo instigante que envolvia nazismo e segunda guerra mundial, acaba deixado em segundo plano.
SPOILERS:
A narrativa acaba se fixando totalmente no rapto e morte de Elsa, amiga de Jean, sobrinha do Dr Norberg (Dana Andrews, o nome mais conhecido do elenco), que após ser morta, tem sua cabeça conservada e ressuscitada e comunica-se com Jean por telepatia.
Tem umas soluções criativas, como a cabeça falante e os braços que se moviam pendurados em uma parede supostamente ligados à fios. è uma varição da clássica história de Frankenstein.
O que acho sempre engraçado é os alemães conversando entre si em inglês com sotaque alemão, artífico comum nos filmes dessa época.
La Marca del Muerto
3.0 2Terror mexicano bastante climático embora com todos os clichês de filmes de terror com cientista louco.
Tem uma narrativa um tanto arrastada, mas não impede o envolvimento com seu enredo sinistro.
É claro que podemos questionar porque Gonzalo (Fernando Casanova)
aceita tão rapidamente ressuscitar o Dr Malthus, baseado nas anotações do antepassado, até raptando a empregada da casa, para depois arrepender-se e tentar consertar a bobagem.
O México fazia um cinema de horror interessante e criativo.
Viagem Rumo ao Infinito
3.0 4É tipo um episódio de "Viagem ao fundo do mar" com maior duração.
A criatura tem um design tosco, mas era o possível para a época e para um filme de baixo orçamento.
Algumas cenas submarinas bem filmadas, vale apenas como curiosidade.
Rogai Por Nós
2.3 409 Assista AgoraTerror bem produzido e com bom elenco.
SPOILERS ABAIXO:
Jeffrey Dean Morgan, mais carismático que bom ator, tem boa atuação como o jornalista oportunista que vê a chance de recuperar sua carreira abalada por divulgação de notícias falsas, quando se depara com uma aparente fenômeno que envolve uma garota que afirma ver a Virgem Maria e começa a operar curar milagrosas.
Há citações sobre as aparições da Virgem Maria em Lourdes (França) em 1858, Fátima (Portugal) em 1917 e em Medjugorje (Bosnia) em 1981, santuários que atraem milhões de peregrinos todos os anos, o que reforça a abordagem religiosa da trama.
É um filme que além do terror, pois há cenas bastante sinistras, trabalha bem a narrativa que mexe com essa dualidade da crença em algo sobrenatural motivado pela fé, ao mesmo tempo questiona se a fé realmente possa ser a explicação para tais acontecimentos que vão além da compreensão humana.
Em certo momento, um personagem diz "a dúvida enfraquece a fé, a dúvida conduz a perdição", alertando para que devemos acreditar incondicionalmente em Deus e nos poderes da fé, para alcançarmos a plenitude da vida e quando descobrimos que na verdade, não são milagres divinos, mas demoníacos, ouvimos "a fé no mal, fortalece o mal".
Apesar de ser primordialmente um filme de terror, com sequências de efeitos especiais bem produzidos, envolve muitos questionamentos filosóficos acerca de fé, que há séculos gera conflitos na humanidade, com um final que reforça o lado religioso da narrativa, quando acontece mesmo um verdadeiro milagre operado por Deus.
Grito de Pânico
2.3 5A trama é intrigante, gera interesse para saber afinal porque aquela gente toda da cidade se volta contra o protagonista após o atropelamento mas tudo é muito arrastado e a narrativa vai e vem sem chegar a lugar algum.
Além disso, muitas pontas soltas
Afinal porque queriam esconder que o homem que ele atropelou morreu? Porque queriam simular que ele morreu de outra forma?
E o final, com a empregada contando o que aconteceu, no que iria ajudar o protagonista já que ele havia matado o xerife e atropelado e matado um homem?
A tv americana na década de 70 produziu thrillers bem melhores.
Sem Vestígios
3.4 279 Assista AgoraA premissa do serial killer que exibe seus crimes na internet, está mais do que batida, embora não sei se em 2008 já havia tantos filmes com esse tema, mas já existia a série "Criminal Minds", que estreou em 2005 e o filme é praticamente um episódio longo de todos as situações que já vimos na série que apresenta narrativas semelhantes de maneira mais ágil e bem desenvolvida.
Diane Lane é boa atriz, mas não convence como a especialista do FBI em crimes virtuais que de dramática e chorosa, acostumada a ficar sentada em frente a um computador, vira uma super ninja na sequência final.
Não é ruim, mas não empolga, é apenas assistível.
Vivendo Com o Perigo
2.9 19Tiffani Thiessem, muito conhecida no Brasil no papel de Valerie, a "nova Brenda" da série sucesso dos anos 90, "Barrados no baile", tem boa atuação como a mulher
que após ser estuprada acaba casando com um estuprador vivido por Eric Close (conhecido pela série "Without a trace"), que passa a ameaçá-la e também a filha recém nascida de ambos, quando ela descobre que ele estava comentendo estupros pelo bairro onde moravam.
O mais triste é que o filme, segundo informam nos créditos, é baseado em fatos reais.
Fugindo da Morte
2.8 5Michael Ironside num raro personagem em que não é o vilão, vive o policial Gary Yanuck.
A trama é bem conduzida, embora o mistério sobre a identidade do assassino é revelado na metade da narrativa, mesmo assim o enredo ainda continua envolvente.
Mas uma ressalva
em uma das mortes, o serial killer levanta o policial pelo pescoço... uma mulher, no caso Lynn (Kate Vernon) que depois revela-se que era a assassina, teria força para levantar um homem com o dobro de seu tamanho? O sonambulismo gera alguma força sobrenatural? Um tanto forçado.
Em relação ao final
justifica-se as mortes como uma vingança de uma mulher que foi estuprada pelos policiais que depois ela assassinou. Gary mata o último da lista de estupradores, após a morte de Lynn, forjando que seria também Lynn que cometera o crime. Ou seja, ninguém fica sabendo sobre o estupro coletivo e Lynn é que fica com fama de assassina serial descontrolada.
Lynn matava em estado de sonambulismo sem ter consciência do que fazia? Isso a inocentaria dos crimes?
Os estupradores, na verdade, apesar de mortos, ficaram impunes, já que nem suas memórias foram abaladas pois não houve a revelação do crime hediondo que cometeram.
Um final talvez insatisfatório em relação à punição, mas que não deixa de ser realista quando sabemos que existe corporativismo em qualquer profissão.
Marcas de uma Obsessão
2.9 10O filme tem trama clichê, mas consegue entreter.
Shannen Doherty, a eterna Brenda de "Barrados no baile", tem atuação convincente como a namorada obcecada que não aceita o término do relacionameno. Difícl é acreditar que uma mulher linda e jovem, fica alucinada por um homem bem mais velho e feio. William Devane está longe de ser um coroa bonitão e aparenta até mais do que os 53 anos que tinha na época do filme.
Há uma explicação que ela tinha trauma pela pouca atenção que o pai lhe dedicava e projetava isso no personagem de Devane, mas mesmo assim, poderiam ter escolhido um ator mais atraente.
Night of the Blood Beast
1.9 2 Assista AgoraSci-fi da década de 50 de baixo orçamento e com efeitos especiais simplórios, de acordo com a época, mas seu roteiro não é desprezível.
SPOILERS ABAIXO:
Com uma premissa parecida com a do clássico "O dia em que a terra parou" de 1951, um alienígena que se apresenta como amistoso, mas diferente do personagem Klaatu do icônico filme, que queria propor a paz entre os planetas, a criatura deste (tosca, mas eram os ano 50) tinha planos maquiávelicos de acabar com a população da terra e povoá-la com sua raça.
Como disse o comentário abaixo, décadas antes de outro clássico da ficcção científica "Alien, o oitavo passageiro" de 1979, este filme apresenta um ser humano usado como hospedeiro de criaturas alienígenas. Nâo sei se algum outro filme anterior, já havia apresentado esta premissa.
Dentro de suas limitações, vale como curiosidade.
A Casa do Medo
2.1 146Sob um título nacional genérico está um filme genérico.
Colcha de retalhos de vários outros filmes, o que não seria problema, já que é muito difícil existir algo original que ainda não tenha sido feito, mas além dos clichês, é tudo muito sem emoção feito no piloto automático..
O enredo até consegue manter algum suspense
eu até achei que poderia ser algo na linha espírita, cheguei a achar que o garoto empreiteiro, por quem a protagonista se interessa, não existisse, já que nos primeiros encontros, ela sempre o via sozinha e estava diagnosticada como esquizofrênica, para no final ser mais um filme de invasão domiciliar. No caso, alguém que morou na casa e ficou escondido nela depois que novos moradores mudaram para lá.
O personagem do namoradinho e o do pai da menina vizinha, feito pelo conhecido Tom Sizemore, não serviram absolutamente para nada.
Visões Mortais
1.6 10 Assista AgoraUma hora e quarenta minutos com basicamente as mesmas cenas se repetindo, uma mulher internada em um manicômio tendo alucinações enquanto é tratada por um bando de gente sádica e com aparência suspeita.
Confesso que não imaginei o desfecho, mas isso não melhora em nada o desenvolvimento que é extremamente chato e com atuações muito ruins.
Uma produção conjunta entre Espanha e Canadá. O cinema espanhol de suspense costuma apresentar bons filmes, o que definitivamente não é o caso deste.
No final, um "baseado em fatos reais", e é difícil acreditar que aquela bobagem toda, ou algo parecido, tenha acontecido na realidade.
Sem Rastros
3.1 45Não gostei do desenvolvimento do filme, achei arrastado, longo, poderia ter meia hora a menos tranquilamente mas...
o plot twist final para mim foi muito inesperado, embora haja pistas como em toda boa reviravolta, eu não imaginei o desfecho.
A menina simplesmente não existia e era fruto de uma alucinação coletiva dos pais, que viviam em negação desde que ela morreu.
O exagero nas atitudes do casal após o sumiço da filha e os acontecimentos posteriores, como a insistência do xerife em não chamar o FBI, incomodaram pela pouca verossimilhança.
Como pais desesperados pelo sumiço da filha, continuam no camping, matam três pessoas inocentes sem mostrar abalo pelo fato?
Tudo é muito implausível e é lógico que apenas prepara a revelação, já que o casal não vivia a realidade, mas apenas um mundo no qual acreditavam que a filha ainda vivia. Para eles, as mortes eram justificadas, já que foram praticadas enquanto "procuravam" a filha.
Pelo final, acho que o filme se redimiu, em parte, da narrativa tediosa e implausível.
Um Passado Sombrio
3.1 126 Assista AgoraSPOILERS ABAIXO:
O crimes em si, os sequestros das crianças, não são o foco principal da narrativa, os fatos são apenas os gatilhos para desvendar o psicológico de Alice (Daniele MacDonald, em ótima atuação) e Ronnie (Dakota Fanning).
Enquanto Ronnie se torna retraída e melancólica, Alice se mostra manipuladora, cruel e astuciosa.
Não menos desprezível, é a atitude de Helen (Diane Lane), mãe de Alice, que para proteger a filha, mesmo sabendo da fragilidade mental de Ronnie, induz a menina a não contar o que havia acontecido, diminuindo a culpa de sua filha, que, sabemos ao final era quem havia pegado a bebê e obrigado Ronnie, frágil e instável, a matar a criança.
A detetive (Elizabeth Banks) que havia investigado o sequestro anterior e estava também no novo sequestro, também se mostra profundamente abalada e culpada pela morte da criança e vê no novo caso uma chance de redenção ao mesmo tempo que teme que o desfecho desastroso se repita.
Um novo sequestro de uma criança afro-americana ocorre, e as suspeitas recaem novamente sobre as duas meninas que foram condenadas a sete anos de reclusão num reformatório e agora estavam livres.
Descobrimos que era Alice, que havia engravidado no reformatório e doado a menina, quem havia feito o novo sequestro, acreditando que a criança era sua filha perdida. e quando descoberta, tenta incriminar Ronnie, além de acusar o rapaz que a havia engravidado e que estava escondendo a criança, a seu pedido. Além de acusá-lo de ter arquitetado o sequestro, ainda o acusou de estupro.
Enquanto Alice termina a narrativa alardeando sua inocência, revelando sua personalidade sociopata, Ronnie totalmente afogada em culpa e remorso, se suicida.
Muitos viram o filme somente como um "policial". quando na verdade, como disse, os sequestros, apenas servem para motivar o verdadeiro foco da narrativa, um mergulho na mente das duas adolescentes, de personalidades totalmente diversas e que espelham isso na forma com que reagem à uma tragédia na infância que continuou repercutindo na vida de ambas.
Camaleões
3.3 191 Assista AgoraUm filme em que os detalhes, que parecem pouco relevantes na narrativa, são mais importantes do que a resolução do caso em si.
Benicio del Toro é o policial Tom Nichols, que muitos dizem que está atuando no piloto automático, me parece ter entendido que o seu personagem é alguém extenuado com seu trabalho ao mesmo tempo que é apaixonado por ele. Não acho uma atuação automática, mas introspectiva, captando as nuances de seu personagem.
A trama investigativa em si
mostra-se mais importante para desvendar a corrupção policial e a traição ao policial honesto do que desvendar o "quem matou?", já que todos na delegacia estavam envolvidos no esquema. O problema, é um policial tão experiente como Nichols, não imaginar que o chefe da delegacia também estaria envolvido, e que tudo aquilo poderia acontecer sem seu conhecimento. Aquelas conveniências de roteiro que incomodam.
Alicia Silverstone, mostrando que as musas dos anos 90 envelhecem, tem um personagem que serve de escada para Del Toro, com uma subtrama dispensável, em que ele teme ser traído pela mulher e o jovem empreiteiro que fazia a reforma da casa deles.
É uma narrativa com cenas para muitos dispensáveis, mas que na verdade, focam naquilo que interessa, mostrar o relacionamento entre os colegas policiais, a chamada "irmandade", por este motivo temos várias cenas de confraternização que a princípio, parecem não ter influência alguma no enredo, mas que são vitais para mostrar esse companheirismo.
O título em inglês "Reptile" (Réptil) me parece mais adequado, pois Nichols está mesmo num antro de cobras, já o título nacional opta por "Camaleões", réptil conhecido por sua camuflagem, que apesar de não estar também totalmente errado, é um tanto menos compatível com a narrativa, acho que mais do que camuflar suas atitudes, os personagens são verdadeiros traidores.
A última cena com Nichols abrindo a torneira automática que comprou para sua pia, talvez indique que ele conseguiu seu objetivo, lavar toda a sujeira que encontrou pelo caminho.