Haneke expondo como é desesperançoso com a humanidade criando uma amostra sobre como progressivamente os indivíduos são corrompidos e resumidos à situação de espectadores apáticos e induzidos pelo meio.
Mano do céu, oazideia do Cronenberg! Tem gente que tecla tanta merda que parece que tá defecando pelos dedos que se pá é uma boa metáfora a maquina de escrever ter um cu. E moral da história: não use drogas.
Vamos partir do principio que a Lucy tem 15 anos, e o Homem Amarelo se apaixonar por ela é pedofilia? Por mais libertador que seja para a Lucy, estamos falando de possível abuso infantil não só da parte do pai que a agredia. Passei o filme todo meio incomodada com isso, e desculpem-me, mas não consigo criar uma imagem de amor idealizado entre uma criança e um homem adulto. Segunda coisa que me incomodou: o Homem Amarelo, vivenciado por um homem branco hollywoodiano tentando dar vida a um chinês, quando ao decorrer dos filme vemos vários figurantes chineses, mas segundo Hollywood nenhum seria apto pra um papel de destaque tão bom (?) e preferiram um ator com um "yellow face". Terceira coisa: o Homem Amarelo é devoto de Buda e chegou a cidade para divulgar a sua fé. Perde então sua esperança na humanidade, e só após cometer um assassinato motivado por vingança - veja só, totalmente o oposto da filosofia budista - ele redescobre sua fé e reorganiza altar para Buda. Coerência zero!
Bem bonito a forma que retratou o impacto do trabalho como um programa de reinserção social, além da abordagem acessível da reforma psiquiátrica. Mas uma coisa que me incomodou bastante foi o reforço da mulher como tradicionalmente apática no desejo sexual e donas de uma indiferença biológica. Priorizar homens como necessitados sexuais quando também haviam mulheres na cooperativa propensas aos mesmos desejos, e sem maior enfoque também as suas condições, fez soar como uma argumentação de enquadramento do desejo da mulher reforçando o machismo, com a ideia do homem propenso naturalmente ao sexo ao contrario do sexo feminino.
Mais do mesmo, e acaba sendo mais um filme sobre sobrevivência a uma das inúmeras guerras presenciadas pela humanidade. O diferencial que o faz talvez atrativo é foco na força das mulheres.
Quem é capaz de aceitar o desafio de observar e sentir a tensão por trás das palavras, dos gestos, e da presença do vazio, ao final sente a recompensa.
Falta solidariedade, sobra egoísmo. A discrepância da política na sua teoria com a prática, e o oportunismo das ideologias que utilizam os problemas do indivíduo para explorá-los à sua unica conveniência. Em contraste com a ingenuidade da Mamãe Kursters temos o cinismo da filha, que viu um jeito para sobreviver e ter sucesso nesta sociedade tornando-se um membro da hipocrisia.
1. Apareceu a Julianne Moore novinha e meu primeiro pensamento foi: ah fia, seu passado te condena. 2. Vi a Deborah Harry e cantei mentalmente: one way or another i'm gonna find ya i'm gonna getcha getcha getcha getcha
O cara conseguiu nessa atuação ir do romântico ao perverso de forma tão claustrofóbica que deu vontade o tempo todo de entrar na tela e abraçar a Ingrid Bergman haha
Kirk Douglas rasgou a Hollywood blacklist com esse filme, quando colocou o nome do ~comunista Trumbo~ nos créditos, até então persona non grata pra Hollywood, e só por aí já merece grande reconhecimento como um "divisor de águas". Outro ponto positivo que não passa despercebido é a idealização do Kubrick quanto a filmagem do alto a certa distancia, mostrando a quantidade de pessoas envolvidas na cena. Porem, de toda sua filmografia, esse é o soa menos Kubrick.
Entre a necessidade da lógica e da razão que faz um filme genial, esse beirou ser uma cópia não tão bem sucedida de "Alucinações do passado". Todos sabiam que obviamente tinha ali algum tipo de pegadinha que iria nos dá o plot twist, mas não sabia que seria tão comum. Mas tem umas sacadas interessantes, tipo a chuva de granizo que nada mais que a lembrança dos estilhaços de vidro na hora do acidente, ou o relação dos rostos das pessoas com a criação de personagens em seu sonho.
E bom, se a pessoa conseguir chegar ao final com os pontinhos ligados, dá uma sensação de realização interna bacana.
O filme em si não julga os seus personagens, e nem parece pedir para o fazermos, mas não há como não notar as ruínas de uma relação acabada, onde não tem mais nada de amor, a não ser o amor destrutivo. Tem nada de romance nessa relação.
Fiquei feliz que ao final é dado a oportunidade para ao menos um deles libertar-se do cárcere a que fora submetido, e ocasionalmente libertando ao outro.
Na linha tênue entre sonho e realidade, referências bíblicas a começar pelo titulo, e mais e mais referências, minha unica certeza foi o final onde uma única imagem é explicativa e abrevia tudo o que se passou de maneira surpreendente e clara:
a unica saída pra ele sair daquela especie de purgatório, foi ele aceitar e/ou conscientizar-se quando a sua morte. Aquela cena que ele junto com seu filho, que já estava morto, sobem juntos a escada rumo "a luz" também resume isso.
De resto, preciso rever para ligar alguns elementos e melhorar minha interpretação.
Filme atemporal que abre questionamentos relevantes sobre o trabalho jornalístico não preocupado em violar os princípios básicos da moral humana, assim como também o público que consome certos tipos de trabalhos, existindo até uma alegria ao presenciar o sofrimento alheio. Dá até pra fazer um estudo de caso sobre a perspectiva de como o jornalismo encarrega-se de manipular a vida de indivíduos de uma sociedade, ou se a sociedade é prognosticamente e facilmente manipulável.
Queria dar nota maior pela forma simples que o filme retrata a ambiguidade de gênero, mas as cenas dos animais me incomodaram bastante por mais natural que seja no mundo dos rodeios.
A direção pacientemente nos proporciona as informações, de forma sutil, autêntica e inteligente, em uma história de ambiência conservadora e ao mesmo tempo de uma contemporaneidade inegável no uso dos recursos. O silencio fala mais do que as palavras <3
O Vídeo de Benny
3.6 231Haneke expondo como é desesperançoso com a humanidade criando uma amostra sobre como progressivamente os indivíduos são corrompidos e resumidos à situação de espectadores apáticos e induzidos pelo meio.
Mistérios e Paixões
3.8 312Mano do céu, oazideia do Cronenberg!
Tem gente que tecla tanta merda que parece que tá defecando pelos dedos que se pá é uma boa metáfora a maquina de escrever ter um cu.
E moral da história: não use drogas.
Lírio Partido
4.0 97 Assista AgoraProblematizei tanta coisa ao decorrer do filme que não entendo como outras pessoas não questionam algo.
Vamos partir do principio que a Lucy tem 15 anos, e o Homem Amarelo se apaixonar por ela é pedofilia? Por mais libertador que seja para a Lucy, estamos falando de possível abuso infantil não só da parte do pai que a agredia. Passei o filme todo meio incomodada com isso, e desculpem-me, mas não consigo criar uma imagem de amor idealizado entre uma criança e um homem adulto.
Segunda coisa que me incomodou: o Homem Amarelo, vivenciado por um homem branco hollywoodiano tentando dar vida a um chinês, quando ao decorrer dos filme vemos vários figurantes chineses, mas segundo Hollywood nenhum seria apto pra um papel de destaque tão bom (?) e preferiram um ator com um "yellow face".
Terceira coisa: o Homem Amarelo é devoto de Buda e chegou a cidade para divulgar a sua fé. Perde então sua esperança na humanidade, e só após cometer um assassinato motivado por vingança - veja só, totalmente o oposto da filosofia budista - ele redescobre sua fé e reorganiza altar para Buda. Coerência zero!
Dá Para Fazer
4.4 70Bem bonito a forma que retratou o impacto do trabalho como um programa de reinserção social, além da abordagem acessível da reforma psiquiátrica. Mas uma coisa que me incomodou bastante foi o reforço da mulher como tradicionalmente apática no desejo sexual e donas de uma indiferença biológica. Priorizar homens como necessitados sexuais quando também haviam mulheres na cooperativa propensas aos mesmos desejos, e sem maior enfoque também as suas condições, fez soar como uma argumentação de enquadramento do desejo da mulher reforçando o machismo, com a ideia do homem propenso naturalmente ao sexo ao contrario do sexo feminino.
Um Canto de Esperança
3.9 36Mais do mesmo, e acaba sendo mais um filme sobre sobrevivência a uma das inúmeras guerras presenciadas pela humanidade. O diferencial que o faz talvez atrativo é foco na força das mulheres.
Faces
4.1 62Quem é capaz de aceitar o desafio de observar e sentir a tensão por trás das palavras, dos gestos, e da presença do vazio, ao final sente a recompensa.
Nada de Mau Pode Acontecer
3.8 100Como jesus, o propósito de Tore ser um mártir significa pra ele a salvação "do mal".
Eu na minha visão pagã diria que é a concretização da fé cristã falida.
O Desprezo
4.0 266"E agora, se me ama, cale-se."
Por que Deu a Louca no Sr. R.?
3.5 20Derrotas cotidianas atingindo uma catarse interna que grita pra sair.
Mamãe Küster Vai Para o Céu
4.1 6Falta solidariedade, sobra egoísmo. A discrepância da política na sua teoria com a prática, e o oportunismo das ideologias que utilizam os problemas do indivíduo para explorá-los à sua unica conveniência. Em contraste com a ingenuidade da Mamãe Kursters temos o cinismo da filha, que viu um jeito para sobreviver e ter sucesso nesta sociedade tornando-se um membro da hipocrisia.
Contos da Escuridão
3.4 1331. Apareceu a Julianne Moore novinha e meu primeiro pensamento foi: ah fia, seu passado te condena.
2. Vi a Deborah Harry e cantei mentalmente: one way or another i'm gonna find ya i'm gonna getcha getcha getcha getcha
À Meia Luz
4.1 96 Assista AgoraO cara conseguiu nessa atuação ir do romântico ao perverso de forma tão claustrofóbica que deu vontade o tempo todo de entrar na tela e abraçar a Ingrid Bergman haha
Spartacus
4.0 344 Assista AgoraKirk Douglas rasgou a Hollywood blacklist com esse filme, quando colocou o nome do ~comunista Trumbo~ nos créditos, até então persona non grata pra Hollywood, e só por aí já merece grande reconhecimento como um "divisor de águas".
Outro ponto positivo que não passa despercebido é a idealização do Kubrick quanto a filmagem do alto a certa distancia, mostrando a quantidade de pessoas envolvidas na cena. Porem, de toda sua filmografia, esse é o soa menos Kubrick.
A Passagem
3.5 421 Assista AgoraEntre a necessidade da lógica e da razão que faz um filme genial, esse beirou ser uma cópia não tão bem sucedida de "Alucinações do passado". Todos sabiam que obviamente tinha ali algum tipo de pegadinha que iria nos dá o plot twist, mas não sabia que seria tão comum. Mas tem umas sacadas interessantes, tipo a chuva de granizo que nada mais que a lembrança dos estilhaços de vidro na hora do acidente, ou o relação dos rostos das pessoas com a criação de personagens em seu sonho.
E bom, se a pessoa conseguir chegar ao final com os pontinhos ligados, dá uma sensação de realização interna bacana.
Queda Livre
3.6 591Romance gay criado muito nitidamente por um homem hétero, com direito a toda heteronormatividade que vemos por aí.
Morte em Veneza
4.0 210 Assista AgoraUm culto bonito, sensível e poético... à pedofilia.
Felizes Juntos
4.2 261 Assista AgoraO filme em si não julga os seus personagens, e nem parece pedir para o fazermos, mas não há como não notar as ruínas de uma relação acabada, onde não tem mais nada de amor, a não ser o amor destrutivo. Tem nada de romance nessa relação.
Fiquei feliz que ao final é dado a oportunidade para ao menos um deles libertar-se do cárcere a que fora submetido, e ocasionalmente libertando ao outro.
Alucinações do Passado
3.9 257Na linha tênue entre sonho e realidade, referências bíblicas a começar pelo titulo, e mais e mais referências, minha unica certeza foi o final onde uma única imagem é explicativa e abrevia tudo o que se passou de maneira surpreendente e clara:
a unica saída pra ele sair daquela especie de purgatório, foi ele aceitar e/ou conscientizar-se quando a sua morte. Aquela cena que ele junto com seu filho, que já estava morto, sobem juntos a escada rumo "a luz" também resume isso.
God Help The Girl
3.6 238I'll have to dance with Cassie ♥
A Montanha dos Sete Abutres
4.4 246 Assista AgoraFilme atemporal que abre questionamentos relevantes sobre o trabalho jornalístico não preocupado em violar os princípios básicos da moral humana, assim como também o público que consome certos tipos de trabalhos, existindo até uma alegria ao presenciar o sofrimento alheio. Dá até pra fazer um estudo de caso sobre a perspectiva de como o jornalismo encarrega-se de manipular a vida de indivíduos de uma sociedade, ou se a sociedade é prognosticamente e facilmente manipulável.
Boi Neon
3.6 461Queria dar nota maior pela forma simples que o filme retrata a ambiguidade de gênero, mas as cenas dos animais me incomodaram bastante por mais natural que seja no mundo dos rodeios.
É Apenas o Fim do Mundo
3.5 302 Assista AgoraAté minha ansiedade tá ansiosa por esse filme.
Jeanne Dielman
4.1 109 Assista AgoraNo dia seguinte ao que assisti esse filme precisei mudar o caminho para pegar o ônibus para me auto afirmar infrequente.
O Último Verão de La Boyita
3.9 25A direção pacientemente nos proporciona as informações, de forma sutil, autêntica e inteligente, em uma história de ambiência conservadora e ao mesmo tempo de uma contemporaneidade inegável no uso dos recursos.
O silencio fala mais do que as palavras <3