Sobre esse boicote inverso que só serve pra dar mais visibilidade: TO ADORANDO. Fiquei com mais vontade ainda de ver o filme. Valeu pela dica, boicotadores do bem.
Entre a demência e poesia, sustenta-se no desempenho das atrizes à custa de atores coadjuvantes, e dá certo. Nenhuma surpresa vinda da atuação da Jessica Lange, mas quanto a Drew, fiquei pós termino lamentando o fato dela não ter mais filmes que explorem essa sua dramaticidade.
Engraçado que o Michael, o mais insuportavelmente machista, misógino e racista, ao final foi o mais feroz defensor da moral, da família, e dos bons costumes. Não que eu não tenha adorado o pedido ao pai para que ele se retirasse da mesa, mas cabe a observação quanto a sua fraude latente. Nada novo vindo do patriarcado e que já não estamos acostumados.
Os meios para alcançar/dominar a multidão mudaram, e tornaram-se mais modernos, mas o discurso é o mesmo. Alerta total ao populismo do discurso fascista. Todas as cenas são incomodas, mas ao final quando já passava os créditos, mostra um senhor negro acenando alegremente para aquela pessoa, até então travestida de Hitler se exibindo em carro aberto, e eu fiquei cheia de (?) na cabeça; Outros momentos reflexivos: pessoas com claro xenofobismo europeu, sem perceberem que compactuam da mesma ideologia que se encaixa tão bem com uma leitura de como Hitler chegou ao poder e as razões que não seria tão louco para ele fazê-lo hoje. O filme torna evidente como todos - quase todos - abraçam um explorador pessoal da excitação com postura de líder para direcionar o ódio pessoal interpelado e disfarçado. E não há limites, se elimina-los for a solução, que o faça.
uma emoção do moleque ao reencontrar a mãe que aquela altura ele já imaginava que podia estar morta ou presa.
Mas uma coisa ficou obvia: a copa do mundo naquele ano mascarou a ditadura, e todos ao redor fingiam que nada estava acontecendo. Mesmo coisa rola hoje, põe aí uma copa do mundo, e certeza que geral vai esquecer da situação caótica que o Brasil está passando.
O melhor do suspense/terror é quando ele usa a argumentação como seu melhor recurso, e encaminha ao pensar e não apenas deixa o telespectador como o receptor passivo da informação. Terror adulto que difere da maioria dos afins por aí. E me deu um puta medo que me arrependi amargamente de ter visto a noite quando tava sozinha em casa.
Como traduzir atitudes tão conservadoras, de autoridade religiosa e celibatária tão grande, em plena década de 60 que é quase unanimemente considerada como o período da revolução feminina? É isso que acontece quando se apoia o estado teocrático. Se olharmos ao nosso redor, não muito longe, aqui no Brasil mesmo, vemos vestígios dessa sociedade opressora se manifestar frente as mulheres que ainda aqui são tratadas por uma parte reacionária de uma sociedade conflituosa e cheia de ódio, com olhares intolerantes de machismo que querem lhe privar da liberdade. Se olharmos também, a desculpa da “Cura em Deus” nessas espécies de prisões, nada mais era do que uma forma de trabalho escravo em que a igreja era a única beneficiada sob a desculpa de estar prestando um serviço de punição as pecadoras. O lucro, e a mão de obra barata (de graça) mostrava-se um negócio sempre muito lucrativo. Fundamentalistas religiosos, que em suas mentes doentes, acreditavam que precisavam proteger essas meninas de si mesmas, quando na verdade eram elas que precisavam de proteção das suas ganâncias e de suas intolerâncias. Hoje, o Estado nega envolvimento, a igreja se cala e contesta qualquer responsabilidade.
Ainda assim vemos isso hoje? Sim! Fabricas e mais fabricas que usam igualmente, 50 anos depois, a comida como forma de pagamento. A única diferença é que não precisam da hipocrisia da casa celibatária.
Não acho que a Kumiko acreditava cegamente nesse tesouro. Creio que foi mais uma maneira lúdica que ela encontrou de fugir de sua vida chata e comum demais, e assim saciar sua necessidade de mudança imediata.
O melhor do filme está na Marion e no Fassbender, que carregam em suas atuações a carga dramática necessária pra conseguir imprimir uma atmosfera de crescente tensão, silenciosa, e consequentemente mais sombria. Gostei tambem da Lady Macbeth versão talvez mais amor do que apenas manipulação. Sei que faltou algo pra impressionar, mas não consigo ressaltar exatamente o quê. Apenas gostei bastante.
Não achei ruim. A Sofia não brilhou, mas não deixou a desejar. Basicamente todo especial de Natal tem uma função metalisguistica que leva automaticamente para a melancolia da data, e o especial cumpre esse papel. Um roteiro básico pra não dizer que apenas colocou uns artistas ali cantando aleatoriamente e tal, uma percepção caseira e aconchegante, e uma falta de presunção. Pronto, agrada aos não-megalomaníacos.
Poderia ter sido expressado com rostos diferentes, mas como sempre preferiram estampar só o branco - as brancas no caso. E assim continua a ser contado os fatos históricos erroneamente, com uma supremacia unicamente branca.
Uma crítica ótima para se retirar do filme e que se mantêm ainda com o mesmo discurso machista e heteronormativo no dias atuais é a contínua ridicularização do gay afeminado frente ao seu meio. Em diversos momentos o Emory (meu preferido) foi motivo de ofensas contraditórias - já que todos são igualmente gays? - que soavam como brincadeiras entre amigos, mas são apenas o reflexo da realidade corrosiva e retardante do mundo gay. Basicamente aquela reprodução do que sempre falam e determinam sobre o que é bonito, e o que é aceitável. E é contundente como ser afeminado dentro do próprio mundo gay não é legal, e o Michael no filme comprovou isso quando desmerece o Emory em certo momento questionando quem iria querer "uma bichinha afetada", ou algo parecido - não me recordo ao exato a expressão. Dentre também outras passagens no filme que exaltam isso, e quem viu com certeza notou a discrepância. É isso, o filme traz de forma irônica e inteligente diálogos tão atuais como se não estivéssemos falando de algo dos anos 70.
Nimoy conseguiu uma direção tão boa e segura que brinca a vontade com a tripulação em pleno século XX e o resultado pra mim é o melhor filme da franquia. Não em termos técnicos, que empata com o anterior, mas no quesito entretenimento definitivamente esse é o mais harmonioso.
Keira Knightley e Mark Ruffalo, e mesmo assim o personagem principal é a musica. Apesar de um ar melancólico, tem um pouco de humor misto com otimismo, mas sem soar clichê ou piegas. Apenas simples. Veria de novo, e acho que o filme te fez realmente bem quando você afirma que o veria de novo, sem soar cansativo.
O filme foi ruim? sim. Porém o que mais me incomodou foi o toc de ficar mexendo no cabelo o tempo todo que essa menina tem. Que diretor bosta foi esse que não mandou um: "bitch stop that shit"??
Pontos pro Golden Globe que conseguiu enxergar a atuação do Mark Ruffalo nesse filme, que particularmente eu gostei bem mais do que em Spotlight, por mais que entenda a talvez diferença de importância dos personagens ou do filme, o que obviamente influenciou na escolha do Oscar. A direção tá tão segura que sabe usar da doença do Cameron de forma cômica, e ao mesmo tempo dramática, sem parecer espalhafatoso.
Tarantino chegou num nível de endeusamento gigante que muitas pessoas não conseguem sequer questionar o alongamento desnecessário de algumas cenas e/ou roteiro arrastadisimo em muitos momentos.
Eu sentiria muito orgulho em ser americana porque eles são tão bonzinhos e tratavam até mesmo seus prisioneiros de guerra tão bem e educadamente, ao contrario dos outros países que eram uns grossos aff. EUA <3
Aquarius
4.2 1,9K Assista AgoraSobre esse boicote inverso que só serve pra dar mais visibilidade: TO ADORANDO.
Fiquei com mais vontade ainda de ver o filme. Valeu pela dica, boicotadores do bem.
Grey Gardens: Do Luxo à Decadência
4.0 172 Assista AgoraEntre a demência e poesia, sustenta-se no desempenho das atrizes à custa de atores coadjuvantes, e dá certo. Nenhuma surpresa vinda da atuação da Jessica Lange, mas quanto a Drew, fiquei pós termino lamentando o fato dela não ter mais filmes que explorem essa sua dramaticidade.
Neblina e Sombras
3.7 99 Assista AgoraMirou no expressionismo alemão e acertou na comédia dramática.
Festa de Família
4.2 396 Assista AgoraEngraçado que o Michael, o mais insuportavelmente machista, misógino e racista, ao final foi o mais feroz defensor da moral, da família, e dos bons costumes. Não que eu não tenha adorado o pedido ao pai para que ele se retirasse da mesa, mas cabe a observação quanto a sua fraude latente. Nada novo vindo do patriarcado e que já não estamos acostumados.
Ele Está de Volta
3.8 681Os meios para alcançar/dominar a multidão mudaram, e tornaram-se mais modernos, mas o discurso é o mesmo. Alerta total ao populismo do discurso fascista.
Todas as cenas são incomodas, mas ao final quando já passava os créditos, mostra um senhor negro acenando alegremente para aquela pessoa, até então travestida de Hitler se exibindo em carro aberto, e eu fiquei cheia de (?) na cabeça;
Outros momentos reflexivos: pessoas com claro xenofobismo europeu, sem perceberem que compactuam da mesma ideologia que se encaixa tão bem com uma leitura de como Hitler chegou ao poder e as razões que não seria tão louco para ele fazê-lo hoje.
O filme torna evidente como todos - quase todos - abraçam um explorador pessoal da excitação com postura de líder para direcionar o ódio pessoal interpelado e disfarçado. E não há limites, se elimina-los for a solução, que o faça.
O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias
3.7 454Faltou alguma coisa, talvez
uma emoção do moleque ao reencontrar a mãe que aquela altura ele já imaginava que podia estar morta ou presa.
Mas uma coisa ficou obvia: a copa do mundo naquele ano mascarou a ditadura, e todos ao redor fingiam que nada estava acontecendo.
Mesmo coisa rola hoje, põe aí uma copa do mundo, e certeza que geral vai esquecer da situação caótica que o Brasil está passando.
I Am a Ghost
3.5 38O melhor do suspense/terror é quando ele usa a argumentação como seu melhor recurso, e encaminha ao pensar e não apenas deixa o telespectador como o receptor passivo da informação.
Terror adulto que difere da maioria dos afins por aí. E me deu um puta medo que me arrependi amargamente de ter visto a noite quando tava sozinha em casa.
O Amor Está no Ar
3.1 30Esse titulo nacional traduz o que eu sinto toda vez que olho pra Marion Cotillard.
Em Nome de Deus
4.1 254 Assista AgoraComo traduzir atitudes tão conservadoras, de autoridade religiosa e celibatária tão grande, em plena década de 60 que é quase unanimemente considerada como o período da revolução feminina? É isso que acontece quando se apoia o estado teocrático.
Se olharmos ao nosso redor, não muito longe, aqui no Brasil mesmo, vemos vestígios dessa sociedade opressora se manifestar frente as mulheres que ainda aqui são tratadas por uma parte reacionária de uma sociedade conflituosa e cheia de ódio, com olhares intolerantes de machismo que querem lhe privar da liberdade.
Se olharmos também, a desculpa da “Cura em Deus” nessas espécies de prisões, nada mais era do que uma forma de trabalho escravo em que a igreja era a única beneficiada sob a desculpa de estar prestando um serviço de punição as pecadoras. O lucro, e a mão de obra barata (de graça) mostrava-se um negócio sempre muito lucrativo. Fundamentalistas religiosos, que em suas mentes doentes, acreditavam que precisavam proteger essas meninas de si mesmas, quando na verdade eram elas que precisavam de proteção das suas ganâncias e de suas intolerâncias. Hoje, o Estado nega envolvimento, a igreja se cala e contesta qualquer responsabilidade.
Ainda assim vemos isso hoje? Sim! Fabricas e mais fabricas que usam igualmente, 50 anos depois, a comida como forma de pagamento. A única diferença é que não precisam da hipocrisia da casa celibatária.
Kumiko, a Caçadora de Tesouros
3.6 62Não acho que a Kumiko acreditava cegamente nesse tesouro. Creio que foi mais uma maneira lúdica que ela encontrou de fugir de sua vida chata e comum demais, e assim saciar sua necessidade de mudança imediata.
Ou ainda, na verdade esse tesouro que a Kumiko procurava era a sua redenção, a morte.
Macbeth: Ambição e Guerra
3.5 383 Assista AgoraO melhor do filme está na Marion e no Fassbender, que carregam em suas atuações a carga dramática necessária pra conseguir imprimir uma atmosfera de crescente tensão, silenciosa, e consequentemente mais sombria.
Gostei tambem da Lady Macbeth versão talvez mais amor do que apenas manipulação.
Sei que faltou algo pra impressionar, mas não consigo ressaltar exatamente o quê. Apenas gostei bastante.
A Juventude
4.0 342Melhor definição pra esse filme é: espetáculo sensorial.
Uma Noite de Crime
3.2 2,2K Assista AgoraOs privilegiados afirmando que tem o direito e dever de fazer o expurgo daquele ser inferior seria uma mera coincidência com a nossa realidade?
A Very Murray Christmas
2.9 74 Assista AgoraNão achei ruim. A Sofia não brilhou, mas não deixou a desejar. Basicamente todo especial de Natal tem uma função metalisguistica que leva automaticamente para a melancolia da data, e o especial cumpre esse papel. Um roteiro básico pra não dizer que apenas colocou uns artistas ali cantando aleatoriamente e tal, uma percepção caseira e aconchegante, e uma falta de presunção. Pronto, agrada aos não-megalomaníacos.
As Sufragistas
4.1 778 Assista AgoraPoderia ter sido expressado com rostos diferentes, mas como sempre preferiram estampar só o branco - as brancas no caso. E assim continua a ser contado os fatos históricos erroneamente, com uma supremacia unicamente branca.
Os Rapazes da Banda
4.1 71Uma crítica ótima para se retirar do filme e que se mantêm ainda com o mesmo discurso machista e heteronormativo no dias atuais é a contínua ridicularização do gay afeminado frente ao seu meio. Em diversos momentos o Emory (meu preferido) foi motivo de ofensas contraditórias - já que todos são igualmente gays? - que soavam como brincadeiras entre amigos, mas são apenas o reflexo da realidade corrosiva e retardante do mundo gay. Basicamente aquela reprodução do que sempre falam e determinam sobre o que é bonito, e o que é aceitável. E é contundente como ser afeminado dentro do próprio mundo gay não é legal, e o Michael no filme comprovou isso quando desmerece o Emory em certo momento questionando quem iria querer "uma bichinha afetada", ou algo parecido - não me recordo ao exato a expressão. Dentre também outras passagens no filme que exaltam isso, e quem viu com certeza notou a discrepância.
É isso, o filme traz de forma irônica e inteligente diálogos tão atuais como se não estivéssemos falando de algo dos anos 70.
Jornada nas Estrelas IV: A Volta para Casa
3.8 112 Assista AgoraNimoy conseguiu uma direção tão boa e segura que brinca a vontade com a tripulação em pleno século XX e o resultado pra mim é o melhor filme da franquia. Não em termos técnicos, que empata com o anterior, mas no quesito entretenimento definitivamente esse é o mais harmonioso.
Mesmo se Nada der Certo
4.0 1,9K Assista AgoraKeira Knightley e Mark Ruffalo, e mesmo assim o personagem principal é a musica. Apesar de um ar melancólico, tem um pouco de humor misto com otimismo, mas sem soar clichê ou piegas. Apenas simples.
Veria de novo, e acho que o filme te fez realmente bem quando você afirma que o veria de novo, sem soar cansativo.
Julieta
3.8 529 Assista Agora18 de março na Espanha, e vá-se lá saber quando aqui no Brasil porque nem tem previsão ainda.
Já estou sofrendo antecipada.
6 Anos
2.8 329 Assista AgoraO filme foi ruim? sim. Porém o que mais me incomodou foi o toc de ficar mexendo no cabelo o tempo todo que essa menina tem. Que diretor bosta foi esse que não mandou um: "bitch stop that shit"??
Sentimentos que Curam
3.7 113 Assista AgoraPontos pro Golden Globe que conseguiu enxergar a atuação do Mark Ruffalo nesse filme, que particularmente eu gostei bem mais do que em Spotlight, por mais que entenda a talvez diferença de importância dos personagens ou do filme, o que obviamente influenciou na escolha do Oscar. A direção tá tão segura que sabe usar da doença do Cameron de forma cômica, e ao mesmo tempo dramática, sem parecer espalhafatoso.
Os Oito Odiados
4.1 2,4K Assista AgoraTarantino chegou num nível de endeusamento gigante que muitas pessoas não conseguem sequer questionar o alongamento desnecessário de algumas cenas e/ou roteiro arrastadisimo em muitos momentos.
Ponte dos Espiões
3.7 694Eu sentiria muito orgulho em ser americana porque eles são tão bonzinhos e tratavam até mesmo seus prisioneiros de guerra tão bem e educadamente, ao contrario dos outros países que eram uns grossos aff. EUA <3
O Quarto de Jack
4.4 3,3K Assista AgoraA cena em que o Jack na caminhonete ver o céu azul pela primeira vez me encheu os olhos de lagrimas